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Ilustração do livro de Mark Twain 'Diário do Adão & Eva'
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ODIÁRIO
DOADÃO
ODIÁRIO
DOADÃO
Talvez devesse ter em conta que ela é muito jovem, que é uma miúda e que deverei tratá-la com um pouco de paciência.Tudo nela é curiosidade, desejo, actividade. O mundo aparece-lhe como um espectáculo encantador, como uma maravilha, como um mistério.
Ver uma flor desconhecida, provoca-lhe uma enorme alegria. Acaricia a flor, aproxima-se para lhe aspirar o perfume, dirige-lhe palavras ternas.As cores seduzem-na: as rochas escuras, a areia dourada, o musgo cinzento, a
espessura verde e o céu azul; o orvalho da aurora, as encostas ercarniçadas das montanhas, as ilhas que flutuam nos mares vermelhos quando o sol se põe, a pálida planta que navega entre baixios de nuvens.As estrelas ; pedras preciosas que decoram os espaços imensos da rocha e
todas essa coisa sem valor prático, que, do meu ponto de vista, a enamoram, a enlouquecem devido à sua cor e majestade. Se ela conseguisse deixar-se ficar quieta e tranquila pelo menos durante dois minutos, creio que o seu rosto provocaria em mim um efeito de agradável serenidade. Tenho a certeza, porque disso me pude aperceber, que ela é uma criatura delicada, pequena, esbelta, frágil, delicada mas graciosa.Recordo o dia em que a vi sobre uma pedra lisa e brilhante que usava como
plataforma. Branca como o mármore, banhada por um raio de sol. Atirava para trás o seu jovem rosto e fazia a mão sombra sobre os olhos para seguir o voo de um pássaro no céu.Nesse dia descobri a beleza feminina.
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