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Fundamentos de análise qualitativa com base no programa NVIVO 10. Material de referência para fins didáticos.
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Análise qualitativacom o programa
NVIVO: fundamentos
Alex Niche TeixeiraQSR NVIVOINDEPENDENT LISTEDCONSULTANT, BRAZIL
Porto Alegre, janeiro de 2015
DEPARTAMENTO DE SOCIOLOGIA
UFRGS
Um pouco de história
CAQDASSigla em inglês que define o conjunto dos programas de computador orientados para o auxilio na análise qualitativa: Computer-aided qualitative data analysis software.
Surgem na virada dos anos de 1970 para 1980, primeiro nos Estados Unidos e depois com vários fabricantes pelo mundo:
- The Ethnograph - Alceste - Kwalitan - Hyper Research - WinMax - Atlas.TI - NUD*IST
QSR NUD*ISTA primeira versão do software da QSR International chamava-se NUD*IST, acrônimo de Non-numerical unstructured data indexing, searching and theorizing, ou seja, indexação, busca e teorização de dados não numéricos e não-estruturados.
Assim como os similares da primeira geração deste tipo de programas, tratava-se de um sistema de gerenciamento e inferência de informação baseado no princípio da codificação de texto visando posterior recuperação de resultados (princípio do code and retrieve).
Este princípio permanece nas recentes versões destes softwares, embora tenham sido adicionados de uma série de outros recursos para a análise.
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Como um programa de computador para análise de
informações não-numéricas e não-estruturadas, o NUD*IST
ofereceu à pesquisa qualitativa um suporte informatizado que
já estava disponível para a abordagem quantitativa em
pesquisa, com softwares como o SPSS, há pelo 20 anos
antes. Como é sabido, nestes últimos programas, os dados
precisam ser necessariamente estruturados, o que não ocorria
para o NUD*IST.
No NUD*IST eram bem evidentes - e um tanto restritas - as dimensões de tratamento das informações: uma janela
para os nós que continham as categorias, ou dimensões de
análise do projeto e outra para os documentos, tidos como as fontes empíricas que deveriam
ser transcritas e salvas no formato TXT (texto sem
formatação).
O programa estava otimizado para rodar em PCs com
sistema operacional Windows 95.
Muitos destes programas tornaram-se hoje obsoletos,
mas outros foram aperfeiçoados e continuam a
ser comercializados como WinMax (hoje MaxQDA) e
Atlas.TI .
Mais informações em: http://caqdas.soc.surrey.ac.uk
Alex Niche Teixeira
Análise qualitativacom o programaNVIVO: fundamentos
Área de trabalho do NUD*IST 4.
Alex Niche Teixeira
Análise qualitativacom o programa
NVIVO: fundamentos
O NVivo 7 (figura abaixo), além de unificar os recursos do NVivo 2 e do NUD*IST 6, trouxe aprimoramentos das ferramentas existentes - como os modelos e gráficos - e novas possibilidades para as buscas e o tratamento analítico das informações, além da aproximação do layout aos programas do pacote Office da Microsoft:
Na versão 7 o espaço de trabalho do NVivo mudou bastante e ficou muito parecido com o do Outlook (programa de emails do Microsoft Office).
A idéia foi tornar a interface do programa mais familiar aos usuários acostumados com o Office (Word e Excel), valendo-se do fato de que a QSR International, fabricante do NVivo, tornou-se “Microsoft Gold Partner” a partir de 2006.
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QSR NvivoA primeira versão do NUD*IST Vivo (NVivo) foi lançada em 2001, juntamente com a versão 5 do NUD*IST.
Nesta mesma política de manter dois softwares aparentemente com os mesmos propósitos, foram ainda lançados paralelamente o NUD*IST 6 e o NVivo 2 (tela abaixo).
Tinha-se a idéia deque o NUD*IST era umpacote mais robusto paralidar com grandes bases de informações, enquanto o NVivo era um programa para mergulhar mais a fundo em um menor volume de materiais, com outras possibilidades de tratamento, a partir de recursos mais sofisticados de buscas, como o uso de tabelas de atributos, além da visualização de resultados na forma de modelos.
O mais provável é que as limitações de um e outro se dessem muito mais em função da capacidade das máquinas (hardware) disponíveis naquela época, principalmente em termos de processamento e volume de memória RAM.
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Antes de começar:
Sempre ter em mente que NVivo não faz mágica, não é um oráculo.
Não há resultados sem trabalho.
Algumas operações podem ser automatizadas, mas somente se mostrarão adequadas dependendo:
- da abordagem teórico-metodológica; - de como foi organizado o material empírico; - do tipo de resultado que se espera.
O NVivo força o envolvimento do pesquisador com o material empírico. Exige a organização
do material em eixos temáticos ou outras formas de
categorização.Estimula pensar acerca das informações. Não substitui o
pesquisador, mas potencializa os resultados da pesquisa aumentando o alcance e a
profundidade da análise.
O espaço de trabalho doNVivo 8 não mudou muito em
relação à versão 7
As guias das seções permaneceram as mesmas,
indicando que a lógica geral de funcionamento do programa foi
mantida.
As diferenças mais significativas foram as adições
nos menus e as ferramentas de navegação de mídia (botões play, stop etc) em função da
possibilidade de trabalho com fontes audiovisuais.
Quanto à interface, pode-se dizer o mesmo do NVivo 9. A novidade ficou por conta dos
botões de menu ao estilo Office 2007/2010 e a renomeação de
algumas seções por conta de mudanças na forma interna de
gerenciamento das informações.
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Análise qualitativacom o programaNVIVO: fundamentos
A nova geração
Texto, som, imagem e maisInovações importantes apareceram com a versão 8 do NVivo lançada em março de 2008, particularmente a possibilidade de trabalhar diretamente com som e imagens (sem a necessidade de texto transcrito para estas fontes). Também foram melhoradas as saídas de resultados na forma de gráficos e surgiram os relatórios exportáveis em HTML para a visualização de resultados por usuários sem NVivo, diretamente num navegador web.
Áreas de trabalho do NVIVO 8 (ao lado)e NVIVO 10 (abaixo).
Na versões 9 e 10, planilhas e bancos de dados puderam ser importados como fontes, o que permitiu, por exemplo, codificar registros de questões abertas em questionários. Além disso as buscas por palavras foram otimizadas com a inclusão de dicionários de sinônimos para diversas línguas, inclusive português.
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Todas estas instânciaspodem ser utilizadas de modo combinado nas buscas, vinculadas umas às outras e representadas graficamente em modelos.
NVIVO 10: estrutura geral
Gerenciando as informaçõesNo que diz respeito à construção da projeto (ou base de dados) que se pretende analisar, as três principais instâncias de gerenciamento das informações de pesquisa em um projeto do NVivo são:
Fontes
Nós e codificação
Classificações e atributos
FontesÉ por onde tudo começa em um projeto. São os materiais empíricos, as fontes brutas, ou ainda as notas de campo e/ou registros do pesquisador , entre outros, em seus diferentes formatos de arquivos compatíveis:
Textos: DOCX, DOC, RTF, TXT, PDF
Imagens (fotos ou documentos digitalizados): BMP, GIF, JPG, TIF
Sons: WAV, MP3, WMA
Videos: MPEG, AVI, MOV, WMV
Conjuntos de dados: XLS, XLSX, OBDC, TXT
Arquivos em formatos não compatíveis como páginas da internet (.HTML) ou vídeos do Youtube (.FLV), podem ser importados com o auxílio do plugin NCapture que funciona com navegadores Internet Explorer e Chrome. O mesmo recurso pode ser usado para capturar dados do Twitter e Facebook como planilhas de dados estruturados. No caso de páginas de internet convencionais cpaturadas com o NCapture, o NVIVO as importa posteriormente como arquivos em formato PDF.
Uma vez importada, qualquer fonte pode ser ligada a outras fontes internas e também externas (como endereços de internet ou qualquer outro arquivo com um endereço recuperável). As fontes também podem ser classificadas quanto às suas características, ou seja, receber determinados valores de atributos quando vinculadas a uma planilha de classificação (ver p. 8).
As fontes são acessadas na guia Fontes. No espaço acima são visualizadas as pastas das fontes internas e externas, bem como os memos. Na janela à direita, o conteúdo das pastas, ou seja, as fontes propriamente ditas.
No exemplo ao lado está sendo visualizado um arquivo de vídeo em formato MPG localizado em //Fontes/Internals/Interviews
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Além do seu nome(rótulo,) um nó pode
conter definições , assimcomo links para memos ou
outros elementos do projeto e ainda serem relacionados entre
si para formar uma “rede” de significados com o recurso dos nós de tipo Relacionamentos.
Os “nós”, podem ser construídos numa estrutura
hierárquica que fica armazenada na pasta Nós
visualizável pelo acionamento da guia Nós
O método manual de codificação consiste em varrer
o texto em busca de trechos que correspondam à definição
conceitual contida no nó com o qual se está trabalhando,
selecionar esta passagem e “guardá-la” no nó.
Uma das formas de visualizar o andamento da codificação é
utilizar o recurso das Faixas de codificação. Estas também
consistem numa forma de observar sobreposições de
temas ocorrendo no material em análise,
Nós e codificaçãoOs nós (nodes) representam os temas, categorias ou conceitos de um projeto e servem para armazenar a codificação (coding) do material em análise.
Códigos são índices de referência adicionados a porções de material empírico (trechos de texto, porções de fotos, sons e imagens ou ainda células em uma planilha de dados).
A codificação, portanto, consiste em localizar passagens no material empírico e a elas atribuir os significados correspondentes aos nós com os quais estamos trabalhando.
A estrutura padrão da seção Nodes contempla os nodes (destinados à codificação do material empírico), relationships (orientados ao registro, sempre aos pares, de relações de sentido entre dois nós, duas fontes, um nó e uma fonte ou quaisquer outros elementos do projeto) e matrices (que guardam os resultados das tabelas matriciais de codificação geradas a partir das Queries)
Assim como as fontes, qualquer nó pode ser atrelado a uma tabela de classificaçoes e ser marcado conforme atributos particulares..
Juntando fontes, nós e codificação
Qualquer parte de um documento, som ou imagem pode ser codificada tantas vezes quanto necessário em diferentes nós.
As passagens, codificadas não são destruídas ou recortadas, o que permite um contínuo refinamento na análise.
Os nós e sua estrutura podem ser:
- construídos manual ou automaticamente (com auxílio das buscas de texto) com vantagens e desvantagens para um e outro modo;
- definidos a priori, antes do início da codificação, ou durante o processo de análise.
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Análise qualitativa com o programa
NVivo 8: fundamentos
Anotações
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Classificações e atributosNo NVIVO 10, bem como no 9, é possível manter diversas planilhas, isto é, tabelas no formato linha x coluna, com o intuito de classificar, segundo determinados atributos, as fontes ou os nós existentes no projeto.
Significa dizer que tanto fontes quanto nós podem ser definidos como casos endereçados a tabelas (classificações) a fim de serem marcados com valores de atributos, isto é, informações estruturadas.
Atributos, portanto, são informações estruturadas, variáveis e exclusivas daquilo que for definido como «caso» em uma planilha de classificação de fontes ou nós.
Tal como as variáveis em um banco de dados estruturado, os atributos podem assumir valores nos seguintes formatos:
numérico (exato ou decimal)
texto (seqüência de caracteres)
booleano (sim/não)
data e/ou horário
Uma vez definidos, os atributos servem como elementos nas buscas.
Assim um entrevistado pode ter suas falas categorizadas em nós e suas informações demográficas registradas na forma de atributos em uma classificação (classificação de nó). Da mesma forma, artigos de periódicos podem ser classificados quanto às suas informações bibliográficas (classificação de fonte).
Em qualquer uma situações, as tabelas (ou planilhas) de classificações podem ser geradas no próprio NVIVO ou serem preparadas num software como Excel e depois importadas. Classificações geradas no NVIVO podem também ser exportadas (nos formatos XLSX, XLS e TXT) e servir da base para análises estatísticas em softwares específicos para este propósito.
Vale lembrar: o NVIVO não disponibiliza qualquer teste estatístico.
O uso deste recurso não é obrigatório para o
desenvolvimento de um projeto no NVIVO e antes de mais
nada diz respeito ao desenho da análise.
Mas se a idéia for, por exemplo, comparar falas
(armazenadas em nós) de diferentes entrevistados
segundo algumas de suas características pessoais
(atributos) o uso das classificações será de grande
valia.
As planilhas de classificações ficam armazenadas em suas
pastas específicas (classificações de fontes e
classificações de nós) e podem ser acessadas na seção
«Classificações».
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No NVIVO 8 existia somente
uma tabela deatributos para todo o
projeto, a qual sechamava Casebook.
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Anotações
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NVIVO: fundamentos
Conjuntos
Um Conjunto consiste em um agrupamento de elementos participantes de um projeto no NVIVO, tais como nós, valores de atributos ou fontes de qualquer espécie reunidos sob critérios comuns.
Por este motivo trata-se de um recurso bastante versátil que pode servir tanto a propósitos organizacionais, como por exemplo manter o controle dos documentos pendentes no processo de codificação, bem como para reunir elementos (por exemplo, entrevistas) que compõem um grupo similar nas respostas sobre determinado tema.
É certo que uma parte das funções desempenhadas pelos Conjuntos pode ser igualmente alcançada com o uso de nós. Mas o conjunto tem a vantagem de permitir outro olhar, ou modo de cercar e organizar os mesmos elementos numa estrutura hierárquica de codificação mediante uma nova organização que extrapola a linearidade dos nós, sem, no entanto, afetar sua estrutura.
Para criar um Conjunto basta apontar para a pasta dos «Conjuntos» dentro da seção «Coleções» e criá-lo, fazendo uso do botão direito do mouse. Para alimentá-lo basta selecionar os elementos que dele devam participar, ou a partir dos próprios elementos em seus locais originais, clicar com o botão direito sobre eles e escolher «Adicionar ao Conjunto».
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Caminhos para análise
ConsultasAs ferramentas de investigação da base de dados em um projeto do NVIVO servem tanto para fazer emergir questões como para testá-las.
Pode-se excluir determinadas palavras desta contagem
alterando a lista das «Palavras impedidas» acessível na aba
«Arquivo/Info/Propriedades do Projeto».
As consultas Frequência de palavras e Pesquisa de Texto podem ser consideradas do primeiro grupo, isto é, aquelas que prestam-se a explorar inicialmente um conjunto de textos na medida em que não exigem conteúdo codificado:
O menu de consultas noNVIVO 10 pode ser acessado a
partir da guia superior «Explore/New Query» ou com
o botão direito do mouse na área da consultas (Queries).
As consultas salvas e alguns de seus resultados ficam
armazenados na guia Consultas
Frequência de palavras
A busca Frequência de palavras fornece a lista das “X” palavras mais frequentes para um escopo de texto definido. O resultado pode ser visualizado como tabela de frequências, nuvem de termos, mapa de palavras e clusters. Independentemente da forma de visualização, cada palavra apontada fornece acesso às suas ocorrências no contexto do material empírico.
Busca de texto
A busca de texto serve para encontrar palavras específicas solicitadas pelo pesquisador, podendo seu resultado ser salvo como um nó e assim constituir-se no início do trabalho de codificação a partir do encontro de palavras-chave. Assim como a Word frequency, os resultados desta busca podem aparecer na sua manifestação exata ou agrupada com termos semelhantes de um mesmo radical ou sinônimos.
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Anotações
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Mais Consultas
Codificação
A busca na codificação, como o nome sugere, parte da existência de material codificado. Permite recuperar o conteúdo de nós de codificação ou materiais marcados com atributos (busca simples) ou segundo determinados elementos de filtragem ( busca avançada) que podem ser outros nós ou atributos com o uso de operadores booleanos.
Matriz de codificação
As consultas de matrizes exibem resultados dos cruzamentos entre diversos elementos de um projeto (como nós e atributos) segundo operadores booleanos (E, OU, NÃO) ou contextuais (próximo, precedendo, encobrindo). Assim como a Consulta na Codificação, as buscas em matrizes operam a partir do conteúdo codificado nos nós e/ou definido nas classificações na forma de valores de atributos.
No exemplo ao lado tem-se uma matriz de insterseção
(operador booleano «AND») entre valores de um atributo
(Age group) e alguns nós (relativos ao tema «Economy»)
Os valores distribuídos nas células dizem respeito ao
número de códigos de referências, isto é, porções de material codificado para cada
um dos elementos cruzamentos. Estes valores podem ser visualizados de
outras formas como números de fontes codificadas, número
de palavras, caracteres etc.
Qualquer matriz de codificação pode ser visualizada na forma
de um gráfico clicando-se na guia «Chart» à direita da janela
de visualização.
Composta
As consultas compostas consistem em buscas de texto combinadas com outras buscas de texto ou no volume dos nós, segundo operadores também booleanos ou contextuais de proximidade, precedência ou envolvimento.
Em qualquer uma das situações os resultados das
consultas podem ser armazenados como novos nós,
suscitando o refinamento do trabalho inicial de codificação
ou a exploração de ideias já visando conclusões de
pesquisa.
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Relacionamentos e modelosQualquer elemento de um projeto no NVIVO (fonte, nó, conjunto) pode ser ligado a outro de maneira específica para estabelecer um ou mais relacionamentos.
Este recurso presta-se a registrar encontros de sentido entre elementos de um projeto, sejam estes sentidos descritivos ou analíticos, isto é, seja para apontar uma relação de parentesco entre dois entrevistados ou para anotar a interação significativa entre nós.
Cabe ao pesquisador determinar o tipo de relacionamento e definir os elementos nele envolvidos. Um mesmo elemento pode ser relacionado a outros tantas e quantas vezes se achar necessário, desde que isso seja feito aos pares.
Como um nó que é, um relacionamento pode receber conteúdo por meio de codificação. Isto pode ser crucial no caso de um relacionamento de sentido entre elementos para que o referencial empírico (as passagens de texto, som ou imagem) que suscitou o achado daquela relação fique «amarrada» ao item que a representa no projeto (o nó de relacionamento).
O conjunto dos pares de relacionamentos funciona como um mapa conceitual que pode suscitar novas questões para análise ou sintetizar conclusões.
Entretanto, para fins do processo interpretativo mais geral, a apreensão do conjunto dos relacionamentos, é pouco otimizada quando se recorre à visualização da lista, na área dos relacionamentos. Mas há como escapar a esta linearidade: os modelos são uma forma gráfica dinâmica para visualizar e analisar relacionamentos em sua complexidade, bem como outros itens do projeto.
Os modelos podem ser criados, gerenciados e acessados para
edição a partir da seção Modelos.
Para adicionar um item do projeto a um modelo basta
arrastá-lo até a área de visualização.
A disposição gráfica dos elementos de um projeto nos
modelos não os torna estanques, isto é, a qualquer
momento é possível modificar sua posição, remover ligações
e visualizar o conteúdo de texto, som ou imagem daquele
documento ou nó que está sendo graficamente
representado.
A lista de relacionamentos é construída armazenada na
área dos Nós na pasta Relacionamentos, a partir da seleção do par de elementos relacionados e utilizando de
tipos de relação pré-definidos pelo pesquisador.
Os tipos de relacionamento devem ser criados (nomeados)
na pasta Tipos de Relacionamentos, da área
Classificações e podem variar quanto à característica
(associativo, unidirecional ou bi-direcional).
É possível criar vários modelos num mesmo projeto, o que pode servir, entre outros usos, para comparar diferentes estágios de uma pesquisa. Qualquer modelo pode ser exportado em formato JPEG para ser incluído como figura em uma apresentação ou documento de texto.
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A partir da ferramenta «Chart»no menu «Explore» pode-se criar rapidamente gráficos relativos ao material codificado.
Pode-se ainda explorar relações entre a elementos do projeto utilizando-se as «Cluster Analysis», os «Tree maps» ou os «Graphs», aproveitando estas saídas como ponto de partida para criação de outros elementos dinâmicos mais complexos, como modelos.
Outras visualizações
Gráficos e diagramasNo NVIVO há diversas possibilidades de representação dos resultados de buscas em gráficos que podem ser exportados como figuras, tal como os modelos.
Relatórios em HTMLUma boa alternativa para divulgar os resultados finais ou comunicar o andamento da análise entre os membros da equipe que pesquisa que não disponham do NVIVO é a emissão de relatórios no formato HTML que pode ser visualizado em qualquer navegador de internet.
Alex Niche Teixeira
Análise qualitativacom o programa
NVIVO: fundamentos
Para, por exemplo, exportar o conteúdo de um nó codificado em HTML basta clicar com o botão direito do mouse sobre o nó e selecionar «Exportar/Exportar nó...».
As páginas HTML exportadas fornecem suporte a uma navegação e visualização completa no material trabalhado incluindo clipes de audio e vídeo, bem como imagens, sem que, no entanto, estes possam ser editados.
Requisitos para rodar o NVivo 10* Sistema:Windows XP com Service Pack 2 ou posterior
Processador:2.0 Ghz Intel Pentium ou compatível
Memória RAM:1 GB ou mais
Monitor:1024 x 768 pixels de resolução ou mais
Disco rígido:2 GB livres
Recomendável conexão de internet
* Conforme recomendação mínima do fabricante.
Alex Niche TeixeiraQSR NVIVOINDEPENDENT LISTEDCONSULTANT, BRAZIL
Departamento de SociologiaUFRGS
alex.teixeira@ufrgs.br
Análise qualitativacom o programaNVIVO:fundamentos
Aqui vale uma dica de usuário experiente: o NVIVO é um
software poderoso e como tal consome muitos recursos do
sistema.
Não economize se estiver pensando em montar ou
adquirir um equipamento para rodar a pleno projetos mais
volumosos. Quanto mais capacidade de processamento (processadores Intel i5 ou i7), volume de memória (4GB ou
mais) e velocidade de disco rígido (7200 RPM ou discos
tipo SSDs) melhor.
Instalar o NVIVO em um notebook de baixa capacidade
pode até parecer funcionar inicialmente, mas as primeiras tentativas de rodar testes mais
sofisticados certamente reservarão surpresas
desagradáveis.
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