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3 mezes pagamento adiantado 1#150 réis
A correspondência sobre administração a Ro-
drigo de Mello Carneiro Zagallo, travessa da
Queimada, n.° 35. Terça feira 16 de fevereiro de 1886
HIGH-LIFE
Fazem ámanhã annos as ex
E' o sr. dr. Antonio Henrique
da Silva, lente substituto da fa-
culdade de direito, quem fará o
elogio historico do fallecido con-
selheiro dr. Vicente Ferrer Netto
de Paiva, no Instituto de Coim-
bra.
ApprelienNao ti'armas
Madrid, 15, m.
0 juiz que está instruindo o pro-
cesso dos indivíduos em casa de
quem foram encontrados os cartu-
xos de dynamite, descobriu que o
trama tinha ramiílcacões em Barce-
lona, Malaga, Cordova e Sevilha, e
apprehendeu mais 3 bacamartes e
duas pistolas no domicilio dos ac-
cusados.
(Havas.)
KleicOe* em Franca * j
Paris, 14, t.
0 marquez d Havrincourt, candi-
dato conservador, foi eleito sena-
dor pelo departamento do Passo do
Calais, contra o sr. Camescasse, can-
didato republicano.
{liavas).
Aos apreciadores do bello
Colchões americanos de arame
181 rua da Prata L° andar
O GENERAL CAULA
Objecto» para brinde*
premiado* na expoMiçao
do Porto
de lAOOO rei* para cima
Quentão do Oriente
Belgrado 14, t.
0 ministro da Russia recebeu ins-
trucções para entender-se cora os
representantes das outras potencias
aíim de fazerem todos representa-
ções energicas contra os armamen-
tos da Servia:
(Havas).
0 sr. general" D. Luiz de Mas-
carenhas foi nomeado primeiro
ajudante de campo e chefe da casa
militar d'El-Rei o sr. D. Luiz, em
substituição do fallecido general
Caula.
O ffeneral Mascarenhas é uni
official distincto, e um fidalgo de
raça.
Fez parte da expedição auxiliar
á Hespanha em 1836, onde foi con-
decorado com a cruz de S. Fer-
I nando por feitos de batalha.
Da Companhia Mineira Sotiel
Coronada recebemos a seguinte
communicacão:
Extracção i." dezena, fevereiro de
1886, 4:539 toneladas.
Idem i* dezena, fevereiro de
1885, 1:724 toneladas.
A mais em 1886, 2:815 toneladas.
Extracção total desde o principio
do anno de 1886, '17:439 tonela-
das.
Idem total desde o principio do
anno de 1885, 6:341 tpneíladas.
A mais em 1886, 11:098 tonela-
As aguas do Rio Odiei entra-
ram no canal da mina no dia 11
do corrente.
MARIO ILLU8TBADO
Incidente parlamentar
Na camara dos senhores depu-
dos, antes da ordem dia, passaram
—se hontem cousas extraordina-
rias. , ,
Os sr. Vicente Pinheiro e José
Borges fizeram o seu ^mo na
camara, em favor da integridade
do districto de Braga. A cantata
do costume, que o governo devia
decidir-se immediatamente, que o
governo queria ganhar tempo pa-
ra illudir, etc. De novo somente
uma pergunta: se era verdade, se
era auctorisada pelo governo a
declaração que se dizia ter sido
feita pelo sr. Peito de Carvalho—
de que tudo ficava como antes do
conflicto.
A' pergunta respondeu o illus-
tre ministro da marinha: que se
não podiam considerar como in-
terpretação fiel da palavra da au-
ctoridade os telegrammas recebi-
dos; que elles não tinham caracter
official; que o governo, continuan-
do a providenciar, não tinha ain-
da uma resolução definitiva.
Depois o Padre Luiz José Dias
começou a orar em liberdade;
sermão de redea solta!
Levou o tempo, e tempo bas-
te, a fazer insinuações e a retirar,
obrigado pela presidencia, pala-
vras e phrases impróprias do par-
lamento. Disse que o Norte ardia
em revolução; que a republica
era victoriada, que os povos se
armavam de chuços ao som da
Maria da Fonte, e mais cousas as-
sim, todas ellas doidas, sem tom
nem som!
A1 galhofa succedia-se por ve-
zes a indignação, mas o padre
continuava impávido, a orar em
liberdade!
Nós entendemos que a maioria
faz mal em levar de animo alegre
estes espectáculos, quando esta
na sua mão impedir similhantes
desmandos, que o proprio sr. Luiz
José Dias ha de lastimar mais tar-
de.
Foi ainda o sr. Pinheiro Chagas
quem castigou aquella rhetonca
apopletica.
0 tratado
com o rei de Dahomê
Ainda hontern ficou com a pa-
lavra reservada o sr. Elvino Jose
de Sousa e Brito!
Paliando toda a hora, nao che-
gou a entrar na materia!
Pelo estrangeiro
A asilarão *ociali*ta
em Londres
Da syndicancia a que se proce-
deu ení Londres para conhecer a
origem dos acontecimentos do dia
8 e se poder apreciar a sua im-
portância, resulta que todos aquel-
íes tumultos foram preparados pe-
los socialistas estrangeiros refu-
giados na city.
Desde alguns annos que as
ilhas britannicas e especial-
mente a capital do Reino Unido
são o ninho onde se acoitam de
«referencia os sectários do socia-
smo. Aquellas aves de mau agoi-
ro encontrara em Londres ura asy-
lo seguro. É ali que se refugiara
os anarchistas francezes, os ni-
hilistas russos e os socialistas al-
lemães, publicando toda a casta
de periodicos em diversos idio-
mas, onde fazem guerra de morte
á sociedade e ãs instituições,
guerra que as authuridades tole-
ram e que a elasticidade das leis
inglezas permittio sempre.
Só hoje que as investigações da
policia levaram o governo ao con-
vencimento de que as idéas so-
cialistas teem progredido espan-
tosamente em Londres, graças a
propaganda nefasta d'aquelles pe-
riodicos é que os legisladores bri-
tannicos começam a pensar na
necessidade de pôr diques ao alas-
tramento do mal.
As camaras britannicas devem
reunir-se no dia 18, e*espera-se
que logo immediatamente á sua
reunião se inicie um debate sobre
os acontecimentos de Londres.
Veremos então que meios adopta
o governo e o partido liberal pa-
ra curar esta lepra do socialismo,
que se alastra, como uma onda
imponente e altaneira, por todos
os paizes da Europa.
Os últimos telegrammas dizem
que reina completa tranquillidade
na grande capital ingleza, mas to-
da a gente teme, apezar d'estas
noticias optimistas, que ali se re-
pitam os craves successos do
dia 8.
Os operários actualmente sem
trabalho ascendem a 50.000, e a
fome d'estes infelizes, explorada
pelos manejos socialistas, é ainda
capaz de grandes commetimentos,
a despeito de todo o género de
precauções adoptadas pelas au-
thoridaaes, e de terem sido já en-
tregues aos tribunaes o engenhei-
ro Burns e o bolsista Hyndman,
instigadores das ultimas desor-
dens.
#
ÚLTIMOS TELEGRAMMAS
Londres, 15, m.
Estão expedidos mandados de ca-
ptura contra os agitadores socialis-
tas llyndman, Champion, Burns e
William, por causa dos discursos
sediciosos que proferiram em Tra-
falgar square na segunda feira pas-
sada. (Havas).
A 27 de janeiro proximo passa-
do, pelas 7 horas da noite, foi as-
saltada por um bando de embria-
gados uma casa de venda no lo-
gar da Idanha, resultando d'este
assalto o haverem ficado bastante
maltratadas umas pobres mulhe-
res, muito velhas, donas do refe-
rido estabelecimento tendo sido
n'essa occasião além de arrasta-
das pelos cabellos até ao meio da
estrada, apedrejadas a ponto da
mais edosa achar-se ainda hoje
em perigo de vida em virtude dos
maus tratos soffridos.
Gentilezas d'este genero, assim
como outras de natureza diversa,
por exemplo de differentes rou-
bos de creação e de roupas, etc.
trazem sobresaltados os habitan-
tes quer da Idanha quer de Bel-
las, que também estão egualmen-
te quasi diariamente sendo rou-
bados.
Ainda ultimamente roubaram
ao sr. Francisco de Aboim um
bom numero de gallinhas e não
contentes com isto, teem apalpa-
do as portas de sua casa por dif-
ferentes vezes.
Curapre-nos comtudo dizer que
a authoridade de Bellas tem em-
pregado todos os meios possíveis
para descobrir os gatunos que in-
festam aquelles locares, pelo que
se tem tornado digna de todo o
elogio, entretanto, ella pouco tem
descoberto e adiantado, isto pela
absoluta falta de recursos para
conseguir melhores resultados.
N'uma palavra é pena que dois
logares como Bellas e Idanha tão
frequentados e concorridos no ve-
rão, estejam quasi todos os dias
sendo theatros de roubos e de
scenas menos edificantes como
as que acabamos de referir.
Pedimos portanto ao sr. gover-
nador civil energicas providen-
cias afim de vér se consegue cor-
tar a continuação dos assaltos re-
petidos á propriedade alheia; as;
sim como pedimos egualmente á
camara municipal de Cintra que
mande illuminar o logar da Ida-
nha com alguns candieiros, me-
lhoramento este, que se torna in-
dispensável.
O ex-mini*tro Pidal
Madrid, 14, n.
0 ex-ministro o sr. Pidal, andan-
do á caça nas proximidades de Mé-
ridar recebeu aois tiros de espin-
Sarda, com carga de chumbo miu-
o, disparados por equivoco. Os fe-
rimentos são pouco graves. 0 sr.
Pidal regressa amanhã a Madrid.
(Havas).
Tlieatro de D. Maria
E' attrahente o espectáculo de
hoie n'este theatro. Represcnta-se
pela ultima vez, antes da comedia
Cesar de Batan, a lindíssima peça
de George Sand, Marquez de Vil-
lemér, e na próxima quinta feira,
se é certo o que ouvimos, será
também a ultima da... Não se
diz: e surpreza! Entretanto, não
será diilicil advinhar que se trata
de uma peça que sempre produz
no espectador effeito contrario ao
seu titulo.
Sera a Sociedade onde v gente
se aborrece? Talvez seja, se não
fòr mais. muito mais do que isso.
Exéquias por alma
de D. Fernando
A AVENIDA
(AO IMBERBE)
Também tómo rapé, e inda me lembro
Das invazões francezas
De rheumatismo, sinto as pernas prezas
Quando nos vem os gelos de dezembro.
Sou pae d'um dos valentes do Mindello,
N'essa brilhante scena.
E quando oiço fallarem de Massena,
Ora!.. Parece até que estou a vel-o!
Decrepito já sou. Leão, não digo.
Vou já no fim da vida,
Mas ainda passeio na Avenida.
E então? Que tem com isso o meu amigo?
Lisboa, 1886.
Frederico Jovial.
Curso de arclieologia
elemenfar
Ouvimos que o jury composto
dos srs. viscondes -de Alemquer e
de Castilho, Carlos Munró e con-
selheiro Póssidonio, etc., conferi-
ra o i.° premio pecuniário de 50
mil réis, arbitrado por Sua Alteza
o Principe Real, ao sr. D. Antonio
José de Mello, professor do Real
Asylò de D. Maria Pia, membro
da* commissão de tactica de ca-
vallaria, e conhecido escriptor mi-
litar .
Felicitando o brioso e distincto
official, mais uma vez applaudi-
mos o grande serviço prestado
pelo príncipe D. Carlos á instruc-
ção nacional, despertando com os
prémios por Sua Alteza generosa-
mente concedidos o amor dos es-
tudos archeologicos entre nós.
Foram 11 os concorrentes a
premio.
Principe da Bulgaria
Sofia, 14, t.
E esperado amanhã em Philippo-
polis o príncipe Alexandre.
(Havas).
178 FOLHETIM
SM ALTEZA 0
(Tradacçâo de Pedro dos Rejs]
SEGUNDA PARTE
(Continuado do numere 4:602)
XXXIV
Um segundo depois cruzava o
sr. de Fossaro o limiar do gabine-
te de trabalho, corria ao movei
italiano, introduzia a chave falsa
na'fechadura e abria a gaveta de
cima.
Sobre um monte de papeis
achavam dois grandes sobrescrip-
tos com seguinte indicação em
lettras gordas:
Isto é o meu testamento
Nenhum d'elles estava lacrado.
—Que signiffea isto?—pergun-
tou o barão surprehendido—Dois
testamentos!..—Tenho a certeza
de sô ter visto um ha tres sema-
nas. ..
Abriu o primeiro: Continha as
disposições feitas em favor de Ge-
noveva.
—Este conheço eu...— prose-
guiu Cesar.—Vejamos o outro...
E, tirando rapidamente a folha
de papel sellado, desdobrou-a com
anciedade..
Sabemos o que leu.
O barão enrugou o sobrolho, e
a sua physionomia tomou um as-
pecto sombrio.
—Os meus presentimentos não
me enganavam!—murmurou elle.
—O reinado de Genoveva aca-
bou. .. Foi substituída por outra!
—Este testamento, a data o diz,
foi escripto na véspera do duel-
lo. . .—Genoveva já estava posta
de lado!..—A sua rival chama-se
Lucília... Lucília cognominada a
Tutinegra, rua Julien-Lacroix, em
Belleville...—Foi para casa d'el-
la que a marqueza de La Tour-
du-Roy viu entrar o príncipe
aquella manhã... Está explicado
tudo!.. O |caso, felizmente, não
é para desesperar!—Tanto peior
para essa rapariga, se vem trans-
tornar os meus planos! Oò obstá-
culos foram feitos para se sup-
primirem!. .—Mas como é que o
príncipe não rasgou o primeiro
testamento ? — Não percebo!...
Lembrar-se-ha elle que ainda o
tem?., quer lembre, quer não,
vae para a minha algibeira...
Cesar tornou a metter no res-
pectivo gobrescripto o testamento
feito em favor de Genoveva e
guardou-o.
O segundo voltou a occupar o
seu logar, e a gaveta foi nova-
mente fechada.
Súbito, a physionomia do barão
illuminou se e os* seus lábios mur-
muraram as seguintes palavras:
—Sim-r. é uma idéa trium-
pliante/..
E voltou para o quarto de Hei-
tor.
Tudo isto se passára em muito
O principe D. Carlo»
Dizem os jornaes francezes que
houve na quinta feira, no parque
do Castello d'Eu uma caçada a ti-
ro organisada pelo conde de Pa-
ris em honra do nosso Principe
Real D. Carlos.
O Principe devia demorar-se
uma semana em Eu, voltaria de-
pois ao hotel de Bristol, d'onde
partiria definitivamente a 20.
Antes de entrar em Lisboa, Sua
Alteza acompanhará a Madrid a
sr.* condessa de Paris, e assistirá
ao casamento do Principe D. An-
tonio com a Infanta D. Eulalia.
Para isso já lhe estão reser-
vados aposentos no Palais Royal,
em Madrid.
Sligftiva republicana
Madrid, 15, m.
0 sr. Galvez, chefe dos republi-
canos de Murcia escreveu a um jor-
nal d aquella cidade dizendo que,
se elle tivesse tomado parte na sur-
Sreza do forte de S. Julião de Car-
jagena, o general Farjado estaria
ainda vivo, e o forte haveria resis-
tido a todo o transe.
(Havas).
menos tempo do que o necessá-
rio para o referirmos.
O ferido continuou a dormir.
Cesar tornou a sentar-se e tos-
siu.
Realisam-se hoje na egreja de S.
Domingos, solemnes exequias,
por alma de Sua Magestade El-
Rei o sr. D. Fernando.
Será cantada a missa de re-
quiem de Cherubini e o Libera-mé,
tudo por distinctos curiosos.
A orchestra é composta tam-
bém por distinctos amadores, sob
a direcção do sr. Filippe Duarte.
Ássiste a côrte.
O templo está ricamente arma-
do.
O sr. Fonseca Vaz, nosso addido
militar em Londres, comprou o
palacio dos srs. condes do Porto
Covo, ao Pau da Bandeira.
Condem narão
por infant icitlio
Respondeu hontem novamente
no 1.° districto, Elvira da Concei-
São, a mulher moradora na rua
a Bombarda n.° 45, que era ac-
cusada de ter mórto um filho, en-
terrando-o em seguida no vão da
escada.
No 1.° julgamento fôra absolvi-
da, mas o sr. jniz deu a decisão
por iniqua, mandando recolher a
ré á cadeia.
Hontem foi condemnada em 2
annos e 8 mezes de prisão cellu-
lar, e na alternativa em 4 annos
de prisão maior.
Falleceu o juiz ordinário do jul-
gado de Oeiras, Bento José Gon-
çalves, que exerceu por muito tem-
po dilTerentes cargos administra-
tivos no mesmo concelho, onde era
um dos principaes proprietários.
A sua morte causou ali bastante
impressão, porque sendo tradic-
cional a honradez, o amor do tra-
balho, e o sentimento do bem na
sua família, nunca elle praticou
um acto que desmentisse essa tra-
dicção.
Até que a enfermidade a que
succumbiu o prostrou na cama,
trabalhou sempre, incessantemen-
te, como quem sabia cumprir a
mais obrigatoria de todas as leis
da vida. Acabou em paz com a
consciência, porque sempre viveu
bem com ella.
AS PESSOAS ENFRA-
QUE D ID AS pelo paupe-
rismo do sangue ás
quaes os medicos acon-
selham o emprego do
FERRO, supportoram
sem fadiga as gottas
concentradas do FERRO
BRAVAIS, de preferen-
cia ú qualquer outro
preparado ferruginoso
Bneonira-u em todas at Pharmãdê»
A companhia das aguas foi
hontem novamente autoada e mul-
tada por não cumprir o determi-
nado no artigo 1.° da postura de 4
de novembro de 1872.
O andar nobre do prédio sito
na rua Direita dos Anjos n.°8 7 a
13, foi arrendado pela commissão
executiva da camara municipal
para uma escola central do sexo
feminino..
CoiiNelboN de diwtrirto
Nomeados vogaes efiectivos do
conselio do districto de Aveiro,
para o quadriénio de 1886 a 1889
o bacharel Antonio Domingues da
Silva, bacharel João Carlos de As-
sis Pereira de Mello, bacharel
Jayme de Magalhães Lima e Anto-
nio Augusto ue Sou$a Maia.
Nomeados vogaes substitutos do
mesmo conselho o bacharel Ruy
Couceiro da Costa, bacharel João
Maria de Almeida Moura, Abilio
Cesar Henriques de Aguiar e Jo-
sé Agostinho Barbosa.
Nomeados vogaes effectivos do
conselho do districto de Beja, pa-
ra o quadriennio de 1886 a 1889,
o bacharel Rosendo de Abreu Lo-
bo Bacellar e Meirelles, bacharel
Antonio Cortez Bermeu de Lobão,
José Candido de Castro e Sousa
e José Manuel Guedes Pimenta.
Nomeados vogaes substitutos
do mesmo conselho o bacharel
José Mendes Lima, general João
José Rodrigues de Moraes, bacha-
rel Manuel Pires Lavado de Brito
e o bacharel Antonio Joaquim Ben-
tes.
Vae ser promovido a general de
divisão e de brigada sr. Francisco
Canavarro, e a general de brigada
o sr. coronel Silva Froes.
Ambos pertencem á arma de
cavallaria.
Xão maia molemtiam gra-
ven «Io peito
As cellulas do Pinheiro d'Aus-
tria de Mack, com a dose de 6 por
dia, constituem segundo os me-
dicos mais esclarecidos o único
medicamento infallivel nas molés-
tias graves dos bronchios e dos
pulmões.
Encontra-se em todas as boas
pharmacias e no deposito geral
drogaria dos srs. Ribeiro da Costa,
V.a Serzedello & C.a, 23 Largo do
Pelourinho, Lisboa, onde se en-
contra egualmente todos os ou-
tros importantes productos do Pi-
nheiro d'Austria, assim como um
folheto muito interessante sobre o
tratamento pelos ditos productos.
Nos dias 17, 18 e 19, I.° anni-
versario do fallecimento da sr.a D.
Maria Rita de Mendonça Pina Ma-
rique, resar-se-hão das 8 ás 10
na egreja dos Anjos, dezoito mis-
sas sulíragando a sua alma.
Heitor abriu os olhos e ergueu-
se, firmado nos cotovellos.
—Queira desculpar, meu caro
barão...—disse elle—parece que
me deixei dormir...
—Durante alguns segundos ape-
nas."
—Estou ainda muito fraco, e é
essa a minha desculpa.—Agora
podemos continuar.
—Estou as suas ordens.
—Quer ter a bondade de ler-me
a carta interrompida?
Cesar satisfez o desejo do prin
cipe, que proseguiu e acabou o
seu dictado, assignou com mão
um pouco vacilante e exclamou:
—Prompto!..
—Não lhe esquece mais nada?
—Não, meu amigo.
—Cuidei que tencionava escre-
ver a Genoveva...
—Não, nem pensava em seme-
lhante coisa... Que, aliás, nem
sabia o que havia de dizer-lhe...
—Vou então fechar - as cartas
para o seu escriptorio...
—Sim, e manda-as depois dei-
tar no correio por um dos meus
criados,..
—Eu proprio as deitarei, por-
que sáio já.
Cesar voltou ao gabinete, pe-
gou n'umas poucas de folhas de
papel e de sobrescriptos com as
armas do principe e metteu-as na
sua carteira.
Em seguida accendeu uma véla,
muniu-se de lacre vermelho e do
sinete de Heitor, e sellou os so-
brescriptos.
Feito isto, deitou n'um oitavo
de papel alguns pingos de lacre e
tirou uma reproducção exacta do
sinete que guatdou junto das fo-
lhas roubadas.
Com aquelle brazão em relevo
era fácil obter um cunho cavado,
e, com este, um sinete em tudo
egual ao do principe.
0 sr. de Fossaro voltou ao guar-
to do doente, apertou a mão de
Heitor que começava novamente
a dormitar, saiu e deu ordem ao
cocheiro para que o conduzisse
para casa.
No caminho deitou no correio
as quatro missivas dictadas pelo
principe.
Chegando a casa correu os fer-
rolhos do mysterioso gabinete on-
de ninguém penetrava, sentou-se
á sua secretária, poz diante de si
uma folha de papel com as armas
do principe e o testamento feito
pelo punho de Heitor, e imitando
com a sua admiravel perícia de
falsario a letra do ex-Bégourde,
traçou as seguintes linhas:
«Meu caro Fossaro
«Tendo-o na conta do mais de-
dicado e certo de todos os amigos,
vou dar-lhe urna prova da minha
confiança e da minha estima.
«Não querendo morrer sem tes-
temunhar o meu reconhecimento
á mulher que tão sinceramente
me tem amado faço-lhe e envio-
lhe incluso o meu testamento, que
o meu bom amigo fica encarrega-
do de executar em todas as suas
disposições.
$Quando eu deixar de existir
queira pois o meu caro barão en-
tregal-o a quem dç direito per-
tence.
«E' o ultimo obsequio que lhe
pede o seu dedicado amigo.»
Cesar imitou a assignatura do
principe com a mesma.iidelidade
com que imitou a letra do texto,
mas deixou a data em branco; em
seguida traçou n'um sobrescripto
armariado o seu proprio endereço.
Ex.m0 Sr. barão de Fossaro
Rua de Provença.
Terminada esta tarefa o socio
de Malpertuis esfregou as mãos,
guardou o testamento e a carta,
sahiu, metteu-se n'um fiacre e
apeou-se na praça da Bastilha,
d onde seguiu a pé para a rua de
Lappe em procura do ferro-velho
que já conhecemos.
O motivo dá sua visita áquelle
bairro longinquo é fácil de sup-
pôr.
O cunho foi entregue ao da loja
que se encarregou de lhe apresen-
tar um sinete perfeitamente egual
até ao fim da semada
Cesar jantou n'um restaurante
do boulevard do templo, e diri-
giu-se cerca das nove horas ao
theatro de Belleville a visitar Fer-
nando Volnay.
O actor soltou uma exclamação
de alegria.
—Seja muito bem apparecido,
meu caro!—disse elle ein seguida
estendendo ambas as mão a Ce-
sar de Fossaro—Já não ha quem
o veja!
Em geral as senhoras, que por
gosto, ou por força maior, saem
pouco, os homens de lettras, os
empregados, que estão sujeitos a
uma vida sedentaria, e também
os homens de idade avançada,
queixam-se de falta de appetite,
dôres de estomago, palpitações e
suffocações. Nada mais natural,
por isso que o organismo funcciona
mal, o sangue circula lentamente,
e o estomago e os intestinos par-
ticipam da indolência geral. Sendo
indicado em casos similhantes o
uso de um vinho generoso, os medi-
cos aconselham com rasão o Vinho
de Dusart, que desperta o appetite,
regularisa as digestões, eleva á
temperatura do corpo e faz circu-
lar o sangue mais energicamente
por causa do phosphato de cal,
que entra na sua composição.
A. Schultz, cirurgião do hos-
pital de S. José, rua da Barroca,
72, 2.°. Consultas ás 9 da manhã e
4 da tarde.
CANCIONEIRO POPULAR
DCCXXXX
eparado de meu bem Vivo eu o mais do tempo
Não me podia Deos dar
No mundo maior tormento.
—E de quem é a culpa?
—Minha não é...
—Peço perdão, mas é o contra-
rio! E' exclusivamente sua... Sa-
be perfeitamente onde eu moro...
—Não ha duvida, mas de ma-
nhã tenho ensaio, á noite tenho
espectáculo...
—E a lua de mel absorve-lhe o
resto do tempo...—interrompeu
Cesar rindo.
—Effectivãmente assim é... O
meu caro barão desculpa-me sim?
—Está desculpado!.. — Já sei
pelos jornaes da sua nova escri-
ptura para o Ambigu e dou-lhe os
meus parabéns.
—Ah! meu amigo, é aos seus
bons conselhos que eu devo toda
a minha boa fortuna.
—Sim, pôde considerar-se com
o pé no estribu... Agora é gal-
gar... Creia que ha de ir longe...
—Assim o espero...—A pro-
posito traz-me alguma noticia a
respeito do paradeiro de certa
dama...
—Ah! ah!.. da condessa de Ver-
gis...—Não. por emquanto não
sei nada... Mas espero ter noti-
cias frescas dentro em pouco...
—O seu primo continúa enamo-
rado?
—Mais que nimca, o pobre ra-
paz!.
—Diga-lhe que tenha paciência
por mais algum tempo...—De um
dia para o outro eu lhe enviarei
um bilhete a avisal-o...—Mora
ainda na rua Julien Lacroix?
(Continua).
Xavier de Montépin.
DIABIO ILLI STRlltO
PRIMHRAS REPRESKSTAÇÕSS
Através dos palcos
"THEATRO DO PRINCIPE REAL
Maria Antonietta
Acabo de assistir no theatro do
Principe Real á reprise da Maria
Antonietto, o drama em que Gia-
commetti arrasta ha tantos annos,
atravez de todos os palcos e enso-
pado em todas as lagrimas das al-
mas sensíveis, «sse sangrento ca-
pitulo da historia de França.
O escriptor italiano, exactamen-
te ao contrario do que fez Alexan-
dre Dumas pae, no acto de meta-
morphosear a rainha de Franca
em uma heroina de novella, poz
<le parte a phantasia, com todos
os seus artifícios suductores, e só
attendeu á coherencia histórica, a
fidelidade descriptiva. Giacommet-
ti pegou na Historia de França,
•dialogou-a, dividiu-a em varias
scenas e deu-lhe os requisitos de
peça theatral.
Mas estas qualidades, de que a
Italia não prescinde nos dramas
historicos, isto é a rigorosa fideli-
dade e a escrupulosa verosimi-
lhança, são precisamente os defei-
tos que ate certo ponto prejudi-
cam, em relação a nós, o êxito da
Maria Antonietta, por isso que fa-
zem d'ella um dramalhão enorme
e interminável, que entra pela
noute dentro, ameaçando não aca-
bar nunca.
O drama de Giacommetti repre-
sentou-se em tempo no theatro de
D. Maria, sendo os dois principaes
papeis do rei e da rainha desem-
penhados por Santos e Emilia
Adelaide, e cabendo a interpreta-
ção dos outros personagens histo-
ricos aos artistas Antonio Pedro,
Gertrudes, Virginia, Amelia Viei-
ra, Alvaro, Cesar de Lima, Polia e
Gil.
O personagem de Maria Anto-
nietta, a desventurada filha de
Maria Thereza, tem também sido
interpretado, em varias epochas,
pelas primeiras actrizes italianas,
taes como a Ristori, a Peggana,
Marini, Paladini, etc.
Foi com estes terríveis confron-
tos que a companhia do Principe
Real se apresentou a representar
o celebre drama: se a victoria não
se assignalou completamente em
toda a linha, o êxito obtido pela
peça de Giacommetti e a forma
correcta e digna de a expor ao
publico, provou mais uma vez que
na na companhia que trabalha no
Principe Real artistas de notáveis
aptidões, capazes de grandes com-
mettimentos, artistas de verdadei-
ro talento, que estudam, que dese-
jam acertar e que merecem que a
critica se occupe d'elles, animan-
do-os, aconselhando-os, estimu-
iando-os, sempre que o mereçam,
com os seus louvores e os seus
imparciaes applausos.
O modo como elles acabam de
salvar-se dos escolhos d'esta arro-
jada tentativa, a maneira elevada
e conscenciosa como ainda ha
pouco se desempenharam de um
trabalho de largo folego, como a
interpretação do maior drama do
primeiro poeta dramatico da Hes-
panha, O Grande Galeoto, é um
testemunho incontestável do seu
mérito artístico, que no interesse
do theatro portuguez todos nós
devemos apreciar, collocando-nos
no ponto de vista relativo, em
que tanto a critica como o louvor
se éxerçam independentes de
qualquer suggestão preconcebida,
sem rigorismos inoportunos e sem
exagerações irrisórias.
Diga-se já, sem mais preâmbu-
los, que o desempenho da Maria
Antonietta, no Principe Real, se
não é uma. obra prima, é todavia
notabilissimo, sobresaindo o esme-
ro com que a peça está mettida
cm scena, com um luxo de guar-
da roupa e adereços, com um
apuro de decorações, verdadeira-
mente excepcionaes! Todos os
vestidos de Maria Antonietta, os
fatos de Luiz XVI, Lafayette, con-
de de Provença, Beaúmarchais,
madame Izabel, etc., são riquíssi-
mos, particularmente um opulen-
to vestido de velludo escarlate
bordado a oiro, apresentado pela
actriz Margarida, no prologo, que
é esplendido!
Não se faria mais nem melhor
em um theatro de primeira ordem
cabendo, por esse facto, os maio-
res louvores ao ensaiador e dire-
ctor do palco, o actor Brandão, a
quem se deve esse bello resulta-
do.
As honras da noute pertenceram
ao actor Polia e á actriz Margari-
da Cruz.
Polia modelou com extraordiná-
rio talento o vulto de Luiz XVI,
sustentando-o até ao fim na mes-
ma elevação e distinguindo-se na
scena final, em que o eminente
actor se levantou ao nivel do gran-
de artista, que a morte acaba de
roubar-nos.
Margarida foi sempre distincta
elegantíssima, tendo, por vezes,
alguns magníficos ímpetos drama- aiguns magnincos ímpetos urama-
ticos, em que se affirmou a fina
intuição do seu temperamento ar-
tístico, particularmente na grande
scena dilacerante da despedida
com Luiz XVI, e no quadro da
Concierçerie, quando Maria An-
onietta intenta arraucar das gar-
as do sapateiro Simão o filho es-
tremecido.
Seria apenas para desejar que
a distincta actriz modificasse um
pouco o seu penteado e a sua ca-
racterisação, no prologo.
O penteado, ou antes a cabel-
leira apresentada pela actriz Mar-
garida, é demasiadamente grande,
ou para melhor dizer, larga de-
mais, para as dimensões da sua
phisionomia e da sua estatura.
É certo que, (referindo-se ao
penteado) Maria Antonietta escre-
via á imperatriz Maria Thereza da
Austria, sua mãe, em 1775: «Os
meus penteados são talvez ridículos,
mas a moda autorisa-os: os olhos
habituam-se a vel-os e não os estra-
nham«.
Entretanto, a graciosa actriz lu-
craria não seguindo tanto ao pé
da letra a moda do século XVIII,
e não abusando da maquillage, de
que aliaz não carece a natural al-
vura da sua cutis.
Noblesse oblige; quem possue ta-
lento e aptidões expontaneas e
malleaveis, como as da illustre
actriz, tem por dever não lhe
obscurecer o brilho com ligeiras
incorrecções, que por serem ligei-
ras não deixam todavia de preju-
dicar a harmonia do conjuncto.
Alvaro sustentou na persona-
gem de Lafayette a mesma posi-
ção culminante, que alcançara em
tempo no theatro de D. Maria.
Gil foi horrível no sapateiro Si-
mão, horrível e medonhamente
natural, a ponto de provocar o
protesto de muitos pés indigna-
dos: está n'isso o seu melhor elo-
gio.
Maria das Dores desenhou com
delicadeza e distineção a nobre fi-
gura de madame Izabel.
Adelina (madame Roy ale) disse
com muito sentimento uma phra-
se, no quadro da prisão,
Costa, Brandão, no personagem
de Santerre, Margarida Lopes, Ju-
lio Vieira, e um actor, de que
ignoro o nome, incumbido no pro-
logo de um pequeno papel de mi-
nistro, concorreram para o corre-
cto e excellente ensemble, que co-
mo já disse, faz honra á compa-
nhia do theatro do Principe Real.
Celebra-se esta noite no thea-
tro do Gvmnasio O casamento da
menina Pimenta. E' cerimonia
que devia ir para o high-life, mas
por ser celebrada á noite, cousa
fóra do vulgar, vae aqui.
E pensam que a festa fica só
no Casamento?..
Isso sim. Termina com a co-
media Na boca do lobo, uma ga-
lhofa de fazer dores nas ilhargas.
E o Gvmnasio agora dá n'is-
to!..
Cirande meeting;
socialista
Londres, 15, m.
Os representantes da Federação
democratica socialista dirigiram uma
carta ao sr. Gladstone insistindo pe-
la resposta ao seu memorial, e an-
nunciando-lhe o projecto de convo- car para domingo em Hyde Park um
grande comício.
(Havas.)
K1LEND1I1I0 ALEGRE
Hontem o padre das ligas
Botou vaidade e chieira
Atando na mesma liga
A si e ao padre Vieira.
Ligou alhos com bo^alhos
EJulgou-se na oração
Tão ligado ao padre Vieira
Como ligado a Monsão.
Quanto mais elle subia,
Mais o Vieira baixava.
O Dias chegava ao lustre
E o Vieira o chão tocava.
Oh! que soberbas imagens
Que a sua bocca escorria!
Sobre tudo aquella do arabe
Que galopando brandia
Com *uror a lança hervada
As pyramides do Egyptot
Quanto daria o Vieira
Por tal coisa haver escripto!
E a fúria do povo irado,
Que rugia em vagalhões!
O destroço das campinas!
O incêndio das povoaçõest
Que lindo! E que susto, ó manas!
Ai! pobre d'este paiz!
Que terror! Cessa, Saraiva!
Libra 7ios, padre Luiz!
A questão do Minho
(Parte noticiosa)
PORTO, 15, ás 2 h. da t.—A'
redacção do Diário Illustrado9 Lis-
boa.
A opposição ao governo u esta
cidade, para chegar aos seus fins,
não duvida recorrer a toda a qua-
lidade de intriga. Vendo a manei-
ra enthusiastica por que o povo
acolheu o governador civil de Bra-
ga, Peito de Carvalho, trata de
alterar e desvirtuar o que elle
disse ao povo. As palavras do go-
vernador foram bem explicitas e
ouvidas por centenares de pes-
soas. E' em verdade inqualificá-
vel o processo de transtornar a
verdade dos factos, para promover
intrigas mesquinhas e conseguir
êxito para expeculações desgraça-
das.
• • - A.
Ira grande desastre
no rio
No domingo, ás 6 horas da tar-
de, chegaram á ponte de Cacilhas
quatro indivíduos que se mostra-
ram muito contrariados por verem
que o vapor da carreira d'essa
hora tinha já largado.
O vento era do sudoeste e mui-
to forte, e a travessia em barco
pequeno de vela tornava-se peri-
gosa. No entanto os passageiros,
ou porque tivessem realmente
grande necessidade de regressa-
rem n'essa hora a Lisboa, ou le-
vados por uma imprudência, re-
solveram atravessar o Tejo, e de-
pois de discutirem por muito tem-
po o assumpto, concluíram por
ajustar um bete que os conduzis-
se á margem direita do rio.
Dirigiram-se a diversos catraei-
ros que não se prestaram á con-
ducção; mas no fim lá atinaram
com um mais corajoso, o João
Preto, que conseguiu arranjar um
companheiro, combinando-se. a
viagem por dois mil réis.
Barato, muito barato na verda-
de, ante a espectativa de uma via-
gem para a eternidade.
Decidiu-se que a travessia fos-
se feita a remos, e ás 8 horas da
noite partia o bote, do qual era
proprietário Luiz Canarim, na di-
recção de Lisboa.
Que occorreu depois? Quaes os
transes afílictivos, porque passa-
ram esses seis homens no meio
do Tejo revolto e na frente da ci-
dade illuminada, e algum d'elles
talvez avistando o local onde a
familia o esperava?
Ninguém sabe. O que é certo é
que hontem de manhã appareceram
á tona d'agua no Caes do Sodré, os
paneiros e guarda-patrão do mes-
mo bote, havendo todas as pro-
babilidades de que os catraeiros
e passageiros, morressem afogados,
visto não haver noticias (Telles,
até á hora em que escrevemos.
Diz-se o que desastre foi moti-
vado pelo facto dos catraeiros vi-
rem bastante embriagados.
De tarde dizia-se que os nau-
fragos tinham sido recolhidos por
um cahique, que vinha entrando.
Não nos parece, infelizmente,
que seja verdadeira essa versão,
porque nem na policia nem em
parte alguma constava que tives-
sem apparecido os infelizes pas-
sageiros e os tripulantes do bote
cacilheiro, sendo também de pres-
sumir que, se fossem salvos, até
á noite se conservassem no barco
salvador sem darem novas de si.
o Intante
D. Augusto
A sr.a D. Branca de Carvalho
Pinto de Sousa, como presidente
da Associação das damas de Avei-
ro, enderessou ao sr. Infante D.
Augusto uma mensagem em que
se iô:
«As damas de Aveiro felicitam
a Vossa Alteza Sereníssima pela
sua chegada a esta cidade, dese-
jando que sob os passos de Vossa
Alteza se desdobrem todas as fe-
licidades de que Vossa Alteza é
digna. Se a Providencia acolhesse
os votos que irrompem fervidos
de corações devotados, a existên-
cia de Vossa Alteza sòmente se
contariam pelo numero de méri-
tos relevantíssimos de Vossa Al-
teza, que nós somos as primeiras
a reconhecer n'um profundo sen-
timento de respeito e dedicação.»
Foi hontem, ás 2 horas e meia
da tarde, accommetido de um in-
sulto apopléctico o sr. Augusto
Cesar Gerard, estimado 3.° official
da Alfandega de Lisboa. Poi leva-
do na maca da alfandega para o
hospital de S. José, onde continua
gravemente enfermo.
O sr. Antonio Carlos Velasco
Celestino Soares, 1.° tenente da
armada, foi promovido a capitão
tenente, por ter sido nomeado ca-
pitão tenente da armada.
Kleftçdes em Hespanha
Madrid, 14, n.
Diz o Correo que o decreto dis-
solvendo as actuaes côrtes e convo-
cando as novas, deve ser publicado
pela Gaceta nos primeiros dias de
março; as eleições geraes para de-
putados serão eflectuadas na pri-
meira década de abril; e as côrtes
hão de reunir-se no meado de maio.
(Havas).
Merces honorificas
Commendadores da ordem mi-
litar de Nosso Senhor Jesus Chris-
to:—Dr. Jacques Joseph Abden
Chapplain, director da escola de
medicina de Marselha e barão
Max de Fabrice, súbdito de Sua
Magestade o Rei de Saxe.
Cavalleiros da ordem militar de
Nosso Senhor Jesus Christo: —
Emile Gustave Joseph Marie Ge-
rard, conde de Grelle, banqueiro
em Anvers, súbdito de Sua Ma-
gestade o Rei dos Belgas; Don En-
rique de Illana y Mier, presidente
da sala do civil na audiência de
Caceres; Charles Albert Charlois,
cidadão francez; Edmond Frederic
Goguel, cidadão francez; Bonaven-
ture Basséres, engenheiro, cidadão
francez e Don Frederico Alvarez
y Cavero, súbdito de Sua Mages-
tade Catholica, sub-chefe do ser-
viço da fiscalisação e estatística
da companhia real dos caminhos
de ferro portuguezes.
Entrou para a enfermaria de
S. Francisco no hospital de S. Jo-
sé, Alexandre da Costa, trabalha-
dor, que na estação dos caminhos
de ferro do Norte foi entalado en-
tre dois carros de descarga, fican-
do muito contuso no peito.
O Diário do Governo de hontem
publicou o programma do concur-
so documental para o prehenchi-
mento da vagatura nos quadros dos
oííiciaes engenheiros hydrogra-
phos.
Por ter sido nomeado governa-
dor de Benguella, foi promovido a
capitão-tenente, o 1.° tenente da
a o sr. Guilherme Gomes arm
Coei £
Uma desgraça em Macau
Quando em frente de Macau, no
primeiro domingo de janeiro, se
fazia o exercício de torpedos nos
fortes, a caldeira de uma das pe-
quenas canhoneiras construídas
na Allemanha rebentou, levando
um dos estilhaços a cabeça do en-
genheiro.
O sr. Eduardo da Costa Santos,
laborioso editor do Porto, conta
apresentar brevemente o drama
em cinco actos GeiTnano, compo-
sição original do sr. Abel Acá-
cio.
Este drama foi o que suscitou,
ultimamente, a conhecida questão
entre o seu auctor e a empreza
do theatro de D. Maria. J
Chronica do dia
Terça 16 —S. Porphirio e S. Se-
lenco, martyres.
Paramentos vermelhos.
Lausperenne na egreja da Real
Casa de Santo Antonio.
Principio da aurora ás 5 h. e 1 m.
Nascimento do sol ás 6 h. e 39 m.
Occaso do sol ás 5 e 21 m.
Primeiro preamar ás 0 e 6 m.
da manhã.
Baixamar ás G h. e 18 m. da ma-
nhã.
Segundo preamar ás 0 h. e 30 m.
da tarde.
Baixamar ás 6 h. e 4 2 m. da tar-
de.
Tempo f « .
Conforme o boletim do Observa-
tório do infante D. Luiz, a tempe-
ratura maxima, ante-hontem em
Lisboa, foi de 14,5, a minima 8,6.
Vento fresco d'entre NW. e SW.
Ceu nublado.'
Com respeito ao estado geral do
tempo, diz:
» Ainda baixou o barómetro até 6
millimetres ao ií. do reino, subindo
um pouco ao S., com vents já pre-
dominante do quadrante $W, acom-
panhado de chuvas.
A disposição das isobaras mostra
que a depressão a que hontem nos
referimos caminhou para o NE., fi-'
cando hoje as mais altas pressões
para o Sw. da peninsula.
Faltam boletins de França.
linimento «Ia Barra
Vapores entrados:
Vapor portuguez: Rio Tejo.
Vapores inglezes: Bragansa e
Brunswich.
Vapor ailemão; Jupiter. ...
Vapor noruéguez: Sjòflra.
Of 4MMO > oh óii
Vapor inglez: Brostalands.
Bolsa de Lisboa
Effecturam-se hontem as seguin-
tes operações:
Inscripçôes interna 3 por cento
assent, 46,.id.
Inscripçôes interna 3 p. c. coiiz
pons., 46,35.
Inscripçôes externa, 3 p. c., 45,61.
Obrigações do empréstimo de
1881, coupons, 75*800.
^Acções do Banco Lisboa e Açores,
Acções da companhia Minas de
Huelva, 1003000.
^Obrigações municipaes, 5 p. c.,
Rendimento
*la alfandega de Lisboa
Rendeu ató 13 335:204*739
Em 15 26:101 #636
Total 361:306^375
Alfandega de consumo
Rendeu até 13 57:506^507
Em 15 4:452*266
Total 61:958*773
Despachos em deposito
Ficaram hontem em deposito na
estação principal os seguintes des-
pachos :
Pimentel, endereço insufíiciente.
LMADA
VIOLANTE Fausta Pavia Dores
e seus filhos, genro e noras
agradecem profundamente reconhe-
cidos a todas as pessoas que se di-
gnaram acompanhar á sua ultima
morada _ o seu muito querido e es-
ro, An-
em as-
\j ov;u muiiu tjuufiut,
tremecido esposo, nae e sogr
tonio Ferreira das Dòres, ebt
illoAV«eií eS° 1SSUÍ clSn- * sim agradecem reconhecidos aos Dr. Jose \entura dos Santos Reis, ex.®0* urs. Francisco Martins Ramos
hotel_ Universal: auzente.
João Real. hotel London, não es-
tá lá hospedado.
Garcia, endereço insufíiciente.
Antonio Lourenço, rua de S. Ju-
lião; não foi encontrado.
Gertrudes Costa, rua dos Reme-
dios á Lapa. 53, 1.®; idem.
Madame Clement, rua do The-
souro Velho, 2; idem.
Espectáculos
8 h.—Theatro de D. Maria II—
Marquez de ViUemer.
8 n. — Theatro do Gymnasio.—
Casamento da menina Pimenta—Na
boca do lobo.
8 1/4—Theatro do Principe Real
—Beneficio—ils duas orphãs.
8 1/4—Chalet da Rua dos Condes
—Pontos nos ii. 8 1/2 —Colyseu dos Recreios —
4.* apresentação dos excentricos Re-
nads—Enriquito Diaz nos trapézios
volantes—Os 4 touros amestrados por
D. Enrique Diaz—0 celebre Lêo e
todos os artistas da epmpanhia.
Os srs. accionistas dos Recreios
teem entrada por meios preços.
Jardim Zoologico — Exposição
permanente danimaes—Vendas ga-
rantidas danimaes, ovos, plantas e
sementes, etc. etc. — Recebem-se
animaes para deposito.—Musica aos
domingos e dias* santificados —
Entrada geral, 100 réis.
Typ.
T.
do "Diário (Ilustrado
da Queimada* 35
M
CIRURgião DENTISIA'
I *■
s
•
Habilitado pela escola
medica cirúrgica de Lisboa
p0LL0CAM-SE dentes desde um
^ até a dentadura completa.
Bua do Arsenal. ÍOO I o
Conselho admi-
nistrativo do
arsenal da ma-
rinha.
e Antonio Castro Freire, pela assi-
duidade, carinho e desvello, que
fer- em empregaram para debellar a
midade a que infelizmente succum-
biu, e íinafmente a todos os que se
interessaram saber do seu estado.
A todos protestam as maiores pro-
vas do seu reconhecimento.
Pedem desculpa de qualquer
omissão que possa ter havido nos
convites e agradecimentos, o que
esperam lhes será revelada esta
falta. 28
MARIA da Conceição Faria e seu iTA filho José Maximiano de Faria,
Antonio José de Faria e sua mulher
Marianna dos Ramos Faria, Agueda
Martins e Henriqueta Martins, cum-
prem o doloroso dever de partici-.
par aos seus parentes e pessoas de
suas relações que foi Deus servido
levar da vida presente o seu presa-
do marido pae, irmão e cunhado o
sr. Vasco José de Faria, e que o
seu funeral terá logar hoje, (6 de
fevereiro, pelas 11 horas da manhã,
saindo o préstito fúnebre da egreja
parochial das Mercês, para o cerni-
terio occidental. Não fazem convites
especiaes pelo estado de consterna-
ção em que se acham.? 27
Pós salicylados para
dentes
OS melhores pós, até hoje co-
nhecidos, do fabricante SDV-
MARZLCFE SOHNE, de Berlim.
Vendem-se unicamente na agen-
cia Bastos & Gonçalves rua dos'Re-
trozeiros 147 e nò deposito de Mar-
çal Pacheco & C.a. Praça de Luiz de
Camões 31 e 32 (esquina da rua do
Norte n.os 1 e 3).
Nota: Pela excellencia do produ-
cto, acima annunciado, responde
a analyse n.® 770 feita no LABORA-
TORY MUNICIPAL DE HYGIENE DE
LISBOA, QUE DECLARA NÃO SEREM
ESTES P0S NOCIVOS PARA A LIMPE-
ZA DOS DENTES. 26
Landau e égua
VENDE- SE na rua das Trinas,
25
pERANTE o referido conselho A se abre praça no d® 1 de mar-
ço proximo futuro, pelas doze ho-
ras da manhã, para se contractar
venda do seguinte:
Duas caldeiras do transporte ín-
dia e duas caldeiras da canhoneira
Douro. contendo estas ultimas tubos
de latão e pesando todas approxi-1
madamente 00:000 kilogrammas.
A licitação terá logar por meio de
era carta fechada,
onente declare que,
sujeitando-se ás condições da arre-
matação, que lhe serão lidas no
acto da praça, promette fazer a
compra pelo preço de...
Para ser admittido á licitação é
condição essencial o deposito de
50*000 réis.
As demais con
entòs p
CdãT
partição.
Conselho administrativo ,do arse-
nal da marinha, em 13 de; feverei-
ro de 1886. - w
Caminhos de ferro
do Sul e Sueste
UUZ-SE publico que até á uma A hora da tarde de 4 do pro-
ximo mez de março, recebem-se na
administração do 2.® bairro de Lis-
boe, propostas em carta fechada
para o fornecimento de 60:000 cu-
nhas, 70:000 cavilhas e 60:000 bu-
xas de madeira.
As condições da arrematação po-
dem ser examinadas na secretaria
da direcção dos mesmos caminhos
de ferro, todos os dias em que es-
tiver aberta a do ministério das
obras publicas, coramercio e indus-
tria, desde as 10 horas da manhã
até ás quatro da tarde.
Lisboa, 15 de fevereiro de 1886.
0 director';'
(a) ./. P. Tavares Trigueiros. 24
Companhia real dos
caminhos de ferro
portuguezes.
ões e outros es-1 Avisp ao publico
tam-se todos os _ — . * ,' B =
os, das 11 horas I Prorogaçao do prazo de validade
tarde, n esta re-1 da tarifa M L N.° 1 bis pequena
velocidade.
Í^ICA pelo preseute aviso proro-
à1 gado até 14 de dezembro de
1886. o praso de, validade da tarifa 0 secretario
de Amieira
tWCILITAM a digestão e abrem A o apetite. Vedem-se na rua
Augusta, 166, 1.® e pharmacia Avel-
. ... . trigo e legumes seccos, expedidos de qualquer es-
tação das linhas de Leste, fíorte e
Ramal de Caceres, para as de Cace-
is, Plasencia, Talavera, Cabanas res
Lisboa, 27 dé janeiro de 1886.
0 director da companhia
Pedro Ignacio Lopes.
' VA BIO ILLCSTBAPO
Cesário d'Abreu
"JViTEDICO homceopatha — Consulta ^particular, até ás 11 horas da
manha na sua residencia, Avenida
da Liberdade, 59, e até ás 12 horas
nos dias santificados.—Consulta ge-
ral, das 5 horas da tarde até ás 9
da noite no consultorio, R. Augusta,
234, só nos dias de trabalho.
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Nutrir os doentet e convalescentes sem cançar-lhes o estomago foi o
problema resolvido por este delicioso alimento; cada cálice contém,
com eíTeito, de* grammas de carne de vaoca completamente dige-
rida, assimilavel e despojada das partes insolúveis indigeriveis. Actua
como reparador em todas as affecções do estomago, fígado e intes-
tinos digestões laboriosas, repugnancia para os alimentos,
anemia, extenuação causada por tumores, affecções cancerosas,
dysenteria, lebres, diabetes e em todos os casos em que é preciso
nutrir o doente, o tisic^, e sustentar-lhe as forças por meio de alimen-
tação reconstituinte que em vão se procuraria obter com extractos de
carne, carne crua e caldos concentrados. O VINHO GHAPOTEAUT
é o nutritivo por excellencia dos velhos e das creanças, assim como
também das amas cujo leite enriquece.
Deposito em Pariz, 8, RUA V1VIENNEe na» principies Pharmacias i Drogarias.
Gotta, Rheumatismo, Dores
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A Verdadeira Solução CLIN ao Salicylato de Soda emprega-se para curar:
As Aiiecções Rheumatismaes agudas e chronicas, o Rheumatismo gottoso,
as Dores articulares e musculares, e todas as vezes que é necessário calmar os
soffrimentos occasionados por estas moléstias.
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t 2.° ANNO DE PUBLICAÇAO
A IJLLISTBAÇAO PORTtGUEZA é a publicaçao mais barata que «e faz* não
só no paiz, mu* no eNtrangeiro.
Até lia pouco constava de 8 paginas e um brinde, e agora tem 12 paginas
e o brinde do costume. O seu preço é portanto* de 40 réis. em vez de 30 réis
como d'antes.
Relativamente* é tão barata como o era no primeiro volume* e os srs. as-
•ignantes a troco d* uma pequena quantia a mais por semana* terão o bene-
ficio de ter maior quantidade de original* devido todo ás pennas dos nossos
primeiros escriptores.
Continuaremos a publicar* do mesmo modo* os curiosos problemas ma-
tbematicos do nosso illustre collega e amigo Moraes d'Almeida* que tanto
teem agradado* problemas de xadrez* charadas diversas* enigmas pittores-
cos* etc. tornando assim o mais interessante possível* a secção: EH FAMÍLIA.
Esta publicado o numero ~>l
CONDIÇOÊS DA ASSIGNATURA
Em tnrin n Pnrtncrnl Anno* 2*OSOr».—Semestre* 1*040 rs.—Tri-
, ™ wjrr, y mestre. 5tO rs.—Pago no acto da entrega 40 réis cada numero.
Em a Dvq vil Anno, I0#000 réis fracos*—Semestre* 5ftOOO rs.
- ™ 1/UUU U XlIctZ.ll. fracos.—Avulso* too réis fk-acos. Assigna-se no Brazils—BIO DE «IATVEIBO* escriptorió do COBBEIO DA EUBO-
PA* rua 9 de setembro* Y4* sobrado
Toda a correspondência deve ser dirigida a Bodrigo de Mello Carneiro
Zagallo*
ESCRIPTORIO, T. TDA. QTJ^TlsAlJ^JDA. 35
J. Jorge Coelho
Calista pedicuro, que substituiu
desde outubro de 1884, o bem conhe-
cido callista J. M. do Couto, Qá falle-
cido), tem a honra de participar ao
respeitável publico que offerece os
seus serviços no seu consultorio.
que abriu na Rua do Ouro n.° 266
1°D. . 14
MILIA Carlota Monteverde, Al-
fredo Emilio Monterverde, sua
mulher e filhos, Emilio Achilles
Monteverde, sua mulher e filhos,
cumprem o dolorosíssimo dever de
participar a todos os seus parentes
e pessoas das suas relações que foi
Deus servido levar da vida presen-
te sua estremosissima e sempre
chorada mãe, sogra e avô, Carlota
Maria Brandão Monteverde, e que
se ha de sepultar hoje, 16 do
corrente, saindo o préstito fúnebre
da rua do Ferreçial de Cima, n.° 5,
pelas 4 horas da tarde, para o ce-
raiterio oriental. 13
remédio de^R
K contra SEZÕES
(aTIB'S ague core)
CURA RMtOAMEITTT £ com cnmzA I v as
[Feires Intermitentes
lBcmittentes e BHiosas: as
,Maleitas,os Calafrios» t TOQASAS
Paludosas.
'RCMDNO EXCtllENTC PAJU
HFígSSK
p^t DtlQYCTaOA^a.llaUaiik
\fENDE-SE nas principaes phar-
* macias e drogarias.
Agentes geraes: James Capod &
C.*, rua do Mousinho da Silveira,
12
VJ. • 1 uu UV
217 I.® Porto.
O Elixir alimentício bucko é muito agrada vol ao paladar e as pessoas a quem mais repugnara os alimen- tos. o tomam ate por grosto.
CARNE
AGUARDENTE
ALIMENTÍCIO
ídeURiNJiS
AMARGAS Q
É um loníco poderosíssimo, aconselhado para as mulheres e crianças delicadas, o§ velhos, os convalescentes em quem desperta o appetite e resta- belece as forças.
Convemsobretudo nos paizes quentes, onde as forcas dími-
pcla transpiração, se esta sujeito a moléstias nuem pela transpiração, e onde
contagiosas. — Para mais de- talhes, leia-se o prospecto que acompanha cada vidro.
Parla, 2 O .Place des Vosges
' B EM TODAS AS PIIAHMACIAS
Infantil
H0JE, 16, se m o permittes. ^
Companhia real
dos Caminhos
de ferro portu-
guezes.
Venda de sucata de carris
USTA companhia recebe nronos-
^ tas ate ao meio dia do aia 1
de março de 1886 para a venda de
2000 toneladas métricas de carris
de ferro usado de dilTerentes com-
primentos dos systemas Vignole e
Champignon.
As condições para esta venda es-
tão patentes na Repartição Central
dos Armazéns, em Lisboa, todos os
dias, não santificados, das 10 horas
da manhã ás 4 da tarde.
A companhia porem enviará pelo
correio o respectivo caderno de
condições a quem lh o pedir do
estrangeiro.
As propostas indicando o preço
por tonelada deverão ser dirigidas
em carta fechada ao .
Director da Companhia Real dos fa-
mintos de Ferro Portuguezes
Portugal Lisboa
indicando no sobscripo:
Proposta para a compra
de sucata de carris
de cujo resultado a companhia da-
rá conhecimento aos interessados
em tempo opportuno.
Lisboa. 27 de janeiro de 1886.
0 director da companhia
Pedro Ignacio Lopes 9
Exposition Dniverselle 1878
LES PLUS HAUTES
Médaille d'Or. Croix de Chevalier
RÉC0M PENSES
AGUA DIVINA
E. COUDRAY CHAMADA AGUA DE SAÚDE.—Preooiíisndn para o toucador, como oonservando constantemente
as côrea da mocidade, e prcsornnido da Peste e do Cholera morbus.
ARTIGOS REOOMMENDADOS : Recommendada pelas
[edicaes PERFUMERIA DE LACTEINA Celebridades NCENTRADA8 para o lenço, para a belleza dos cabellos.
E8TES ARTIGOS ACHAM-SE NA FABRICA : PARIS, 13, rue dEnghien. 13, PAUIS
Deposito em todas as Perfumerias, Boticas o Cabclleireiros de Portugal.
GOUDRON GUY0T
ALCvTHÃO GUYOT
1*1 cor titulado • doalfload*
O Goudron Ouyot serre para preparar
Instaotanaemente uma agus de alcatraô, muito effleas • agradarei aos mais delicados estomagos. Purifica o sangue,
augment* o appetite, levanta as forças ô eífica* era todas
as doenças das pulmões, catharros de bexigua e affecçoès
das muco8aa.
O Goudron Gmyot foi experimeutado com raatagem real aos principâee hoapit&es de França, da Bélgica •
Espanha.
Durante os calores s em tempo epidemlco é dba bebida hygienfea e preserradora. (Jm so vidro lias ta
para preparar dose litros d'uma bebida salutarisaima.
O Goudron Guyot
AUTHENTICO é vendido em vidros, trazendo
no rotulo
a com trei cores a assignalara
venda a varejo na mor parta dae Ptaai
FABRICAÇAO KM ATACADO |
Can L PREEE «t Ch. TORCHON, 19,
PARIS.
Ja»b,
mpanhia real| Salmão
dos caminhos
de ferro portu-
guezes.
Aviso ao publico
OEGUNDA coramunica a compa-
° nliia de Madrid a Zaragoza e
a Alicante aclia-se restabelecida a
circulação da linha das Astúrias, po-
dendo portanto acce/tar-se toda a
classe de mercadorias para as esta-
ções d'aquella linha.
Lisboa, 28 de janeiro de 188G.
0 director da comp.a
Pedro Ignacio Lopes C
Companhia real
dos caminhos
de ferro portu-
guezes.
pOM auctorisaçáo' do governo
^ de S. Mag-estade, podem ter
livre pratica sem beneficiação, as
remessas de fpictas verdes e sec
cas de Hespanlia pora Portugal
quando se prove que procedem de
ponto indemne daquelle paiz ou
quando sejam transportadas em
caixas fechadas etn transito por
Portugal com immediato destino aos
portos estrangeiros.
Lisboa 29 de janeiro de 188G.
0 director da companhia,
(ass) Pedro Ignacio Lopes. 5
e lampreas
frescos
DECEBERAM-SE na mercearia'da 11 Rua Larga de S. Roque, 49 a
53. 4
Para Londres
CADIZ
Chegou e sairá quarta feira 17 do-
corrente. Para carga e passagens trata-se
no Caes do Sodré, 64, 1.°.
Os agentes
E. Pmto Basto y C.« 3
Para Hamburgo, Bre-
men e Brake
O vapor
BRAKE
Espera-se a 22 do corrente.
Para carga e passagens trata-se-
no Caes do Sodré, 64, T.°
Os agentes
E. Pinto Basto $rC*. 2
Para o Rio de Janeiro, Montevideu,
Buenos-Ayres, Valparaiso, Arica, Islay e Callau
SAIRÃO OS PAQUETES
MAGELAN, 17 de fevereiro
•BRITANNIA, 3 de março
| VALPARAISO, 17 de marco.
| -PATAGONIA, 31 de março.
• •Os paquetes PATAGONIA e BRITANNIA, farão escala por Pernambuco
e Bahia para onde só recebera malas e passageiros. 4
Faz-se abatimento ás famílias que viajarem para os portos do Brazil e
Rio da Prata.
Na passagem de 3.» classe por estes magníficos vapores, está incluído
vinho á hora da comida, cama, roupa, etc.
A bordo ha criados, cosinheiros portuguezes e medico.
Para Bordeux, Plymonth e Liverpool o
paquete VALPARAISO.
Espera-se a 13 do corrente.
Para carga e passagens trata-se com os agentes
NO PORTO I EM LISBOA Vasco Ferreira Pinto Basto E. Pinto Basto éf 6'.4
10—Largo de S. João Nevo—10 f 64—Caes do Sodré—G4 \
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