View
216
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
UNIVERSIDADE DE BRASILIA ndash UnB
FACULDADE DE AGRONOMIA E MEDICINA VETERINARIA - FAV
EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE
ABACATE
PETERSON ALVES PEREIRA
BRASIacuteLIA - DF
2015
PETERSON ALVES PEREIRA
EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE
ABACATE
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentada agrave Banca Examinadora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria como exigecircncia final para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Engenheiro Agrocircnomo Orientador Prof Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi
BRASIacuteLIA - DF
2015
EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE ABACATE
PETERSON ALVES PEREIRA
TRABALHO DE CONCLUSAtildeO DE CURSO SUBMETIDO Agrave FACULDADE DE AGRONOMIA E
MEDICINA VETERINAacuteRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A
OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGROcircNOMO
APROVADO PELA COMISSAtildeO EXAMINADORA EM 31122015
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
OSVALDO KIYOSHI YAMANISHI Universidade de Brasiacutelia
Professor Associado da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(ORIENTADOR) CPF 065273838-94 e-mail okyamanishigmailcom
_________________________________________________
JOSEacute RICARDO PEIXOTO Universidade de Brasiacutelia
Professor Titular da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(EXAMINADOR) CPF 354456236-34 e-mail peixotounbbr
_________________________________________________
MAacuteRCIO DE CARVALHO PIRES Dr Universidade de Brasiacutelia
Professor Adjunto da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(EXAMINADOR) CPF 844256601-53 e-mail mcpiresunbbr
BRASIacuteLIA - DF
Dezembro 2015
Dedicatoacuteria
A Deus Arquiteto Supremo
Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor
AGRADECIMENTOS
A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute
Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por
proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos
Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos
momentos de aprendizado e crescimento
Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na
conclusatildeo deste trabalho
Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer
total apoio para a conclusatildeo deste trabalho
Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me
proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e
pessoal
A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de
curso muito obrigado
RESUMO
O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios
paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes
no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate
foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822
Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19
no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de
3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da
produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares
comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As
cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟
conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os
principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais
concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do
Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado
internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do
abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia
representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a
evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial
Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass
ABSTRACT
The avocado Persea americana is an importante culture in many countries
The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the
biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced
amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611
The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The
avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest
producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas
Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda
Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for
exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized
on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru
The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with
3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s
international market In view of the promising culture‟s international market of
avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European
Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory
study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado
in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with
another countries that participate of this market
Keywords Persea Americana avocado Hass
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
PETERSON ALVES PEREIRA
EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE
ABACATE
Trabalho de conclusatildeo de curso apresentada agrave Banca Examinadora da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria como exigecircncia final para obtenccedilatildeo do tiacutetulo de Engenheiro Agrocircnomo Orientador Prof Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi
BRASIacuteLIA - DF
2015
EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE ABACATE
PETERSON ALVES PEREIRA
TRABALHO DE CONCLUSAtildeO DE CURSO SUBMETIDO Agrave FACULDADE DE AGRONOMIA E
MEDICINA VETERINAacuteRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A
OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGROcircNOMO
APROVADO PELA COMISSAtildeO EXAMINADORA EM 31122015
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
OSVALDO KIYOSHI YAMANISHI Universidade de Brasiacutelia
Professor Associado da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(ORIENTADOR) CPF 065273838-94 e-mail okyamanishigmailcom
_________________________________________________
JOSEacute RICARDO PEIXOTO Universidade de Brasiacutelia
Professor Titular da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(EXAMINADOR) CPF 354456236-34 e-mail peixotounbbr
_________________________________________________
MAacuteRCIO DE CARVALHO PIRES Dr Universidade de Brasiacutelia
Professor Adjunto da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(EXAMINADOR) CPF 844256601-53 e-mail mcpiresunbbr
BRASIacuteLIA - DF
Dezembro 2015
Dedicatoacuteria
A Deus Arquiteto Supremo
Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor
AGRADECIMENTOS
A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute
Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por
proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos
Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos
momentos de aprendizado e crescimento
Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na
conclusatildeo deste trabalho
Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer
total apoio para a conclusatildeo deste trabalho
Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me
proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e
pessoal
A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de
curso muito obrigado
RESUMO
O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios
paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes
no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate
foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822
Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19
no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de
3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da
produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares
comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As
cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟
conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os
principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais
concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do
Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado
internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do
abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia
representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a
evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial
Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass
ABSTRACT
The avocado Persea americana is an importante culture in many countries
The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the
biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced
amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611
The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The
avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest
producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas
Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda
Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for
exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized
on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru
The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with
3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s
international market In view of the promising culture‟s international market of
avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European
Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory
study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado
in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with
another countries that participate of this market
Keywords Persea Americana avocado Hass
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
EVOLUCcedilAtildeO DA PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL E NACIONAL DE ABACATE
PETERSON ALVES PEREIRA
TRABALHO DE CONCLUSAtildeO DE CURSO SUBMETIDO Agrave FACULDADE DE AGRONOMIA E
MEDICINA VETERINAacuteRIA DA UNIVERSIDADE DE BRASIacuteLIA COMO REQUISITO PARCIAL PARA A
OBTENCcedilAtildeO DO GRAU DE ENGENHEIRO AGROcircNOMO
APROVADO PELA COMISSAtildeO EXAMINADORA EM 31122015
BANCA EXAMINADORA
_________________________________________________
OSVALDO KIYOSHI YAMANISHI Universidade de Brasiacutelia
Professor Associado da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(ORIENTADOR) CPF 065273838-94 e-mail okyamanishigmailcom
_________________________________________________
JOSEacute RICARDO PEIXOTO Universidade de Brasiacutelia
Professor Titular da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(EXAMINADOR) CPF 354456236-34 e-mail peixotounbbr
_________________________________________________
MAacuteRCIO DE CARVALHO PIRES Dr Universidade de Brasiacutelia
Professor Adjunto da Faculdade de Agronomia e Medicina Veterinaacuteria ndash UnB
(EXAMINADOR) CPF 844256601-53 e-mail mcpiresunbbr
BRASIacuteLIA - DF
Dezembro 2015
Dedicatoacuteria
A Deus Arquiteto Supremo
Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor
AGRADECIMENTOS
A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute
Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por
proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos
Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos
momentos de aprendizado e crescimento
Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na
conclusatildeo deste trabalho
Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer
total apoio para a conclusatildeo deste trabalho
Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me
proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e
pessoal
A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de
curso muito obrigado
RESUMO
O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios
paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes
no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate
foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822
Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19
no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de
3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da
produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares
comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As
cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟
conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os
principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais
concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do
Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado
internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do
abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia
representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a
evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial
Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass
ABSTRACT
The avocado Persea americana is an importante culture in many countries
The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the
biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced
amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611
The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The
avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest
producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas
Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda
Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for
exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized
on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru
The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with
3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s
international market In view of the promising culture‟s international market of
avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European
Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory
study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado
in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with
another countries that participate of this market
Keywords Persea Americana avocado Hass
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
Dedicatoacuteria
A Deus Arquiteto Supremo
Agrave minha famiacutelia meus pais e meus irmatildeos pelo amor
AGRADECIMENTOS
A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute
Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por
proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos
Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos
momentos de aprendizado e crescimento
Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na
conclusatildeo deste trabalho
Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer
total apoio para a conclusatildeo deste trabalho
Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me
proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e
pessoal
A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de
curso muito obrigado
RESUMO
O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios
paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes
no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate
foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822
Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19
no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de
3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da
produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares
comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As
cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟
conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os
principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais
concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do
Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado
internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do
abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia
representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a
evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial
Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass
ABSTRACT
The avocado Persea americana is an importante culture in many countries
The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the
biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced
amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611
The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The
avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest
producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas
Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda
Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for
exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized
on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru
The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with
3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s
international market In view of the promising culture‟s international market of
avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European
Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory
study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado
in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with
another countries that participate of this market
Keywords Persea Americana avocado Hass
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
AGRADECIMENTOS
A Deus por arquitetar o universo e tudo o que nele haacute
Aos meus pais por compartilharem comigo da labuta do cotidiano e por
proporcionarem momentos de conforto dos quais desfrutamos juntos
Aos meus irmatildeos pelos muitos momentos de alegria e felicidades e tambeacutem pelos
momentos de aprendizado e crescimento
Ao professor Dr Osvaldo Kiyoshi Yamanishi pela orientaccedilatildeo e paciecircncia na
conclusatildeo deste trabalho
Ao professor Dr Maacutercio de Carvalho Pires por ministrar excelentes aulas e fornecer
total apoio para a conclusatildeo deste trabalho
Agrave Universidade de Brasiacutelia que com sua estrutura e corpo discente e docente me
proporcionaram a oportunidade de crescimento e desenvolvimento intelectual e
pessoal
A todos os envolvidos que colaboraram positivamente com minha conclusatildeo de
curso muito obrigado
RESUMO
O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios
paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes
no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate
foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822
Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19
no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de
3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da
produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares
comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As
cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟
conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os
principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais
concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do
Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado
internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do
abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia
representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a
evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial
Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass
ABSTRACT
The avocado Persea americana is an importante culture in many countries
The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the
biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced
amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611
The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The
avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest
producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas
Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda
Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for
exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized
on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru
The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with
3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s
international market In view of the promising culture‟s international market of
avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European
Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory
study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado
in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with
another countries that participate of this market
Keywords Persea Americana avocado Hass
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
RESUMO
O abacateiro Persea americana eacute uma cultura muito importante em vaacuterios
paiacuteses devido ao volume comercializado da fruta e a variedade de pratos presentes
no cotidiano nestes paiacuteses A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate
foram Meacutexico com 3112 do montante produzido Repuacuteblica Dominicana 822
Colocircmbia 643 e Peru com 611 A produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19
no periacuteodo de 2006 e 2012 No Distrito Federal a produccedilatildeo da fruta em 2013 foi de
3152 toneladas Em 2011 o maior produtor nacional foi Satildeo Paulo com 524 da
produccedilatildeo seguido de Minas Gerais com 1982 As principais cultivares
comercializadas no paiacutes satildeo Breda Fortuna Geada Margarida e Quintal As
cultivares de abacate mais utilizadas para exportaccedilatildeo satildeo a bdquoFuerte‟ bdquoHass‟
conhecido no Brasil como Avocado sendo mais valorizadas no mercado Os
principais exportadores de abacate satildeo Meacutexico Chile Holanda e Peru Os principais
concorrentes do Brasil em se tratando da exportaccedilatildeo do Avocado satildeo Aacutefrica do
Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru representando 10 do mercado
internacional Tendo em vista o promissor mercado internacional da cultura do
abacateiro com a cultivar bdquoHass‟ no qual Estados Unidos e Uniatildeo Europeia
representam forte potencial importador objetivou-se com este estudo apresentar a
evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel mundial
Palavras ndash chave Persea americana abacate Hass
ABSTRACT
The avocado Persea americana is an importante culture in many countries
The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the
biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced
amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611
The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The
avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest
producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas
Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda
Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for
exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized
on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru
The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with
3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s
international market In view of the promising culture‟s international market of
avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European
Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory
study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado
in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with
another countries that participate of this market
Keywords Persea Americana avocado Hass
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
ABSTRACT
The avocado Persea americana is an importante culture in many countries
The worldwide production of avocado in 2013 was 4717102 ton Still in 2013 the
biggest worldwide avocado‟s producers was Mexico with 3112 of the produced
amount Dominican Republic with 822 Colombia with 643 and Peru with 611
The avocado‟s worldwide production grows 19 between 2006 and 2012 The
avocado‟s production in Distrito Federal in 2013 was of 3152 ton The biggest
producer in 2011 was Satildeo Paulo with 524 of all production followed by Minas
Gerais with 1982 The main cultivars commercialized on country are Breda
Fortuna Geada Margarida and Quintal The most avocado‟s cultivars used for
exportation are the bdquoFuerte‟ bdquoHass‟ known as avocado are also the most valorized
on market The main exporters of avocado are Mexico Chile Netherlands and Peru
The competitors to Brazil talking about exportation of avocado are South Africa with
3 of all the exportation Chile with 7 and Peru representing 10 of avocado‟s
international market In view of the promising culture‟s international market of
avocado with the Avocado cultivars bdquoFuerte‟ and bdquoHass‟ where US and European
Union representing an strong potential importer it is aimed with this exploratory
study analyze the aspects of production and commercialization of culture of avocado
in Brazil as its participation on the sector of exportation of this fruit comparing with
another countries that participate of this market
Keywords Persea Americana avocado Hass
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
SUMAacuteRIO
INTRODUCcedilAtildeO 10
OBJETIVO 11
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA 11
A CULTURA DO ABACATE 11
Origem 11
Abacate no Brasil 12
Descriccedilatildeo 12
Aacutervore folhas e fruto 12
Flores 13
Polinizaccedilatildeo 13
Raccedilas 14
Principais cultivares 14
Avocado 15
Clima 16
Solos 17
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate 17
Ponto de colheita 19
Poacutes colheita 20
Consumo 20
Aspectos nutricionais 21
Produtos e subprodutos 22
Melhoramento geneacutetico 23
Certificaccedilatildeo 24
METODOLOGIA 25
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO 26
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
ABACATE NO MUNDO 26
ABACATE NO BRASIL 35
AVOCADO NO BRASIL 41
CERTIFICACcedilAtildeO 44
CONCLUSOtildeES 45
BIBLIOGRAFIA 47
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
10
INTRODUCcedilAtildeO
A cultura do abacateiro eacute de grande importacircncia para o setor frutiacutecola em
vaacuterias regiotildees de todo o mundo A produccedilatildeo mundial de abacate em 2013 foi de
4717102 toneladas (FACTFISH) No Brasil neste mesmo ano a produccedilatildeo chegou
a 159903 t ocupando uma aacuterea de 9615 ha ficando na oitava posiccedilatildeo no ranking
dos maiores produtores mundiais (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA
2015) Ainda em 2013 os maiores produtores mundiais de abacate foram Meacutexico
disparado na frente com um volume de 1467837 toneladas Repuacuteblica Dominicana
com 387546 t e Colocircmbia com 303304 toneladas (FONTE FACTFISH) De acordo
com Rocha (2014) a produccedilatildeo mundial de abacate cresceu 19 no periacuteodo de
2006 e 2012
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o paiacutes natildeo participe de forma mais efetiva no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro conhecida como podridatildeo da raiz causada por Phytophthora
cinnamomi considerada a principal doenccedila que afeta esta cultura em todas as
regiotildees do mundo (CANTUARIAS-AVILEacuteS SILVA 2011 citado por SANTOS 2014)
Outro entrave na produccedilatildeo do abacate eacute a broca-do-abacate Stenoma catenifer
que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute uma praga
quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo deste produto
sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras fitossanitaacuterias
em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador mundial da
fruta
Em acircmbito internacional os abacates bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ satildeo os mais
apreciados Estes frutos recebem a denominaccedilatildeo de Avocado Estas cultivares tecircm
sido mais valorizadas pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos
(FRANCISCO e BAPTISTELLA 2005) Estas cultivares satildeo hiacutebridos oriundos das
raccedilas mexicana e guatemalense possuem frutos pequenos com caroccedilo
relativamente grande e com alto teor de oacuteleo (TEIXEIRA 1995)
Para CARVALHO (2015) o Brasil estaacute ainda comeccedilando a participar do
volume de exportaccedilatildeo do abacate bdquoHass‟ cultivar mais produzida em todo o mundo
poreacutem o paiacutes esse ainda tem pouca contribuiccedilatildeo para com este setor do qual os
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
11
Estados Unidos e Uniatildeo Europeia representam forte potencial importador devido ao
elevado consumo interno que cresce de forma mais acelerada do que a produccedilatildeo
da fruta no paiacutes
Os principais importadores de fruta como como o europeu e o norte
americano impotildeem de um padratildeo de qualidade que observa agraves exigecircncias feitas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar Este fator deve ser
considerado elementar pelos paiacuteses que visam exportar quaisquer produtos para
essas regiotildees A certificaccedilatildeo dos produtos eacute de extrema importacircncia para consolidar
paiacuteses exportadores no mercado pois esta leva em consideraccedilatildeo aspectos
ambientais e sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta
destinadas agrave exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras a fim de atender as
exigecircncias dos mais importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR
(OLIVEIRA 2005)
Os consumidores atuais estatildeo mais informados no que se refere agrave busca de
qualidade e por isso buscam produtos que atentem agraves questotildees eacuteticas que
abordem temas como meio ambiente tambeacutem o uso indiscriminado de agrotoacutexicos
considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis eacute uma questatildeo
fundamental (SINGER e MASON 2007)
OBJETIVO
O objetivo deste estudo foi apresentar a evoluccedilatildeo da produccedilatildeo e
comercializaccedilatildeo da cultura do abacateiro em niacutevel internacional e mundial por meio
de trabalhos encontrados na literatura
REVISAtildeO BIBLIOGRAacuteFICA
A CULTURA DO ABACATE
Origem
Existem relatos sobre o abacate no iniacutecio do descobrimento das Ameacutericas Na
Colocircmbia o abacate jaacute era conhecido por volta de 1519 e 1526 entre os anos de
1532 e 1550 apareceu no Meacutexico Este nome ldquoabacaterdquo eacute oriundo do dialeto
indiacutegena o que reforccedila a informaccedilatildeo de que esse fruto eacute amplamente conhecido
pelos povos naturais da Ameacuterica (DONADIO 1995)
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
12
Por ser uma espeacutecie oriunda da Ameacuterica o abacate espalhou-se pelo
continente no seacuteculo XVII sendo mencionado na Jamaica em 1657 e 1969 pelo
nome de Avocado como eacute comumente denominado em paiacuteses de liacutengua inglesa Jaacute
em paiacuteses que tecircm como principal liacutengua o espanhol eacute conhecido como bdquoaguacate‟
exceto na Argentina Chile Peru e Equador onde eacute conhecido como bdquopalta‟
(DONADIO 1995)
O abacate eacute citado na Europa inicialmente em 1601 quando foi introduzido
no jardim botacircnico de Valecircncia Apoacutes isso disseminou-se para outros continentes
chegando na Aacutefrica em 1750 tendo Gana como via de acesso Em 1825 chega no
Havaiacute e em 1833 na Floacuterida Na Aacutesia o abacate chega pela Malaacutesia em 1900
(DONADIO 1995)
Abacate no Brasil
Existem relatos da cultura do abacateiro no Brasil desde 1787 poreacutem a
primeira introduccedilatildeo oficial deu-se em 1893 quando quatro aacutervores provenientes da
Guiana Francesa pertencentes agrave raccedila Antilhana que forneceram as primeiras
sementes da espeacutecie para o Brasil Em Satildeo Paulo acredita-se que a cultura tenha
se iniciado no Vale do Paraiacuteba no seacuteculo XIX predominando plantas da raccedila
Antilhana (Donadio et al 2010)
A safra do abacate gira em torno de 150 toneladas exceto em 2008 que
chegou a 173 mil t (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2008) A
produccedilatildeo Brasileira de Abacate foi de 159903 toneladas em 2013 ocupando uma
aacuterea de 9615 ha conferindo a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor (ANUAacuteRIO
BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2015)
Descriccedilatildeo
Aacutervore folhas e fruto
O abacateiro espeacutecie P americana Miller eacute uma planta dicotiledocircnea da
famiacutelia Lauraceae gecircnero Persea A aacutervore possui porte meacutedio-alto variando de 12
a 25 metros O abacateiro se desenvolve bem em regiotildees tropicais e subtropicais A
planta possui caule ciliacutendrico e lenhoso com coloraccedilatildeo cinza escuro Suas folhas satildeo
sem estipulas de peciacuteolo curto e alternadas e podem ter vaacuterios formatos como
eliacuteptico-lanceoladas oblongas oblongo-lanceoladas ou ovais podendo variar de
76 a 410 cm de comprimento A cor da folha vai de bronzeada quando nova e
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
13
aos poucos vai esverdeando O fruto eacute uma baga com uma semente grande
cercada por uma polpa amanteigada (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 CRANE
2007)
Flores
As flores do abacateiro satildeo pequenas e hermafroditas podendo ter coloraccedilatildeo
branca ou verde amarelada Satildeo produzidas em abundacircncia e possuem diacircmetro de
variaacutevel de 05 a 15 cm dispostas em paniacuteculas terminais nos ramos mais novos
(ALMEIDA 2013)
O abacateiro possui flores perfeitas com oacutergatildeos masculinos e femininos
capazes de produzir frutos agrave exceccedilatildeo da variedade Collinson por exemplo que natildeo
consegue produzir poacutelen e soacute serve como planta feminina (MARANCA 1980) A
planta apresenta comportamento floral denominado dicogamia protogenica
(KOLLER 1992)
Polinizaccedilatildeo
Apesar de possuir flores hermafroditas a maturidade do pistilo (parte
feminina) natildeo ocorre ao mesmo tempo da deiscecircncia das anteras (parte masculina)
(ALMEIDA 2013)
As flores do abacateiro se comportam de duas formas distintas diferenciando
a classificaccedilatildeo de cultivares em dois grupos A e B No grupo A estatildeo as variedades
onde a primeira abertura da flor ocorre pela manhatilde pronta para receberem o poacutelen
(feminina) reabrindo somente agrave tarde no seguinte poreacutem soltando poacutelen
(masculino) As variedades do grupo B a primeira abertura da flor ocorre apoacutes o
meio dia (feminina) fechando-se pela tarde e reabrindo ao amanhecer no estaacutegio
masculino Conhecer da biologia floral do abacateiro eacute extremamente importante
para se obter boa produccedilatildeo em pomares de abacateiro por conta do fato de suas
flores serem hermafroditas Desta forma para que se tenha uma eficiente
polinizaccedilatildeo das flores eacute imprescindiacutevel que os pomares sejam formados com
variedades pertencentes aos dois diferentes grupos para se ter uma produccedilatildeo
economicamente viaacutevel A proporccedilatildeo entre as variedades pode variar de acordo com
a demanda do mercado (MONTENEGRO 1951 citado por FRANCISCO E
BAPTISTELLA 2005)
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
14
Raccedilas
O abacateiro Persea americana pertence agrave famiacutelia Lauraceae que engloba
cerca de 50 gecircneros Existem trecircs grupos ou raccedilas que representam o abacate
comercial satildeo elas Mexicana ndash Persea americana var drymifolia Antilhana ndash P
americana var americana e Guatemalense ou guatemalteca ndash P nubigena var
guatemalensis (WILLIAMS 79 citado por DONADIO 1995)
Principais cultivares
Dentre as cultivares mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo a
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011) A produccedilatildeo
concentra-se na regiatildeo de Campinas Ribeiratildeo Preto e Bauru (ALMEIDA 2013)
Levantamentos feitos na regiatildeo nordeste por CORREIA et al (2010) indicam
que as principais cultivares nos CEASAS de Pernambuco e Cearaacute satildeo Quintal
Fortuna Geada e Margarida Jaacute em Satildeo Paulo as principais cultivares
comercializadas no CEAGESP citadas por ALMEIDA (2013) satildeo bdquoBreda‟ Fortuna
Geada Margarida e Quintal (CEAGESP 2013)
ILUSTRACcedilAtildeO DAS PRINCIPAIS CULTIVARES DE ABACATE
FIGURA 1 - Ilustraccedilatildeo das principais cultivares de abacate brasileira fonte HORTIESCOLHA DISPONIacuteVEL EM httpwwwhortiescolhacombrhortipediaprodutoabacate (adaptado)
A cultivar BREDA possui formato piriforme poreacutem se formaccedilatildeo de ldquopescoccedilordquo
(WATANABE 2013 citado por ALMEIDA 2013)
A variedade FORTUNA tem como uma de suas caracteriacutesticas frutos
piriformes muito grandes com peso variando entre 600 e 1Kg de casca lisa e verde
escuro polpa amarela e caroccedilo solto (KOLLER 2002) O teor de oacuteleo da cultivar
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
15
FORTUNA eacute de aproximadamente 8 (SIMAtildeO 1998 DONADIO et al 2010) No
CEASA do Recife esta cultivar eacute a preferida devido ao fato de ser uma fruta
carnuda com preccedilo acessiacutevel excelente sabor entre outros fatores
A cultivar GEADA tambeacutem possui fruto piriforme podendo ser ovalado sem
ldquopescoccedilordquo com coloraccedilatildeo verde mais claro que o FORTUNA sua polpa eacute amarela
com a semente aderente seu conteuacutedo de oacuteleo eacute bastante baixo por volta de 35
e a maturaccedilatildeo bastante precoce (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002)
A cultivar MARGARIDA apresenta as caracteriacutesticas da raccedila Guatemalense
como folhas novas com coloraccedilatildeo arroxeada frutos redondos e de casca rugosa
sua polpa eacute verde clara e o caroccedilo eacute pequeno (KOLLER 2002) Segundo BONELLA
(2013) (citado por ALMEIDA 2013) a cultivar MARGARIDA eacute a preferida por
compradores que visam transportar longas distacircncias pois apresenta oacutetima
resistecircncia poacutes-colheita
A QUINTAL eacute outro hiacutebrido das raccedilas Antilhana e Guatemalense seus frutos
satildeo grandes pesam entre 500 e 900 g possui casca verde clara lisa a polpa eacute
amarela e o caroccedilo aderente agrave polpa (TEIXEIRA 1995 KOLLER 2002 DONADIO
2010) O formato da QUINTAL eacute bem piriforme com ldquopescoccedilordquo bastante
proeminente Esta cultivar eacute a preferida no CEASA de Fortaleza por possuir
aparecircncia bonita e brilhosa casca livre de manchas polpa saborosa e etc
Avocado
A denominaccedilatildeo bdquoAvocado‟ tem sido utilizada no paiacutes para identificar as
cultivares de abacate bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ estas cultivares tecircm sido mais valorizadas
pelo seu tamanho diferenciado e alto teor de lipiacutedeos (FRANCISCO e
BAPTISTELLA 2005) apesar de suas reduzidas dimensotildees Contudo sendo fruto
climateacuterico eacute altamente pereciacutevel podendo ser um obstaacuteculo agrave comercializaccedilatildeo
(DAIUTO et al 2010)
As cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ satildeo oriundas do possiacutevel cruzamento natural
de variedades das raccedilas guatemalense e mexicana (DONADIO 1995) O tipo ‟Hass‟
possui casca aacutespera e formato arredondado Quando estaacute maduro sua casca
apresenta coloraccedilatildeo escurecida Jaacute o tipo ‟Fuerte‟ possui casca verde brilhante e lisa
com formato alongado (JAGUACYR)
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
16
A cultivar bdquoHass‟ eacute a mais valorizada no mundo apesar de seu tamanho
reduzido o fruto possui alta concentraccedilatildeo de lipiacutedeos Seus frutos podem pesar
entre 149 e 300 gramas (MICKELBART et al 2007 CRIZEL 2008)
Na Califoacuternia adota-se para as cultivares bdquoFuerte‟ e bdquoHass‟ o ponto miacutenimo de
mateacuteria seca adotada para a colheita eacute de 19 e 208 respectivamente (KADER amp
ARPIA 2013) O teor de mateacuteria seca possui elevada correlaccedilatildeo com o niacutevel de oacuteleo
da fruta Essas cultivares satildeo reconhecidas pelos altos niacuteveis de oacuteleo - fator que
possui forte influecircncia na conservaccedilatildeo do sabor
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais obtidas em 50g de
Avocado (JAGUACYR)
TABELA 1 - Informaccedilotildees nutricionais em 50g de avocado FONTE
JAGUACYR
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS AVOCADO (50g)
ENERGIA 301 kj 72 kcal
CARBOIDRATOS 853 g
PROTEIacuteNAS 1 g
GORDURAS TOTAIS 8 g
GORDURA SATURADA 18 g
FIBRA ALIMENTAR 16 g
SOacuteDIO 75 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
O Avocado tem 5 vezes menos aacutegua que o abacate comum o que lhe
confere concentraccedilatildeo muito maior de nutrientes A fruta eacute considerada pelos
nutricionistas como sendo uma das que possui maior valor nutricional devido ao fato
de possuir elevadas concentraccedilotildees de vitaminas antioxidantes como A C e E Em
comparaccedilatildeo com a banana a fruta conteacutem ainda trecircs vezes mais vitamina B6 Em
meacutedia o Avocado possui niacutevel de gordura em aproximadamente 20 sendo a
maioria monoinsaturada A gordura monoinsaturada auxilia na reduccedilatildeo no LDL e
promove aumento no HDL o ldquocolesterol bomrdquo (JAGUACYR)
Clima
As variedades da Iacutendia Ocidental e alguns hiacutebridos satildeo melhores adaptados a
regiotildees planas de clima tropical e regiotildees tropicais onde natildeo haacute ocorrecircncia de
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
17
geadas Por outro lado variedades Mexicanas satildeo mais adaptadas a regiotildees com
temperaturas mais baixas Hiacutebridos de raccedilas Mexicanas x Guatemaltecas
geralmente satildeo mais resistentes ao frio do que as raccedilas hiacutebridas Iacutendias Ocidentais x
Guatemaltecas (CRANE et al 2007)
Solos
O abacateiro eacute uma planta muito sensiacutevel a este fator em especial no que se
refere agrave drenagem e profundidade dos solos (KOLLER 1984) Para esta cultura
recomenda-se solos feacuterteis bem drenados pouco aacutecidos e profundos (SIMAtildeO
1971)
A cultura do abacateiro natildeo tolera solos inundados ou mal drenados
Condiccedilotildees de umidade elevada constante comprometem o desenvolvimento
adequado das plantas pois resultam em deficiecircncia nutricional e em alguns casos
pode provocar a morte da planta devido ao fato de estarem altamente suscetiacuteveis a
infecccedilatildeo por fungos (CRANE et al 2007)
Outro aspecto que deve ser considerado na cultura do abacate eacute a salinidade
devido agrave alta sensibilidade da cultura a este fator que pode provocar a queima da
ponta e borda das folhas e queda da produccedilatildeo (DONADIO 1995)
Doenccedilas e pragas que afetam a cultura do abacate
Apesar de o Brasil possuir excelentes condiccedilotildees para a produccedilatildeo de abacate
a falta de manejos agronocircmicos adequados durante toda a cadeia produtiva do
abacate tem feito com que o Brasil natildeo participe de forma mais eficiente no mercado
mundial do abacate A cultura possui elevada suscetibilidade agrave gomose do
abacateiro podridatildeo da raiz causada por Phytophthora cinnamomi
No Brasil a podridatildeo radicular causada por Phytophthora cinnamomi tem
dizimado plantaccedilotildees de abacateiro reduzindo a longevidade dos pomares
(DONADIO 1995) A doenccedila eacute considerada a mais importante para a cultura do
abacateiro sendo fator limitante para a cultura em todo o mundo (CAMPOS 1988
KOLLER 2002) A seleccedilatildeo de cultivares porta-enxertos resistentes ou tolerantes
controle quiacutemico e manejo do solo satildeo estrateacutegias que reduzem os danos e o
controle desta doenccedila (PEGG et al 2002)
A ocorrecircncia de Phytophthora cinnamomi juntamente com estresses
ambientais faz com que o abacateiro da cultivar ‟Hass‟ produza frutos com
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
18
dimensotildees muito reduzidas Esses frutos subdimensionados natildeo satildeo
comercializaacuteveis resultando em elevadas perdas financeiras para os produtores
(BRUWER 2007) Empresas como a Westfalia situada na proviacutencia de Limpopo na
Aacutefrica do Sul tecircm testado cultivares de abacate bdquoHass-like‟ para se obter maior
produtividade em regiotildees afetadas pelo P cinnamomi
Algumas das estrateacutegias que visam agrave minimizaccedilatildeo dos danos e o controle da
podridatildeo radicular satildeo por exemplo a utilizaccedilatildeo de cultivares porta-enxertos
resistentes ou tolerantes o uso de controle quiacutemico e praacuteticas especiacuteficas de manejo
do solo (PEGG et al 2002)
No que se refere a barreiras agrave exportaccedilatildeo do abacate a broca-do-abacate
Stenoma catenifer que de acordo com WOLFENBARGER amp COLBURN (1979) eacute
uma praga quarentenaacuteria em vaacuterios paiacuteses tem sido marcante para a produccedilatildeo
deste produto sendo vetada a entrada de lotes contaminados por meio de barreiras
fitossanitaacuterias em paiacuteses como os Estados Unidos da Ameacuterica principal importador
mundial Esta praga tem sido uma ameaccedila extremamente relevante para a produccedilatildeo
nacional de abacate chegando a causar perda de toda a produccedilatildeo (HOHMANN amp
MENEGUIM 1993) De acordo com informaccedilotildees da Universidade da Califoacuternia
(HODDLE UCR) os EUA tecircm desenvolvido protocolos de seguranccedila para impedir
que a doenccedila tenha acesso ao paiacutes por meio de importaccedilotildees de paiacuteses onde a
doenccedila eacute endecircmica Algumas regiotildees brasileiras de cultivo de abacate 100 da
colheita pode estar infestado com S catenifer (Nava et al 2005a) Mesmo com a
aplicaccedilatildeo de inseticidas de largo espectro sendo feitas de 7 a 11 vezes durante uma
uacutenica estaccedilatildeo de crescimento ateacute 60 de frutas podem ser infestados com larvas S
catenifer (Nava et al 2005b)
Para CARVALHO (2015) a exportaccedilatildeo para os EUA pela JAGUACYR eacute
dificultada devido agrave ocorrecircncia de doenccedilas que ocorrem em territoacuterio nacional e que
podem ser exportadas com os produtos
Ocorrida a eclosatildeo a lagarta de primeiro instar desloca-se ao longo do fruto
ateacute encontrar o local adequado para iniciar o ataque As fecircmeas procuram depositar
os ovos no peduacutenculo contudo haacute maior incidecircncia de orifiacutecios na parte inferior do
abacate Ao passo que as lagartas se desenvolvem e vatildeo se alimentando da polpa
do abacate indo em direccedilatildeo ao caroccedilo onde este inseto se aloja e finaliza a fase
larval construindo galerias no interior A lagarta se desenvolve no fruto e transforma-
se em pupa no solo numa profundidade de 05 a 15 cm ou ateacute mesmo no interior
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
19
dos frutos caiacutedos Dentre as medidas preventivas de controle destaca-se o uso
adequado das cultivares considerando que quanto mais tempo os frutos
permanecem nas plantas maiores seratildeo as perdas O planejamento da colheita deve
ser considerado pois colheitas tardias proporcionam condiccedilotildees favoraacuteveis para o
desenvolvimento da praga no pomar Outra medida preventiva principalmente para
pomares orgacircnicos eacute a cataccedilatildeo e destruiccedilatildeo dos frutos caiacutedos (HOHMANN amp
MENEGUIM 2005)
A verrugose ou sarna do abacateiro causada pelo fungo Sphaceloma
perseae conhecida em 1918 na Floacuterida foi encontrada no Brasil pela primeira vez
em 1938 em Limeira Eacute uma das doenccedilas de elevada importacircncia na cultura do
abacateiro visto que esta doenccedila deprecia a aparecircncia do fruto e pode provocar
tambeacutem queda dos frutos jovens bem como o subdesenvolvimento O fungo ataca
as folhas e os frutos e se desenvolve em condiccedilotildees de umidade elevada Para o
controle desta doenccedila eacute recomendado a utilizaccedilatildeo de variedades que apresentem
resistecircncia sendo necessaacuterio evitar variedades do grupo Guatemalense (PICCININ
amp PASCHOLATI 1997)
Ponto de colheita
O fruto do abacate eacute conhecido por ser climateacuterico isso significa que pode
completar o amadurecimento depois de colhido e apresenta um pico de produccedilatildeo de
etileno sucedido por um pico respiratoacuterio durante o amadurecimento O melhor
indicador de maturidade fisioloacutegica para se concluir se os frutos estatildeo aptos agrave
colheita eacute a porcentagem de mateacuteria seca que possui relaccedilatildeo com o acuacutemulo de
oacuteleo (KADER amp ARPIA 2013 citado por ALMEIDA 2013)
No Brasil a observaccedilatildeo em campo da perda do brilho na casca eacute uma praacutetica
comum para identificar o ponto ideal de colheita (ALMEIDA 2013) Jaacute na Floacuterida
contabilizam-se os dias apoacutes a floraccedilatildeo para se determinar o ponto de colheita
Na cultura do abacateiro os principais iacutendices de qualidade satildeo tamanho cor
da casca formato danos mecacircnicos recentes ou cicatrizados causados por insetos
podridotildees embalagens e transporte inadequados alteraccedilatildeo de sabor devido a
longos periacuteodos de armazenagem na aacutervore ou por colheita antes da maturidade
fisioloacutegica (KADER amp ARPIA 2013 CANTILLANO 2013) No que se refere agrave
alteraccedilatildeo de sabor KADER (2007) comenta que este fator estaacute diretamente ligado
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
20
ao teor de oacuteleo no fruto Neste sentido cultivares mais tardias oriundas das raccedilas
Guatemalenses e Mexicana possuem maiores teores de oacuteleo
Poacutes colheita
Por ser um fruto climateacuterico com alta taxa respiratoacuteria e elevada produccedilatildeo de
etileno apoacutes a colheita o fruto do abacate eacute altamente pereciacutevel (KADER 1992)
Neste sentido o controle do amadurecimento eacute de extrema importacircncia para se
prolongar a vida uacutetil no poacutes-colheita de frutas objetivando-se a comercializaccedilatildeo no
mercado interno ou externo (KLUGE et al 2002)
Tratando-se de maturaccedilatildeo no poacutes-colheita a manipulaccedilatildeo do etileno eacute uma
teacutecnica utilizada para antecipar ou adiar o processo de maturaccedilatildeo dos frutos O
etileno eacute um gaacutes que se comporta como hormocircnio
No Brasil a comercializaccedilatildeo do abacate em varejo ocorre na maioria das
vezes sem a utilizaccedilatildeo de refrigeraccedilatildeo portanto a utilizaccedilatildeo de tecnologias que
possibilitem a conservaccedilatildeo agrave temperatura ambiente eacute de grande relevacircncia para se
permitir a comercializaccedilatildeo durante um maior tempo apoacutes a colheita atrasando o
amadurecimento dos frutos (KLUGE et al 2002) Daiuto 2010 concluiu que a
refrigeraccedilatildeo foi efetiva na conservaccedilatildeo de frutos de abacate bdquoHass‟
Aleacutem do uso de refrigeraccedilatildeo para retardar o amadurecimento dos frutos
tambeacutem se utiliza o revestimento dos frutos com cera para se reduzir o processo de
respiraccedilatildeo e uso de metilciclopropeno para inibir a produccedilatildeo de etileno gaacutes que
funciona como hormocircnio na maturaccedilatildeo de frutos (Gayet et al 1995 Oliveira et al
2000 KLUGE et al 2002)
A utilizaccedilatildeo de radiaccedilotildees gama em baixos niacuteveis associada a outros
procedimentos no poacutes-colheita eacute mencionada na literatura como excelente meacutetodo
para prolongar a periacuteodo de prateleira das frutas por retardar os processos de
senescecircncia e amadurecimento reduzindo os iacutendices de apodrecimento provocados
por fungos e bacteacuterias (Kaumlferstein e Moy 1993) O problema do uso da radiaccedilatildeo eacute
que esta teacutecnica provoca o escurecimento perda de firmeza do fruto e o surgimento
de depressotildees superficiais (CHITARRA e CHITARRA 2005)
Consumo
Em relaccedilatildeo ao consumo per capita do abacate em 2013 o Meacutexico foi de 90
Kghab enquanto que no Brasil o consumo girava em torno de 301 gramashab
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
21
por ano em De acordo com dados de 2011 o consumo per capita da fruta em Israel
foi de 50 Kghab o Chile ficou logo atraacutes com 45Kghab por ano e os Estados
Unidos apesar de maior importador apenas 20 Kghab por ano (NAAMANI 2011)
Em alguns paiacuteses da Uniatildeo Europeia chega a ser 1500 gramashab por ano (BNET
2011) De acordo com PUTTI (2014) esta diferenccedila se deve ao fato de que o
consumo do abacate em paiacuteses da Europa vai aleacutem da forma in natura sendo
consumido principalmente na forma de salada aleacutem disso os benefiacutecios da fruta satildeo
mais difundidos do que no Brasil
A fruta eacute consumida de forma diferente ao redor do mundo podendo ser sob
a forma de doce como no Brasil ou em saladas e patecircs como o guacamole
(JAGUACYR) Aleacutem de ser amplamente explorada na induacutestria
Aspectos nutricionais
A tabela a seguir apresenta as informaccedilotildees nutricionais do abacate a partir de
100g da fruta
TABELA 2 - Informaccedilotildees nutricionais do abacate obtidas a partir de 100g
da fruta fonte (FATSECRET)
INFORMACcedilOtildeES NUTRICIONAIS ABACATE
ENERGIA 669 kj 160kal
CARBOIDRATOS 853 g
ACcedilUacuteCAR 066 g
PROTEIacuteNAS 2g
GORDURAS 1466g
GORDURA SATURADA 2126G
GORDURA MONOINSATURADA
9799G
GORDURA POLIINSATURADA 1816
COLESTEROL 0 mg
FIBRAS 77 g
SOacuteDIO 7 mg
POTAacuteSSIO 485 mg
Uma das principais caracteriacutesticas que qualificam o abacate eacute a elevada
quantidade de mateacuteria graxa em sua composiccedilatildeo O fruto eacute conhecido como uma
fruta de alto valor energeacutetico Os aacutecidos graxos (AG) podem ser encontrados na
semente em sua maioria insaturados estes aacutecidos tambeacutem estatildeo presentes no
mesocarpo contudo em concentraccedilotildees diferentes O oacuteleo do abacate eacute um produto
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
22
explorado na induacutestria farmacecircutica devido ao elevado teor de vitamina E O
produto possui bom valor comercial apesar de natildeo ser tatildeo produzido mundialmente
A quantidade de oacuteleo encontrada no mesocarpo eacute superior ao teor de oacuteleo
encontrado na semente No mesocarpo os teores de aacutecido oleico variam entre
3177 a 5030 jaacute na semente o teor desse aacutecido graxo monoinsaturado varia de
1169 a 3583 (MASSAFERA 2010)
O abacate eacute um alimento rico em aacutecido graxo monoinsaturado oleico Estudos
realizados com aacutecidos graxos monoinsaturados revelam sua importacircncia na
prevenccedilatildeo e tratamento de dislipidemias que estatildeo relacionadas ao
desenvolvimento de doenccedilas cardiovasculares e coronarianas (SOARES e ITO
2000) Os aacutecidos graxos monoinsaturados representados principalmente pelo aacutecido
oleico presente em oacuteleo de oliva e canola possui efeito significativos na prevenccedilatildeo e
tratamento de doenccedilas crocircnicas (LARSEN et al 1999)
Produtos e subprodutos
O oacuteleo obtido a partir da fruta do abacate possui propriedades fiacutesico-quiacutemicas
semelhantes ao oacuteleo de oliva principalmente pela composiccedilatildeo de seus aacutecidos
graxos salientando o aacutecido oleico O oacuteleo de oliva eacute um produto altamente
consumido no paiacutes poreacutem de origem importada e o oacuteleo de abacate possui forte
potencial para substituiacute-lo (MASSAFERA 2010)
Outra forma de aproveitamento do oacuteleo do abacate eacute para a produccedilatildeo de
biodiesel O professor do departamento de Quiacutemica da UNESP Manoel Lima de
Menezes afirma que o abacate tem o teor de oacuteleo que varia entre 5 a 30
proacuteximo ao encontrado na extraccedilatildeo da soja de 18 Segundo o pesquisador um
dos obstaacuteculos eacute ainda o teor de umidade da semente (BIODIESELBR 2013)
Dentre as vantagens do abacate em comparaccedilatildeo com a soja eacute que da fruta eacute
possiacutevel extrair oacuteleo e etanol dois ingredientes baacutesicos para a produccedilatildeo do
biodiesel Outra vantagem eacute que de acordo com Menezes o abacate pode render
ateacute 2800 litros de oacuteleo por hectare contra 400 da soja aleacutem do fato do abacateiro
ser uma planta perene (GIRARDI 2009)
A madeira tambeacutem eacute um produto explorado na cultura do abacateiro na
produccedilatildeo de energia como combustiacutevel (MAISNATUREZA) Outra forma de
aproveitamento de resiacuteduos da cultura eacute a utilizaccedilatildeo do caroccedilo para a produccedilatildeo de
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
23
tintas a partir do caroccedilo usado para tingir roupas produzindo uma tinta castanho-
arroxeada (TEIXEIRA 1991)
Melhoramento geneacutetico
O desenvolvimento floral bem como a eacutepoca de floraccedilatildeo e o amadurecimento
da fruta satildeo diretamente influenciados por caracteriacutesticas geneacuteticas Essas
caracteriacutesticas podem ser manipuladas com a utilizaccedilatildeo de enxertos porta enxertos
ou a interaccedilatildeo entre eles Neste sentido podem ser utilizados genoacutetipo Mexicano
que pode antecipar a floraccedilatildeo ou Guatemalenses que manteacutem uma floraccedilatildeo meacutedia
ou porta-enxerto das Iacutendias Ocidentais que promovem floraccedilatildeo tardia Estudos tecircm
comprovado que a utilizaccedilatildeo de porta-enxertos do grupo Mexicano antecipam a
floraccedilatildeo entre 4 a 8 semanas antes de pomares de clones de bdquoHass‟ Contudo a
antecipaccedilatildeo de 8 semanas na eacutepoca de floraccedilatildeo promoveu o a antecipaccedilatildeo de
maturaccedilatildeo dos frutos em apenas 3 semanas Como existe uma alta demanda pelo
abacate ‟Hass‟ em todo mundo o uso de cultivares do abacate bdquoHass-like‟ pode ser
de grande interesse para os paiacuteses produtores uma vez que a cultivar bdquoLamb-Hass‟
por exemplo possui a caracteriacutestica de estender a eacutepoca de colheita aumentando
assim a janela de produccedilatildeo da fruta (SCHAFFER et al 2012)
No final dos anos 80 Carlos Meacutendez observou um abacate diferenciado na
regiatildeo de Urupan estado de Michocaacuten Meacutexico A planta encontrada exibia uma
floraccedilatildeo com um comportamento distinto das demais Este abacate bdquoHass-like‟ foi
nomeado localmente de bdquoHass-Mendez‟ e agora eacute conhecido comercialmente como
bdquoHass Carmen‟ (Illsley-Granich 2011) Uma das cultivares de bdquoHass-like‟ que tem
sido utilizada em programas de melhoramento eacute a ldquoSir Prizerdquo
Outra cultivar bdquoHass-like‟ muito importante eacute a bdquoMaluma‟ na Aacutefrica do Sul
Dentre as vantagens desta cultivar em relaccedilatildeo ao bdquoHass‟ apresentadas por ERNST
amp ERNST (2015) estatildeo rendimento elevado precocidade e possibilidade de
aumento na densidade de plantas no pomar de abacateiro
Programas de melhoramento satildeo criados a fim de se incorporar
caracteriacutesticas de resistecircncia a doenccedilas - como os desenvolvidos na Universidade
da Califoacuternia que deram origem a cultivares como por exemplo bdquoGem‟ e bdquoHarvest‟
que possuem excelentes caracteriacutesticas agronocircmicas Dentre estas caracteriacutesticas
se tem aumento da produtividade e resistecircncia agrave podridatildeo radicular
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
24
A utilizaccedilatildeo de porta-enxertos eacute de suma importacircncia para se aproveitar
melhor o potencial das diferentes culturas seja por aumentar a produtividade ou por
conferir resistecircncia a doenccedilas No final dos anos 70 a podridatildeo causada por
Phytophthora cinnamomi causou grandes prejuiacutezos para a cultura do abacate na
Aacutefrica do Sul Com isso foi necessaacuterio importar da Califoacuternia porta-enxertos
tolerantes agrave podridatildeo radicular propagados vegetativamente a fim de se ter maior
uniformidade geneacutetica para estabelecer novos pomares de abacateiro Durante
muitos anos a cultivar bdquoDuke 7‟ era o uacutenico porta-enxerto que produzia plantas
uniformes produtivas e razoavelmente produtivas era a cultivar bdquoDuke 7‟ Nos anos
80 foi desenvolvida a cultivar bdquoDusa‟ a partir de plantas sobreviventes em pomares
doentes A cultivar desenvolvida pela WESTFALIA apresentou toleracircncia agrave podridatildeo
superior a bdquoDuke 7‟ (KREMER-KOumlHNE 2007)
Na Floacuterida as cultivares mais utilizadas como porta-enxerto satildeo a bdquoLula‟ e
bdquoWaldin‟ devido ao fato dessas variedades conferirem aos pomares de abacate
uniformidade aumentar o vigor e pela produccedilatildeo de sementes (CRANE et al 2007)
No Brasil os pomares comerciais de abacate satildeo implantados sobre porta-
enxertos oriundos de sementes este fator faz com que o tamanho da copa das
plantas seja desuniforme a produccedilatildeo seja afetada bem como a qualidade dos frutos
e a susceptibilidade aos patoacutegenos do solo no qual se destaca Phytophthora
cinnamomi Contudo outros paiacuteses produtores da fruta utilizam porta-enxertos de
melhor qualidade obtidos a partir de clones que possuem resistecircncia a doenccedilas e
tambeacutem conferem uniformidade ao pomar (MORAES 2014)
Certificaccedilatildeo
Devido agrave exigecircncia cada vez maior feita pelos mercados internacionais natildeo eacute
possiacutevel exportar frutas e outros produtos agropecuaacuterios sem que se tenha a
certificaccedilatildeo Um das finalidades da certificaccedilatildeo eacute proteger o diferencial de qualidade
(AGRIANUAL 2012)
A certificaccedilatildeo eacute uma forma de se adquirir vantagem competitiva sustentaacutevel
para concorrer com os grandes produtores mundiais Tendo em vista a exigecircncia de
produtos de qualidade por consumidores cada vez mais frequente eacute necessaacuterio que
o mercado mundial se atente ao alto padratildeo de qualidade fornecido por seus
produtos Com isso programas de qualidade tecircm sido desenvolvidos visando agrave
aplicaccedilatildeo direta nas cadeias de produccedilatildeo em especial na aacuterea de produtos
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
25
pereciacuteveis como eacute o caso da fruticultura objetivando a aceitaccedilatildeo internacional
(GUEDES et al 2007)
Vaacuterias pesquisas e estudos recentes vecircm colaborando para compreensatildeo da
formaccedilatildeo organizaccedilatildeo e influecircncia das cadeias produtivas de onde surgem
produtos que seguem os padrotildees de qualidade reconhecidos internacionalmente
onde os sistemas de certificaccedilatildeo tecircm papel fundamental
Tratando-se de qualidade os consumidores atuais buscam produtos que
atentem agraves questotildees eacuteticas que abordem temas como meio ambiente e uso de
agrotoacutexicos considerando que a procura por alimentos seguros e saudaacuteveis uma
questatildeo elementar (SINGER e MASON 2007)
Considerando que a sauacutede dos consumidores de alimentos in natura pode ser
afetada a seguranccedila alimentar bem como a qualidade dos produtos deve receber
atenccedilatildeo especial A qualidade dos produtos estaacute vinculada aos procedimentos que
satildeo conduzidos durante cada etapa de produccedilatildeo como por exemplo plantio
colheita processamento industrializaccedilatildeo e comeacutercio (OLIVEIRA 2005)
METODOLOGIA
Tipo de Estudo
Pesquisa Bibliograacutefica eacute desenvolvida a partir de material jaacute elaborado
constituiacutedo de livros e artigos cientiacuteficos (Gil 2008) Portanto o presente trabalho
utilizou-se das ideias do estudo exploratoacuterio feito a partir de pesquisa bibliograacutefica
Com isso este trabalho desenvolveu-se seguindo
1deg FONTES
Foram utilizados artigos que fornecessem informaccedilotildees sobre a cultura do
abacate bem como dados de produccedilatildeo poacutes-colheita e comercializaccedilatildeo e que
abordassem o tema de exportaccedilatildeo
2deg COLETA DE DADOS
Primeiramente foi feita leitura de trabalhos jaacute disponiacuteveis na literatura que
abordassem aspectos de produccedilatildeo e comercializaccedilatildeo de forma raacutepida e objetiva a
fim de se selecionar o material a ser incluiacutedo no presente trabalho
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
26
Em seguida foi feita uma leitura seletiva agrupando as informaccedilotildees dos
artigos preacute-selecionados de acordo com o tema registrando as informaccedilotildees
extraiacutedas das fontes em instrumento especiacutefico
3deg ANAacuteLISE E INTERPRETACcedilAtildeO DOS RESULTADOS
Nesta etapa foi realizada uma leitura analiacutetica com a finalidade de ordenar as
informaccedilotildees contidas na literatura disponiacutevel utilizados como fonte para o
desenvolvimento deste trabalho a fim de se elaborar informaccedilotildees que resumissem
as questotildees abordadas nesta pesquisa
RESULTADOS E DISCUSSAtildeO
ABACATE NO MUNDO
A figura a seguir apresenta dados de produccedilatildeo mundial de abacate (t) em 21
paiacuteses indo de 2004 a 2013 com base nos dados da FAO ndash Organizaccedilatildeo das
Naccedilotildees Unidas para Alimentaccedilatildeo e Agricultura (Food and Agriculture Organization of
the United Nations para a sigla em inglecircs)
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
27
Figura 2 Produccedilatildeo mundial do abacate (em t) elaborado pelo autor FONTE NOVAGRIM adaptado com dados da FAO
Os paiacuteses produtores de abacate satildeo representados no mapa abaixo onde a
intensidade da coloraccedilatildeo vermelha representa o volume de abacate produzido no
paiacutes quanto mais intenso maior o volume produzido como estaacute destacado o
Meacutexico maior produtor mundial participando com aproximadamente 31 12 de toda
a produccedilatildeo mundial da fruta
Figura 3 - Paiacuteses produtores de abacate ao redor do mundo FONTE FACTFISH
100000
300000
500000
700000
900000
1100000
1300000
1500000
1700000
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013
PRODUCcedilAtildeO MUNDIAL DE ABACATE
MEacuteXICO
INDONEacuteSIA
REP DOM
COLOcircMBIA
BRASIL
EUA
CHILE
PERU
CHINA
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
28
Em 2004 o maior produtor mundial de abacate foi o Meacutexico participando com
307 de todo o volume produzido mundialmente com cerca de 987000 t Em
segundo lugar poreacutem muito atraacutes com um volume de 221774 t segue a Indoneacutesia
representando apenas 689 Na terceira posiccedilatildeo Repuacuteblica Dominicana 68 e
218790 t e em quarto produzindo 170985 t estava a Colocircmbia com 53
De acordo com os dados de 2013 o Meacutexico continuou liderando o setor
participando com 3112 do total produzido agora com um volume de 1467837 t
Em segundo lugar a Repuacuteblica Dominicana com 821 Colocircmbia 643 e Peru
611 em ordem decrescente (FAOSTAT) Nos uacuteltimos 10 anos a Repuacuteblica
Dominicana saltou para o segundo lugar graccedilas a um aumento de 771 em sua
produccedilatildeo Neste sentido a Colocircmbia alcanccedila a posiccedilatildeo de 3deg colocado devido ao
aumento similar ao da Repuacuteblica Dominicana (774)
O Peru foi o paiacutes que obteve maior destaque pois saiu da oitava posiccedilatildeo
participando com apenas 337 da produccedilatildeo mundial o que representava um
volume de 108460 t em 2004 para a quarta posiccedilatildeo no ranking mundial em 2013
com 611 quando produziu 288387 t a sua participaccedilatildeo no mercado mundial
quase que dobrou nesse periacuteodo O aumento da produccedilatildeo mundial foi de 467
enquanto que o aumento do volume de abacate produzido no Peru foi de 1659
Segundo CARVALHO (2015) a formaccedilatildeo de associaccedilotildees como a PROHASS que
investe no desenvolvimento de tecnologia e marketing para estimular inclusive o
consumo interno podendo ateacute ser um exportador para o Brasil
Aos poucos a China vem participando do mercado do abacate A populaccedilatildeo
do paiacutes ultrapassa 15 bilhotildees de pessoas em algumas aacutereas metropolitanas a
populaccedilatildeo vai de 12 a 45 milhotildees de habitantes Em 2000 a classe meacutedia da China
representava 4 da populaccedilatildeo e hoje chega a 66 Os gastos com alimentaccedilatildeo
tambeacutem acompanham essa mudanccedila de comportamento pois existe nesta classe a
procura por alimentos mais saudaacuteveis Esses fatores tecircm estimulado uma mudanccedila
no consumo de abacate em toda a China (MILLER et al 2015)
Quanto agrave produccedilatildeo do Brasil no Ranking global ocorreu justamente o
contraacuterio o paiacutes saiu da quinta posiccedilatildeo para a oitava ao reduzir 765 da produccedilatildeo
que era de 170895 t em 2004 para 157428 t em 2013 Em 2011 o abacate ficou na
17deg posiccedilatildeo no ranking da produccedilatildeo nacional da fruta ocupando apenas 03 do
montante da produccedilatildeo de frutas frescas muito atraacutes das principais culturas
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
29
produzidas como a laranja mais produzida participando com 416 do setor
Banana segunda mais importante com 154 e Melancia com 46 em quarto
(IBGEPAM 2011)
O volume de abacate fresco brasileiro exportado foi de 4313 t em 2013 para
5806 toneladas em 2014 resultando num aumento de mais de 37 na receita com
este setor que em 2014 foi de mais de nove milhotildees e meio de doacutelares
(AGRIANUAL 2015)
O graacutefico abaixo apresenta o comportamento do volume em toneladas de
abacate exportado pelos paiacuteses que participam do setor
Figura 4 Volume de abacate (t) exportado pelos paiacuteses exportadores da fruta Elaborado pelo autor FONTE FAO
Em 2013 Meacutexico liderou o setor de exportaccedilatildeo do abacate com um volume
de 563492 toneladas cerca 463 do total exportado no mundo Em segundo lugar
a Holanda com 99 A Holanda eacute um grande importador contudo o paiacutes reexporta
grande parte do volume comprado O Peru merece destaque pois saiu de um
volume exportado de 2209 t (06) em 2000 para 114515 t em 2013 ocupando
94 do volume de abacate exportado o que lhe conferiu a 3deg posiccedilatildeo no ranking
global Em quarto lugar o Chile com 73
A figura a seguir apresenta o comportamento dos principais importadores de
abacate do mundo em 14 anos
0
100000
200000
300000
400000
500000
600000
20002001200220032004200520062007200820092010201120122013
EVOLUCcedilAtildeO DA EXPORTACcedilAtildeO MUNDIAL EM t
MEacuteXICO
CHILE
ESPANHA
AacuteFRICA DO SUL
ISRAEL
HOLANDA
PERU
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
30
Figura 5 Evoluccedilatildeo do volume (t) importado pelos principais paiacuteses importadores de abacate ELABORADA PELO AUTOR FONTE FAOSTAT
Os principais importadores de fruta como por exemplo o europeu e o norte
americano exigem um padratildeo de qualidade que observem as demandas impostas
pelos consumidores com relaccedilatildeo agrave seguranccedila alimentar e tambeacutem agraves exigecircncias
para certificaccedilatildeo do produto levando em consideraccedilatildeo aspectos ambientais e
sociais aleacutem do local de produccedilatildeo Desta forma produtores de fruta destinadas agrave
exportaccedilatildeo precisaram adaptar suas lavouras para atender agraves exigecircncias dos mais
importantes selos internacionais como o EureGapR e o TNCR (OLIVEIRA 2005) O
maior importador de abacate do mundo satildeo os Estados Unidos (ROCHA 2014)
O volume de abacate importado ao redor do mundo vem crescendo na uacuteltima
deacutecada Os Estados Unidos lideram o montante desde 2007 mais ainda que toda a
Uniatildeo Europeia o volume importado pelo paiacutes cresceu cerca de sete vezes entre
2000 e 2013 Em segundo lugar a Uniatildeo Europeia importando quase 23 menos
A Holanda tambeacutem cresceu muito e hoje ocupa a terceira colocaccedilatildeo no ranking O
Japatildeo e o Canadaacute tiveram consideraacutevel crescimento contudo mantiveram-se na 5deg
e 6deg posiccedilatildeo durante esse periacuteodo
Nos EUA a demanda cresce mais acelerado do que a oferta segundo
CARVALHO (2015) a demanda cresce 12 ao ano enquanto a produccedilatildeo cresce
apenas 4 O paiacutes possui uma poliacutetica de retornar parte dos lucros oriundos da
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
IMPORTACcedilAtildeO DE ABACATE NO MUNDO EM t
EUA
UE
HOLANDA
FRANCcedilA
CANADAacute
REINO UNIDO
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
31
comercializaccedilatildeo do Avocado no paiacutes com a elaboraccedilatildeo de marketing e o
desenvolvimento de pesquisas que incentivem o aumento do consumo interno
promovendo alimentos como por exemplo o GUACAMOLE alimento muito popular
no paiacutes
Em 2002 os EUA impunham a Lei do Bioterrorismo exigindo que as
empresas que produzem processem armazenem ou processem alimentos voltados
ao consumo humano ou animal devem cumprir normas para comercializar seus
produtos voltados ao consumo humano ou animal precisam cumprir normas para
comercializar seus produtos nos Estados Unidos Eacute necessaacuterio que essas mesmas
empresas possuam registro junto ao governo norte-americano atualizando estas
informaccedilotildees e comunicarem agraves autoridades a chegada de novos carregamentos
alimentares O natildeo cumprimento dessas exigecircncias acarreta na proibiccedilatildeo do
ingresso da carga e possiacutevel retenccedilatildeo da mercadoria com multa para o responsaacutevel
pelo carregamento (MDIC 2006)
Os principais compradores de abacate ‟Hass‟ satildeo os Estados Unidos (20 a
50) UE AUS e o Meacutexico maior produtor e exportador do Avocado participando
com 20 do mercado de Avocado (CARVALHO 2015)
O Brasil participa com apenas 031 do mercado internacional exportando
para o Canadaacute e Holanda CARVALHO (2015) comenta que o Brasil natildeo aproveita
seu potencial de se tornar grande produtor e exportador de Avocado o paiacutes possui
extensa aacuterea e clima variado entre outros fatores que favorecem a produccedilatildeo de
Avocado contudo a produccedilatildeo ainda eacute muito pequena quando comparado com
outros paiacuteses que participam do mercado internacional da fruta
Quanto agrave contribuiccedilatildeo do desenvolvimento de programas de melhoramento
geneacutetico para a consolidaccedilatildeo do Brasil como grande produtor mundial de abacate a
utilizaccedilatildeo de cultivares de bdquoHass-like‟ representa uma excelente opccedilatildeo para
aumentar a safra da cultura no paiacutes devido agrave caracteriacutestica que esta variedade tem
de antecipar a florada ampliando desta forma a janela de produccedilatildeo e aumentando
a competitividade do paiacutes em relaccedilatildeo a outros paiacuteses exportadores da fruta
O graacutefico a seguir ilustra o comportamento das exportaccedilotildees e importaccedilotildees
Brasileiras em 14 anos
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
32
Figura 6 - Evoluccedilatildeo da exportaccedilatildeo e importaccedilatildeo do abacate (em t) no Brasil em 14 anos Elaborado pelo autor FONTE FAO
Alguns dos principais concorrentes do Brasil tratando-se da exportaccedilatildeo do
Avocado satildeo Aacutefrica do Sul com 3 das exportaccedilotildees Chile com 7 e Peru
representando 10 do mercado internacional de Avocado A safra do Chile ocorre
em eacutepoca proacutexima a do Brasil comeccedilando em agosto e terminando em fevereiro
(CARVALHO 2015) A Boliacutevia apesar de participar com apenas 012 do volume
exportado tem a vantagem de possibilidade de produccedilatildeo o ano todo
O elevado padratildeo de qualidade dos produtos eacute sem duacutevida um fator que
pode fazer com que o Brasil se estabeleccedila no mercado mundial de abacate Esta
praacutetica tem qualificado a Aacutefrica do Sul como um dos principais fornecedores para
paiacuteses da Europa a partir do intenso trabalho desenvolvido pela empresa sem fins
lucrativos WESTFALIA situada no municiacutepio de Limpopo por meio de investimentos
em tecnologia
A tabela a seguir apresenta o periacuteodo do ano em que cada paiacutes exportador de
abacate embarca seus produtos ao redor do mundo
0
500
1000
1500
2000
2500
3000
3500
4000
4500
5000
EXPORTACcedilAtildeO
IMPORTACcedilAtildeO
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
33
TABELA 3 - Janela de exportaccedilatildeo dos paiacuteses exportadores de abacate
adaptada FONTE WESTFALIASUBSOLE
CALENDAacuteRIO DE EXPORTACcedilAtildeO DE ABACATE lsquoHASSrsquo
jan fev mar abr mai jun jul ago set out nov dez
BRASIL X X X X X X X X
ARGENTINA X X X
EUA X X X X X X X X X X X X
CHILE X X X X X X X X X X
AFRICA DO SUL X X X X X X X
REP DOMINICANA X X X X X
ISRAEL X X X X X X
PERU X X X X X X X
NOVA ZELAcircNDIA X X X
MEacuteXICO X X X X X X X X X X X X
ESPANHA X X X X X X X
QUEcircNIA X X X X X
AUSTRAacuteLIA X X X X X X X
Os principais destinos do abacate ‟Hass‟ exportado pelo Brasil satildeo Espanha
Itaacutelia Holanda Alemanha e Dinamarca O material exportado segue de navio do
porto de Santos a uma temperatura de 5degC levando ateacute 16 dias no maacuteximo ateacute os
destinos Esse material exportado pelo Brasil possui os certificados GlobalGapR ndash
BRCR ndash BSCIR ndash SedexR ndash SmetaR
Os graacuteficos a seguir apresentam informaccedilotildees sobre a evoluccedilatildeo do da
exportaccedilatildeo do abacate feitos a partir de informaccedilotildees apresentadas no Anuaacuterio
Brasileiro de fruticultura (2004 a 2015) obtidos a partir de dados do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatiacutestica
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
34
Figura 7 - Evoluccedilatildeo do volume de abacate exportado pelo brasil (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dados DO ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
Figura 8 - Receita com exportaccedilatildeo brasileira de abacate (2003 a 2014) Elaborado pelo autor com dado do ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE AGRICULTURA DE 2004 a 2015 (IBGE)
O volume de abacate exportado pelo Brasil vem crescendo nos uacuteltimos anos
revelando assim a importacircncia do setor para o paiacutes A variaccedilatildeo do volume
exportado de 2008 para 2009 foi de 6282 jaacute de 2009 para 2010 a exportaccedilatildeo
sofreu uma queda de 793 Em 2014 houve um aumento de 3462 no setor em
relaccedilatildeo ao ano anterior (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DE FRUTICULTURA) A receita
-
100000
200000
300000
400000
500000
600000
700000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
EVOLUCcedilAtildeO DO VOLUME DE ABACATE EXPORTADO PELO BRASIL (2003 a 2014)
VOLUME EXPORTADO (t)
-
20000000
40000000
60000000
80000000
100000000
120000000
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
RECEITA COM EXPORTACcedilAtildeO BRASILEIRA DE ABACATE (2003 a 2014)
RECEITA (em USS FOB)
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
35
obtida a partir da exportaccedilatildeo do abacate tambeacutem acompanha os iacutendices de
crescimento
A Aacutefrica do Sul um dos principais concorrentes do Brasil no setor de
exportaccedilatildeo do Avocado eacute reconhecida por exportar material de alta qualidade para
Europa onde possui escritoacuterios contudo sua produccedilatildeo estaacute estagnada A Westfalia
eacute uma empresa sem fins lucrativos produtora de Avocado na Aacutefrica do Sul
responsaacutevel por desenvolver o mercado de Avocado no paiacutes e investe fortemente
em tecnologia o que colaborou para a atual situaccedilatildeo da Aacutefrica do Sul no setor de
exportaccedilatildeo de Avocado (CARVALHO 2015)
ABACATE NO BRASIL
O Brasil favorecido quando comparado com outros paiacuteses produtores devido
agrave suas dimensotildees continentais o que lhe possibilita ampla variaccedilatildeo de temperaturas
e solos estes fator unido agraves caracteriacutesticas individuais de cada variedade como por
exemplo sazonalidade e exigecircncias nutricionais e de horas de luz Contudo apesar
da aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do abacate no Brasil ter reduzido passando de
11605 ha em 2005 para 9559 ha em 2014 reduccedilatildeo de 176 a produccedilatildeo natildeo foi
tatildeo alterada o que evidencia a possibilidade de um aumento na produtividade destas
aacutereas
Atualmente o Brasil ocupa a oitava posiccedilatildeo no ranking global do setor de
produccedilatildeo de abacate E apesar de possuir crescente produtividade o paiacutes ainda
possui excelente potencial produtor e tambeacutem como exportador da fruta Para
aproveitar melhor esse potencial deveriam ser feitos mais investimentos tanto no
que se refere agrave produccedilatildeo como por exemplo melhoramento geneacutetico e adoccedilatildeo de
protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas para a obtenccedilatildeo de certificaccedilatildeo quanto no
setor de comercializaccedilatildeo desenvolvendo elevado padratildeo de qualidade da fruta
A tabela a seguir (TABELA 4) apresenta a aacuterea destinada agrave colheita de todas
as variedades de abacate nos principais produtores de abacate e o Distrito Federal
TABELA 4 - Aacuterea destinada agrave colheita (em ha) Elaborada pelo autor
DADOS (IBGE-SIDRA)
2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 11605 10515 9892 9596 8509 11125 10768 9615 9707 9559
Satildeo Paulo 4266 3688 3583 3437 3267 5530 5642 4192 4374 4337
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
36
Minas Gerais 2865 2254 2326 2223 1854 2202 2134 2309 2416 2373
Paranaacute 1492 1467 1306 1009 1085 1000 944 922 958 930
Cearaacute 493 475 498 497 490 484 477 480 483 498
Rio Grande do Sul 626 619 613 602 584 575 552 499 470 444
Distrito Federal 119 122 109 124 108 111 - 295 160 134
A tabela 5 abaixo apresenta a produccedilatildeo de todas as variedades de abacate
em toneladas dos uacuteltimos 10 anos para os principais estados produtores e o Distrito
Federal
TABELA 5 - Produccedilatildeo nacional de abacate em 10 anos (em t) Elaborada pelo
autor FONTE (IBGESIDRA)
UFANO 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Brasil 169335 164441 154096 147214 139089 153189 160376 159903 157482 156669 1000
Satildeo Paulo 77107 78085 70812 69904 74193 83002 91909 82780 85101 79316 506
Minas Gerais 38777 32812 33436 28016 24772 28522 30975 36669 36571 41259 263
Paranaacute 22265 22575 20425 16537 15919 15824 17304 16705 16309 15784 101
Rio Grande do Sul
8167 7905 7804 7602 6824 6769 6907 5719 5584 5277 34
Cearaacute 5202 4231 4706 4520 4336 4163 3985 2717 2640 3637 23
Distrito Federal 2596 3081 2690 3019 2666 2415 - 6914 3152 3151 20
Em 2014 a aacuterea destinada agrave colheita do abacate no estado do Cearaacute era
superior agrave aacuterea do Rio Grande do Sul contudo a produccedilatildeo no estado do Cearaacute no
mesmo ano foi de 3637 t enquanto que a produccedilatildeo do Rio Grande do Sul foi de
5277 45 maior reforccedilando assim a ideia de que a produtividade no Sul pode ser
maior em relaccedilatildeo agrave regiatildeo Nordeste Este fator pode ser decorrente do uso de
cultivares inadequadas para as condiccedilotildees climaacuteticas da regiatildeo eou pela falta de
adoccedilatildeo de tecnologias modernas e teacutecnicas avanccediladas de produccedilatildeo
No Distrito Federal a produccedilatildeo cresceu 21 nos uacuteltimos 10 anos e hoje
representa 2 da produccedilatildeo nacional Por outro lado Satildeo Paulo que lidera o ranking
com 506 de toda a produccedilatildeo obteve crescimento de apenas 286 Jaacute a
produccedilatildeo do Paranaacute sofreu uma reduccedilatildeo de -291 neste mesmo periacuteodo poreacutem
manteve-se como quarto produtor nacional de abacate Os estados do Cearaacute e Rio
Grande do Sul tambeacutem reduziram sua produtividade nos uacuteltimos 10 anos
acompanhando a reduccedilatildeo nacional que reduziu -74
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
37
A variaccedilatildeo da produtividade de todas as variedades de abacate dos principais
estados produtores de abacate do Brasil eacute apresentada na TABELA 6 a seguir
TABELA 6 - Variaccedilatildeo (em) da produtividade (t) no Brasil em 10 anos
Elaborada pelo autor FONTE (IBGESIDRA)
VARIACcedilAtildeO () DA PRODUTIVIDADE (t) EM 10 ANOS
ESTADOANO 2005 2014 VARIACcedilAtildeO
PAIacuteS 146 164 123
SAtildeO PAULO 181 183 11
MINAS GERAIS 135 174 289
PARANAacute 149 17 141
RIO GRANDE DO SUL 13 119 -85
CEARAacute 106 73 -311
DISTRITO FEDERAL 218 235 78
De acordo com os dados do IBGE Satildeo Paulo eacute o maior produtor de abacate
do paiacutes Dentre as variedades mais produzidas no estado de Satildeo Paulo estatildeo
bdquoFortuna‟ bdquoGeada‟ bdquoQuintal‟ e bdquoMargarida‟ (DORIZZOTTO 2011)
Abaixo segue TABELA 11 contendo os nuacutemeros de plantas novas e o
nuacutemero de plantas em produccedilatildeo bem como a produccedilatildeo (caixas de 22Kg) no estado
de Satildeo Paulo ao longo de 15 anos
TABELA 7 - Quantidade de peacutes novos peacutes em produccedilatildeo e produccedilatildeo (cx 22kg)
no estado de Satildeo Paulo entre 2000 e 2015 Elaborada pelo autor FONTE
INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
ANO PEacuteS
NOVOS PEacuteS EM
PRODUCcedilAtildeO
2000 4859400 66157100
2001 4617700 62883700
2002 4742500 55421300
2003 6095000 49740300
2004 5969500 48339500
2005 5131100 46596200
2006 5325600 45869000
2007 3412800 47668000
2008 5007100 40617400
2009 12068600 49971400
2010 8190000 53239000
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
38
2011 6904500 54780100
2012 7704100 51341600
2013 7002100 59149400
2014 8419800 60996100
2015 9040200 67073800
O graacutefico abaixo apresenta a curva da produtividade obtida a partir da relaccedilatildeo
feita entre a produccedilatildeo e a quantidade de peacutes em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo
Figura 9 - Produtividade (kgplanta) no estado de Satildeo Paulo desde 2000 elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE ECONOMIA AGRIacuteCOLA
Os dados foram obtidos a partir da relaccedilatildeo feita entre a quantidade de planta
em produccedilatildeo e a quantidade de caixas de 22 Kg produzidas no estado de Satildeo Paulo
desde 2000 Esses dados revelam crescente aumento da produtividade ateacute o ano de
2010 onde a produtividade ultrapassou 168 Kgplanta Jaacute em relaccedilatildeo ao ano de
2011 a produtividade sofreu uma reduccedilatildeo de 10 Depois disso a curva de
produtividade continuou ascendente
A seguinte tabela apresenta a evoluccedilatildeo do preccedilo do abacate comercializado
na CEAGESP durante o ano no periacuteodo de nove anos
90
110
130
150
170
190
20
00
20
01
20
02
20
03
20
04
20
05
20
06
20
07
20
08
20
09
20
10
20
11
20
12
20
13
20
14
20
15
PRODUTIVIDADE DOS PEacuteS DE ABACATE (Kgplanta) EM SP
PRODUTIVIDADE
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
39
TABELA 8 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio (em R$Kg) do abacate FONTE
CEAGESP 2008
ANOMEcircS JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
2007 105 101 1 118 107 109 129 151 159 181 228 279
2008 119 081 084 097 102 11 122 137 149 208 296 326
2009 169 122 132 133 141 141 152 177 217 213 212 235
2010 17 161 165 154 151 151 164 173 202 262 406 316
2011 185 182 183 203 186 204 231 278 308 317 359 369
2012 207 155 151 141 153 164 192 218 242 268 429 485
2013 263 209 216 215 244 265 258 304 347 403 566 498
2014 228 206 231 239 198 2 256 267 301 305 403 538
2015 406 403 386 349 367 397 394 43 - - - -
O graacutefico a seguir resume o comportamento da quantidade de peacutes novos e
em produccedilatildeo no estado de Satildeo Paulo desde o ano 2000
Figura 10 - Evoluccedilatildeo do nuacutemeros de peacutes novos e em produccedilatildeo ao longo de 15 anos no estado de Satildeo Paulo elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A produccedilatildeo (em caixas de 22 Kg) eacute demonstrada no graacutefico abaixo para esse
mesmo periacuteodo
000
10000000
20000000
30000000
40000000
50000000
60000000
70000000
80000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO DOS DADOS DO ABACATE EM SAtildeO PAULO
PEacuteS NOVOS
PEacuteS EM PRODUCcedilAtildeO
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
40
Figura 11 - Evoluccedilatildeo da produccedilatildeo de abacate em caixas de 22kg no estado de Satildeo Paulo em 15 anos elaborado pelo autor FONTE INSTITUTO DE
ECONOMIA AGRIacuteCOLA
A sazonalidade do abacate comercial na CEAGESP em Satildeo Paulo
demonstram que o abacate pode ser comercializado praticamente todas as eacutepocas
do ano como apresentado pela tabela
TABELA 9 - Sazonalidade do abacate FONTE CEAGESP 2008
VARIEDADE JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ
GEADA X X X X X
FORTUNA X X X X X X X
QUINTAL X X X X X X X
MARGARIDA X X X X X X X X X X
BREDA X X X X X X X X
HASS X X X X X X X X
O Estado de Minas Gerais eacute o segundo maior produtor nacional de abacate
participando do setor com 229 do total produzido A aacuterea no Estado destinada agrave
produccedilatildeo da fruta foi de 23 mil ha A produtividade do estado de Minas em 2012 foi
de 15881 (hgha) (PERFIL DA FRUTA) A produccedilatildeo de abacate no Distrito Federal
em 2013 foi de 3152 toneladas (IBGE) Em Minas a produccedilatildeo concentra-se nas
regiotildees Sul e Sudeste do estado (ALMEIDA 2013)
200000000
250000000
300000000
350000000
400000000
450000000
500000000
550000000
20002002200420062008201020122014
EVOLUCcedilAtildeO NA PRODUCcedilAtildeO DE ABACATE EM SAtildeO PAULO (22Kgcx)
PRODUCcedilAtildeO CX 22Kg
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
41
Em 2003 o Paranaacute foi o terceiro maior produtor nacional de abacate com uma
aacuterea de aproximadamente 1600ha onde se produziu 26 mil toneladas gerando uma
receita de cerca de R$ 85 milhotildees (HOHMANN amp MENEGUIM 2005)
De acordo com a relaccedilatildeo feita entre os dados de volume de abacate colhido e
de aacuterea destinada agrave produccedilatildeo do IBGESIDRA em 10 anos (2005 agrave 2014) o estado
que sofreu maior reduccedilatildeo da produtividade foi o estado do CEARAacute reduzindo em
31 aproximadamente enquanto que o estado de minas aumentou 289 sua
produtividade O DF apresentou os melhores niacuteveis de produtividade a partir desses
dados
AVOCADO NO BRASIL
A regiatildeo de Bauru em Satildeo Paulo especializou-se na produccedilatildeo dos abacates
‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ conhecidos comercialmente como Avocado e satildeo os mais
apreciados pelo mercado internacional (ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA
FRUTICULTURA 2008)
O Avocado variedades ‟Hass‟ e bdquoFuerte‟ possui excelentes caracteriacutesticas
nutricionais como por exemplo seu alto teor de lipiacutedeos Aleacutem disso o fruto possui
tamanho reduzido o que facilita o consumo evitando que parte natildeo consumida seja
armazenada Uma das possibilidades de se estimular o consumo interno seria
promover o produto a partir do uso de marketing setor no qual a empresa
JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP tem se destacado fornecendo
informaccedilotildees nutricionais e apresentando o alto padratildeo de qualidade da fruta Outro
fator que reduz a oferta do produto no mercado interno eacute a demanda internacional
apesar de impor barreiras e exigirem alto padratildeo de qualidade o produto de
qualidade recebe os melhores preccedilos este fator tambeacutem limita o consumo interno
porque o preccedilo oferecido pelos importadores reflete no preccedilo interno
Outro ponto que deve ser observado para se manter qualidade elevada dos
frutos eacute a escolha adequada do ponto de colheita pois este fator reflete diretamente
no teor de oacuteleo dos frutos que por sua vez eacute responsaacutevel pela conservaccedilatildeo do
sabor Os melhores teores de oacuteleo encontram-se em frutos tardios como nas
variedades obtidas a partir das raccedilas Guatemalenses e Mexicana sendo maior nas
raccedilas Mexicana e menor em cultivares oriunda de raccedilas Guatemalenses como por
exemplo a bdquoHass‟
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
42
A exportaccedilatildeo brasileira do abacate bdquoHass‟ variedade mais produzida no
mundo era de 100 toneladas por ha em 2004 para 2186 toneladas em 2010
(DORIZZOTTO 2011) Contudo este dado representa apenas 143 do volume de
todo o abacate produzido no paiacutes nesta mesma data mesmo com seus atributos
nutricionais e comerciais
Quando se trata do segmento do mercado do Avocado brasileiro em acircmbito
global a empresa JAGUACYR situada no municiacutepio de Bauru ndash SP com sede na
Holanda eacute de extrema relevacircncia contribuindo com 90 das exportaccedilotildees brasileiras
deste produto com o qual o Brasil ainda comeccedila a participar poreacutem possui
condiccedilotildees favoraacuteveis para crescer no setor (CARVALHO 2015)
O graacutefico a seguir apresentado na Figura 2 demonstra a evoluccedilatildeo da
participaccedilatildeo do Avocado no setor de fruticultura no estado de Satildeo Paulo
Figura 12 - Elaborado pelo autor FONTE CEAGESPSEDES GABRIEL V BITENCOURT DE ALMEIDA
Como apresentado no graacutefico acima o volume de Avocado comercializado na
CEAGESP tem crescido rapidamente vertiginosamente chegando a quase
quadruplicar seu valor em apenas 7 anos
Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio de atacado (R$Kg) de Avocado na CEAGESP de
Satildeo Paulo durante o ano (SP) (Figura 3)
81 74 90
106 133
208
365 378
0
50
100
150
200
250
300
350
400
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
EVOLUCcedilAtildeO DA QUANTIDADE COMERCIALIZADA (T) DE AVOCADO NA CEAGESP DE SAtildeO PAULO (SP)
QUANTIDADE(toneladas)
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
43
Figura 13 - Evoluccedilatildeo do preccedilo meacutedio do avocado na CEAGESP (R$Kg) Elaborado pelo autor FONTES CEAGESP
O graacutefico a seguir demonstra um comparativo da variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do
abacate em relaccedilatildeo ao Avocado durante o ano com base nos dados de nove anos
da CEAGESP (R$Kg)
Figura 14 - Comparativo do preccedilo meacutedio do abacate e do avocado comercializado na ceagesp durante o ano elaborado pelo autor FONTE
CEAGESP
A partir dos dados de 7 anos com a variaccedilatildeo do preccedilo meacutedio do Avocado por
quilo durante o ano pocircde-se observar que os menores valores encontram-se entre
maio e agosto A variaccedilatildeo de preccedilo meacutedio durante o ano chega a ser de R$ 581 o
quilo mais que o dobro entre o maior e menor valor meacutedio encontrado
O graacutefico com o comparativo do preccedilo do abacate com o Avocado (Figura 11)
revela a discrepacircncia da valorizaccedilatildeo entre os dois grupos O valor miacutenimo do
4
6
8
10
12
jan
fev
mar
abr
mai
jun jul
ago
set
ou
t
no
v
dez
EVOLUCcedilAtildeO DO PRECcedilO MEacuteDIO DO AVOCADO NA CEAGESP (R$Kg)
PRECcedilO MEacuteDIO
0
2
4
6
8
10
12
JAN
FEV
MA
R
AB
R
MA
I
JUN
JUL
AG
O
SET
OU
T
NO
V
DEZ
PRECcedilO AVOCADO
PRECcedilO DO ABACATE
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
44
Avocado eacute de R$ 554 por quilo enquanto que o maior valor encontrado do abacate
chega a R$ 381 uma diferenccedila de quase 50
O CEASA-DF registrou em 2014 um volume comercializado de 397 toneladas
de Avocado enquanto que no ano anterior o volume registrado natildeo passou de 07
toneladas (CEASA-DF)
Apesar de jaacute haver teacutecnicas eficientes e tecnologias modernas disponiacuteveis
para se aperfeiccediloar a produccedilatildeo do abacate a exploraccedilatildeo de novas regiotildees com
potencial produtor para a implantaccedilatildeo de pomares de abacateiro no Brasil eacute um dos
fatores que podem aumentar mais ainda a produccedilatildeo nacional No DF por exemplo
a aacuterea destinada agrave colheita do abacate sofreu uma reduccedilatildeo de mais da metade de
2012 para 2014 muito diferente da forma como havia se comportando desde 2000
quando a aacuterea passou de 85 ha para 111 em 2010 O DF representa apenas 2 da
produccedilatildeo nacional do abacate contudo sua produtividade vem aumentando e de
acordo com os dados do IBGE o DF possui os melhores iacutendices de produtividade do
paiacutes o que pode representar forte potencial da regiatildeo no setor Este fato corrobora
com a ideia de que o Brasil pode aproveitar melhor sua extensatildeo territorial
explorando regiotildees com potencial produtor como o DF por exemplo
CERTIFICACcedilAtildeO
CARVALHO (2015) afirma que para participar do mercado internacional os
produtores devem se atentar agraves exigecircncias internacionais de qualidade e seguranccedila
garantidas por meio de certificaccedilatildeo como GlobalGapR BRCR BRCIR FAIRDRADER
e SEDEX-SMETAR Outro ponto que deve ser adotado pelo Brasil no comeacutercio do
Avocado eacute manter um mercado com preccedilo linear e contiacutenuo Ainda segundo
CARVALHO (2015) produtores que natildeo possuem certificaccedilatildeo no GlobalgapR
recebem menos 10
PRECcedilO PAGO PELA JAGUACYR AO PRODUTOR COM GLOBALGAPR
TABELA 10 - (CARVALHO 2015)
CAT CALIBRE MAR ABR MAI JUN
1 12 A 24 315 322 205 205
2 26 A 32 131 129 130 130
2 12 A 24 284 350 187 187
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
45
Para o consumidor final o selo GLOBALGAPR natildeo eacute tatildeo notado pois o uso
desta marca eacute praticado entre empresas Contudo sua em sua elaboraccedilatildeo
considerou-se a reduccedilatildeo dos impactos negativos das operaccedilotildees agriacutecolas no meio
ambiente reduzir o uso de insumos quiacutemicos e garantir que assuntos de sauacutede e
seguranccedila dos empregados e bem estar animal sejam observados (GLOBALGAPR
2008)
A GLOBALGAPR serve como um manual no comeacutercio mundial de produtos
agriacutecolas estabelecendo normas voluntaacuterias para sua certificaccedilatildeo Este conjunto de
normas estabelece serve de molde para a conduccedilatildeo de boas praacuteticas agriacutecolas
(BPA) nas atividades agriacutecolas (GLOBALGAPR 2008)
Um dos pontos positivos em se adotar os protocolos de boas praacuteticas
agriacutecolas eacute a prevenccedilatildeo de perdas Pesquisas feitas no setor da fruticultura
concluem que maior parte do desperdiacutecio ocorre no percurso que vai do manuseio
no campo ateacute as centrais de produccedilatildeo (AGRIANUAL 2012) Os iacutendices de perdas da
abaticultura chegam a 34 ao ano (AGRIANUAL 2015)
Eacute de extrema importacircncia desenvolver soacutelidos e eficientes sistemas de
certificaccedilatildeo a fim de assegurar qualidade que atenda as expectativas dos
consumidores permitindo que as empresas ingressem nos mercados globais com
seus produtos (ZEIDAN et al 2008)
A difusatildeo de praacuteticas recomendadas para a obtenccedilatildeo da certificaccedilatildeo
GLOBALGAPR por parte dos produtores de abacate principalmente as variedades
bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ pode estimular o consumo interno por meio da oferta de produtos
de maior qualidade aleacutem de reduzindo perdas e promover o produto no comeacutercio
internacional da fruta Fazendo com que o potencial produtor seja aproveitado ao
maacuteximo uma vez que seguir os protocolos de boas praacuteticas agriacutecolas represente a
reduccedilatildeo de perdas no processo de produccedilatildeo de colheita e de transporte seja por
meio da reduccedilatildeo da incidecircncia de pragas ou por adoccedilatildeo de teacutecnicas e evitem perdas
na conduccedilatildeo da produccedilatildeo dos pomares de abacate
CONCLUSOtildeES
A produccedilatildeo de Avocado cultivares bdquoHass‟ e bdquoFuerte‟ superiores em vaacuterios
aspectos agraves cultivares mais populares no paiacutes tem condiccedilotildees de se desenvolver
amplamente no Brasil tornando-o grande consumidor e exportador da fruta Essa
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
46
mudanccedila pode ocorrer por meio de incentivos governamentais que incentivem o
registro de produtos para a cultura do abacateiro favorecendo a obtenccedilatildeo de
certificaccedilatildeo bem como o desenvolvimento de centros de pesquisas que
desenvolvam estudos sobre a cultura do abacateiro que promovam a difusatildeo de
tecnologia e com isso estimule a utilizaccedilatildeo de novas aacutereas com potencial produtivo
A transferecircncia de tecnologia tambeacutem pode ser feita por parte de empresas da aacuterea
privada que possuem domiacutenio de teacutecnicas e tecnologias modernas principalmente
por meio da popularizaccedilatildeo da produccedilatildeo de mudas clonais para porta-enxerto Aleacutem
disso devem ser feitas accedilotildees por parte de instituiccedilotildees privadas como o
desenvolvimento do marketing da fruta a fim de divulgar os benefiacutecios do consumo
e a exposiccedilatildeo de novas formas de consumo de abacate pode ser crucial para a
mudanccedila do comportamento do consumidor nacional uma vez que este se atenta
principalmente aos aspectos visuais do abacate
Na poacutes-colheita o controle sobre os processos de maturaccedilatildeo poderia ser
mais bem aproveitado No Brasil a utilizaccedilatildeo de teacutecnicas de conservaccedilatildeo no poacutes-
colheita de frutas objetiva na maioria das vezes estender o tempo de prateleira
destes produtos Para se aproveitar os elevados preccedilos ofertados em determinadas
eacutepocas os produtores colhem os frutos antes do recomendado para a fruta do
abacateiro o que reduz sua qualidade pois a eacutepoca da colheita influencia
diretamente no teor de oacuteleo fator altamente relacionado com o sabor da fruta Por
outro lado a aceleraccedilatildeo do processo de maturaccedilatildeo por meio do controle de
maturaccedilatildeo permite fornecimento de frutos maduros prontos para o consumo
estimulando assim o consumo no paiacutes Com a entrega regular de frutos maduros
nos supermercados e restaurantes novas formas de consumo da fruta como patecircs
e em saladas poderiam ser facilmente introduzidas no cardaacutepio nacional
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
47
BIBLIOGRAFIA
ALMEIDA G V B Mercado Atacadista de Abacate e Avocado (CEAGESP) III
Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado Bauru 2015
ALMEIDA G V B O Abacate no mundo e na CEAGESP Todafruta notiacutecia 2011
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwtodafrutacombrnoticia28119O+ABACATE+NO+MUNDO+NO+BRASIL
+E+NA+CEAGESP gt
ANUAacuteRIO BRASILEIRO DA FRUTICULTURA 2004 a 2015 DISPONIacuteVEL EM
httpwwwgrupogazcombrtratadaseo_edicao420150320150301_106c8c2f1pdf
4718_2015fruticulturapdfgt
BIODIESELBR DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwbiodieselbrcomnoticiasmateria-
primaoutrasvideo-unesp-transforma-oleo-abacate-biodiesel-060313htm gt
BONELLA J A Classificaccedilatildeo de abacates na CEAGESP Joseacute Alcides Bonella ME
2013
BRUWER T ROOYEN Z VAN PERFORMANCE AND MARKET ACCEPTIBILITY
OF THE HASS-LIKE CULTIVARS GEM AND HARVEST IN SOUTH AFRICA Vi
World Avocado Congress (Actas VI Confreso Mundial del Aguacate) 2007 Vintildea Del
Mar Chile 12 ndash 16 nov 2007 ISBN n 978-956-17-0413-8 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwAvocadosourcecomWAC6enExtenso1b-36pdf gt
CAMPOS J A Cultura racional do abacateiro Satildeo Paulo Iacutecone 1988 150 p
CANTUAacuteRIAS-AVILEacuteS T SILVA S R La induacutestria del aguacate em el Estado de
Satildeo Paulo Brasil actualidad y perspectivas futuras In CONGRESO MUNDIAL DEL
AGUACATE 7 2011 Caims Resuacutemenes Caims Avocado Australia 2011
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
48
CORREIA R C ARAUJO J L P MOUCO M A do C BRAGA C A
MENDONCcedilA R F de Abacate preferecircncias e mercado CONGRESSO
BRASILEIRO DE FRUTICULTURA 21 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwalicecnptiaembrapabralicebitstreamdoc8700181Moucopdf gt
CARVALHO L F Simpoacutesio Nacional de Abacate e Avocado realizaccedilatildeo Jaguacy
Sindicato Rural de Bauru Serviccedilo Nacional de Aprendizagem Rural - SENAR
Faculdades Integradas de Bauru ndash SP 2015
CHITARRA M I F CHITARA A B 2005 Poacutes colheita de frutos e hortaliccedilas
Fiiologia e Manuseio Lavras ESALFAEPE
CRANE J H BALERDI C F MAGUIRE I Avocado Growing in the Florida Home
Landscape University of Florida Circular 1034 one of a series of the Horticultural
Sciences Department Florida Cooperative Extension Service Institute of Food and
Agricultural Sciences University of Florida 1983 Revised 2007
CRIZEL G R MOURA R S OLIVEIRA I R MENDONCcedilA C R B
Caracteriacutesticas fiacutesicas e quiacutemicas de abacates das variedades bdquoQuintal‟ e bdquoHass‟ In
CONGRESSO DE INICIACcedilAtildeO CIENTIacuteFICA 17 ENCONTRO DE POacuteS-
GRADUACcedilAtildeO 10 2008 Pelotas Resumos Pelotas UFPEL 2008
DAIUTO E R VIEITES R L TREMOCOLDI M A RUSSO V C Taxa
respiratoacuteria de abacate bdquoHass‟ submetido a diferentes tratamentos fiacutesicos Revista
Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha Meacutexico v 10 n 2 p 101-109
2010
DAIUTO E R TREMOCOLDI M A VIEITES R L Conservaccedilatildeo poacutes colheita de
abacate bdquoHass‟ irradiado Revista Iberoamericana de Tecnologia Postcosecha vol
10 n 2 2010
DONADIO L C Abacate para exportaccedilatildeo aspectos teacutecnicos da produccedilatildeo
Brasiacutelia Frupex MAPA 1995 53 p
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
49
DONADIO L C FERRARI L AVILEacuteS T C Abacate In DONADIO L C (Ed)
Histoacuteria da Fruticultura Paulista Jaboticabal SBF ndash Sociedade Brasileira de
Fruticultura 2010 P 33-63
DORIZZOTTO C D A SAMPAIO A C ICUMA I M et al Avocado production
chain in the state of Satildeo Paulo (Brazil) In Proceedings VII World Avocado Congress
2011 Cairns Anaishellip Cairns Internacional Avocado Society 2011 DISPONIacuteVEL
EM lt
httpworldAvocadocongress2011comuserfilesfileOsvaldo20Kioshi20Yamanis
hi201400-1420pdf gt
ERNST Z R ERNST A A The strategic role of new cultivars A case study of
bdquoMaluma‟ VIII Congreso Mundial de la Palta 2015 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwavocadosourcecomWAC8Section_02EarnstZander2015pdf gt
FACTFISH Avocados production quantity (tons) ndash for all countries DISPONIacuteVEL
EM lt httpwwwfactfishcomstatisticAvocados20production20quantity gt
FAOSTAT 2000 a 2013 DISPONIacuteVEL EM lt httpfaostat3faoorgbrowseTTPE gt
FER B WOLSTENHOLME B N (Ed) The Avocado botany production and
uses Oxon CABI Publ 2002 chap 12 p 299-338
FRANCISCO V L F dos S BAPTISTELLA C S L CULTURA DO ABACATE NO
ESTADO DE SAtildeO PAULO Informaccedilotildees Econocircmicas SP v 35 n5 2005
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwieaspgovbroutpublicacoespdftec3-0505pdf gt
GAYET J P et al 1995 Abacate para exportaccedilatildeo procedimentos de colheita e
poacutes-colheita FRUPEX Brasiacutelia 37p
GIRARDI G Abacate uma nova opccedilatildeo de biocombustiacutevel Jornal UNESP Bauru
2009 DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwunespbracijornal248energia_bauruphp gt
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
50
GUEDES M S B SENA M TOLEDO S Certificaccedilatildeo como estrateacutegia competitiva
internacional dos produtores de frutas no Brasil VII Encontro da Sociedade
Brasileira de Economia Ecoloacutegica (ECO-ECO) 28 a 30 de novembro de 2007
Fortaleza Cearaacute
HODDLE M The Avocado Seed Moth Stenoma cateniver Walsingham (Lepdoptera
Elachistidae) Department of Entomology Applied Biological Control Research
DISPONIacuteVEL EM lt httpbiocontrolucredustenomastenomahtml gt
HOHMANN C L MENEGUIM A M A BROCA-DO-ABACATE (Stenoma catenifer)
Aspectos bioloacutegicos comportamento danos e manejo Instituto Agronocircmico do
Paranaacute ndash Londrina ndashPR Informe da Pesquisa n 147 2005
HOHMANN C L MENEGUIM A M Observaccedilotildees preliminares sobre a ocorrecircncia
da broca-do-abacate Stenoma catenifer Wals no Estado do Paranaacute Anais da
Sociedade Entomoloacutegica do Brasil v 22 p 417-419 1993
ILLSLEY-GRANICH C‟Hass‟Carmenrega precocious flowering avocado tree
Agrovim AS de CV Uruapan Michocan Mexico Rob Brokaw Brokaw Nursery Inc
Saticoy California USA Dr Salvador Ochoa-Ascencio University of Michoacan
Uruapan Michoacan Mexico 2011 DISPONIacuteVEL EM lt
httpworldavocadocongress2011comuserfilesfileCarlos20Illsley201410-
1430pdf gt
INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA ESTATIacuteSTICA (IBGE) IBGE CIDADES
DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwcidadesibgegovbrcartogramamapaphplang=ampcoduf=53ampcodmun=53
0010ampidtema=136ampcodv=v01ampsearch=distrito-federal|brasilia|sintese-das-
informacoes-2013 gt
KADER A A 1992 Postharvest technology of horticultural crops Okland Univertisy
of California 292p
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
51
KADER A A ARPIA M L Avocado Recommendations for Maintaining
Postharvest Quality 2013
KADER A A Biologiacutea y Tecnologiacutea Postcosecha un Panorama In KADER A A
Tecnologiacutea Postcosecha de Cultivos Hortofrutiacutecolas 3 Ed Davis University Of
Califoacuternia 2007 Cap 4 p 43-53
KLUGE R A et al Inibiccedilatildeo do amadurecimento de abacate com 1-
metilciclopropeno Pesquisa Agropecuaacuteria Brasileira 37(7)895-901
KOOLER O C Abacaticultura Porto Alegre UFRGS 1992 138p
KOOLER O C ABACATICULTURA Porto Alegre UFRGS 1984 138p
KOLLER O C Abacate produccedilatildeo de mudas instalaccedilatildeo e manejo de pomares
colheita e poacutes-colheita Porto Alegre Cinco Continentes 2002 145 p
KREMER-KOumlHNE S KOumlHNE J S 25 YEARS OF AVOCADO ROOTSTOCK
DEVELOPMENT IN SOUTH AFRICA VI World Avocado Congress Chile 2007
DISPONIacuteVEL EM lt httpwwwavocadosourcecomWAC6enExtenso1a-8pdf gt
LIPPERT C ALLAMAND M (WESTFALIASUBSOLE) A hystory of
collaboration Rev Subsole Santiago 2007
MAIS NATUREZA ABACATEIRO DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwmaisnaturezacomplantasarvoresabacateiro gt
MARANCA G Fruticultura comercial Manga e Abacate Satildeo Paulo Nobel 1980
p 81-133
MASSAFERA G COSTA T M B OLIVEIRA J E D COMPOSICcedilAtildeO DE AacuteCIDOS
GRAXOS DO OacuteLEO DO MESOCARPO E DA SEMENTE DE CULTIVARES DE
ABACATE (Persea americana MILL) DA REGIAtildeO DE RIBEIRAtildeO PRETO SP)
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
52
Alim Nutr Araraquara V 21 n 2 p 325-331 abrjun 2010 DISPONIacuteVEL EM lt
http20014571150seerindexphpalimentosarticleview940a20v21n2pdf gt
MDIC Negociaccedilotildees internacionais DISPONIacuteVEL EM
httpwwwdesenvolvimentogovbrsitiosecexnegInternacionaisMedTerrorismoLei
ph p gt
MICKELBART M V BENDER G S WITNEY G W ADAMS C ARPAIA M L
Effects of clonal rootstocks on bdquoHass‟ avocado yield components alternate bearing
and nutrition Journal of Horticultural Schience amp Biotechnology Ashford v 82
n 3 p 460-466 2007
MILLER B BERTELS R PADILLA T WILEMAN R THOMSEN L China the
new frontier VIII World Avocado Congress 2015
MONTENEGRO H W S A cultura do abacateiro Satildeo Paulo Melhoramentos
1951 102p (Criaccedilatildeo e Lavoura n 11)
MORAES A F G Desenvolvimento produccedilatildeo e qualidade de frutos de abacateiro
cv bdquoHass‟ sobre dois porta-enxertos nas condiccedilotildees edafoclimaacuteticas da regiatildeo central
do Estado de Satildeo Paulo Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Ciecircncias Piracicaba 2014
NAAMANI G Global Trends in main Avocado Markets VII World Avocado
Congress Australia 2011
NAVA DE DE LARA HADDAD M PARRA JRP 2005 Exigecircncias teacutermicas
estimativa do nuacutemero de geroccedilotildees de Stenoma catenifer e comprovaccedilatildeo de modelo
em campo Pesq Agropec Bras Brasilia v 40 p 961-967
NAVA DE PARRA JRP COSTA VA GUERRA TM COcircNSOLI FL (2005b)
Population dynamics of Stenoma catenifer(Lepidoptera Elachistidae) and related
larval parasitoids in Minas Gerais Brazil Florida Entomologistv 88p 441-446
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
53
NOVAGRIM ndash FRESH FRUITS IMPORTER amp VEGETABLE SUPPLIER SINCE
1999 2001-2013 WORLD AVOCADO PRODUCTION DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwnovagrimcomPages2000_2011_Avocado_statistics_ENaspx gt
OLIVEIRA LA A importacircncia das Normas Internacionais para o Comeacutercio da
Fruticultura Brasileira Piracicaba Dissertaccedilatildeo de Mestrado em Economia Escola
Superior de Agricultura ldquoLuiz de Queirozrdquo Universidade de Satildeo Paulo Piracicaba
2005
OLIVEIRA M A de et al 2000 Ceras para conservaccedilatildeo poacutes colheita de frutos de
abacateiro cultivar Fuerte armazenados em temperatura ambiente Scientia Agriacutecola
Piracicaba 57 (4) 777-780
PASSONI A D NEVES M C M RODRIGUES B B BOTEON M Anaacutelise dos
principais entraves na exportaccedilatildeo de frutas brasileiras CENTRO DE ESTUDOS
AVANCcedilADOS EM ECONOMIA APLICADA (CEPEAESALQ-USP) XLIV
CONGRESSO DA SOBER ndash ldquoQuestotildees Agraacuterias Educaccedilatildeo no Campo e
Desenvolvimentordquo Sociedade Brasileira de Economia e Sociologia Rural Fortaleza
2006
PEGG K G COATES L M KORSTEN L HARDING R M Foliar fruit and
soilborne diseases In WHILEY A W SCHAF
PERFIL DA FRUTICULTURA 2014 Base de dados 2012 a 2013 Governo de Minas
Gerais Agricultura Pecuaacuteria e Abastecimento 2014
PICCININ E PASCHOLATI S F ldquoDOENCcedilAS DO ABACATEIRO‟ em MANUAL DE
FITOPATOLOGIA Vol 2 Doenccedilas das Plantas Cultivadas Editora Agronocircmica
Ceres Ltda Satildeo Paulo 1997 DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwifcursoscombrsistemaadminarquivos07-33-29-
manualfitopatologiapdfpage=10 gt
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
54
PUTT F F GOacuteES B C CATANEO P F Anaacutelise econocircmica de oferta e demanda
do abacate na alta paulista X Foacuterum Ambiental da Alta Paulista v 10 n 7 2014
pp 158-169
ROCHA I L Nuacutemeros do abacate HORTIESCOLHA Instituto Brasileiro de
Qualidade em Horticultura DISPONIacuteVEL EM lt
httpwwwhortibrasilorgbrjnwindexphpoption=com_contentampview=articleampid=120
9numeros-do-abacate-ampcatid=50comercializacaoampItemid=82 gt
SANTO N T Manejo da vegetaccedilatildeo intercalar para obtenccedilatildeo de cobertura morta na
cultura do abacateiro visando minimizar os danos causados por Phytophthora
cinnamomi Dissertaccedilatildeo de mestrado em Fitotecnia Piracicaba 2014
SCHAFFER B WOLSTENJOLME B N WHILEY A W The avocado botany
production and uses 560 p 2012 DISPONIacuteVEL EM lt
httpsbooksgooglecombrbooksid=r0hpRJca3zECamppg=PA83amplpg=PA83ampdq=Th
e+Avocado+botany+production+and+uses+hass-
likeampsource=blampots=oqc5OBsbmVampsig=5gDWWPIMYRBW9cH3yYuWh-ldd-8amphl=pt-
BRampsa=Xampved=0ahUKEwj_yPbgsoTKAhUGDpAKHZTrCWEQ6AEIPDADv=onepag
eampqampf=false gt
SCIENCIA I Certificaccedilatildeo GLOBALGAP e impactos ambientais em agroinduacutestrias de
alimentos Dissertaccedilatildeo de Poacutes-Graduaccedilatildeo Araraquara SP 2010 lt
mlthttpwwwecoecoorgbrconteudopublicacoesencontrosvii_envii_enc_ecohtm
gt
SIMAtildeO S Manual de Fruticultura Satildeo Paulo Editora Agronocircmica Ceres 1971
530p p 147-169
SINGER P MASON J Eacutetica da alimentaccedilatildeo como nossos haacutebitos alimentares
influenciam o meio ambiente e o nosso bem estar Rio de Janeiro Elsevier 2007
SOARES H F ITO M K O AacuteCIDO GRAXO MONOINSATURADO DO ABACATE
NO CONTROLE DE DISLIPIDEMIAS Ver Ciecircnc Meacuted Campinas P 47-51 2000
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
55
DISPONIacuteVEL EM lt httpperiodicospuc-
campinasedubrseerindexphpcienciasmedicasarticleviewFile13301304 gt
TEIXEIRA C G Cultura In ITAL ndash INSTITUTO DE TECNOLOGIA DE ALIMENTOS
(Campinas) Abacate Cultura mateacuteria-prima processamento e aspectos
econocircmicos 2 Ed Campinas Instituto Campineiro de Ensino Agriacutecola 1995 Cap 1
p 1-54 (Frutas Tropicais)
TEIXEIRA C G Cultura do abacate In TEIXEIRA C G et al ABACATE cultura
mateacuteria prima processamento e aspectos econocircmicos 2deg ed Seacuterie Fruas Tropicais
ndeg8 ITAL Campinas 1991 250p
WATANABE H S Caracteriacutesticas de cultivares de abacate CEAGESPS ndash
Companhia de Entrepostos e Armazeacutens Gerais de Satildeo Paulo 2013
WOLFENBARGER D O COLBURN B The Stenoma catenifer a serious Avocado
pest Proceedings of Florida State Horticulture Society v 92 p 315-318 1979
ZEIDAN R SEIXAS P ABRANCHES L COSTA D MEIRELLES F Certificaccedilatildeo
na cadeia produtiva de alimentos e as barreiras teacutecnicas agrave exportaccedilatildeo Simpoacutesio de
excelecircncia e gestatildeo e tecnologia ndash SEGeT 2008 Resende
Recommended