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Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 1
APRESENTAÇÃO
A minha ideia foi elaborar um livro/material de Português que
proporcionasse uma revisão rápida da matéria e, uma visão do que a banca ESAF vem cobrando. Ele tem como base as provas de 2009 e 2010. Inicialmente trabalhei com temas da língua portuguesa, depois adicionei
dicas de como enfrentar as provas e questões, terminei o livro comentando provas num total de 100 questões separadas por estilo.
Estrutura do livro
Parte 1 - Teoria
10 capítulos. Cada capítulo aborda um tema da língua portuguesa e contém algumas dicas e tarefas para os candidatos.
Parte 2 – Questões comentadas por estilo
9 capítulos.
-Primeiro capítulo: Esse capítulo contém dicas de como enfrentar provas e questões.
-Demais capítulos: Cada capítulo contém a resolução de um estilo de
questão.
Relação dos concursos abordados neste livro
(1) 2009 ANA (Agência Nacional de Águas)
(2) 2009 APO-SP (Analista em Planejamento, Orçamento e Finanças Públicas de São Paulo)
(3) 2009 EPPGG-MPOG (Especialista em Políticas Públicas e Gestão Governamental do Ministério do Planejamento, Orçamento
e Gestão)
(4) 2009 ATA-MF (Assistente Técnico-Administrativo do Ministério da Fazenda)
(5) 2009 AFRFB (Auditor Fiscal da Receita Federal do Brasil)
(6) 2009 ATRFB (Analista Tributário da Receita Federal do Brasil)
(7) 2010 AFT-MTE (Auditor Fiscal do Trabalho do Ministério do Trabalho)
(8) 2010 Agente de Fazenda da Prefeitura Municipal do Rio de
Janeiro
(9) 2010 Analista Técnico da SUSEP (Superintendência de Seguros
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 2
Privados)
(10) 2010 Agente Executivo da CVM (Comissão de Valores Mobiliários
Por último, informo que as questões estão de acordo com o texto original
das provas.
O Autor
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 3
Sumário
Parte I – Teoria
Capítulo 1 – Linguagem, Língua, Gramática
Capítulo 2 – Gramática
Capítulo 3 – Fonética
3.1. Crase
Capítulo 4 – Morfologia
4.1. Estrutura das Palavras
4.1.1. Raiz
4.1.2. Radical
4.1.3. Tema
4.1.4. Vogal Temática
4.1.5. Afixos
4.1.6. Desinências
4.1.7. Vogal de Ligação
4.1.8. Consoante de Ligação
4.1.9. Cognatos
4.2. Formação das Palavras
4.2.1. Derivação
4.2.1.1. Derivação sufixal ou sufixação
4.2.1.2. Derivação prefixal ou prefixação
4.2.1.3. Derivação parassintética
4.2.1.4. Derivação regressiva
4.2.1.5. Derivação imprópria ou conversão
4.2.2. Composição
4.2.2.1. Composição por justaposição
4.2.2.2. Redução por aglutinação
4.2.3. Redução
4.2.5. Hibridismo
4.2.5. Onomatopeia
4.2.6. Siglonização
4.2.7. Reduplicação
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 4
4.2.8. Sufixos
4.2.9. Prefixos
4.2.10. Radicais Gregos
4.2.11. Neologismos
4.3. Classificação das Palavras
4.3.1. Interjeição
4.3.2. Preposição
4.3.3. Conjunção
4.3.4. Advérbio
4.3.5. Numeral
4.3.6. Artigo
4.3.7. Adjetivos
4.3.8. Pronomes
4.3.9. Substantivos
4.3.10. Verbos
4.3.11. Palavras e Locuções Denotativas
Capítulo 5 – Semântica
5.1. Sinônimos;
5.2. Antônimos;
5.3. Homônimos;
5.4. Parônimos;
5.5. Polissemia;
5.6. Sentido próprio;
5.7. Sentido figurado;
5.8. Denotação;
5.9. Conotação.
Capítulo 6 – Sintaxe
6.1. Análise Sintática
6.2. Termos Essenciais da Oração
6.3 Termos Integrantes da Oração
6.4. Termos Acessórios da Oração
6.5. Período Composto
6.6. Sintaxe de Concordância
6.7. Sintaxe de Regência
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6.8. Sintaxe de Colocação
6.9. Sintaxe de Colocação – Ênclise, Mesóclise, Próclise
6.10. Sintaxe - Pontuação
Capítulo 7 – Estilística
7.1. Figuras de Linguagem
7.2. Figuras de Som
7.2.1. Onomatopeia
7.2.2. Aliteração
7.3. Figuras de Palavras
7.3.1. Metáfora
7.3.2. Metonímia
7.3.3. Catacrese
7.4. Figuras de Construção
7.4.1. Elipse
7.4.2. Pleonasmo
7.4.3. Silepse
7.4.4. Assíndeto
7.4.5. Polissíndeto
7.4.6. Anacoluto
7.5. Figuras de Pensamento
7.5.1. Antítese
7.5.2. Eufemismo
7.5.3. Hipérbole
7.5.4. Ironia
7.5.5. Personificação
7.6. Vícios de Linguagem
7.6.1. Ambiguidade
7.6.2. Barbarismo
7.6.3. Cacofonia
7.6.4. Estrangeirismo
7.6.5. Pleonasmo
7.6.6. Solecismo
7.6.7. Neologismo
Capítulo 8 – Pontuação
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8.1. O ponto
8.2. O ponto e vírgula
8.3. Os dois-pontos
8.4. O ponto de exclamação
8.5. O ponto de interrogação
8.6. O travessão
8.7. As reticências
8.8. As aspas
8.9. Os parênteses
8.10. Os colchetes
8.11. A vírgula
Capítulo 9 – Novo Acordo Ortográfico
Capítulo 10 – Coesão e Coerência Textual
Capítulo 11 – Listão de Regência de Palavras e Verbos
Parte II – Questões da ESAF Comentadas por Estilo
Capítulo 1 – Dicas para resolver provas e questões
Capítulo 2 – Questões de lacunas
Capítulo 3 – Questões de palavras sublinhadas
Capítulo 4 – Questões de sequência correta
Capítulo 5 – Questões de erro de gramática
Capítulo 6 – Questões resolvidas sem a leitura do texto
Capítulo 7 – Questões de pontuação
Capítulo 8 – Questões de coesão e coerência
Capítulo 9 – Questões de interpretação de textos
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 7
Capítulo 2
GRAMÁTICA
É a história, o registro e a sistematização dos fatos de uma língua.
Gramática Histórica
Estuda a origem/evolução de uma língua.
Gramática Normativa
Enfoca a língua como é falada em determinada fase de evolução:
- faz o registro sistemático dos fatos linguísticos e dos meios de expressão;
- aponta normas para a correta utilização oral e escrita do idioma;
- ensina a falar e escrever corretamente.
A Gramática divide-se em:
- Fonética;
- Morfologia;
- Semântica;
- Sintaxe;
- Estilística.
O candidato deve guardar o conceito de Gramática e a sua divisão. Também deve guardar o que significa cada divisão. Isso será muito importante no
momento de resolver as questões da ESAF.
Quando uma questão pede erro de gramática, pode ser qualquer coisa. Agora, quando uma questão pede um erro de ortografia, o candidato tem que saber que o erro estará na alternativa que contém uma palavra escrita de maneira incorreta e não numa alternativa com erro de concordância verbal ou erro de pontuação.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 8
Fonética
É o estudo dos sons da fala.
Ortoépia/Ortoepia: é a pronúncia correta das palavras.
Prosódia: é a exata acentuação tônica das palavras.
Ortografia: é a escrita correta das palavras.
Morfologia
É a classificação das palavras.
Estuda as diversas classes de palavras, isoladamente, analisando-lhes:
- a estrutura;
- a formação;
- a flexão;
- propriedades.
Semântica
É o estudo dos significados das palavras.
Semântica Descritiva: estuda o significado atual das palavras.
Semântica Histórica: estuda a evolução do significado das palavras.
Sintaxe
A sintaxe é o estudo da palavra associada na frase. Ela divide-se em análise sintática, sintaxe de regência, sintaxe de concordância e sintaxe de colocação.
Análise Sintática: estuda a função das palavras e orações no período.
Sintaxe de Regência: estuda a relação de dependência das palavras na oração sob o aspecto da subordinação.
Sintaxe de Concordância: estuda a relação de dependência das palavras sob o ângulo da flexão.
Sintaxe de Colocação: estuda a ordem das palavras e orações dentro do
período.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 9
Estilística
A estilística visa o lado estético e emocional da atividade linguística, em oposição ao aspecto intelectivo e científico.
GRAMÁTICA
Fonética
Morfologia
Semântica
Sintaxe
Estilística
Tarefa post-it
A tarefa do candidato é copiar a tabela acima e colá-la em um local visível.
Sugestão: cole no espelho do banheiro, cole na agenda, cole na mesa de trabalho.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 10
Capítulo 3
FONÉTICA
É o estudo dos sons da fala.
Na fonética estudamos prosódia e ortografia. A prosódia trata da correta acentuação das palavras. A ortografia trata da escrita correta das palavras. Ambas possuem diversas regras. Optamos por não trazer essas regras nesse material, pois a experiência mostra que a leitura ajuda mais o candidato do que simplesmente decorar as regras de prosódia e de ortografia. Um exemplo disso estava na prova da SUSEP de 2010. A questão pedia para encontrar o erro gramatical ou de grafia. Eis o trecho que continha a palavra incorreta:
“A manutenção dos empregos é um atestado de que(1) os agentes econômicos, embora(2) assustados com as repecurssões(3) da crise nos países mais desenvolvidos, não perderam a confiança na economia brasileira”.
A palavra incorreta é repecurssões. O correto é repercussões. A questão foi de graça para aqueles com bom vocabulário. Esses não perderam tempo empregando as regras de ortografia para analisar a questão.
Assim, aconselhamos a todos os candidatos que leiam com frequência. Leiam livros, revistas e jornais. Além de aumentarem o vocabulário, vocês estarão preparando-se para as provas de Português, Atualidades e Redação.
Metaplasmo
Metaplasmo é o nome que se dá às alterações fonéticas que ocorrem em determinadas palavras ao longo da evolução de uma língua. O metaplasmo
pode ocorrer pela adição, supressão ou modificação dos sons.
A crase é um dos metaplasmos de supressão de fonemas a que as palavras podem estar sujeitas à medida que uma língua evolui. Neste caso, há a fusão de dois fonemas vocálicos idênticos e seguidos em um só. Por
exemplo, em português arcaico a palavra DOR era escrita DOOR. Outro exemplo, em português arcaico o verbo SER era escrito SEER. Nos exemplos citados houve a fusão de dois fonemas idênticos e seguidos.
3.1. Crase
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 11
Na Língua Portuguesa, a crase é um recurso fonético que marca a união de
duas vogais. Não podemos confundir o acento grave com a crase. A crase é a união de duas vogais iguais e o acento grave (`) é notação léxica colocada
em cima da vogal para indicar essa união.
Na Língua Portuguesa, temos crase na união da Preposição a com:
- o artigo a(s);
- os pronomes demonstrativos aquela(s), aquele(s), aquilo;
- os pronomes a qual, as quais.
MISVIP
Para resolvermos quase todas as questões de crase vamos usar uma miss. Sim, é isso mesmo que você leu. Para resolvermos as questões de crase vamos usar a MISVIP.
O candidato deverá lembrar-se que a crase é uma miss. Ela é uma miss da língua portuguesa.
Mas o que significa MISVIP?
O Professor Alexandre Venceslau ensinou a utilização desse recurso mnemônico. MISVIP é para lembrar que não existe crase antes de: palavras masculinas; palavras iguais; palavras no plural quando o a da crase estiver
no singular; verbos; palavras indefinidas; pronomes.
Tarefa post-it
A tabela abaixo resume o recurso da MISVIP.
O candidato deve decorar a tabela, pois ela será utilizada para resolvermos
quase todas as questões que envolvem a crase.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 12
4.3. Classificação das Palavras
As palavras na Língua Portuguesa são classificadas em 10 classes:
- Artigo
- Adjetivo
- Advérbio
- Conjunção
- Interjeição
- Numeral
- Preposição
- Pronome
- Substantivo
- Verbo
Variáveis
As classes variáveis admitem flexão
em gênero, número, grau etc.
Invariáveis
As classes invariáveis não admitem
nenhum tipo de flexão.
Adjetivo Advérbio
Artigo Conjunção
Numeral Interjeição
Pronome Preposição
Substantivo
Verbo
Tarefa post-it
A tarefa do candidato é copiar a tabela acima e colá-la em um local visível.
Sugestão: cole no espelho do banheiro, cole na agenda, cole na mesa de trabalho.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 13
Capítulo 5
SEMÂNTICA
Semântica é o estudo do significado das palavras.
A semântica divide-se em:
- sinônimos;
- antônimos;
- homônimos;
- parônimos;
- polissemia;
- sentido próprio;
- sentido figurado;
- denotação;
- conotação.
5.1. Sinônimos
Os sinônimos são palavras de sentido igual/aproximado.
brado grito clamor
extinguir apagar suprimir
justo certo reto
5.2. Antônimos
Os antônimos são palavras de sentido oposto.
ordem anarquia
soberba humildade
sair entrar
mal bem
mau bom
5.3. Homônimos
Os homônimos são palavras que têm a mesma pronúncia, e às vezes a mesma grafia, mas significação diferente. Podem ser:
-homógrafos heterofônicos;
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 14
-homófonos heterográficos;
-homófonos homográficos.
Homógrafos
Heretofônicos
Iguais na escrita e diferentes na pronúncia
rego (substantivo)
colher
(substantivo)
rego (verbo)
colher (verbo)
Homófonos
Heterográficos
Iguais na pronúncia e diferentes na
escrita
censo (contagem) censo (juízo)
Homófonos
Homográficos
Iguais na pronúncia e iguais na escrita
cedo (advérbio)
livre (adjetivo)
cedo (verbo)
livre (verbo)
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 15
6.7. Sintaxe de Regência
A Sintaxe de Regência ocupa-se das relações de dependência que as palavras mantêm na frase.
Regência é o modo pelo qual um termo rege outro que o complementa.
A regência pode ser:
-nominal,
-verbal.
Num período, os termos regentes ou subordinantes (substantivos,
adjetivos, verbos) reclamam outros (termos regidos ou subordinados) que lhes completem ou ampliem o sentido.
Termos Regentes Termos Regidos
Amor a Deus. (complemento nominal)
Rico em virtudes. (complemento nominal)
Comprei jóias. (objeto direto)
Gostam de festas. (objeto indireto)
Resido em Maringá. (adjunto adverbial)
Foram vistos por mim. (agente da passiva)
Insisto em que vá. (oração subordinada objetivo indireta)
Peixes que voam. (oração subordinada
adjetiva)
Regência Nominal
Regência é o fato de uma palavra não ter sentido completo e precisa de outra palavra para completá-la.
O que é regência nominal?
É quando um nome (substantivo) pede um complemento.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 16
Eu tenho ódio a você.
Eu tenho ódio de você.
“A você” e “de você” são complementos nominais.
Se você dissesse apenas “eu tenho ódio”, saberiam do que ou de quem você tem ódio? Não, é claro que não. A oração fica sem sentido, fica incompleta. Um nome (substantivo) está pedindo complemento, ou seja, a palavra “ódio” está pedindo um complemento. Ao colocarmos os complementos acima expostos para o nome “ódio” a oração passa a ter sentido.
Cuidado!
Regência nominal é quando um nome pede complemento.
Regência verbal é quando um verbo pede complemento.
Dica
A regência nominal é sempre com preposição.
Regência Verbal (Objeto Direto)
Regência é o fato de uma palavra não ter sentido completo e precisa de outra palavra para completá-la.
Veja a frase abaixo:
Ursolina ama Padilha
Qual o verbo da oração?
O verbo é amar.
O verbo amar tem sentido sozinho? Se a oração fosse “Ursolina ama” vocês entenderiam? Saberiam quem Ursolina ama? Não, é claro que não.
A oração “Ursolina ama” não tem sentido. O verbo amar precisa de um complemento. Aí é que entra a regência. Quando completamos a oração informando quem Ursolina ama, esta oração passa a ter sentido. Então o substantivo “Padilha” complementa o verbo amar.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 17
Na oração acima, o substantivo “Padilha” é o complemento verbal da oração. Nesse caso temos uma regência verbal porque quem pede um complemento é o verbo amar.
Resumindo, se um verbo pede complemento de outra palavra para dar sentido a uma oração temos a regência verbal.
No caso do verbo amar o complemento que ele pede é simplesmente uma palavra. Ama o quê? Ama quem? Note que as respostas destas perguntas não pedem preposição. Ursolina ama flores. Ursolina ama Padilha. Se as respostas não possuem preposições estamos diante um verbo transito direto (VTD) que pede um objeto direto (OD).
Ursolina ama Padilha
Ursolina = sujeito
Ama = VTD, termo regente (Ama o quê? Ama quem?)
Padilha = OD, complemento verbal
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 18
8.11. A vírgula ( , )
A vírgula é utilizada para separar termos dentro de uma oração, para separar orações dentro de um período.
Não se separa com vírgula:
- sujeito e verbo;
O candidato, passou no concurso. (incorreto)
- verbo e seu complemento;
Ursolina ama, Padilha. (incorreto)
- substantivo e seu complemento;
O professor tem ódio, do aluno. (incorreto)
- substantivo e seu adjunto adnominal;
O aprovado, de Curitiba vai para Belém.
- oração subordinada adjetiva restritiva.
Os “concurseiros” que se alimentam de livros passam de primeira.
Para usar corretamente a vírgula precisamos observar se a oração possui
uma estrutura regular (ordem direta), ou seja:
Ordem Direta
Sujeito + verbo + complementos ou adjuntos.
Se a oração possuir uma estrutura regular (ordem direta) não existe
motivo para usar a vírgula.
O candidato conquistou tudo com facilidade.
Quando houver mudança na ordem ou se houver intercalações deveremos
empregar a vírgula.
O candidato conquistou tudo com facilidade. (ordem direta)
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 19
Com facilidade, o candidato conquistou tudo. (ordem inversa)
Os problemas com a colocação da vírgula, em sua maioria, serão
facilmente resolvidos apenas com as informações acima.
Vírgula – regras específicas
Para separar termos da mesma função sintática (sujeitos, predicados, objetos, adjuntos).
Carlos, Ricardo, Francisco, todos os aplaudiram.
João e Mercedes pensam, falam, calam e brigam.
Encontramos a candidata alegre, ativa e amada.
Para separar vocativo.
Juca, onde está você?
Onde está você, Juca?
Onde, Juca, está você?
Para separar o aposto.
O Presidente da República, Lula da Silva, viajou.
O Linux, um sistema de software livre, está em alta.
Para isolar certas palavras e expressões explicativas, ou locuções explanatórias como: isto é, por exemplo, ou seja, aliás, com efeito, ou melhor, a saber, a meu ver, além disso, por assim dizer, por outro lado etc.
O conhecimento, aliás, anda em falta.
Tudo acabou bem, ou seja, todos foram aprovados.
Para marcar a elipse de um termo (quase sempre um verbo).
Manoel estuda em grupo: eu, sozinho.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 20
Para separar da data o número de documentos.
Lei 9784, de 29 de janeiro de 1999.
Para separar do nome de localidade a data que o segue.
Maringá, 17 de dezembro de 2010.
Para separar oração subordinada adjetiva explicativa.
São Paulo, que é metrópole, cresce a todo vapor.
Para separar termos ou orações intercaladas:
Este servidor, conforme foi comentado, não é competente.
O novato, apesar de tudo, é bom.
Para separar orações adverbiais, principalmente quando colocadas antes da oração principal.
Quando a candidata chegou, tudo mudou.
Se eu ficar, casarei contigo.
Para separar certas orações coordenadas, como as iniciadas por: mas,
porém, contudo, logo, pois, no entanto, etc.
Nós ainda não passamos, mas estamos estudando muito.
Para separar advérbios e locuções adverbiais, quando deslocados da ordem
direta.
Durante quarenta dias, ele estudou.
Com sacrifício, ele conquistou tudo.
Para substituir o verbo ser em orações fáceis de compreender.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 21
Estes, os caminhos da aprovação.
Havendo necessidade de parênteses e vírgula, esta deve ser colocada depois de fechado os parênteses.
Ele consultava o Código Tributário Nacional (Lei 5172/1966), quando adormeceu.
Vírgula versus a conjunção E
Usa-se a vírgula antes do e quando, nas orações sindéticas aditivas, os
sujeitos forem diferentes.
Ela foi ao cursinho, e suas amigas foram ao shopping.
Usa-se a vírgula antes do e quando houver intercalação anterior ou quanto
o próprio “E” iniciar uma intercalação.
Ele passou no concurso, porque estudou muito, e hoje está bem.
João doou, e é bom que se diga, todos os seus resumos aos amigos.
Usa-se a vírgula antes do e quando houver necessidade de ênfase.
Ainda que ele corra, e pule, e retroceda, nós o acertaremos.
Usa-se a VÍRGULA depois do e quando houver intercalação posterior.
O professor chegou cedo e, como sempre, saiu tarde.
Usa-se a VÍRGULA antes e depois do e, quando houver uma intercalação anterior e posterior.
A professora chegou cedo, porque é pontual, e, como sempre ocorre, apresentou-se bem.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 22
Capítulo 9
NOVO ACORDO ORTOGRÁFICO
O Brasil promulgou o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa, assinado em Lisboa, em 1990, através do Decreto N.º 6.583/2008. No Brasil, esse acordo passou a ter efeitos a partir de 1.º de janeiro de 2009. No entanto,
entre 1.º de janeiro de 2009 e 31 de dezembro de 2012 coexistirão a norma atualmente em vigor e a nova norma estabelecida.
O novo acordo já está sendo utilizado pela ESAF, mas ainda não apareceu nenhuma questão cobrando especificamente as mudanças provocadas por ele.
Adiante segue alguma das principais mudanças provocadas pelo novo acordo.
Alfabeto
O novo acordo trouxe de volta para o alfabeto as letras k, w e y.
O alfabeto completo agora é assim:
A B C D E F G H I J K L M
N O P Q R S T U V W X Y Z
Trema
O trema ( ¨ ) não se usa mais na língua portuguesa. Ele era utilizado sobre a letra u. Esse sinal indicava que a letra u devia ser pronunciada em gue,
gui, que, qui.
O trema continua sendo utilizado nas palavras de origem estrangeira.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 23
Parte II – QUESTÕES DA ESAF COMENTADAS POR ESTILO
Capítulo 1
DICAS PARA RESOLVER PROVAS E QUESTÕES
Dicas para resolver a prova de Português da ESAF
(1) Ordem para resolver as questões:
- Questões de lacunas
- Questões de palavras sublinhadas
- Questões de sequência correta
- Questões de erro de gramática
- Questões resolvidas sem a leitura do texto
- Questões de pontuação
- Questões de coesão e coerência
- Questões de interpretação de texto
(2) Deixe por último:
- Questões grandes que demandam tempo de leitura.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 24
Capítulo 2
QUESTÕES DE LACUNAS
Questões de Lacunas # 2010/ESAF/Pref. Rio de Janeiro/Agente da Fazenda
13- O tema da diversidade cultural vem suscitando um interesse notável
desde o início deste século e suas interpretações têm sido variadas e mutáveis. Para alguns, a diversidade cultural é intrinsecamente positiva
_____(1)____ que se refere a um intercâmbio inerente _____(2)_____ cultura do mundo e, assim, aos vínculos que nos unem nos processos de diálogo e troca. Para outros, as diferenças culturais fazem-nos perder de vista o que
temos em comum na condição de seres humanos, _____(3)_____, assim, a raiz de numerosos conflitos. O segundo diagnóstico parece hoje mais crível, uma vez que a globalização aumentou os pontos de interação e
fricção entre as culturas, originando tensões, fraturas e reivindicações relativas à identidade, particularmente a religiosa, que _____(4)______ em
fontes potenciais de conflito. Por conseguinte, o desafio fundamental consistiria em propor uma perspectiva coerente da diversidade cultural e, portanto, esclarecer que, longe de ser uma ameaça, a diversidade pode ser
benéfica para a ação da comunidade internacional.
(Planeta, agosto, 2010, com adaptações)
Assinale a opção que, na sequência, preenche corretamente as lacunas do texto.
1 2 3 4
a) à medida em cada constituindo converte-se
b) na medida a à cada e constitui converte
c) à medida em a cada constituindo-
se
se converte
d) na medida em
a cada constituindo se convertem
e) a medida em à cada e constitui convertem-se
Resolução
O enunciado pede para assinalar a alternativa que preenche corretamente
as lacunas. Nesse tipo de questão o candidato não deve ler o texto. Deve ir diretamente para as alternativas e verificar quais as palavras que preenchem as lacunas.
As alternativas B e E trazem crase. Essa crase aparece antes do pronome cada. Utilizando a MISVIP sabemos que não existe crase antes de
pronome. Então eliminamos essas duas alternativas. Ficamos agora com
três alternativas: A, C, D.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 25
Voltando para as alternativas que sobraram vemos que na coluna 1 temos
a banca oferecendo ao candidato o uso de uma conjunção proporcional. Aqui devemos sempre lembrar que não se aceita os termo à medida em
que e na medida que. Sabendo disso matamos a questão, pois após a lacuna 1 nós temos a palavra que e se preenchemos a lacuna 1 com a alternativa A temos o termo não aceitável à medida em que. O mesmo
acontece ao preenchemos a lacuna 1 com a alternativa C.
Devemos guardar os termos não aceitos como conjunção proporcional: à
medida em que; na medida que.
A alternativa correta é a letra D.
Adinoél Sebastião – Rascunho_Português - Pág. 26
Capítulo 3
QUESTÕES DE PALAVRAS SUBLINHADAS
Questões de Palavras Sublinhadas # 2010/ESAF/CVM/Agente Executivo
7 - Assinale a opção que mantém a correção gramatical e a coerência entre
as ideias do texto ao substituir a palavra “pujança”(ℓ.8), destacada no texto abaixo.
O Brasil é hoje uma das maiores economias do
mundo e, mesmo com os notáveis progressos
obtidos nos últimos quinze anos, não consegue
ocupar a mesma posição no que diz respeito
05 ao desenvolvimento humano. O Índice de
Desenvolvimento Humano (IDH) brasileiro
ainda é um dos mais baixos do mundo, em
total disparidade com a pujança econômica
conquistada.
(Paulo Itacarambi http://www1.ethos.org.br/EthosWeb/pt/4779/servicos_
do_portal/noticias/itens, acesso em 30/10/2010)
a) sistemática
b) fraqueza
c) adequação
d) organização
e) exuberância
Resolução
O enunciado pede para o candidato assinalar a palavra que substitui pujança mantendo a correção gramatical e a coerência do texto. Essa questão é para o candidato ganhar muito tempo. Essa questão foi de graça
para que aqueles que leem muito. Devemos resolver esse tipo de questão em no máximo quinze segundos.
O candidato pode ficar com uma pulga atrás da orelha porque a questão é
muito fácil. Então, para o candidato sentir-se mais seguro pode marcar a questão para verificação posterior, se sobrar tempo.
Vamos falar um pouco sobre as nossas anotações na hora da prova. Devemos criar marcações. Que tipo de marcações? Marcações que nos
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ajudem a ganhar tempo na prova. Por exemplo, devemos ter uma
marcação para questão resolvida ou para alternativa eliminada.
O candidato pode criar as suas próprias marcações, mas vamos dar um
exemplo de como poderiam ser essas marcações:
Marcações para questões: Devem ser feitas, a lápis, ao lado do número da questão.
OK Questão resolvida – não mexer mais nela.
+-OK Questão resolvida – com direito à revisão se sobrar tempo.
ÑOK Questão não resolvida – fica para o final.
CHUTE Questão para possível chute – fica para o final.
Marcações para alternativas:
“X” sobre a letra da alternativa Não é a resposta. Alternativa eliminada. Não olhar mais para essa alternativa.
“D” ao lado da letra da alternativa Alternativa duvidosa.
Círculo em volta da letra da alternativa Alternativa que é a resposta da questão.
Enfim, o candidato deve criar marcações que o ajude durante a hora da prova. Mas como lembrar tudo isso? Fazendo muitos simulados.
A alternativa correta é a letra E.
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Capítulo 4
QUESTÕES DE SEQUÊNCIA CORRETA
Questões de Sequência Correta # 2010/ESAF/SUSEP
4 - O texto Raio X do mercado, de Luiz Alberto Marinho, publicado na RevistaGOL, novembro de 2009, p. 138, foi adaptado para compor os
fragmentos abaixo. Numere-os, de acordo com a ordem em que devem ser dispostos para formar um texto coeso e coerente.
( ) Outra tendência fala de “identidade e auto-estima”. Isso significa que essas pessoas estão mais conscientes da sua importância para a economia, mas não querem abrir mão de suas origens, história e
características.
( ) Portanto, para vender para pessoas de todas classes sociais, será preciso antes afastar ideias preconcebidas e entender melhor quem são, o
que querem e como compram os brasileiros.
( ) O instituto de pesquisa Data Popular, especializado na baixa renda,
apresentou um conjunto de dez tendências que vão impactar os negócios na classe C.
( ) Uma terceira tendência explica o papel da beleza como fator de inclusão:
afinal, estar bem-arrumado ajuda a diminuir as barreiras sociais.
( ) Entre elas, está o “consumo de inclusão”, que mostra que o mercado
emergente desenvolveu um jeito diferente e inclusivo de comprar.
A sequência correta é
a) 1, 2, 5, 4, 3
b) 3, 5, 1, 4, 2
c) 3, 1, 2, 5, 4
d) 4, 2, 1, 5, 3
e) 4, 5, 2, 3, 1
Resolução
Aqui temos uma questão que pede para o candidato ordenar os fragmentos
dados num texto coeso e coerente. A primeira coisa a fazer é olhar para as alternativas.
Quando olhamos para as alternativas, notamos que em todas o número 1 não aparece nas sequências dadas na quarta posição. Logo não precisamos analisar o fragmento da quarta posição para efeito de início do
texto. Agora temos que voltar para os fragmentos e iniciar a leitura.
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O primeiro fragmento traz no início a expressão Outra tendência. Logo,
esse fragmento não pode dar início ao texto, pois se fala em outra tendência é porque alguma outra já foi citada anteriormente no texto.
O segundo começa com a conjunção conclusiva portanto. Logo, esse fragmento não pode dar início ao texto.
O terceiro começa com O instituto de pesquisa Data Popular. Esse deve
ser o primeiro fragmento, mas vamos analisar os demais.
O quarto fragmento foi eliminado dessa análise inicial por não conter o
número 1.
O quinto fragmento começa com Entre elas. Logo, esse fragmento não pode dar início ao texto, pois se fala em entre elas alguma outra ela já foi
citada anteriormente.
Pronto, chegamos à conclusão que o início do texto é o terceiro fragmento.
O que fazemos agora?
Vamos olhar para as alternativas e marcar o número 1 na terceira posição e eliminar as alternativas que não possuem o número 1 na terceira
posição, assim:
a) 1, 2, 5, 4, 3
b) 3, 5, 111, 4, 2
c) 3, 1, 2, 5, 4
d) 4, 2, 111, 5, 3
e) 4, 5, 2, 3, 1
Agora basta encontrar o fragmento que dá sequência ao fragmento inicial e matamos a questão.
O candidato mais atento notará de imediato que a alternativa D apresenta o número 2 para o fragmento que está na segunda posição. Ora, esse fragmento começa com uma conjunção conclusiva. Sendo assim, esse
fragmento não pode dar continuidade coerente para o texto.
A alternativa correta é a letra B.
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Capítulo 5
QUESTÕES DE ERROS DE GRAMÁTICA
Questões de Erros de Gramática # 2010/ESAF/Pref. Rio de Janeiro/Agente da Fazenda
5 - O texto abaixo foi transcrito do Jornal do Brasil, de 28/7/2010.
Assinale a opção que constitui continuação gramaticalmente correta, coesa e coerente para o trecho.
O anúncio de que os investidores estrangeiros mudaram o perfil de seus negócios no Brasil pela primeira vez em sete anos é preocupante. O país, nesse período, atravessou, com comportamento exemplar, crises de graves
proporções no cenário econômico internacional. Deu-se ao luxo até de emprestar dinheiro ao Fundo Monetário Internacional como reafirmação de seu status de bom pagador e, sobretudo, de uma economia em ascensão,
organizada e modernizada. Sucessivas levas de indicadores sociais reforçaram o papel de destaque no bloco dos Brics, países emergentes com
grande potencial. Sendo assim, o que teria levado à fuga do capital mais interessante, que é aquele aplicado em produção e geração de riquezas?
a) Contudo, quem já tentou instalar um escritório de uma empresa
multinacional no país certamente sabe da quantidade de obrigações e exigências que enfrentam. Além da enorme burocracia desnecessária em
centros de negócio como Rio e São Paulo, a carga tributária continua tornando cada dólar trazido para o Brasil caro demais.
b) Quando as economias da Europa começaram à baquear, as primeiras a
mostrarem os sintomas de doença foram justamente aquelas mais vinculadas àquele cenário econômico favorável.
c) Só sobrevivemos ao impacto da crise iniciada com a Grécia e com a
Espanha por termos um mercado interno punjante e capaz de sustentar o crescimento. Mesmo com tantos exemplos, não se pensou na possibilidade
de mexer nos conceitos básicos em prol de uma maior estabilidade.
d) O diagnóstico é claro e antigo. Ainda que tenha conseguido ganhar corpo e crescer de uma forma geral, a economia brasileira é movida não
pela filosofia desenvolvimentista, mas pela filosofia monetarista. O governo trabalha com a moeda de forma a financiar seu próprio déficit.
e) Há, ainda, a questão da supervalorização do real, que deixam os produtos brasileiros menos competitivos no mercado internacional, desestimulando investimentos em ampliação da capacidade industrial.
Resolução
O enunciado pede para assinalar a alternativa que dê continuação
gramaticalmente correta, coesa e coerente para o trecho. Já que o comando da questão fala em gramaticalmente correta devemos primeiro
procurar por erros gramaticais na alternativa ao invés de tentar fazer a
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coesão e a coerência. É mais rápido encontrar um erro de ortografia do que
fazer a coesão e a coerência.
Em primeiro lugar, podemos procurar por crases e, se existirem,
utilizarmos a MISVIP.
A alternativa B possui uma crase. Usamos a MISVIP e eliminamos essa alternativa, pois antes de verbo não se usa crase.
O próximo passo é tentar encontrar erro de escrita ou de concordância. Recomendamos trabalhar as alternativas pela ordem de tamanho: da
menor para a maior.
A próxima alternativa pela ordem de tamanho a ser examinada é a alternativa E. O erro que salta aos olhos é o de concordância verbal, pois
deixam está no plural e o seu sujeito está no singular (Quem é que deixa os produtos brasileiros...? Resposta: a questão da supervalorização do real). Sobraram as alternativas a, c e d que são todas mais ou menos do
mesmo tamanho.
Vamos analisar a alternativa A. Essa alternativa também possui um erro
de concordância verbal: que enfrentam. O correto seria enfrenta.
A alternativa C traz um erro de ortografia; a palavra correta é pujante e não punjante.
Pronto, matamos a questão sem analisar a coerência e a coesão. Os erros de crase, regência verbal e ortografia deixaram as alternativas A, B, C e E
erradas.
A alternativa correta é a letra D.
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Capítulo 8
QUESTÕES DE COESÃO E COERÊNCIA
Questões de Coesão e Coerência # 2010/ESAF/SUSEP
Leia o texto abaixo para responder às questões 2 e 3.
A segunda metade dos anos 1990 foi caracterizada por
crises nos países emergentes: México, Rússia, Brasil
e Argentina. Em todos os casos, os países recorreram
ao Fundo Monetário Internacional (FMI) para resolver
05 seus problemas de endividamento externo e tiveram
que se submeter a rigorosos programas de ajuste fiscal
(redução de gastos públicos e aumento de impostos) e
das contas externas exigidos pela organização. Após o
período de retração do nível de atividade e aumento do
10 desemprego, durante o qual a relação dívida/PIB e os
déficits fiscais se acomodaram em níveis compatíveis
com a capacidade de financiamento, todos os países,
à exceção da Argentina, entraram em trajetória de
crescimento, com estabilidade de preços. Como os
15 fundamentos fiscais e monetários destes países
estavam fortes, com equilíbrio fiscal, relação dívida/
PIB e inflação sob controle, seus governos e bancos
centrais puderam adotar políticas fiscais, monetárias,
de crédito mais frouxas, que reverteram a trajetória de
20 queda já no segundo trimestre de 2009.
(José Márcio Camargo, Tragédia grega. IstoÉ, 10/02/2010, com adaptações)
3 - Assinale a opção em que os três termos remetem, por coesão textual, ao mesmo referente.
a) “países emergentes”(ℓ.2) – “os países”(ℓ.3) – “se”(ℓ.6)
b) “todos os casos”(ℓ.3) – “problemas de endividamento externo”(ℓ.5) – “seus”(ℓ.17)
c) “Fundo Monetário internacional”(ℓ.4) – “seus”(ℓ.5) – “organização”(ℓ.8)
d) “desemprego”(ℓ.10) – “o qual”(ℓ.10) – “se”(ℓ.11)
e) “equilíbrio fiscal”(ℓ.16) – “políticas...de crédito”(ℓ.18 e19) – “que”(ℓ.19)
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Resolução
Aqui temos uma questão de coesão textual. Aqui o candidato deve ser astuto. O candidato deve levar para a prova canetas coloridas. Se não houver proibição, devemos usá-las nesse tipo de questão. Para cada
alternativa uma cor diferente. Visualmente ficará muito mais fácil de resolver a questão. Podemos até perder algum tempo fazendo a marcação, mas com certeza ficará mais fácil a análise da questão. O candidato deve
ler as alternativas e marcar as palavras no texto antes de iniciar a resolução da questão.
Após fazermos as marcações vamos resolver a questão. Um detalhe: coesão faz a amarração do texto e precisamos conhecer muito bem conjunções e pronomes.
A alternativa A é a correta.
A alternativa B está errada. O pronome seus refere-se a governos na linha
17.
A alternativa C está errada. O pronome seus refere-se a os países na linha 03.
A alternativa D está errada. A expressão o qual refere-se a período na linha 09.
A alternativa E está errada. A pronome que não se refere a equilíbrio
fiscal na linha 16.
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