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I Congresso Brasileiro de Organização do Espaço e
X Seminário de Pós-Graduação em Geografia da UNESP Rio Claro ISBN: 978-85-88454-20-0 05 a 07 de outubro de 2010 – Rio Claro/SP
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ANÁLISE TEMPORAL DO USO E OCUPAÇÃO DO SOLO E QUALIDADE DA ÁGUA NA MICROBACIA RIBEIRÃO IRMA, MASSARANDUBA, SC
Fabrice SILVEIRA
Epagri/Ciram. Bolsista CNPq, Geógrafa, Rod. Admar Gonzaga, 1347, CEP 88034-901, Florianópolis SC
fabricesilveira@gmail.com
Denilson DORTZBACH Epagri/Ciram, Pesquisador, Florianópolis SC
denilson@epagri.sc.gov.br
Iria Sartor ARAUJO Epagri/Ciram, Pesquisadora, Florianópolis SC
iriaaraujo@epagri.sc.gov.br
Juliana Mio de SOUZA Epagri/Ciram, Pesquisadora, Florianópolis SC,
julianamio@yahoo.com.br
Ivan Luiz Zilli BACIC Epagri/Ciram, Pesquisador, Florianópolis SC
bacic@epagri.sc.gov.br Resumo O presente trabalho teve como objetivo analisar as transformações ocorridas no uso do solo entre os anos 1978 e 2008 e suas implicações na mata ciliar e qualidade da água, na microbacia do Ribeirão Irma, município de Massaranduba, SC. Foram utilizados fotos aéreas de 1978 e imagem satélite de 2008. As classes de uso definidas foram reflorestamento, arroz irrigado, banana, campo, campo sujo, complexo doméstico de subsistência, floresta primária, floresta secundária nos estágio inicial, médio e avançado de regeneração. As áreas de mata ciliar foram definidas baseadas na legislação federal. Para a análise da qualidade da água os parâmetros analisados foram coliformes fecais, turbidez, fósforo total e nitrato. Os resultados mostraram que houve poucas mudanças no uso e ocupação do solo na comparação entre o ano de 1978 e 2008, com predomínio de áreas com floresta secundária e aumento da área ocupada pelo arroz irrigado. As áreas de mata ciliar para adequação a legislação ambiental representaram um total de 323 ha. Os resultados de qualidade da água mostraram presença de coliformes fecais em todos os pontos amostrados, inclusive nas nascentes. As concentrações médias de fósforo e nitrato na água apresentaram valores inferiores ao limite previsto na resolução CONAMA 357/2005. Palavras-chave: sensoriamento remoto, mata ciliar, produção de arroz, recursos hídricos. Abstract
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Temporal analysis of land use and occupation and water quality in the Ribeirão Irma watershed, Massaranduba, SC. This study aimed to analyze the changes occurring in land use between the years 1978 and 2008 and its implications for riparian vegetation and water quality in the Ribeirão Irma watershed, municipality of Massaranduba, SC. Aerial photos from 1978 and satellite images from 2008 were used. The use classes defined were reforestation, irrigated rice, banana, grassland, dirty fields, subsistence household complex, primary forest and secondary forest in the initial, intermediate and advanced stage of regeneration. The riparian areas were defined based on federal law. For the water quality analysis, the parameters analyzed were fecal coliforms, turbidity, total phosphorus and nitrate. The results showed that there was little change in the land use and occupation in the comparison between years 1978 and 2008, with a predominance of areas with secondary forest and increasing the area occupied by irrigated rice. Areas of riparian vegetation to fit environmental legislation represented a total of 323 ha. The water quality results showed presence of fecal coliforms in all sampling points, including the springs. The average phosphorus and nitrate concentrations in water were below the limit established by Resolution CONAMA 357/2005. Keywords: irrigated rice, water resources, remote sensing, riparian vegetation
INTRODUÇÃO
À medida que a população aumenta, cresce a demanda por produtos agropecuários e
conseqüentemente, ocorre a expansão das áreas agrícolas, a intensidade de uso das
terras e dos recursos naturais. A conversão de áreas de floresta em explorações agrícolas
resulta em mudanças ambientais, especialmente na quantidade e qualidade da água,
assoreamento dos rios e erosão.
Em Santa Catarina, o uso e ocupação das terras ocorreram sem planejamento prévio,
tendo como objetivos o mínimo custo e o máximo benefício para seus usuários, sem
maiores preocupações com a preservação ambiental. Assim, as diversas pressões de uso
e demanda dos recursos naturais, acabaram contribuindo para a rápida degradação nas
microbacias. Dessa forma, é necessário compatibilizar o uso e ocupação das terras com
os condicionantes locais e a legislação ambiental.
Pesquisas relacionadas às mudanças temporais e espaciais nos padrões da paisagem
estão sendo realizadas visando obter respostas sobre a dinâmica de uso do solo
(GREENHILL et. al., 2003, p.2018). A compreensão dos padrões de mudanças,
relacionadas com as interações entre fatores socioeconômicos e fisiográficos, suas
causas e conseqüências socioambientais, conduzem ao aprimoramento da capacidade de
predizer dinâmicas futuras e estabelecer ações para o gerenciamento local (KIENAST,
1993, p.113).
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O sensoriamento remoto permite efetuar análises que visam o acompanhamento e o
monitoramento dos processos de mudanças espaço-temporais, através de comparações e
cálculos do percentual de variação (ANDRADE e OLIVEIRA, 2004, p.395).
Os usos e as formas de ocupação da terra são os principais fatores que contribuem para
a alteração físico-química nos recursos hídricos, através da disponibilização de resíduos
orgânicos e compostos químicos de atividades antrópicas (BRIGANTE, et al., 2002,
p.22). As relações entre uso do solo e as águas estão claramente demonstradas, sendo
que a conversão de áreas florestadas, principalmente para o uso agrícola, tem sido
associada à diminuição da sua qualidade (OMETO et al., 2000, p.332).
Tem sido demonstrado em microbacias, que a presença de mata ciliar nas zonas ripárias,
constitui condição básica, para garantir a manutenção da integridade dos processos
hidrológicos e ecológicos. As matas ciliares constituem parte importante nas
microbacias, tanto para a manutenção da qualidade da água, como na diminuição de
nutrientes nos curso d'água, devido à absorção do escoamento subsuperficial pelo
ecossistema ripário (ZAKIA, 1998, p.1).
Diante disso, o presente trabalho tem como objetivo realizar análise temporal do uso e
ocupação dos solos pela atividade antrópica, nos anos de 1978 e 2008, identificar as
áreas para adequação à legislação ambiental quanto as matas ciliares e analisar a
qualidade da água na microbacia Ribeirão Irma, localizada no município de
Massaranduba, SC.
MATERIAL E MÉTODOS
Caracterização da área de estudo
O estudo foi desenvolvido na microbacia Ribeirão Irma, coordenadas 26º35’00”S e
49º5’0”W, com área de 966,45 ha, localizada no município de Massaranduba, região
norte do estado de Santa Catarina.
FIGURA 1
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A classificação climática para a região, segundo Köeppen é Cfa, clima subtropical
úmido com verão quente. Este tipo climático predomina no litoral de Santa Catarina,
apresentando temperatura média do mês mais frio inferior a 18°C e temperatura média
do mês mais quente superior a 22°C, sem caracterização de estação seca, com a
precipitação do mês mais seco superior a 60 mm (SANTA CATARINA, 1986, p.23).
A área mapeada pertence à região da Floresta Ombrófila Densa, Formação Floresta
Submontana, caracterizada pelo grande número de espécies que se desenvolvem em
quatro estratos distintos. O extrato arbóreo superior, bastante denso, é composto por
árvores de 20 a 30 metros de altura, com capas largas e folhagem verde escura
perenefoliada. O extrato médio é constituído, geralmente, por um número
relativamente pequeno de árvores medianas, onde se destaca o palmiteiro (Euterpe
adulis). No estrato arbustivo ocorrem um pequeno número de espécies pertencentes às
Rubiáceas, Palmáceas e Monimiáceas. Por último, o estrato herbáceo é composto
principalmente por Helicomáceas, Marantáceas, Pteridófitas e Gramíneas. Como
epífitos, existe um grande número de Bromeliáceas, Orquidáceas, Aráceas, Cactáceas,
Piperáceas e Pteridófitas (SANTA CATARINA, 1986, p.25)
As principais classes de solo (Figura 2) encontradas na microbacia são Argissolo
Vermelho-Amarelo e Gleissolo Háplico, ocupando as cotas inferiores e Cambissolo
Háplico em relevo mais acidentado (EMBRAPA, 2006, p.49).
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FIGURA 2
Na geologia a microbacia está inserida nas unidades "Complexo Luís Alves" e "Área de
Sedimentos Quatemários/Depósitos Aluvionares". O Complexo Luís Alves trata-se de
uma assembléia petrotectônica de rochas metamórficas principalmente da fácies granulito,
composição básica-intermediária, gerada no Arqueano e Proterozóico Inferior. As rochas
metamórficas da fácies granulito se expressam por: gnaisses noríticos, gnaisses
enderbíticos, gnaissescálcio-silicáticos, gnaisses kinzigíticos, anortositos, quartzitos e
ultramafitos. As rochas pertencentes às outras fácies (fácies anfibolito, epidotoanfibolito e
xistos verdes) são as seguintes: biotita-gnaisses, homblenda-biotita-gnaisses,
metatonalitos, metadioritos, metagabros, anfibolitos, diatexitos, metatexitos, serpentinitos,
xistos magnesianos e rochas cataclásticas. A Área de Sedimentos Quatemários /
Depósitos Aluvionares é composta de sedimentos fluviais que formam, por vezes,
extensas planícies. Possui morfologia plana e vegetação característica. Seguidamente,
recortam depósitos mais antigos, evidenciando que estão geneticamente ligados a um
abaixamento do nível de base de erosão no Quaternário. São constituídos por areias,
argilas, cascalhos e material síltico-argiloso, localizando-se os sedimentos mais grosseiros
preferencialmente nas regiões próximas às nascentes dos cursos de água, enquanto que os
mais finos predominam nas planícies de inundação (SANTA CATARINA, 1986, p.45).
A área onde se situa a microbacia Ribeirão Irma localiza-se na unidade geomorfológica
Serrado Tabuleiro/Itajaí. Segundo Santa Catarina (1986, p.46), a caracterização da
unidade é feita pela seqüência de serras dispostas de forma subparalela. A orientação
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predominante destas serras é no sentido NE-SW, e altimetricamente apresentam-se
gradativamente mais baixas em direção ao litoral, atingindo próximo à linha da costa
altitudes inferiores a 100m, onde terminam através de pontas, penínsulas e ilhas. Uma
característica geral do relevo da unidade é dada pela intensa dissecação, que se acha, em
grande parte, controlada estruturalmente, resultando num modelado de dissecação
diferencial. Os vales são profundos com encostas íngremes e sulcadas, separadas por
cristas bem marcadas na paisagem.
Análise temporal do uso e ocupação
O método de análise temporal foi empregado para identificar, espacializar, caracterizar
e quantificar as classes de uso e ocupação das terras na área de estudo em duas datas
distintas. A partir desta análise foi possível construir o cenário passado e compreender
as mudanças no cenário atual. O método emprega tecnologias de sensoriamento remoto
e geoprocessamento com dados levantados no campo.
Para análise do uso atual, o método foi estruturado a partir da visão sinóptica da área
utilizando uma imagem de satélite ortorretificada do ano 2008 de alta resolução, com
confirmação das classes de uso e ocupação a campo.
Para análise do uso passado foram utilizadas ortofotos pancromáticas na escala
aproximada de 1:25.000 do levantamento aerofotogramétrico de Santa Catarina - vôo
Cruzeiro do Sul de 1978 disponível no acervo aerofotogramétrico da Epagri. Os dados
interpretados nas imagens dos diferentes sensores foram modelados e trabalhados em
um Sistema de Informação Geográfica – SIG, utilizando programa ArcGIS 9.2 da Esri.
A sobreposição dos mapas no SIG permitiu identificar as mudanças no uso e ocupação
das terras, sua direção e velocidade no período de trinta anos de atividade agrícola na
microbacia.
Para a integração da imagem e da foto nas duas datas e dados cartográficos de diferentes
fontes e formatos, foi preciso realizar a correção geométrica dessas imagens. As etapas
deste procedimento compreenderam a coleta de dados (pontos de controle), a
ortorretificação e avaliação deste processo. A qualidade da correção geométrica é
altamente dependente da topografia do terreno e do número, exatidão e distribuição dos
pontos de controle terrestres (TAO E HU, 2002, p.705).
Para dar prosseguimento ao processo de correção geométrica das imagens foi
imprescindível a obtenção de pontos de controle com a maior precisão possível. Desta
forma, coletaram-se 29 pontos com GPS pelo método estático relativo abrangendo toda
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a área de estudo. O roteiro do trabalho de campo e a localização dos pontos foram
previamente planejados de forma a garantir a sua boa distribuição e que as feições de
interesse estivessem representadas tanto na imagem como na foto.
Para facilitar a identificação exata dos pontos, foi realizada a monografia dos pontos,
ampliando-se as imagens nos locais de interesse.
Pelos erros médios quadráticos (Root Mean Square - RMS) encontrados na imagem é
válido dizer que elas podem ser utilizadas em estudos na escala de 1:10000, ou seja,
para a escala necessária para execução deste trabalho.
Utilizando a resolução de 1:2000 foram identificadas, espacializadas e quantificadas as
classes de uso, que foram definidas nas seguintes categorias de mapeamento:
reflorestamento, arroz irrigado, banana, campo, campo sujo, complexo doméstico de
subsistência além das categorias baseadas na Resolução CONAMA nº 10 (BRASIL,
1993): floresta primária, floresta secundária nos estágio inicial, médio e avançado de
regeneração. Os produtos cartográficos gerados foram mapas temáticos de uso e
ocupação das terras atual e do ano de 1978 da microbacia.
Análise da área de mata ciliar
A análise das áreas de mata ciliar foi estruturada com base no Código Florestal, Lei
Federal n°. 4.771, de 15 de setembro de 1965 (BRASIL, 1965) e nas Resoluções
CONAMA n°. 302, de 20 de março de 2002 (BRASIL, 2002a) e n°. 303, de 20 de
março de 2002 (BRASIL, 2002b), com rede de drenagem baseada na carta topográfica,
escala 1:50.000, IBGE 1980, folha Pomerode (SG-22-Z-B-IV-2)..
O mapa de áreas de mata ciliar foi elaborado utilizando-se dados obtidos da
interpretação da imagem de satélite ortorretificada de alta resolução e vetorização, em
tela, da hidrografia. No SIG, foi criado um buffer, de largura igual àquela definida pela
legislação ambiental para cada classe de interesse, nas áreas de preservação permanente
ao longo dos rios.
A partir do cruzamento dos mapas de uso e ocupação atual das terras e o mapa de áreas
de mata ciliar, no SIG, foi possível identificar e caracterizar os conflitos ambientais
decorrentes da não adequação à legislação ambiental da área estudada.
Foram identificadas as áreas para adequação à legislação ambiental do uso e ocupação
das terras da microbacia Ribeirão Irma.
Qualidade da água
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Para a avaliação da qualidade da água, foram escolhidos 3 pontos para coleta de água
correspondendo aos seguintes locais: (1) Nascente do Ribeirão Irma; (2) Ribeirão Irma
Médio; (3) Ribeirão Irma Baixo (Figura 2). Na nascente as amostragens ocorreram no
período entre julho e outubro de 2009 (diagnóstico preliminar). Nos outros pontos, as
amostragens foram feitas durante 1 ano, entre julho de 2009 e junho de 2010. Neste
trabalho são apresentados os resultados referentes às primeiras 23 campanhas de
amostragem.
Os parâmetros analisados nas amostras coletadas foram os seguintes: turbidez,
coliformes fecais (CF), fósforo total (PT) e nitrato (N-NO3). As análises físico-químicas
e microbiológicas realizadas nas amostras obedeceram aos procedimentos previstos no
Standart Methods (APHA, 1998).
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Análise temporal do uso e ocupação
Ao longo de 30 anos de uso e ocupação do solo representado pelos anos de 1978 e
2008, foram encontradas dez categorias temáticas, cujas classes de uso do solo em
hectares e percentual da área da microbacia, encontram-se na Tabela 1.
Tabela 1. Classes de uso do solo da microbacia Ribeirão Irma em percentual e hectares nos anos de 1978 e 2008.
CLASSES DE USO DO SOLO 1978 (ha)
% 2008 (ha)
%
Arroz Irrigado 155,58 16,10 204,44 21,15 Banana - - 15,63 1,62 Campo 144,93 15,00 107,63 11,14 Campo Sujo 102,95 10,65 43,37 4,49 Complexo Doméstico de Subsistência 17,68 1,83 47,65 4,93 Floresta Primária 73,39 7,59 67,99 7,03 Floresta Secundária Estágio Inicial 131,62 13,62 68,79 7,12 Floresta Secundária Estágio Médio 195,36 20,21 153,32 15,86 Floresta Secundária Estágio Avançado 144,45 14,95 245,90 25,45 Reflorestamento 0,49 0,05 11,73 1,21 Total 966,45 100,00 966,45 100,00
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As Figuras 3 e 4 apresentam respectivamente os mapas de uso e ocupação de solo dos
anos de 1978 e 2008 que confirmam a atuação antrópica sobre os ecossistemas
florestais, provavelmente devido a retirada de produtos como madeira, frutos, a
expansão da produção de alimentos e ocupação do solo, causando a diminuição na
cobertura florestal, sendo observados ecossistemas vegetais em diferentes estágios
sucessionais, caracterizados pela predominância da vegetação secundária.
FIGURA 3
FIGURA 4
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Conforme os dados apresentados na Tabela 1, para o uso no ano de 2008, observa-se um
total de 55,46% da área da microbacia ocupado com florestas, com predominância da
secundária, destacando o estágio avançado de regeneração. Um dado considerável, visto
que as florestas em estágio médio e avançado apresentam diversidade de espécies e uma
estrutura que se aproxima das florestas no maior nível hierárquico na sucessão, o que se
pode afirmar segundo a Tabela 1, que 48,3% da superfície da microbacia são revestidas
por florestas em bom grau de conservação, sendo que nessas florestas são vedadas
legalmente quaisquer iniciativas de supressão da vegetação, sendo impedidas de serem
desmatadas por sua expressão ecológica.
Em 1978 também foram observados maiores valores para as áreas com floresta
secundária, sendo que 13,62% da área estavam ocupadas pelo estágio inicial de
regeneração, que se caracteriza por surgir logo após o abandono do solo, durando entre
seis e dez anos, dependendo do grau de degradação do solo e do entorno e a altura
média da vegetação não ultrapassa quatro metros, o que sugere que essa floresta tenha
alcançado o estágio avançado em 2008 caso não tenha ocorrido nenhuma perturbação.
O estágio médio de regeneração foi o que apresentou em 1978 os maiores percentuais
entre os usos na área, correspondendo a 20,21%. Esse estágio pode ocorrer entre seis a
quinze anos depois do abandono do solo, constituindo-se por árvores que podem atingir
o comprimento de doze metros e a diversidade aumenta, mas ainda há predominância de
espécies de árvores pioneiras.
Os maiores valores de florestas no estágio inicial e médio em 1978 refletiram em
maiores valores no estágio avançado em 2008 (25,44%), esse estágio inicia-se
geralmente depois de quinze anos e pode levar de 60 a 200 anos para alcançar
novamente o estágio semelhante à floresta primária. A diversidade aumenta
gradualmente à medida que o tempo passa e esse processo é acelerado caso existam
remanescentes primários para fornecer sementes. A altura média das árvores é superior
a doze metros (APREMAVI, 2010, p.27).
O surgimento da floresta secundária no local, especialmente nas áreas de encosta
podem estar relacionados tanto pelo abandono das áreas pelos elevados índices de
erosão e degradação dos solos, ocasionados pela utilização de culturas anuais e
pastagens, como também pelo êxodo rural Esta vegetação obedece a um certa
hierarquia para seu estabelecimento, começando com ervas anuais, capoeirinha,
capoeira, capoeirão e terminando em floresta secundária, cujo aspecto fisionômico é
muito semelhante à floresta primária (SANTA CATARINA, 1986, p.25).
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A floresta primária que representava 7,59% da microbacia em 1978 teve um decréscimo
para o ano de 2008, correspondendo 7,03% da área. Essas áreas de floresta encontram-
se nas áreas de maior declividade da microbacia, especialmente pela dificuldade de
utilização agrícola e pela valorização da cultura do arroz irrigado que ocupa as áreas
planas e que representa 21% da área da microbacia em 2008, com um aumento de 5%
quando comparado com a área cultivada em 1978. O avanço não foi maior
provavelmente devido as condições especificas de relevo para a produção dessa cultura,
que necessita de áreas planas e com boa disponibilidade de água.
Observa-se que as áreas de pecuária sofreram grandes decréscimos no período avaliado,
verificado pelo decréscimo das áreas de campo e campo sujo. O campo sujo se
caracteriza por áreas que apresentam pequenas diferenças nas respostas dos
histogramas, que associadas a uma análise do relevo e o apoio das imagens possibilitam
o mapeamento dessa categoria, que pode estar relacionada ou ao baixo número de
animais por área, como também pelo início do abandono da área, incidindo na área
algumas espécies pioneiras herbáceas que se misturam com o campo naturalizado.
Provavelmente parte dessas áreas foram substituídas por lavouras de arroz, como
também pelo reflorestamento de eucalipto ou para a cultura de banana, porém estes são
pouco representativos na microbacia.
Observou-se um aumento do complexo doméstico de subsistência, que se refere a área
no entorno na propriedade que engloba tanto a residência como benfeitorias, assim
como horta e pomar, que são classificados como áreas de subsistência e não são
possíveis de ser incluídos nas demais classes. Esse aumento dessas áreas no tempo pode
estar relacionado com a divisão das propriedades com os filhos criando novos
complexos de subsistência.
Análise da área de mata ciliar
Na figura 5 é apresentado o mapa de adequação legal da mata ciliar onde estão
representadas as áreas que segundo a legislação, necessitam de mata ciliar.
FIGURA 5
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Considerando-se a escala da rede de drenagem de 1:50000, observa-se na Tabela 2
que a área total onde deveria estar sendo ocupada com mata ciliar é de 96,25 ha,
representando um percentual de 9,96% da área da microbacia. Desse total 53 ha estão
sendo ocupados por florestas tanto primárias como secundárias, destacando a floresta
secundária em estágio avançado de regeneração que ocupa 21,86 ha, ou seja, 22,71%
da área da microbacia Ribeirão Irma. O percentual de florestas, que corresponde a
55% da área do Ribeirão Irma está de acordo com a legislação, e ocupa especialmente
as áreas de encosta, onde se encontram grande número de nascentes. Este fato pode
indicar um grande volume de água disponível, que pode ser confirmado pelo grande
número de áreas com plantio de arroz nas áreas planas da microbacia e garante, dessa
forma, a manutenção da integridade dos processos hidrológicos e ecológicos.
A Apremavi (2010, p.17) em estudo realizado na Comunidade de Alto Dona Luiza, no
município de Atalanta no ano de 1997, mostrou que 47% do entorno dos rios possuía
mata ciliar. Já no estudo de todo município demonstrou que, em 1978, 65% das matas
ciliares estavam preservadas, contra apenas 50% no ano de 2.000, ou seja, houve uma
redução de 15% em 22 anos de ocupação do solo.
Tabela 2. Classes de uso do solo em áreas definidas como de mata ciliar conforme legislação ambiental, em hectares e percentual de área na microbacia Ribeirão Irma. CLASSES DE USO DO SOLO Mata ciliar
(ha) %
Arroz Irrigado 19,88 20,65
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Banana 3,58 3,72 Campo 5,17 5,37 Campo Sujo 5,07 5,27 Complexo Doméstico de Subsistência 7,62 7,91 Floresta Primária 6,64 6,90 Floresta Secundária Estágio Avançado 21,86 22,71 Floresta Secundária Estágio Médio 13,51 14,04 Floresta Secundária Estágio Inicial de Regeneração 11,00 11,42 Reflorestamento 1,93 2,01 Total 96,25 100
Dos 43,25 ha que estão em desacordo com a legislação, 20,65 ha estão sendo
utilizados com a cultura de arroz irrigado, destacando o impacto dessa cultura nas
áreas de mata ciliar. Aproximadamente 10% do total cultivado com a cultura estão
localizados em áreas de mata ciliar. As áreas ocupadas com campo e campo sujo
correspondem a 10% do total das áreas que necessitam de adequação ambiental. As
áreas de reflorestamento com eucalipto ocupam 2% da microbacia, o que indica a
utilização de florestas exóticas ocupando essas áreas.
Qualidade da água
Na análise da qualidade da água, para fins de comparação com a legislação vigente,
levaremos em conta a Portaria número 24 (SANTA CATARINA, 1979), a qual
enquadra em classes os cursos d’água do Estado de Santa Catarina. Esta portaria resolve
que todos os rios que não sejam mencionados nominalmente na mesma como Classe 1
ou 3 serão considerados de Classe 2, entre eles enquadram-se o Ribeirão Irma.
Porém, os rios da microbacia estudada são utilizados para a irrigação do arroz, os quais,
segunda a resolução CONAMA nº 357 (BRASIL, 2005), podem ser enquadrados como
Classe 3 (irrigação de cereais).
Os valores médios, desvio padrão, máximo e mínimo dos parâmetros analisados podem
ser observados na Tabela 3.
Tabela 3. Concentração dos parâmetros estudados – pontos de coleta. COLIFORMES FECAIS (NMP/100mL)
Pontos de coleta Média DP Máximo Mínimo Irma Nascente 1,6E+03 2,3E+03 5,2E+03 0 Irma Médio 6,2E+03 1,2E+04 5,2E+04 1,0E+02 Irma Baixo 4,3E+03 8,2E+03 3,7E+04 3,0E+02
TURBIDEZ (NTU)
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Pontos de coleta Média DP Máximo Mínimo Irma Nascente 1,73 1,37 3,01 0,00 Irma Médio 6,84 6,26 33,40 2,28 Irma Baixo 18,67 27,40 134,00 5,16
FÓSFORO TOTAL (mg/L) Pontos de coleta Média DP Máximo Mínimo Irma Nascente 0,04 0,02 0,05 0,01 Irma Médio 0,05 0,04 0,17 0,01 Irma Baixo 0,03 0,02 0,08 0,01
NITRATO (mg/L) Pontos de coleta Média DP Máximo Mínimo Irma Nascente 0,17 0,01 0,19 0,15 Irma Médio 0,20 0,04 0,28 0,13 Irma Baixo 0,16 0,03 0,24 0,12
A Figura 6 mostra a concentração de coliformes fecais (NMP/100mL), nos pontos de
coleta do Ribeirão Irma. Os valores médios de coliformes fecais (Escherichia coli)
estiveram acima do limite permitido pela resolução CONAMA nº 357 (BRASIL, 2005),
que é de 1000 NMP/100 mL. Ocorreram valores altos, com até 1 unidade log acima do
limite legal, como ocorreu no ponto do Irma Médio, alcançando 5,02E+04 NMP/100
mL.
A contaminação por coliformes, em todos os pontos, inclusive nas nascentes, mostra
que não há sistemas de proteção de fontes efetivos e que a contaminação difusa através
de dejetos animais e esgoto doméstico atingem toda a rede hídrica estudada.
FIGURA 6
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Os valores médios de turbidez sempre estiveram abaixo do valor permitido pela
Resolução 357/05 do CONAMA para as águas de Classe 3, destinadas ao cultivo de
cereais e para Classe 2, que é de 100 NTU. Porém ocorreram picos, alcançando o valor
máximo de 134 NTU no ponto mais a jusante (Irma Baixo), valor acima do permitido
pela legislação (Figura 7).
Os valores mais elevados de turbidez ocorreram nos períodos de julho a agosto de 2009
e entre janeiro de fevereiro de 2010. Estes períodos correspondem ao preparo do solo
nas quadras e a colheita do arroz, respectivamente, nos quais ocorre movimentação do
solo e perdas de sólidos por escoamento superficial.
Deschamps et al. (2001, p. 108) relatam que o manejo inadequado da água de irrigação
na fase de preparo do solo para o plantio de sementes pré-germinadas contribui para as
perdas de solo e conseqüente aumento da turbidez. Os autores enfatizam ainda que as
perdas de sedimentos variam com a textura do solo e, com o tempo podem causar
empobrecimento do solo e assoreamento dos recursos hídricos.
FIGURA 7
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Os valores PT ficaram na faixa de 0,01 mg/L a 0,17 mg/L, este valor máximo foi
encontrado no Irma médio (Figura 8). As maiores concentrações de fósforo total no
Ribeirão Irma ocorreram durante o preparo do solo (julho) e no período de adubação
(agosto e setembro).
Os valores médios ficaram entre 0,03 e 0,05 mg/L e estão, de forma geral, próximos ao
valor permitido para ambientes intermediários em rios de Classe 2, no qual o máximo
deve ser de 0,05 mg/L de fósforo total (BRASIL, 2005). Caso o ambiente seja
considerado lótico e os rios sejam tributários de ambientes intermediários o máximo
permitido será de 0,1 mg/L.
O fósforo é um nutriente limitante para o crescimento algal, e pode ser determinante na
eutrofização de corpos d’água. De acordo com Pionke et al. (2000, p.334), cerca de 33%
das áreas agrícolas são responsáveis por 58% do fósforo que chega aos mananciais
hídricos.
FIGURA 8
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Houve variação nos valores de nitrato ao se comparar os pontos de coleta (Figura 9). O
menor valor foi encontrado na Irma Baixo (0,12 mg/L) e o maior valor foi encontrado
na nascente do Irma Médio (0,28 mg/L), observados na figura 9. O valor máximo de
concentração de nitrogênio, medido como nitrato, recomendado pelo CONAMA nº 357
(BRASIL, 2005) para rios de Classe 2 é de 10 mg/L, ou seja, muito superior a
encontrada nas amostragens realizadas.
Os valores mais elevados de nitrato ocorreram entre julho e setembro, ou seja, no
mesmo período em que os outros parâmetros também apresentaram picos. Esta
condição mostra que o preparo do solo nas quadras de arroz e a adubação com NPK
contribuíram para a redução da qualidade da água no Ribeirão Irma.
FIGURA 9
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CONCLUSÃO
Após 30 anos foram observadas poucas alterações no uso do solo da microbacia, com
uma tendência de aumento das florestas nas áreas de maior declividade e expansão da
produção de arroz nas áreas planas, que é a atividade econômica mais representativa na
microbacia.
Grande parte da microbacia é revestida por floresta sendo necessário revegetação da
mata ciliar em muitas áreas que hoje são utilizadas com a cultura do arroz.
O estudo da dinâmica da paisagem permitiu avaliar que as atividades econômicas,
foram os principais fatores que impulsionaram o uso do solo na microbacia Ribeirão
Irma.
Ocorreu contaminação difusa em todos os pontos amostrados na rede hídrica, inclusive
nas nascentes, apesar das concentrações de fósforo e nitrato apresentarem, de forma
geral, valores inferiores ao limite previsto na resolução CONAMA 357/2005.
Os valores de coliformes fecais estiveram acima do permitido na legislação vigente
(BRASIL, 2005) em 30% das amostras da nascente do Ribeirão Irma e em 70% das
amostras do Ribeirão Irma Médio e Ribeirão Irma Baixo.
O Ribeirão Irma apresenta baixa qualidade microbiológica e uma condição regular em
relação aos parâmetros físico-químicos, necessitando de ações como a proteção de
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nascentes, o controle de emissão de efluentes domésticos e agropecuários e a
racionalização do manejo das quadras e do uso de fertilizantes na produção do arroz.
AGRADECIMENTOS
Ao CNPq, pelo auxílio financeiro, através do projeto aprovado no Edital
MCT/CNPq/CT-AGRONEGÓCIO/CT-HIDRO - Nº 27/2008.
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