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Semanrio diocesano www.jornalpresente.pt Diretor: Carlos Magalhes de CarvalhoAno LXXXI n 4145 P15 5 de setembro de 2013 0,50
Em destaque: Parquia dos Marrazes A dinamizar o que a Histria assegurou pg. 7 a 9
Padre Augusto Gonalves, proco dos Marrazes
Orgulho-me dos voluntrios que temos
D. Antnio Marto rene Cria diocesana de Leiria-Ftima
Comunho e Misso ao servio da Igreja Pg. 3A reunio da Cria Diocesana com o Bispo, D. Antnio Marto, no dia 2 de setembro, foi marcada pela tomada de posse dos no-vos responsveis de alguns servios e instituies da Diocese.
Pg. 6
Incio do ano lectivo 2013/14
Colgios cristos asseguram ensino em FtimaContinuamos esta semana a visitar os estabelecimentos de ensino catlicos como forma de dar a conhecer as propostas de cada um. Nesta edio os valores e projectos educativos dos colgios de Ftima, a nica resposta educativa da cidade. Pg. 4 e 5
Foto
: LM
Ferr
az
Rui ReiAzoia
No lhe faz mal nenhum
Sim, porque considero que no lhe faz mal nenhum, antes pelo contrrio, sobretudo se trabalharem no mbito dos valores.
Lcia Francisco Moures, Cortes
Ajud-los a fortalecer os valores cristos
Inscrevi sempre os meus filhos na disciplina de Educao Moral e Religiosa Crist. Este ano no exceo e, se tudo correr bem, continuarei a faz-lo pelo menos, at ao 9. ano. Sou da opinio de que temos de dar uma eduo completa aos nossos filhos. Devemos, sempre que possvel, ajuda-los a fortalecer os valores cristos. o que nos esforamos por fazer em famlia, na escola e na catequese.
Maria de Jesus Curvachia, Cortes
Identifico-me com os valores promovidos nas aulas
Os meus filhos tiveram sempre a disciplina de Educao Moral e Religiosa Crist. Tive sempre o cuidado de procurar conhecer os contedos programticos da disciplina e, na verdade identifico-me em pleno com os valores promovidos e ensinados nas aulas. Estou bastante satisfeita com esta opo pelo que acredito que v manter a mesma posio nos prximos anos letivos.
Rosa CastroMarinha Grande
A semente est lanada
A minha filha frequentou a disciplina at ao 10 ano. Primeiro por sugesto da famlia e depois por opo dela. Este ano, no 11, pe-diu para no a matricular em EMRC alegan-do que um ano de exame e tem muito que estudar. Fiz-lhe a vontade. A semente est lanada.
Margarida Carvalho Soutocico, Arrabal
Quero proporcionar ao meu filho uma educao integral
O meu filho frequenta o ensino catlico pri-vado. No colgio todos os alunos frequen-tam esta disciplina, faz parte do projeto educativo. Optamos por este ensino porque acredito que devemos dar aos nossos filhos uma educao integral, que vise tambm a sua formao espiritual. Felizmente posso faz-lo e at hoje estou bastante satisfeita por termos tomado esta deciso.
Isabel FragosoMaceira
A escola devia ter catequese
As minhas filhas frequentam uma escola in-ternacional que no oferece essa disciplina. Porm, existe uma outra, Educao Pessoal e Social, que de frequncia obrigatria at ao 8 ano, e que tem um curriculum que se aproxima da Educao Moral e Religio-sa, mas sem a vertente catlica. Se existisse EMRC claro que as matricularia, porm, j seria bom que a catequese pudesse ser dada na escola, como aconteceu com a mi-nha filha mais velha.
Ao matricular o seu filho inscreveu-o na disciplina de Educao Moral e Religiosa Catlica? Porqu?
Escola Catlica, um meio de Evangelizao?
Faz parte da essncia da escola co-municar, aos mais jovens, o que de me-lhor tem cada sociedade ou grupo. Isto , os valores e tradies do grupo ou so-ciedade, onde se encontra inserida. Isto no doutrinamento, nem formatao de ideias, dar a conhecer aos mais novos o patrimnio comum que tambm lhes pertence. Esta a melhor e mais precio-sa herana que os jovens podem receber. Uma herana que eles s podem acolher ou rejeitar se a conhecerem. Alm disso, esta comunicao da histria e vivncias do grupo, que permite juventude no ser uma gerao desenraizada.
So os valores do grupo, a sua cul-tura e tradio que conferem e definem uma identidade para os mais novos. Esta identidade diz ao jovem, quem ele , ao mesmo tempo que permite e promo-ve a abertura diversidade e diferena dos outros, que no fazem parte do mes-mo grupo.
Neste contexto, compreendemos fa-cilmente que a escola catlica , legiti-mamente, um meio de evangelizao, porque pode e deve anunciar Jesus Cris-
to, como a mais bela e inspira-dora narrativa de sentido para a vida que al-gum pode con-tar. E, se a misso da escola no , em primeiro lu-gar, a catequese, ela pode e deve
proporcionar, aos seus alunos, vivncias significativas de encontro e descoberta. No todo de um Projeto de Escola que uma proposta diferente para quem quer ir mais alm.
Um projeto mais, que num mundo de desencanto, insegurana e tantas incerte-zas d aos jovens a possibilidade de so-nhar, que possvel construir projetos de vida com beleza, sentido e realismo. Um projeto que aponta a superioridade do ser sobre o ter, que leva ao envolvimento social e solidariedade, no por simples filantropia, mas pela conscincia clara de que a humanidade uma grande famlia que tem Deus por pai.
Ir. Maria da Assuno FaustinoProfessora no colgio N. S.ra de Ftima
Envie a sua questo pararedacao@jornalpresente ou deixe-a em facebook.com/jornalpresente
Pergunta da semana
PRESENTE LEIRIA-FTIMA Semanrio Diocesa-no; Registo na ERC: 102262; Diretor: Carlos Maga-lhes de Carvalho (TE 945) [diretor@jornalpresente.pt]; Assessoria de direo: Isabel Galamba [reda-cao@jornalpresente.pt]; Redao [redacao@jornal-presente.pt]: Armanda Balinha (CP 9778), Joaquim Santos (CP 7731), Lus Miguel Ferraz (CP 5023), San-drina Faustino (TP 1859); Projeto grfico e pagi-nao: Paulo Adriano; Publicidade e Assinaturas: Margarida Gaspar (09h30-13h30); Contactos: Tel. +351 244 821 100 Email: presente@jornalpresen-te.pt; Propriedade e editor: Fundao Signis Dire-tor: Vitor Coutinho 100% do Capital: Diocese de Leiria-Ftima; NIF 510504639; Sede da Redao/Editor: R. Joaquim Ribeiro Carvalho, n. 60, Semi-nrio Diocesano, 2414-011 Leiria; Impresso e ex-pedio: Empresa do Dirio do Minho, Lda Braga Tel. 253303170 Fax 253303171; Depsito Legal: 1672/83; Periodicidade: Semanrio; sai quinta-fei-ra; Tiragem desta edio: 5.000 exemplares.
ficha tcnica
Um projeto mais, que num mundo de de-sencanto, inse-gurana e tan-tas incertezas d aos jovens a possibilidade de sonhar
PUB PUB
Com o objetivo de recolher e distribuir livros escolares
Movimento Reutilizar j est a trabalharRecolher e distribuir livros escolares
o objetivo do Movimento Reutilizar, um
grupo de cidados apostado em promover
e criar bancos de recolha e partilha gratui-
ta, a que a Fundao So Joo de Deus se as-
sociou. Em parceria com o Banco Alimen-
tar Contra a Fome e a Associao de Famlia
Numerosas, o Movimento Reutilizar dese-
ja tornar a reutilizao de livros escolares,
uma prtica universal em Portugal, expli-
ca o stio da organizao. A recolha e dis-
tribuio esto a decorrer em bancos espa-
lhados por todos o Pas desde quarta-feira e
para ajudar ou usufruir desta oportunida-
de basta dirigir-se a um dos bancos e procu-
rar os livros escolares que precisa, isto sem
qualquer custo associado, explica o stio da
iniciativa www.reutilizar.org. Reutilizar
ainda melhor que reciclar, informa o co-
municado da Fundao So Joo de Deus,
parceira desta iniciativa.
5 de setembro de 20132
TEMA DE CAPA D. Antnio Marto rene Cria diocesana de Leiria-Ftima
Comunho e Misso ao servio da IgrejaLus Miguel Ferraz (texto e fotos)
O Conselho de Coordenao
Pastoral como que o conselho de
ministros da diocese de Leiria-Fti-
ma, onde regularmente se renem
os diretores dos diversos depar-
tamentos diocesanos, sob a presi-
dncia do Bispo, para definirem as
estratgias e acompanharem as ini-
ciativas que anualmente so pro-
postas para a caminhada comum
desta Igreja particular.
Usando a mesma imagem go-
vernativa, a Cria o conjunto
mais alargado dos responsveis e
colaboradores dos servios desses
vrios departamentos, semelhan-
a dos secretrios de Estado e seus
operacionais mais diretos.
Foi com este grupo alargado
que o Bispo diocesano se reuniu, no
passado dia 2 de setembro, numa
espcie de rentre para a ativida-
de pastoral, uma expresso que est
tambm em voga na atualidade po-
ltica.
E, tal como acontece no go-
verno do Pas, tambm neste caso
se registaram tomadas de posse e
reestruturao de algumas equi-
pas. O paralelismo com a atividade
poltica poderia manter-se, se consi-
derarmos que esta, tal como a pas-
toral, deveria ter como objetivo l-
timo o servio pessoa e o trabalho
pelo bem comum. Mas o discurso
necessariamente divergente quan-
do o que est em causa o ann-
cio de Jesus Cristo e da sua men-
sagem de salvao. Aqui no h
partidos, divises, interesses escon-
didos, acusaes ou caminhos alter-
nativos. Aqui h uma misso para
a qual todos so chamados, em co-
munho.
Foi isso mesmo que D. Ant-
nio Marto comeou por frisar nes-
te encontro, lembrando que Comu-
nho e Misso so os dois traos do
rosto da Igreja tal como Jesus a so-
nhou e quis e tal como a vem reali-
zando no tempo e no espao, com a
luz e a fora do Esprito Santo.
Na reflexo que partilhou
com os cerca de trinta membros da
Cria presentes, D. Antnio apre-
sentou algumas das caractersticas
prprias deste corpo de ao pas-
toral a que preside e que o ajuda na
realizao do seu ministrio pasto-
ral, de magistrio, de santificao,
de governo e de administrao.
Apontou, tambm, para a im-
portncia da coordenao entre os
diversos servios, no s como ex-
presso natural dessa comunho,
mas tambm para que se evitem
atividades desnecessrias, disper-
sas ou at contraditrias que pode-
ro ser fruto da concorrncia de di-
versas pessoas ou servios e para a
otimizao de recursos e a poupan-
a de energias, de encargos e tam-
bm de despesas. E, ainda, para a
necessidade da descentralizao e
da subsidiariedade, numa efetiva
distribuio de funes e compe-
tncias. S assim a Cria estar ao
servio de toda a diocese: fiis, pa-
rquias, vigararias, associaes, co-
munidades, vida consagrada, etc..
Em concluso, a Cria Dioce-
sana dever ser alimentada por
uma espiritualidade de comunho,
de servio e de sentido pastoral,
de modo a cumprir o papel de mo-
tor do dinamismo evangelizador
da Diocese, com alegria e entusias-
mo. No sendo um lugar de privi-
lgio, nem um fim em si mesma,
a Cria ser um meio em que cada
um chamado a servir a comuni-
dade diocesana no territrio, tendo
como fim supremo o bem das al-
mas, o reino de Deus, a fim de que
Deus seja tudo em todos, rematou
D. Antnio.
O padre Jos Augusto Perei-ra Rodrigues nomeado Reitor do Seminrio Diocesano de Leiria e Di-retor do Centro Pastoral Diocesa-no. Mantm as funes de Diretor do Departamento de Pastoral Fa-miliar, Diretor do Servio de Pasto-ral da Sade e Assistente Pastoral da Escola de Formao Social Ru-ral de Leiria. Deixa as funes de Vi-grio Paroquial de Leiria e da Cruz da Areia.
O padre Manuel Henrique Ga-meiro de Jesus nomeado Ec-nomo do Seminrio Diocesano, Di-retor do Pr-Seminrio, Diretor do Centro de Apoio ao Ensino Supe-rior e Assistente Diocesano do Mo-vimento Catlico de Estudantes. Acumula com as funes de Dire-tor do Servio Diocesano de Pasto-ral Juvenil e Assistente Diocesano do Movimento dos Convvios Fra-ternos. Deixa o servio pastoral nas capelanias militares e do Mosteiro de Santa Clara, em Monte Real.
Marco Daniel Carrola Duarte nomeado Diretor do Departamen-to de Patrimnio Cultural e passa a integrar o Conselho de Coordena-o Pastoral. O Doutor Marco Da-niel Duarte Diretor do Museu do Santurio de Ftima e responsvel pela Seco de Arte e Patrimnio do mesmo Santurio. licenciado em Histria, doutorado em Hist-ria da Arte e membro da Academia Portuguesa da Histria.
Pedro Miguel Dusabamaho-ro Valinho Gomes nomeado Di-retor do Centro de Formao e Cul-tura e passa a integrar o Conselho de Coordenao Pastoral. O Dou-tor Pedro Gomes assessor na Pos-tulao Francisco e Jacinta Marto e docente no Instituto Politcnico de Leiria. licenciado em Teologia e Doutorado em Filosofia.
Novas responsabilidades abraadas com f, realismo e tranquilidadeA reunio da Cria Diocesana
com o Bispo, D. Antnio Marto,
no dia 2 de setembro, foi marca-
da pela tomada de posse dos novos
responsveis de alguns servios e
instituies da Diocese.
Sandrina Faustino
O padre Jos Augusto Pereira
Rodrigues foi o primeiro a fazer o
seu compromisso de fidelidade e ato
de f, aceitando a misso de novo
Reitor do Seminrio Diocesano.
com expectativas realis-
tas que encara as novas funes.
Como homem de f no posso dei-
xar de ser otimista, refere, sem per-
der a conscincia de que impor-
tante ter os ps bem assentes na
terra e ter sempre presente que as
questes sacerdotais so um tema
srio e profundo nos tempos de
hoje. essencialmente importan-
te conhecer e perceber aquilo que
a igreja espera do seminrio e res-
ponder da melhor forma que for ca-
paz. Jos Augusto no tem dvida
que ser uma misso trabalhosa
ainda que muito entusiasmante.
Ser sem dvida muito desafiante,
ainda que nem sempre fcil, con-
clui.
O padre Manuel Henrique
Gameiro de Jesus aceitou a misso
de Ecnomo do Seminrio Diocesa-
no, Diretor do Pr-Seminrio e do
Centro de Apoio ao Ensino Supe-
rior. ainda o novo Assistente Dio-
cesano do Movimento Catlico de
Estudantes.
com muita tranquilidade
que abraa as novas funes. Agora
tempo de perceber aquilo a que
sou chamado e perceber a melhor
forma de gerir o tempo e funes.
Tenho essencialmente de olhar
para o que j se fazia e dar conti-
nuidade ao trabalho j feito, diz.
claro que h sempre um toque pes-
soal de fazer as coisas e encarar as
diferentes situaes mas, no vou
descobrir a plvora, vou essencial-
mente dar continuidade aquilo que
outros fizeram, tambm com o seu
cunho pessoal, conclui.
Leigos implicados a juntar pessoas ao povo de Deus
De seguida, Marco Daniel
Carrola Duarte e Pedro Miguel Du-
sabamahoro Valinho Gomes foram
os leigos que assumiram o compro-
misso de fidelidade aceitando no-
vas misses.
Marco Daniel Duarte o novo
Diretor do Departamento de Patri-
mnio Cultural e integra o Conse-
lho de Coordenao Pastoral.
O departamento do patrim-
nio cultural tem um nome muito
feliz porque, sendo um sucedneo
daquilo a que se costumava cha-
mar de comisses de arte sacra, le-
gisladas na igreja, faz com que nos
detenhamos no s no patrimnio
visvel mas tambm do patrim-
nio imaterial, diz. Permite que fa-
amos as pontes quer com os que
esto dentro da Igreja quer com os
que esto fora. assim que espera
juntar pessoas ao povo de Deus.
Pedro Miguel Gomes o novo
Diretor do Centro de Formao e
Cultura integrando assim o Conse-
lho de Coordenao Pastoral.
As suas expectativas so as
de proporcionar Diocese forma-
o crist de qualidade e uma ima-
gem do que a cultura crist em
que estamos inseridos e que nos ca-
racteriza.
O facto de ser leigo um sinal
dos tempos, diz. Num mundo cris-
to em que o nmero de sacerdotes
vai diminuindo tambm, mais do
que necessrio que os leigos assu-
mam algumas responsabilidades
explica. Por outro lado, tambm
me parece que essa a vontade da
Igreja, no s porque h menos
padres mas essencialmente porque
a Igreja somos todos ns e todos ns
estamos implicados, conclui.
5 de setembro de 2013 3
Colgio de S. Miguel
Onde cincia e f caminham de brao dado
O Colgio de S. Miguel, em F-
tima, uma instituio diocesana
que prope um projecto educati-
vo assente no desenvolvimento e
na formao integral da pessoa de
cada aluno, obraprima da criao,
de modo a torn-lo cidado respon-
svel e livre e aberto transcendn-
cia. Com o lema Verdade, Amiza-
de e Exigncia esta escola procura
promover os valores pessoais, so-
ciais, culturais e cristos potencian-
do umaviso crist do homem, do
mundo, da vida e do saber. Em F-
tima, os colgios integram a rede
pblica de educao, diz Virglio
Mota, diretor pedaggico do Col-
gio S. Miguel. Isto significa que, no
caso concreto do nosso colgio, os
nossos alunos tm exatamente as
mesmas condies de acesso e de
frequncia que existem em qual-
quer escola do estado. No entanto,
e como instituio Diocesana, o Co-
lgio oferece uma pedagogia inspi-
rada na antropologia crist. Vrgi-
lio Mota explica que esta forma de
ensinar e transmitir valores cris-
tos se traduz num conjunto de
complementos educativos que en-
riquecem a formao dos alunos
e fornece um ambiente educati-
vo que potencia as capacidades de
cada aluno. O colgio prima por
acolher todo o tipo de alunos em
cumprimento da legislao em vi-
gor. A este propsito, o diretor pe-
daggico refere que atualmente o
colgio tem cerca de 40 alunos ins-
titucionalizados e mais de 70 com
necessidades educativas especiais.
Para este ano letivo esto inscritos
um total de 1.227 alunos, na sua es-
magadora maioria oriundos de F-
tima e de freguesias vizinhas. Mais
40 do que no ano letivo passado,
ano em que se verificou um acrs-
cimo de procura, que se registou es-
sencialmente no 10. ano, explica.
Desde 1960 alicerado na ami-zade, verdade e exigncia
O Colgio de S. Miguel nasce
em 1960 num esforo conjunto da
parquia de Ftima e das Escravas
do Divino Corao de Jesus, oriun-
das da ilha de So Miguel, Aores,
e residentes em Aljustrel. Juntos
comprometem-se a ensinar meni-
nos desfavorecidos e sem acesso a
outro nvel de ensino que no o pri-
mrio. Na poca, apenas existia na
Cova da Iria o Colgio do Sagrado
Corao de Maria, ento vocacio-
nado para o ensino de meninas.
Sediado junto da Igreja Pa-
roquial de Ftima, o mini-colgio
de So Miguel preparava crianas
para o exame de admisso ao liceu
e, mais tarde, para os exames do
primeiro e segundo anos liceais.
Em 1962, pela mo de D. Joo
Pereira Venncio auxiliado pelo
proco Manuel Antnio Henri-
ques, nasce e regulamenta-se a fun-
dao do Colgio Diocesano de So
Miguel em Ftima. Foi nessa po-
ca que se pediu autorizao ao Mi-
nistrio da Educao Nacional para
funcionamento em regime de in-
ternato e externato. Em outubro
desse mesmo ano as aulas iniciam
no Prdio Santarm j de acordo
com uma licena provisria do Mi-
nistrio.
Foi a, em propriedade da F-
brica da Igreja Paroquial, que o co-
lgio funcionou at ao fim do ano
escolar de 1964-1965. No ano se-
guinte, passou para um edifcio do
Santurio de Ftima, na Cova da
Iria, que j tinha acolhido o Semi-
nrio Menor da Diocese.
Desde a oficializao at ao
fim do ano letivo 1965-1966, foi Di-
retor do Colgio o padre Manuel
Antnio Henriques.
Mais tarde, em 1965, e na se-
quncia do Conclio Ecumnico Va-
ticano II que aprovou a Declarao
Conciliar sobre a Educao Crist,
D. Joo Pereira Venncio, projetou
e construiu um novo edifcio para
o colgio, para o qual foi nomeado
diretor o padre Joaquim Rodrigues
Ventura, sempre apoiado pelo pa-
dre Manuel Antnio Henriques.
O Colgio comea a funcio-
nar no novo edifcio no ano letivo
de 1972-1973
Desde ento so notrios os
investimentos quer em infraestru-
turas quer na equipa.
Fiel s origens, Quem como
Deus, o Colgio de So Miguel tem
realizado um trabalho em ordem a
reabilitar e dignificar a Escola Cat-
lica.
Destinada a dar uma forma-
o integral, a Escola prope um
projeto educativo que abrange a
pessoa humana em todas as suas
dimenses, pugnando prioritaria-
mente pelos valores da f, sem nada
desprezar do que autenticamente
humano, quer no contedo quer na
metodologia.
Tem demonstrado ao longo
dos anos que cincia e f, longe de
se oporem se harmonizam e se in-
tegram mutuamente. As suas ini-
ciativas tm encontrado eco para
alm das fronteiras da Diocese.
NA DIOCESE
DR
Incio do ano lectivo 2013/14
Colgios cristos asseguram ensino em FtimaContinuamos esta semana a visitar os estabelecimentos de ensino catlicos como forma de dar a conhecer as propostas de cada um. Nesta edio os valores e projectos educativos dos colgios de Ftima, a nica resposta educativa da cidade.
Sandrina Faustino
5 de setembro de 20134
Colgio do Sagrado Corao de Maria
Por uma cultura de rigor, exigncia e qualidade
O Colgio do Sagrado Corao
de Maria uma escola catlica que
desenvolve uma cultura de rigor,
exigncia e qualidade. Na sua p-
gina online, define-se por promo-
ver uma educao para a Justia,
privilegiando o compromisso ativo
com os mais desprotegidos e com as
vtimas da nossa sociedade, como
exigncia decorrente do respeito
pela dignidade da Pessoa Humana.
Somos uma comunidade
educativa empenhada na forma-
o integral da pessoa, valorizando
o seu desenvolvimento em todas as
dimenses, a partir de valores hu-
manos, ticos e cristos, diz na sua
mensagem de boas vindas o diretor
pedaggico da escola.
Com um projeto educativo
prprio e exclusivo, o colgio pro-
cura desenvolver a conscincia da
interligao e interdependncia da
humanidade e de toda a criao,
potenciando o trabalho em rede na
promoo da solidariedade e da es-
perana. ainda seu propsito fo-
mentar o sentido de pertena e de
estima mtua e a responsabilidade
partilhada no compromisso com a
Misso comum.
60 anos ao servio da edu-cao
Com as aparies de Nossa
Senhora aos Pastorinhos, a 13 de
maio de 1917, a Cova da Iria pas-
sou a atrair multides. As Religio-
sas do Sagrado Corao de Maria,
decidem ento construir em Fti-
ma instalaes capazes de alojar re-
ligiosas e antigas alunas de outras
escolas que viessem em peregri-
nao. Assim surgiu o projeto des-
ta casa que, a pedido do Bispo da
Diocese de Leiria-Ftima funcio-
nou desde o incio como Colgio.
A cerimnia da bno da primeira
pedra ocorreu a 1 de junho de 1948.
A inaugurao oficial aconte-
ce a 29 de abril de 1951 com a pre-
sena do Bispo da diocese, D. Jos
Alves da Silva, do clero local, nume-
rosas Superioras e representantes
das Comunidades e das obras que
o Instituto j possua em Portugal.
As instalaes acolheram nos
dias 12 e 13 de outubro, desse mes-
mo ano, cerca de 200 peregrinos.
A 22 de outubro, o Colgio co-
meou a funcionar com a ins-
truo Primria e o Primeiro
Ciclo Liceal, com 13 alunas in-
ternas e um grupo de externas.
O Colgio foi progredindo e, em
1960 foi-lhe concedida licena para
lecionar o Segundo Ciclo Liceal.
As instalaes foram crescendo
medida das necessidades sentidas
e, no vero de 1963 comeou o de-
saterro destinado nova constru-
o, que veio a terminar em de-
zembro de 1965. Em 1973 o Colgio
passou ao regime de coeducao e,
em 1975, por no haver escolas p-
blicas em Ftima, o ensino come-
ou a ser subsidiado pelo Estado.
Em 1981 foi construdo o pavi-
lho para recreio, atualmente uti-
lizado para Educao Fsica. Ao
mesmo tempo terminou o inter-
nato e as respetivas instalaes fo-
ram sendo transformadas suces-
sivamente em novas salas de aula.
Em 2002 foi construdo um par-
que de estacionamento e, no ano
seguinte concluram-se as obras
de ampliao, com a construo de
cinco salas de aula, um laboratrio
de qumica, uma sala de educao
visual e um anfiteatro.
NA DIOCESE
Centro de Estudos de Ftima
Ensinar a participao, solidariedade e responsabilidade
O Centro de Estudos de Fti-
ma uma escola catlica que ofere-
ce um servio educativo a todos os
que procuram uma educao para
os valores, propondo-se orientar os
alunos para a realizao pessoal,
atravs do pleno desenvolvimento
da personalidade, da formao do
carter e da cidadania, preparando-
se para uma aprendizagem cons-
ciente e responsvel, de modo a
construir um futuro coerente, con-
forme se pode ler na sua pgina ofi-
cial online.
As aprendizagens disponibi-
lizadas so no s os contedos le-
cionados, e a fazer aprender, mas
tambm outras atividades desen-
volvidas fora do contexto das disci-
plinas: as dimenses do ser, do for-
mar, do transformar, do criticar, do
intervir, do construir, do aprender
a aprender O CEF prope-se assim
educar para um futuro prximo
tendo subjacentes valores de parti-
cipao, solidariedade e responsa-
bilidade.
Educar para a cidadaniaOs alunos que optem pelo
nosso Colgio iro usufruir de um
projeto pedaggico que visa uma
formao verdadeiramente inte-
grada, afirma Manuel Bento, dire-
tor executivo/pedaggico do CEF.
Aliada formao cientfica e cul-
tural, os nossos alunos usufruem
de um conjunto de atividades que
formam para os valores humans-
ticos e cristos, para uma educao
artstica e para uma formao des-
portiva.
por isso que a escola prope
um conjunto de atividades e clubes
de ndole cultural, desportiva, re-
creativa, cientfica e solidria que
funcionam como ferramentas de
formao diferenciadora.
Temos a clara conscin-
cia que a nossa Escola, o CEF, deve
educar para a Cidadania e por isso,
tudo faremos para que, em estrei-
ta colaborao com o meio, defen-
damos os perenes valores e dimen-
ses sociais da nossa sociedade,
refere-se no stio online.da escola
Assim, no deixaremos passar ne-
nhuma oportunidade para respon-
der a qualquer apelo que aponte
para a cooperao e solidariedade,
para o respeito e defesa do ambien-
te e do patrimnio cultural.
Sendo o CEF uma Escola Ca-
tlica, no pode privar os seus jo-
vens da enorme riqueza da cultura
crist. Por isso, oferece aos seus alu-
nos a possibilidade de debaterem
os grandes problemas existenciais
e formar a sua conscincia crtica,
aprendendo a respeitar os outros.
Todos podem assim, dentro de um
so respeito, aprofundar as suas
convices religiosas e aprofundar
a sua f.
O CEF leciona do 5 ano ao 12
ano e o ensino profissional. maio-
ritariamente frequentado por alu-
nos da cidade de Ftima e das fre-
guesias e concelhos limtrofes.
DR
DR
5 de setembro de 2013 5
DIOCESE
Visita misso
Pe. Jos AlvesFoi-me possvel realizar
uma visita, ainda que rpida,
misso da nossa diocese em
Angola. Esta misso dinami-
zada por um grande grupo de
pessoas que se integra no grupo
missionrio Ondjoyetu. Algu-
mas destas pessoas j passaram
pelos campos da misso como
voluntrios e conhecem a reali-
dade e as dificuldades do traba-
lho missionrio. A mim, P. Jos
Alves, foi dada a possibilidade
de tambm passar duas sema-
nas por essas terras de Angola.
O que a misso?A zona da misso situa-se
a sul de Luanda cerca de 400
km, na cordilheira montanho-
sa do Gungo. Abrange um terri-
trio de cerca de 2.200 km2 de
difcil acesso, sempre em pica-
da (estradas de terra batida com
muitas descidas e subidas de
grande inclinao e com imen-
sos obstculos). Por entre a flo-
resta intensa vivem muito dis-
persas cerca de 20 mil pessoas.
Estas pessoas tm vivido
totalmente isoladas do mun-
do numa vida que se resume a
sobreviver recolhendo da na-
tureza os frutos com que esta
os presenteia. No meio da ser-
ra, a cerca de 1.000 metros de
altitude, as pessoas vivem com
muitas dificuldades sem os ha-
bituais recursos como gua, ele-
tricidade, todo o tipo de comu-
nicaes, sade pblica, etc. A
mortalidade infantil na or-
dem dos 50% dos nascidos. A
alimentao quase unicamen-
te funge (farinha de milho).
O que j se fez...A equipa missionria Ond-
joyetu dedicou-se a apoiar este
povo desde 2006 com o incio da
geminao da Diocese de Leiria-
Ftima com a Diocese do Sum-
be. Mas antes deste trabalho
mais continuado, o P. Vitor Mira
dedicou-se a este povo quase
logo desde o incio da sua vida
sacerdotal. Idas e vindas, avan-
os e recuos est agora como
missionrio a tempo inteiro nes-
sas terras desde o ano de 2011. O
P. David Nogueira tambm es-
teve l anteriormente durante
seis anos. O que j se fez na mis-
so foi realmente muito e certa-
mente, o mais difcil. Esta equipa
de missionrios construiu uma
casa de apoio no Sumbe, sede da
provncia. Esta casa de grande
utilidade como ponto de chega-
da e de partida para as misses
a realizar no Gungo. Alm des-
ta casa tambm est a melhorar
as condies da casa na Donga e
todas as restantes infraestrutu-
ras necessrias para a evangeli-
zao e a aco humanitria que
desenvolvem. Nos ltimos anos
tem contado com o apoio de di-
versas pessoas na rea da sa-
de que tem feito um trabalho de
sensibilizao para os cuidados
mdicos e alimentares fantsti-
co. Quase todos os dias tm sal-
vado da morte crianas desnu-
tridas ou com outros problemas
de sade. A nvel evanglico o
trabalho tem sido intenso desde
a formao de catequistas e ani-
madores das comunidades e ou-
tros grupos de aco, orao e da
liturgia.
(continua na prxima edio)
Festas em Rio de Couros
Tradio ainda o que eraRio de Couros prepara-se para
receber milhares de pessoas na-
quela que a mais antiga feira do
concelho de Ourm. O evento est
agendado para os dias 07 e 08 de se-
tembro, e integra as festas em hon-
ra de Nossa Senhora da Natividade.
As festividades iniciam-se
na sexta-feira, dia 6, com a procis-
so das velas a partir das 20h30. A
missa solene, seguida de procisso
acompanhada da Banda Filarm-
nica, est agendada para as 11h00
de domingo. A tradicional Feira
dos sete abre s 9h00 de sbado.
Uma feira com mais de 600 anos
A feira dos sete, em Rio de
Couros a mais antiga feira do con-
celho de Ourm. Instituda por D.
Dinis a a primeira feira de que
h notcia no concelho de Ourm,
explica o proco David Barreiri-
nhas. Era uma feira franca realiza-
da em setembro, durante oito dias,
por ocasio da festa de Santa Maria.
Em 1367, D. Fernando confirmou-a,
atribuindo-lhe os privilgios da an-
terior, mas com realizao apenas
durante trs dias, dois antes e o dia
da festa.
David Barreirinhas expli-
ca ainda que que no foral manue-
lino atribudo vila de Ourm a 6
de maio de 1515 verifica-se que na
atual rea do concelho j existiam
mais feiras, como a de Ourm e a
de S. Bartolomeu (Caxarias) reali-
zada junto Abadia dos Tomareis.
Como curiosidade, nesta pagava-
se portagem j desde 1380, nas da
vila de Ourm s os de fora teriam
que pagar, e na feira de Rio de Cou-
ros ningum teria que pagar porta-
gem, o que provocava uma maior
afluncia tanto de compradores
como de vendedores.
A feira chegou aos nossos
dias, sendo no dia 7 de setembro
apenas feira, e no dia seguinte fei-
ra e festa religiosa.
14 e 15 de setembro
Calvaria comemora 50 anos de dedicao da Igreja Paroquial
As comemoraes dos 50 anos
de dedicao da Igreja Paroquial da
Calvaria esto agendadas para o
prximo fim de semana dias 14 e 15
de setembro.
As comemoraes iniciam-se
com Missa animada pelo Grupo Co-
ral de S. Jorge, s 21h00 de sbado,
seguida de procisso de velas e re-
citao do Tero encenado e canta-
do pelo Grupo de Jovens Agni Dei.
O dia de sbado termina com
a inaugurao da exposio foto-
grfica, a partir das 22h30.
A Caminhada por trilhos da
parquia realiza-se no domingo de
manh, pelas 09h00. A inscrio
livre e recomenda-se aos partici-
pantes que levem lanche.
No domingo, o almoo conv-
vio est marcado para as 12h00. Os
interessados devero inscrever-se
at ao dia 8 de setembro, com valor
de cinco euros.
A Missa celebra-se s 15h00 e
ser seguida de uma cerimnia de
homenagem aos membros da Co-
misso Fabriqueira e ao sacristo
Adelino Carreira.
Pedro dos Santos
5 de setembro de 20136
Pinheiros
DESTAQUE: Marrazes
Retrato da parquia dos Marrazes
Paroquianos dinamizam o que a Histria assegurou
Armanda Balinha
afvel e organizado. So es-
tas duas caratersticas do padre
Augusto Gonalves refletem-se no
trabalho pastoral que tem vindo a
desenvolver na parquia dos Mar-
razes, h 10 anos. Contando com o
apoio de Marco Brites, vigrio paro-
quial, o proco alcanou uma din-
mica bastante satisfatria nos Mar-
razes, que beneficiou da Histria
para se tornar parquia e freguesia.
Se no, vejamos.
No local de Arrabalde da Pon-
te, espao onde hoje se desenrola
a feira e mercados semanais exis-
tia at s primeiras dcadas do s-
culo XIX, uma igreja em honra de
So Tiago, que era a sede de fre-
guesia e cuja rea se estendia pe-
los montes em direo ao mar. Teria
sido das parquias mais antigas de
toda a zona de Leiria, no se saben-
do porm a data do seu incio, mas
certamente remontar vrios scu-
los atrs. Junto ao rio, alm da Igre-
ja Paroquial, existiam mais duas:
Santo Andr na margem direira do
rio e, perto da ponte, na margem es-
querda, a de So Sebastio do Porto
Covo.
No inverno, os campos frteis
do Arrabalde da Ponte eram conti-
nuamente inundados pelas cheias.
Por esse motivo, no princpio do s-
culo XIX, a igreja estava em runas.
Foi tambm nessta poca que Lei-
ria sofreu uma grande destruio e
massacre devido s Invases Fran-
cesas.
A Igreja de So Tiago no fugiu
regra e foi transformada em cava-
laria. Por esse motivo, o Bispo de
Leiria, D. Manuel de Aguiar, trans-
feriu os parcos haveres que escapa-
ram para a igreja dos Pinheiros, pas-
sando esta a funcionar como sede
de freguesia. Mais tarde, o padre
Joaquim Jos de Azevedo e o fidal-
go da Quinta do Amparo resolve-
ram fazer uma igreja nos Marra-
zes, para que a funcionasse a sede
de freguesia. Esta deciso no foi do
agrado dos habitantes dos Pinheiros
mas, a partir de 1829, a igreja estava
pronta e a freguesia passou a consi-
derar-se com sede no lugar de Mar-
razes.
No ano de 1828 comeou a ser
construda a Igreja Paroquial, apro-
veitando-se os materiais da antiga
Igreja do Arrabalde e com o apoio
do Rei. Um ano depois, a Igreja Paro-
quial fica pronta para receber o sm-
bolo da freguesia: a pia batismal.
Atualmente, a parquia de-
senvolve inmeras atividades nos
seus sete centros de culto, nomeada-
mente os Marrazes, Bairro das Al-
muinhas, Gndara, Janardo, Ma-
rinheiros, Pinheiros e Quinta de
Nossa Senhora do Amparo.
Existem na parquia vrios
movimentos e servios, tais como,
cursos de Cristandade, Liga Euca-
rstica, Mensagem de Ftima, Cami-
nho Neo-Catecumenal, Apostolado
da Orao, CVX, Ministros Extraor-
dinrios da Comunho, grupo de li-
turgia e grupos corais. Os grupos de
jovens, os escuteiros e o grupo cate-
qutico so alguns dos projetos em
destaque. Os Conselhos Econmi-
co e Pastoral so as meninas dos
olhos do padre Augusto Gonalves,
que no esconde gostar de traba-
lhar em equipa. A Conferncia So
Vicente de Paulo tambm desempe-
nha um papel importante nos Mar-
razes. Damos, ento, conta da din-
mica de alguns destes movimentos
nas pginas seguintes.
PUB 1/8PUB
Estrada da MataMarrazes - 2415-557 LeiriaTel/Fax 244 855 944
Gndara dos Olivais
Janardo
Marrazes
Quinta do Alada
5 de setembro de 2013 7
EM DESTAQUE: Marrazes Pastoral da Juventude nos Marrazes
Crianas e jovens mantm-se ligados parquia
Crianas e jovens. Esta uma
das grandes apostas (e vitrias) da
parquia dos Marrazes. Orientados
pelo padre Marco Brites, o grupo
catequtico, o agrupamento de es-
cuteiros e os grupos de jovens tm
conferido uma dinmica bastante
distinta quela parquia.
Na rea da catequese, nem
s de crianas vive os Marrazes.
Alm do percurso mais normal
de iniciao (10 anos de catequese),
feita nesta parquia, em conjun-
to com a Vigararia de Leiria, o ca-
tecumenato de adultos (prepara-
o para o Batismo, Confirmao e
Eucaristia) que todos os anos, desde
outubro at Viglia Pascal do ano
seguinte, faz o percurso prprio de
adultos, explica o padre Marco Bri-
tes. Tambm a nvel vicarial, rea-
lizada a preparao de adultos para
o Crisma, quer na parquia dos
Marrazes, quer na parquia de Lei-
ria, decorrendo aos sbados tarde,
desde o incio de janeiro at ao Pen-
tecostes.
Nos Marrazes, o itinerrio
dos 10 anos de catequese realiza-
do nos sete centros de culto da pa-
rquia. A par deste percurso, tem
sido desenvolvida, nos ltimos
anos, uma resposta a algumas si-
tuaes especiais, nomeadamen-
te as de crianas e adolescentes en-
tre os 10 e os 14 anos, no batizados
e que nunca tenham frequentado a
catequese. um itinerrio de dois
anos que visa acolher e integrar as
crianas e adolescentes no cami-
nho mais normal de catequese, a
partir de um acompanhamento in-
tensivo e adaptado idade, refere.
Quer a catequese da infn-
cia, quer a de adultos procuram le-
var cada pessoa descoberta e re-
lao pessoal com Jesus Cristo e ao
compromisso comunitrio da vida
em Igreja. E na descoberta dessa re-
lao estiveram, no ano catequti-
co que findou, cerca de 1050 crian-
as e adolescentes no percurso de
10 anos, nos vrios centros de culto,
acompanhados por 124 catequis-
tas. Na catequese especial, estive-
ram 12 adolescentes, acompanha-
dos por trs catequistas, enquanto
no catecumenato de adultos, o per-
curso foi realizado por seis pessoas,
acompanhadas por dois catequis-
tas e na preparao de adultos para
o Crisma (a frequentar a formao
nos Marrazes) registaram-se 11 ins-
cries, acompanhados por dois ca-
tequistas.
Depois de concludo o per-
curso de 10 anos da catequese, os
jovens dos Marrazes podem con-
tinuar ligados Igreja. Basta que-
rerem, dado que as alternativas so
vrias. O Agrupamento de Escutei-
ros 737 funciona desde 1984, ain-
da que o primeiro acampamento
tenha sido realizado dez anos an-
tes. Quer os elementos, quer os diri-
gentes so oriundos de vrias par-
quias volta de Leiria. A principal
atividade do 737 a de educar as
crianas e os jovens de um modo
integral, com as finalidades, prin-
cpios e mtodos prprios, assume
Marco Brites. Atualmente, o Agru-
pamento composto por 89 ele-
mentos e 17 dirigentes.
Contudo, existem outras sa-
das para os jovens que queiram
manter-se integrados na comuni-
dade, depois de concludo o per-
cusro catequtico. Na parquia dos
Marrazes, existem dois grupos de
jovens ativos e um terceiro gru-
po a dar os primeiros passos. A par
destes grupos a funcionar em v-
rios centros de culto, existe ainda
um grupo ligado ao Caminho Neo-
Catecumenal. Alm da busca do
amadurecimento individual e co-
letivo dos elementos dos grupos, os
jovens colaboram nas atividades
paroquiais (catequese, festas, ani-
mao litrgica), adianta o padre
responsvel.
Os principais apoios financei-
ros nas trs reas que envolvem os
jovens dos Marrazes so as famlias
(no caso dos Escuteiros, median-
te cotas anuais) e as angariaes de
fundos que se vo desenvolvendo
ao longo do ano para as vrias ati-
vidades pontuais. O grande proje-
to presente e futuro o de melho-
rar, cada vez mais, a qualidade do
que se faz, nos trs campos de ao
e as atividades nascem a partir da,
sejam elas locais, vicariais ou dioce-
sanas, conclui Marco Brites.
Grupo de ao social dos Marrazes
Famlias carenciadas j so 330Trezentas e trinta famlias en-
contram-se inscritas nos servios
de ao social da parquia dos Mar-
razes. A equipa que assegura a as-
sistncia s famlias carenciadas
composta por 14 voluntrios Vicen-
tinos, que participam nas reunies
e colaboram no desenvolvimen-
to das atividades e 20 voluntrios
visitadores que, dois a dois, visitam
semanalmente doentes e idosos iso-
lados.
A parquia de Marrazes con-
ta com a Conferncia deSo Vicen-
te de Paulo desde 23 de setembro
de 1951. Na parquia, os servios
de carter social so coordenados
pela Conferncia, com a assistn-
cia e superviso do proco e tm
como objetivo fundamental auxi-
liar todos os que se encontram em
situao de necessidade ou fragi-
lidade. A ao social dos Marrazes
estende-se por diversas reas, no-
meadamente visitas a doentes aca-
mados e idosos com dificuldade de
mobilidade, feita por grupos de vi-
sitadores voluntrios, atendimen-
to a famlias carenciadas, fazendo a
distribuio de alimentos, mas tam-
bm distribuio de roupas, cala-
do, brinquedos e utilidades para o
lar eencaminhamento para outros
servios e promovendo encontros
festivos anuais para doentes e ido-
sos, tal como assegurando a forma-
o peridica para todos os volun-
trios.
Os bens alimentares entre-
gues s famlias carenciadas e ins-
cristas provm do Banco Alimen-
tar, de campanhas de recolha de
alimentos que se fazem nos vrios
centros de culto da parquia, do
Programa Comunitrio de Ajuda
Alimentar a Carenciados (PCAAC),
do ofertrio semanal numa das
missas na igreja paroquial e, ainda,
do contributo dos Vicentinos e de
ajudas de particulares.
Ao nvel de projetos futuros, o
grupo de ao social pretende con-
tinuar e melhorar, na medida do
possvel, as atividades que se desen-
volvem presentemente, proporcio-
nar formao aos nossos utentes,
nas reas da educao para a sa-
de, alimentao e higiene e confor-
to e proporcionar convvios locais,
sobretudo para os mais idosos, com
alguma regularidade, refere Maria
de Lurdes Horta, uma das respon-
sveis pelo grupo de ao social dos
Marrazes.
DR
DR
5 de setembro de 20138
EM DESTAQUE: Marrazes Padre Augusto Gonalves, proco dos Marrazes
Orgulho-me dos voluntrios que temosGosta de trabalhar
em equipa e destaca a validade dos seus Conselhos Pastoral
e Econmico. O grande projeto de
construo da igreja da Quinta do Alada para onde canaliza
os seus esforos, atualmente. Mas h
mais projetos que vo absorvendo o
empenho do proco dos Marrazes,
nomeadamente o alcance da unidade da comunidade em
pleno. Para j vai lanando sementes
terra... o resto deixa por conta de Deus.
Armanda Balinha
Apesar de estar na parquia dos Marrazes h uma dcada, o seu percurso aps a ordenao foi bastante intenso...
Logo aps a ordenao, fui
nomeado vigrio paroquial para a
Maceira, onde estive nos primei-
ros trs anos, tendo sido uma expe-
rincia muito rica. Logo de segui-
da, fui nomeado para o Coimbro,
mas s l estive dois anos porque
tive de ir para a Guerra, onde esti-
ve dois anos em Moambique. De-
pois, estive 14 anos no Seminrio.
Em simultneo, trabalhei na pasto-
ral juvenil diocesna ao longo de 24
anos e, em 1995, a nvel nacional.
Depois, como proco da Barosa, co-
memos a construir aquela igreja
enorme que l est. Foi uma expe-
rincia estupenda, que uniu aque-
le povo de uma forma fantstica.
Em simultneo tive vrios servios,
colaborei sempre no Santurio, so-
bretudo nas peregrinaes. H dez
anos, o senhor Bispo pediu-me para
vir para aqui. E aqui, o que me tem
ocupado algum tempo so projetos
de reconstruo de algumas igrejas.
A remodelao das igrejas tem sido uma das suas prioridades?
Sim. E tudo tem sido fruto de
trabalho em equipa. Construmos
totalmente a da Gndara dos Oli-
vais, reconstrumos a da Quinta da
Matinha e agora andamos na gran-
de aventura da construo da igre-
ja de Nossa Senhora de Ftima, da
Quinta do Alada. Tem capacidade
para 450 pessoas sentadas e um au-
ditrio muito bom. Tem casa mor-
turia e salas de servios. Que-
ramos p-la a funcionar at final
deste ano. O investimento total de
um milho e quinhentos mil euros.
Pensamos fazer face dvida com
eventos e espetculos. Temos uma
enorme quantidade de iniciativas
e depois temos uma grande escada
de amigos, em que se prope s pes-
soas darem por ms o que puderem.
Quando h iniciativas para anga-riar fundos, a comunidade sente que importante e est sensibili-zada?
No suficientemente, com
toda a sinceridade. Mas a minha
preocupao outra: construir a
comunidade e a igreja material, que
um espao essencial para cons-
truir a comunidade. Depois, h uma
coisa que gosto de fazer, que pesca
linha, ir ter com as pessoas e desa-
fi-las. Gosto de desafiar as pessoas.
E depois elas desafiam-me a mim.
Disse que estava a construir a Igreja e, ao mesmo tempo, que est a construir a comunidade.
Sente que na sua parquia a uni-dade est alcanada?
No est, nem a conseguirei a
cem por cento. Est a caminho. Foi
sempre a minha preocupao: criar
a comunidade e na comunidade
criar a unidade. H coisas que cor-
rem menos bem, mas isso faz par-
te do percurso e eu sou um homem
positivo, de no desanimar. Tudo
fao para que as coisas se resolvam,
pelo dilogo e pela proximidade.
Tenho a preocupao de estar onde
esto as pessoas. Posso dizer que
sou scio de todas as coletividades
daqui. E dizem-me: essas pessoas
no vo igreja. No me interessa.
Interessa-me ir ter com elas.
Semear para depois colher? Sim. Mas de muitas coisas no
verei o fruto, mas isso no comigo.
com Deus.
Porque to importante para si a ao scio-caritativa da sua par-quia?
o princpio de Jesus Cristo.
Ele quando via a multido e a mul-
tido no tinha que comer, ele dava
de comer e depois falava-lhe. E o
nosso Papa tem dito to claramen-
te que a opo preferencial pelos
mais necessitados. So 993 pessoas
que ns apoiamos. muita coisa.
So toneladas de alimentos que dis-
tribumos todos os anos. Vm do
Banco Alimentar e da Unio Eu-
ropeia. Envolvemos tambm a co-
munidade, que muito sensvel e
contribui. Vejo muito a chamada
pobreza envergonhada.
Como se deita noite perante es-ses problemas do dia a dia das pessoas, sendo que no pode acorrer a todos de uma forma imediata?
Vejo-me atrapalhado porque
no sei que resposta dar s pessoas.
Tento dar uma perspetiva terica
de esperana, mas tambm uma
perspetiva prtica. E a depende de
caso para caso.
Os seus paroquianos esto dis-ponveis para o voluntariado so-cial?
Sim, muito. Temos o volunta-
riado muito bem organizado. Orgu-
lho-me dos voluntrios que temos.
Temos muita gente a trabalhar em
vrias vertentes: cultura, pastoral,
trabalho com os empresrios. A mi-
nha preocupao que o grupo S-
cio-Caritativo tenha uma equipa
em cada um dos sete centros. Fal-
tam apenas duas.
visvel a sua preocupao em ter tudo organizado...
Sou um indivduo metdico,
que gosta de cada coisa em seu lu-
gar. Ainda h dias, estive duas ho-
ras no Arquivo Distrital com o pro-
fessor Sal Gomes, para organizar
toda a documentao da Senhora
da Encarnao. Aqui na parquia
temos os vrios livros antigos clas-
sificados e inventariados. O livro
mais antigo data de 1820. Dou mui-
to valor a tudo o que foi significa-
tivo no passado mas, no podendo
falar de um museu, temos um es-
pao onde guardamos essas coisas.
No temos grandes valores, temos
aquilo que foi significativo no pas-
sado e que continua a ser hoje.
Quanto ao Conselho Pastoral e Econmico?
A que eu vejo a comple-
mentaridade. E ao mesmo tempo
a corresponsabilidade. O Conse-
lho Econmico tem sido fantstico.
Tm gerido todos os bens e vo di-
tando as regras. Por exemplo, nin-
gum toma qualquer deciso sem
que a comisso toda d o aval e fi-
que exarado em ata. Todas as cape-
las tm o seu livro de atas. O Conse-
lho Econmico ajudou-nos a pr as
coisas em ordem. E funciona ao n-
vel de voluntariado. Eu nem preci-
so mexer nem pensar em dinheiro.
Temos pessoas muito competentes,
nomeadamente gestores, antigos
chefes de finanas, entre outros.
uma preocupao envolver pes-
soas de todos os lugares. Tal como
no Conselho Pastoral temos pes-
soas de vrias reas. Temos sempre
a preocupao de serem pessoas
que intervenham. Alis, no serve
uma pessoa que no intervenha. A
Pastoral para ns trabalharmos
com os outros.
Armanda Balinha
5 de setembro de 2013 9
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Souto da Carpalhosa e LeiriaTel: 244 613 114 244 881 524 Tlm: 962 900 546 967 033 542
Horrio da Missas DominicaisParquia de Leiria
Sbados19h00 S19h30 Franciscanos
Domingos08h30 Esprito Santo09h00 Franciscanos09h45 Paulo VI10h00 S. Francisco
10h00 S. Romo10h30 Franciscanos11h00 Santo Agostinho11h30 S e Seminrio18h30 S19h30 Franciscanos21h30 N Sr. Encarnao11h00 Hospital de Leiria
Parquia da Cruz da AreiaDomingos
11h30 Igreja paroquialQuintas
21h00 Igreja paroquial
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Contatos: 244 821 100 | presente@jornalpresente.pt
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MILAGRES - Alcaidaria: 919 321 145
AGENDA
5quinta
Setembro Jornadas da AMIGrante: A Face Humana das Migraes em Portugal,
7sbado
Setembro Encontro de frias do grupo S. Paulo - Pr-Seminrio (at dia 10)Formao Responsveis de Grupos de Aclitos (1. encontro) - Servio de Pastoral Litrgica e Msica Sacra
10tera
Setembro Exerccios Espirituais (at dia 18)
13sexta
Setembro Peregrinao Internacional Aniversria a Ftima
14sbado
Setembro Convvios Fraternos - Peregrinao Nacional (14 e 15 de setembro)
Pr Seminrio - Reencontro de lanamento do ano para os Grupo S. Paulo (14 e 15 de setembro)
Encontro de Equipas e Departamentos Re-gionais de Leiria do Corpo Nacional de Escutas
Formao Responsveis de Grupos de Aclitos (2. encontro) - Servio Diocesano de Pastoral Litrgica e Msica Sacra
15domingo
Setembro Conselho Consultivo da Regio de Leiria do Corpo Nacional de Escutas
PUB
LIVRO da semana Espelho meu
de Gabriel Magalhes
Paulinas Editora
Coleco Poticas do Viver Crente
Em Fevereiro comprei o livro Espelho meu de Gabriel Magalhes cujo prefcio de Jos Tolentino Mendona. Li-o em contnuo nessa altura, mas volto a ele com frequncia para ler 1 ou 2 captulos. Hoje parei nestes pargrafos que transcrevo pensando que sero um bom convite leitura des-ta obra.
Pilatos veicula tambm uma boa lio, quanto arte de escolher. Quer dizer: na vida, de nada nos servem as concilia-es, as chamadas meias-medidas.
por a que Pilatos pretende ir. Contudo, a nica coisa que ele consegue com as suas meias-medidas simplesmente co-locar-se numa situao de cumplicidade involuntria com o dio dos judeus. Acaba por fazer o que eles querem.
Do mesmo modo ns, se pactuarmos com o que no que-remos, acabaremos por fazer o que no desejamos. No h pactos, h escolhas.
preciso ser corajoso a escolher: preciso desejar a niti-dez moral para os nossos dias. Custa muito, porque todos te-mos uma multido de fantasmas sociais a vociferar, no nosso ntimo, aquilo que devemos fazer. Mas as escolhas corajosas so o nico caminho.
(...) O nico caminho ser sempre o da limpidez de dizer sim quando sim, e no quando no.
Coragem, sim, preciso, para tantas decises dirias!Ndia Nair
PUB
CARTRIO NOTARIALDE MANUEL FONTOURA CARNEIRO
Rua Francisco Serra Frazo, lote B, 4 r/c dto- 2480-337 Porto de MsTelf: 244 401 344 Fax: 244 401 385
PORTO DE MSCertifico para fins de publicao, que por escritura de justificao celebrada-
neste Cartrio Notarial, no dia vinte e sete de agosto de dois mil e treze, exarada a folhas quarenta e oito do livro de Notas para Escrituras Diversas Duzentos e Oi-tenta e Nove-A:
BELMIRA SANTO e cnjuge AGOSTINHO PEDROSA BERNARDO, casados sob o regime da comunho geral de bens, naturais ela da freguesia de Souto da Carpa-lhosa, ele da freguesia de Monte Redondo, ambas do concelho de Leiria, residen-tes na Rua Principal, 603, Carreira de Cima, Carreira, Leiria, Nifs:170 926 753 e 170 926 761, declararam:
Que, com excluso de outrem, so donos e legtimos possuidores do prdio rstico sito em Carvide, freguesia de Carvide, concelho de Leiria, composto de terra de semeadura, com a rea de novecentos metros quadrados, a confrontar do norte com Rua Joo Antnio Lopes, do sul, nascente e poente com Vtor Pedrosa, no des-crito na Segunda Conservatria de Registo Predial de Leiria, inscrito na matriz sob o artigo 5295, com o valor patrimonial IMT de 450,00, a que atribuem igual valor.
Que adquiriram o referido prdio por doao verbal de Manuel Santo e esposa Maria Incia, residentes em Carreira, Leiria, doao essa que teve lugar no ano de mil novecentos e oitenta, j no seu estado de casados.
Que, no obstante no terem ttulo formal de aquisio do referido prdio, fo-ram eles que sempre o possuram, desde aquela data at hoje, logo h mais de vinte anos, em nome prprio, defenderam a sua posse, pagaram os respectivos impostos, gozaram de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivaram-no e colheram os seus frutos, sempre com o nimo de quem exerce direito prprio, sendo reconheci-dos como seus donos por toda a gente, posse essa de boa f, por ignorarem lesar di-reito alheio, pacfica, porque sem violncia, contnua e pblica, por ser exercida sem interrupo e de modo a ser conhecida por todos os interessados.
Tais factos integram a figura jurdica da usucapio, que os justificantes invocam, como causa de aquisio do referido prdio, por no poderem comprovar a sua aquisio pelos meios extrajudiciais normais.
Porto de Ms, vinte e sete de agosto de dois mil e treze. A colaboradora com delegao de poderes, (Ana Paula Mendes) Emitida Factura/Recibo n" 02 / 1779/001/2013
5 de setembro de 201310
PAS
Dia 30 de Agosto
Cruz Vermelha Portuguesa assinala Dia dos Desaparecidos
A Cruz Vermelha Portu-
guesa assinalou no passado dia
30 de agosto o Dia Internacio-
nal dos Desaparecidos apoian-
do o Comit Internacional da
Cruz Vermelha no lanamen-
to do manual Acompanhar as
Famlias de Pessoas Desapare-
cidas: um Guia Prtico.
O manual procura aju-
dar aqueles que dentro e fora
do Movimento Internacional
da Cruz Vermelha e do Cres-
cente Vermelho se esforam
para apoiar as famlias dos de-
saparecidos e dedicado a todos os que tm
de suportar a angstia pelo desaparecimen-
to de um ente querido. O livro apresenta fer-
ramentas prticas e recomendaes baseadas
nas necessidades das famlias e dirigido a
quem procura acompanhar famlias cujos fa-
miliares estejam desaparecidos devido a con-
flito ou violncia, explica Diana Arajo, coor-
denadora do servio de Restabelecimento dos
Laos Familiares.
Moldura vazia marca o diaEm Portugal, a Cruz Vermelha Portu-
guesa lanou ainda o apelo atravs de uma
aplicao disponvel em www.facebook.
com/cruzvermelhaportuguesa.sede, atravs
da qual cada um dos fs se associou colocan-
do na sua foto de perfil uma moldura vazia
alusiva causa.
Recorde-se que o Dia Internacional dos
Desaparecidos foi criado para chamar a aten-
o para o desaparecimento de pessoas, na
sequncia de conflitos armados ou desastres
naturais.
Este, o dia em que a Cruz Vermelha
chama a ateno para o destino das pessoas
desaparecidas como resultado de conflitos ar-
mados ou desastres naturais e as vidas das
famlias que
lidam com
a incerte-
za de no sa-
ber se os seus
entes queri-
dos esto vi-
vos ou mor-
tos. Algumas
famlias vi-
vem dcadas
na incerteza.
Na sua pgina
online, a Cruz
V e r m e l h a
Portuguesa recorda que anualmente cente-
nas de milhares de pessoas so separadas dos
seus entes queridos nestas condies. As fa-
mlias diro que o que mais precisam acima
de tudo saber o que aconteceu pessoa de-
saparecida infelizmente, em demasiados ca-
sos, essa questo pode nunca ser resolvida.
Mas tambm tm outras necessida-
des que esto muito para alm disto. Al-
gumas vezes as necessidades decorrem de
questes legais no resolvidas relaciona-
das com o estatuto da pessoa desapareci-
da. Estas questes podem envolver mat-
rias como herana, propriedade, estado civil
ou at mesmo a custdia de filhos. Tambm
podem existir necessidades financeiras cau-
sadas pelos custos relacionados com a pro-
cura de um familiar desaparecido ou no
apoio famlia se a pessoa que desapareceu
era o principal sustento da famlia, expli-
ca ainda a associao na sua pgina online.
As famlias tm o direito de saber o que acon-
teceu aos seus familiares desaparecidos. Des-
cobrir isso a sua principal necessidade, mas
outras necessidades tambm tm de ser con-
templadas por governos e por organizaes
como as da Cruz Vermelha ou do Crescente
Vermelho. | SF
Semanas missionrias levam JSF pelo Pas
Jovens Sem Fronteiras sempre em misso
Os Jovens Sem Fronteiras (JSF) parti-
lham, em grupo e com a comunidade, a f e
a experincia de fazerem parte de uma Igre-
ja maior do que as suas parquias nas sema-
nas missionrias que terminaram em Portu-
gal, na semana passada.
Nas semanas missionrias, realizadas
em tempo de frias, os JSF experimentam a
proposta, que vivem nas parquias, de uma
maneira diferente revela o padre Miguel Ri-
beiro, responsvel pelo movimento que parti-
cipou nestas semanas, pela primeira vez, em
1995.
Nestes encontros s participam jovens
do movimento que, em grupo e como mis-
sionrios, partem para um lugar que no co-
nhecem para desenvolver vrias atividades,
em especial o contato com idosos ou crianas,
inseridos nas parquias.
proftico porque passam dez dias a
dormir mal, no cho, s vezes tm balnerios
para tomar banho outras vezes no, e creio
que os JSF conseguem fazer isso numa aldeia
de Portugal ou a cinco mil quilmetros, assi-
nala.
Teresa Lanita, com 17 anos, integra os
JSF desde setembro e participou pela primei-
ra vez numa semana missionria, dando in-
cio a uma nova fase da sua caminhada. Du-
rante este ano estive a aprender a teoria e
sentia que faltava estar ao servio do outro,
revela a jovem do grupo de Tires, em Cascais,
que esteve em S. Teotnio, na Zambujeira do
Mar, Beja.
Da semana missionria, que terminou
na passada semana, sente a marca da evan-
gelizao, de servir Deus e a comunidade e
quer levar este testemunho para a sua vida,
para que familiares e amigos percebam que
fazer misso algo extraordinrio e no tem
fim. A vivncia em grupo, de onde traz ver-
dadeiros irmos, foi determinante para uma
experincia de misso inexplicvel.
Pedro Cabrita, da parquia de So To-
ms de Aquino, em Lisboa, j participou em
vrias semanas missionrias e considera que
so todas diferentes e desafiantes porque to-
das tm as suas particularidades, oferecen-
do experincias diferentes. Encontramos po-
pulaes acolhedoras, que esto ansiosas pelo
contacto com jovens que chegam para anun-
ciar Deus e acabamos por levar uma mensa-
gem de esperana, explica.
Da experincia de Torre de Moncorvo,
na diocese de Bragana, Pedro Cabrita con-
sidera que a misso pode ser um exemplo e
um incentivo para as populaes visitarem
lares, centros de dia e infantrios. Em 2008,
pelo Projeto Ponte esteve em Angola e reve-
la que o tempo de frias dedicado misso
uma opo que o preenche: o que me marca
a grande alegria e felicidade que se vive em
qualquer um destes projetos, acrescenta.
Neste ano foram 80 os jovens que par-
ticiparam nas semanas missionrias em Por-
tugal, e 10 no Projeto Ponte, este ano em
Moambique, sendo a experincia no nosso
pas obrigatria para a misso ad gentes.
Segundo o padre Miguel Ribeiro, as di-
ferenas so apenas de ordem prtica porque
o conceito o mesmo, inserindo-se na di-
menso da Igreja e procurando potenciar
o trabalho de cada local com novas suges-
tes. Onde quer que estejamos trabalhamos
ao servio da igreja local de corao cheio, as-
sinala o responsvel que participou em duas
pontes, em Angola.
O movimento faz 30 anos e o sacerdo-
te sente que Deus que age porque s inscri-
es respondem sempre largas dezenas de jo-
vens.
Numa organizao da diocese de Setbal
Arte Sacra em exposio a partir de 15 de setembroA exposio Viso do Infinito Teste-
munhos de F na Arte Sacra da Diocese de
Setbal insere-se nas iniciativas do Ano da
F e inspira-se na carta apostlica A Porta da
F de Bento XVI.
Esta exposio, com inaugurao mar-
cada para 15 de setembro, apresenta cerca
de 100 peas de diversas igrejas, capelas, con-
ventos e outros locais de culto da Diocese de
Setbal, explica a Comisso de Arte Sacra da
diocese de Setbal num comunicado recebi-
do pela Agncia Ecclesia. Nesta mostra, com
objetos do sculo XV ao XX, podem-se en-
contrar diversos domnios como pintura, es-
cultura, ourivesaria, mobilirio, txtil e mo-
nografia.
Com oito ncleos temticos, a exposio
Viso Infinito Testemunhos de F na Arte
Sacra da Diocese de Setbal foi inspirada nos
modelos de f da Carta Apostlica A Porta
da F, do Papa emrito Bento XVI. A Comis-
so de Arte Sacra da Diocese de Setbal assi-
nala a inteno de evocar os modelos de F
do cristianismo, desde Jesus Cristo at ao ho-
mem contemporneo.
A exposio divide-se pela Capela de
Santo Antnio, por onde se inicia o percur-
so, e a Casa do Corpo Santo / Museu do Bar-
roco, ambas no centro histrico de Setbal,
informa a organizao no comunicado.
Inaugurada no dia 15 de setembro, s
17h00, vai estar exposta at ao dia 24 de no-
vembro de tera-feira a sbado, acrescenta a
Comisso de Arte Sacra da Diocese de Set-
bal que disponibiliza o endereo www.feear-
teexpo.blogspot.pt para mais informaes.
5 de setembro de 2013 11
MUNDO
A teologia da libertao no faz falta para cuidar dos pobres
O leigo Guzmn Carri-
quiry, Secretrio da Pontif-
cia Comisso para a Amrica
Latina, afirmou que "no faz
falta uma teologia da liberta-
o" para cuidar dos pobres,
basta viver o Evangelho, "o
abrao da caridade, o teste-
munho comovido de si".
O leigo uruguaio fez
esta afirmao durante um
encontro convocado pelo
movimento Comunho e Li-
bertao na cidade de Rmi-
ni, ao norte da Itlia, no dia
21 de Agosto, onde tambm
disse que a Igreja precisa "li-
bertar" a f de "incrustaes
mundanas" para se tornar
novamente atrativa.
Joo Paulo II prefe-
ria estar pelas ruas do mun-
do que no Vaticano. E Bento
XVI disparou raios contra o
carreirismo, o clericalismo,
a mundanidade, a diviso, as
ambies de poder na Igreja.
Agora Francisco rea-
liza o que seu predecessor
pediu tantas vezes... e mui-
to mais. Tudo isto faz parte
da 'revoluo evanglica' que
marca uma profunda mu-
dana do modo mesmo de
ser Papa", afirmou.
Nesse sentido, destacou
a continuidade entre Ben-
to XVI e Francisco. Concluiu
propondo que a encclica Lu-
men Fidei seja lida luz do
pontificado do Papa Francis-
co, das "prolas" das suas ho-
milias quotidianas, da sua
catequese e do "sair missio-
nrio" para partilhar a luz da
f ad gentes.
Fonte: ACI
Jornal do Vaticano refere situao difcil em Portugal
O drama dos incndios
chamou a ateno do L'Os-
servatore Romano, rgo
oficial da Santa S.
A pgina online do jor-
nal L'Osservatore Romano,
rgo oficial da Santa S, fez
referncia aos fogos em Por-
tugal e situao difcil que
populaes e bombeiros es-
to a enfrentar.
A notcia foi dada pela
Agncia Ecclesia que acres-
centa que o jornal do Va-
ticano destacou o facto de
s no ms de agosto, cin-
co soldados da paz morre-
rem e cerca de 30 operacio-
nais ficarem feridos durante
o combate s chamas, em
diversos pontos do pas.
A notcia refere o caso con-
creto dos fogos na Serra do
Caramulo, em Viseu, e reala
que os incndios continuam
a flagelar a regio centro-se-
tentrional de Portugal, co-
locando em causa tambm
reas naturais protegidas
como o parque da Serra da
Estrela.
VaticanoPapa desafia jovens a lutarem pela beleza e bondade
O Papa Francisco aco-
lheu grupo de mais de 500
jovens peregrinos da diocese
italiana de Piacenza-Bobbio-
com e incentivou-os a cons-
trurem um futuro feito de
beleza, bondade e verdade.
De acordo com o servi-
o informativo da Santa S
e a notcia divulgada pela
Agncia Ecclesia, Francisco
mostrou-se convicto de que
aqueles valores esto bem
implantados no corao
dos mais novos e que estes s
tm de os expressar no mun-
do, sem medos nem pregui-
as. Este o desafio, o vos-
so desafio, vocs conseguem
faz-lo, vocs tm poder para
isso, coragem, vo em fren-
te, exortou o Papa.
A comitiva de jovens,
acompanhada pelo bispo de
Piacenza-Bobbio, D. Gianni
Ambrosio, encontrou-se com
o Papa na Baslica de So Pe-
dro, no decurso de uma pe-
regrinao ao Vaticano inte-
grada na celebrao do Ano
da F. Francisco sublinhou
que os jovens so os prota-
gonistas, os artfices do fu-
turo e incentivou-os a re-
marem contra a mar, a no
terem medo de fazer baru-
lho no meio de uma civili-
zao que est a fazer tanta
coisa mal.
Papa escolhe Pietro Parolin para novo secretrio de EstadoEmbaixador portugus sublinha proximidade a Portugal
Parolin substitui Tar-
cisio Bertone, secretrio de
Estado de Bento XVI des-
de 2006. A tomada de posse
est agendada para o dia 15
de outubro.
A Rdio Renascen-
a explica que esta uma
deciso h muito aguar-
dada e que, desde a elei-
o do Papa Francisco, se
esperava a nomeao do
novo secretrio de Esta-
do, cargo semelhante a pri-
meiro-ministro do Vaticano.
Pietro Parolin um ita-
liano de 58 anos diplo-
mata da Santa S desde
1986, neste momento nn-
cio apostlico na Venezue-
la, mas com grande expe-
rincia na secretaria de
Estado, sobretudo no setor
das relaes com os Estados.
O nome de Parolin j circu-
lava nos corredores como
um dos preferidos do novo
Papa, uma vez que Ber-
goglio j o conhecia pe-
los seus servios relaciona-
dos com a Amrica Latina.
Tarcisio Bertone, quase com
79 anos foi secretrio de Esta-
do de Bento XVI desde 2006.
O novo secretrio de Esta-
do, Pietro Perolin, toma pos-
se a 15 de outubro, manten-
do a mesma equipa da atual
secretaria de Estado.
Uma escolha positiva para Portugal
Jos Bouza Serrano,
embaixador portugus na
Holanda, recorda como foi
trabalhar com o novo secre-
trio de Estado do Vaticano
na questo de Timor-Leste.
um homem muito discre-
to, slido, tem uma aparn-
cia tmida, mas um homem
muito eficiente, refere em
declaraes Rdio Renas-
cena. O embaixador portu-
gus considera que a escolha
de Pietro Parolin positiva
para Portugal, e acha, por
isso, que a escolha do Papa
Francisco pode ser uma
grande vantagem para Por-
tugal, porque ele olha para
ns com um olhar benfico
e positivo. Penso que ser
bom para ns, acrescenta.
O embaixador portugus em
Haia trabalhou de perto com
Pietro Parolin, na altura do
conflito de Timor-Leste.
uma pessoa que est muito
prxima de Portugal, porque
nos ajudou bastante na ques-
to de Timor.
7 de setembroPapa convoca homens de boa vontade a unirem-se pela paz
O Papa Francisco con-
vocou todos os homens de
boa vontade, cristos e no
cristos, para uma jornada
de orao e jejum pela paz.
A iniciativa est agendada
para o prximo sbado, dia 7
de setembro.
O convite foi feito na
Praa de So Pedro e esten-
dido ao mundo inteiro. De-
cidi enviar a toda a Igreja um
convite para no prximo da
7 de setembro, realizar uma
jornada de orao e jejum
pela paz na Sria, no Mdio
Oriente e no mundo inteiro,
afirmou.
Assim, o Papa convi-
dou os homens de boa von-
tade a reunirem-se entre
as 19h00 e as 24h00 (18h00
e 23h00 em Portugal conti-
nental), em penitncia para
invocar o Senhor e pedir o
fim de todo o tipo de violn-
cia no mundo.
No a guerra que traz
a paz, enfatizou o Papa. A
guerra chama a guerra, a
violncia chama a violncia,
registou a Agncia Ecclesia.
A todos cabe o dever
de conviver na justia e no
amor, afirmou, lanando
um forte convite Igreja Ca-
tlica, que estendo a todos os
cristos e a outros homens e
mulheres de outras religies
e a quem no cr, a promo-
ver iniciativas pela paz.
A paz supera todas as
barreiras porque provm de
toda a humanidade, afir-
mou o Papa Francisco recor-
dando ser a cultura do en-
contro e do dilogo, a nica
estrada para a paz. | SF
5 de setembro de 201312
O Grito dos Excludos O lema do Grito dos Excludos de 2013 foi definido na
ltima semana de fevereiro, e este ano a Juventude est no centro dessa manifestao que acontece em 7 de setembro.
O lema do 19 Grito dos Excludos para este ano Ju-ventude que ousa lutar, constri o projeto popular.
O Grito dos Excludos uma manifestao popular bra-sileira carregada de simbolismo, um espao sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimen-tos sociais comprometidos com as causas dos excludos. realizado com um conjunto de manifestaes no Dia da P-tria, 7 de setembro, tentando chamar ateno da socieda-de para as condies de excluso social que persiste na so-ciedade brasileira.
Mas o que o Grito dos Excludos?O Grito dos Excludos, como indica a prpria expresso,
constitui-se numa mobilizao com quatro sentidos:- Denunciar o modelo poltico e econmico, que ao
mesmo tempo, concentra riqueza em alguns e condena mi-lhes de pessoas excluso social;
- Tornar pblico, nas ruas e praas, o rosto desfigura-do dos grupos excludos, vtimas do desemprego, da mis-ria e da fome;
- Propor caminhos alternativos ao modelo econmico neoliberal, de forma a desenvolver uma poltica de incluso social, com a participao ampla de todos os cidados.
- Atender economia capitalista globalizada, precarie-dade das relaes de trabalho e guerra por novos merca-dos, que do lugar a multides excludas por todo o mundo, especialmente nos pases perifricos.
Os movimentos sociais reagem. No Brasil, as Igrejas cris-ts juntamente com outros parceiros promovem na dcada de 90 as Semanas Sociais. Cresce a conscincia das causas e efeitos da excluso social, como o desemprego, a mis-ria e a violncia, entre outros. O fruto amadurece e nasce o Grito dos Excludos. Trata-se de uma forma criativa de levar
s ruas, praas e campos o protes-to contra esse estado de coisas. Os diversos atores sociais do-se conta de que necessrio e urgente dar vi-
sibilidade scio poltica indignao que se instala na sociedade, os exclu-
dos/as. Nos anos 2000 e 2002, o Grito foi
realizado em conjunto com dois plebiscitos populares, o primeiro sobre a dvida externa e o se-
gundo sobre a ALCA (rea de Livre Comrcio das Amri-cas). Foram iniciativas das mais bem sucedidas em termos de participao popular. Tais consultas populares contribu-ram para o exerccio concreto da democracia.
Depois da grande manifestao, que foram as JMJ 2013, em S. Paulo, o Grito dos Excludos, confirma a afir-mao do Papa Francisco, relativamente aos jovens: Sois a janela pela qual o futuro entra no mundo.
Redes Sociais e Informao Pessoais
Numa poca em que se vive uma era digital recheada de progra-mas e aplicaes de ndole so-cial, a gesto da nossa informa-o pessoal torna-se cada vez mais essencial.
Basta ter um computador, um telemvel ou ainda um tablet com ligao internet, para dessa forma entrar neste mundo novo. Depressa temos acesso gratuito a redes sociais como por exemplo o fa-cebook e o twitter, temos ainda os blogues e os si-tes pessoais que nos per-mitem ter amigos digitais, que na verdade no dei-xam de ser pessoas reais. Nestas redes podemos conversar, partilhar ideias, msicas, fotografias e expressar opinies.
A outra caracterstica extraordinria do mundo virtual a rapidez com que sabemos o que se passa no mundo. Atravs destas re-des, temos acesso imediato aos canais noti-ciosos e a toda a informao disponvel a n-vel nacional e internacional. Atravs de um clique e num espao de minutos tomamos conhecimento das notcias mais relevantes mas tambm temos acesso a uma intermi-nvel agenda de eventos culturais e despor-tivos e ainda acesso a inmeras pginas de empresas e servios, entre outros.
Atravs das redes sociais, podemos fa-zer o mesmo com os nossos amigos e par-tilhar a nossa vida diria de uma forma mais
ativa, mas tambm mais visual. A informa-o que colocamos na internet depende de ns e daquilo que pretendemos mostrar aos nossos amigos virtuais. Se fomos de f-rias colocamos uma fotografia do stio onde estamos, se temos uma opinio sobre de-terminado assunto partilhamo-la de forma ativa, se o nosso clube desportivo ganhou
festejamos online e se gostamos muito de uma msica partilhamos, se temos saudades de um amigo falamos com ele num dos muitos chats disponveis.
O mundo virtual de facto fantstico, no en-tanto necessrio pon-derar o tipo de informa-
o que colocamos nestes stios, ponderar se queremos que a nossa vida em ambiente virtual seja um canal noticioso em constan-te atualizao. Podemos escolher os nossos amigos nestas redes, mas no temos con-trolo sobre quem v as nossas fotografias e l as nossas opinies. Tambm existem os assaltos na internet, a invaso de privacida-de e os juzos de valor.
A gesto da informao pessoal que co-locamos na internet depende apenas de ns prprios, da nossa forma de estar e do valor que damos ao mundo virtual. E se pretende-mos que a nossa vida pessoal seja resguarda de forma segura, o melhor antivrus que po-demos ter o da moderao.
Indign(o)ao
Habituados que estamos a viver num mundo globalizado em que a informao que nos chega tanta e circula a uma velocidade superior nossa capacidade de reflexo, a tentao ler na diagonal, ficando-nos na memria os ttulos e pouco mais. Aconte-ce-me com frequncia. Mas h dias li uma notcia que me prendeu a ateno, na edio on-line do Jornal Publico do dia 28 de agosto. Uma notcia de Ana Fonseca Pereira. Tinha como ttu-lo: Centenas de pessoas morreram gaseadas nos arredores de Damasco. O ataque foi h uma sema-na e ter mudado a guer-ra na Sria.
Uma notcia que compila testemunhos que sobreviventes, mdicos e ativistas de-ram a vrias agncias noticiosas sobre o ata-que qumico, numa zona rural da cidade de Damasco, ocorrido na madrugada do dia 21 de agosto. Descrevem um cenrio de hor-ror que nem a imaginao de Dante, apesar de criativa, era capaz de compor, creio. Afir-maes como: Um mdico de Kafr Batna contou ao New York Times que pensou estar num filme de terror quando, uns aps ou-tros, comearam a chegar ao hospital car-ros transportando famlias inteiras - pais, mes, filhos, todos mortos ou Ali, como em todos os hospitais, os stocks de atropi-
na e outros antdotos para agentes neurot-xicos depressa esgotaramAo nascer do sol, dezenas de corpos alinhavam-se em mor-gues improvisadas. Os que no foram le-vados por familiares foram fotografados e enterrados em valas comuns ao anoitecer chocam pela crueza da realidade. A acom-panhar a notcia uma foto de corpos iner-
tes de crianas, alinhados para a sepultura.
No sou de lam-rias, mas confesso que me vieram as lgrimas aos olhos. Como pos-svel isto? A Humanida-de no viu j o suficien-te na II Guerra Mundial? Que coisa pode justificar a guerra e ainda mais um ataque indiscriminado
a inocentes? Que sanidade mental tem al-gum que ordena uma coisa destas? Mas j antes deste ataque, desde o incio da guer-ra na Sria, em dois anos, morreram cerca de 100 000 pessoas.
A Comunidade Internacional parece, agora, estar disposta a fazer mais do que at agora tem feito. Quando o direito soberano dos Estados no defende os direitos huma-nos mais elementares, no se pode ficar de braos cruzados a discutir leis ou interesses particulares enquanto morrem pessoas ino-centes. Esperemos que a emenda no seja pior que o soneto. S o dilogo e a paz se-ro verdadeiros caminhos de reconciliao.
Pedro VivaPadre diocesano
Maria Fernanda BarrocaProfessora
Liliana GonalvesTcnica de BAD
OPINIO
Que coisa pode justificar a
guerra e ainda mais um ataque
indiscriminado a inocentes?
A gesto da informao pessoal
que colocamos na internet depende
apenas de ns prprios
5 de setembro de 2013 13
Sugesto para o incio do ano
NA BUSCA DA BELEZAMaterial: mquina fotogrficaCaderno de apontamentosLpis ou caneta
Um Raide fotogrfico em qualquer lugar ou percurso. Este na cidade de Leiria, no jardim Lus de Cames, no Castelo ou no alto da Senhora da Encarnao, o jovem pra, pousa o livro e o caderno de apontamentos, retira a mquina fotogrfica, afasta-se de palavras inteis e deixa falar o silncio do corao, s depois fotografa. O tema Marcas de Deus leva-o a descobrir a beleza de Deus na beleza natural que Ele imprimiu na criao, que lhe saiu das mos; e em toda a cida-de, se descobrem reflexos da inteligncia, da vontade, da sabedoria e do afeto do homem, talhado imagem do seu Senhor, reflexos do seu encontro com Ele nos templos. o Deus Criador e Senhor que o chama a conhec-lo e a am-lo, a descobri-lo por estas passa-gens luminosas que conduzem Sua presen-a. Como Santo Agostinho, toda a pessoa pode concluir que ao interrogar a beleza da terra, a beleza do mar, a beleza do ar, a beleza do Cu e de todas as realidades elas lhe respondero: - Ests a ver como somos belas e grandes!No longe de ns, os Mestres da Suspei-ta, e tantos outros filsofos da moderni-dade, revolucionaram mentes na busca do transcendente e semearam o seu caminho de interrogaes, de procuras nessas outras estradas de Damasco, sentiram ontem e hoje um anseio de Eternidade inexplicvel, a que Florbela Espanca chama um tropear na sombra, um anseio que j a mo de Deus a acalentar um caminho de buscas.
Este encontro com Deus, nos seus sinais, foi vivido pelos professores do Colgio de N Sra. de Ftima na sua ltima formao e no seu ltimo passeio - convvio at Lisboa, at Sesimbra. No palcio do Oriente, onde se os-tentam representaes das vrias divindades asiticas, ou mais adiante, em Sesimbra, num percurso martimo de uma beleza inexprim-vel, muitos encontraram o sentido religioso inato natureza humana e sentiram a ca-pacidade para procurar Deus, para O desejar numa tentativa de O agarrar, de O ver. Deus que criou o homem nunca deixa de o chamar para que O procure e nEle encontre a vida e a felicidade.
Irm Maria Manuel Fonseca
Ndia
Nair
QUEBRA CABEAS
POLIGNO ESQUECIDO Observa o conjunto de formas coloridas e numeradas e escolhe a opo que preenche o polgono vazio
QUEBRA CABEAS
EU DIGOA tua tarefa escolher qual das 4 opes dadas completa a sequncia do conjunto.
PUB
1C C
1A A
3D D
3B B
1
2
3
1
2
3
3 2 ?
Resposta:CResposta:C
?!
?!
?!
?! ?!!?!?
!? !?
!?!?
!?
5 de setembro de 201314
LITURGIA: 8 de setembro
Comentrio
A lmpida exigncia de Jesus
Para quem se expe admirao alheia e procura seguidores o mais fcil e mais es-pontneo prometer tudo a custo de quase nada. Bastaria reparar em alguns lderes ou em muitas estrelas dos nossos palcos medi-ticos. Tm-se e so reconhecidos como mo-delos a reverenciar e a imitar. Aparentemente sempre to prximos e generosos, na reali-dade, vivem separados, como pessoas into-cveis, gerindo interesses prprios e alian-as de convenincia que os mantenham em cena. Mais tarde ou mais cedo, outros acaba-ro por lhes roubar o brilho e o lugar. E po-deremos lembrar a linguagem omnipresente da publicidade. Tudo fascinante, fcil, ime-diato. Seduz-se pela cor e pelo ritmo. Atrai-se pela garantia de retorno desmedido. Ofere-cem-se mundos e fundos, felicidade includa. A coisa mais pequena um sabonete, uma bebida capaz de garantir a eternidade. Nada menos do que isso. Acena-se com ri-queza e prestgio. E assim se recrutam admi-
radores e compradores. ( bom ter presen-te que muitas linguagens e prticas pastorais no esto longe deste registo!) Porm, tudo passa demasiado rpido, deixando um rasto de vazio e desiluso. Aquela coisa consumi-da no realizou o que prometera. Aquela ex-perincia vivida no garantiu o que afianara. Como resultado, paga-se o altssimo preo de uma vida dispersa e insatisfeita.
To longe deste mundo sedutor, a exi-gncia de Jesus impressiona. O amor tem, tambm, esta face. honesto, lmpido, fran-co, tanto no que oferece, como no que exige. Jesus no se impe pelo medo, mas tambm no seduz discpulos a qualquer custo, nem captura seguidores incautos. No se apro-veita de entusiasmos fceis nem de arreba-tamentos imponderados. Quem no leva a sua cruz no pode ser meu discpulo. Segui--lo significa viver como ele, to confiado no Pai que veste os lrios do campo e no deixa sem alimento as aves do cu, e to dedicado vida dos pobres e pecadores, para quem, antes de mais, o Reino dos cus. Seguir Je-sus implica partilhar o custo da sua entrega para comungar a alegria da sua vitria esta a cruz. Por isso, quem quiser segui-lo dispo-nha-se a estar com ele, de alma e de corao, inteiro, sem divises. Se algum vem ter co-migo e no me preferir ao pai, m
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