Apresentação para décimo segundo ano de 2013 4, aula 88-89

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Nas três primeiras linhas (ll. 1-3) há discurso

a) indireto.

b) direto e indireto.

c) direto livre.

d) indireto livre.

e) direto livre e indireto livre.

 

Disse o padre Bartolomeu Lourenço a Sete-Sóis, Falei com os desembargadores destas matérias, disseram-me que iam ponderar o teu caso, se vale a pena fazeres petição, depois me darão uma resposta, E quando será isso, padre, quis Baltasar saber,

Disse o padre Bartolomeu Lourenço a Sete-Sóis: «falei com os desembargadores destas matérias, disseram-me que iam ponderar o teu caso, se vale a pena fazeres petição, depois me darão uma resposta». «E quando será isso, padre», quis Baltasar saber.

— Falei com os desembargadores destas matérias, disseram-me que iam ponderar o teu caso, se vale a pena fazeres petição, depois me darão uma resposta —

disse o padre Bartolomeu Lourenço a Sete-Sóis.

— E quando será isso, padre? — quis Baltasar saber.

discurso direto

discurso indireto

O pronome «lhe» (l. 4) tem como referente

a) ‘a corte’ (4).

b) ‘Baltasar’.

c) ‘Bartolomeu’.

d) ‘curiosidade’ (l. 4).

e) ‘usos’ (4).

 

ingénua curiosidade de quem acaba de chegar à corte e lhe ignora os usos

à corte

A anáfora «outro» (l. 14) reporta-se a

a) «Sete-Sóis» (13).

b) «Bartolomeu Lourenço» (15).

c) «trabalho» (14).

d) «o padre» (10).

e) «moço de quinze anos» (18).

porém são duas diferentes vidas, a de Sete-Sóis trabalho e guerra, uma acabada, outro que terá de recomeçar, a de […]

porém são duas diferentes vidas, a de Sete-Sóis trabalho e guerra, esta acabada, aquele que terá de recomeçar, a de […]

Segundo as ll. 9-25, Bartolomeu

a) era aldrabão.

b) tinha qualidades intelectuais indiscutíveis.

c) prometera muito, mas, na verdade, falhara.

d) tinha agora quinze anos.

e) era mais velho que Baltasar.

 

O espanto de Baltasar (l. 6) advinha de Bartolomeu

a) voar.

b) poder ser da Inquisição e, ao mesmo tempo, conhecer o rei.

c) ter acesso ao rei e, simultaneamente, conhecer Sebastiana.

d) conhecer Blimunda e o rei.

e) ser da Inquisição.

 

Pode falar com el-rei, espantou-se Baltasar, e acrescentou, Pode falar a el-rei e conhecia a mãe de Blimunda, que foi condenada pela Inquisição, que padre é este padre

Já na p. 298, ficamos a saber que o rei autorizara Bartolomeu a fazer as suas experiências

a) numa pedreira.

b) em Aveiro.

c) nos arredores de Lisboa.

d) sob a jurisdição do Santo Ofício.

e) em Mafra.

 

na quinta do duque de Aveiro, a S. Sebastião da Pedreira

No início do texto, o que Bartolomeu procurara apurar («o teu caso», p. 297, l. 3) era a possibilidade de Baltasar

a) casar com Blimunda.

b) ter um espigão novo.

c) ter uma pensão.

d) ter uma casa.

e) ter gancho benzido.

 

João Francisco era da família de

a) D. João V.

b) Bartolomeu.

c) D. Maria Ana.

d) Baltasar.

e) Blimunda.

 

Álvaro Diogo era

a) pai de Blimunda.

b) irmão de Bartolomeu.

c) cunhado de Baltasar.

d) irmão de António Diogo.

e) irmão de Baltasar.

 

Bartolomeu Lourenço era

a) músico, padre, inventor.

b) cientista, orador, soldado.

c) inventor, voador, músico.

d) padre, orador, inventor.

e) jornalista, padre, jurista.

 

Depois da guerra, Baltasar

a) esteve poucos dias em Lisboa, seguindo logo para Mafra.

b) parou em Lisboa apenas para comer e seguiu para Mafra.

c) fixou-se em Lisboa, nunca mais saindo da cidade.

d) passou anos em Lisboa, até seguir para Mafra.

e) dirigiu-se a Coimbra, ao encontro de Bartolomeu.

Baltasar chegou a trabalhar como

a) escriba.

b) camareiro-mor.

c) almeida.

d) empresário.

e) talhante.

 

Aquando da epidemia de febre amarela, Baltasar e Blimunda

a) instalaram-se em Coimbra.

b) percorriam as ruas de Lisboa.

c) fugiram para Mafra.

d) não saíram de casa.

e) adoeceram.

 

O boato de que passara o Espírito Santo por cima das obras de Mafra resultara de

a) uma composição de Domenico Scarlatti.

b) sobre a localidade ter passado uma passarola.

c) uma visão de D. João V.

d) Blimunda ter andado pelo local.

e) intervenção franciscana.

 

A «Ilha da Madeira» de que se fala em Memorial do Convento é

a) Madeira e Porto Santo.

b) um bairro de casas de madeira.

c) uma oficina.

d) o arquipélago os Açores.

e) alusão a Cristiano Ronaldo.

 

A «Ilha da Madeira» de que se fala em Memorial do Convento é

a) Madeira e Porto Santo.

b) um bairro de casas de madeira.

c) uma oficina.

d) o arquipélago os Açores.

e) alusão a Cristiano Ronaldo.

 

A certa altura, o narrador

a) informa que, desde a promessa de edificação do convento, passaram dois anos até que a rainha engravidasse.

b) insinua que a rainha já estaria grávida antes mesmo da promessa feita pelo rei.

c) insinua que a rainha poderia ter dormido com um franciscano.

d) põe a hipótese de Maria Bárbara ser filha de Madre Paula.

e) diz-nos que a rainha tivera relações sexuais com o cunhado.

 

Agora não se vá dizer que, por segredos de confissão divul gados, souberam os arrábidos que a rainha estava grávida antes mesmo que ela o participasse ao rei. Agora não se vá dizer que D. Maria Ana, por ser tão piedosa senhora, concordou calar-se o tempo bastante para aparecer com o chamariz da promessa o escolhido e virtuoso frei António. Agora não se vá dizer que el-rei contará as luas que decorrerem desde a noite do voto ao dia em que nascer o infante, e as achará completas. Não se diga mais do que ficou dito.

Marta Maria é

a) uma das Martas das minhas turmas.

b) alguém que fica feliz quando cai granizo.

c) sogra de Blimunda.

d) mãe de Bartolomeu.

e) filha de Maria Ana.

 

Scarlatti viera para Portugal como

a) padre e orador.

b) mestre da infanta.

c) cozinheiro do rei.

d) arquiteto do convento.

e) cantor castrado.

 

Scarlatti levaria para a quinta onde se construía a passarola

a) uma rosa.

b) um malmequer.

c) um violino.

d) um cravo.

e) diversas plantas.

 

Blimunda ficaria encarregada de recolher

a) medos.

b) espíritos.

c) indícios.

d) vontades.

e) cocós de cão.

Por retórica ou por convicção, Abel Xavier assumiu que «treinador», «lutador» e «vencedor» seriam formados por composição morfossintática («treinador» = ‘treina a dor’; «lutador» = ‘luta a dor’; «vencedor» = ‘vence a dor’).

Na verdade, trata-se de palavras derivadas por sufixação, constituídas pelas formas de base «treina(r)», «luta(r)» ou «vence(r)» a que se acrescentou o afixo/sufixo -dor. Este sufixo de nominalização tem o significado de ‘profissão, agente’, inscrevendo-se num grupo de sufixos que servem para formar

nomes agentivos: -ário («empresário», «bancário»); -ino («campino», «bailarino»); -eiro («carteiro», «porteiro»); -ista («pianista», «motorista»); -nte («estudante», «pedinte»).

O ex-treinador do Olhanense comete ainda um lapso, ao criar a palavra «eficacidade» (em vez de «eficácia»). Porém, foi um erro com lógica. Entre os vários sufixos de nominalização que significam ‘qualidade, estado, propriedade’ estão -idade («velocidade») e -ia («alegria»), ao lado de, por exemplo, -ice («tolice») e -ura («ternura»). Só que ao adjetivo «eficaz» cabe o sufixo -ia (e não -idade).

VALOR RESTRITIVO

E

NÃO RESTRITIVO

DOS ADJETIVOS

 

Quando os adjetivos surgem em posição pós-nominal costumam ter valor restritivo:

 Os alunos passaram de ano.

Os alunos estudiosos passaram de ano.

As casas são caras.

As casas grandes são caras.

 

(O adjetivo incide sobre a realidade designada pelo nome, especificando-a, limitando-a, reduzindo-a.)

Estes adjetivos pospostos ao nome podem aliás ser substituídos por uma oração relativa de valor restritivo:

 Os alunos que estudaram passaram de ano.

As casas que são grandes são caras.

Em posição pré-nominal surgem sobretudo adjetivos que exprimem qualidades, avaliações, noções associadas a certa subjetividade. Estes adjetivos têm um valor não restritivo:

 Um bom aluno.

Um esplêndido dia.

 

(Neste caso, os adjetivos não restringem a realidade designada, avaliam-na.)

Muitos adjetivos podem surgir em qualquer das posições, mas a opção de colocação trará um sentido ora mais subjetivo (conotativo), quando antes do nome, ora mais objetivo (denotativo), quando depois do nome:

 Um amigo velho (= ‘idoso’)

Um velho amigo (= ‘querido’)

Um homem pobre (= ‘sem dinheiro’)

Um pobre homem (= ‘infeliz’)

À margem: os adjetivos relacionais não surgem antes do nome nem são graduáveis:

 A revolta estudantil

*A estudantil revolta / *A revolta muito estudantil

O campeonato mundial*O campeonato muito mundial / *O mundial campeonato.

adjetivos qualificativos o brioso comandante; o comandante alegre

a mais bela moça; o jovem inteligentíssimo

adjetivos relacionais o governo português; a língua materna

adjetivos numerais o quinto golo; o primeiríssimo filme

normal (sorumbático)

 

comparativode superioridade (mais sorumbático do que)

de igualdade (tão sorumbático como)

de inferioridade (menos sorumbático do que)

superlativo absoluto sintético (sorumbaticíssimo)

analítico (muito sorumbático)

 

superlativo relativode superioridade (o mais sorumbático)

de inferioridade (o menos sorumbático)

1.1 O adjetivo «simpático» (l. 2) é utilizado no primeiro parágrafo no grau

a) normal.

b) comparativo de superioridade.

c) superlativo relativo de superioridade.

d) superlativo absoluto analítico.

1.2 A palavra «pontes» (ll. 6-7) é utilizada com o sentido figurado de

a)construções.

b)ligações.

c)passagens.

d)elevações.

1.3 Em «dando pretexto ao narrador para a crítica política» (l. 9), o constituinte «ao narrador» desempenha a função sintática de

a)modificador frásico.

b)complemento direto.

c)sujeito.

d)complemento indireto.

1.4 No segmento «da qual sai maneta» (ll. 8-9) o referente de «da qual» é

a) «guerra» (l. 8).

b) «sucessão espanhola» (l. 8).

c) «guerra da sucessão espanhola» (l. 8).

d) «construção da máquina voadora» (ll. 9-10).

 

1.5 A expressão «Heróis do pé descalço» (l. 17 e 38) significa

a) Heróis sem recursos financeiros.

b) Heróis sem sapatos.

c) Heróis caminhantes.

d) Heróis extravagantes.

1.6 O recurso ao vocábulo de cariz religioso «via-sacra» (l. 26) salienta

a) o sofrimento de Blimunda em busca de Baltasar.

b) o sacrifício de Baltasar.

c) os meios de procura utilizados por Blimunda durante a sua viagem.

d) o carácter inconstante e débil de Blimunda.

 

1.7 Os adjetivos presentes na passagem «uma história invulgar ou insólita, de personagens modeladas ou redondas» (l. 29) possuem um valor

a)exemplificativo.

b)restritivo.

c)explicativo.

d)conclusivo.

2.1 Identifica o ato ilocutório concretizado no sexto parágrafo (ll. 20-21).

No sexto parágrafo há um ato ilocutório assertivo.

2.2 Indica o antecedente de «esta», usado na linha 23.

O antecedente de «esta» é «Blimunda» (l. 23).

2.3 Refere o valor da referência deítica «No último auto de fé» (l. 25).

A suposta referência deítica «No último auto de fé» tem valor temporal.

Nesse meu último auto de fé

Há pouco, quando começava a escrever este texto

Ontem, fui visitar Mafra

1.1 = 5

1.2 = 5

1.3 = 5

1.4 = 5

1.5 = 5

1.6 = 5

1.7 = 5

2.1 = 5

2.2 = 5

2.3 = 5

50 pontos

Nas pp. 48 e 49 há dois textos de Pessoa (A e B), ortónimo, e uma crónica de Luís de Sttau Monteiro.

Depois de leres os três textos, escreve um comentário focado no modo como em Pessoa se alude à infância, com referência sobretudo àqueles dois poemas (ou só a um deles), mas em que poderás, se quiseres, aproveitar algum contraste com o texto de Sttau Monteiro.

(Cerca de 130-150 palavras.)

TPC

[Pergunta B do exame de 2010, 1.ª fase:]

Comente a importância de Blimunda na consecução do sonho de voar, em Memorial do Convento, de José Saramago, fazendo referências pertinentes à obra.

Escreva um texto de oitenta a cento e trinta palavras.

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