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1. INTRODUÇÃO
Este trabalho tem por finalidade desenvolver uma pesquisa na área de administração
de marketing, utilizando o marketing de promoção para a divulgação da igreja Comunidade
Cristo Restaura de Bragança Paulista.
A Comunidade Cristo Restaura, deu início as suas atividades em 29 de maio de 2003
com cultos residenciais, tendo em média de 18 a 60 pessoas em Bragança Paulista por
culto. Em 2005 encerraram-se os cultos residenciais e foi dado início a cultos feitos nas
igrejas, sendo uma em Tuiuti - interior de São Paulo e outra em Bragança Paulista na Rua
Portugal, 159 – Recanto Elizabete também no interior de São Paulo. Em 2006 foi fechada a
igreja de Tuiuti, mantendo-se apenas a de Bragança aberta e em 2008 a igreja mudou para
a Rua Padre João Pastrana, 73 – Jardim Novo Mundo, onde se encontra até hoje. O
ministério iniciou-se para alcançar as pessoas que passavam por dificuldades na família, no
trabalho, nos relacionamentos e que gostariam de ver mudanças, através da fé em Jesus.
Em todos esses anos foi visto pessoas serem curadas, libertas, casamentos sendo
restaurados, famílias sendo transformadas, foram feitos vários batismos e casamentos no
ministério. O principal alvo do ministério é alcançar pessoas carentes ou que procuram um
caminho a seguir, e que precisam de cura e libertação em toda a região bragantina. Hoje o
ministério conta com 14 obreiros, 6 levitas, 1 presbítero, 1 pastor, 1 pastora, e 40 membros
ativos. Com o crescimento das igrejas evangélicas no Brasil é necessário acompanhar a
sociedade e buscar melhorias e desenvolvimento também para as igrejas, de certa forma
não serão mudados os princípios, mas sim poderão alcançar outros públicos diferenciados,
com a tecnologia existente hoje.
A situação problemática da empresa estudada é o fato de ser um ministério novo,
com poucos membros efetivos e uma concorrência abrangente, o que leva a necessidade
de usar ferramentas novas para atrair novos membros, a fim de melhorar a qualidade de
vida de cada um, além de gerar também aumento nas arrecadações de dízimos e ofertas
que influenciam em melhorias no próprio ministério. Dessa forma o problema que se
apresenta é: quais as ferramentas de marketing religioso adequadas para atrair novos
membros para a igreja?
O objetivo principal desse trabalho é contribuir para a elaboração de estratégias do
marketing para fidelizar membros na igreja, atrair novos fiéis e por consequência melhorar
as arrecadações de dízimos para melhorias do ministério, assim como disse Theodore Levitt
(apud ROCHA; DANTAS; COELHO, 1996, p. 13) o “marketing é conseguir e manter
clientes”, para isso foi necessário entender as necessidades de cada um dos fiéis, assim
14
como diz o político Stevenson (1952, apud ROCHA & PAIXÃO, 2010, p.27) “entender as
necessidades humanas é metade do trabalho de satisfazê-las”.
Nos objetivos específicos buscou-se fazer levantamento bibliográfico sobre as
estratégias de marketing; identificar quais os perfis das demandas, dos públicos alvos e qual
a demanda real dos membros que já frequentam a igreja e qual a demanda potencial e
como alcançá-la.
A pesquisa se justifica por ser importante para conhecer as estratégias de marketing
que podem ajudar a igreja a alcançar novos membros e a fidelizar os atuais, levando a todos
eles a palavra de Deus, melhorando a qualidade de vida de cada um através da busca por
melhorias, e da orientação do Senhor.
As pesquisas utilizadas foram as de origem quantitativa, descritiva e exploratória com
abordagem qualitativa, que contribuíram para identificar o perfil da demanda real –
analisando as preferências de cada um, sexo, idade, profissão, estado civil etc. A pesquisa
possibilitou também identificar a demanda potencial, ou seja, os que não conhecem a igreja,
sua visão sobre a mesma e o que os levaria a conhecê-la .
Para atingir o público em especial foi necessário pesquisar bibliografias sobre
marketing religioso, analisar a viabilidade do projeto, como implantá-lo na igreja. Dos
projetos que foram implantados, foi necessário analisar quais resultados apresentaram,
aplicar pesquisas para a demanda real e potencial, coletar dados entre outros.
A partir da análise dos dados coletados foi possível elaborar propostas de estratégias
de marketing para a igreja estudada, as quais são apresentadas no capítulo 5 deste
trabalho.
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2. REVISÃO TEÓRICA
2.1. Marketing: definição e conceitos
Segundo Richers (1985), o conceito de marketing pode ter utilidade e aplicação em
áreas não necessariamente restritas à atuação das empresas privadas, ou seja, pode
abranger áreas de ordem macro, como por exemplo, atuar em organizações que não visam
lucro nas suas transações, como igrejas, hospitais e partidos políticos.
Para a autora, marketing são as atividades sistemáticas de uma organização
humana voltada à busca e realização de trocas para com o seu meio ambiente, visando
benefícios específicos. A ideia de troca pode envolver objetos tangíveis (tais como bens de
consumo e dinheiro) ou intangíveis (como serviços e ideias), para a troca ser considerada
mercadológica, ela deve ter o intuito de continuidade no processo, ou seja, ela deve ser
intencional, sistemática e voltada a expectativas de resultados previsíveis.
Rocha e Christensen (1999), afirmam que marketing é um processo que busca
ajustar a oferta da organização a demandas específicas do mercado; que utiliza como
ferramenta um conjunto de princípios e técnicas, podendo ser visto também como um
processo social do qual são controladas a oferta e a demanda de bens e serviços para
atender às necessidades sociais ou de seus consumidores.
Para os autores, o marketing pode ser considerado uma estratégia da administração
que visa satisfazer os desejos do consumidor, atendendo as suas necessidades, levando
em conta seu bem-estar ao longo prazo, respeitando as exigências e as limitações impostas
pela sociedade e atendendo a necessidade de sobrevivência da organização.
Las Casas (1997) define marketing como o desempenho das atividades comerciais
que dirigem o fluxo de bens e serviços do produtor ao consumidor ou usuário.
Já Kotler e Armstrong (1998), definem marketing como o suprimento das
necessidades humanas que não são criadas pelas empresas ou sociedade, mas sim por um
estado de carência percebida. Os desejos são as necessidades humanas descritas pela
cultura (igrejas, escolas, famílias) e por características individuais. Os desejos que podem
ser comprados transformam-se em demandas. As necessidades e os desejos são satisfeitos
com os produtos, estes, geralmente sugerem um objeto físico, porém vão além de bens
tangíveis, determinado a qualquer coisa capaz de satisfazer uma necessidade.
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Drucker¹ define marketing como “o processo pelo qual a economia é integrada à
sociedade para servir às necessidades humanas”, e Levitt¹ diz que marketing é “criar e
manter clientes”.
Kotler e Gerald (apud COBRA, 1997, p. 24) definem a expressão de marketing social
como “a criação, implementação e controle de programas calculados para influenciar a
aceitabilidade das ideias sociais e envolvendo considerações de planejamento de produto,
preço, comunicação, distribuição e pesquisa.”
Dessa forma pode-se dizer que marketing é toda e qualquer ferramenta utilizada
para equilibrar a oferta e a demanda do mercado, com meios diferentes de divulgação e
comunicação, que visam principalmente satisfazer as necessidades do cliente e da
empresa.
Para o marketing, a demanda provém de um conjunto de necessidades, gerado
dentro dos consumidores, cujas preferências são distintas entre si, e de que a oferta é
composta por um grupo de fabricantes, cujos produtos apresentam certo grau de
dissimilaridade (ROCHA & CHRISTENSEN, 1999).
O valor pode ser considerado às percepções dos consumidores sobre os benefícios
obtidos pelo uso do produto e os custos e riscos associados a sua aquisição. Os benefícios
consistem em qualidade, serviço e atendimento da necessidade, enquanto os custos
incluem o tempo, o esforço, os custos de oportunidade e a avaliação global do risco, além
do preço monetário do serviço (FERREL; et al, 2000).
Para um consumidor tomar uma decisão de compra ou não, ele depende de uma
análise de sua necessidade, e isso depende da organização, segundo Las Casas (1997) o
enfoque na comercialização é CONSUMIDOR EMPRESA, onde a comercialização é
voltada para o consumidor e começa com a constatação dos seus desejos e necessidades e
somente após o desenvolvimento de produtos e dos recursos humanos são enviados à
venda.
Cobra (1997), diz que todo o processo de decisão de um consumidor se alinha na
sensação de necessidades satisfeitas, que muitas vezes podem ser percebidas ou não
pelas pessoas, o que realmente satisfaz as necessidades não são necessariamente fatores
percebidos pelo consumidor, muitas vezes não estão em nível do consciente. Vale lembrar
que a motivação também pode ser definida como uma força que move um indivíduo a optar
por caminhos de satisfação e necessidades, ou seja, a motivação é baseada na
necessidade, e os níveis de motivação e necessidades variam entre os consumidores e
também uma dada necessidade pode ser satisfeita de várias formas.
____________
¹- (apud ROCHA & CHRISTENSEN, 1999, p.15)
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Rocha e Christensen (1999) afirmam que no processo competitivo cada empresa
busca o melhor ajustamento entre o produto específico que ela oferece e algum grupo de
consumidores no mercado. Nisto reside a essência da concorrência entre as empresas; e ao
marketing cabe a tarefa de realizar esse ajustamento, tal ajuste deve ser realizado de forma
permanente, já que todas as empresas vivem em constantes ameaças causadas por
mudanças: no ambiente, no comportamento dos consumidores e na ação dos concorrentes.
As mudanças ambientais estão mais ligadas às empresas despreparadas, que atuam
como se as condições externas jamais se alterassem, sendo elas a política, a economia, a
tecnologia, a legislação entre outros.
A mudança que pode afetar o ajustamento entre a oferta e a demanda é a do
comportamento dos consumidores, que muitas vezes são o resultado de adaptações a
mudanças ambientais. Algumas dessas alterações poderão ser de caráter conjuntural,
desaparecendo com a volta da situação anterior, outras, no entanto são de caráter
estrutural, modificando em nível mais profundo, atitudes, crenças e comportamentos.
Algumas vezes, é a própria ação competitiva que força as empresas a procurarem
novo ajustamento. Essa ação pode consistir na entrada de novos concorrentes ou na saída
de concorrentes atuais, no lançamento de novos produtos, na introdução de novas práticas
gerenciais etc.
De qualquer maneira, para os autores, existem apenas duas formas pelas quais o
marketing ajuda a produzir o ajustamento entre a oferta e a demanda: oferecendo maior
satisfação ao consumidor (diferenciação da oferta feita pela empresa com relação à dos
concorrentes); e oferecendo a mesma satisfação por menor preço (concorrência de preços).
Quando se analisam as relações entre a empresa e seus consumidores, podem-se
identificar quatro orientações básicas: a orientação para a produção, para o produto, para
vendas e para marketing.
A orientação para a produção teve como tarefa principal durante muito tempo, a
busca da eficiência em produção e distribuição, mas conforme o conceito da Qualidade
Total foi alterado para a satisfação das necessidades dos clientes em primeiro lugar
(ROCHA; DANTAS e COELHO, 1996).
Para Rocha & Christensen (1999), a orientação para o produto segue a lógica do
fabricante e não a do consumidor, a visão é do que o fabricante tem a oferecer e não do que
o consumidor quer. As empresas que seguem essa orientação dão ênfase na qualidade, nos
aspectos técnicos dos produtos, na melhoria dos processos de produção e nos controles de
custo.
Já Sandhusen (2003), diz que os produtos e serviços determinam os clientes de uma
empresa, seus concorrentes, sua distribuição de recursos e os elementos auxiliares (preço,
ponto, promoção) do seu composto de marketing.
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Rocha & Christensen (1999), apresentam a orientação para vendas como o uso dos
instrumentos promocionais – propaganda, promoção, venda pessoal etc. – o intuito é gerar
vendas em curto prazo, ou seja, ‘vender a qualquer custo’.
Para os autores, a orientação para o marketing é exatamente a visão das
necessidades do cliente a serem servidos além de uma perspectiva voltada para o produto.
Já a orientação para o marketing tem seu enfoque no atendimento real das
necessidades e dos desejos do consumidor, a longo prazo (ROCHA; DANTAS e COELHO,
1996). A empresa que tem orientação voltada para o marketing tem a vantagem de sempre
atrair e reter novos clientes, além de ter a imagem continuada da empresa a longo prazo, e
ser mais lucrativa do que as demais do mesmo segmento. Lembrando que isso só ocorrerá
se forem previstas as necessidades dos clientes através de constantes pesquisas no
mercado, e se os produtos e serviços forem sempre desenvolvidos com qualidade técnica.
2.2 Composto de Marketing
As decisões do composto de marketing, também conhecido por mix de marketing,
envolvem as respostas desejadas do mercado-alvo, através dos 4Ps: produto, preço,
promoção ou comunicação e ponto ou distribuição, que, na maior extensão possível atende
as necessidades dos consumidores. Lembrando ainda que é importante ter sempre
atualizado a preferência dos consumidores por características de produto, atitudes em
relação aos produtos concorrentes, considerações de preços, e a frequência e intensidade
da utilização dos produtos, pois somente dessa forma poderá ser criado um composto de
marketing que entrega valor e satisfação superiores aos dos compostos concorrentes
(FERREL, et al, 2000).
O produto ou serviço segundo Cobra (1997) só vai ao consumo quando atende as
necessidades e desejos de seus consumidores-alvos. O produto deve conter: qualidade e
padronização, modelos e tamanhos que atendam as expectativas e necessidades dos
consumidores, e configuração, que nada mais é do que a apresentação do produto em
termos de apresentação física, embalagem, marca e serviço. Já para Rocha; Dantas e
Coelho (1996), o produto é tudo aquilo que pode ser oferecido a um mercado para aquisição
ou consumo, como objetos físicos, serviços, personalidades, lugares, organizações e ideias.
Las Casas (1997), diz que as decisões do produto incluem decisões sobre
desenvolvimento, qualidade, marcas etc., todos pertencentes ao mesmo grupo.
Dessa forma pode-se definir como produto tudo o que é capaz de satisfazer uma
19
necessidade, seja ela física, um serviço, um lugar, uma associação, ou o que for (ROCHA;
DANTAS e COELHO, 1996).
O preço pode ser o elemento mais crítico e mais manipulado no composto de
marketing, por isso ele deve ser estabelecido corretamente para atingir o equilíbrio correto
entre as necessidades dos consumidores e a necessidade da empresa em cobrir os seus
custos diretos e indiretos e também em obter um lucro aceitável (FERREL, et al, 2000).
Rocha; Dantas e Coelho (1996) apresentam o preço como valor monetário atribuído
a um produto, para efeito de comercialização, ou seja, os preços passam as condições sob
as quais um indivíduo ou organização se dispõe a efetuar uma troca. Ao definir o preço de
um bem ou serviço a empresa deve prever a reação do consumidor e não deve esquecer do
valor percebido pelo consumidor, ao mesmo tempo que tenta maximizar os lucros. Cobra
(1997) define preço como o produto finalizado no ponto certo e deve ser transferido a posse
no preço certo, ou seja o preço pode ser considerado posto na fabrica, no cliente,
atacadista, varejista ou distribuidor, da maneira que for mais aceitável pelo consumidor.
Para o autor, o ponto ou canal de distribuição é muito importante, pois só tem utilidade se
posicionado próximo ao mercado consumidor.
Arantes (1978) define a estrutura da distribuição como um conjunto de vias de
distribuição que existem para o fluxo de produtos do produtor ao consumidor.
É importante também analisar os vários tipos de canais de distribuição, ou seja,
desenvolver canais, estabelecer centros de distribuição, controlar estoques, analisar
métodos de transporte e, principalmente, minimizar os custos de distribuição (LAS CASAS,
1997).
Ponto ou canais de distribuição compreendem todos os aspectos de distribuição de
bens e serviços, representando principalmente toda a ação de deslocamento do produto, da
fábrica ao consumidor (ROCHA; DANTAS; COELHO, 1996).
Para o marketing, o composto promocional do produto ou serviço compreende a
publicidade, as relações públicas, a promoção de vendas, a venda pessoal e o
merchandising (COBRA, 1997).
As principais decisões a serem tomadas em uma organização são: o
estabelecimento de objetivos de promoção a serem usados, a seleção e programação de
mídias a serem utilizadas para a propaganda e também a criação de mensagens da mesma,
mensuração da eficácia das campanhas, recrutamento e treinamento dos vendedores,
programação de remuneração para os vendedores, entre outras decisões (FERREL, et al,
2000).
As decisões referentes à propaganda envolvem a determinação da mensagem a ser
transmitida, tempo de anúncios (semanal, quinzenal, mensal), veículos a serem utilizados
(rádio, televisão, internet, cartazes) e os resultados esperados. Além de tudo isso ainda
20
pode ser utilizado outro instrumento mercadológico o uso de mostruários, distribuição de
amostras, concursos, brindes etc. (ARANTES, 1978).
2.3. Comunicação, publicidade e propaganda
2.3.1. Comunicação
No site Comunicação [...] (2012) diz que o processo de comunicação consiste em
sinais devidamente organizados, sendo emitido de uma pessoa para outra. Dessa forma,
existe um emissor e um receptor da mensagem que é emitida através de códigos de
comunicação, sejam eles por palavras, gestos ou escritas. Toda mensagem precisa de um
meio transmissor, o qual também é chamado de canal de comunicação.
A comunicação é composta por:
remetente – que envia a mensagem;
destinatário – que recebe a mensagem;
mensagem – que contem o conjunto de informações transmitidas;
código – que são combinações de signos utilizados na transmissão da
mensagem e que o receptor precisa decodificar;
canal de comunicação - por onde a mensagem é transmitida (TV, rádio,
jornal, revista, cordas vocais etc.);
contexto – que é a situação a que a mensagem se refere.
Em resumo, Ustinov (2007, apud ROCHA & PAIXÃO, 2010, p. 19), afirma que
“comunicação é a arte de ser entendido”.
A comunicação pode ser vista então como uma troca de informações entre a
empresa e o possível público consumidor, através dos canais de comunicação, de forma
clara e objetiva do qual aquele que vê entenda perfeitamente a mensagem a ser transmitida.
2.3.2. Propaganda
A propaganda é o ato de divulgar ideias, conceitos e valores sem fins lucrativos,
projetando imagens de empresas ou pessoas físicas no mercado e na sociedade, por meio
dos canais de comunicação.
21
Boone & Kurtz (1998), dizem que a propaganda pode ser definida como uma
comunicação impessoal, paga, que é criada por empresas comerciais ou organizações sem
fins lucrativos, para divulgar, informar ou até mesmo persuadir os componentes de uma
audiência particular. As empresas utilizam normalmente as seguintes ferramentas: mídia em
massa, jornais, televisão, rádios, revistas e cartazes.
A American Marketing Association (apud ARANTES, 1978, p. 782), define
propaganda como sendo: “a apresentação e promoção de ideias de bens ou serviços, de
forma não pessoal, paga por um patrocinador identificado”.
Arantes (1978, p. 782), acrescenta algumas palavras afirmando que propaganda é
“toda comunicação, levada a efeito por intermédio dos veículos de massa, com o objetivo de
informar e persuadir pessoas a agir com relação a um produto, serviço ou ideias, paga por
um patrocinador identificável”.
A função da propaganda não é vender, mas sim tender à compra, ao criar na mente
do consumidor a vontade de comprar e a preferência pela loja ou marca, ou seja, é mudar
atitudes mentais que vão influir no comportamento das pessoas (GRACIOSO, 2002).
2.3.3. Publicidade
A publicidade tem a função de tornar público um fato ou uma ideia, podendo ser
considerada também uma técnica de comunicação de massa, paga com a finalidade de
fornecer informações, desenvolver atitudes e provocar ações benéficas para os anunciantes,
geralmente para vender produtos ou serviços (SANT´ANNA, 2002).
Diferente da propaganda, a publicidade é utilizada para fins lucrativos através de
técnicas de ação coletiva para despertar o desejo de compra nos públicos pré-selecionados
(COMUNICAÇÃO ..., 2012).
A publicidade também é responsável pelo aumento das vendas de uma
organização, dessa forma se acontece o aumento das vendas, ela colabora para o aumento
da produção, a baixa dos custos e a diminuição da taxa de desemprego (SANTOS, 1980).
Sant´Anna (2002, p.16) afirma que a diferença entre publicidade e propaganda é que
a “publicidade significa divulgar, tornar publico, e propaganda compreende a ideia de
implantar, de incluir ideia, uma crença na mente alheia”, e o autor ainda continua afirmando
que para uma visão comercial, “anunciar visa promover vendas e para vender, é necessário,
na maior parte dos casos, implantar na mente da massa uma ideia sobre o produto”.
22
2.4. Comunicação e propaganda no Terceiro Setor
Para escrever sobre a comunicação e a propaganda no terceiro setor, é preciso
primeiramente entender o significado dos três setores, o site denominado Filantropia² define
resumidamente cada um deles,
o primeiro setor é o governo, que é responsável pelas questões sociais. O segundo setor é o privado, responsável pelas questões individuais. Com a falência do Estado, o setor privado começou a ajudar nas questões sociais, através das inúmeras instituições que compõem o chamado terceiro setor. Ou seja, o terceiro setor é constituído por organizações sem fins lucrativos e não governamentais, que tem como objetivo gerar serviços de caráter público.
Batan (2004, p.16), afirma que,
o terceiro setor é constituído por entidades da Sociedade Civil tais como organizações privadas sem fins lucrativos que geram bens, serviços públicos e privados, tais como organizações não governamentais (ONGs),
cooperativas, associações e fundações.
O site Instituto Juntos³ apresenta a visão um pouco mais resumida, como mostra
abaixo,
é chamado de Terceiro Setor o agrupamento das organizações sociais sem fins lucrativos que desenvolvem ações e políticas em benefício de causas defendidas por seus constituidores. Incluem-se aí as instituições beneficentes, ONGs (organizações não governamentais), fundações e institutos empresariais, etc.
Dessa forma pode-se dizer que o terceiro setor é um setor formado por diversas
entidades sem vínculos diretos com o governo e setor privado, que se preocupa com todos
os fatores sociais da população e que não visam fins lucrativos.
No terceiro setor não se aplica a publicidade propriamente dita, mas a propaganda
em sentido amplo. (FERNANDES, 1994, apud BATAN, 2004).
A propaganda baseia-se na manipulação das atitudes coletivas, para atingir um
determinado fim. Pinho (1990, apud BATAN, 2004) diz que a propaganda pode ser
classificada em diversos tipos, de acordo com sua natureza:
Propaganda ideológica – tem a função de formar a maior parte das ideias e
convicções dos indivíduos, induzindo o comportamento social de cada um;
____________
² - http://www.filantropia.org
³ - http://www.institutojuntos.org.br/
23
Propaganda política – tem um caráter permanente e objetivo de difundir
ideologias políticas, programas e filosofias partidárias;
Propaganda eleitoral – visa conquistar votos para determinado postulante a
um cargo eletivo;
Propaganda governamental – tem por objetivo criar, reforçar ou modificar a
imagem de um determinado governo, dentro e fora de suas fronteiras;
Propaganda institucional – tem por finalidade preencher as necessidades da
organização e não apenas vender produto;
Propaganda corporativa – tem por finalidade fazer a divulgação da empresa e
em seus propósitos divulgar e informar ao público as políticas, funções e
normas da instituição;
Propaganda legal – por lei obriga todas as empresas de sociedade anônima,
de capital aberto ou não, a publicação de balanços, atas de convocação e
editais no Diário Oficial e em pelo menos mais um jornal de grande
circulação;
Propaganda religiosa – inicialmente eram usados meios de comunicação
interpessoal, como o testemunho de outra pessoa, atualmente tem sido
usada pelas igrejas para divulgação de campanhas e festas religiosas;
Propaganda social – usado em campanhas de cunho social, tais como
soluções de problemas de desemprego, adoção de menor, entre outros.
Pode-se considerar que a propaganda religiosa e a social é o alvo do marketing
religioso/social.
2.5 Marketing Religioso
A partir da década de 90, há um crescente interesse pela aplicação e
desenvolvimento da disciplina de marketing, e assim acontece uma proliferação do
marketing em vários tipos de organizações e atividades. Esta expansão do marketing para
novas áreas fundamentais como o marketing de serviços, o marketing societal, o marketing
social e o marketing das organizações sem fins lucrativos, constitui a matriz de onde surge o
marketing religioso (ABREU, 2004).
24
Trigo e Cipolla (2012, f. 2) afirmam que o,
marketing para uma instituição religiosa constitui a troca de valores simbólicos com o ambiente, na medida em que a organização se desenvolve. Não é apenas a incorporação de valores folclóricos, mas de adaptações na essência de práticas e doutrinas.
Abreu (2004), diz que o marketing religioso é a aplicação da disciplina do marketing a
organizações religiosas, e que são reconhecidas oficialmente como tal, cuja atividade
principal é a prática e difusão de um credo, tendo como objetivo o desenvolvimento
qualitativo e quantitativo dessas mesmas organizações. Estas organizações surgiram devido
às necessidades espirituais dos homens, e o emprego do marketing religioso reveste-se de
utilidade, uma vez que estas organizações concentram os esforços nos seus públicos e
direcionam o trabalho para os objetivos e para o alcance da sua missão. O marketing
religioso tem como objetivo o desenvolvimento qualitativo dessas mesmas organizações,
gerindo as relações de troca que uma determinada organização religiosa tem com todos os
seus constituintes, dessa forma as organizações atingem de maneira eficaz e eficiente a sua
missão. O processo de marketing religioso concretiza-se na análise dos públicos de uma
organização, no planejamento e concretização de produtos religiosos para satisfazer as
necessidades espirituais desses públicos, permitindo assim que alcancem os objetivos da
organização.
Vaz (2003, apud MOURA, 2012, p.10) apresenta o marketing religioso como, “uma
expressão que vem sendo empregada quando as igrejas buscam usar técnicas
mercadológicas para fazer a sua pregação ideológica”. O autor acrescenta que são duas as
formas de aproveitamento do marketing por parte das instituições religiosas. A primeira
refere-se a adoção de conceitos e técnicas para atingir, manter e aumentar o número de
fiéis, além de possibilitar uma mais significativa arrecadação de recursos financeiros. A
segunda forma refere-se a aplicação do marketing para a divulgação dos princípios
doutrinários, das ideias, das crenças, que passam a ser tratados mercadologicamente como
produtos.
As organizações sem fins lucrativos perceberam que o próprio motivo de sua
existência, a pregação ideológica, podia ser tratada mercadologicamente como um produto.
O produto “ideia”. Já que enquanto as empresas realizam trocas materiais (bens
economicamente mensuráveis), as demais instituições realizam trocas de bens intelectuais
(ideias). Como por exemplo, uma igreja cuja pregação busca, entre outros objetivos, a
incorporação de novos fiéis. A relação de troca simbólica é estabelecida entre a ideia
veiculada pela igreja e o interesse do potencial adepto ou fiel que pode se manifestar em
diversos níveis, desde uma simples atitude receptiva até um total engajamento na causa
proposta (VAZ, 2003).
25
Patriota (2007, apud SILVA; ADAM e MOREIRA, et al, 2011) afirma, que o ser
humano, por estar em constante insatisfação com a sua forma de viver, busca ansiosamente
por melhoria individual e procura algo que venha melhorar ou solucionar seu estado atual.
Visto que, atualmente, o mundo é levado pela tecnologia e tem uma visão lógica e científica
das coisas, dessa forma, o homem não consegue encontrar respostas e busca de alguma
maneira suprir seu vazio interior, no caso, na religião. Para ele o consumidor, além de
buscar a satisfação de suas necessidades, precisa, também, sentir-se especial. Essa
exigência do consumidor tem feito com que as religiões se evoluam e busquem estratégias
que supram a satisfação desse tipo de cliente que busca por “algo novo”. Uma das
ferramentas mais usadas por essas instituições são depoimentos de fiéis, meios de
comunicação como o rádio e televisão, revistas e jornais da organização.
Dessa forma pode-se dizer que uma igreja que se comunica bem e que se relaciona
de uma forma saudável com a sociedade e seus membros, sendo sempre baseada na
palavra de Deus, consegue crescer de forma sadia, não só alcançando mais pessoas, mas
ajudando-as a permanecer.
2.6 Análise SWOT
A análise SWOT é uma ferramenta de gestão muito utilizada hoje pelas empresas
para análise estratégica. O termo SWOT é composto pelas iniciais das palavras Strenghts
(Pontos fortes), Weaknesses (Pontos fracos), Opportunities (Oportunidades) e Threats
(Ameaças) do ambiente interno e externo da empresa (ANALISE SWOT, ..., 2012).
Segundo Ferrell et al (2000) a análise SWOT foca os fatores internos (forças e
fraquezas) e externos (oportunidades e ameaças) – que são derivados de uma análise
ambiental da seção anterior - e que dão certas vantagens e desvantagens em satisfazer as
necessidades de seu mercado-alvo.
(ANALISE SWOT, ..., 2012) Os objetivos da análise SWOT são:
Efetuar uma síntese das análises internas e externas da empresa;
Identificar os elementos chave para a gestão da empresa, permitindo estabelecer
prioridades de atuação;
26
Preparar opções estratégicas – a análise SWOT permite ver claramente quais são os
riscos e quais os problemas a resolver, assim como também quais as vantagens e as
oportunidades a explorar;
Constituir um elemento fundamental para fazer a previsão de vendas em articulação
com as condições do mercado e com as capacidades da empresa.
A análise em si subdivide-se em duas análises complementares:
1- Análise externa, que corresponde às principais perspectivas de evolução do mercado
em que a empresa atua – são decisões e circunstâncias que fogem do controle
direto da empresa.
As oportunidades tratam dos aspectos positivos do mercado, que tem impacto direto
nos negócios da empresa.
As ameaças apresentam os pontos negativos do mercado, que tem impacto
significativo nos negócios da empresa.
2- Análise interna, que corresponde aos principais aspectos que diferenciam a empresa
ou produto dos seus concorrentes – as decisões são provenientes do produto e da
empresa.
Os pontos fortes são as vantagens internas da empresa ou produto em relação aos
principais concorrentes.
Os pontos fracos são as desvantagens internas da empresa ou produto em relação
aos principais concorrentes.
A implantação ocorre através da auditoria externa e interna. A auditoria externa tem
alguns passos a serem seguidos, são eles:
1- Reunir todos os fatores externos de influência para o negócio - deve ser realizado
através de sessões de brainstorming internas entre os responsáveis da empresa.
2- Distinguir as ameaças das oportunidades – depois de listados os principais fatores
(externos) que podem influenciar o seu negócio, classifique-os como ameaças
(aspectos negativos da envolvente com impacto significativo no negócio da empresa)
ou oportunidades (aspectos positivos da envolvente com impacto significativo no
negócio da sua empresa).
A auditoria Interna também tem alguns passos a serem seguidos: 1- Reunir todos os fatores internos de influência para o negócio – deve-se identificar
quais os fatores que de fato conferem uma vantagem para qualquer empresa que
atue no seu setor de atividade.
27
Para realizar essa auditoria interna é necessário ter em consideração alguns
aspectos como: evolução das performances quantitativas da empresa, volume de
vendas e quota de mercado, penetração dos produtos da empresa na clientela
potencial ou número de clientes (evolução), grau de penetração dos produtos da
empresa nos principais circuitos de distribuição e análise dos custos e da
rentabilidade dos diferentes produtos ou modelos da gama da empresa.
2- Distinguir os pontos fortes dos fracos – depois de listados os principais fatores
(internos) que podem influenciar no negócio da empresa, é necessário classificá-los
como pontos fracos (desvantagens internas da empresa ou produto em relação aos
principais concorrentes) e pontos fortes (vantagens internas da empresa ou produto
em relação aos principais concorrentes).
Para finalizar a análise SWOT é necessário identificar e analisar os principais pontos
fortes, pontos fracos, oportunidades e ameaças separadamente, depois é necessário
identificar qual o impacto que estes fatores têm sobre a empresa ou produto, e também é
importante identificar qual a tendência futura que os fatores têm na empresa ou produto,
quais os determinantes que podem alterar o grau de impacto de cada fator, e por fim
construir um mapa da SWOT e fazer a análise do mesmo.
A análise SWOT nada mais é que um instrumento precioso para o desenvolvimento
de uma estratégia empresarial, através das conclusões retiradas das análises externa e
interna. Tendo por base o impacto no negócio e as tendências futuras, a análise SWOT
permite ter ao seu dispor uma grelha para identificar os elementos chave que permitem
estabelecer prioridades e tomar decisões estratégicas.
28
3. METODOLOGIA
A metodologia é a maneira e o instrumento do conhecimento utilizado para oferecer
aos pesquisadores orientação geral, que facilita planejar uma pesquisa, formular hipóteses,
coordenar investigações, realizar experiências e interpretar os resultados (FACHIM, 2003).
Ela mostra a maneira que o pesquisador irá abordar o problema encontrado na pesquisa, e,
portanto pode ser considerada a linha de raciocínio que o autor tem sobre o tema a ser
desenvolvido.
A metodologia é uma disciplina normativa definida como o estudo sistemático e
lógico dos princípios que dirigem a pesquisa científica, desde suposições básicas até
técnicas de indagação. Não deve ser confundida com a teoria, pois só se interessa pela
validade e não pelo conteúdo, nem pelos procedimentos (métodos e técnicas), à medida
que o interesse e o valor destes estão na capacidade de fornecer certos conhecimentos.
Nesse contexto teórico, há, de um lado, quadros teóricos de referência (o conhecimento
acadêmico) por sua validade e, de outro, embasamentos empíricos.
Dessa forma, a metodologia é mais do que uma descrição formal de técnicas e
métodos a serem utilizados na pesquisa científica, ela indica a opção que o pesquisador fez
do quadro teórico para determinada situação prática do problema objeto de pesquisa
(TEIXEIRA, 2011).
A base para a metodologia desenvolvida neste trabalho de pesquisa se deu,
primeiramente, por meio de um levantamento bibliográfico de diversos autores
especializados na área de marketing, o qual proporcionou o aprimoramento e a
familiarização do assunto, bem como o conhecimento necessário para se chegar ao objetivo
deste estudo.
Segundo o autor Mattar (1996, p.15) a pesquisa de marketing:
é a investigação sistemática, controlada, empírica e crítica de dados com o objetivo de descobrir ou descrever fatos ou de verificar a existência de relações presumidas entre fatos referentes ao marketing de bens, serviços e idéias, e ao marketing como área de conhecimento de administração.
Para os autores Samara e Barros (2002) a pesquisa de marketing seria uma forma
clara para a solução de problemas ou até mesmo oportunidades específicas relacionadas ao
marketing de produtos e serviços.
Quando a pesquisa é aplicada diretamente com o cliente atendido pela empresa, ela
pode trazer uma visão crítica e muitas vezes revelar problemas que a organização ainda
não tinha observado. Esse aspecto é muito importante para uma empresa, visto que o foco
nos dias de hoje, é a satisfação do cliente em relação aos produtos oferecidos, e bom seria
29
que toda empresa tivesse um serviço eficaz em ouvir e levar em consideração a opinião do
cliente.
3.1. Tipos de pesquisas
Quanto aos tipos de pesquisa adotados neste trabalho de conclusão de curso,
considerando-se seus objetivos, optou-se pelas pesquisas de origem quantitativa, descritiva
e exploratória com abordagem qualitativa.
Segundo Staw (1997, apud ROESCH, 1999), a pesquisa quantitativa é apropriada
para avaliar mudanças em grandes organizações. A idéia é testar se vale a pena introduzir
tal sistema ou programa; se o momento é oportuno; se as pessoas vão ter condições de
operá-lo e, evidentemente se irá produzir bons resultados.
Gil (2002) diz que a pesquisa exploratória é bastante flexível de maneira que
possibilita utilizar vários aspectos do que está sendo estudado. Esse tipo de pesquisa tem o
objetivo de trazer uma familiaridade com o problema, tendo em vista que ele propõe uma
forma de torná-lo mais claro, ou até mesmo construir hipóteses que ajudem na solução do
mesmo. É uma pesquisa que tem o principal objetivo o aprimoramento das idéias ou de
intuições que se acham adequadas para a solução do problema identificado.
As pesquisas qualitativas são exploratórias, ou seja, estimulam os entrevistados a
pensarem livremente sobre algum tema, objeto ou conceito. Elas fazem emergir aspectos
subjetivos e atingem motivações não explícitas, ou mesmo conscientes, de maneira
espontânea. São usadas quando se busca percepções e entendimento sobre a natureza
geral de uma questão, abrindo espaço para a interpretação.
De acordo com os autores Marconi & Lakatos (2001) a forma de pesquisa descritiva
é utilizada na observação e análise de documentos, artigos e fontes bibliográficas,
observando , descrevendo, analisando, classificando e registrando todas as informações
necessárias para a elaboração do projeto.
Gil (2002, p.42) afirma que a pesquisa descritiva “têm como objetivo primordial a
descrição das características de determinada população ou fenômeno, ou então, o
estabelecimento de relações entre variáveis”.
A forma exploratória tem a finalidade de reunir informações de diversas fontes sobre
o tema estudado e elaborar a pesquisa a partir das fundamentações teóricas (MARCONI &
LAKATOS, 2001).
30
3.2 Etapas da pesquisa
A primeira etapa foi a elaboração de um formulário de pesquisa de demanda, que
pode ser observado no apêndice 1 – Questionário de Demanda Efetiva e no apêndice 2 –
Questionário de Demanda Potencial.
A pesquisa apresentou 14 perguntas, sendo 4 abertas e 10 fechadas que permitiram
a avaliação do grau de satisfação dos membros ativos na igreja. Foram aplicadas também
13 perguntas, sendo 3 abertas e 10 fechadas para analisar o perfil dos futuros fieis à igreja,
e o porque muitos não a frequentam. A pesquisa teve como principal função ouvir as
sugestões, críticas e elogios, bem como utilizar essas informações em benefício da igreja.
A pesquisa da demanda efetiva foi aplicada durante os cultos de quarta, sexta,
sábado e domingo nos meses de julho e agosto de 2012, tendo como resultado a aplicação
dos questionários a um público total de 42 pessoas, e a pesquisa da demanda potencial
foram aplicadas nos meses de julho e agosto de 2012, tendo como resultado a aplicação
dos questionários a um público total de 23 pessoas.
A segunda etapa foi a pesquisa bibliográfica realizada em livros e artigos, a fim de
estudar a necessidade de melhorarias e verificar a necessidade de realizar um planejamento
de novas estratégias de marketing.
A terceira etapa foi a realização de uma análise SWOT, que teve como objetivo
analisar o ambiente interno da igreja, onde foram avaliados os pontos fortes e fracos além
dos pontos a serem melhorados, com a finalidade de tomar conhecimento de quais sãos os
fatores que favorecem ou prejudicam a igreja.
31
4. ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS
Esse capítulo apresenta o resultado e a interpretação dos questionários aplicados
nos meses de julho e agosto de 2012, aos membros efetivos da igreja Comunidade Cristo
Restaura e para os possíveis membros. O questionário visou identificar o perfil dos
entrevistados, o sexo, a idade, a formação acadêmica, a visão sobre as igrejas evangélicas,
quais os meios de comunicação são mais viáveis para o público evangélico e também quais
os pontos precisam ser melhorados na igreja Comunidade Cristo Restaura.
4.1 Demanda efetiva
A pesquisa para a demanda efetiva foi aplicada nos meses de julho e agosto de
2012, com o objetivo de avaliar o grau de satisfação dos membros ativos na igreja, visando
assim estimular uma melhoria no atendimento, na organização e no desenvolvimento do
culto, desde cumprimento de horários, melhorias na escolha das músicas, ajuste no som,
limpeza, retoques no ambiente interno, ampliação das salas de estudos, entre outros.
Abaixo se apresentam os resultados da pesquisa.
Fonte: Abrahão (2012) GRÁFICO 1: Sexo dos membros efetivos
Masculino 43%
Feminino 57%
32
A pesquisa foi aplicada a 42 membros ativos da igreja, e o gráfico 1 demonstra que o
público feminino, com 57%, é superior ao público masculino, com 43%. Isso pode estar
relacionado ao fato das mulheres serem mais sensíveis e buscarem mais a paz interior, a
esperança para um lar destruído ou também para os filhos que se encontram perdidos.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 2: Faixa etária dos membros efetivos
A faixa etária mais predominante na igreja são de membros com idade entre 31 e 40
anos, que representam 29% e 18 e 30 anos, com 28% como apresenta o gráfico 2. Os
membros com idade entre 10 e 17 anos representam 19%, e mais de 51 anos 17%, que
também estão em um nível considerável. O gráfico também apresenta uma baixa
participação de pessoas com a idade entre 41 e 50 anos, com apenas 7%. Vale ressaltar
que a maior participação das mulheres na igreja são as que têm idade entre 31 e 40 anos, já
os homens que mais frequentam a igreja tem entre 18 e 30 anos.
Analisar a idade dos membros ativos é muito importante, visto que para cada idade,
tem um trabalho a ser feito, uma orientação a ser dada, uma dinâmica para ser aplicada, e
isso faz toda a diferença nas programações da igreja e nas estratégias de marketing
adotadas.
19%
28%
29%
7%
17%
Entre 10 e 17 anos
Entre 18 e 30 anos
Entre 31 e 40 anos
Entre 41 e 50 anos
Mais de 51 anos
33
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 3: Estado Civil dos membros efetivos
Pode-se observar no gráfico 3, o estado civil dos entrevistados, ele apresenta que
51% dos entrevistados são solteiros, o que pode direcionar a igreja a oferecer cursos sobre
como manter um relacionamento saudável e debaixo da vontade de Deus, a preparar
dinâmicas, jantares, passeios etc. A pesquisa também apontou que 39% dos entrevistados
são casados ou moram com um companheiro, o que motiva a programar jantares
românticos, cultos voltado para casais, um espaço a dois, e outras dinâmicas mais. Os
separados e viúvos estão em 2% dos entrevistados, nenhum entrevistado é divorciado ou
desquitado, e apenas 5% dos entrevistados escolheram outros como estado civil.
51%
39%
2% 0% 0%
2%
5%
Solteiro(a)
Casado(a) ou mora comum(a) Companheiro(a)
Separado(a)
Divorciado(a)
Desquitado(a)
Viúvo(a)
Outros.
34
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 4: Formação escolar dos membros efetivos
O gráfico 4 apresenta a formação escolar dos entrevistados, e com ele percebe-se
que 36% dos entrevistados têm ensino fundamental incompleto, 31% ensino médio
completo, 17% ensino médio incompleto, 7% ensino fundamental completo e ensino
superior incompleto e apenas 2% tem ensino superior completo. Estes dados podem
influenciar nas estratégias de comunicação propostas para a igreja, a fim de adequar a
linguagem correta a ser utilizada para evangelizar e fidelizar os membros.
36%
7% 17%
31%
7%
2%
Ensino fundamentalincompleto
Ensino fundamental completo
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Ensino superior incompleto
Ensino superior Completo
35
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 5: Renda dos membros efetivos
A renda dos entrevistados apresentado no gráfico 5, informa que 33% recebem de 1
a 2 salários mínimos, 33% são desempregados, muitos por conta de serem estudantes, 24%
recebem de 3 a 5 salários mínimos, 10% recebem até 1 salário mínimo, e nenhum dos
entrevistados tem renda superior a 6 salários mínimos. Essa informação influencia nos
projetos a serem implantados na igreja, e principalmente nas arrecadações de dízimos e
ofertas, em prol de melhorias na igreja.
10%
33%
24% 0%
0%
33% Até 1 salário mínimo
De 1 a 2 salários mínimos
De 3 a 5 salários mínimos
De 6 a 10 salários mínimos
Acima de 11 salários mínimos
Desempregado
36
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 6: Participação dos membros efetivos por culto
O questionário 6 foi aplicado para ter conhecimento da participação dos
entrevistados nos cultos e foi identificado que 31% participam 2 vezes por semana, 29%
participam 1 vez por semana, 24% participam dos cultos 4 vezes por semana, 14% 3 vezes
por semana e apenas 2% dos entrevistados participam de 5 ou mais cultos por semana.
Vale ressaltar, que 42% das mulheres participam em apenas 2 cultos por semana, e
33% dos homens participam de 4 cultos por semana, ou seja, mesmo que as mulheres
sejam um público maior na igreja, elas ainda não são tão participativas quanto os homens.
29%
31%
14%
24%
2%
1 vez por semana
2 vezes por semana
3 vezes por semana
4 vezes por semana
5 ou mais vezes por semana
37
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 7: Membros efetivos que utilizam de meios de comunicação para ver artigos evangélicos
Com o avanço da tecnologia, observa-se a facilidade do acesso aos conteúdos
evangélicos. Dessa forma o gráfico 7 apresenta quantos dos entrevistados utilizam de meios
de comunicação para ver artigos evangélicos, sendo que 79% dos entrevistados afirmam
utilizar de meios de comunicação para ver artigos evangélicos, e apenas 21% afirmam não
utilizar nenhum meio de comunicação para isso.
79% 21%
SIM
NÃO
38
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 7.1: Meios de comunicação utilizados pelos membros efetivos
Dos que utilizam de meios de comunicação para ver artigos evangélicos, 35%
utilizam a internet, 33% televisão, 8% músicas evangélicas, 6% rádio, livros e bíblia, 4%
assistem filmes evangélicos e apenas 2% leem folhetos evangélicos, conforme apresenta o
gráfico 7.1. Dessa forma pode-se perceber que investir em artigos e publicações pela
internet é a melhor forma de se alcançar o público alvo, e de levá-lo a conhecer a igreja.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 8: Setor da mídia que os membros efetivos sentem falta de conteúdos evangélicos
2%
4% 6%
6%
6%
8%
33%
35%
Folhetos evangélicos
Filmes
Rádio
Livros
Bíblia
Música
TV
Internet
18%
15%
15%
47%
5%
Televisão
Radio
Internet
Jornal
Outros
39
O gráfico 8 apresenta quais setores da mídia são carentes de conteúdo evangélicos
e, 47% dos entrevistados citaram o jornal, 18% televisão, 15% internet e rádio, e 5% outros,
sendo que nesse “outros” foi citado o cinema. Dessa forma pode-se perceber que a principal
mídia que a igreja deve investir para fazer divulgação, é o jornal, do qual muitos sentem
essa necessidade, e também a internet, a qual muitos já utilizam para ver artigos
evangélicos, conforme citado no gráfico 7.1.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 9: Motivo pelo qual os membros efetivos começaram a frequentar a igreja
Na maioria dos casos, as pessoas começam a frequentar a igreja quando se
encontram em situações complicadas, ou quando são convidados por amigos. O gráfico 9
apresenta os principais motivos que levaram os entrevistados a frequentarem a igreja.
Como pode-se perceber, 26% dos entrevistados começaram a frequentar a igreja por
um convite de amigo ou de alguém da família, 20% começaram a frequentar a igreja por
doença, depressão, por se sentirem vazias, com medo ou até mesmo angustiados, 18%
começaram a frequentar a igreja para melhorar de vida, em busca de direção, paz e saúde,
15% por problemas familiares, sendo eles divórcio ou até mesmo com filhos nas drogas,
12% foi por que foram bem recebidos e bem acolhidos e 9% começaram a frequentar
porque gostaram do culto. O gráfico 9 apresenta a importância da divulgação boca-a-boca,
visto que 26% dos entrevistados conheceram a igreja através de amigos e familiares.
9%
12%
15%
18%
20%
26%
Gostou do culto Foi bem recebido
Problemas familiares Para melhorar de vida
Doença/depressão Convidado por amigos/família
40
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 9.1: Período em que os membros efetivos começaram a frequentar a igreja
O gráfico 9.1 apresenta qual o período em que os entrevistados começaram a
frequentar a igreja. 17% começaram a frequentar a igreja em 2009, 14% em 2010, 11% em
2005, 2011 e 2012, 8% em 2007, 6% em 2002, 5% desde bebê e em 1999, 3% em 1994,
2000, 2003 e 2006.
17%
14%
11%
11% 11%
8%
5%
5%
6%
3% 3%
3% 3% em 2009
em 2010
em 2005
em 2011
em 2012
em 2007
desde bebê
em 1999
em 2002
em 1994
em 2000
em 2003
em 2006
41
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 10: Visão dos membros efetivos sobre Fé
A visão dos entrevistados sobre fé conforme o gráfico 10 apresenta são: 29%
acreditam que fé é acreditar, confiar e crer em Deus, 20% afirmam que é crer em algo que
não vê, 17% dizem que a fé é a base de tudo, 15% afirmam que a fé é acreditar que Jesus
muda todas as situações, 12% apresentam a fé como crer no impossível e 9% como
perseverar no que quer ou busca conquistar. Através dessas informações pode-se perceber
que existem várias formas de decifrar a fé, e por ela pode-se criar estratégias de marketing
para divulgar e atrair as pessoas à igreja.
7%
12%
15%
17% 20%
29%
Perseverar no que quer
Crer no impossível
Acreditar que Jesus mudatodas as situações
Base de tudo
Crer em algo que não vê
Acreditar/ Confiar/ Crer emDeus
42
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 11: Mudanças comportamentais que os membros efetivos perceberam depois que começaram a frequentar a igreja
O gráfico 11 apresenta as mudanças comportamentais, sentimentais e de
pensamentos que ocorreram depois que os entrevistados começaram a frequentar a igreja,
20% se tornaram mais calmos, amorosos, carinhosos e pacientes, 18% sentiram mudanças
de pensamento, hábitos, comportamentos e atitudes, 7% sentiram paz, amor, felicidade,
equilíbrio emocional, comunhão com Deus e mais união com a família e 48% afirmam terem
sentido mudanças em muitas áreas e principalmente na saúde.
7%
7%
18%
20%
48%
Sentiu paz, amor, felicidade,equilíbrio
Comunhão com Deus e família
Mudança de pensamento, hábito,comportamento, atitudes
Se tornou mais calmo, amoroso,carinhoso, paciente
Muitas, principalmente na saúde
43
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 12: Forma pelo qual os membros efetivos conheceram a igreja
O gráfico 12 apresenta como os entrevistados conheceram a igreja Comunidade
Cristo Restaura, 74% através das amizades, 7% pela televisão (acredita-se que os
entrevistados tenham confundido a pergunta, acreditando ser por qual forma tenham
conhecido a igreja evangélica em geral, visto que a Comunidade Cristo Restaura não faz
nenhuma apresentação na televisão), e 19% de outras formas, sendo citado também a
família nesse item.
TABELA 1 - Classificação dos membros efetivos sobre a Igreja Comunidade Cristo Restaura
Itens Excelente Muito bom Bom Regular Ruim
Pregação 30 8 3 1
Recepção e acolhimento 24 7 10 1
Palavra de Meditação 22 13 7
Limpeza 18 15 6 3
Ambiente interno 17 16 8 1
Iluminação 15 17 10
Ambiente externo 15 15 10 1 1
Louvor 11 11 19 1
Organização 10 17 12 3
Som 10 8 20 4
Conforto 8 19 12 3
Ventilação 7 18 14 3
Banheiros 6 20 14 2
Fonte: Abrahão (2012)
7%
19%
74%
0% 0%
TV
Outros
Amigos
Rádio
Internet
44
A tabela 1 apresenta a classificação dos entrevistados sobre a igreja, dessa forma
tem-se: a pregação como excelente, a recepção/acolhimento e a palavra de meditação
como pontos excelentes, mas que ainda podem melhorar, a limpeza encontra-se
balanceada entre excelente e muito bom, e com três votos para melhorá-la, assim pode-se
concluir que a limpeza é algo primordial e que deve ser muito bem acompanhada. O
ambiente interno está equilibrado entre excelente e muito bom, e também teve uma
quantidade de bom. Dessa forma é muito importante revisar a decoração da igreja e verificar
o layout das cadeiras. O item de iluminação deixou claro a importância de manter a igreja
bem iluminada, e esse é mais um dos pontos a serem trabalhados.
O louvor e o som apresentam-se como os itens primordiais a serem corrigidos, pois
os louvores são entoados conforme a gravação original do CD, os participantes do ministério
de louvor não conhecem técnicas vocais para entoar os louvores e, sobre o som, observa-se
a dificuldade por conta da mesa de som se posicionar abaixo da caixa de som, o que
dificulta a percepção ideal do volume a ser utilizado.
TABELA 2 - Melhorias a serem feitas na Igreja Comunidade Cristo Restaura na opinião dos membros efetivos
Situação Frequência
Som, aulas de canto e instrumentos 14
Prédio novo, pintura do prédio 6
Play-Back, louvores novos e mais animados 5
Melhorar organização/ventilação 4
Cumprir horário 3
Melhoria na sala para atividade das crianças e dos jovens 3
Instalação de porta de vidro para isolar o som externo 2
Avivamento para os jovens 1
Limpeza 1
Sem comentários / em branco 13
Total 52
Fonte: Abrahão (2012)
A tabela 2 apresenta as melhorias a serem feitas na Igreja, 14 pessoas citaram que
deve-se melhorar o som, preparar os levitas com aulas de canto e utilizar instrumentos para
o louvor, 6 pessoas citaram a mudança de prédio e a pintura do prédio atual, 5 pessoas
sugeriram utilizar de CDs com play-back, e louvores novos e mais animados, 4 pessoas
sugeriram a melhora na organização da igreja e na ventilação, 3 pessoas citaram cumprir
horário e melhoria na sala para atividades com as crianças e os jovens, 1 pessoa apenas
citou fazer um avivamento para os jovens e melhorar a limpeza da igreja.
45
4.2 Demanda potencial
A pesquisa para a demanda potencial foi aplicada nos meses de julho e agosto de
2012, com o objetivo de avaliar a visão das pessoas que podem um dia frequentar a igreja.
Abaixo se apresentam os resultados da pesquisa.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 13: Sexo dos entrevistados
A pesquisa foi aplicada a 23 pessoas, e o gráfico 13 demonstra que no público
entrevistado temos 61% do sexo feminino e 39% do sexo masculino.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 14: Religião dos entrevistados
Feminino 61%
Masculino 39%
0%
44%
0%
43%
13%
Budista
Católico
Espírita
Evangélico
Outros
46
A pesquisa apresenta de acordo com o gráfico 14, a religião dos entrevistados, entre
eles se encontram: 44% dos entrevistados católicos, 43% evangélicos, 13% outros, não
sendo entrevistado nenhum budista ou espírita. Dessa forma pode-se observar que o
público evangélico vem crescendo e está praticamente igualado com os católicos.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 15: Faixa etária dos entrevistados
O gráfico 15 apresenta a faixa etária dos entrevistados, sendo 52% entre 18 e 30
anos, 26% entre 31 e 40 anos, 13% entre 41 e 50 anos, 5% entre 10 e 17 anos e 4% com
mais de 51 anos. De acordo com a pesquisa pode-se perceber que a idade predominante é
entre 18 e 30 anos, dessa forma deve-se investir em projetos mais animados e dinâmicos
para atraí-los para a igreja.
5%
52% 26%
13% 4%
Entre 10 e 17 anos
Entre 18 e 30 anos
Entre 31 e 40 anos
Entre 41 e 50 anos
Mais de 51 anos
47
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 16: Estado civil dos entrevistados
O gráfico 16 demonstra o estado civil dos entrevistados, sendo que 48% dos
entrevistados são solteiros e 48% casados ou moram com um companheiro e apenas 4%
são viúvos.
Fonte: ABRAHÃO (2012)
GRÁFICO 17: Formação escolar dos entrevistados
48%
48%
0%
0%
0%
4%
0% Solteiro(a)
Casado(a) ou mora comum(a) Companheiro(a)
Separado(a)
Divorciado(a)
Desquitado(a)
Viúvo(a)
Outros.
0%
4% 13%
39% 18%
26%
Ensino fundamentalincompleto
Ensino fundamentalcompleto
Ensino médio incompleto
Ensino médio completo
Ensino superior incompleto
Ensino superior Completo
48
De acordo com o gráfico 17, 39% dos entrevistados tem ensino médio completo,
26% ensino superior completo, 18% ensino superior incompleto, 13% ensino médio
incompleto e 4% ensino fundamental completo. Conhecer a formação escolar dos
entrevistados é de suma importância, visto que isso influencia nos projetos a serem
aplicados.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 18: Renda dos entrevistados
O gráfico 18 apresenta a renda dos entrevistados, dessa forma 43% dos
entrevistados tem de 3 a 5 salários mínimos, 39% de 1 a 2 salários mínimos, 9% de 6 a 10
salários e acima de 11 salários mínimos. Esse resultado influencia nos projetos a serem
implantados na igreja, e também nas arrecadações de dízimos e ofertas.
0%
39%
43%
0% 9%
9%
Até 1 salário mínimo
De 1 a 2 salários mínimos
De 3 a 5 salários mínimos
De 6 a 10 salários mínimos
Acima de 11 salários mínimos
Desempregado
49
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 19: Frequência dos entrevistados em ir à igreja
O gráfico 19 apresenta a frequência dos entrevistados em ir à igreja, 57% dos
entrevistados vão a igreja 1 vez por semana, 35% não costumam ir à igreja e 4% vão 2 e 4
vezes por semana à igreja. Dessa forma, pode-se dizer que dos entrevistados, 57% deles
poderiam ir conhecer e até mesmo frequentar a igreja depois de um projeto de divulgação
ou evangelização, além claro de elaborar um projeto para alcançar os 35% que não
costumam frequentar a igreja.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 20: Entrevistados que utilizam de meios de comunicação para ver artigos evangélicos
57%
4%
0%
4%
0%
35%
1 vez por semana
2 vezes por semana
3 vezes por semana
4 vezes por semana
5 ou mais vezes porsemana
Não costuma
SIM 48% NÃO
52%
50
Foi perguntado aos entrevistados se eles utilizam de meios de comunicação para ver
artigos evangélicos e 52% dos entrevistados responderam que não e apenas 48%
responderam que sim, de acordo com o gráfico 20.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 20.1: Setor da mídia que os entrevistados utilizam para ver artigos evangélicos
Os entrevistados, conforme o gráfico 20.1, que utilizam de meios de comunicação
para ver algum artigo evangélico apresentaram as seguintes respostas: 44% utilizam a
internet, 28% a TV, 17% a revista, 6% o e-mail e apenas 5% utilizam livros. Nesse caso,
pode-se reforçar a importância de divulgar a igreja na internet, visto que é o meio de
comunicação mais usado hoje.
44%
28%
17%
5% 6%
Internet
TV
Revista
Livro
51
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 20.2: Motivo pelo qual os entrevistados não utilizam da mídia para ver artigos evangélicos
Já os entrevistados que responderam não utilizar nenhum meio de comunicação
para ver artigos evangélicos apresentaram as seguintes respostas: 23% não utiliza por falta
de tempo, 15% por ser católico, 8% por pouca divulgação, por não ter interesse e por não
ter conhecimento e 38% não responderam, de acordo com o gráfico 20.2. Com base nas
respostas pode-se perceber que 8% não veem artigos evangélicos por não haver divulgação
e por não ter conhecimento, dessa forma conclui-se que deve ser feito pela igreja um projeto
de divulgação amplo, para que mais pessoas possam conhecer a importância e a visão dos
evangélicos.
23%
8%
15%
8% 8%
38%
Falta de tempo
Pouca divulgação
Por ser católico
Não tem interesse
Não tem conhecimento
Não respondeu
52
TABELA 3 - Visão dos entrevistados sobre as igrejas evangélicas
Visão Frequência
Muitas igrejas trabalham com seriedade, respeito e amor ao próximo, porém algumas não levam o evangelho a sério
10
Lugar onde ensinam o que realmente está na bíblia 3
Lugar onde pode realmente buscar a Deus 2
Lugar de meditação e solidificação, onde se encontra paz, alegria e acolhimento 2
Uma religião normal 1 A igreja evangélica é importante porque há melhorias nos locais onde se instalam 1
Lugar de muito fanatismo 1
Não responderam 2
TOTAL 22
Fonte: Abrahão (2012)
A tabela 3 apresenta a visão dos entrevistados sobre as igrejas evangélicas, 10
pessoas afirmaram que muitas igrejas trabalham com seriedade, mas muitas não vivem o
que pregam e essas tem denegrido a imagem das igrejas evangélicas que levam a sério a
palavra de Deus; 3 pessoas afirmaram que a igreja é o lugar onde ensinam o que realmente
está na bíblia; 2 pessoas afirmaram que a igreja é o lugar onde realmente pode buscar a
Deus, um lugar de meditação e solidificação, onde se encontra paz, alegria e acolhimento; 1
pessoa afirmou ser uma religião normal, outra afirmou que a igreja é importante pois há
melhorias no local onde se instalam e outra ser um lugar de muito fanatismo, e apenas 2
pessoas não responderam. Pode-se perceber pelas respostas dos entrevistados que muitas
pessoas confiam nas igrejas evangélicas, mas que muitas pessoas também se
decepcionaram com as pessoas que não levam a sério o evangelho e que se dizem
evangélicos. Infelizmente, o ser humano busca a perfeição, mas esquece que dentro das
igrejas quem é o líder é Deus, mas os liderados são seres humanos e que nenhum ser
humano é perfeito.
53
TABELA 4 - O que levaria ou não os entrevistados a frequentarem uma igreja evangélica?
Motivo Frequência
Iria pelo acolhimento, recepção, carinho com que me recebessem e também pela explicação da palavra
5
Iria para sentir a presença de Deus, a paz de espírito 5
Não iria pela falta de exemplo (pregar e não viver o que prega) 4
Não iria porque já ter definida a religião 4
Não iria pelo interesse pelo dinheiro e pelo fanatismo 3
Iria para mudar de vida 1
Não iria pelas amizades ruins, baladas 1
TOTAL 23
Fonte: Abrahão (2012)
A tabela 4 exibiu os dados sobre o que levaria ou não os entrevistados a
frequentarem uma igreja evangélica. São apresentados primeiro os pontos que não levariam
os entrevistados a frequentar: 4 pessoas citaram pela falta de exemplo dos pregadores (de
não viver o que pregam), e também por já ter definido a religião, 3 pessoas não iriam pelo
interesse pelo dinheiro e pelo fanatismo, e apenas 1 pessoa disse que não iria pelas
amizades ruins e também pelas baladas. Dos que iriam a uma igreja evangélica: 5 pessoas
iriam pelo acolhimento, recepção, carinho com que fosse recebida e pela explicação da
palavra e também iriam para sentir a presença de Deus e a paz de espírito, e apenas 1
pessoa iria para mudar de vida. Assim conclui-se que 52% dos entrevistados não
frequentariam uma igreja evangélica e consecutivamente 48% dos entrevistados iriam a
uma igreja evangélica.
54
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 21: Como o entrevistado conheceu a igreja
Dos entrevistados que conhecem a igreja Comunidade Cristo Restaura 75%
conheceram através de amigos e 25% de outras formas, de acordo com o gráfico 21.
TABELA 5 - Classificação dos entrevistados sobre a Igreja Comunidade Cristo Restaura
Itens Excelente Muito bom Bom Regular Ruim
Pregação 7 1
Louvor 6
2
Palavra de Meditação 5 1 2
Limpeza 4 5
Organização 4 3 2
Iluminação 3 5 1
Ambiente externo 3 4
1
Ambiente interno 3 5 1
Recepção e acolhimento 3 2 2
Som 3 2 2 1
Ventilação 2 4 2
Fonte: Abrahão (2012)
A classificação dos entrevistados que conhecem a igreja Comunidade Cristo
Restaura sobre determinados itens são apontados na tabela 5. De acordo com a tabela,
pode-se perceber que a pregação tem a classificação de excelente, o louvor e a palavra de
0% 0% 0%
75%
25%
Rádio
TV
Internet
Amigos
Outros
55
meditação também, mas ambos têm alguns pontos no item bom, devendo ser revisto e
melhorado. A limpeza teve a maioria dos pontos como muito bom, o ambiente externo e o
som são itens que se encontram com um ponto em regular, devendo ser analisado e
também melhorado. Dessa forma, acredita-se importante revisar o louvor, a palavra de
meditação, a limpeza, o ambiente externo e o som, para que a igreja tenha um ambiente
mais agradável aos fiéis.
Fonte: Abrahão (2012)
GRÁFICO 22: Sugestões dos entrevistados para melhorias da igreja
O gráfico 22 apresenta as sugestões dos entrevistados para melhorias da igreja,
havendo um empate em sugestões: 20% citou a mudança para um prédio próprio, 20%
algum projeto voltado para os jovens, 20% uma banda, 20% buscar novos conhecimentos
sempre e 20% afirma que a igreja está ótima e não precisa ser melhorada.
4.3 Análise SWOT da Igreja
A análise SWOT foi utilizada para apurar informações quanto ao ambiente interno
(pontos fortes e fracos) bem como ao ambiente externo (oportunidades e fraquezas) da
igreja. Foi realizada por meio da aplicação de questionário aos membros efetivos e
20%
20%
20%
20%
20%
Nenhuma, a igreja estáótima
Prédio próprio
Algum projeto voltadopara os jovens
Uma banda
Buscar novosconhecimentossempre.
56
potenciais que conhecem o ministério, buscando informações do que melhorar na igreja.
Dessa forma foi montada uma figura abaixo com os dados da igreja, a figura 1.
Fonte: Abrahão (2012) Figura 1: Análise SWOT
A análise SWOT feita para a igreja Comunidade Cristo Restaura, apresentou no fator
interno como forças: a qualidade no atendimento e no recepcionar as pessoas, a localização
por conta de ser próximo a ponto de ônibus, escola e supermercado, o acolhimento quando
chega algum visitante, do qual todos os membros cumprimentam e o conhecimento da
palavra ministrada pelos líderes da igreja. Já como fraquezas apresentou: a falta de
estratégias de marketing para atrair novos membros, consequentemente o pouco
investimento em publicidade e a estrutura física limitada por ser um prédio alugado e
consideravelmente pequeno, sem estacionamento para os membros da igreja.
No fator externo foi constatado para a igreja como oportunidades: investir em
divulgação através das estratégias de marketing, utilizar as redes sociais para divulgar o
ministério, ampliar a igreja através de células (ou cultos residenciais) para atrair novos
Forças Internas
Qualidade no atendimento
Localização
Acolhimento
Conhecimento da palavra
Falta de estratégia para atrair novos membros
Pouco investimento em publicidade
Estrutura física limitada
FORÇAS FRAQUEZAS
Divulgar mais
Utilizar das redes
sociais
Ampliar o ministério
Promover eventos
Capacitar mais os
membros
Abertura de novas igrejas
Falta de pessoas qualificadas para trabalhar na obra
OPORTUNIDADES AMEAÇAS
Forças Externas
57
membros, e capacitar os membros da igreja para crescerem no ministério, obtendo assim
um nível de responsabilidade maior. E por fim, nas ameaças são a aberturas de novas
igrejas (concorrências) e a falta de pessoas qualificadas ou que tenham interesse em
trabalhar na obra.
A análise SWOT, assim como todos os dados analisados e interpretados no capítulo
4, foi de fundamental importância, pois possibilitou à igreja conhecer melhor seus membros
e saber o que eles pensam sobre o ministério, ou seja, qual imagem a igreja tem transmitido
aos seus membros.
A partir dos dados coletados foram elaboradas propostas de melhorias, e estas são
apresentadas no próximo capítulo.
58
5. PROPOSTAS DE MELHORIAS
Com base nos resultados obtidos no capítulo anterior, foram elaboradas as
propostas abaixo, por consequência elas foram apresentadas à diretoria da igreja, para
serem analisadas e possivelmente implantadas.
Como pode-se perceber nos resultados da análise SWOT, uma das fraquezas
apresentadas pela igreja é a falta de divulgação. Muitas pessoas conhecem a igreja através
do boca a boca, mas não através das mídias disponíveis hoje no mercado, dessa forma
percebe-se a necessidade de investir em estratégias de comunicação através de
publicações nos jornais, na criação de panfletos e de um perfil em redes sociais.
Para o anúncio no jornal sugere-se ser feito na própria região bragantina, como por
exemplo, no Bragança Jornal Diário, na Gazeta Bragantina ou no Jornal em Dia. Os
anúncios podem tratar de assuntos como: dia dos cultos, eventos que estão acontecendo na
igreja e também mensagens de reflexão que levem as pessoas a sentirem interesse em
conhecer a igreja e a palavra de Deus.
Os anúncios podem ser feitos pelo Bragança Jornal Diário, todos os sábados, com o
custo de 160,00 reais por mês, para um anúncio do tamanho de um cartão de visita (70 mm
de largura x 50 mm de altura). Pelo Gazeta Bragantina o custo é de 280,00 reais por mês,
para anúncio todos os sábados e pelo Jornal em Dia o custo é de 80,00 reais por mês, para
anúncios aos domingos visto que a empresa não faz anuncio aos sábados.
O investimento de 520,00 reais mensais para os anúncios em jornal se torna viável,
considerando que muitos dos entrevistados citaram sentir falta de conteúdos evangélicos
em jornais, e esse seria mais um meio de comunicação a ser usado para levar a palavra de
Deus às pessoas e também para atrair novos membros para a igreja.
Além de utilizar os jornais para divulgação da igreja, propõe-se a criação de panfletos
com mensagens evangélicas, que podem ser entregues de porta em porta, nesse caso
podem aproveitar e fazer o convite pessoalmente para irem conhecer a igreja.
Foi necessário cotar com algumas gráficas da cidade, da região e pela internet. O
custo varia de acordo com o tamanho do panfleto a ser utilizado. A sugestão é que seja feito
um panfleto do tamanho de 105 mm x 148,5 mm (metade de uma folha de sulfite A4).
A impressão será feita na própria igreja, dessa forma será planejado por membros do
ministério, e o custo será de 0,04 centavos por panfleto, para a impressão de 1000
unidades, ou seja, 40,00 reais para divulgar para mil pessoas.
59
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 2: Modelo folheto frente e verso
Com o avanço da tecnologia, obteve-se uma facilidade em divulgar as empresas por
meio de redes sociais, assim sugere-se que seja criado um perfil para a igreja em um site de
relacionamentos como, por exemplo, o facebook. Muitas pessoas passam mais da metade
do tempo conectados as redes sociais do que em qualquer outro lugar. Com uma página no
facebook, a igreja se tornará mais conhecida, poderá utilizar dessa página para fazer as
60
divulgações dos cultos, dos eventos, e também inserir mensagens da bíblia, e de reflexões,
podem ser inseridos também textos sobre conteúdos evangélicos, eventos evangélicos na
região e até mesmo sobre assuntos do dia-a-dia.
Para criar esse perfil no facebook não tem custo, e traz um grande resultado para a
igreja, pois ela poderá ser conhecida pelo mundo inteiro em apenas um ‘click’ além de
trabalhar com a curiosidade do ser humano e de incentivá-los a conhecer e buscar mais a
Deus.
Essa proposta já foi acatada pela igreja, a figura 3 apresenta a imagem do perfil da
igreja no facebook, hoje tem 42 pessoas que curtiram a página. Sendo que vários não
conhecem o ministério pessoalmente.
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 3: Página principal do perfil no facebook
A figura 4 demonstra um exemplo das publicações diárias feitas na página.
61
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 4: Publicação feita no perfil da igreja no facebook
As publicações feitas diariamente têm alcançado pessoas de todos os países e de
várias cidades do Brasil, como por exemplo, no Brasil (São Carlos, São Paulo, Campinas,
Extrema, Acaraú, Maringá, Indaiatuba, Tuiuti e Bragança Paulista) e no Chile (Santiago),
essas cidades citadas são das pessoas que curtiram ou já visitaram a página da igreja.
Como estratégia de divulgação foi sugerido também à igreja promover eventos para
atrair novos membros, como, por exemplo, jantar de casais, cultos dos jovens, campanhas
de solidariedades, cultos especiais para determinadas datas (como dia das mães, dia dos
pais, dia das crianças, dia dos namorados, natal, ano novo, e outros feriados) ou até mesmo
em datas excepcionais, todas essas formas promovem o nome da igreja, além de melhorar
a união dos membros do ministério.
Esta proposta já foi acatada e implantada pela igreja. O investimento para promover
um jantar de casais, por exemplo, foi de 60,00 reais por casal, e obteve 14 casais, sendo
que desses, 7 casais eram visitantes e nunca haviam entrado na igreja. O jantar visou o
crescimento espiritual e a união entre os membros da igreja. Cada casal ganhou um livro, e
houve também sorteio de três livros extras todos voltados para relacionamento entre casais.
Como divulgação foram feitos dois convites, o primeiro para convidar todos os casais
encontra-se abaixo na figura 5:
62
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 5: Primeiro convite 1º Jantar de Casais
O segundo como obrigatório para entrar na porta da igreja foi o apresentado na
figura 6.
A peça do meio do quebra-cabeça só foi entregue no final do jantar, gerando assim uma
expectativa nos casais sobre o que o convite representava.
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 6: Segundo convite 1º Jantar de Casais
63
Além do jantar de casais feito no dia 07/06/2012, a igreja fez também uma festa no
aniversário de 9 anos do ministério, que contou com mais de 70 pessoas, sendo vários
visitantes.
O cartaz de convite segue abaixo na figura 7.
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 7: Convite 9º Aniversário da Igreja
A igreja acatou também algumas mudanças propostas nesse trabalho, como a
melhoria do som e da acústica da igreja, para isso foram feitas duas campanhas de pizzas
(uma dia 26/05/12 e outra dia 25/08/12), a fim de arrecadar recursos financeiros suficientes
para mudar a mesa de som de lugar. Com a mudança da mesa de som, pode-se observar a
diferença e a qualidade do som. Muitos membros elogiaram o novo som.
64
TABELA 6 - Resultado Campanha da Pizza
Resumo 1ª noite da Pizza 2ª noite da Pizza
Pizzas Vendidas 496 375
Total recebido das vendas 4.960,00 3.750,00
Investimento - 2.893,68 - 2.492,61
Retorno 2.066,32 1.257,39
Total da 1ª Noite + 2ª Noite 3.323,71
Fonte: Abrahão (2012)
O investimento para a primeira noite da pizza foi de 2.893,68 reais e obteve de
retorno o valor de 2.066,32 reais, foram vendidas 496 pizzas por 10,00 reais cada.
Na segunda noite da pizza foram investidos 2.492,61 reais e obteve de retorno
1.257,39 reais, foram vendidas 375 pizzas por 10,00 reais cada.
As divulgações foram feitas através da internet (facebook dos membros da igreja e
do próprio perfil da igreja) e também pelo boca a boca, foi criado também um cartaz e
colocado dentro da igreja (Figura 8), ou seja, não houve investimento financeiro algum para
esta divulgação.
Na primeira noite da pizza, a embalagem contava com adesivos colados divulgando
o endereço e os horários dos cultos, o que nos custou 0,63 centavos por embalagem.
Já na segunda noite da pizza, a caixa da pizza foi personalizada com o logotipo da
igreja, endereço, hora e dia dos cultos, o investimento foi de 0,05 centavos a mais por caixa
+ 30,00 reais da tela de silkscreen, o que se tornou totalmente viável, visto que para a tampa
da caixa ser personalizada o investimento total passou a ser de 0,72 centavos por
embalagem de pizza, acredita-se que com as 375 pizzas vendidas muitas pessoas foram
alcançadas e também passaram a conhecer o nome da igreja.
65
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 8: Cartaz 2ª Noite da Pizza
Com o recurso arrecadado com os eventos das pizzas, já foram comprados os cabos
necessários para melhorar o som da igreja, a caixa de retorno, as divisórias e o projetor.
TABELA 7 - Recursos investidos para melhorias
Descrição Valor
Som (meduza, cabos e caixa de retorno)
1.500,00
Projetor (com suporte)
1.443,08
Divisórias de eucatex
357,00
Computador
0,00
Total 3.300,08
Fonte: Abrahão (2012)
66
O investimento com os cabos, caixa de retorno e meduza foi de 1.500,00 reais, o
projetor com suporte custou 1.443,08 reais, a divisória para fechar o local onde a mesa de
som irá ficar, custou 357,00 reais e o computador que será utilizado para reproduzir as
músicas e os versículos foi doação de um membro da igreja.
A tabela 2 apresenta a sugestão dos membros efetivos em utilizar de CDs com
playbacks e não mais cantado, a igreja também implantou essa mudança, de acordo com as
músicas que vão sendo ensaiadas, está sendo procurada na internet a disponibilização em
playback e dessa forma as que são encontradas já estão sendo alteradas, sem custo algum
para a igreja.
Mais uma proposta sugerida de acordo com a pesquisa é em questão ao layout
externo da igreja, hoje têm-se um poste no meio da calçada e em frente ao prédio, o que
polui visualmente a visão de fora da igreja, para a retirada desse poste o investimento é de
1.800,00 reais.
Acredita-se ser viável esse investimento, pois todos que verem a igreja, a verão em
sua totalidade e não em partes como apresenta a figura 9.
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 9: Layout externo da igreja
67
Com esse trabalho pode-se perceber também a falta de cadastro dos membros
atuais e dos visitantes na igreja, o que inviabiliza, por exemplo, um contato futuro para
divulgação de um evento, ou até mesmo de fazer um agrado aos membros em datas
especiais (aniversários ou datas comemorativas etc.).
A figura 10 apresenta o modelo da ficha de identificação de membro efetivo:
68
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 10: Ficha de identificação de membro
69
E a figura 11 apresenta a ficha de identificação de visitantes:
Fonte: Abrahão (2012)
Figura 11: Ficha de identificação de visitante
E por último, e não menos importante, a sugestão é de que sejam ministrados cursos
para liderança e capacitação dos membros. A igreja já deu início em treinamentos, sendo
que foram dois dos membros em um curso de capacitação de missões em julho, do dia
08/07 à 22/07/12 por um investimento de 280,00 reais por pessoa. Eles aprenderam como
meditar na palavra de Deus, técnicas de teatro, dança e mágicas para evangelismo criativo.
Mesmo com esse investimento, ainda é necessário haver mais treinamentos e
investimentos em capacitação para os membros do ministério, são necessários cursos de
liderança, aulas de canto, ministração da palavra (oratória e conhecimento teórico) e técnica
musical de instrumentos, todos esses conteúdos podem ser adquiridos através de livros,
apostilas, vídeo-aulas pela internet ou até mesmo escolas preparadas para capacitar as
70
pessoas a levarem a palavra de Deus. Além de capacitar os membros eles também se
sentirão importante, pois terão um cargo relevante no ministério.
71
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Este trabalho teve como propósito analisar quais os métodos de marketing religioso
podem ser usados para divulgar a igreja Comunidade Cristo Restaura, e quais resultados
eles trariam. Pode-se também verificar a importância de técnicas de divulgação para atrair
novos membros, e a importância de se ouvir as sugestões dos membros e não membros,
para saber quais melhorias devem ser feitas e quais as estratégias a serem utilizadas,
prezando sempre a opinião dos membros, visto que todas as propostas visam o crescimento
da igreja.
De acordo com as pesquisas, pode-se perceber que cada pessoa tem uma visão e
muitas vezes elas não conhecem as igrejas por falta de divulgação, dessa forma a igreja
deve investir em divulgações para formar o seu diferencial.
Pode-se também identificar através deste trabalho os pontos fortes e fracos da igreja,
apresentando claramente quais providências devem ser tomadas e consecutivamente, se
realizadas poderão contribuir para o crescimento do ministério.
Esta pesquisa foi de suma importância para a acadêmica, pois possibilitou a
associação das teorias abordadas em sala de aula às práticas da igreja, e permitiu também
a elaboração de medidas que poderão contribuir para o sucesso e crescimento da igreja
Comunidade Cristo Restaura.
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