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COLHEITA ECONSERVAÇÃO DO
MILHO-GRÃO
COLHEITA ECONSERVAÇÃO DO
MILHO-GRÃO
f i c h atécn ica 30
M i n i s t é r i o d a
A g r i c u l t u r a
do Desenvolvimento
Rural e das Pescas
,DRAEDMDirecção Regionalde Agricultura deEntre-Douro e Minho
AutoraAlda Brás - Eng.ª Agrónoma
Estação Regional de Culturas Arvenses
Propriedade: D.R.A.E.D.M.
Edição e distribuição:Div. Doc. Inf. e Relações Públicas
Primeira edição: Fevereiro de 2002
Tiragem: 10 000 exemplares
DETERMINAÇÃO DA DATA DA COLHEITA
para estabelecer a maturação
fisiológica e, consequentemente, a data de colheita,
consiste num estudo para determinar quando se atinge o
peso máximo de 1000 grãos. Este método implica a
colheita, contagem e pesagem de muitas amostras de
grão sendo, portanto, pouco expedito.
O método mais rigoroso Métodos práticos
! Data de floração
! Amarelecimento das brácteas (camisas)
! Ponto negro
! Humidade do grão
Amarelecimento das brácteas
(camisas) e secagem das folhas da
base. Nesta fase considera-se
normalmente que o milho está
pronto a colher.
A é uma primeira indicação.
Quanto mais cedo ocorrer, mais cedo poderá ser a
colheita - a planta tem condições climáticas mais
favoráveis para o enchimento e maturação do grão.
O aparecimento do - na zona que une o
grão ao carolo, indica que as migrações de reservas
para o grão terminaram, podendo realizar-se a colheita.
data de floração
ponto negro
Teor de
Pode-se determinar rigorosamente em laboratório, ou no
campo, utilizando medidores de humidade. A colheita
pode realizar-se em boas condições quando a humidade
ronda os 34% (rendimento máximo).
Em anos frios e em variedades de ciclo mais longo, este
valor é dificilmente alcançado. Assim, a colheita poderá
começar com níveis de teor em água no grão de 38 a 40%.
humidade do grão
Colheita manual e
secagem em espigueiro
A colheita manual das espigas, prática corrente na
Região de Entre Douro e Minho, permite que esta
operação cultural se realize com teores de
humidade do grão mais elevados, porque não é
necessário proceder à debulha e secagem
imediata do grão.
Neste caso, as espigas são armazenadas em
espigueiros e a debulha só se realiza quando o
grão apresenta um teor de humidade bastante
inferior ao que se verificava no momento da
colheita (cerca de 18%).
Colheita manual e
secagem em espigueiro
PROCESSOS DE COLHEITA E CONSERVAÇÃO
Para uma boa conservação em espiga é
necessário que estas sequem durante as primeiras
semanas de armazenamento.
Assim, suportarão melhor os efeitos da humidade do
Inverno e, por vezes, mesmo do Outono.
A secagem das espigas é favorecida pelos
seguintes factores:
! Sementeira de , isto é,
variedades precoces, fáceis de desfolhar e com
rápida secagem da espiga;
! realização da ,
logo que 60 a 80% das camisas estejam secas,
para evitar perda de espigas e de grão;
!
, para aproveitar as temperaturas
relativamente elevadas antes do Inverno.
variedades adaptadas
colheita o mais cedo possível
introdução das espigas no espigueiro o mais
cedo possível
Localização e
dimensionamento
de um espigueiro
! A resulta da passagem, por entre as espigas, da corrente de ar
aquecido e não da simples exposição solar.
! Assim, os espigueiros devem ter o lado maior exposto aos ventos dominantes.
! Devem estar o mais longe possível de corta ventos - casas, outros espigueiros ou
árvores.
! A largura do espigueiro não deve ultrapassar os 90 cm.
secagem
Para calcular a
dimensão do espigueiro
deve usar-se a seguinte 3
relação: 1m armazena
cerca de 500 kg de
espigas húmidas, ou seja,
o equivalente a 300 kg
de grão a 15% de
humidade.
EXEMPLO - Para armazenar as espigas correspondentes 3
a 5000 kg de grão seco são precisos 17 m .
Se o espigueiro tiver 2 m de altura:
32 m (altura) x 0,9 m (largura) x 9 m = 16,2 m .
32 m (altura) x 0,9 m (largura) x 10 m = 18 m .Deverá ter 9 a 10 metros de comprimento.
31m
500 kgespigas húmidas
300 kggrão seco
(a 15% humidade)
Colheita e secagem mecânicas
A colheita com ceifeira debulhadora ou colhedor
de milho, só deve iniciar-se quando o grão
apresenta um teor de humidade abaixo dos 35%
(embora para teores de humidade desta ordem as
perdas ainda sejam significativas).
Quanto mais seco está o grão mais resistência
apresenta aos agentes mecânicos, maior é seu o
peso específico e, portanto, melhor a qualidade
final, com vantagens nas características nutritivas do
grão.
Nas condições do Entre Douro e Minho, a colheita
em grão não permite a conservação imediata, já
que esta exige que o cereal esteja o mais seco
possível. Assim, é necessário que o milho seja sujeito a
um processo de secagem com recurso,
normalmente, a ar aquecido.
Secadores
secadores contínuos
secadores estáticos
secadores de recirculação de grão
Há 3 tipos de secadores: contínuos, estáticos, e de
recirculação de grão. Estes últimos têm maior
eficiência de secagem, mas originam maiores danos
nos grãos (aumento do número de grãos partidos).
! Os têm grande capacidade
e são utilizados quando existem grandes
quantidades de grão a secar.
! Os são utilizados para
menores quantidades - o grão permanece
imobilizado durante a secagem.
! Os , usam-se
também para menores quantidades - o grão é
movimentado e agitado permanentemente.
A temperatura de secagem deve variar de acordo
com a utilização final do grão. Assim, não deve
exceder os seguintes valores: 45º C para semente,
70º C para a indústria dos amidos e 120º C para a
alimentação animal.
Também se pode recorrer a secadores que utilizam
ar não aquecido. Este processo tem a vantagem de
ser mais económico e permitir obter grão de melhor
qualidade, mas só pode ser utilizado em milho com
menos de 20% de humidade o que, nas nossas
condições, é difícil de obter.
Colheita e secagem mecânicas
mais informaçõesEstação Regional de Culturas Arvenses
Quinta de S. José S. Pedro de Merelim 4710-379 BRAGA
Telf. / Fax: 253 621 711
Armazenamento e conservação
O que é importante no
! Boas condições de sanidade e limpeza;
! Teor de humidade abaixo dos 14%.
O que é importante no :
! Seco;
! Temperatura inferior a 15º C;
! Protegido de insectos e fungos.
:
! Efectuar uma limpeza cuidada do local;
! Tapar ou reparar fissuras por onde possam entrar
insectos;
! Utilizar um insecticida de efeito residual para
eliminar infestações existentes (pelo menos uma
semana antes de introduzir grão novo);
! Não armazenar as novas colheitas sobre
colheitas anteriores;
! Proceder ao arrefecimento do grão (se possível)
para evitar a reprodução dos insectos;
! Verificar periodicamente a temperatura do grão
para detectar possíveis focos de aquecimento;
! Em casos de infestações extremas proceder a
fumigações.
grão:
local de armazenamento
Cuidados durante o armazenamento
Armazenamento e conservação
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