CB 872 - Especial Campanha Salarial - 2010 · Campanha Salarial 2010. A pauta de reivindicações...

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Defesa do empregoé uma das prioridades

defesa do emprego é uma das

prioridades dos bancários na

Campanha Salarial 2010. A

pauta de reivindicações foi aprovada

na 12ª Conferência Nacional dos Ban-

cários, que aconteceu de 23 a 25 de

julho no Rio de Janeiro.

Mesmo com lucros em 2009

acima de R$ 37,4 bilhões, os bancos

reduziram 621 postos de trabalho, se-

gundo a pesquisa feita pelo Dieese com

base no Caged (Ministério do Traba-

lho). Uma das formas de barrar essa

redução no setor é lutar pelo fim dos

correspondentes bancários, proposta

aprovada na Conferência. “A maioria

cutista queria reconhecer e regula-

mentar a atuação dos corresponden-

tes, inclusive os correspondentes habi-

tacionais, mas conseguimos derrubar

essa proposta”, afirmou a diretora do

Sindicato Bernadeth Martins.

A reivindicação aprovada é o

fim dos correspondentes com a substi-

tuição desses por novas agências. Além

de gerar emprego e corrigir uma dis-

torção, que é o serviço bancário pres-

tado por pessoas não especializadas,

a proposta visa dar mais segurança

para a população.

O bloco de reivindicações so-

CO

RREIO

INFORMATIVO DO

SINDICATO DOS

BANCÁRIOS DO ES

FILIADO À CUT

Nº 872

28/07/2010

A 11/08/2010

BANCÁRIOBANCÁRIOBANCÁRIO

A substituição dos

correspondentes por

agências gera mais

emprego e dá

segurança para quem

usa os serviços

bancários

bre preservação e ampliação dos

empregos inclui, ainda, mais con-

tratações, admissão de mulheres,

negros e pessoas com deficiência,

garantindo igualdade de oportuni-

dades, garantia de emprego em pro-

cessos de fusão, qualificação e re-

qualificação profissional.

A PARTICIPARAM DA

CONFERÊNCIA 628

DELEGADOS DE 25

ESTADOS MAIS O

DISTRITO FEDERAL

A base cutista da Contraf demons-

trou que autonomia e independência não

figuram entre as preocupações do gru-

po. O debate para formular uma pro-

posta de plataforma política dos bancá-

rios para os candidatos à Presidência des-

cambou para uma discussão eleitoreira,

com aprovação, pela maioria, do apoio

à candidatura de Dilma Rousseff.

"Essa atitude fere a autonomia e

a independência nos fóruns da classe tra-

balhadora. Nunca concordamos com

apoio a candidatos", critica Jessé Alva-

renga, coordenador geral do Sindicato.

CUT propõe e 12ª Conferênciaaprova apoio a Dilma

CAMPANHA 2010

ESPECIAL CAMPANHA SALARIAL 2010

Vanor Correia

Maioria cutista-governista aprova reajuste de 11%O índice de reajuste salarial

a ser reivindicado neste ano será de

11%, que corresponde à inflação do

período mais 5%. Em plenário, che-

garam a ser apresentados seis índi-

ces. Após negociações das forças

políticas, foram à votação os índi-

ces de 17,96% (composto pela infla-

ção do período, previsão do cresci-

mento do PIB e reposição de per-

das acumuladas nos bancos priva-

dos) e de 11%. Os 17,96% foram de-

fendidos pela Intersindical, CTB e

CSD. Já o campo majoritário do movi-

mento sindical bancário, formado pe-

las correntes cutistas Articulação Ban-

cária e Articulação de Esquerda e a

Unidade Sindical propuseram apenas

11%, alegando ser esse um índice pos-

sível de ser aceito pelos banqueiros e

apontado em pesquisas feitas junto aos

bancários.

“A maioria cutista não apostou

na força da categoria. Os lucros dos

bancos mostram que é possível, com

pressão dos trabalhadores, conquistar

muito mais. Além disso, a pesquisa

nacional nos bancos públicos apon-

tou índice acima de 20%. E a consul-

ta feita pela Contraf causa confusão

sobre o que o bancário quer que seja

reivindicado e o que ele acha que vai

ganhar”, avalia o diretor do Sindica-

to Idelmar Casagrande. Ele lembra

que o grande desafio para a catego-

ria a partir de agora é fazer uma

ampla mobilização e só fechar acor-

do com a conquista do índice cheio,

ou seja, sem nenhuma redução.

CB 872 - Especial Campanha Salarial - 2010.p65 27/7/2010, 17:341

2

ES compõe Comandoe mesa de negociação

12ª Conferência Nacional dos

Bancários reafirmou a plura-

lidade na composição do Co-

mando Nacional e da Mesa de Ne-

gociações da Campanha Salarial

2010, reafirmando que filiação a

uma ou a outra central sindical não

A Conferência Nacio-

nal aprovou a reivindicação

de previdência complemen-

tar para todos os bancários.

A Intersindical votou contra,

por entender que é preciso

fortalecer a previdência pú-

blica e cobrar que seja ga-

rantida a aposentadoria dig-

na para os trabalhadores.

Uma das lutas a ser

travada, na avaliação da In-

tersindical, é pela derruba-

da do veto do Governo Lula ao

fim do fator previdenciário.

“Não é justo que o trabalha-

dor recolha sobre dez salári-

os e na hora da aposentado-

ria fique com apenas cinco”,

exemplificou Esdras Henri-

que, diretor do Sindicato.

CO

RREIO

BANCÁRIOBANCÁRIO

Informativo do Sindicato dosBancários do Espírito SantoRua Wilson Freitas, 93, Centro, Vitó-ria/ES - 29016-340Tel: (27) 3331-9999, Colatina (3722-

BANCÁRIOCO

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2647), Cachoeiro (3522-7975) eLinhares (3371-0092)Coordenador Geral: Jessé Gomes de Al-varengaDiretor de Imprensa: Júlio PassosEditora: Sueli de Freitas - MTb 537/92Editoração: Jorge Luiz - MTb 041/96

Impressão: Gráfica Espírito SantoE-mail:secretariageral@bancarios-es.org.brTiragem: 4 mil exemplaresDistribuição gratuita

www.bancarios-es.org.br

FORÇAS

POLÍTICAS

REPRESENTADAS

NA MESA DE

ABERTURA E NO

COMANDO

NACIONAL

A maioria cutista aprovou a

reivindicação de “fim das metas abu-

sivas”, ao invés de “fim das metas”.

Mais que forma de redação, trata-se

de diferenças de concepção. “Nós en-

tendemos que o estabelecimento de

metas em si já é um abuso. O traba-

lhador tem suas atribuições e deve de-

sempenhá-las com responsabilidade,

não é uma máquina que tem que pro-

duzir sempre mais”, afirma a diretora

do Sindicato Goretti Barone.

Na sua avaliação, admitir a

adoção de metas individualiza a rela-

ção capital/trabalho e faz com que a

categoria perca a sua força coletiva,

além de adoecer os trabalhadores le-

vando até a casos extremos, como ten-

tativas de suicídio.

Metas: abusividade

está na essência

Previdência

PLR e estatização doSistema Financeiro estãoentre as reivindicaçõesaprovadas por consenso

Confira� PLR de três salários mais R$ 4

mil para cada funcionário.� Piso salarial do Dieese (R$

2.157,88).� Auxílio-refeição, cesta-alimenta-

ção, 13ª cesta-alimentação eauxílio-creche/babá no valor deum salário mínimo (cada item).

� Regulamentação do artigo 192da Constituição com a estatiza-ção do Sistema Financeiro.

� Regulamentação da remunera-ção dos executivos.

� Democratização e ampliação doConselho Monetário Nacional.

� Regulamentação do papel socialdos bancos

� Assistência médica e psicológi-ca às vítimas de assaltos, se-questros ou extorsões.

� Equipamentos de prevenção.� Adicional de risco de vida de

30% para agências, postos etesouraria.

� Proibição de transporte de valo-res e guarda das chaves pelosbancários.

� Estabilidade provisória para viti-mas de assaltos, sequestros eextorsões.

� Combate ao assédio moral.� Prevenção de adoecimento e

promoção da saúde da mulher.� Assistência médica, hospitalar,

odontológica e medicamentosa.� Proteção contra os riscos de

acidente de trabalho ou doençaocupacional.

A

Remuneração variável entra na pautaAo contrário do defendido pela

Intersindical e outras forças políticas, a

maioria cutista conseguiu incluir na pau-

ta de reivindicações a contratação de

remuneração variável. A inclusão desse

item vai contra a estratégia de valorizar

os salários e acabar com a individuali-

zação da remuneração que provoca dis-

puta entre empregados, sobrecarga, as-

sédio moral, estresse e adoecimento.

Isonomia fica em segundo plano

A remuneração variável é um ar-

tifício usado pelas empresas a partir da

reestruturação produtiva, na década de

90, para reduzir a parcela fixa do salário

e atrelar a remuneração ao cumprimen-

to de metas. Isso só causa prejuízos para

os trabalhadores, pois é graças à remu-

neração variável que os bancários levam

para os cálculos da aposentadoria ape-

nas 65% da remuneração da ativa.

O debate sobre a isonomia de di-

reitos nos bancos públicos não aconte-

ceu na Conferência Nacional. A discus-

são ficou restrita aos congressos do BB e

da CEF realizados em maio.

Na avaliação da diretora do Sin-

dicato Rosane Almeida (BB), essa deve

ser uma luta de toda a categoria e o

momento é propício, pois o projeto que

estende aos bancários pós-98 os direi-

tos dos contratados antes foi aprovado

em comissão da Câmara. “Vamos ter

que travar uma batalha no movimento

para fazer a luta pra valer. O Governo

Lula deve aos bancários a retomada da

isonomia retirada na era FHC”, disse.

é motivo de isolamento.

O Espírito Santo está represen-

tado no Comando e na Mesa pelo inte-

grante da Intersindical Idelmar Casa-

grande. Também estão na mesa a CUT,

a CTB e a UGT (Unidade Sindical).

O Comando é formado por 32

membros, sendo que 20 são represen-

tantes dos maiores sindicatos do país,

11 das federações e um da Contraf. Ca-

berá ao Comando definir o calendário

de mobilização da Campanha e fazer a

entrega da minuta à Fenaban, o que está

previsto para o dia 12 de agosto.

Vanor Correia

CB 872 - Especial Campanha Salarial - 2010.p65 27/7/2010, 17:342