Helena F. B. Germoglio. USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS Racional: que faz uso da razão, raciocina....

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Helena F. B. Germoglio

USO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOSUSO RACIONAL DE ANTIMICROBIANOS

Racional: que faz uso da razão, raciocina.

O homem e os micróbios partilham uma vida em comum que se perde na sombra do tempo e, certamente, desde a pré-história, os micróbios provocam doenças no homem.

As primeiras descrições sobre o uso de antimicrobianos datam de três mil anos atrás.

Alexandre Fleming

Descobriu a Penicilina 1º antibiótico de utilidade clínica – descoberto em 1928, permaneceu como curiosidade até 1939 e, em 12 de fevereiro de 1941, foi usado pela 1ª vez em um policial de Londres com septicemia estafilococica.

Efeito dos antibióticos no índice de letalidade de algumas infecções comuns.

Era Pré-antibiótica Era Pós-antibióticaLETALIDADE

Meningite meningocócica

Febre tifóide

Pneumonia Pneumocócica

Endocardite Bacteriana Subaguda

100

100

99

Meningite por H.influenzae

Meningite pneumocócica

DOENÇA

1 a 5

2 a 3

1 a 2

cerca de 5

cerca de 5

8 a 10

20-90

8 a 10

20-85

Fonte: Weinstein L & Barza MJ

Motivos para uso racional:Prevenção da flora bacteriana

resistente;

Possibilitar que medidas contra a

infecção hospitalar sejam tomadas;

Diminuir o uso de antimicrobianos.

Antimicrobianos

São produtos capazes de destruir microrganismos ou de suprimir sua multiplicação ou crescimento. A tendência atual é de denominar-se antimicrobianos dois tipos de produtos:

Antibióticos: antimicrobianos produzidos por microrganismos (bactérias, fungos, actinomicetes).Ex. penicilinas.

Quimioterápico: antimicrobianos sintetizados em laboratório.Ex. sulfas, quinolonas.

Antibioticoterapia

É o tratamento de pacientes com sinais e sintomas clínicos de infecção pela administração de antimicrobianos.

Finalidade:Curar cura clínica.Combater cura microbiológica.

Há necessidade de se isolar o agente etiológico?

É recomendável o isolamento de rotina:

Em todas as infecções hospitalares;

IH (Pseudomonas + MRSA)

IH (Pseudomonas MR)

Nas infecções comunitárias graves.

O isolamento pode ser dispensado como rotina para agente com susceptibilidade previsível:

Sífilis;Granuloma venéreo;Cistite comunitária;Erisipela;Pneumonia comunitária sem sepse; Furunculose de repetição em pacientes de baixo risco para estafilococcus resistente a oxacilina.

Não tratar:

Abcessos de parede (DRENAR);Úlceras cutâneas crônicas;Bacteriúrias assintomáticas, com exceção de grávidas e antes de imunodepressão aguda (pulsoterapia e quimioterapia antileucêmica);Diarréia infecciosas, autolimitadas em sua maioria;Flebites não purulentas.

NEM TODA INFECÇÃO NECESSITA DE TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA

Sítio da infecção;

Agente causal e gravidade.

O que se deve conhecer antes de prescrever um antimicrobiano ?

TRATAMENTO EMPÍRICO

O TRATAMENTO EMPÍRICO É EXCEÇÃO, NÃO REGRA!

Baseado nas informações fornecidas na consulta, as quais vão:

Indicar a urgência do início do tratamento;Orientar a escolha inicial do antimicrobiano adequado ao caso;Justificar a prescrição de medicamento de forma empírica.

O tratamento empírico não prescinde, contudo, da

coleta de amostras para cultura antes do início da

antibioticoterapia empírica. A coleta deve ser feita

para todos os casos.

Critérios para escolha de antimicrobiano adequado:

Menor toxicidade;Via de administração mais adequada;Menor indução de resistência;Penetração em concentração eficaz no sítio da infecção;Posologia mais cômoda;Menor custo.

Indicação do uso de associação de antimicrobianos:

Infecções graves (tratamento empírico);Prevenção à resistência de microorganismos

-por seleção e/ou por indução (Pseudomonas aeruginosa);-por infecção mista (abdome e pelve);-por sinergismo (infecção por enterococo ou pseudomonas, tuberculose, hanseníase);-eventualmente em outros germes multiresistentes.

Cepas resistentes no hospital.

AVALIAÇÃO DO EFEITO DA ANTIBIÓTICOTERAPIA

-Resposta clínica e laboratorial em 48 a 72 horas

Curva febril;Leucograma;Sinais específicos para cada tipo de infecção.

-Resultados de culturas, segundo os critérios de:Toxicidade;Penetração no sítio de infecçãoNecessidade de associação;Disfunção de órgãos;Idade, gravidez.

OTIMIZAÇÃO NA RACIONALIZAÇÃO

Conscientização do uso;Padronização;Controle.

“Começar as coisas juntos é o começo,

continuar juntos é o progresso,

trabalhar juntos é o sucesso!”

(Henry Ford)