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FICHA PARA CATÁLOGO
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Título: O desenvolvimento do gosto pela leitura de
histórias-fábulas: Enfoque: Monteiro Lobato
Autor Ines Maria Bruxel
Escola de Atuação Colégio Estadual Pato Bragado
Ensino Fundamental e Médio
Município da escola Pato Bragado
Núcleo Regional de
Educação Toledo
Orientador Rita Maria Decarli Bottega
Instituição de Ensino
Superior
IES: Universidade Estadual do Oeste do Paraná
UNIOESTE
Disciplina/Área (entrada
no PDE) Língua Portuguesa
Produção
Didático-pedagógica
PRODUÇÃO DIDÁTICO-PEDAGÓGICA
Relação Interdisciplinar Ciências
Público Alvo
Alunos da 6ª série, do ensino Fundamental
Localização
Colégio Estadual Pato Bragado - Ensino
Fundamental e Médio - Município de Pato Bragado.
Rua Paranaguá – 440
Apresentação:
(descrever a justificativa,
objetivos e metodologia
Com o intuito de resgatar e aprimorar o gosto pela
leitura, o projeto tem como foco o trabalho com
narrativas curtas (fábulas e contos), pelo fato de que
utilizada. A informação
deverá conter no máximo
1300 caracteres, ou 200
palavras, fonte Arial ou
Times New Roman,
tamanho 12 e
espaçamento simples)
tais textos apresentam personagens animados e
envolventes que poderão despertar novamente o
interesse dos alunos para a leitura.
O projeto versará sobre as Narrativas curtas (fábulas
e contos) de Monteiro Lobato e será desenvolvido
com os alunos da 6ª série A, do Colégio Estadual
Pato Bragado, com os seguintes objetivos:
Desenvolver habilidades para o entendimento das
figuras representativas nas fábulas, percebendo os
valores culturais e ideológicos presentes nelas;
ampliar o desenvolvimento do vocabulário, da
oralidade e da capacidade argumentativa através da
contagem de histórias e das encenações e ampliar o
enfoque sobre a leitura. Além disso, possibilitar o
diálogo com outros professores para que juntos
possam realizar a interdisciplinaridade dos
conteúdos com dinamismo e qualidade no
aprendizado do aluno, incrementando outras
praticas de leituras escolares.
Palavras-chave ( 3 a 5
palavras)
Fábulas, leitura-fruição e Monteiro Lobato
GOVERNO DO PARANÁ
SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO
SUPERINTENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO
PROGRAMA DE DESENVOLVIMENTO EDUCACIONAL-PDE
INES MARIA BRUXEL
O DESENVOLVIMENTO DO GOSTO PELA LEITURA DE HISTÓRIAS-FÁBULAS
ENFOQUE: MONTEIRO LOBATO
Projeto de Intervenção Pedagógica na Escola, apresentado ao Programa de
Desenvolvimento Educacional - PDE
PROFESSORA ORIENTADORA: RITA MARIA DECARLI BOTTEGA
ÁREA CURRICULAR: LÍNGUA PORTUGUESA
PATO BRAGADO – PARANÁ
2011
4
Apresentação
Esta Produção Didático – Pedagógica tem como finalidade a implementação
do trabalho pedagógico da professora Inês Maria Bruxel, que está inserida no
contexto de formação do PDE, junto aos alunos da 6ª série do ensino fundamental
do Colégio Estadual Pato Bragado do Município de Pato Bragado.
A opção em trabalhar com as fábulas e contos de Monteiro Lobato, neste
projeto, deve-se pelo fato de suas obras serem muito conhecidas entre as crianças,
por apresentar um estilo de escrita com linguagem simples onde a realidade e
fantasia estão juntas. Entre as obras do autor, destacam-se: O Pica-Pau Amarelo,
Emília no País da Gramática, As Caçadas de Pedrinho, O Saci, Memórias da Emília,
Poço do Visconde, Reinações de Narizinho e entre outras.
A leitura é uma forma de o leitor familiarizar-se e identificar-se com os
diferentes gêneros literários, como: os jornalísticos, artísticos, científicos, didáticos,
literários e outros.
A leitura é um jogo em que o autor escolhe as peças, dá as regras,
monta o texto e deixa ao leitor a possibilidade de fazer combinações.
Quando ela faz sentido, está ganha e aposta. Mas isso só acontece
porque o leitor aceita as regras e se transporta para o mundo
imaginário criado. Se ele resiste, fica fora da partida. Ao mergulhar
na leitura, entra em outra esfera, mas não perde o sentido do real e
aí está, a nosso ver, a função mágica da literatura: através dela
vivemos uma outra realidade, com suas emoções e perigos, sem
sofrer as consequências daquilo que fazemos e sentimos enquanto
lemos. Essa consciência do brinquedo que a arte é leva-nos a
experimentar o prazer de entrar em se jogo. (EVANGELISTA, 2001,
p. 254).
O educador, em sua prática pedagógica, pode trazer práticas e vivências de
conhecimentos do dia-a-dia dos alunos para dar oportunidade, direcionamento e
direito aos estudantes de escolherem aquilo que querem ler. Também é importante
que os alunos manipulem livros e literaturas segundo seus interesses e de acordo
com as suas curiosidades, pois:
Uma vez dissecado o objeto livro a partir de dados externos, chega-
se à hora da leitura, ela mesma que é sempre individual, silenciosa.
Mesmo quando introduzida por algum estímulo externo do professor
5
(como narrar parte da história, apresentar personagens, fazer fundo
musical, levar ao teatro), a ação de ler supõe isolamento, contato
direto com o texto, capacidade de gerir a solidão para chegar à
internalização dos significados descobertos e a um posicionamento
diante deles. Para que isso aconteça, as atividades grupais podem
colaborar, pois vão chamar a atenção para narrativas e poemas, no
início, transmitidos oralmente e depois identificados nos textos,
facilitando a relação entre sentidos e sinais gráficos.
(EVANGELISTA, 2001, p. 253).
O que se propõe com o trabalho é fazer o aluno entender que deve assumir
pela leitura uma postura própria, principalmente na escolha e enfrentamentos de
princípios possíveis a serem aplicados na vida real, ou seja, valores que podem
estar direcionando para experiências novas de vida. Assim, as atividades ora
propostas podem auxiliar na aquisição de subsídios para situações de atividades
diferenciadas, que as práticas educacionais escolares propõem. Diante disso,
espera-se e se cria uma expectativa para que os alunos possam estar se
preparando para executarem atividades em grupo e, com isso, aumentarem o seu
interesse pela leitura, realizando determinadas atividades a partir da leitura e
releitura dos textos propostos pelo professor.
As fábulas e os contos podem ser considerados como umas das mais
antigas expressões culturais de um povo, que se eternizaram graças à tradição oral,
passada de uma geração para outra. São narrativas que despertam o gosto e o
prazer pela leitura, estimulam a imaginação e iluminam as mentes das pessoas,
lugares, acontecimentos, desejos, sonhos. Além desses aspectos, elas expressam
subliminarmente conhecimentos e verdades assimiladas pelas diferentes categorias
sociais, culturais e religiosas e que, em momentos diferentes da história, agem como
ideias norteadoras dos princípios éticos, morais e religiosos em seu espaço histórico
e cultural.
É preciso repensar as metodologias e estratégias para que haja um novo
direcionamento na prática de leitura na escola. Este repensar pode contar com um
trabalho com base na leitura de fábulas e contos. Nesse sentido, o projeto vai em
―busca de perspectivas que pressupõem alguma possibilidade de atuação dos
sujeitos mediante o discurso pedagógico, nas práticas de leitura de crianças e
jovens‖. (EVANGELISTA, 2001, p.13).
A importância do projeto está relacionada ao trabalho com os valores que as
leituras de narrativas curtas (fábulas e contos) podem proporcionar ao aluno, que
podem ser categorizados pelo aumento do conhecimento e compreensão dos
recursos da língua portuguesa. O desenvolvimento da oralidade, bem como o
entendimento produção literária que envolve as narrativas curtas (contos e as
fábulas) do escritor Monteiro Lobato, principalmente para a 6ª série do Colégio
Estadual Pato Bragado. Além disso, normalmente, na fase da pré-adolescência,
6
muitos alunos apresentam timidez nos momentos de exposição oral e, neste sentido,
o projeto pode contribuir para que eles consigam expor suas ideias e opiniões diante
dos colegas, em situações mais formais de uso da linguagem oral.
A pretensão com o desenvolvimento do projeto é desencadear práticas de
leitura de narrativas curtas (fábulas e contos) para resgatar o interesse pelos textos
literários e proporcionar um maior conhecimento da obra de Monteiro Lobato. Além
dos mencionados, são objetivos específicos da proposta de implementação
pedagógica:
- Conhecer e questionar os valores culturais e ideológicos na leitura de fábulas;
- Desenvolver habilidades para o entendimento das figuras representativas nas
fábulas;
- Ampliar o vocabulário;
- Ampliar o desenvolvimento da oralidade, através da contagem de histórias
encenadas;
- Aumentar a capacidade argumentativa;
- Sintetizar conhecimento a partir da leitura das fábulas, aperfeiçoando a oralidade a
prática da escrita;
- Descobrir aspectos literários nos diferentes textos (fábulas);
- Ampliar as habilidades de leitura e compreensão de textos;
- Abrir diálogo com outros professores e alunos de outras turmas para incrementar
outras práticas de leituras escolares;
- Verificar junto aos alunos os conhecimentos relativos às fábulas, já adquiridos
anteriormente;
- Ler textos provenientes de fontes diversas, como livros como livros e sites que
podem ser acessados, desde que sejam educacionais e específicos com a literatura
de fábulas; Ex. www.sitededicas.uol.com.br
- Pesquisar sobre Monteiro Lobato;
- Realizar o dia do conto entre a turma;
- Apresentar para as demais turmas do colégio os contos e as fábulas lidas;
- Encenar as fábulas lidas com a participação dos alunos;
- Criar uma oficina de teatro, transformando onde se transforma a fábula em uma
peça teatral;
7
- Elaborar painéis representando as histórias lidas, através de imagens, textos e
produções escritas;
2. Procedimentos/ Material Didático
a) Conteúdos
- leitura oralizada
- leitura silenciosa
- teatralização
- apresentação em grupo de fábulas
- analise e interpretação
- produção de textos
- pesquisas
b) Atividades/Técnicas
1. Desenvolvendo a Oralidade:
Comentar com os alunos sobre a importância da leitura: quando lemos,
onde e o que lemos.
Apresentar o tema do projeto
A fábula é uma narrativa curta e alegórica cujos personagens geralmente são
animais com um desenlace que reflete uma lição de moral. A temática é variada e
contempla tópicos como a vitória da fraqueza sobre a força, da bondade sobre a
astúcia e a derrota de presunçosos.
A fábula já era cultivada entre assírios e babilônios. Foi o grego Esopo
(Maiores Informações no anexo 01), contudo, quem consagrou o gênero e La
Fontaine, o grande fabulista, quem imprimiu à fábula um grande refinamento.
8
Nas próximas, aulas estaremos conhecendo um pouco mais sobre as Fábulas
de Monteiro Lobato.
2. Conhecendo Monteiro Lobato
Pesquisa Online
2.1- Dividir a turma em quatro grupos que deverão fazer uma busca dos dados
biográficos, época, obras e importância de Lobato para a literatura brasileira. Cada
grupo ficará responsável por pesquisar um desses itens referentes ao escritor.
2.2- Na aula seguinte, serão realizadas apresentações para a turma. Cada grupo
apresentará as informações coletadas, confeccionando cartazes para orientar a
apresentação.
2.3- Elaborar um painel com os cartazes contendo as informações.
3. Vivenciando a obra Urupês, de Monteiro Lobato.
3.1- O professor fará a leitura de um capítulo do livro Urupês por aula. Os alunos
buscarão o final da história, para o final do bimestre quando eles terão a
oportunidade de apresentarem seus relatos para o professor e colegas o final da
história, uma vez que foram instigados a saber o final pelos capítulos lidos pela
professora.
4. Conhecendo mais obras de Monteiro Lobato na
biblioteca da escola.
4.1- Os alunos escolherão uma obra para lerem durante o período da
implementação do projeto.
4.2- Apresentação aos colegas em forma de propaganda, orais ou por vídeo, o livro
lido.
4.3- A apresentação das obras será feita no final do mês de outubro, com as
apresentações, no auditório, para as 6as e 7as séries.
9
5- Lendo e Interpretando as Fábulas
5.1- O professor apresenta uma cópia da fábula
A FOME NÃO TEM OUVIDOS
Monteiro Lobato
Caíra um triste sabiá nas unhas de esfaimadíssimo bichano. E gemendo de dor
implorava:
- Felino - de bote pronto e afiadas unhas, poupa-me! Repara que se me devoras
cometes um crime de lesa-arte, pois darás cabo da garganta maravilhosa donde
brotam as mais lindas canções da selva. Queres ouvir uma delas? (...............)
FONTE: LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 2004.
5.2 Compreensão do vocabulário.
Pesquisar no dicionário os seguintes vocábulos:
Esfaimadíssimo.
Felino.
Lesa-arte.
Êxtase.
Gorjeio.
Sinfonia.
Tenor.
Obra-prima
10
Trino.
Rudes.
Enlevou.
Lá menor: 6ª nota das 7 notas maiores ou menores. (dó, ré, mi, fá. sol, lá, si).
Explicar o que são as notas, para que servem e o que isso tem a ver com o canto do
sabiá. Ver com eles como é esta nota, pois ela se destaca enquanto habilidade do
sabiá. (Levar um violão para dedilhar a nota para os alunos).
Os vocábulos apresentam mais de um significado, anotar no texto, sobre a
palavra pesquisada, o sentido que mais se enquadra com aquele pretendido no
texto.
5.3 Análise da Fábula
5.3.1- Anote no texto, com lápis de cor azul, os argumentos que o sabiá utilizou para
convencer o gato a não devorá-lo.
5.3.2- Anote no texto, com lápis de cor vermelho, as respostas do gato ao sabiá.
5.3.3- Por que tantas vezes o gato repete ―tenho fome!‖?
5.3.4- Observe o trecho: ―- Queres ouvir uma canção que já enlevou as próprias
pedras, que são surdas, e fez exclamar à bruta onça: ―Este sabiá é a obra- prima da
natureza‖!" Por que o sabiá utiliza o argumento de que a onça também gostou de
seu canto?
5.3.5- Em relação ao título, o que significa afirmar que ―a fome não tem ouvidos‖?
5.3.6- No reino animal, é natural que o mais forte alimente-se do mais fraco. Isso se
observa na fábula estudada? Explique.
5.3.7- Você já estudou sobre a cadeia alimentar, que é comum entre os seres vivos
na natureza. Porém, na fábula, o sabiá reluta contra a lei do mais forte. Quais são os
argumentos usados pelo sabiá para que o gato poupe sua vida?
5.3.8- Em seu cotidiano, você conviveu ou teve conhecimento de casos de fome?
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5.3.9- O Brasil é um grande produtor de alimentos do mundo. Porque ainda temos
em nosso país pessoas morrendo de fome?
5.3.10- De acordo com a fábula, o maior prevalece sobre o menor. Na espécie
humana também isso acontece? Cite situações de seres humanos onde prevalece a
lei do mais forte (força física).
5.3.11- A fome é hoje um problema que atinge a humanidade? Por quê?
5.3.12- Quando estamos com fome nos alimentamos, porém, as estatísticas
mostram que todos os dias morrem pessoas de fome. Em sua opinião, qual seria a
solução para acabar com a fome no mundo?
6. Pesquisa
6.1- Solicitar aos alunos rótulos de refrigerantes, pacotes de salgadinhos, de
biscoitos, macarrão, pipocas e outros.
6.2- Tendo como base a tabela nutricional diária, (Vide o anexo 02) comparar os
valores nutricionais dos rótulos, que estão em equivalência com os da tabela.
6.3- Confeccionar um painel com os resultados obtidos a partir da análise dos
rótulos e em consonância com as aulas de Ciências separar em duas colunas: os
alimentos mais calóricos e os que produzem mais energia e expor no saguão do
colégio.
7. Oralidade
7.1- Questões a serem debatidas.
a) ―morrer de fome‖. Normalmente, a pessoa não morre por falta de comida em si,
mas das doenças ou enfermidades que a falta de comida provoca. Desnutrição,
por exemplo, é a consequência de má alimentação.
b) A má alimentação (que é diferente de fome) no mundo moderno, com o
consumo excessivo de alimentos de fraco teor nutricional.
c) Valor nutricional dos alimentos na vida dos seres humanos.
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7.2- Pesquisar no laboratório de informática quatro temas que serão apresentados
pelos quatro grupos de alunos, utilizando cartazes ou TV pendrive.
1° grupo. O que são alimentos e para que servem na nossa vida?
2° grupo. As diferenças entre: Desnutrição e Subnutrição.
3° grupo. O que é considerado uma boa alimentação e uma má alimentação?
4° grupo. O que são vitaminas e qual a sua importância?
8. Leitura da fábula
O lobo e o cordeiro
Monteiro Lobato
Estava o cordeiro a beber água num córrego, quando apareceu um lobo, de
aspecto.
─ Que desaforo é esse de turvar a água que venho beber? ─ disse o
monstro, arreganhando os dentes (.....................)
8.1- Leitura silenciosa da fábula apresentada.
8.2- Leitura da fábula realizada pelo professor.
8.3- Rever o texto a partir das personagens.
a) Citar as características do CORDEIRO
b) Citar as características do LOBO
c) Quais foram os argumentos usados pelo lobo para justificar sua atitude de
comer o cordeiro?
d) Relate os argumentos do cordeiro usados para tentar convencer o lobo para
não comê-lo.
13
e) Comparando as duas fábulas, percebemos situações semelhantes nos
diálogos dos personagens. Pinte com a cor verde os diálogos semelhantes
nas duas fábulas.
f) Observe o quadro abaixo complete conforme o solicitado.
Fábula Personagens Espaço/Cenário Moral da Fábula
g) Uma das características das fábulas são os ensinamentos morais. Comente a
moral de cada fábula e como os ensinamentos podem valer para os seres
humanos.
8.4 - No comportamento do lobo, percebemos agressividade, prepotência, violência
e abuso de poder. Na sociedade atual, muitos homens se apresentam como lobos e
vemos exemplos assim todos os dias na TV, nas novelas, nos jornais, nos
telejornais e até na vida familiar. Aponte exemplos de casos onde prevalece a lei do
mais forte.
8.5- Transformar a fábula do Leão e do Cordeiro em uma história em quadrinhos.
Após a produção e correção, montar as revistinhas, encaderná-las e deixá-las
expostas na biblioteca para os demais alunos da escola terem acesso.
9. Encenação.
9.1- Encenando a fábula:
14
O professor faz a leitura da Fábula, o Leão e o Rato e, após a leitura, induz ao
debate da Fábula com as seguintes questões:
a) Verificação de vocábulos desconhecidos.
b) Qual é a situação do ratinho diante das garras do Leão?
c) Que reação o leão teve diante do pedido de clemência do Ratinho?
d) O leão cai em uma armadilha e por sua surpresa o ratinho o salva. O rato
usou de força ou inteligência, (esperteza) no salvamento? Quais as atitudes
do ratinho que provam essas afirmações?
e) No mundo dos humanos, podemos perceber a inteligência e a sabedoria
prevalecendo sobre a força. Em que situações isso pode ou não acontecer?
O LEÃO E O RATO
Monteiro Lobato
Narrador: Uma vez, quando o leão estava dormindo, um rato pôs-se a passear em
suas costas.
(Um aluno fica esticado no chão como se estivesse dormindo, caracterizado de leão.
Outro aluno, com um fantoche de um ratinho nas mãos, põe-se a passear em suas
costas.)
Narrador: Isso, logo acordou o leão, que segurou o bichinho com sua enorme pata e
abriu a grande mandíbula para engoli-Io.
Leão: O leão solta um urro.
(Enquanto o narrador fala, o animal vai fazendo todos os gestos).
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Rato: Perdão, rei dos animais - gritou o ratinho. Deixe-me ir embora, não vou te
incomodar mais. Quem sabe, um dia eu conseguirei pagar este favor? Quem sabe,
rei leão? (.........................................)
9.2- Organizar os alunos em 5 grupos, cada grupo prepara a Fábula e apresenta
para os colegas da sala. Ensaiar com os alunos e fazer apresentações para a turma.
10. Conhecendo fábulas diferentes
10.1- Apresentar várias fábulas de Monteiro Lobato (anexo 03) para que os alunos
possam lê-las.
10.2- Os alunos identificam a mensagem ou ensinamento de cada fábula que
escolheram e socializam com os demais colegas em uma apresentação oral.
10.3- Organização de grupos. Os alunos formam grupos conforme a necessidade da
fábula escolhida para a encenação.
10.4- Apresentações das fábulas. Os alunos farão a apresentação, no auditório, das
encenações das fábulas preparadas para turmas convidadas.
11. Conto
A Negrinha
Monteiro Lobato
Negrinha era uma pobre órfã de sete anos. Preta? Não; fusca,
mulatinha escura, de cabelos ruços e olhos assustados.
Nascera na senzala, de mãe escrava, e seus primeiros anos viveram-os
pelos cantos escuros da cozinha, sobre velha esteira e trapos imundos. Sempre
escondida, que a patroa não gostava de crianças.
Excelente senhora, a patroa. Gorda, rica, dona do mundo, amimada dos
padres, com lugar certo na igreja e camarote de luxo reservado no céu. Entaladas as
16
banhas no trono (uma cadeira de balanço na sala de jantar), ali bordava, recebia as
amigas e o vigário, dando audiências, discutindo o tempo. Uma virtuosa senhora em
suma — ―dama de grandes virtudes apostólicas, esteio da religião e da moral‖, dizia
o reverendo.
Ótima, a dona Inácia.
Mas não admitia choro de criança. Ai! Punha-lhe os nervos em carne viva.
Viúva sem filhos, não a calejara o choro da carne de sua carne, e por isso não
suportava o choro da carne alheia. Assim, mal vagia, longe, na cozinha, a triste
criança, gritava logo nervosa:
— Quem é a peste que está chorando aí? (...................................)
11.1- Após a leitura, identificar os vocábulos desconhecidos e buscar no dicionário o
seu significado.
12. Análise e Interpretação
01- Leitura expressiva do conto pelo professor.
02- O que sugere esse título? - Qual é o tema do conto?
03- Com base no conto, é possível imaginar o cenário e as personagens. Marque
com cor azul as partes do texto que caracterizam o cenário e em amarelo as
características da negrinha e de vermelho as da patroa.
04- Onde e quando se passam os fatos?
05- Você já conheceu alguém que viveu uma situação parecida com a da
personagem Negrinha?
06- Agora você é o autor e pode mudar o final do conto. Vamos produzir um
desfecho diferente? Após a produção e a correção, fazer uma cópia do conto
original e anexar as folhas com os finais diferentes, montando um livrinho
encadernado, que ficará na biblioteca para os demais alunos terem acesso.
17
07- Nos dias atuais ainda existem crianças sendo exploradas e maltratadas pelos
adultos? De que forma?
08- Qual o órgão que protege os direitos da criança e dos adolescentes?
09- A partir do que você entende e conhece do mundo em que vivemos, quais são
as outras formas de violência sofridas pelas crianças e adolescentes?
10- Alguns meios de comunicação e mídias induzem à violência. Fazer um
levantamento de alguns fatos de violência contra crianças, na internet e nos
meios de comunicação.
11- O bulling é uma violência contra a criança praticada pela própria criança e
adultos. Cite passagens do texto onde houve a prática do bulling.
15. Apresentação dos livros lidos
No item 04, os alunos da 6ª série envolvidos no projeto escolheram uma obra
de Monteiro com o compromisso de estar lendo, em uma data a ser determinada
estarão fazendo a apresentação da obra lida para turmas convidadas do ensino
fundamental. O objetivo da atividade é a realização da Propaganda dos livros
15.1- A preparação das apresentações será individual e a propaganda será oral.
Podendo os alunos utilizarem-se de recursos, como cartazes, cópia da capa ou
mesmo algum trecho do livro.
16. Conclusão do projeto
Apresentação das encenações das fábulas.
As encenações serão apresentadas no palco do auditório da escola, para os
alunos do 4ª ao 7°ano.
c) Recursos/materiais
Sala do Paraná/digital, TV pendrive, filmadora, máquina fotográfica. Palco do
auditório, papel para cartaz, aparelho de som, DVD, microfone, livros da biblioteca e
18
matérias pedagógicos ( textos impressos, coletânea de fábulas – anexo 3,canetas,
tesouras colas e papel sulfite).
d) Avaliação
Espera-se que os alunos, através de uma leitura, de um debate, de uma
interpretação, uma produção escrita, uma produção de um painel, de uma pesquisa
online ou uma encenação e apresentação oral demonstrem ter compreendido o texto
que lhe foi apresentado de maneira global e não fragmentada. Espera-se que o
aluno posa localizar as informações específicas presentes em cada fábula ou conto.
No momento da encenação, espera-se que o aluno mantenha a ordem
temporal dos fatos e das falas aos seus respectivos personagens. Ao encenar, deve
demonstrar esforços de adequação do registro utilizado à situação de comunicação
na qual está inserida.
A avaliação das atividades será realizada ao longo da aplicação das
atividades propostas, por meio do acompanhamento das produções realizadas pelos
alunos que serão registradas individualmente. Será usada a avaliação formativa,
pois considera que os alunos possuem ritmos e processos de aprendizagem
diferentes, por ser continua e diagnóstica. Aponta dificuldades possibilitando que a
intervenção pedagógica aconteça a todo tempo, informando o professor acerca do
ponto em que os alunos se encontram e contribui com a busca de estratégias para
que os alunos aprendam e participem mais das aulas.
3. Orientações/recomendações ao professor
19
O anexo 01 serve de embasamento teórico proporcionado um conhecimento
maior na preparação das aulas com fábulas, pois retoma o que se pode considerar
como ―histórias das fábulas‖.
No item 2.1, é interessante o professor tomar os devidos cuidados com as
fontes onde serão pesquisados os dados, para elas que sejam confiáveis. A
montagem do painel pode ser montada em sala e expostas nos corredores ou
saguões das escolas.
No anexo 02, a tabela está completa, pois será realizado um trabalho
interdisciplinar com a professora de Ciências, que realizará um estudo mais
aprofundado, uma vez que os alunos estão estudando alimentos e suas funções no
desenvolvimento do corpo humano. Para os professores de Língua Portuguesa
serão aproveitados os itens relevantes aos rótulos pesquisados.
No item 9.1, o professor deve explicar a forma de realizar a encenação da
fábula para que os alunos compreendam e entendam como encená-la (o que inclui a
organização das falas, organização de cenários, adequação de trajes, por exemplo).
O anexo 3 apresenta sugestões de fábulas que podem se trocadas por
outras, dependendo do tema a ser estudando e da escolha do professor.
As questões devem ser ajustadas conforme a sua utilização, caso a resposta
for na folha, os espaços precisam ser ajustados conforme a necessidade da mesma.
Obs. As Fábulas para os alunos devem ser impressas individualmente em
cada folha.
4. Proposta de Avaliação do Material Didático
Professor (a) você que teve oportunidade de acesso a essa Produção
Didático – Pedagógica, está convidado a fazer a avaliação do que lhe foi
apresentado. A sua sinceridade estará contribuindo para que seja melhorado ainda
mais.
Questionário.
20
1) Após a análise do material, o que você achou dos conteúdos que foram
desenvolvidos?
( ) Interessantíssimos
( ) Muito interessantes
( ) Pouco interessantes
( ) Sem importância
2) Para o desenvolvimento das atividades, o tempo foi estimado em 25
aulas. Você considera este tempo:
( ) Suficiente
( ) Razoável
( ) Pouco suficiente
( ) Insuficiente
3) Quanto às atividades propostas, você avaliou como:
( ) Excelentes
( ) Ótimas
( ) Boas
( ) Regulares
( ) Insuficientes
4) Quanto aos aspectos teóricos apresentados, você considera:
( ) Excelentes
( ) Ótimos
( ) Bons
( ) Regulares
( ) Insuficientes
5) Quanto à avaliação proposta, você a considera:
( ) Excelente
21
( ) Ótima
( ) Boa
( ) Regular
( ) Insuficiente
6) Em relação ao tema proposto para ser estudado com os alunos da 6ª
série, você considera:
( ) Excelente
( ) Ótimo
( ) Bom
( ) Regular
( ) Insuficiente
7) A produção da coletânea de Fábulas (vide anexo 3) em sua opinião está:
( ) Excelente
( ) Ótima
( ) Boa
( ) Regular
( ) Insuficiente
8) Agora é a sua vez de contribuir. Dê sugestões para melhorar esta
Produção Didático-Pedagógica.
Anexo 01
ESOPO
22
Esopo foi um moralista e fabulista grego do século 6º A.C., que teria nascido
em alguma cidade da Anatólia. Sobre sua vida existem algumas versões incertas e
contraditórias, sendo a mais antiga encontrada em Heródoto: segundo este
historiador, e também na opinião de Plutarco, Esopo era um escravo gago e
corcunda, mas dono de grande inteligência, que ao obter sua liberdade viajou pela
Ásia, Egito e Grécia.
Durante essas andanças ele se tornou amigo do rei Creso, da Lídia, que o
encarregou de levar oferendas ao templo de Delfos, mas chegando lá, e percebendo
a cobiça dos sacerdotes, o fabulista dirigiu sarcasmos aos religiosos, não lhes deu o
dinheiro que o rei enviara e se limitou a fazer sacrifícios aos deuses. Enraivecidos,
os sacerdotes decidiram vingar-se daquela atitude e, para isso esconderam na
bagagem de Éfeso um copo - ou faca - de ouro, acusando-o em seguida de roubo.
Por essa razão, o ex-escravo foi preso e condenado a ser jogado do alto de uma
rocha.
Outra versão apresenta Esopo como sendo natural da Trácia e
contemporâneo do rei Amásis, do Egito. Escravo libertado por Xanto, seu senhor,
ele continuou, entretanto, a freqüentar a casa onde servira, apesar de o seu desejo
de adquirir novos conhecimentos levá-lo a constantes viagens por diferentes países.
Ao que parece, foi no Oriente que adquiriu o gosto pelas narrativas alegóricas que
posteriormente foram propagadas pela Grécia. Segundo esse relato, Esopo, que
teria morrido em Delfos, foi considerado como o inventor do apólogo, apesar de a
fábula já existir na Grécia e no Oriente desde a mais remota antiguidade. Parece
que sob o título Fábulas de Esopo, designaram-se todos os apólogos cuja
proveniência exata era ignorada.
Esopo tornou-se famoso pelas suas pequenas histórias de animais, cada
uma delas com um sentido e um ensinamento. Seus personagens - apesar de
selvagens e irracionais na vida normal - falam, cometem erros, são sábios ou tolos,
maus ou bons, exatamente como os homens, porque a intenção do fabulista era
mostrar como o ser humano poderia agir. Ele nunca escreveu as narrativas criadas
em sua imaginação, apenas as contava para o povo, que as apreciava e por isso se
encarregou de repeti-las. Apesar disso, somente duzentos anos após a sua morte é
que elas foram transcritas para o papel, e depois reunidas às de vários outros
fabulistas que em várias épocas e civilizações também inventaram contos de
moralidade popular, mas cuja autoria permaneceu desconhecida.
http://www.recantodasletras.com.br/biografias/621597
http://www.contandohistoria.com/esopo.htm
Anexo 02
23
Tabela nutricional diária recomendada para homens
Faixa Etaria – Idade 9 a 13 Anos 14 a 18 Anos 19 a 30 Anos
Macronutrientes
Energia (Kcal) Calculadora Calculadora Calculadora
Tabela nutricional diária recomendada para mulheres.
Faixa Etaria – Idade 9 a 13 Anos 14 a 18 Anos 19 a 30 Anos
Macronutrientes
Energia (Kcal) Calculadora Calculadora Calculadora
Proteína e amino
ácidos(g) 34 g {10g-30g} 46 g {10g-30g} 46 g {10g-35g}
http://www.weblaranja.com/nutricao/recom_nutri_home9a30.htm
http://www.anvisa.gov.br/alimentos/tabela.htm
Anexo 03
24
Fábulas Do livro Fábulas, Monteiro Lobato, 1994.
O carreiro e o papagaio
Vinha um carreiro à frente dos bois, cantarolando pela estrada sem fim. Estrada de lama.
Em certo ponto (..............)
A Cigarra e a Formiga
Houve uma jovem cigarra que tinha o costume de chiar ao pé do formigueiro.
Só parava quando cansadinha; e seu divertimento era observar as formigas (..........)
O reformador do mundo
Américo Pisca-pisca tinha o hábito de por defeito em todas as coisas. O mundo para ele estava errado e a natureza só fazia (.................)
O velho, o menino e a mulinha
O velho chamou o filho e disse: - Vá ao pasto, pegue a mulinha e apronte-se
para irmos à cidade, que quero vendê-la. O menino foi e trouxe a mula.
Passou-lhe a raspadeira, escovou-a e partiram os dois a pé, puxando-a pelo
cabresto. Queriam que ela chegasse descansada para (......................)
Burrice
Caminhavam dois burros, um com uma carga de açúcar, outro com uma
carga de esponjas.
Dizia o primeiro: - Caminhemos com cuidado, porque (............)
25
O julgamento da ovelha
Um cachorro acusou uma pobre ovelhinha de lhe haver furtado um osso.
- Para que furtaria um osso – ela alegou - se sou herbívora e um osso pra mim vale
tanto como um pedaço de pau? - Não quero saber de nada. Você (....................)
A morte e o lenhador
Um velinho muito velho vivia de tirar lenha na mata. Os feixes, porém cada
vez lhe pareciam mais pesados tropicava com eles, quase caía e um dia caiu de
verdade, perdeu a paciência e lamentou- se amargamente:
- Antes morrer! De que me vale a vida, se nem (.............................)
A onça doente
A onça caiu da árvore e por muitos dias esteve de cama seriamente
enferma. E como não pudesse caçar, padecia fome das negras.
Em tais apuros imaginou um plano, chamou (...................)
Os dois ladrões
Dois ladrões de animais furtaram certa vez um burro, e como não pudessem
reparti-lo em dois pedaços surgiu a briga.
- O burro é meu! – alegava um – o burro é meu porque eu o vi primeiro…
- Sim – argumentava o outro – você o viu primeiro; mas quem (................)
As duas Cachorras
Moravam no mesmo bairro. Uma era boa e caridosa; outra, má e ingrata.
A boa, como fosse diligente, tinha a casa bem arranjadinha; a má, como fosse, vivia
ao léu, sem eira nem beira.
26
Certa vez… a má, em véspera de dar cria, foi pedir agasalho à boa:
- Fico aqui num cantinho até (......................)
A cabra, o cabrito e o lobo.
Antes de sair a pastar, a cabra, fechando a porta, disse ao cabritinho:
- Cuidado, meu filho. O mundo anda cheio (...................................)
A mutuca e o leão
Cochilava o leão à porta de sua caverna no momento em que a mutuca
chegou.
- Que vens fazer aqui, miserável bichinho? Some-te, retira-te da presença do rei dos
animais. A mutuca riu-se. - Rei? Não és para mim. Não conheço tua (.......................)
Unha-de-Fome
Depois duma vida de misérias e privações Unha-de-Fome conseguiu
amontoar um tesouro, que enterrou longe de casa, num lugar ermo, colocando uma
grande pedra em cima. Mas tal era o seu amor pelo dinheiro, que volta e meia
rondava a pedra, e namorava como o jacaré namora os seus próprios ovos ocultos
na areia. Isto atraiu a atenção dum vizinho, que o espionou e por fim
(...........................)
O lobo velho
Adoecera o lobo e, como não pudesse caçar, curtia na cama de palha a
maior fome de sua vida. Foi quando lhe apareceu a raposa.
27
- Bem-vinda seja, comadre! É o céu que a manda aqui. Estou morrendo
de fome e se alguém não me socorre, adeus, lobo!...
- Pois espere aí que já arranjo uma rica (..........................)
O Lobo e o Cordeiro
Estava o cordeiro a beber água num córrego, quando apareceu um lobo
esfaimado, de horrendo aspecto. ─ Que desaforo é esse de turvar a água que venho
beber? ─ disse o monstro, arreganhando os dentes. ─ Espere que vou castigar
tamanha má-criação! O cordeirinho, trêmulo de medo, respondeu (.................)
O cavalo e o burro
O cavalo e o burro seguiam juntos para a cidade. O cavalo contente da vida,
folgando com uma carga de quatro arrobas apenas, e o burro — coitado! Gemendo
sob o peso de oito. Em certo ponto, o burro parou e disse:
— Não posso mais! Esta carga excede (..............................)
O homem e a cobra
Um dia, certo homem de bom coração encontrou na estrada uma cobra
tremendo de frio.
- Coitadinha! Se fica por aqui ao (................................)
A Malícia da Raposa
O leão convidou a bicharada inteira para uma festa em seu palácio. O
primeiro a aparecer foi o urso. Vendo a caverna cheia de ossos de caça, tresandante
a carniça, tapou o nariz.
28
O leão furioso atirou-se a ele. - Patife! Entrar em meu palácio de mão no (..............................)
O orgulhoso
Era um jequitibá enorme, o mais importante da floresta. Mas orgulhoso e
gabola. Fazia pouco das árvores menores e ria-se com desprezo das plantinhas
humildes. Vendo a seus pés uma tabua disse:
— Que triste vida levas, tão pequenina, sempre à beira d’água,
vivendo entre saracuras e rãs… Qualquer ventinho te dobra. Um tisio que pouse
em tua haste já te verga que nem bodoque. Que diferença entre nós!A minha
copada chega ..................)
O Egoísmo da Onça
Ao voltar da caça, com uma veadinha nos dentes, a onça encontrou sua toca
vazia. Desesperada, esgoleou-se em urros de encher de espanto a floresta. Uma
anta veio indagar do que havia.
— Mataram-me as (................................)
Liga das Nações
Gato-do-mato, jaguatirica e irara receberam um convite da onça para
constituírem a Liga das Nações.
- Aliemo-nos e cacemos juntos, repartindo a presa irmãmente, de acordo os
nossos direitos. - Muito bem! - exclamaram os convidados. - Isso resolve todos os
(...........................)
Os animais e a peste
Em certo ano terrível de peste entre os animais, o leão, mais apreensivo,
consultou um macaco de barbas brancas.
29
- Esta peste é um castigo do céu – respondeu o macaco – e o remédio é
aplacarmos a cólera divina sacrificando aos deuses um de nós.
- Qual? – perguntou o leão.
- O mais carregado de crimes.
O leão fechou os olhos, concentrou-se e, depois duma ( ..............)
A mosca e a formiguinha
_ Sou fidalga! _ dizia a mosca à formiguinha que passava carregando uma
folha de roseira. Não trabalho, pouso em todas as mesas, lambisco de todos os
manjares, passeio sobre o colo das donzelas e até me sento no (.....................)
Os Dois Burrinhos
Muito lampeiros dois burrinhos de tropa seguiam trotando pela estrada além.
O da frente conduzia bruacas de ouro em pó; e o de trás, simples sacos de farelo.
Embora burros da mesma igualha, não queria ser o primeiro que o segundo lhe
caminhasse ao lado.
- Alto lá! - dizia ele - não se emparelhe comigo, que quem carrega (............)
Pau de Dois Bicos
Um morcego estonteado pousou certa vez no ninho da coruja, e ali ficaria de
dentro se a coruja ao regressar não investisse contra ele.
- Miserável bicho! Pois te atreves a entrar em minha casa, sabendo que
odeio a família dos ratos?
- Achas então que sou rato? Não tenho asas e não vôo como tu? Rato, eu?
Essa é boa!...
A coruja não sabia discutir e, vencida de tais razões, poupou-lhe a pele.
Dias depois, o finório morcego planta-se no (........................................)
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O Gato Vaidoso
Moravam na mesma casa dois gatos iguaiszinhos no pêlo, mas desiguais na
sorte. Um amimado pela dona dormia em almofadões. Outro, no borralho. Um
passava a leite e comia em colo. O outro, por feliz, se dava com as espinhas de
peixe do lixo.
Certa vez, cruzaram-se no telhado e o bichano de luxo arrepiou-se todo,
dizendo:
- Passa ao largo, vagabundo! Não vês que és (...........................)
A Galinha dos ovos de ouro
João Impaciente descobriu no quintal uma galinha que punha ovos de ouro.
Mas um por semana, apenas. Louco de alegria, disse à mulher:
— Estamos ricos! Esta galinha traz um (..........................)
O Leão e o Ratinho
Ao sair do buraco viu-se o ratinho entre as patas do leão. Estacou, de pelos
em pé, paralisado pelo terror. O leão, porém, não lhe fez mal nenhum. - Segue em
paz, ratinho; não tenhas (...................................)
O Burro Sábio
No tempo em que os animais falavam, uma assembleia de bichos se reuniu
para resolver certa questão.
Compareceu, sem ser convidado, o burro e, pedindo a palavra, pronunciou
longo discurso, fingindo-se estadista. Mas só dissera asneiras. Foi um zurrar sem
31
conta.
Quando concluiu, ficou à espera dos (...................................)
A Rã e o Boi
Tomava sol à beira dum brejo uma rã e uma saracura. Nisto chegou um boi,
que vinha para o bebedouro. - Quer ver, disse a rã, como fico do tamanho desse
animal?
- Impossível rãzinha. Cada qual como (.................................)
O pastor e o leão
Um pastorzinho, notando certa manhã a falta de várias ovelhas, enfureceu-
se, tomou da espingarda e saiu para a floresta.
- Raios me partam se eu não (.................................)
FONTE: http://lobato.globo.com/biblioteca_InfantoJuvenil.asp
http://www.infoescola.com/literatura/monteiro-lobato/
http://textolivre.com.br/artigos/9635-a-formiga-ma-fabulas-de-monteiro-lobato
http://www.infoescola.com/literatura/adaptacao-de-fabulas-por-monteiro-
lobato/
Indicações bibliográficas:
ABRAMOVICH, Fanny. Literatura Infantil: Gostosuras e bobices. Scipione: 1997
CÂNDIDO, A. A Literatura e a formação do homem. Ciência e Cultura. SP. 1972.
CAVALCANTE, Mônica Lima. Leitura, prazer e a formação do sujeito leitor na realidade escolar brasileira. Disponível em: <htt://www.dmd2.webfactional.com>. Acesso em: 03 de maio de 2011.
32
EVANGELISTA, Aracy Alves Martins, Helena Maria Brina Brandão, Maria Zélia
Vesiane Machado. Escolarização da Leitura. Autêntica, 2001.
FREIRE, Paulo. A importância do ato de ler. Cortez; 2005.
GERALDI, J.W. Concepções de linguagem e ensino de Português. In: O texto
na sala de aula. Cascavel: Assoeste,1990.
KAUFMAN, Ana Maria Kaufman e Maria Elena Rodriguez. Escola Leitura e
Produção de textos. Porto Alegre: Artmed,1995
LAJOLO, M. Do Mundo da leitura para a leitura do mundo. São Paulo: Ática,
2001.
LOBATO, Monteiro. Fábulas. São Paulo: Brasiliense, 2004.
PARANÁ. Secretaria de educação. Diretrizes Curriculares de Língua
Portuguesa da Rede Publica de Educação Básica do Paraná. Curitiba: SEED,
2008.
SILVA, Ezequiel Theodoro da. A Produção da Leitura na Escola: Ática: 2005.
ZILBERMAN, Regina. Literatura Infantil na escola: Global, 2003.
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