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(Alemanha, 21 de abril de
1864 – 14 de junho de
1920)
É considerado um dos
fundadores do estudo
moderno da sociologia,
mas sua influência também
pode ser sentida na
economia, na filosofia, no
direito, na ciência política e
na administração.
O estudo da Sociologia na Perspectiva da
organização social na obra de Max Weber implica o
estudo da legitimação e da legitimidade e, por
decorrência, o significado de poder.
A concepção sociológica de Max Weber é
denominada sociologia compreensiva. Trata-se de
compreender o sentido das ações sociais, os motivos
que sustentam o próprio sentido das ações sociais é
que define o objeto da sociologia como o estudo da
conexão de sentidos das ações.
A sociologia é para Weber:"a ciência que
pretende entender, interpretando-a , a ação
social, para, dessa maneira explica-la
causalmente em seu desenvolvimento e
efeitos."
O conceito de ação social pode ser definido
como uma conduta humana como
omissão/permissão dotada de um significado
subjetivo dado por quem o executa.
Os tipos ideais servem como modelos e a partir
deles a citada infinidade pode ser resumida em
quatro ações fundamentais:
1. Ação social racional com relação a fins,
na qual a ação é estritamente racional. Toma-
se um fim e este é, então, racionalmente
buscado. Há a escolha dos melhores meios
para se realizar um fim;
2. Ação social racional com relação a
valores, na qual não é o fim que orienta a
ação, mas o valor, são aquelas sustentadas por
uma crença em determinado valor
estabelecido, seja este moral, religioso, ou
qualquer outro;
3. Ação social afetiva, em que a conduta é
movida por sentimentos, aos atendimentos dos
afetos ou desafetos tais como os sentimentos
do orgulho, da vingança, da loucura, da
paixão, da inveja, do medo, etc.;
4. Ação social tradicional, caracteriza-se pela influência que os costumes exercem no sentido de os indivíduos acompanharem um costume cristalizado no interior de uma sociedade, ou seja, que tem como fonte motivadora os costumes ou hábitos arraigados.
(Observe que as duas últimas são irracionais).
Relação Social
Não somente, Max Weber se detém as ações
individuais, pois estas se sustentam por
condutas regulares ou constantes, o que
caracteriza coletividade tais condutas. A
sociologia de Weber permite a passagem para o
coletivo na caracterização da relação social.
As relações sociais são marcadas por condutas
coletivas, que se sustentam por sentido
compartilhado entre muitos indivíduos
Weber recorre à noção de probabilidade, pois não
existe a certeza de que o sentido da ação social seja
aceito pelo outro; isso significa que nas relações
sociais estão sempre presentes duas possibilidades:
- De aceitação;
- De não aceitação.
O sentido compartilhado por muitos significa um
sentido aceito, o que propicia maior probabilidade de
coesão social. Se o sentido que sustenta a relação
social é aceito, gera legitimidade, portanto, dá validade
para determinada ordem social. A legitimidade da
relação social torna-se orientadora da conduta dos
indivíduos.
A legitimidade é sustentadora das atitudes racionais
quanto aos fins ou quanto aos valores; do afetivo ou
sentimental, bem como da tradição. A legitimidade
oportuniza a validade da ordem social, que pode ser
convencional ou jurídica.
A ordem social estabelece uma vigência legítima,
vigência esta que pode ser por tradição; afetiva; por
estatuto (legalidade); por acordo entre os interessados;
ou por imposição e submissão. É da vigência legítima
que decorre o poder que se caracteriza como
probabilidade de impor por dominação e disciplina.
A realidade social apresenta uma ordem que a
investigação científica reorganiza, e tal reorganização é
depois confrontada com o real. O instrumento que deve
ser utilizado pela sociologia para que ela compreenda o
significado das ações é o tipo ideal.
O tipo ideal é um instrumento de análise que o cientista
social usa como recurso para investigar
metodologicamente a variedade de fenômenos que
compõem a realidade social. O recurso investigativo
não é extraído nem está presente na realidade mesmo,
mas é um modelo idealizado pelo investigador.
Esse modelo, quando em conformidade com a
realidade, faz emergir as diferenças entre o que
ocorre de fato e o que é idealizado, o que
permite investigar tanto as ações sociais quanto
as relações sociais naquilo que elas possuem de
mais significativo, os motivos que sustentam tais
práticas sociais.
Burocracia
Weber elaborou um conceito de burocracia baseado em elementos jurídicos do século 19, concebidos por teóricos do direito. Dentro dessa perspectiva jurídica, o termo era empregado para indicar funções da administração pública, que era guiada por normas, atribuições específicas, esferas de competência bem delimitadas e critérios de seleção de funcionários.
A burocracia, então, podia ser definida da seguinte forma: aparato técnico-administrativo, formado por profissionais especializados, selecionados segundo critérios racionais e que se encarregavam de diversas tarefas importantes dentro do sistema.
Burocracia
Segundo Weber, as principais características de um aparato
burocrático moderno são:
Funcionários que ocupam cargos burocráticos são
considerados servidores públicos;
Funcionários são contratados em virtude de competência
técnica e qualificações específicas;
Funcionários cumprem tarefas que são determinadas por
normas e regulamentos escritos;
A remuneração é baseada em salários estipulados em
dinheiro;
Funcionários estão sujeitos a regras hierárquicas e códigos
disciplinares que estabelecem as relações de autoridade.
Burocracia
Para Weber, a burocracia moderna não é apenas uma
forma avançada de organização administrativa, com base
no método racional e científico, mas também uma forma
de dominação legítima.
Os atributos que regem o funcionamento da burocracia
sintetizam as formas de relações sociais das sociedades
modernas. Para Weber, a burocracia e a burocratização
são processos inexoráveis, ou seja, inevitáveis e
crescentes, presentes em qualquer tipo de organização,
seja ela de natureza pública ou privada.
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