Energia Limpa: Viabilidade e Desafios

Preview:

Citation preview

Energia Limpa: Viabilidade e Desafios –

A Bioeletricidade

Zilmar José de Souza

XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA

Rio de Janeiro

23 de outubro de 2012

A União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) é a maior organização representativa do setor de açúcar, bioetanol e bioeletricidade do Brasil.

Sua criação, em 1997, resultou da fusão de diversas organizações setoriais.

As 146 companhias associadas à UNICA são responsáveis por mais de 50% do etanol e 60% do açúcar produzidos no Brasil.

Mais de 70% da bioeletricidade comercializada no país.

A UNICA

Setor sucroenergético: em busca de política setorial de longo prazo

Matriz energética brasileira

Fonte: Balanço Energético Nacional (2012).

Desde 2007, produtos da cana ocupam 2ª posição na matriz

energética brasileira

Fonte: UNICA (2012).

Evolução do número de novas unidades

produtoras na Região Centro-Sul

9

19

25 30

21

0

5

10

15

20

25

30

35

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10

Total de 104

novas

unidades

Evolução do número de novas unidades produtoras na região

Centro-Sul

9

19

25 30

21 10

3 2

0

5

10

15

20

25

30

35

2005/06 2006/07 2007/08 2008/09 2009/10 2010/11 2011/12 2012/13*

Redução do número de novas unidades

Fonte: UNICA (2012).

FATORES CONJUNTURAIS

• Crise financeira mundial em 2008

• Endividamento intenso e movimento

de consolidação

• Deslocamento dos investimentos de

greenfields para brownfields

• Adiamento dos investimentos em

renovação do canavial

• Condições climáticas atípicas

Resultado: Desaceleração

FATORES ESTRUTURAIS

• Expansão do cultivo para novas

regiões, com menor aptidão às

variedades atuais

Rápida evolução da colheita

mecanizada

• Aumento dos custos de produção

• Manutenção artificial do preços da

gasolina ao consumidor

Fonte: UNICA (2012).

0

100

200

300

400

500

600

700

00

/01

01

/02

02

/03

03

/04

04

/05

05

/06

06/0

7

07/0

8

08

/09

09

/10

10

/11

11/1

2*

Etanol mercado interno Etanol exportado Açúcar

Fonte: UNICA e MAPA. Nota: * – estimativa

Evolução da moagem de cana-de-açúcar (milhões de

toneladas de ATR)

10% a.a.

Desaceleração

Resultado: Desaceleração

Ano Incremento de etanol (bilhões l) Usinas novas necessárias

2014 5,51 16

2015 5,26 14

2016 4,93 13

2017 5,2 11

2018 4,99 11

2019 5,48 13

2020 5,35 10

Total 36,72 88

Produção

2011/12: 22,7 bi

Bioeletricidade contribui para dar competitividade ao etanol

Correlação em greenfields (2008-2011) entre bioeletricidade e etanol: 100%

Dados da

própria EPE

Previsão para oferta de etanol

Fonte: EPE (2011).

Bioeletricidade

Situação Atual

*2011: evitou a emissão de 2,9 milhões tCO2

Sem essa geração, a matriz de emissões do setor elétrico teria um acréscimo de 10%

2% consumo nacional:

quase 5 milhões de

residências/ano

12%

Bioeletricidade: Exportação para a rede 2005-2011 (em MW médios)

50%

33%

37%

156%

Fonte: UNICA (2012).

1133

Fonte: UNICA, a partir de CCEE (2011).

? ? ?

Fonte: BNDES.

22 vezes mais empregos que Grandes Hidrelétricas

45 vezes mais empregos que PCHs

2 vezes mais empregos que Eólicas

Cada MWh da BIOLETRICIDADE gera:

22 vezes mais empregos que Gás Natural

15 vezes mais empregos que Carvão Mineral

72 vezes mais empregos que Energia Nuclear

Bioeletricidade: Contratação no ambiente regulado

0

20

40

60

80

100

120

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

GW

médio

Hidros atuais (2008) Novas hidros (projetos) Biomassa (potencial)

Fonte: Unica (2012) e Nivalde J. de Castro et. al. (2010).

Bioeletricidade em 2011: economizou 5% de água nos reservatórios do

Sudeste e Centro-Oeste durante o período seco (abril-novembro)

Bioeletricidade: Complementar às hídricas

Geração térmica por tipo de fonte, 2011 (em MWh)

Bioeletricidade: maior geração no período seco

Papel estratégico: modicidade tarifária, segurança energética

e emissões evitadas

Fonte: CCEE (2012). Fonte: UNICA e CCEE (2012)

Bioeletricidade: Segurança energética

Fonte

: U

NIC

A e

MM

E (

2011).

Bioeletricidade: geração por Estado em 2010

UFGeração Total

(MW médios)

Consumo

Próprio EE

(MW médios)

Vendas para o

mercado

(MW médios)

Número de

usinas com

vendas ao

mercado

RO 1 1 0 0

AC 1 1 0 0

AM 1 1 0 0

RR 0 0 0 0

PA 1 1 0 0

AP 0 0 0 0

TO 1 1 0 0

MA 2 2 0 0

PI 2 2 0 0

CE 3 3 0 0

RN 9 7 2 2

PB 22 19 3 1

PE 83 68 15 7

AL 75 58 17 10

SE 5 4 1 2

BA 8 6 2 1

MG 202 106 96 16

ES 9 8 1 1

RJ 4 4 0 0

SP 1.221 560 661 70

PR 142 85 57 6

SC 0 0 0 0

RS 1 1 0 0

MS 147 73 74 5

MT 25 17 8 2

GO 148 85 63 6

DF 0 0 0 0

Total 2.112 1.110 1.002 129

2011: 150

usinas*

(~35%) *Previsão

(em

MW

méd

ios)

Fonte: UNICA (2012). *Estimativa

SP: menos

de 40%

Idades das Caldeiras

Fonte: CTC (2010).

Amostra: 128 indústrias / 285 caldeiras. Estados de SP, PR, GO, ES, AL, MG, PE, MS

39% acima de 30 anos

70% acima de 20 anos

Bioeletricidade: Potencial nos retrofits

Enfardamento

Palha transportada com a cana

Fardos

Limpeza da Cana a Seco

Processamento

da palha na

indústria

Custos da palha Dependem da distância, do layout e do sistema

Fonte: Hassuani, S J – Ethanol Summit 2011

Bioeletricidade: Potencial no aproveitamento

da palha

1 t de cana produz 250 kg de bagaço e 204 de palha e pontas

Fonte: UNICA (2012).

Mais de três

Belo Monte em

energia

Ou

Duas Itaipu em

capacidade

instalada

Realizado 2011: só 1.133

MW médios

Chegaremos a

2, 3, 4 mil MW

médios????

Bioeletricidade: Potencial até 2020/21

2020 2010 2000

Fonte: ANP e UNICA. Elaboração UNICA. Nota: ciclo Otto refere-se a soma do volume consumido com etanol e gasolina no país; não se considera o consumo de GNV.

Volume de etanol combustível consumido no mercado interno

Etanol: Potencial até 2020/21

Bioeletricidade e etanol: política setorial de longo prazo

Bioeletricidade e Etanol: PDEE 2021

Bioeletricidade e etanol: política setorial de longo prazo, concatenada entre os diversos agentes e produtos do setor

sucroenergético

PDEE 2021:

“A partir de 2016,

estima-se que os

investimentos

efetuados no

período possibilitem

um novo ciclo de

expansão.”

Fonte: EPE (2012).

Só 17%

até 2021?

Bioeletricidade: Política Setorial de Longo Prazo

60%

demanda

90%

bio

Quase 90% do potencial da bioeletricidade sucroenergética

está no Submercado Sudeste/Centro-Oeste

Demanda deste Submercado

representa 60% da demanda do Sistema Interligado

Uma POLÍTICA SETORIAL adequada para a bioeletricidade

certamente colaborará também para a expansão da produção

do etanol e do açúcar

Aproveitar a conjuntura “favorável” no setor elétrico e

necessidade expansão do etanol para construir as condições

estruturais necessárias para a bioeletricidade e o etanol

Energia Limpa: Viabilidade e Desafios –

A Bioeletricidade

OBRIGADO!

Zilmar José de Souza

zilmar@unica.com.br

XIV CONGRESSO BRASILEIRO DE ENERGIA

Rio de Janeiro

23 de outubro de 2012

Bioeletricidade

Anexos

Resultado dos leilões

dos dias 17 e

18/08/2011

Bioeletricidade: Mercado Regulado

Fonte: UNICA, a partir de CCEE (2011).

10

Leilões são a “porta de entrada” para a bioeletricidade

2011: de 81 projetos apresentados, chegaram ao fim apenas 10 projetos. Vários greenfields ficaram pelo meio do caminho

Fonte/projeto # MW % MW

PCHs 41 725 2,5

Hidrelétrica (ampliação) 1 1450 5,1

Biomassa 81 4580 16,0

Gás Natural 30 10.871 38,1

Eólicas 429 10935 38,3

Total 582 28561 100,0

Projetos cadastrados A-3 e Reserva 2011

Fonte: UNICA, a partir de CCEE (2011).

Bioeletricidade: Mercado Regulado

Bioeletricidade: A questão dos leilões multifontes

NECESSIDADE DE POLÍTICA SETORIAL DE LONGO PRAZO

Há espaço para todas as renováveis

Preço não deve ser a única variável na análise

Custo/benefício de cada fonte deve ser avaliado

CUSTO GLOBAL DA ENERGIA

Recommended