HISTÓRIA EJA 5ª PROF. ELIEDEM FERREIRA FARIAS · O século XX foi marcado por movimentos,...

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HISTÓRIA PROF. ELIEDEM FERREIRA FARIASEJA 5ªFASE

Unidade IIPoder, Estado e Instituições

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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Aula 12ConteúdoIndustrialização e Imperialismo

CONTEÚDOS E HABILIDADES

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HabilidadesDefinir o processo de resistência africana ao Imperialismo. Descrever o processo de partilha da Ásia pelas grandes potências Europeias.

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A Resistência AfricanaO século XX foi marcado por movimentos, revoltas e acontecimentos. No continente africano foi o tempo das independências, que caminharam juntas à Guerra Fria, quando União Soviética e Estados Unidos polarizaram o mundo e, no contexto africano, foram decisivas com suas posições – por diferentes motivos – contrárias ao colonialismo. As duas superpotências mundiais foram fundamentais na difusão do anticolonialismo e no apoio às jovens nações de África.

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Os processos de independência ocorreram de variadas formas. Seja por meio de conflitos violentos ou pela via das negociações com as metrópoles, os africanos estiveram em busca de emancipação.

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As primeiras independências se deram na chamada África Mediterrânica, quando já no início do século XX o Egito conquista sua independência da Inglaterra em 1922, antes mesmo da Guerra Fria e suas consequências. A Etiópia, já independente no século XIX, volta a ser colonizada pela presença italiana, libertando-se novamente em 1941. Já a Líbia conquista sua emancipação em 1952, enquanto Madagascar, em disputa contra a França, viu sua luta chegar ao fim em 1947.

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Num tempo próximo, Tunísia e Marrocos libertam-se dos franceses em 1956. Já a Argélia forma a Frente de Libertação Nacional, movimento que investia em guerrilhas contra o colonialismo francês desde 1954, e tem sua independência declarada em 1962.

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• Neste cenário a Conferência de Bandung, em 1956, é fundamental, pois reuniu diversos países africanos que se posicionaram criticamente em relação ao colonialismo.

• Os processos de independência na Costa do Ouro foram marcados por protestos pacíficos e, em 1957, o governo britânico reconhece sua independência, quando o país passa a adotar o nome de Gana.

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O ano de 1960 ficou marcado como Ano Africano, pois um número expressivo de países conquistou sua independência do colonialismo francês e inglês, especialmente por meio de oposições pacíficas. Foi o caso de Camarões, Costa do Marfim, Benin, Burkina Faso, Níger, Mali, Somália, Nigéria, Mauritânia e Gabão. Nos anos seguintes Serra Leoa, Tanzânia, Quênia, Gambia, Ruanda e Uganda tiveram suas independências decretadas.

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Entretanto, não só de oposição pacífica os processos de independência em África foram marcados. Houve um grande número de oposições armadas e conflitos violentos. É o caso da Nigéria, cuja trajetória no século XX representa a dificuldade em estabelecer um Estado livre. Nos primeiros anos da República Nigeriana muitos foram os casos de assassinato e guerra, ocorridos por divergências internas e movimentos separatistas.

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O caso do Congo também é emblemático e seu processo de independência bastante conturbado. O Movimento Nacional Congolês já buscava pela emancipação desde 1958. Sua independência aconteceu em 1960 com a formação de um estado republicano e parlamentarista. Mas, pouco tempo depois, o Congo sofre um golpe militar, apoiado por nações como Bélgica, Portugal, Reino Unido e Estados Unidos, e seu primeiro ministro foi torturado e morto.

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Já o governo português foi o que mais apresentou resistência aos processos de independência de suas colônias africanas, especialmente por conta da ditadura Salazarista (1932 – 1974) e sua posição conservadora em relação ao colonialismo. Mesmo assim enfrentou resistência em suas colônias, com movimentos contundentes pelas independências em Angola, em Moçambique, na Guiné e em Cabo Verde.

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Nas colônias portuguesas o processo de emancipação foi violento e cruel. Mais de cem mil soldados foram enviados para África e os pedidos pela independência ganharam força nos protestos. A descolonização da África foi pauta também da Revolução dos Cravos (1974).

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Diversas foram as formas de conquista de emancipação por parte das colônias africanas. Seja por meio de luta armada ou da resistência pacífica, foi somente no século XX que o continente africano garantiu a formação de suas nações e se viu livre dos colonizadores europeus.

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(FGV) “... em 1955, em Bandung, na Indonésia, reuniram-se 29 (...) países que se apresentavam como do Terceiro Mundo. Pronunciaram-se pelo socialismo e pelo neutralismo, mas também contra o Ocidente e contra a União Soviética, e proclamaram o compromisso dos povos liberados de ajudar a libertação dos povos dependentes...”

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A conferência a que o texto se refere é apontada como uma) indicador da crise do sistema colonial por representar os interesses dos países que estavam sofrendo as consequências do processo de industrialização na Europa.b) indício do processo de globalização da economia mundial uma vez que suas propostas defendiam o fim das restrições alfandegárias nos países periféricos.c) sintoma de esgotamento do imperialismo americano no Oriente Médio, provocado pela quebra do monopólio nuclear a favor dos árabes.

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d) sinal de desenvolvimento da economia dos denominados “tigres asiáticos” que valorizou o planejamento estratégico, a industrialização independente e a educação.e) marco no movimento descolonizador da África e da Ásia que condenou o colonialismo, a discriminação racial e a corrida armamentista.

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Partilha da Ásia • A colonização europeia na Ásia

ocorreu com maior intensidade no final do século XIX, ainda que o controle e domínio já ocorressem na região desde o século XVI, principalmente na Índia, que inicialmente era administrada por Portugal, assim como a as regiões da Indonésia, Sri Lanka, Malaca e Malásia.

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Partilha da Ásia • Outros locais eram controlados

pela Holanda, como a Indonésia, e pela Espanha, que dominava as Filipinas. Essa expansão territorial foi motivada pelo Imperialismo europeu, que visava o domínio de capitais em busca de matéria-prima e retorno financeiro. Por ter um mercado consumidor bastante ativo a Ásia foi bastante explorada, sendo ocupada inclusive de modo político-militar.

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Partilha da Ásia • Inicialmente controlada por Portugal,

a área da Indonésia passou a ser administrada pela Inglaterra. Com o passar do tempo, as antigas definições de território foram se alterando, com Portugal perdendo o restante de suas colônias e a Espanha cedendo a região das Filipinas para os Estados Unidos mediante acordos realizados após a guerra hispano-americana.

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• Índia (Portugal e Inglaterra) • Indonésia (Holanda) • Sri Lanka, Macau, Malaca (Portugal) • Filipinas (Espanha e Estados Unidos)

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O panorama do controle na Ásia centralizou-se no domínio da Inglaterra e da França, controlando as regiões mais importantes e mais relevantes no aspecto econômico e geográfico. Ambos os países demonstram forte influência e poder no médio oriente a na área sul. Este período, no qual cerca de dois terços da área asiática estava sob o domínio estrangeiro, indica o ápice do colonialismo da Europa Ocidental sobre a Ásia. A consolidação do imperialismo europeu e de potências ocidentais no continente asiático aumentou ainda mais as rivalidades sociais e políticas, o que trouxe à tona crises e disputas entre os países colonizadores.

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Domínio europeuNo extremo oriente do continente outras potências surgiam buscando a expansão de seus territórios, como o então Império Alemão, a ilha do Japão, a Rússia, os Estados Unidos. Em contrapartida, o território chinês, que reinava sob a dinastia Manchu, conseguiu manter sua independência e liberdade frente às investidas colonialistas.

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Domínio europeuAo menos no quesito geográfico a China mostrou-se fortalecida, embora na área econômica o país indicasse parcerias com a Europa ao estabelecer locais de comércio no litoral, apesar de ter perdido a região Sul da Manchúria para o Japão e sua crescente expansão territorial e econômica. Neste cenário a Tailândia também conseguia manter sua independência no sudeste.

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• Afeganistão (Japão) • Coreia (Rússia e Japão) • Manchúria (Japão)

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O avanço norte-americano mostrou-se como uma consequência do interesse dos Estados Unidos no Pacífico e a ocupação das áreas do Havaí, Guam e Filipinas. A expansão territorial russa deu-se de forma menos agressiva por conta da ocupação anterior da Sibéria. Por não ser uma nação industrializada e com pouco capital, o controle era diferente do Imperialismo praticado pelos outros países colonizadores. O Japão, após a revolução que deu origem à Era Meiji, aumentou sua modernização dando início a um novo regime de administração. A revolta ocorrida no Japão causou sérias alterações no sistema de governo, desde o setor monetário até o militar.

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DescolonizaçãoO domínio europeu sobre a Ásia começou a perder força com a Segunda Guerra Mundial, com diversos países proclamando independência e declarando resistência ao controle de países estrangeiros. A Indochina Francesa, por exemplo, foi desmembrada em Laos, Camboja e Vietnã, enquanto a Coreia foi dividida nas regiões Norte e Sul. Esse processo de soberania asiática sobre seus próprios domínios foi concluído nos anos 60.

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A incapacidade dos países europeus de continuarem regendo e controlando áreas asiáticas foi um dos principais motivos para a independência em massa das colônias. Aliado a este panorama também foi fator contribuinte para este novo cenário o início da guerra fria, onde Estados Unidos e os países socialistas deram apoio às revoltas visando ampliação do capitalismo e disseminação de ideologias, respectivamente.

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Os países asiáticos que conquistaram independência nesta época foram:

• Paquistão, Malásia, Singapura, Índia: se rebelaram contra a Inglaterra.

• Irã: retirou o domínio soviético. • China: livrou-se do controle inglês, alemão e japonês. • Filipinas, Líbano e Síria: independências oficializadas. • Camboja: libertou-se do domínio francês. • Índia: rompimento com a Inglaterra.

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A situação mais complexa na independência ocorreu na Índia, onde a mudança de controle territorial deixou transparente o atraso econômico e social que ocorria na região. No geral todo o processo de proclamação de descolonização na Ásia ocorreu através de diversos conflitos bélicos e crises políticas. Atualmente, apesar de enfrentar dificuldades em algumas regiões, principalmente no Oriente Médio, o setor asiático vem crescendo exponencialmente frente ao mundo. O Japão continua mantendo sua força econômica e a China mostra-se como grande potência mundial, disputando força de mercado e influência política com grandes nações europeias e com os Estados Unidos.

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(PUC-RIO 2009)A caricatura representa de forma satírica a expansão imperialista na Ásia por parte dos Estados Unidos (tio Sam), da Grã-Bretanha (leão), da França (galo), da Alemanha (águia imperial germânica) e da Rússia (urso siberiano). Com base em seus conhecimentos e a partir da imagem, é possível afirmar que ela se refere:

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a) à disputa pela Coreia, na primeira guerra sino-japonesa (1894/95) e na guerra entre Japão e o Império Russo (1905).

b) à divisão de parte da China em áreas de influência europeia, bem como à reivindicação americana de também se beneficiar com a abertura dos portos chineses.

c) à Revolta dos Cipaios, sufocada pelas potências europeias e pelo Japão no século XIX, de modo a abrir caminho para a penetração imperialista na China.

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d) à imposição de tratados desiguais à China (como o Tratado de Nanquim) por meio de ameaça de bombardeio por parte do navio US Mississipi do Comodoro Perry (1853), com o objetivo de forçar a abertura dos portos daquele país.

e) à força expedicionária de várias nações que sufoca o levante dos Boxers (1900/1901), derruba o governo Manchu e estabelece uma República.

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