View
219
Download
0
Category
Preview:
Citation preview
ENGENHARIA ECONÔMICA AVANÇADA
INTRODUÇÃO – MATERIAL DE APOIO
ÁLVARO GEHLEN DE LEÃO
gehleao@pucrs.br
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
1
1 Introdução à Engenharia Econômica
A engenharia, inserida dentro do contexto de escassez de recursos, pode aplicar
técnicas de análise de projetos de investimento a fim de racionalizar o emprego
dos recursos de capital.
Estas técnicas fazem parte do escopo da engenharia econômica, que utiliza a
matemática financeira como ferramenta básica de avaliação do valor do dinheiro
no tempo.
A visualização de um projeto de investimento pode ser realizada através de
uma representação gráfica denominada diagrama de fluxo de caixa.
Um diagrama de fluxo de caixa de um projeto de investimento é composto de
uma escala horizontal na qual se representam com valores positivos as entradas
de caixa e com valores negativos o investimento de capital e as saídas de caixa –
vide figura 1.
Entradas de Caixa
3 40 1 2 n5
Saídas de Caixa
6 7 períodos
Investimentode Capital
Figura 1 – Diagrama de Fluxo de Caixa de um Projeto de Investimento
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
2
Os principais recursos considerados para análise de projetos de investimento e a
respectiva remuneração por período de tempo são apresentados na tabela 1.
Tabela 1 – Remuneração dos Recursos por Período de Tempo
Recursos Remuneração por Período de Tempo
Humanos Salário
Físicos Aluguel
Capital Juros
Os juros são, portanto, o pagamento pela oportunidade de dispor de um capital durante um determinado período de tempo.
2 Juros e Taxas de Juros
Nas próximas seções são apresentados os conceitos de juros e taxas de juros.
2.1 Juros Simples
Na modalidade de juros simples apenas o valor emprestado rende juros, ou
seja, os juros são diretamente proporcionais ao valor emprestado.
niPJn ××=
)ni1(PJPF nn ×+×=+=
P = valor emprestado no instante 0
i = taxa de juros periódica
n = número de períodos
nJ = juros acumulados até o instante n
nF = montante após n períodos
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
3
2.2 Juros Compostos
Na modalidade de juros compostos, após cada período de capitalização, os
juros, quando não pagos, são adicionados ao valor emprestado, compondo um
novo saldo devedor, e passam a render juros também, ou seja, os juros são
proporcionais ao saldo devedor em cada período.
( )1i)(1PJ nn −+×=
n
nn )i1(PJPF +×=+=
P = valor emprestado no instante 0
i = taxa de juros periódica
n = número de períodos
nJ = juros acumulados até o instante n
nF = montante após n períodos
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
4
Problema 1 – Juros Simples e Juros Compostos
Supor um empréstimo (P) de $ 1.000, durante (n) 5 meses, a uma taxa de juros (i)
de 10% ao mês. Calcular os juros mensais, os juros acumulados ( nJ ) e o montante
( nF ) ao final de cada mês, nas modalidades de juros simples e de juros compostos.
Tabela 2 – Juros Simples e Juros Compostos
Juros Simples Juros Compostos
Mês
(n)
Juros
Mensais
Juros
( nJ )
Montante
( nF )
Juros
Mensais
Juros
( nJ )
Montante
( nF )
0 1.000,00 1.000,00
1 100,00 100,00 1.100,00 100,00 100,00 1.100,00
2 100,00 200,00 1.200,00 110,00 210,00 1.210,00
3 100,00 300,00 1.300,00 121,00 331,00 1.331,00
4 100,00 400,00 1.400,00 133,10 464,10 1.464,10
5 100,00 500,00 1.500,00 146,41 610,51 1.610,51
Modalidade de Juros Simples
Juros acumulados ( 5J ) até o final do mês 5.
00,500510,0000.1niPJ5 =××=××=
Montante ( 5F ) a ser pago no final do mês 5.
00,500.1)510,01(000.1)ni1(PJPF 55 =×+×=×+×=+=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
5
Modalidade de Juros Compostos
Juros acumulados ( 5J ) até o final do mês 5.
( ) ( ) 51,6101)10,01(000.11i)(1PJ 5n5 =−+×=−+×=
Montante ( 5F ) a ser pago no final do mês 5.
51,610.1)10,01(000.1)i1(PJPF 5n55 =+×=+×=+=
Pode-se elaborar uma planilha contendo as expressões para o cálculo dos juros
acumulados ( nJ ) e do montante ( nF ) a ser pago ao final de um determinado período
(n), considerando o valor do empréstimo (P) e a taxa de juros (i) periódica.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
6
2.3 Taxas de Juros – Períodos de Aplicação e de Capitalização
Uma taxa de juros deve conter informações que permitam identificar os seus
períodos de aplicação e de capitalização.
O período de aplicação estabelece o tempo de duração da incidência da taxa de
juros sobre o capital imobilizado e o período de capitalização define a periodicidade
de ocorrência da acumulação dos juros.
2.4 Taxas de Juros Nominais e Taxas de Juros Efetivas
A taxa de juros é considerada efetiva quando o período de aplicação e o período
de capitalização coincidem; caso contrário, a taxa será dita nominal. Assim, por
exemplo:
− taxa de juros efetiva – 8,75% ao trimestre com capitalização trimestral;
− taxa de juros nominal – 24% ao ano com capitalização mensal.
Nos problemas envolvendo taxas de juros, adotar-se-á a convenção – a.x. c.y. =
aplicação durante o período x com capitalização a cada período y –, onde os
períodos x e y são designados pelas letras: (a) ano, (s) semestre, (t) trimestre, (b)
bimestre, (m) mês, e (d) dia.
Assim sendo, a taxa de juros de 35% a.a. c.t. é igual a 35% ao ano com
capitalização trimestral.
Para o período de capitalização y pode ser utilizada também a capitalização
contínua (c), indicando que os juros são capitalizados continuamente.
O desenvolvimento da matemática financeira e da engenharia econômica baseia-
se em taxas de juros efetivas, assim que as taxas de juros nominais devem ser
convertidas em taxas de juros efetivas para sua correta aplicação.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
7
2.5 Conversão de Taxas de Juros de Mesmo Período de Capitalização
Para conversão de taxas de juros nominais em taxas de juros efetivas de mesmo
período de capitalização a expressão a ser utilizada é:
c.y. a.y.i c.y. a.x. i EFENOM =⇒=
Nii NOM
EFE =
N = número de períodos de composição da taxa de juros nominal
Problema 2 – Conversão de Taxas de Juros
Converter taxas de juros nominais em taxas de juros efetivas de mesmo período
de capitalização.
Tabela 3 – Conversão de Taxas de Juros de Mesmo Período de Capitalização
Taxa de Juros Nominal
Períodos de Composição = N Taxa de Juros Efetiva
24% a.a. c.m. 12 2,00% a.m. c.m.
35% a.a. c.t. 4 8,75% a.t. c.t.
15% a.m. c.d. 30 0,50% a.d. c.d.
c.m. a.m. % 2,0012
0,24N
ii NOMEFE ===
c.t. a.t. % 8,754
0,35N
ii NOMEFE ===
c.d. a.d. % 0,5030
0,15N
ii NOMEFE ===
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
8
2.6 Conversão de Taxas de Juros de Mesmo Período de Aplicação
Para converter taxas de juros nominais em taxas de juros efetivas de mesmo
período de aplicação utiliza-se a seguinte expressão:
c.x. a.x.i c.y. a.x. i EFENOM =⇒= 1
Ni1i
NNOM
EFE −⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛ +=
N = número de períodos de composição da taxa de juros nominal
Problema 3 – Conversão de Taxas de Juros
Converter taxas de juros nominais em taxas de juros efetivas de mesmo período
de aplicação.
Tabela 4 – Conversão de Taxas de Juros de Mesmo Período de Aplicação
Taxa de Juros Nominal
Períodos de Composição = N Taxa de Juros Efetiva
24% a.a. c.m. 12 26,82% a.a. c.a.
35% a.a. c.t. 4 39,87% a.a. c.a.
15% a.m. c.d. 30 16,14% a.m. c.m.
c.a. a.a. % 26,82112
0,2411N
i1i12N
NOMEFE =−⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛+=−⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛+=
c.a. a.a. % ,879314
0,3511N
i1i4N
NOMEFE =−⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛ +=−⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛ +=
c.m. a.m. % ,1416130
0,1511N
i1i30N
NOMEFE =−⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛+=−⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛+=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
9
Pode-se elaborar uma planilha para conversão de taxas de juros nominais em
taxas de juros efetivas, conforme ilustração a seguir.
2.7 Conversão de Taxas de Juros com Capitalização Contínua
Em uma taxa de juros nominal com capitalização contínua, N tende para um
valor infinito e, portanto, a sua conversão para uma taxa de juros efetiva
equivalente deve ser realizada pela expressão:
c.x. a.x.i c.c. a.x. i EFENOM =⇒= 1e1
Ni1limi NOMi
NNOM
NEFE −=−⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛ +=∞→
Problema 4 – Conversão de Taxas de Juros com Capitalização Contínua
Uma taxa de juros nominal de 24% a.a. c.c. equivale a uma taxa de juros efetiva
de 27,12% a.a. c.a., pois
%12,272712,01e1ei 24,0iEFE
NOM ==−=−=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
10
2.8 Conversão de Taxas de Juros Efetivas de Períodos Diferentes
A conversão entre taxas de juros efetivas de períodos diferentes pode ser
obtida a partir da seguinte expressão:
( ) 1i1i Qb EFEa EFE −+=
Q = quantidade de períodos b existentes no período a
Problema 5 – Conversão de Taxas de Juros Efetivas
Converter uma taxa de juros efetiva de 12% ao bimestre em taxas de juros
efetivas semestrais e anuais.
Considerando c.b. a.b. %12iB = , tem-se que:
( ) ( ) c.s. a.s. %49,40112,011i1i 3QBS =−+=−+=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
11
( ) ( ) c.a. a.a. ,38%97112,011i1i 6QBA =−+=−+=
A tabela 5 apresenta uma síntese dos resultados obtidos.
Tabela 5 – Conversão de Taxas de Juros Efetivas de Períodos Diferentes
Período Q Taxa Efetiva
Bimestral 12,00 % a.b. c.b.
Semestral 3 40,49 % a.s. c.s.
Anual 6 97,38 % a.a. c.a.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
12
Problema 6 – Conversão de Taxas de Juros de Períodos Diferentes
Converter uma taxa de juros de 60% ao ano com capitalização bimestral em uma
taxa de juros efetiva semestral. Para converter uma taxa de juros nominal em uma
taxa de juros efetiva em que os períodos de aplicação e capitalização não
coincidem deve-se, inicialmente, converter a taxa de juros nominal em uma taxa de
juros efetiva de mesmo período de aplicação ou de mesmo período de capitalização
e, em seguida, converter na taxa de juros efetiva desejada. Assim:
6)(N c.b. a.a. % 60iNOM ==
Conversão de taxa de juros nominal em taxa de juros efetiva de mesmo período
de capitalização:
c.b. a.b. % 100,106
0,60N
ii NOMEFE ====
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
13
Conversão de taxas de juros efetivas de períodos diferentes:
( ) 1i1i Qb EFEa EFE −+=
Conversão de uma taxa de juros efetiva bimestral em uma taxa de juros efetiva
semestral:
( ) 1i1i QBS −+= , onde Q = 3
( ) c.s. a.s. % 33,100,331010,101i 3S ==−+=
A taxa de juros efetiva semestral de 33,10% é equivalente à taxa de juros
nominal de 60% ao ano com capitalização bimestral.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
14
3 Equivalência de Capitais em um Fluxo de Caixa
A partir da representação de um projeto de investimento através de um diagrama
de fluxo de caixa podem ser determinadas as relações de equivalência, permitindo
a transformação de um determinado fluxo de caixa em outro equivalente.
Para aplicação das relações de equivalência a periodicidade do fluxo de caixa
deve coincidir com a periodicidade da taxa de juros efetiva.
3.1 Equivalência entre Valor Presente e Valor Futuro
A equivalência entre P (valor presente) e F (valor futuro) permite resolver, por
exemplo, o problema de determinação do valor P a ser investido, a uma taxa de
juros efetiva i, para obtenção de um montante F após n períodos.
P
F
0 1 2 3 n
Figura 2 – Diagrama de Fluxo de Caixa: Valor Presente e Valor Futuro
( )ni1PF +×=
( )ni11FP+
×=
( )i1logPFlog
n+
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛
=
1PFi n −=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
15
3.2 Equivalência entre Série Uniforme e Valor Futuro
A equivalência entre U (série uniforme) e F (valor futuro) permite, por exemplo,
definir o valor dos depósitos programados U para possibilitar uma retirada futura F,
onde n é o número de depósitos da série uniforme e i é a taxa de juros efetiva e de
mesma periodicidade da série de depósitos.
U
0 1 2 3 n
F
Figura 3 – Diagrama de Fluxo de Caixa: Série Uniforme e Valor Futuro
( )i
1i1UFn −+
×=
( ) 1i1iFU n −+
×=
)i1log(UFi1log
n+
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛ ×+
=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
16
3.3 Equivalência entre Valor Presente e Série Uniforme
A equivalência entre P (valor presente) e U (série uniforme) permite resolver o
problema de determinação de parcelas mensais U, onde n é o número de
pagamentos da série uniforme e i é a taxa de juros efetiva e de mesma
periodicidade da série uniforme.
P
U
0 1 2 3 n
Figura 4 – Diagrama de Fluxo de Caixa: Valor Presente e Série Uniforme
( )( ) 1i1
i1iPU n
n
−+
+××=
( )( )n
n
i1i1i1UP
+×
−+×=
)i1log(PiU
Ulogn
+
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛×−
=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
17
3.4 Utilização de Planilhas Eletrônicas
Nesta seção apresenta-se, de forma sucinta, uma orientação para utilização de
planilhas eletrônicas para solução de problemas de equivalência de capitais em
um fluxo de caixa.
Podem ser utilizadas as funções financeiras contidas na planilha Excel para
determinação de P (valor presente), F (valor futuro), U (série uniforme), n (número
de capitalizações ou prazo total da operação) e i (taxa de juros periódica),
empregando-se as sintaxes a seguir apresentadas:
− cálculo de P: VP (i; n; U; F; tipo)
− cálculo de F: VF (i; n; U; P; tipo)
− cálculo de U: PGTO (i; n; P; F; tipo)
− cálculo de n: NPER (i; U; P; F; tipo)
− cálculo de i: TAXA (n; U; P; F; tipo; estimativa)
O significado dos argumentos dessas funções é:
− P = valor do capital no instante inicial 0
− F = valor do capital no instante final n
− U = valor da série de n pagamentos periódicos de 1 a n
− n = número de capitalizações ou prazo total da operação
− i = valor da taxa de juros efetiva e periódica
− tipo = série de pagamentos antecipados (1) ou postecipados (0)
− estimativa = valor estimado da taxa de juros
Os valores monetários devem ser informados com seus sinais, (+) ou (–), e o
resultado monetário terá o sinal que anula a soma dos capitais equivalentes em um
instante qualquer.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
18
Na ilustração abaixo se apresenta a sugestão de uma calculadora elaborada a
partir das funções financeiras da planilha Excel.
Nas células B2, B3, B4, B5, B6, B7 e B8 são registrados os dados de entrada e
nas células C2, C3, C4, C5 e C6 são obtidos os resultados, a partir da seguinte
sintaxe:
− cálculo de P: C2 = SE (B2 = ”?”; VP (B6 ;B5 ;B4 ;B3 ;B7); ” ”)
− cálculo de F: C3 = SE (B3 = ”?”; VF (B6; B5; B4; B2; B7); ” ”)
− cálculo de U: C4 = SE (B4 = ”?”; PGTO (B6; B5; B2; B3; B7); ” ”)
− cálculo de n: C5 = SE (B5 = ”?”; NPER (B6; B4; B2; B3; B7); ” ”)
− cálculo de i: C6 = SE (B6 = ”?”; TAXA (B5; B4; B2; B3; B7; B8); ” ”)
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
19
Problema 7 – Financiamento de Automóvel
Você recebeu uma oferta para aquisição de um automóvel através de um
financiamento em 24 parcelas mensais, iguais e consecutivas, a serem pagas ao
final de cada mês. Considerando que o pagamento máximo mensal que você pode
admitir é de $ 600 e que você pode dar uma entrada de $ 7.000, qual é o valor do
automóvel que você poderá adquirir dado que a taxa de juros é de 12% ao ano com
capitalização mensal?
U = 600
0 1 2 3 n = 24
E = 7.000
meses
i = 12 % a.a. c.m.
Valor do Automóvel = V = E + P = ?
Figura 5 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Conversão de taxa de juros nominal em efetiva de mesmo período de
capitalização:
c.m. a.m. 1%01,01212,0
Nii NOM
EFE ====
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
20
U = 600
0 1 2 3 n = 24 meses
i = 1 % a.m. c.m.P = ?
Figura 6 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Aplicando a relação de equivalência entre P e U:
( )( )
03,746.12)01,01(01,01)01,01(600
i1i1i1UP 24
24
n
n
=+×
−+×=
+×
−+×=
Valor do Automóvel = V = E + P = 7.000 + 12.746,03 = 19.746,03.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
21
Problema 8 – Plano de Aposentadoria
Considere que você abra hoje uma conta de aposentadoria com um depósito
inicial de $ 1.200 e deposite $ 50 ao final de cada mês nos próximos 30 anos. Qual o
montante acumulado, considerando que a conta remunera os depósitos com uma
taxa de juros de 9% ao ano com capitalização mensal?
U" = 50
0 1 2 3 n = n' = n" = 360 meses
F = F' + F" = ?
P' = 1.200
i = 9 % a.a. c.m.
Figura 7 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Conversão de taxa de juros nominal em efetiva de mesmo período de
capitalização:
c.m. a.m. %75,00075,01209,0
Nii NOM
EFE ====
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
22
U" = 50
0 1 2 3
F = F' + F" = ?
P' = 1.200
i = 0,75 % a.m. c.m.
n = n' = n" = 360 meses
Figura 8 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Cálculo de F' (aplicando-se a relação de equivalência entre F e P):
( ) 69,676.17)0075,01(200.1i1'P'F 360'n =+×=+×=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
23
Cálculo de F'' (aplicando-se a relação de equivalência entre F e U):
( ) 17,537.910075,0
1)0075,01(50i
1i1"U"F360"n
=−+
×=−+
×=
Pode-se calcular diretamente o valor de F = F' + F'' = 17.676,69 + 91.537,17,
utilizando os valores de P' e U'' de forma simultânea, pois o valor de n = n' = n''.
Você disporá de um montante de $ 109.213,87 quando se aposentar daqui a 30
anos.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
24
Problema 9 – Caderneta de Poupança
Você depositou $ 8.000 em uma caderneta de poupança que rende juros com
uma taxa de 6% ao ano com capitalização mensal. Se você retirar $ 1.000 ao final
de cada ano, em quanto tempo os recursos se esgotarão?
U = 1.000
0 1 2 3 n = ?
P = 8.000
anos
i = 6% a.a. c.m.
Figura 9 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Conversão de taxa de juros nominal em efetiva de mesmo período de aplicação:
c.a a.a. % 6,170,061711206,011
Ni1i
12NNOM
EFE ==−⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛+=−⎟
⎠
⎞⎜⎝
⎛+=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
25
U = 1.000
0 1 2 3 n = ?
P = 8.000
anos
i = 6,17 % a.a. c.a.
Figura 10 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Aplicando as relações de equivalência entre P e U, calcula-se n:
anos 36,11)0617,01log(
000.80617,0000.1000.1log
)i1log(PiU
Ulogn =
+
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛×−
=+
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛×−
=
Ou seja, é permitida a retirada de 11 parcelas anuais de $ 1.000.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
26
A questão pendente: qual é o valor residual no 11° ano ?
Calcula-se, inicialmente, o valor P' que deveria ter sido depositado para que
apenas 11 retiradas anuais de $ 1.000 pudessem ser efetuadas.
U' = 1.000
0 1 2 3 n' = 11
P' = ?
anos
i = 6,17 % a.a. c.a.
Figura 11 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Aplicando a relação de equivalência entre P e U, obtém-se:
( )( )
( )( )
75,818.70617,010617,0
10617,01000.1i1i1i1'U'P 11
11
'n
'n
=+×
−+×=
+×
−+×=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
27
Calcula-se, então, o P'' extra que foi depositado e, em seguida, o F'' residual:
P'' = P – P' = 8.000 – 7.818,75 = 181,25
0 1 2 3
F'' = ?
anos
i = 6,17 % a.a. c.a.
n'' = 11
P'' = 181,25
Figura 12 – Diagrama de Fluxo de Caixa
Aplicando a relação de equivalência entre F e P, obtém-se F'' residual:
( ) 19,350)0617,01(25,181i1"P"F 11''n =+×=+×=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
28
Problema 10 – Equivalência de Capitais em um Fluxo de Caixa
Você pretende adquirir um computador através de um financiamento em 18
parcelas mensais, iguais e consecutivas, a serem pagas ao final de cada mês.
Considerando que o máximo pagamento mensal que você pode admitir é de $
240, determinar o mínimo valor da entrada para que você possa adquirir um
computador no valor de $ 5.000, através de um financiamento com taxa de juros de
9% ao trimestre com capitalização mensal.
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com a solução do problema 10.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
29
Problema 11 – Equivalência de Capitais em um Fluxo de Caixa
Considere que você abra hoje uma conta de aposentadoria com um depósito inicial de $ 2.000 e que você pretende dispor de $ 85.000 daqui a 20 anos.
Calcular o valor dos depósitos iguais e consecutivos a serem realizados ao
final de cada um dos próximos 40 semestres, considerando que a conta de
aposentadoria remunera os depósitos com uma taxa de juros de 8% ao ano com
capitalização mensal.
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com a solução do problema 11.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
30
4 Sistemas de Amortização de Financiamentos
Para que um projeto de investimento possa ser realizado é necessário que haja
disponibilidade de recursos, sejam eles próprios ou de terceiros. No caso de
insuficiência de recursos próprios pode-se recorrer a um financiamento.
O valor do financiamento – o principal – deve ser restituído juntamente com a
remuneração do capital – os juros – à instituição financeira que o concedeu. A
forma como o principal é devolvido, acrescido de juros, constitui o sistema de amortização de um financiamento.
Considere um sistema de amortização de um financiamento, a ser liquidado ao
final do período n.
0 1 t -1 nttAM
tJ
SD0SDP =
tSD
AM t -1
J
A
t -1
t -1
t -1A t
nAM
nJ
A n
2
Figura 13 – Sistema de Amortização de um Financiamento
As expressões para o cálculo do saldo devedor ao final do período tSD , dos
juros tJ , da amortização tAM e do pagamento tA , em cada instante t, são:
ttt
1tt
t1tt
JAMAiSDJAMSDSD
+=
×=
−=
−
−
No último instante n, o saldo devedor 0SDn = e a amortização 1nn SDAM −= .
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
31
4.1 Sistema de Amortizações Constantes
O Sistema de Amortizações Constantes é utilizado nos financiamentos de
longo prazo, principalmente para aquisição de bens duráveis.
O valor da amortização AM é constante para um financiamento P e um prazo n e
é calculado por nPAM = .
AM
0 1 2 nt
SD0SDP =
tSD
AM
tA
tJ
AM
J
A
AtA
t -1
t -1
t -1
t -1
t -1
Figura 14 – Sistema de Amortizações Constantes
As expressões para o cálculo do saldo devedor no final do período tSD , dos
juros tJ e do valor do pagamento tA em cada instante t são:
tt
1tt
1tt
JAMAiSDJAMSDSD
+=
×=
−=
−
−
No último instante n, o saldo devedor 0SDn = e a amortização 1nSDAM −= .
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
32
Problema 12 – Sistema de Amortizações Constantes
Supor um financiamento com as seguintes características: principal de $ 50.000,
taxa de juros efetiva de 8% ao ano e pagamento em parcelas anuais, ao final de
cada ano, em um prazo de 5 anos. Calcular o valor dos pagamentos, dos juros e das
amortizações pelo Sistema de Amortizações Constantes, bem como o saldo devedor
ao final de cada período.
Tabela 6 – Sistema de Amortizações Constantes
At t Jt AM SDt
0 50.000,00
14.000,00 1 4.000,00 10.000,00 40.000,00
13.200,00 2 3.200,00 10.000,00 30.000,00
12.400,00 3 2.400,00 10.000,00 20.000,00
11.600,00 4 1.600,00 10.000,00 10.000,00
10.800,00 n = 5 800,00 10.000,00 0,00
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com a solução do problema 12.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
33
4.2 Sistema de Pagamento Periódico de Juros
Nesse sistema de amortização, denominado Sistema Americano, em cada
parcela são pagos apenas os juros sobre o saldo devedor durante o período de
financiamento.
O saldo devedor é amortizado integralmente na última parcela e, portanto, não
se altera ao longo do período de financiamento.
0 1 2 t -1
nt
SD0SDP = tSD
tA
nJJ
AM 0SD=n
nA AM +n nJ=
t -1
t
Figura 15 – Sistema de Pagamento Periódico de Juros
As expressões para o cálculo do saldo devedor no final do período tSD , dos
juros tJ e do valor da parcela tA em cada instante t ≠ n, são as seguintes:
1tt
tt
1tt
SDSDJA
iSDJ
−
−
=
=
×=
No último instante n, o saldo devedor 0SDn = e a parcela nnn JAMA += ,
onde 0n SDAM = e iSDiSDJ 01nn ×=×= − .
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
34
Problema 13 – Sistema de Pagamento Periódico de Juros
Supor um financiamento com as seguintes características: principal de $ 50.000,
taxa de juros efetiva de 8% ao ano e pagamento em parcelas anuais, ao final de
cada ano, em um prazo de 5 anos. Calcular o valor das parcelas, dos juros e das
amortizações pelo Sistema de Pagamento Periódico de Juros, bem como o saldo
devedor ao final de cada período.
Tabela 7 – Sistema de Pagamento Periódico de Juros
At t J AMt SDt
0 50.000,00
4.000,00 1 4.000,00 0,00 50.000,00
4.000,00 2 4.000,00 0,00 50.000,00
4.000,00 3 4.000,00 0,00 50.000,00
4.000,00 4 4.000,00 0,00 50.000,00
54.000,00 n = 5 4.000,00 50.000,00 0,00
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com a solução do problema 13.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
35
4.3 Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
O Sistema de Amortização com Prestações Uniformes, utilizado nas compras
a prazo de bens de consumo, constitui-se em uma série uniforme de n pagamentos
de valor U para a liquidação de um financiamento P.
O valor das prestações uniformes U é determinado a partir da relação de
equivalência entre U e P.
( )( ) 1i1
i1iPU n
n
−+
+××=
Assim, o valor do pagamento tt JAMU += é uma constante em qualquer
instante t, para uma determinada taxa de juros i e um prazo n, dado um
financiamento P e, portanto,
1t1ttt1t1t JAMJAMJAMU ++−− +=+=+=
U
0 1 2 t -1 nttAM
tJ
SD0SDP =
tSD
AM t -1
J
U U
t -1
t -1
Figura 16 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
36
As relações utilizadas para determinar o saldo devedor no final do período tSD ,
os juros tJ e a amortização tAM em cada instante t são:
( )ktkt
t1tt
1tt
i1AMAM
AMSDSDiSDJ
+×=
−=
×=
+
−
−
No último instante n, o saldo devedor 0SDn = e a amortização 1nn SDAM −= .
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
37
Problema 14 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
Supor um financiamento com as seguintes características: principal de $ 50.000,
taxa de juros efetiva de 8% ao ano e pagamento em parcelas anuais, ao final de
cada ano, em um prazo de 5 anos. Calcular o valor dos pagamentos, dos juros e das
amortizações pelo Sistema de Amortização com Prestações Uniformes, bem como o
saldo devedor ao final de cada período.
Tabela 8 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
U t Jt AMt SDt
0 50.000,00
12.522,82 1 4.000,00 8.522,82 41.477,18
12.522,82 2 3.318,17 9.204,65 32.272,53
12.522,82 3 2.581,80 9.941,02 22.331,51
12.522,82 4 1.786,52 10.736,30 11.595,21
12.522,82 n = 5 927,61 11.595,21 0,00
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com a solução do problema 14.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
38
Problema 15 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
Um determinado financiamento será liquidado em (n) 12 parcelas mensais, iguais
e consecutivas (U), a serem pagas ao final de cada mês. Sabe-se que a quinta
amortização )MA( 5 será de $ 32.974,25 e a oitava amortização )MA( 8 será de $
40.394,87. Determinar o valor financiado (P) e a taxa de juros (i) praticada.
U
0 1 5 n = 1288AM
8J
P = ?
AM 5
J
U U
5
i = ?
Figura 17 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
Sabe-se que:
40.394,87AM32.974,25AM
8
5
=
=
Utilizando a expressão ( )ktkt i1AMAM +×=+ e considerando que
8kt 3,k 5,t =+== , calcula-se a taxa de juros (i) praticada:
( )( )
c.m. a.m. 7%ii132.974,2540.394,87
i1AMAM3
358
=
+×=
+×=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
39
No último instante n, o saldo devedor 0SDn = e a amortização 1nn SDAM −= .
Além disso, iSDJ 1nn ×= − e nn JAMU += .
Para 21n = , pode-se calcular o valor das prestações uniformes (U):
( ) ( ) 43,949.5207,0125,974.32i1AMAM 77512 =+×=+×=
43,949.52SDAMSDAM 11121nn ==⇒= −
46,706.307,043,949.52iSDJ 1112 =×=×=
89,655.5646,706.343,949.52JAMJAMU 1212nn =+=+=+=
Calcula-se, finalmente, o valor financiado (P):
( )( )
( )( )
00,000.45007,0107,0107,0189,655.56
i1i1i1UP 12
12
n
n
=+×
−+×=
+×
−+×=
A ilustração abaixo apresenta uma planilha para determinação da taxa de juros
praticada e do valor financiado.
O valor financiado será de $ 450.000, com taxa de juros de 7% ao mês.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
40
Problema 16 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
Um financiamento de $ 150.000 será realizado com taxa de juros de 24% ao
semestre com capitalização mensal. Este financiamento será liquidado através de
parcelas mensais, iguais e consecutivas, a serem pagas ao final de cada mês.
Sabendo-se que os juros relativos ao sétimo mês )J( 7 são de $ 4.176,46, pede-se
determinar o prazo total de pagamento (n) e o saldo devedor ao final do décimo mês
)D(S 10 .
6)(N c.m. a.s. %42i4.176,46J
150.000,00P
NOM
7
==
=
=
Conversão de taxa de juros nominal em efetiva de mesmo período de
capitalização:
c.m. a.m. 4%04,0624,0
Nii NOM
EFE ====
U
0 1 7 n = ?10
P = 150.000
AM 1
J
U
1
SD = ?10
AM 7
J = 4.176,46
U
7
i = 4% a.m. c.m.
Figura 18 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
41
Pode-se calcular o valor dos juros a serem pagos ao final do primeiro mês:
00,000.604,0000.150iDSJ150.000,00SDP
01
0
=×=×=
==
A seguir calcula-se o valor da amortização 1AM ao final do primeiro mês.
O valor da prestação uniforme é 7711 JAMJAMU +=+= , onde
617 )i1(AMAM +×= , 00,000.6J1 = e 4.176,46J7 = .
Assim,
00,873.6AM46,176.4)04,01(AM000.6AM
J)i1(AMJAM
1
611
76
111
=
++×=+
++×=+
Então,
00,873.12000.6873.6U =+=
Calcula-se, finalmente, o prazo total de pagamento (n), aplicando as relações de
equivalência entre P e U:
meses 16)04,01log(
000.15004,0873.12873.12log
)i1log(PiU
Ulogn =
+
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛×−
=+
⎟⎠
⎞⎜⎝
⎛×−
=
Passa-se, então, ao cálculo do saldo devedor ao final do décimo mês.
Inicialmente, calcula-se o valor dos juros pagos no décimo primeiro mês.
Sabendo-se que 1111 JAMU += , onde 10111 )i1(AMAM +×= , então
28,699.2JJ)04,01(873.6873.12
J)i1(AMU
11
1110
1110
1
=
++×=
++×=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
42
Calcula-se, então, o saldo devedor ao final do décimo mês )D(S 10 :
J11 = SD10 ! i2.699,28 = SD10 !0,04SD10 = 67.482,03
A ilustração abaixo apresenta uma planilha para determinação do prazo total de
pagamento e do saldo devedor ao final do décimo mês.
O financiamento será liquidado em 16 pagamentos mensais e o saldo devedor ao
final do décimo mês será de 67.482,03.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
43
Problema 17 – Sistema de Amortização com Prestações Uniformes
Um financiamento de $ 280.000 será realizado com taxa de juros efetiva de 8%
ao mês. Este financiamento será liquidado através de parcelas mensais, iguais e
consecutivas, a serem pagas ao final de cada mês.
Sabendo-se que o saldo devedor após o pagamento da sétima parcela )D(S 7
será de $ 163.770,62, pede-se determinar o prazo total de pagamento (n) e o valor
dos juros pagos na décima parcela )J( 10 .
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com a solução do problema 17.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
44
4.4 Sistemas de Amortização com Prestações Irregulares
Problema 18 – Financiamento de Imóvel
Uma imobiliária oferece um imóvel, cujo valor é de € 50.000. Dado que você não
dispõe de toda esta quantia para pagamento à vista, a imobiliária lhe apresenta a
seguinte forma de pagamento para aquisição do imóvel.
Pagamento em Reais (R$) de 60% do valor do imóvel, em três parcelas iguais,
pagáveis em Reais, em 30, 90 e 120 dias, com uma taxa de juros de 21% ao
trimestre capitalizados mensalmente. O restante do valor do imóvel deverá ser pago
em Pesos Uruguaios (PU$), com uma entrada – hoje – de PU$ 300.000 e mais
duas parcelas, pagáveis em Pesos Uruguaios, em 60 e 150 dias, com uma taxa de
juros efetiva de 5% ao mês. O valor da parcela em 60 dias deve ser igual ao dobro
do valor da parcela em 150 dias.
Considerar que os meses possuem 30 dias, e que hoje há uma equivalência de
€ 1,00 = R$ 3,00 = PU$ 36,00.
Determinar o fluxo de caixa da forma de pagamento que lhe foi apresentada.
Pagamento em Reais de 60% de € 50.000 = € 30.000, equivalentes, hoje – no
instante 0 –, à R$ 90.000, com financiamento a uma taxa de juros de 21% a.t. c.m.
0 1 2 3 4meses
i = 21 % a.t. c.m.P' = 90.000
A1 A3 A4
Figura 19 – Fluxo de Caixa do Financiamento em Reais
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
45
Conversão de taxa de juros nominal em efetiva de mesmo período de
capitalização:
c.m. a.m. 7%07,0321,0
Nii NOM
EFE ====
Cálculo do valor das parcelas SAAA 431 === em 30, 90 e 120 dias
0 1 2 3 4meses
i' = 7 % a.m. c.m.P' = 90.000
A1 A3 A4
Figura 20 – Fluxo de Caixa do Financiamento em Reais
44
33
11
)'i1(A
)'i1(A
)'i1(AP'
++
++
+=
76,802.35 S)07,01(
S)07,01(
S)07,01(
S000.09 431 =⇒+
++
++
=
Assim,
35.802,76 R$SAAA 431 ====
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
46
A ilustração abaixo apresenta a planilha com o fluxo de caixa dos pagamentos.
Pagamento em Pesos Uruguaios de 40% de € 50.000 = € 20.000, equivalentes
hoje – no instante 0 –, à PU$ 720.000, com uma entrada de PU$ 300.000.
Cálculo do valor a ser financiado, em Pesos Uruguaios:
000.420000.300000.720"P =−=
Cálculo do valor das parcelas 52 A2A ×= , em 60 e 150 dias:
0 1 2 3 4meses
i" = 5 % a.m. c.m.P" = 420.000
A2
5
A5
Figura 21 – Fluxo de Caixa do Financiamento em Pesos Uruguaios
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
47
55
22
)"i1(A
)"i1(AP"
++
+=
Considerando TA2A 52 =×= , tem-se que TA2 = e 2TA5 = .
Assim,
28,377.233 T)05,01(
2T
)05,01(T000.204 52 =⇒
++
+=
Então,
323.377,28 PU$TA2 ==
161.688,64 PU$2TA5 ==
A ilustração abaixo apresenta a planilha com o fluxo de caixa dos pagamentos.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
48
Problema 19 – Financiamento de Equipamento
Você pretende adquirir um equipamento importado, cujo preço é de R$ 90.000.
Dado que você não dispõe desta quantia para pagamento à vista, a importadora lhe
apresenta duas opções de pagamento.
Considerar que:
− os meses possuem 30 dias;
− hoje há uma equivalência de US$ 1,00 = R$ 2,00.
Apresentar o fluxo de caixa das duas opções de pagamento, em sua
respectiva moeda.
Opção 1 (Pagamento em Reais – R$): uma entrada de R$ 15.000 e o restante
financiado em duas parcelas, pagáveis em Reais em 30 e 90 dias. Na parcela em 30
dias se paga juros sobre o saldo devedor mais amortização de 70% do valor
financiado. Na parcela em 90 dias é pago o restante da dívida. O financiamento é
realizado com uma taxa de juros de 15% ao trimestre capitalizados mensalmente.
Cálculo do valor a ser financiado, em Reais: P = 90.000 – 15.000 = 75.000.
0 21 3meses
i = 15 % a.t. c.m.
P = 75.000
A1
A3
Figura 22 – Fluxo de Caixa do Financiamento em Reais
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
49
Taxa de juros do financiamento em reais:
3)(N c.m. a.t. %15iNOM ==
Conversão de taxa de juros nominal em efetiva de mesmo período de
capitalização:
c.m. a.m. 5%05,0315,0
Nii NOM
EFE ====
Cálculo do valor das parcelas 1A e 3A em 30 e 90 dias:
0 21 3meses
i = 5 % a.m. c.m.
P = 75.000
A1
A3
1SD
Figura 23 – Fluxo de Caixa do Financiamento em Reais
PiP%70JAMA 111 ×+×=+=
250.56750.3500.52000.7505,0000.7570,0A1 =+=×+×=
500.22500.52000.75AMPSD 11 =−=−=
25,806.24)05,01(500.22)i1(SDA 2213 =+×=+×=
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
50
A ilustração abaixo apresenta a planilha com o fluxo de caixa dos pagamentos.
Opção 2 (Pagamento em Dólares Americanos – US$): uma entrada de US$
27.000 e o restante em duas parcelas iguais, pagáveis em Dólares Americanos em
120 e 150 dias, com uma taxa de juros efetiva de 3% ao mês.
Pagamento em Dólares Americanos de R$ 90.000 = US$ 45.000.
Cálculo do valor a ser financiado, em Dólares Americanos:
000.18000.27000.45P' =−=
0 3
4 5 meses
i = 3 % a.m. c.m.P' = 18.000
U"
F' = P"
21
Figura 24 – Fluxo de Caixa do Financiamento em Dólares Americanos
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
51
Cálculo do saldo devedor atualizado em 90 dias:
09,669.19)03,01(000.18i)1(P''F 3'n =+×=+×=
09,669.19"PF'"P =⇒=
Cálculo do valor das parcelas "UAA 54 == em 120 e 150 dias:
( )( )
( )( )
28,279.10103,0103,0103,009,669.19
1i1i1i"P"U 2
2
"n
"n
=−+
+××=
−+
+××=
A ilustração abaixo apresenta a planilha com o fluxo de caixa dos pagamentos.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
52
Problema 20 – Sistemas de Amortização de Financiamentos
Você pretende adquirir um equipamento, cujo preço é de $ 80.000. Dado que
você não dispõe desta quantia para pagamento à vista, o fabricante lhe apresenta
quatro alternativas de financiamento.
Considerar que os financiamentos são realizados com uma taxa de juros
efetiva de 9% ao mês. Considerar, ainda, que os meses possuem 30 dias. Calcular
os valores a serem pagos nas quatro opções alternativas.
Opção A: uma entrada de 30% do valor do equipamento e o restante financiado
em três parcelas, pagáveis em 30, 120 e 150 dias. Na parcela em 30 dias se paga
juros sobre o saldo devedor mais amortização de 60% do valor financiado. Nas
parcelas em 120 dias e em 150 dias é pago o restante da dívida. O valor da
parcela em 120 dias é igual ao triplo do valor da parcela em 150 dias.
Opção B: sem entrada, com um financiamento em três parcelas, pagáveis em
30, 90 e 180 dias. Na parcela em 30 dias são pagos juros sobre o saldo devedor.
Na parcela em 90 dias se paga juros sobre o saldo devedor mais amortização de
40% do saldo devedor. Na parcela em 180 dias é liquidado o financiamento.
Opção C: sem entrada, com um financiamento em quatro parcelas, pagáveis em
60, 90, 150 e 180 dias. Na parcela em 60 dias são pagos juros sobre o saldo
devedor. O valor da parcela em 90 dias é igual ao dobro do valor da parcela em 60
dias. O financiamento é liquidado com duas parcelas iguais, pagas em 150 dias e
em 180 dias.
Opção D: uma entrada de 20% do valor do equipamento e o restante financiado
em três parcelas, pagáveis em 60, 120 e 180 dias. O valor da parcela em 60 dias é
igual à metade do valor da parcela em 180 dias. O valor da parcela em 120 dias é
igual ao triplo do valor da parcela em 180 dias. Na parcela em 180 dias é liquidado
o financiamento.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
53
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com os valores da opção A.
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com os valores da opção B.
Engenharia Econômica Avançada
© 2012 Álvaro Gehlen de Leão – gehleao@pucrs.br
54
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com os valores da opção C.
A ilustração abaixo apresenta uma planilha com os valores da opção D.
Recommended