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A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 1/21
A Cidade Autossuficiente
Viana do Castelo
Projeto FEUP Projeto FEUP 1º ano -- MESTRADO INTEGRADO EM ENGENHARIA ELECTROTÉCNICA E
COMPUTADORES:
Armando Sousa & Manuel Firmino J. N. Fidalgo
Equipa MIEEC003:
Supervisor: Adriano Carvalho Monitor: André Filipe da Rocha Couto
Estudantes & Autores:
António Alexandre up201404422@fe.up.pt Duarte Marques Aguiar up201405906@fe.up.pt
João Rafael Costa up201404109@fe.up.pt João Nuno Das Neves up201405198@fe.up.pt
Ricardo Ribeiro up201404373@fe.up.pt Vítor Navega up201404119@fe.up.pt
Xavier Silva up201405352@fe.up.pt
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 2/21
Resumo
Este relatório foi realizado no domínio do projeto FEUP, com o objetivo de trazer
soluções energéticas sustentáveis a Viana do Castelo, de forma a tornar mais independente
a obtenção de energia por parte do concelho.
Para esse fim, efetuamos cálculos da média de consumo por habitação e consumo
global, baseados em estatísticas, acabando por descobrir as diferenças energéticas entre
cada fonte de energia renovável e suas limitações, bem como quais as fontes de energia
mais abundantes em Viana do Castelo.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 3/21
Agradecimentos
No decorrer deste trabalho proposto pela unidade curricular Projeto FEUP foi possível
contar com a ajuda de vários docentes.
Gostaríamos de agradecer especialmente ao supervisor Adriano Carvalho pela sua
ajuda nas aulas práticas e ao monitor André Filipe da Rocha Couto pelas variadas
informações e recomendações sobre o tema do projeto.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 4/21
Lista de acrónimos
INETI – Instituto Nacional de Engenharia, Tecnologia e Inovação
WASP – Wind Atlas Analysis and Application Program
MWh - Megawatt-hora;
KWh - Quilowatt-hora;
MW - Megawatt;
KW - Quilowatt;
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Índice de figuras:
Figura 2 Painel Solar Térmico .......................................................................................................................10
Figura 1 Painel Solar Fotovoltaico .................................................................................................................10
Figura 4 Aerogerador Horizontal ..................................................................................................................12
Figura 3 Aerogerador Vertical .......................................................................................................................12
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 6/21
Índice
Resumo ........................................................................................................................................................... 2
Agradecimentos .............................................................................................................................................. 3
Lista de acrónimos .......................................................................................................................................... 4
Índice de figuras: ............................................................................................................................................. 5
1. Introdução ................................................................................................................................................... 7
2. Gastos dos setores ...................................................................................................................................... 8
3. Energias ....................................................................................................................................................... 9
3.1 Solar .................................................................................................................................................. 9
3.2 Eólica ...............................................................................................................................................11
3.3 Energia Hidroelétrica e das ondas e marés .....................................................................................14
3.4. Armazenamento de Energia..........................................................................................................17
4. Solução ......................................................................................................................................................18
5. Conclusões ................................................................................................................................................19
6. Referencias Bibliograficas .........................................................................................................................20
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 7/21
1. Introdução
‘Because the wind blows during stormy conditions when the sun does not shine and the sun
often shines on calm days with little wind, combining wind and solar can go a long way toward
meeting demand, especially when geothermal provides a steady base and hydroelectric can be
called on to fill in the gaps.. ’1
Antes da energia elétrica tínhamos a energia mecânica obtida do calor, a capacidade
do fácil armazenamento e utilização da energia elétrica evolucionou definitivamente a nossa
forma de viver.
Foi proposto que elaborássemos um projeto em que fosse concebida a ideia de tornar
Viana do Castelo autossustentável a nível energético. Desta maneira, procurou-se uma
forma de produção de energia que seja a mais adequada ao concelho em questão. As
energias renováveis, parecem a longo termo as mais rentáveis e as escolhas mais
inteligentes a nível ambiental.
O concelho de Viana do Castelo tem vários locais onde é produzida energia renovável
vinda dos recursos naturais: o vento, os rios, o sol. Estes recursos não são suficientes para
tornar o conselho autossustentável em termos energéticos, mas se fossem feitos mais
esforços nesse sentido poderíamos tornar isso possível.
1MARK Z. JACOBSON & MARK A. DELUCCHI, Scientific American, Nov. 2009
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 8/21
2. Gastos dos setores
O primeiro passo para criar este projeto foi investigar o consumo de cada habitação.
Para isto foi necessário fazer uma estimativa baseada nos dados de 2008, atendendo ao
aumento de população nos anos seguintes.
Cada casa possui aparelhos eletrónicos que consomem energia e é por isso necessário
o cálculo dos custos energéticos por habitação. O número de alojamentos em Viana é
48291, com um consumo total a rondar os 150 000 MWh ano, ou seja, 12500 MWh/mês,
aproximadamente 258KWh por mês por alojamento. Edifícios públicos consomem 150
000MWh e a industria consome cerca de 420 000 MWh por ano.
(Fontes: Ine.pt, duke-energy.com, cm-viana-castelo.pt)
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 9/21
3. Energias
3.1 Solar
Vantagens:
● Não produzem qualquer tipo de som ou cheiro;
● São de fácil instalação;
● Não requerem muita manutenção;
● Possuem um tempo de vida de 20 anos;
● Não possuem partes móveis, resultando numa maior fiabilidade a longo prazo;
● Energia limpa e renovável (a produção de energia não liberta poluentes).
Desvantagens:
● Grande custo inicial;
● O seu rendimento no processo de conversão de energia solar em elétrica é baixo
(geralmente entre 15% e 21% nos painéis de maior custo);
● Produção de energia apenas ocorre durante o dia;
● A produção de energia é limitada durante períodos de chuva e de céu nublado;
● Para além dos painéis fotovoltaicos, é necessária a aquisição de um sistema de
armazenamento de energia.
● Ganho de calcário nos painéis térmicos, ou em caso de inatividade a expansão da
água congelada danifica os painéis.
3.1.1 Painéis Solares Fotovoltaicos
Porque investir em energia solar em Portugal?
A radiação solar média em Portugal é 1500 kWh/m2/ano. Assumindo uma eficiência
de conversão de 18% temos 270 kWh/m2/ano de eletricidade solar.
Numa área como Viana do Castelo em que a exposição solar é semelhante á do resto
do país, investir em energia solar como uma das energias renováveis para tornar o concelho
autos suficiente em termos energéticos é válido.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 10/21
3.1.2 Painéis Solares Térmicos
Os painéis solares térmicos são painéis que através da energia solar são capazes de
aquecer água e de a disponibilizar para o consumo. Apesar de não terem a capacidade de
produzir água quente suficiente para aquecimento (por requerer temperaturas a rondar os
70º), permitem no restante diminuir os gastos entre 60 a 100% em energia, dependendo de
cada caso individual.
O preço de um painel solar térmico ronda os 2000€ para 200 litros de capacidade,
podendo aquecer diariamente na maior parte dos casos o seu reservatório, o que pode se
traduzir em nenhum gasto de energia adicional. Tendo em conta que cada pessoa gasta em
média 110 litros de água por dia, numa casa com apenas um painel solar e duas ou mais
pessoas, o reservatório do painel não é suficiente, sendo necessário o uso de um outro
método para o aquecimento da água como um esquentador. Outra possibilidade é a
instalação de um painel solar maior, um suficientemente grande para manter diariamente a
quantidade necessária para uma dada família, mas ainda assim levaria algum tempo a
aquecer a água, tendo em conta que um painel solar consegue aquecer o seu reservatório
para uma temperatura de 45º em 6 horas, em média, variando consoante o tamanho do
painel e do reservatório.
(Fontes: Catalogo citado na bibliografia, paineissolares.gov.pt)
1Wikipédia. (2011, April 7). Calefon solar termosifonico compacto. Retirado de
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/db/Calefon_solar_termosifonico_compacto.jpg 2(2012). Retirado de
http://pixabay.com/pt/alternativa-fundo-blue-celular-21669/
Figura 2 Painel Solar Fotovoltaico
Figura 1 Painel Solar Térmico
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 11/21
3.2 Eólica
Como obter:
A energia eólica não é nada mais que o resultado da conversão da energia cinética do
vento em energia elétrica, tendo como instrumento de conversão os aerogeradores. Um
aerogerador recebe um empurrão do vento e move as suas pás, estas pás são concebidas
para realizarem um movimento circulatório. Quando o movimento dá início, as pás giram
um rolamento e esse movimento vai ser “transformado”, através de uma serie de
processos, num movimento mais rápido capaz de produzir muita energia através de um
dínamo.
Esta energia passa por um controlador e um conversor caso seja para armazenamento
em baterias ou para passagem direta para a rede na rede.
A quantidade de energia produzida por um Aerogerador é dada pela expressão:
Watts =𝑎𝑟𝑒𝑎(𝑚2)∗𝑑𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑜 𝑎𝑟(
𝑘𝑔
𝑚3)∗𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒(𝑚
𝑠)
3
2.
A partir desta expressão podemos calcular que a relação entre a área e a potência
produzida é de 1 para 4.
(Portal-energia, “Funcionamento de um Aerogerador”; aerogeradores.org)
Vantagens:
● Não poluente;
● Baixo preço de manutenção (2% do preço inicial por ano);
● Ao contrário dos combustíveis fósseis e seguindo a 'regra do mercado' , os
componentes ficam cada vez mais e mais baratos;
● Desvantagens:
● Mortes de Milhares de pássaros;
● Poluição sonora;
● Poluição visual;
(Ned Haluzan, 2014, “Why is wind energy good for environment?)
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 12/21
“Mas nem todos os locais são bons para colocar uma eólica doméstica: "Se viver fora
de Lisboa ou Porto, grandes centros habitacionais, deve optar pelo modelo horizontal. Se
morar em grandes cidades, o vertical será o mais adequado", explica a diretora do LNEG.”
Na cidade, a variação da direção do vento é muito elevada devido à dimensão dos edifícios e
dos inúmeros obstáculos. Isto faz com que o modelo vertical ["aquele que parece uma
batedeira"] seja mais adequado, pois, apesar de ser menos eficiente, lida melhor com estas
variações. Fora das cidades, o vento corre livremente e os aerogeradores horizontais
["semelhantes às ventoinhas"] aproveitam melhor a sua força.
"Portugal é um dos países com legalização relativa à microprodução doméstica. Se o
preço dos aerogeradores forem acessíveis, as famílias podem tornar-se produtoras de
eletricidade e, dependendo da eficiência do vento, podem nunca mais pagar nenhuma
conta de eletricidade", explica Ana Estanqueiro.
(Abreu Bruno, 2009, “Eólicas domésticas ajudam a diminuir conta da eletricidade” )
3Wikipédia. (2007, June). Darrieus-windmill [Aerogerador Vertical]. Retirado de
http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Darrieus-windmill.jpg, 4 Alexandre Pereira. (2011, October
6). Untitled [Aerogerador Horizontal]. Retirado de https://www.flickr.com/photos/apr77/6219377360/
Figura 4 Aerogerador Vertical
Figura 3 Aerogerador Horizontal
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 13/21
Para calcular a capacidade (potência) do vento necessitamos de alguns detalhes tais
como: a constante da densidade do ar em condições normais:
Potência =𝐷𝑒𝑛𝑠𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒 𝑑𝑒 1𝑘𝑔 𝑑𝑎 𝑚𝑎𝑠𝑠𝑎 𝑑𝑜 𝑎𝑟 (1.225
𝑘𝑔
𝑚2)∗𝑎𝑟𝑒𝑎 𝑑𝑎𝑠 𝑝𝑎𝑠∗𝑣𝑒𝑙𝑜𝑐𝑖𝑑𝑎𝑑𝑒3
2
A partir da expressão obtemos a potência, para obtermos o valor real do
aproveitamento de energia teríamos de multiplicar esse valor por 59%, e obteremos o
máximo possível (Limite de Betz);
Custo de Manutenção cerca de 2% do preço do equipamento.
Outra questão é levantada nos mini aerogeradores, os que requerem uma velocidade
mínima de funcionamento requerem cerca de 2 m/s de velocidade de vento, são os que se
provam mais competentes.
Um aerogerador com um diâmetro de pás de 1.6 metros com um rendimento máximo
de 59%:
(1
2∗
1.225𝑘𝑔
𝑚3 ∗ 1.6 ∗ 1.6 ∗ 𝜋 𝑚2 ∗ 3 𝑚
𝑠
3) ∗ 20ℎ𝑜𝑟𝑎𝑠 ∗ 3600𝑠𝑒𝑔𝑢𝑛𝑑𝑜𝑠 ∗ 30𝑑𝑖𝑎𝑠 ∗ 0.59
= 47.KWh
47* 0.2 = 9,4€ , preço: 1024€. 1024% 9,4 = 108 meses
Assim, 9 anos após a compra (com os 2% de manutenção sobe para os 10 anos) o
rendimento está coberto, assumindo um máximo definido pelo limite de Leibniz.
(Fonte: aerogeradores.org/, raeng.org.uk/ )
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 14/21
3.3 Energia Hidroelétrica e das ondas e marés
3.3.1 Energia Hidroelétrica
A energia hidroelétrica é obtida em barragens construídas em leitos de rios, que
temporariamente interrompem o fluxo normal da água armazenando-a numa albufeira, que
posteriormente é utilizada para fazer girar as turbinas de um gerador produzindo assim
eletricidade.
Vantagens:
● É uma energia renovável
● Grande fiabilidade
● Resposta rápida às variações de procura
● Custo de produção baixo
● Permite o abastecimento local para regadios
● Permite a construção de vias de comunicação
● Baixos custos de manutenção
Desvantagens:
● Provoca erosão de solos a jusante da barragem
● Pode levar ao deslocamento de populações ribeirinhas e o alargamento do rio
(dependendo do tipo de relevo)
● Provoca alterações nos ecossistemas, ecossistema aquático
● Custos de instalação elevados
Uma central hidroelétrica é capaz de atingir potências superiores a 200 MW em
qualquer altura do dia desde que haja água armazenada na barragem, respondendo
eficazmente às necessidades.
Uma central hidroelétrica pode ser complementada com um sistema bombagem em
que a água que passa pelas turbinas é armazenada numa outra barragem mais a jusante que
posteriormente em alturas em que a procura de eletricidade é menor é utilizado o excesso
de energia proveniente dos parques eólicos ou solares para bombear a água de volta à
barragem principal.
Devido á forma como o território de Viana do Castelo está ornamentado, em que a
população criou as suas habitações ao longo do rio Lima impossibilita a implementação de
uma central hidroelétrica de grande potência instalada pois isto causaria a inundação destes
terrenos levando á deslocação de milhares de pessoas para outras zonas.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 15/21
3.3.2 Energia das ondas e marés
O mar constitui uma fonte de energia que pode ser aproveitada através das ondas, ou
através das marés. A produção de energia através do mar ainda está em desenvolvimento e
apenas existem protótipos em teste.
Para transformar a energia das marés em energia elétrica é necessário construir
diques que ocupam uma praia. Quando a maré sobe, a água entre no dique e fica lá
armazenada. Quando a maré desce o dique liberta água e produz energia da mesma forma
que as barragens. Este sistema necessita de marés e correntes fortes, e precisa que o nível
da água suba 5,5 metros. Existem poucos sítios que reúnam estas condições.
Também é possível aproveitar o movimento das ondas para a produção de energia.
Para que seja viável a produção de energia através das ondas o fluxo médio anual de
energia das ondas deve ser superior a 20 kW / m. Portugal tem 40 kW / m.
Existem 4 equipamentos (AWS, Pelamis, OWC, Wave Dragon) em teste em Portugal,
Escócia e Dinamarca.
AWS:
O sistema AWS (Archimedes Wave Swing) é um sistema submerso que consiste num
flutuador que sobe e desce por ação da variação de pressão provocada pelas ondas. Este
sistema foi construído em 2004 na Povoa de Varzim. Tem uma potência de 2 MW.
OWC:
O sistema OWC (Coluna de água oscilante) é sistema construído na costa, que consiste
numa estrutura oca, com uma abertura debaixo de água. O movimento das ondas faz variar
a pressão do ar contido na estrutura que aciona uma turbina produzindo energia. Este
sistema foi construído na ilha do Pico, nos Açores em 1999 e tem uma potência de 400 KW.
Pelamis:
Este sistema é constituído por 4 secções cilíndricas ligadas por juntas flexíveis. O
movimento das ondas faz com que seja bombeado óleo das juntas, passando por motores
hidráulicos que acionam geradores elétricos. Na Povoa de Varzim foram instalados 3 destes
equipamentos em 2008, cada um deles com uma potência de 750 KW.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 16/21
Wave Dragon:
Este sistema é constituído por uma rampa que projeta a água das ondas para um
reservatório onde fica armazenada. A água é depois libertada do reservatório através de
turbinas, produzindo energia. Este sistema apenas foi construído em escala reduzida na
Dinamarca, para testes, estando prevista a construção de um equipamento a escala real,
com potência prevista de 7 MW.
Vantagens e desvantagens:
Existem diversas vantagens da produção de energia através do mar tais como ser uma
fonte inesgotável de energia, ser uma fonte de energia não poluente, as ondas são
fenómenos que ocorrem quase constantemente, logo é possível estar sempre a produzir
energia. Também tem algumas desvantagens, tais como o custo de instalação ser bastante
elevado, e, no caso das marés, é muito difícil reunir as condições necessárias para a sua
produção.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 17/21
3.4.Armazenamento de Energia
Um dos grandes problemas nas energias renováveis é o facto de não serem fontes de
energia deterministas, ou seja, não produzem energia de forma constante, pois na ausência
de vento ( no caso da energia eólica), de sol (no caso da energia solar) ou na ausência de
agua, não existem meios de produção.
Esta intermitência na produção de energia pode ser compensada por processos de
armazenamento na rede elétrica. Em condições ideais, as fontes renováveis produzem mais
energia do que a que naquele instante é precisa, pelo que é necessário arranjar forma de
armazenar para utilizar em alturas de picos de tensão. Um sistema de armazenamento de
energia elétrica inclui um meio de importação e conversão da eletricidade para um formato
em que possa ser guardado em tempos fora de pico de tensão. Uma das opções para isto
são as baterias de “redox flow” e baterias de lítio.
As baterias de “redox flow” são baterias que podem ser classificadas como espécies
ativas solventes. São uteis na regularização de fontes de energia que muito variam como o
caso da energia solar e eólica. São sistemas que necessitam de pouca manutenção e que
facilitam na transmissão de voltagem em casos de emergência.
3.4.1 Armazenamento em bombas hídricas
É uma forma económica de guardar energia e distribui-la em alturas de pico de tensão.
Consiste em dois reservatórios interligados a diferentes elevações (barragem). Fora de horas
de pico a bomba bombeia agua para o ponto mais alto e permitir a agua passar pela turbina
em tempos de pico, produzindo assim energia e respondendo às necessidades elétricas.
3.4.2 Baterias do tipo “redox flow”
As baterias de “redox flow” são baterias que podem ser classificadas como espécies
ativas solventes. São uteis na regularização de fontes de energia que muito variam como o
caso da energia solar e eólica. São sistemas que necessitam de pouca manutenção e que
facilitam na transmissão de voltagem em casos de emergência.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 18/21
4. Solução
Soluções idealizadas:
Para Viana do Castelo, a solução mais viável seria a colaboração por parte da
população num grande investimento. Os habitantes pagariam às prestações à câmara até
que o custo das construções das centrais elétricas fosse abatido. Dai em diante apenas
pagariam preços justos e não os inflacionados pelas companhias como a EDP e também e
uma pequena taxa direcionada para manutenção dos aparelhos. Daqui resultaria um bom
aproveitamento das fontes energéticas renováveis que o conselho oferece, e também na
redução dos custos elétricos mensais de cada casa.
Uma opção viável para garantir produção constante de energia seriam pequenas
barragens e geradores marinhos (capazes de captar a energia resultante da propagação das
ondas) capazes de produzir a energia necessária para o conselho, e estas seriam auxiliadas
por aerogeradores e painéis solares, capazes de contrariar qualquer eventual falha que
ocorra com os principais produtores de energia. Devido às diferenças na capacidade de
produção de energia entre painéis fotovoltaicos e aerogeradores, seriam construídos mais
aerogeradores que painéis fotovoltaicos. Assim só na eventualidade de uma falha total nas
barragens e geradores marinhos poderia causar falhas de energia.
Nota: Custo de armazenamento de 1 MWh ronda os 300mil dólar, o consumo diário do
concelho ultrapassa os 1300 MWh, tornando completamente inviável.
Nota: As soluções individuais não estão incluídas nestes cálculos, uma vez que não
existe necessidade do uso de energia da rede pública para o aquecimento de água. Deve-se
ter também em consideração os mini aerogeradores que possam ser criados para a
produção de energia em casas, mais uma vez reduzindo o custo mensal de cada casa.
Soluções individuais:
Um fora de reduzir a quantidade de energia necessária para sustentar a Viana do
Castelo e o uso de painéis solares térmicos, capazes de reduzir os custos do aquecimento a
água para 0€ em algumas situações, variando consoante o número de pessoas por casa e o
tamanho e rendimento do painel.
O preço inicial do painel pode não ser atrativo mas ao fim de alguns anos (varia de
acordo com o uso dado ao painel) o preço será pago com o dinheiro poupado ao não usar
eletricidade da rede.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 19/21
5. Conclusões
Após a análise de todas as hipóteses de produção de energia, foi possível chegar á
conclusão de que Viana do Castelo possui os recursos necessários para se tornar
independente energeticamente através de energias renováveis.
Alguns destes recursos já se encontram a ser aproveitados, é um exemplo a energia
proveniente do rio Lima com a barragem Alto-Lindoso, mas parte da energia produzida é
vendida para o resto do país uma vez que a barragem é capaz de produzir quantidades de
energia muito elevadas.
Para tornar Viana do Castelo independente energeticamente seria então necessária a
produção e armazenamento de grandes quantidades de energia. Para tal, a solução
encontrada foi a criação de uma outra barragem de menor dimensão auxiliada por
aerogeradores e painéis solares que garantem maior estabilidade caso ocorra uma falha na
produção de energia.
Para além da construção de esta central elétrica seria ainda necessária a aquisição de
grandes baterias, para que a energia fornecida pelos painéis solares possa ser aproveitada
nos períodos em que estes não produzem energia.
Assim, a ideia de tornar Viana do Castelo autossustentável é apenas plausível com a
cooperação da população nos custos de construção, ou seja, seria uma central elétrica para
a comunidade de Viana do Castelo.
Apesar dos grandes custos iniciais, os benefícios para os cidadãos seriam muitos a
longo prazo. Para além de verem a sua conta elétrica reduzida, seriam revolucionários,
podendo incentivar mais cidades a seguir os mesmos passos, podendo levar à globalização
destes ideais.
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 20/21
6. Referencias Bibliográficas
“Electric Appliance Operating Cost List” (Acedido a 15/10/2014)
http://www.duke-energy.com/pdfs/appliance_opcost_list_duke_v8.06.pdf
“Plano de ação para a sustentabilidade energética”(Acedido a 31/10/2014)
http://www.cm-viana-castelo.pt/
“Instituto nacional de estatística - 2011” (Acedido a 31/10/2014)
http://mapas.ine.pt/map.phtml
Projeto “Futuro Solar - 2010” (Acedido a 13/10/2014)
http://simnospodemos.webs.com/oprojecto.htm
“Electricidade Solar” (Acedido a 13/10/2014)
http://solar.fc.ul.pt/faq.htm
Wikipedia (2014, 30 Agosto) - “Célula Solar”(Acedido a 13/10/2014)
http://pt.wikipedia.org/wiki/C%C3%A9lula_solar
“A atmosfera e a radiação solar”(Acedido a 13/10/2014)
http://aprendegeografia.no.sapo.pt/recursos_radiacao_solar.html
“Economia em casa”(Acedido a 13/10/2014)
http://www.sabesp.com.br/CalandraWeb/CalandraRedirect/?temp=2&temp2=3&proj=sab
esp&pub=T&nome=Uso_Racional_Agua_Generico&db&docid=DAE20C6250A16269832571
1B00508A40
“Os sistemas solares térmicos” (Acedido a 13/10/2014)
http://www.paineissolares.gov.pt/faq.html
Wikipédia (2011, 7 Abril) - “Calefon solar termosifonico compacto”(Acedido a 12/10/2014)
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/d/db/Calefon_solar_termosifonico_com
pacto.jpg
Painel fotovoltaico (2012) (Acedido a 13/10/2014)
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Abreu, B. (2009). “Eólicas domésticas ajudam a diminuir conta da eletricidade” (Acedido a
10/10/2014)
http://www.dn.pt/inicio/ciencia/interior.aspx?content_i=1406981&seccao=Biosfera
Haluzan, N. (2014). “Why is wind energy good for environment? - Renewable Energy”
(Acedido a 10/10/2014)
http://www.renewables-
info.com/energy_news_and_reports/why_is_wind_energy_good_for_environment.html
“Npower., & Royal Academy of Engeneering. Wind Turbine Power Calculations” (Acedido a
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http://www.raeng.org.uk/publications/other/23-wind-turbine
A cidade autossuficiente - Viana do Castelo 21/21
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Alexandre Pereira. (2011, 6 Outubro). “Untitled “[Aerogerador Horizontal] (Acedido a
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EDP Energias de Portugal (2014) - “Produção Hidroeléctrica” (Acedido a 12/10/2014)
http://www.a-nossa-
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Finertec Energia SGPS SA (2014) - “Energia Hidroeléctrica – Centrais Mini-Hídricas”
(Acedido a 12/10/2014)
http://www.finertecenergia.pt/Home/EnergiasRenov%C3%A1veis/EnergiaHidroel%C3%A9c
trica.aspx
Sapo - “Mini-Hídricas” (Acedido a 12/10/2014)
http://eduvisilva.com.sapo.pt/minihidrica.htm
Portal das Energias Renováveis (11/9/2014) - “Oceanos” (Acedido a 13/10/2014)
http://www.energiasrenovaveis.com/Area.asp?ID_area=7
Portal das Energias Renováveis (11/9/2014) - “Energia das Ondas” (Acedido a 13/10/2014)
http://www.energiasrenovaveis.com/images/upload/flash/anima_como_funciona/ondas1
3.swf
Portal Energia - “Energia ondas e mares vantagens e desvantagens”(Acedido a
31/10/2014)
http://www.portal-energia.com/energia-ondas-e-mares-vantagens-e-desvantagens/
Wave Energy Center (2008, 25 Junho) - “Potencial e estrategia de desenvolvimento da
energia das ondas em Portugal” (Acedido a 23/10/2014)
http://www.wavec.org/content/files/DGGE_sumario_executivo_2004.pdf
Troque de energia - “Catalogo de Aerogeradores” (Acedido a 12/10/2014)
http://www.troquedeenergia.com/CatalogoCompleto2.pdf
Aerogeradores - “Preços de Aerogeradores” (Acedido a 12/10/2014)
http://www.aerogeradores.org/
Chris Nelder - ”Novo dispositivo para armazenar enrgia com eficiência” (Acedido a
30/10/2014)
http://www2.uol.com.br/sciam/noticias/novo_dispositivo_podera_aperfeicoar_a_armazen
agem_de_energia.html
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