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O PROFESSOR PDE E OS DESAFIOSDA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE
2009
Versão Online ISBN 978-85-8015-054-4Cadernos PDE
VOLU
ME I
EFEITO DA PRÁTICA DO BADMINTON SOBRE O DESENVOLVIMENTO MOTOR
EM ESCOLARES
Autor: Clarice Del Vecchio Neves
Orientador: Dr. Victor Hugo Alves Okazaki
RESUMO
O presente estudo objetivou avaliar o efeito da prática do badminton como
atividade na escola e sobre o desenvolvimento motor dos alunos. O projeto foi feito
em duas turmas, uma turma participou do desenvolvimento do projeto durante os 3
meses, enquanto que a outra turma foi a turma controle. A prática do badminton
demonstrou contribuir para o desenvolvimento motor dos alunos. Deste modo, esta
prática de atividade motora pode ser uma ferramenta potencial para professores de
educação física no ambiente escolar.
Palavras-Chave: Badminton; Desenvolvimento Motor; Educação Física.
_____________
1 Especialização em Pedagogia para o Ensino Religioso pela Universidade Católica do Paraná; Especialização em Supervisão,
Orientação Ocupacional e Gestão Escolar na Universidade Norte do Paraná, Licenciatura Plena em Educação Física pela
FAFICLA, professora no Colégio Estadual Marques de Caravelas.
2 Doutorado em Biodinâmica do Movimento Humano pela Universidade de São Paulo; Mestrado em Biomecânica pela
Universidade Federal do Paraná; Especialização em Treinamento Desportivo pela Faculdade Dom Bosco. Especialização em
Ergonomia pela Universidade Federal do Paraná. Graduação em Licenciatura Plena em Educação Física pela Universidade
Federal do Paraná. Professor efetivo da Universidade Estadual de Londrina lecionando em nível de graduação para o curso de
Licenciatura e Bacharelado em Educação Física. Professor efetivo do programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Associado
UEM/UEL lecionando e orientando em nível de mestrado para o curso de Educação Física.
ABSTRACT
This study aimed to evaluate the effect of badminton as an activity at school and on
motor development of students. The project was done in two classes, one class
participated in the development of the project during the three months, while another
group was the control group. The badminton shown to contribute to the motor
development of students. Thus, this pattern of motor activity may be a potential tool
for physical education teachers in the school environment.
Key-Words: Badminton, Motor Development, Physical Education.
1 INTRODUÇÃO
O mundo moderno chega a nossa sociedade, e traz com ela uma série de
benefícios, e a cada dia se torna mais acessível a cada um de nós cidadãos. Mas,
junto com essa nova era “modernidade”, muitos problemas de saúde começam a
surgir principalmente entre os mais jovens.
o avanço tecnológico tem trazido mudanças de hábitos aos homens com
resultados positivos e negativos. Dentre os negativos, tem sido destaque o
stress acumulado, que torna o indivíduo sujeito a doenças psicossomáticas
como ansiedade, frustração e depressão ou até um sentimento
generalizado de insatisfação, prejudicando as relações interpessoais. (Johnson, 1990).
Decorrente de todo esse avanço tecnológico, vários problemas têm aparecido em
nossa sociedade, tais como: problemas respiratório, musculares, distúrbios no
aparelho imunológico, hipertensão arterial, arteriosclerose e cardiopatias. Em uma
pesquisa feita por (DEVIDE, 1999), vemos o desinteresse do jovem às práticas
esportivas dentro da escola e também fora dela.
em recente pesquisa em uma escola de Ensino Médio, investigou a
concepção de Educação Física dos alunos, a aplicabilidade de seus
conteúdos no cotidiano e qual o papel do professor enquanto educador. Os
resultados indicam que os alunos encaram a Educação Física como uma
disciplina sem relevância para manter-se dentro do currículo escolar, com
conteúdos repetitivos e sem aplicabilidade no cotidiano, além de não
motivar a prática permanente de exercícios fora da casa (Devide, 1999).
Numa pesquisa da revista (DELAS) “Vida Sedentária deve ser combatida desde a
infância”, mostra que em poucos anos o nível de sedentarismo e de obesidade
aumentou entre os jovens.
O sedentarismo é definido como a falta ou a diminuição da atividade física,
associado à ausência da prática de esportes ou a qualquer outra atividade
do cotidiano do indivíduo. Consideramos sedentário aquele que gasta
poucas calorias por semana com atividades ocupacionais. Para deixar de
fazer parte desse grupo, o indivíduo precisa gastar, no mínimo, 2.200
calorias por semana em atividades físicas.
Em frente a todos esses problemas enfrentados, principalmente dentro do âmbito
escolar, foi desenvolvido um projeto na escola que veio atender os interesses dos
alunos, buscando despertá-los e conscientizá-los por meio da aprendizagem a
necessidade de uma prática organizada de atividades físicas, através deste esporte
dentro da escola e pouco conhecido pelos alunos, que todos tenham acesso e o
mesmo grau de conhecimento, o badminton. Por se tratar de um esporte pouco
conhecido por eles e que utiliza raquetes para jogá-lo o interesse foi grande o que
veio ao encontro com nossa proposta que era de despertar a vontade em aprendê-
lo. Neste sentido estamos cumprindo com a proposta vigente da nossa legislação
onde no Art.27, Inciso IV, da L.D.B.,diz:
os conteúdos curriculares da educação básica observarão, ainda as
seguintes diretrizes: promoção do desporto educacional e apoio às
práticas desportivas não-formais]. Neste item, notamos que o legislador
procurou desvincular o espaço escolar daquele antigo campo de
descoberta de talentos esportivos. O esporte, de preferência não-formal e
de cunho educativo, deve encontrar-se presente na escola. O que significa
que os momentos dessa prática devem atender a todos os alunos,
respeitando suas diferenças e estimulando-os ao maior conhecimento de
si e das potencialidades individuais e coletivas. A eficiência da área
crescerá na medida em que todos os educandos encontrarem
oportunidades de manifestação as atividades, o que significa a criação de
espaços de atuação para todos, não somente, aos mais habilidosos.
(Apud, Ed. Física na adolescência pág. 13).
o presente trabalho propôs o ensino do Badminton, através de sua prática dentro da
escola, buscando um resgate de alunos que não sentem mais atrativos para a
prática da educação física. Para tanto, o Badminton foi o meio principal de alcance
aos jovens. Buscamos através dos testes de GALLAHUE (1989), e um teste
específico de raquete(adaptado para o badminton), desenvolvido por Kathleen M.
Haywood e Nancy Getchell, fazer um pré-teste e um pós-teste, com os alunos
envolvidos neste projeto. Conhecendo o nível de aptidão podemos avaliar suas
capacidades motoras e assim elaborar um trabalho que aprimore o desempenho do
aluno dentro da escola. A avaliação do desempenho permitiu comprovar a eficiência
da metodologia utilizada, bem como a melhoria do desempenho motor com a
prática do badminton. Os testes foram feitos como pré-teste e pós-teste, com alunos
do projeto, sendo que nenhum aluno teve a prática desse esporte “badminton”.
Trabalhamos com duas turmas na escola, sendo que em uma foi aplicada a
modalidade “badminton” e na outra turma foi apenas como turma controle, aplicando
apenas os testes.
1.1 Problema
Os jovens estão cada dia mais desinteressados da atividade física (DEVIDE,
1999) e cresce muito o nível de sedentarismo entre eles (pesquisa da revista
(DELAS) . Devido a essa falta de interesse, se faz necessário uma intervenção na
escola para que alunos sintam motivados a práticas de atividades motoras sugeridas
nas escolas (DEVIDE, 1999 apud Ed. Física na adolescência).
1.2 Justificativa
Pretendeu-se com este projeto despertar o interesse em praticar uma nova
atividade física por meio de uma modalidade denominada Badminton. Esta
modalidade não necessita, como outros esportes, da força física ou de grande
estatura para garantir grande êxito em desempenho e ser um fator decisivo para o
sucesso. Ao contrário, o Badminton depende mais de aspectos, tais como: tática,
agilidade, resistência física e velocidade de reação. Por conseguinte, espera-se que
a prática desta nova modalidade esportiva contribua para o desenvolvimento motor e
físico de alunos praticantes do Badminton.O objetivo deste estudo é sugerir o
Badminton como conteúdo incluso em um planejamento na escola como recurso de
atividade física suplementar. Este enfoque em uma modalidade esportiva tem como
objetivo apresentar aos estudantes, não uma visão de treinamento e de rendimento,
mas, ao contrário, propor uma atividade física por meio de uma modalidade
esportiva nova que auxilie em seu desenvolvimento motor e físico.
1.3. Objetivo
1.3.1 Objetivo Geral
Analisar o efeito da prática do badminton sobre o desenvolvimento motor de
escolares.
1.3.2 Objetivo Específico
Analisar os benefícios gerais e específicos da prática do badminton sobre o
desenvolvimento motor de escolares.
Analisar a possibilidade de utilizar a prática do badminton como conteúdo na escola.
1.4 Hipótese de Pesquisa
H1: A prática do badminton irá melhorar o desenvolvimento motor geral dos
alunos, analisado pelos testes motores gerais de desenvolvimento motor.
H2: A prática do badminton irá melhorar o desenvolvimento motor específico das
tarefas praticadas, analisado pelas tarefas mais parecidas com as utilizadas
no badminton.
2 MÉTODOS
2.1 Caracterização do Estudo
Foi realizado uma pesquisa de Campo, de caráter semi-longitudinal e quase-
experimental.
2.2 População e Amostra
A amostragem contou com a média de 20 alunos por grupo, totalizando 40
alunos da 7ª série do Ensino Fundamental. Foi fornecido aos responsáveis um termo
de consentimento para a liberação das crianças no projeto.
2.3 Local
O projeto foi desenvolvido no Colégio Estadual Marquês de Caravelas, na
cidade de Arapongas- Pr, com alunos entre as idades de 13 a 15 anos.
2.4 Instrumentos / Equipamentos e Tarefa
Baseando em Gallahue(1989), executamos nesta pesquisa um teste de
Desenvolvimento Motor, para comparar as Habilidades Motoras Fundamentais, de
Movimentos locomotores, movimentos estabilizadores e movimentos manipulativos.
Também foi usado um teste feito por Haywood e Getchell, (2004; adaptado para o
badminton) para o rebater lateral e rebater por sobre o ombro. No teste locomotor
foi usado um exercício de corrida, um de salto vertical e um de salto em distância.
No teste de movimento manipulativo, foi usado o arremesso e a recepção. No teste
de estabilidade usamos um equilíbrio estático apenas. Ainda, também foi usado o
rebater do Teste de Haywood e Getchell. Para a pontuação dos estágios, foi
utilizado 1 ponto para cada item que o aluno apresentar. Foi usada a somatória dos
pontos para análise do padrão de movimento. O material utilizado para a realização
dos testes foi uma filmadora com um tripé, uma bola de borracha de 30 cm de
diâmetro aproximadamente, um tubo de PVC, um cone, um bastão de madeira, 3
bolas de Tênis de campo, um bastão, duas raquete de badminton, 3 peteca de
nylon, rede de badminton, fita métrica, trena, giz, um pedaço de madeira (para o
equilíbrio estático).
2.5 Procedimentos Experimentais
O projeto de badminton foi desenvolvido nas aulas de educação física durante
dois bimestre, que constou mais ou menos de 3 aulas semanais com a média de 30
aulas de 50 minutos. A pesquisa foi realizada em dois grupos, sendo um grupo
experimental e um de controle. Foram feitos um pré-teste do desenvolvimento motor
ao iniciar o projeto e um pós-teste ao encerrar o projeto nos dois grupos. Também
foram utilizados exercícios que estivessem ligados de alguma forma com a
modalidade do badminton.
O experimento foi feito na escola com os dois grupos. Os alunos foram
trazidos um a um para execução de cada tarefa. Tiveram 3 tentativas para o
desempenho em cada tarefa, seguidas uma da outra. A câmera ficou posicionada a
uma distância que deu para ver a execução dos movimentos, sobre um tripé,
aproximadamente à uns 5 metros de distância.
CORRIDA: o aluno ficou em posição de largada. A câmera ficou posicionada no
centro do percurso, para a coleta da imagem. Ao comando do professor o aluno
correu a toda velocidade em linha reta ate o final do percurso.
SALTO VERTICAL: Foi colocada uma fita métrica posicionada na parede a partir de
2 metros de altura até a marca de 4 metros. O aluno teve a mão de sua preferência
marcada com giz nas pontas dos dedos para que pudesse tocar a parede no
momento do salto deixando a marca visível. Assim podemos verificar a altura em
que foi tocada. A câmera ficou posicionada de frente para a parede.
ARREMESSAR: o aluno segurou a bola com a mão de sua preferência, jogando-a
com força o mais longe que conseguiu. A filmagem se deu com a câmera
posicionada na lateral do executante do lado do braço de sua preferência.
SALTO EM DISTÂNCIA: o aluno ficou atrás da marca colocada no chão, ao
comando saltou com as duas pernas o mais longe possível. A câmera ficou
posicionada na lateral em direção ao ombro direito do executante.
REBATER COM O BASTÃO: na execução do rebater, a altura da bola foi regulada
na altura da cintura de cada executante, regulando-a a altura do tubo de PVC. A
câmera foi posicionada na lateral do executante, em direção do ombro que foi
rebatida a bola.
REBATER LATERAL COM RAQUETE DE BADMINTON: a execução se deu com a
mão de sua preferência segurando a raquete, e a outra mão segurando a peteca, o
aluno se posicionou soltando a peteca e logo em seguida golpeando-ae enviando-
a a quadra adversária.
REBATER COM RAQUETE POR SOBRE O OMBRO: o aluno segurou a peteca
com a mão de sua preferência jogando-a ao alto, acima da cabeça e com a outra
mão segurando a raquete golpeou-a jogando ao outro lado da quadra.. A câmera
ficou posicionada na lateral do aluno, em direção ao seu ombro.
EQUILÍBRIO ESTÁTICO: o aluno ficou posicionado em cima de uma tábua de 30
cm de comprimento por 5 cm de largura e 3 de espessura. O aluno escolheu a perna
de sua preferência ficando o maior tempo possível com uma perna somente,
mantendo a outra perna fora do chão. Permaneceu o maior tempo que conseguiu. A
câmera ficou posicionada na lateral do executante.
2.6 Variáveis de Estudo
A variável independente do estudo foi a prática de badminton. Ao passo que, a
variável dependente foi o escore nos testes de desenvolvimento motor.
2.7 Análise Estatística
A análise estatística descritiva foi realizada por meio de média e desvio padrão dos
dados.
3 RESULTADOS
A habilidade da corrida a turma controle não se observa um aproveitamento entre os
estágios, enquanto que na turma experimental, nota-se uma diminuição do estágio
inicial, enquanto que no estágio elementar e maduro houve um crescimento
considerável, o que faz entender que houve uma melhora no desenvolvimento motor
dos alunos em teste (figura 1).
Figura 1. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de corrida
dos grupos controle e experimental nas fases de teste.
No salto vertical (figura 2), a turma controle não observa um crescimento
entre os estágios, já na turma experimental demonstrou uma melhora entre os
estágios, principalmente no estágio inicial, e no estágio maduro.
Figura 2. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de
salto vertical dos grupos controle e experimental nas fases de teste.
No Salto em Distância (figura 3), houve uma disparidade entre o pré-teste e o
pós-teste, tanto na turma controle quanto na experimental. Isto foi explicado pelo
fato de que, as duas turmas nos seus últimos exercícios se mostraram pouco
interessadas em dar continuidade. Pois, estava perto do horário de encerrar a aula,
e os alunos estavam com pressa para ir embora. Infelizmente, esta limitação pode
ter comprometido parte destes resultados da figura 3.
Figura 3. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de salto em
Distância dos grupos controle e experimental nas fases de teste.
No exercício do Equilíbrio Estático (figura 4), houve facilidade na realização
do pré-teste e do pós-teste. Deste modo, todos os alunos apresentaram um
desempenho muito bom desde o início dos testes (pré-teste) até o final do
experimento (pós-teste).
Figura 4. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de
Equilíbrio Estático dos grupos controle e experimental nas fases de teste.
No exercício do Arremesso por Cima (figura 5), na turma controle foi
observada a mesma disparidade dos fatos entre o pré-teste e o pós-teste. Ou
sejanão foi observada melhora representativa. Por outro lado, na turma experimental
foi observada melhora entre os estágios, mostrando que os alunos melhoraram seu
desempenho motor ao longo da pesquisa.
Figura 5. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de
Arremesso por Cima dos grupos controle e experimental nas fases de teste.
No exercício de Rebater com Bastão (figura 6), observa-se uma pequena
melhora na turma controle, principalmente no estágio inicial e do estágio elementar
para o maduro (do pré-teste para o pós-teste). Na turma experimental, houve uma
melhora no estágio inicial, um pouco menos no maduro e alguns migraram para o
estágio maduro (do pré-teste para o pós-teste). Vale salientar que nesta tarefa os
alunos da turma experimental já constavam de uma boa habilidade para a tarefa
proposta.
Figura 6. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de Rebater
Com Bastão dos grupos controle e experimental nas fases de teste.
No Rebater Lateral com Raquete (figura 7), foi observado que no pré-teste
nenhum dos grupos teve muita habilidade para o exercício proposto. Além disso, no
pós-teste, as os dois grupos melhoraram expressivamente. Porém a turma controle
teve acesso às raquetes em algumas aulas, sem que fosse dada tecnicas de
manuseio de raquetes nem exercícios de fundamentos nas aulas. Mas como uma
forma recreativa, o que pode ter alterado o resultado, mostrando uma boa melhora
no pós-teste. Na turma controle, foi observada uma melhora no estágio inicial,
alguns já conseguiram o estagio elementar e outros até atingiram o estágio maduro,
o que mostra a facilidade na aprendizagem da modalidade de badminton.
Figura 7. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de Rebater
Lateral com Raquete dos grupos controle e experimental nas fases de teste.
Na tarefa de Rebater Por Sobre o Ombro com Raquete (figura 8),
aparentemente, parece ter ocorrido a mesma situação que na tarefa anteriormente
descrita. Ou seja, o fato do grupo controle ter acesso às raquetes em algumas aulas
pode ter influenciado os dados.
Figura 8. Escore do teste de desenvolvimento motor da habilidade de Rebater
Por Sobre O ombro com Raquete dos grupos controle e experimental nas
fases de teste.
3.1 DISCUSSÃO
No presente estudo, houve algumas falhas quanto ao grupo controle, que teve
acesso ao jogo de badminton, mesmo de maneira recreativa, o que pode ter
prejudicado os resultados, principalmente no arremesso, no rebater lateral com
raquete e no rebater por sobre o ombro com raquete, que são tarefas próprias do
badminton. Todavia, apesar do curto período de tempo realizado de intervenção com
a prática do badminton (3 meses aproximadamente), de maneira geral, houve uma
melhora no desenvolvimento motor dos escolares que praticaram o Badminton.
Ademais, os alunos mostraram-se motivados em aprender a nova modalidade
esportiva. Até mesmo outras turmas da escola que observavam a realização das
aulas quizeram ver e experimentar essa nova modalidade de esporte. Fato este que
dificultou o controle da ausência de prática para o grupo controle.
4 CONCLUSÃO
Houve pouco tempo para a aplicação do projeto na escola, mesmo assim a
pesquisa foi muito importante para os alunos e para mim (Professora PDE executora
do projeto de pesquisa e do projeto pedagógico). O projeto foi muito bem aceito
pelos alunos, que mostraram interesses em aprender a nova modalidade esportiva,
mostrando-se, muitas vezes, curiosos em aprender os fundamentos e sentindo as
dificuldades que são normais nas habilidades com a raquete. Assim, o interesse foi
bem grande. o que me motivou a dar seqüência neste projeto nos próximos anos
seguintes como atividade da educação física na escola. Quanto à aplicação deste
projeto na escola, pareceu ser algo viável, de fácil aplicação e, principalmente, de
grande aceitação por parte dos alunos que não possuem o costume de realizar
atividade física. Deste modo, este projeto superou as minhas perspectivas, o que
trouxe muita satisfação.
Em relação à pesquisa realizada sobre o desenvolvimento motor, é difícil
saber o quanto o Badminton modificou no desenvolvimento motor geral dos alunos,
uma vez que eles também possuem outras práticas esportivas e motoras
concomitantemente com as atividades de Badminton proporcionadas. Entretanto, de
maneira geral, foi observada uma melhora nos testes de desenvolvimento aplicado
por meio das habilidades motoras propostas. Por conseguinte, foram aceitas as
duas hipóteses de estudo levantadas, as quais apontavam para uma melhora no
desenvolvimento motor geral e específico dos alunos, após a intervenção com a
prática do Badminton.
Foram sugeridos mais estudos que analisem os benefícios da prática do
Badminton na escola em relação aos aspectos motores, cognitivos, sociais e
afetivos.
5 REFERÊNCIAS
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