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Introdução
Definição:
Rizosfera: Região do solo sob influência das raízes
(Hiltner, 1904). Essa região se inicia na superfície da raiz e estende-
se até 3mm podendo atingir 5 mm.
Importância das raízes:
Suporte e absorção de nutrientes (Transpiração)
Estruturação do solo
Liberação de substâncias (Fotossintatos)
Exercem efeitos:
Químicos, físicos e biológicos sobre o solo.
FAV/UnB
Materiais depositados na Rizosfera
Exsudatos: Grande diversidade química, baixo PM, solúveis em água;
Liberados pelas células epidermiais;
A liberação ocorre principalmente na zona de diferenciação e alongamento.
Secreções: Alto PM;
Liberadas próximas aos exsudatos e células metabolicamente ativas.
Mucilagens: São mucigéis vegetais constituídos de polissacarídeos ácidos (secretados de diferentes partes das raízes).
Lisados: Resultado da autólise das células (ação dos microrganismos);
Ocorrem em células velhas.
FAV/UnB
Efeitos da mucilagem e das células
escamadas
Efeitos químicos: Camada de grande complexidade química - matriz (recobre toda a superfície da raiz)
Aumenta contato argila-raiz (trocas iônicas)
Lubrificante
Proteção contra a dessecação
Proteção contra danos mecânicos e microrganismos invasores.
Efeitos físicos: Substratos para a agregação e estabilidade de agregados.
Efeitos biológicos: Excelente “habitat” para a microbiota.
FAV/UnB
Relações entre microrganismos
rizosféricos e plantas
ASPECTOS GERAIS:
Efeitos das raízes sobre os microrganismos embora não sejam específicos,
podem ser estimulantes ou inibitórios para os diferentes membros da
comunidade rizosférica;
Efeitos dos microrganismos sobre o crescimento das plantas, que podem
ser benéficos ou maléficos.
Influência da rizosfera sobre patógenos do solo e doenças do sistema
radicular
Influência da rizosfera no estabelecimento de associações mutualística
FAV/UnB
Relações entre microrganismos
rizosféricos e plantas
Os microrganismos colonizam de 7 a 15% da superfície das raízes.
Hiltner (1904) - “SE AS PLANTAS (RAÍZES) TÊM A TENDÊNCIA DE ATRAIR
BACTÉRIAS BENÉFICAS, ATRAVÉS DE SUAS EXCREÇÕES RADICULARES, NÃO
SERIA SURPRESA SE ELAS TAMBÉM ATRAISSEM HÓSPEDES NÃO
CONVIDADOS, QUE COMO AQUELES ÚTEIS, SE ADAPTARIAM ÀS EXCREÇÕES
RADICULARES ESPECÍFICAS”.
1) Influência da Rizosfera sobre os patógenos:
Efeito dos exsudatos sobre propágulos de patógenos
Substratos específicos
Inibição (através da liberação de ácidos)
Proliferação de microrganismos competidores (efeito indireto)
2) Antagonismo microbiano na Rizosfera:
Antibiose (antibióticos): lise e dissolução da estrutura celular
Competição (substratos orgânicos e nutrientes inorgânicos, etc)
Predação
FAV/UnB
Transformações do ferro na rizosfera e sua participação
no antagonismo por produção de sideróforo
(Pseudomona x Fusarium)
FAV/UnB Fonte: Siqueira & Franco (1988)
Continuação...
Rizobactérias Promotoras do Crescimento (RBPC)
Efeito direto: produção de fitohormônios
Efeito indireto: alteração de rizosfera
Batata: podem aumentar o crescimento da parte aérea mais
desenvolvimento radicular em mais de 300%.
Rizobactérias Deletérias ao Crescimento (RBDC)
Capazes de produzir substâncias tóxicas (HCN, H2S,
etanol e outras)
Efeitos: redução de raízes e diminuição do comprimento
de raízes; atraso na germinação de sementes.
FAV/UnB
Uso de microrganismos rizosféricos
Bacterização de tubérculos
Uso de RBPC
Tratamento de mudas (com os avanços na
micropropagação)
Aumento de produção e índices de produtividade em
várias culturas com a utilização de rizobactérias
benéficas:
Em cebola (Harthmann et al. 2009)
Em mudas de eucalipto (Mafia et al., 2007)
Em Arroz (Berni et al. (1998)
FAV/UnB
Tipos de micorrizas
A. Ectomicorrizas:
penetração intercelular do micélio fúngico
formação de rede de Hartig (interior do córtex) e de manto (ao redor dos segmentos de raízes colonizadas)
B. Ectendomicorrizas:
ectomicorrizas com penetração intracelular - diferenças anatômicas em função da planta hospedeira, em:
Pinaceae, Ericaceae, Gên. Arbustus e Monotropa
C. Endomicorrizas:
penetração do fungo intra e intercelular
ausência de manto e modificações morfológicas das raízes
Dose de fósforo e número de esporos
de FMAs
Doses de P (µg g-1) Esporos (nº 50 g-1)
0 14
25 574
50 396
100 102
200 0
Fonte: Miranda et. al., 1984.
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