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PROPOSTA PEDAGÓGICA EE ANTONIO NOGUEIRA DA FONSECA

Proposta Pedagogica Anf 2010

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PROPOSTA PEDAGÓGICA

EE ANTONIO NOGUEIRA DA

FONSECA

TERENOS - 2010

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APRESENTAÇÃO

A Proposta Política Pedagógica da Escola Estadual Antônio

Nogueira da Fonseca está sendo reestruturada para atender as

novas demandas, necessidades e adequações às exigências que vão

surgindo. Sendo assim nossa Proposta Pedagógica é um

documento aberto que freqüentemente sofrerá mudanças pois

deverá acompanhar as evoluções da legislação vigente do modo de

“Fazer Escola”. Partindo do princípio que vivemos a época da "cultura

de projeto" em nossa sociedade, onde as condutas de antecipação

para prever e explorar o futuro faz parte de nosso presente. Essa

influência do futuro sobre nossas adaptações cotidianas só faz

sentido se o domínio que tentamos desenvolver sobre os diferentes

espaços cumpre a função de melhorar as condições de vida do ser

humano. respeitando as diferenças e o direito à igualdade. Portanto,

foi a partir desse pensar inicial que surgiu esta proposta. E com o

objetivo de melhor compreender o significado e o processo do projeto

pedagógico.Buscamos conhecer sob a concepção de Gadotti o que

realmente vem a ser um projeto e com base nessas infomações nós

equipe gestora, comunidade escolar e professores traçamos nosso

plano de estudo.Levando sempre em consideração a nossa realidade.

      Partindo do óbvio, como sugere Gadotti (2001), a palavra projeto

vem do verbo projetar, lançar-se para frente, dando sempre a idéia

de movimento, de mudança. A sua origem etimológica, como explica

Veiga (2001, p. 12), vem confirmar essa forma de entender o termo

projeto que "vem do latim projectu, particípio passado do verbo

projecere, que significa lançar para diante". Na definição de Alvaréz

(1998) o projeto representa o laço entre presente e futuro, sendo ele

a marca da passagem do presente para o futuro. Para Fagundes

(1999), o projeto é uma atividade natural e intencional que o ser

humano uti1iza para procurar solucionar problemas e construir

conhecimentos. Alvaréz (op cit) afirma que, no mundo

contemporâneo, o projeto é a mola do dinamismo, se tomando em

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instrumento indispensável de ação e transformação.

      Boutinet (2002), em seu estudo sobre a antropologia do projeto,

explica que o termo projeto teve seu reconhecimento no final XVII e a

primeira tentativa de formalização de um projeto foi através da

criação arquitetônica, com o sentido semelhante ao que nele se

reconhece atualmente, apesar da marca do pensamento medieval

"no qual o presente pretende ser a reatualização de um passado

considerado como jamais decorrido" (p. 34).

Segundo Gadotti (cit por Veiga, 2001, p. 18),

Todo projeto supõe ruptura com o presente e promessas para o

futuro. Projetar significa tentar quebrar um estado confortável para

arriscar-se, atravessar um período de instabilidade e buscar uma

estabilidade em função de promessa que cada projeto contém de

estado melhor do que o presente. Um projeto educativo pode ser

tomado como promessa frente determinadas rupturas. As promessas

tornam visíveis os campos de ação possível, comprometendo seus

atores e autores.

E não podíamos esquecer o nosso foco maior: o projeto com a

qualificação de pedagógico, qual é o seu significado?

      O projeto pedagógico não é modismo e nem é documento para

ficar engavetado em uma mesa na sala de direção da escola, ele

transcende o simples agrupamento de planos de ensino e atividades

diversificadas, pois é um instrumento do trabalho que indica rumo,

direção e construído com a participação de todos os profissionais da

instituição. Baseamos-nos em Veiga construção do Projeto Político

Pedagógico da nossa escola pois concordamos quando diz:

      Para Veiga (2001, p. 11) a concepção de um projeto pedagógico

deve apresentar características tais como:

      a) ser processo participativo de decisões;

      b) preocupar-se em instaurar uma forma de organização de

trabalho pedagógico que desvele os conflitos e as contradições;

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      c) explicitar princípios baseados na autonomia da escola, na

solidariedade entre os agentes educativos e no estímulo à

participação de todos no projeto comum e coletivo;

      d) conter opções explícitas na direção de superar problemas

no decorrer do trabalho educativo voltado para uma realidade

especifica;

      e) explicitar o compromisso com a formação do cidadão

  A execução de um projeto pedagógico de qualidade deve, segundo a

mesma autora:

      a) nascer da própria realidade, tendo como suporte a

explicitação das causas dos problemas e das situações nas

quais tais problemas aparecem;

      b) ser exeqüível e prever as condições necessárias ao

desenvolvimento e à avaliação;

      c) ser uma ação articulada de todos os envolvidos com a

realidade da escola,

      d) ser construído continuamente, pois com produto, é

também processo.

      E segundo, sugestão da SED o passo inicial é a elaboração do

marco referencial, sendo este a luz que deverá iluminar o fazer das

demais etapas. Alguns autores que tratam do planejamento, como

por exemplo, Moacir Gadotti, falam simplesmente em referencial,

mas outro, como Danilo Gandin, distingue nele três marcos:

situacional, doutrinal e operativo.

1. INTRODUÇÃO

A Constituição Federal e a Leis de Diretrizes e Bases da

Educação afirmam que é dever do Estado e da família oferecer

educação a seus cidadãos e filhos. E a Educação de forma geral deve

ser inspirada nos princípios de liberdade e nos ideais da solidariedade

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humana, e tem finalidade o pleno desenvolvimento do educando, seu

preparo para o exercício da cidadania e sua qualificação para o

trabalho. A preocupação com a participação é algo que decorre dos

valores democráticos, e foi uma constante nesse projeto para gerar o

envolvimento de todos os segmentos da escola, no sentido de que os

mesmos precisam ter seus interesses, vontades e seus valores

levados em conta. A nosso ver, participar implica, inevitavelmente,

algum mecanismo de influência sobre o poder. A escola que se quer

democrática precisa definir antecipadamente uma nova qualidade

que, entre outras, priorizar questões da organização escolar – uma

organização que altere a realidade que se apresenta, a partir da

realidade encontrada. Este foi o principal desafio desse trabalho: abrir

perspectivas e oferecer elementos à reflexão e ao estudo dos

envolvidos para que a EE Antonio Nogueira da Fonseca venha a se

transformar numa nova escola.

Agora, vencida essa jornada de discussões, estamos apresentando o

Projeto Político-Pedagógico da Escola dentro dos parâmetros

curriculares nacionais emanados da LDB e do Conselho Nacional de

Educação. E inovar é audacioso. Tornar-se-á efetivo? O futuro dirá,

mas é preciso ter em mente Maria Alice Setubal, quando afirma: “O

projeto de escola não começa de uma só vez, não nasce pronto. É,

muitas vezes, o ponto de chegada de um processo que se inicia com

um pequeno grupo de professores, com algumas propostas bem

simples, e que se amplia, ganhando corpo e consistência. Nesse

trajeto, ao explicar propósitos e situar obstáculos, os educadores vão

estabelecendo relações, apontando metas e objetivos comuns,

vislumbrando pistas para melhorar a própria atuação. Estão, assim,

tecendo, no coletivo, o projeto que será um fio articulador para o

trabalho de nossa escola, na direção que se pretende”.

2. JUSTIFICATIVA

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A Escola compromissada com a formação do cidadão tem que

estabelecer uma visão transformadora e não somente produzir

proletários para o sistema capitalista. Conforme pensa Sarup Madan

(1986), “ os educandos podem ser considerados ao mesmo tempo

como trabalhadores e como mercadorias em produção. Dentro da

escola o educando tem um potencial de trabalho. Troca o produto de

seu trabalho por objetos, pontos, notas ou diplomas e certificados. Ao

deixar a escola, o educando troca esses produtos por diferentes

ocupações que já foram escalonadas, havendo de modo geral uma

relação entre qualificações, status e salários”. A atividade dos alunos

na escola, portanto, é uma relação e expressão da atividade na

sociedade.

O educador também é um trabalhador cujos produtos do seu

trabalho são seus educandos, mas na situação em que trabalha o

que faz simplesmente afirmar o caráter desses educandos como

produto capitalista.

Diante da realidade que aí se encontra, nós educadores,

temos que repensar que tipos de cidadãos estamos formando em

nossas salas de aula? Será que estamos reproduzindo o modelo de

sociedade certa, formando cidadãos críticos para ingressar em uma

sociedade justa e democrática?

Temos que refletir e ter em mente que as mudanças não acontecem da

noite para o dia e sim de forma gradativa. E para que isso aconteça

devemos começar as mudanças pelo projeto da nossa escola.

Envolvendo toda a comunidade escolar, descobriremos todos os

problemas. Montaremos juntos um Projeto Pedagógico abrangente que

atenda a todos e melhore cada vez mais o ensino, dando qualidade na

aprendizagem dos nossos educandos e futuros cidadãos íntegros,

preocupados com a realidade do mundo em que vivemos. Buscamos o

desenvolvimento da capacidade e aprendizagem em vista à aquisição

de conhecimentos, habilidades e a formação de atitudes e valores,

aprimorando o educando como pessoa humana, incluindo a formação

ética e o desenvolvimento intelectual do pensamento crítico. Para

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reestruturar “ O fazer escola” , “como fazer” e “para que fazer”, três

questões foram levantadas com o objetivo de nortear esta

reestrutura:

1) Que cidadão queremos formar?

2) Como formar este cidadão com o mundo que aí está?

3) Como conduzir as ações que envolvem todos dentro da escola

para chegar a uma educação pública de qualidade?

A Proposta Pedagógica foi elaborada com a finalidade de

contribuir para a melhoria e o desenvolvimento de uma educação

integral, com potencialidades físicas, mental e intelectual, para que

os educandos possam enfrentar o mundo como cidadãos

participativos, reflexivos e autônomos, conhecedores dos seus

direitos e deveres, conscientes no seu papel na sociedade.

Buscamos através da democracia a participação de todos os

segmentos: pais, educandos, professores, funcionários, direção e

coordenação. Traçamos a curto, médio e em longo prazo, ações que

estarão sendo, constantemente avaliadas e aperfeiçoadas no

decorrer do fazer pedagógico.

Nossa preocupação enquanto Escola é atender todos os alunos

com a mesma qualidade seja na zona urbana ou rural. A

aprendizagem, a formação deste aluno que hoje tem um mundo

informatizado, digital e que exige uma postura da escola em relação a

ele de ser mais dinâmica, com professores capacitados em formar

cidadãos preparados para enfrentar a competição em todos os

campos. Os valores da escola estão centralizados na participação de

todos , pois acreditamos que o trabalho em equipe contribui para o

sucesso de cada um. Nosso compromisso é fazer com que o aluno

adquira conhecimentos aliado a uma formação de valores éticos,

morais, despertando a solidariedade e respeito às diversidades

culturais, raciais, religiosas e política.

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3. HISTÓRICO

3.1. HISTÓRICO DA EE ANTONIO NOGUEIRA DA FONSECA

A Escola Estadual Antonio Nogueira está inserida numa

comunidade do município do interior na Br 262 km 11 zona rural e ao

mesmo tempo muito próximo da capital do Estado, Campo

Grande.Tem como patrono o senhor Antônio Nogueira da Fonseca,

fazendeiro renomado e respeitado, motivo que originou tal

denominação. Conta com cinco salas de aula, uma sala de

professores improvisada, uma sala de direção e secretaria, três

sanitários, sendo um destinado aos funcionários, uma cozinha, uma

sala tecnológica, biblioteca (funcionando em uma sala anexa), e uma

pequena sala de recursos, dispõe também de uma quadra de esporte.

Tendo em vista a amplitude do ambiente físico a Escola também

conta com espaços destinados à horta e jardim.

Em relação à equipe de trabalho a escola conta hoje com 44

servidores entre Professores, Coordenadores, Diretor e

administrativos. A escola atende cerca de 360 alunos distribuídos em

3 turnos, do Ensino Fundamental, Ensino Médio e EJA Projeto

experimental Etapa do Ensino médio cuja faixa etária varia entre 6 e

50 anos, numa percentagem aproximada de 70% crianças e

adolescentes e 30% adultos. Tal clientela é oriunda de zona urbana e

parte de zona rural; Os alunos da zona rural utilizam o transporte

escolar, atendidos pelo PNATE(programa Nacional de Tranporte

Escolar) sobre responsabilidade da prefeitura municipal de Terenos.

A escola estará participando como executora e certificadora no

ProJovem Campo – Saberes da Terra que constitui-se no Programa

Nacional de Educação de Jovens Integrada com Qualificação Social e

Profissional para Agricultores/as Familiares implementado pelo

Ministério da Educação por meio da Secretaria de Educação

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Continuada, Alfabetização e Diversidade (SECAD) e da Secretaria de

Educação Profissional e Tecnológica (SETEC). E em nível estadual a

parceria se efetivará com a Secretaria de Estado de Educação de

Mato Grosso do Sul e conseqüentemente com as Secretarias

Municipais de Educação e organizações não governamentais,

vinculadas a Educação do Campo. O Território da Cidadania da

Reforma da qual a escola pertence, fica localizada no município de

Terenos, onde desenvolverá o programa, possui 38.498 quilômetros

quadrados, é formado pelos municípios de Anastácio, Bela Vista,

Bodoquena, Bonito, Dois Irmãos do Buriti, Guia Lopes da Laguna,

Jardim, Maracaju, Nioaque, Sidrolândia e Terenos. Conta 189.006

habitantes, dos quais 52.374 (27,41%) vivem na área rural, o IDH

médio do território é de 0,75. Esse território possui 4.338 agricultores

familiares, 8.812 famílias assentadas, 358 famílias de pescadores,

três comunidades quilombolas e seis terras indígenas.

3.2 . IDENTIFICAÇÕES DA ESCOLA

Nome da Escola: Escola Estadual Antonio Nogueira da Fonseca

Tipologia: E

Endereço: BR 262 Km 11- Bairro Indubrasil Terenos – MS CEP

Telefone: 6733911217

E-mail: [email protected]

Localização: Rural

Níveis e modalidades de Ensino:

- Ensino Fundamental de 9 anos

- Ensino Médio: Noturno

- EJA – Educação de Jovens e Adultos: – Médio.

Direção: Clodoaldo Alves de Lima - Diretor

Secretária: Vaneza

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3.3 ASPECTOS LEGAIS DA ESCOLA

A E. E. Antônio Nogueira da Fonseca jurisdicionada à Secretaria

Estadual de Educação e mantida pelo poder publico Estadual. Conta

com os seguintes atos legais:

I – Criação e Decreto – 706 – 13/10/1980 D.O.445 – 13/10/1980

II – Autorização – 1ª. à 8ª.série – Deliberação CEE no 183 de

21/08/1981.

III – Reconhecimento – 1ª. à 8ª.série – Deliberação CEE no 896 de

06/12/1984

IV – Resolução/SED nº2.072 de 22/12/2006 ( Ens. Fundamental e

Médio)

V - CEE/MS7.923 de 08/12/05 - Ensino Médio-EJA- Deliberação .

VI – Resolução/SED nº 2.055 de 11/12/2006 - Ampliação do Ensino

Fundamental para nove anos

4. POPULAÇÃO A SER ATENDIDA PELA ESCOLA – COMUNIDADE

A escola encontra-se localizada em uma área de difícil acesso,

com linha regular de transporte urbana distante da escola. A

comunidade que atendemos é heterogênea, pois atendemos alunos

do bairro, da zona rural e assentamentos. A região de localização da

Escola é carente e não há áreas de lazer para as crianças e jovens, e

nem locais para a prática de esportes

Predominam famílias com 2 a 5 filhos. As mães trabalham fora e

deixam os filhos com os familiares ou sozinhos. Algumas ficam no

próprio assentamento ou trabalham em sítios com os filhos e

companheiro. Caracterizando assim a baixa renda. O grau de

escolaridade dos pais na sua maioria não ultrapassa o Ensino

Fundamental.

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Sentimos atualmente que a necessidade do trabalho, o excesso

de compromisso dos pais tem resultado na falta de orientação,

acompanhamento escolar e diálogo com os filhos. Esta questão vem

dificultando o trabalho da escola enquanto transmissora de

conhecimento, tendo que atuar em várias áreas que não lhe são

pertinente para alcançar o desempenho dos alunos.

O que mais nos preocupa é a baixo alto-estima resultantes dos

fatores evidenciados, o que provoca na juventude ausência de sonhos

e perspectivas futuras principalmente quando relacionadas ao futuro

profissional. Daí, a necessidade de Projetos Educacionais que propicie

uma melhoria na auto-estima do alunado.

5. PRESSUPOSTOS FILOSÓFICOS

A Escola Estadual Antonio Nogueira da Fonseca tem como

filosofia o desenvolvimento de uma educação integral, diante da

transição pela qual passa o mundo, vive-se expectativa variada:

imaginárias, reais, transformadoras e eloqüentes. Diante dessa

realidade e na busca de uma sociedade mais justa e humana,

solidária e feliz, trabalharemos para que os nossos educandos sejam

cidadãos dignos e responsáveis; críticos, autônomos, solidários,

criativos, conhecedores de seus direitos e deveres, para que possam

enfrentar os desafios da atualidade sem preconceitos e

discriminação. E que sejam livres para expressar seus pensamentos,

idéias e sentimentos, realçamos alguns tópicos que acreditamos ser

fundamental para um desempenho satisfatório de nossos educandos:

Respeitar o ser humano: é princípio balizador de todas as

nossas atitudes e ações. Convivemos com o pluralismo de idéias,

valorizando o humanismo em nossa comunidade interna e externa.

Espírito de Equipe: valorizar a construção coletiva, gerando

sinergia, por meio do envolvimento, integração, colaboração e

solidariedade.

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Ética: Ser uma escola íntegra, honesta, transparente e justa,

valorizando, sempre, o respeito pelo outro, a verdade, o diálogo e a

parceria.

Pretendemos ser uma escola de referência no estado,

conhecida pela qualidade de ensino, motivação e interesse na

aprendizagem do educando e sua formação cidadã e para que isso

ocorra pensamos em:

Promover a superação das práticas desenvolvida pele escola

tradicional;

Desenvolver as capacidades cognitivas, físicas, afetivas de

relação interpessoal e inserção social, ética e estética tendo em vista

uma formação ampla;

Diminuir a exclusão, a desigualdade e a descriminação social;

Em suma, nossa filosofia é oferecer um ensino de qualidade,

estimulando a criatividade e a participação dos nossos educandos,

tornando-os cidadãos solidários, étnicos e dignos.

6. FUNDAMENTOS METODOLÓGICOS

Analisamos alguns mecanismos normativos, como a Lei de

Diretrizes e Bases da Educação Nacional (Lei n0 9394/96),

fundamentada nos princípios da Constituição Federal (1998), no

Estatuto da Criança e do Adolescente (lei n0 8069/90), que

estabelece a “educação é um direito de todos” e em outros

dispositivos que carregam a possibilidade da organização de um

Projeto Pedagógico institucional.

O art. 208, da Constituição Federal de 1998, estabelece que é:

O dever do estado com a educação será efetivada mediante a

garantia de: ensino fundamental obrigatório e gratuito, assegurada

inclusive, sua oferta gratuita para todos os que a ele não tiveram

acesso na idade própria. (...)

§10 O acesso ao ensino obrigatório e gratuito é direito

público subjetivo (PNE, 2000, p.56).

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A proposta pedagógica visa o cumprimento estabelecido

nos Arts. 23, 26 e 28 da Lei nº 9394/96 que contempla a diversidade

do campo em todos os seus aspectos: sociais, culturais, políticos,

econômicos, gênero, geração e etnia.

Estabelece diretrizes e formas de organizações da

Educação Básica do Campo, baseada nas legislações federal e

estadual vigente: Resolução CNE/CEB nº 1 de 03 de abril de 2002,

Resolução CNE/CEB nº 2 de 28 de abril de 2008, Deliberação CEE/MS

nº 7.111 de 16 de outubro de 2003 e a Resolução/SED nº 2.100 de 29

de março de 2007.

Atendendo as especificidades do campo a escola terá

como eixo temático: terra-vida-trabalho e os fundamentos das

diversas áreas de conhecimentos norteadores da organização

curricular interdisciplinar, abrangendo as disciplinas e seus

conteúdos, bem como outras atividades escolares que venham a

enriquecer a formação dos alunos, relacionando-os entre si e

atendendo à realidade da comunidade.

O art. 53, do Estatuto da Criança e do Adolescente, diz que:

A criança e o adolescente têm direito a educação, visando ao pleno

desenvolvimento de sua pessoa, preparada para o exercício da

cidadania e qualificação para o trabalho, assegurando- lhes:

I- igualdade de condições para acesso e permanência na escola;

II- Direito de ser respeitado por seus educadores;

III – direito de contestar critérios avaliativos, podendo recorrer as

instancias escolares superiores;

IV- direito de organização e participação em entidades estudantis;

acesso à escola pública e gratuita próxima a sua residência.

Parágrafo único. É direito dos pais ou responsáveis ter

ciência do processo pedagógico, bem como participar da definição

das propostas educacionais.

No art. 54, estabelece que:

É dever do Estado assegurar a criança e ao adolescente:

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I- Ensino Fundamental obrigatório e gratuito, inclusive aos que a ele

não tiveram acesso na idade própria. (E.C.A,p.11, 1988)

Com isso podemos afirmar, pois a Lei é clara, que “todos têm direito e

acesso à educação, e que o ensino fundamental é obrigatório e

gratuito, oportunizando a todos cidadãos, ensino básico.”

No art. 14 da LDB, estabelece que:

Os sistemas de ensino definirão as normas da gestão democrática do

ensino publico na educação básica, de acordo com as suas

peculiaridades e conforme os seguintes princípios:

I- participação dos profissionais da educação na elaboração do

projeto pedagógico da escola.

II- participação das comunidades escolar e local em conselhos

escolares ou equivalentes. (LDB,1996,p.14)

Diante de tais artigos podemos observar que estes

mecanismos normativos ou regulares surgem para garantir

aparentemente o poder que o Estado possui. Neste jogo de interesses

difusos o Estado determina a elaboração da Proposta Pedagógica,

determinando normas que devem ser cumpridas pelas instituições de

ensino.As instituições de ensino devem levar em consideração as

dificuldades encontradas na comunidade, possibilitando a superação

das mesmas, fazendo prevalecer o papel social da educação, levando

os educandos a suprirem as suas necessidades sociais e educativas,

num paradoxo da inclusão social.

A Proposta Pedagógica não deve negar a história da instituição

escolar, pois ele é o conjunto composto por seus currículos, de suas

tradições, de seus métodos de ensino, da vida dos integrantes da

comunidade escolar.

Todos os membros da escola, ou seja, os pais, alunos,

professores, funcionários e a comunidade em geral, deverão assumir

suas responsabilidades pelo projeto da escola e manterem-se

informados, coordenando ações que promovam mudanças e

inovações significativas para o desenvolvimento dos educandos,

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atendendo as especificidades de sua clientela, referente ao processo

de aprendizagem e o desenvolvimento do processo coletivo.

A Proposta Pedagógica foi elaborada conforme a realidade da

comunidade, manter uma relação de convivência entre a escola e a

comunidade, convivência esta fundamental durante o processo de

criação do projeto e é colaborada por Maria Alice Setubal (1994),

quando diz que:a escola deve fazer mais do que adotar diretrizes,

pois um projeto pedagógico o caminho escolhido terá a sua marca. A

escola assumirá feição própria, adquira “personalidade”, tornando-se

diferente. O projeto não nasce pronto, começa com algumas

propostas bem simples, de um pequeno grupo de professores, que vai

se ampliando, ganhando corpo e consistência. (Setubal,1994,p.56)

Gradativamente ele se estrutura, contagiando o ambiente,

sendo elaborado por toda a comunidade escolar, centrando nos

educandos, visando uma melhoria de aprendizagem, considerando os

alunos em seu contexto real de vida.

Desde o inicio é preciso que se trabalhe com persistência e

organização, refletindo sobre a qualidade de trabalho, analisando a

situação da escola e suas reais necessidades, objetivos que se

querem atingir, acompanhando o processo de execução e avaliação

do projeto.

A escola é o lugar de realização do projeto educativo, devendo,

portanto organizar todas as ações em torno da educação de seus

educandos. Nessa perspectiva, é fundamental que a escola assuma o

comando do processo, sem esperar que instâncias superiores tomem

essa iniciativa, mas sim que lhes forneçam as condições necessárias

para levá-lo adiante (...). Na construção do projeto da escola, a

interpretação local das diretrizes mais eficaz, porque mais próxima

dos problemas e mais adaptada a população local.( Maria Alice

Setúbal, 1994,p.587)

A instituição escolar deve organizar-se, organizando ações

segundo a realidade de sua comunidade, criando condições

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Page 16: Proposta Pedagogica Anf 2010

favoráveis para a construção de seu próprio projeto, criando

condições e encontrando saídas para os problemas existentes, a

escola é o lugar para a realização deste projeto, pois é ela que

conhece as especificidades e necessidades educacionais de seus

educandos. O Estado deve por sua vez, fornecer condições

necessárias e favoráveis para que a Proposta Pedagógica aconteça.

A Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional ( Lei nº

9394/96) estabelece ser a educação um direito de todos, dando um

novo enfoque para a educação especial. A LDB garante também aos

portadores de deficiência atendimento especializado adequado ao

grau de comprometimento do educando.

Através destes fundamentos da educação, vinculados ao

mundo do trabalho e da prática social, estimulará uma atitude

coletiva institucional, possibilitando parcerias que facilitem a inclusão

social do educando enquanto cidadão.

Nesse sentido, a educação passa a ter uma nova concepção,

partindo de seus significados reais, permitindo a inclusão social do

educando, com o pressuposto de que todos os educando são capazes

de aprender.

Com essas concepções vimos nascer o Projeto Pedagógico com

o fator de Construção Social, baseado na igualdade de direitos, na

escola como espaço de socialização e integração do indivíduo

independente de sua condição histórica e social.

Porém, apesar do Projeto Pedagógico tornar-se tema comum,

poucos sabem sobre seu real significado e sobre suas possibilidades

de execução. A Nova LDB em seu art. 12, inciso I diz que, deve ser

elaborada e executada uma proposta pedagógica nos

estabelecimentos de ensino, porém embora o projeto pedagógico seja

apresentado legalmente na comunidade escolar, ele deverá ser um

mecanismo de ajuste que buscaria corrigir “erros e fracassos”

educacionais.

Segundo Osório (1999), o Projeto Pedagógico é um mecanismo

de ajuste que busca corrigir distorções educacionais, acobertadas ou

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não, que provocaram, provocam uma inversão dos propósitos reais

do processo ensino aprendizagem, principalmente no que tange as

relações entre teoria e prática, mas essencialmente ao sentido de

escolaridade na vida de cada cidadão.

Levando em conta essa consideração o projeto não pode ser

visto como um simples documento que contenha uma razão única e

verdadeira para todos os males da prática escolar, mas sim como

processo que contenha um modelo didático, usado como instrumento

para solucionar os problemas existentes, pois sempre existirão

problemas novos que exigirão soluções novas.

É preciso reestruturar as práticas pedagógicas, com a

preocupação de transformar a educação. A Proposta Pedagógica não

poderá ser definida pelo colegiado, ou pelo corpo administrativo, ou

por qualquer grupo de professores e técnicos. Ela deve ser fruto de

um grupo “macro”, formado por diferentes níveis e segmentos da

comunidade escolar, envolvidos no processo de ensino

aprendizagem, tendo como ideal a formação do educando,

repensando e redefinindo os caminhos e os papéis da nova escola.

Os objetivos propostos nos PCNs concretizam as intenções

educativas em termos de capacidades que devem ser desenvolvidas

pelos educandos ao longo da escolaridade. Essas capacidades são de

ordem cognitiva, física afetiva, de relação interpessoal e inserção

social, ética e estética, é necessário garantir o aprendizado e

desenvolver as capacidades do educando é considerar que nem todas

as pessoas aprendem da mesma forma, precisando respeitar as

individualidades de cada um. A partir dos conhecimentos prévios de

cada educando e reconhecendo diferenças existentes entre as

pessoas, fruto do processo de socialização e do desenvolvimento

individual será possível conduzir um ensino pautado em aprendizados

que sirvam a novos aprendizados.

Os objetivos constituem o ponto de partida para se refletir

sobre qual formação se pretende que os alunos obtenham, o que a

escola deseja proporcionar e tem possibilidades de realizar. Nesse

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Page 18: Proposta Pedagogica Anf 2010

sentido os objetivos são pontos de referência que devem orientar a

atuação educativa em todas as áreas, ao longo da escolaridade

obrigatória. Devem, portanto, orientar a seleção de conteúdos a

serem aprendidos como meio para o desenvolvimento das

capacidades e indicar os encaminhamentos didáticos apropriados

para que os conteúdos estudados façam sentido para os educandos,

devem constituir-se em uma referência indireta de avaliação da

atuação pedagógica da escola. .

A Proposta Pedagógica é um repensar de toda a escola, a

administração do sistema escolar deixa de ser centralizado e passa a

ser compartilhada

6.1 MARCO SITUACIONAL

O Brasil é um país em desenvolvimento ainda considerado

3º mundo, principalmente na área de educação. Quando medem a

aprendizagem do aluno brasileiro em relação a outros países, nossos

alunos ficam num índice muito abaixo do esperado. E tentando

reverter este quadro da qualidade da educação brasileira os governos

de todas as esferas têm investido mais verbas em educação, mas

ainda não é o ideal. Quando a educação for prioridade a realidade será

outra.

O índice do IDEB (Índice de Desenvolvimento da Educação

Básica) para o Brasil projetado para o ano de 2021 é 6,0. Nossa escola

tem os seguintes dados: o Ideb projetado de 2005 para 2007, nos anos

iniciais do Ensino Fundamental é de 2.9 para 3.0 Dos alunos do Ensino

Médio que fizeram a prova do Enem tiveram como aproveitamento

49,56% (2007) acima da média brasileira que é de 47.64 conforme

dados do inep. E nesta linha traçamos as nossas metas: melhorar

nossos índices. Tanto para o Ensino Fundamental como o Ensino Médio

conforme abaixo verificamos nossos índices de aproveitamento e

rendimento do ano de 2007.

18

Page 19: Proposta Pedagogica Anf 2010

ÍNDICE DE APROVEITAMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR ENS.

FUNDAMENTAL 2007

1º 2º 3ºA 3º B 4º 5ºA 5ºB 6º 7º 8º 9º Geral

Mat.Inicial 30 16 21 23 31 16 20 17 29 26 20 249

Mat. Final 35 20 28 28 34 21 23 22 34 34 21 300

Índice de

Aprovação

100,00 72,22 76,9

2

92,0

0

86,20 95,2

3

76,1

9

100,0 100,00 100,00 92,85 90,83

Índice de

Reprovação

0,00 27,77 23,0

7

4,00 13,79 4,76 23,8

0

1,00 0,00 0,00 7,14 8,77

Transferidos 4 2 2 3 5 - 2 1 3 9 2 33

Índice de

Abandono

- - - - - - - - - - 26,31 1,87

ÍNDICE DE APROVEITAMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR ENS.

FUNDAMENTAL 2008

1ºA 1ºB 2ºA 2ºB 3º 4ºA 4º

B

5º 6ºA 6ºB 7º 8º 9º Geral

Mat. Inicial 23 21 25 19 18 26 18 24 18 20 23 28 26

Mat. Final 23 25 31 23 21 30 25 27 21 26 27 32 30

Índice de

Aprovação

100 100 88 42,8 82 88 83 72 100 72,2 50 61 87,5

Índice de

Reprovação

0 0 8 57 17 12 16,

6

24 0 33 50 38,8 12,5

Transferidos 01 02 05 09 03 04 05 02 06 06 05 13 05

Índice de

Abandono

- - - - - - - - - - - - -

ÍNDICE DE APROVEITAMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR ENS. MÉDIO

2007

19

Page 20: Proposta Pedagogica Anf 2010

1º ANO

ENS. MÉDIO

2º ANO

ENS. MÉDIO

3º ANO

ENS. MÉDIO

1ª FASE

ENS. MÉDIO

2ª FASE

ENS. MÉDIO

Geral

ENS. MÉDIO

Mat. Inicial

20 15 13 19 34 101

Mat. Final

24 16 15 27 37 119

Índice de

Aprovação 82,35% 90% 100% 88,88% 90% 89,87%

Índice de

Reprovação 17,64% 10,00% 0% 21,80% 10% 10,12%

Transferidos

02 04 01 04 06 17

Índice de

Abandono 22,72% 16,66% 0% 21,73% 35,48% 22,54%

ÍNDICE DE APROVEITAMENTO E RENDIMENTO ESCOLAR ENS. MÉDIO

2008

1º ANO

ENS. MÉDIO

2º ANO

ENS. MÉDIO

3º ANO

ENS. MÉDIO

1ª FASE

ENS. MÉDIO

2ª FASE

ENS. MÉDIO

Geral

ENS. MÉDIO

Mat. Inicial 21 14 17 20 34

Mat. Final 24 14 22 25 37

Índice de

Aprovação

71,4 87,5 69,2 100 100

Índice de

Reprovação

28,5 12,5 30,7 - 16,6

Transferidos 08 03 04 02 02

Índice de

Abandono

12,6 27,2 27,7 60,8 21,6

Há alguns anos, a Escola Estadual Antonio Nogueira vem se

destacando em qualidade e projetos, como escola pública. Queremos

continuar com este conceito em nossa comunidade com uma gestão

20

Page 21: Proposta Pedagogica Anf 2010

eficaz, com Colegiado e a APM atuante, e com um quadro de

funcionários, professores e coordenadores pedagógicos

compromissados. As nossas Metas são:

1- Melhorar os índices do IDEB para os anos seguintes.

2- Melhorar a aprendizagem efetiva de nossos alunos com uma

proposta pedagógica simples mas eficaz.

3- Diminuir os índices de repetência em todos os níveis de ensino e

modalidades oferecidas.

4- Diminuir os índices de evasão escolar principalmente do período

noturno.

5- Implantar o novo sistema de avaliação.

6- Implementar os Projetos Interdisciplinares com todos os

professores.

Temos condições de cumprir nossas metas com planejamento,

seriedade e com proposta viável pois temos quase 100% de

professores habilitados na disciplina que se propõem a ensinar. É

preciso investir na Formação Continuada, no incentivo de estudo e

uma equipe pedagógica que esteja cobrando, traçando metas, com

projetos interdisciplinares e uma avaliação efetiva de todo o

processo.Temos na escola 17 turmas. Entre as 17, temos turmas com

aluno especial. As que têm aluno especial precisam de uma atenção

melhor e números de alunos menores. No ensino noturno, o problema

comum a diversas escolas é a evasão. A Escola Estadual Antonio

Nogueira precisa ser reformada na estrutura de suas dependências

que estão danificadas. Esta reforma inclui pintura, reforma geral dos

banheiros, parte elétrica, construção ou ampliação do laboratório de

Iniciação Cientifica, biblioteca, há necessidade de ampliar a sala de

tecnologia. Construção de um bloco administrativo, com sala de

professores, direção, coordenação, sala de multimeios e cobertura da

quadra de esportes. E mais investimento em material pedagógico para

todas as disciplinas.

A Gestão da EE Antonio Nogueira da Fonseca, como de toda

21

Page 22: Proposta Pedagogica Anf 2010

rede estadual é democrática. Os gestores são escolhidos através do

voto direto depois de passar por curso de capacitação, avaliação

escrita e depois a eleição. A direção é colegiada, pois há um colegiado

com representantes de todos os segmentos da comunidade escolar

também escolhido através do voto secreto e direto. O Colegiado atua

de forma direta na condução da escola.

6.2 MARCO TEÓRICO

A Escola Estadual Antonio Nogueira da Fonseca tem como

filosofia o desenvolvimento de uma educação integral, diante da

transição pela qual passa o mundo, vive-se expectativa variada:

imaginárias, reais, transformadoras e eloqüentes. Diante dessa

realidade e na busca de uma sociedade mais justa e humana, solidária

e feliz, trabalharemos para que os nossos educandos sejam cidadãos

dignos e responsáveis; críticos, autônomos, solidários, criativos,

conhecedores de seus direitos e deveres, para que possam enfrentar

os desafios da atualidade sem preconceitos e discriminação.

A Escola procura entender a Educação como sendo um

direito de cada aluno nela matriculado e assim busca um caminho

centrado no Pensamento e na Teoria do conhecimento para termos um

norte na nossa proposta. A concepção pedagógica da escola busca

chegar a um ideal de Escola onde todos tenham a mesma linha

educacional. É difícil termos uma uniformidade mas procuramos e

queremos chegar a um denominador comum, na condução do projeto

educacional que queremos para a Escola Antonio Nogueira.

Entendemos que o mundo que vivemos atualmente exige mais

informações, pois o conhecimento viaja via Internet. Tudo é muito

dinâmico. Muitos alunos tem acesso ao mundo tecnológico via WEB,

via telefone celular, e a escola precisa acompanhar este aluno, que não

quer mais aulas de forma tradicional: livro, quadro , giz e um

22

Page 23: Proposta Pedagogica Anf 2010

professor dando aula de forma mais tradicional ainda.

A Escola trabalha com Projetos Interdisciplinares e

pretendemos seguir a Concepção Sócio-Interacionista, como também

teremos um pouco de Piaget ( 1974). Piaget buscou a construção do

conhecimento e através de suas teorias foi possível transportá-la para

a sala de aula No estudo da relação entre desenvolvimento e

aprendizagem, o cognitivo está delineada em uma rede de esquema

que com o passar do tempo vão se modificando à medida que o

cognitivo vai se modificando com o desenvolvimento do individuo e

incorpora novos conhecimentos Segundo este teórico o conhecimento

se dá quando a acomodação e assimilação se equilibram e há uma

construção interna do conhecimento. Piaget afirma que “ não é

suficiente a informação estar disponibilizada, pois não havendo

interação com o meio não se constrói estruturas cognitivas,mesmo

dispondo a melhor tecnologia e assim não acontece a aprendizagem”

Na concepção Sócio-Interacionista de Vygotsky (1988) tem o

aluno como sujeito do conhecimento, construído na interação

Sujeito=objeto. Sendo que essa ação do sujeito sobre o objeto é

socialmente mediada através da aquisição de informações,

habilidades, atitudes e valores a partir do contato com a realidade e o

meio onde está. Neste sentido, o aluno não deve receber apenas

informação ou ser apenas ativo, mas ser interativo.

As teorias são importantes, pois possibilitam os professores

da nossa unidade escolar direcionar seu planejamento dentro da

proposta pedagógica que estamos reestruturando. Na aprendizagem

escolar existem os seguintes elementos centrais, para que o

desenvolvimento escolar seja um sucesso: o aluno, o professor e as

situações de aprendizagem. As dinâmicas que envolvem o ato de

ensinar e aprender partindo do reconhecimento da evolução cognitiva

do homem, e explicar a relação entre o conhecimento pré-existente e

o novo conhecimento são informações importantes que devem

direcionar todo trabalho pedagógico da escola. Conhecer como se

processa a aprendizagem, o ensino e o que influencia a aprendizagem

23

Page 24: Proposta Pedagogica Anf 2010

são essenciais à escola, para que ela possa planejar pensar a escola

com objetividade.

Estamos buscando assim buscar uma escola ideal, eficaz

alicerçada no conhecimento. No Ensino Fundamental buscaremos a

formação básica do aluno enquanto cidadão, desenvolvendo-o a

capacidade de interagir, de participar e aprender. Queremos que o

aluno tenha pleno domínio da leitura, da interpretação dos fatos, das

idéias e conseqüentemente que seja capaz de resolver problemas

simples que envolvem o raciocínio lógico partindo do simples para o

mais complexo. No Ensino Médio é papel da escola preparar para a

vida, qualificar para o exercício da cidadania e capacitar para o

aprendizado permanente, além de promover a compreensão dos

fundamentos científico-tecnológicos, preparando também para o

mundo do trabalho. Na Educação de Jovens e Adultos todos os

conhecimentos que o aluno traz deve ser aproveitado , e

complementar com mais informação , dando base para continuidade

dos estudos. .

6.3 MARCO OPERACIONAL

Sendo a educação dever do Estado e da família é um direito de

todo cidadão resguardada na CF e na LDB. O Ensino Fundamental é

obrigatório dos 6 aos 14 anos ou até a conclusão do mesmo.Nas

escolas públicas é gratuito e obrigatório no Ensino Fundamental. Deve

ser oferecida oportunidade para todos de acessar outros níveis de

ensino se ainda o desejar sem distinção e assim queremos que a

Escola Antonio Nogueira da Fonseca seja uma escola aberta.

Foi feita uma avaliação diagnóstica com o Ensino Fundamental

para reestruturarmos nossas ações e metas e daí elaborarmos nossos

projetos interdisciplinares. Todos serão avaliados. A avaliação é

realizada de forma contínua, sistemática e integral com objetivo de

24

Page 25: Proposta Pedagogica Anf 2010

detectar, analisar e avaliar todo processo Ensino-aprendizagem e a

escola estará colocando em prática um sistema de avaliação que será

qualitativo e quantitativo mas que será padrão para toda a escola.

Também teremos periodicamente a Avaliação Institucional Interna para

avaliar a escola como um todo e assim replanejar as ações.

A Escola Estadual Antônio Nogueira da Fonseca deseja chegar

num ponto que todos reconheçam que a escola tem qualidade no que

ensina; que seus professores são capacitados e exercem seu oficio

com responsabilidade, com planejamento de suas ações e com objetivo

de chegar no ideal de uma escola pública com qualidade no que

ensina,na formação do aluno como um todo.E para chegar a este nível,

é preciso investir na infra-estrutura do prédio, investir na formação

continuada e permanente dos professores e no grupo administrativo.

Incentivar a participação dos pais a estarem mais presentes no

acompanhamento dos seus filhos, pois onde há este acompanhamento

no dia-a-dia da vida escolar há um resultado melhor na aprendizagem

destes alunos. Enfim queremos ser uma Escola de referência em

Ensino, em Gestão e participação do aluno em tudo que possamos

estar presentes e assim elevar a auto-estima de todos.

Para atingirmos nossas metas buscaremos parcerias com

empresas, com órgãos públicos, com a SED para que torne possível

melhorar o que temos, com uma Proposta Pedagógica sólida e aliada

ao PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola) que estaremos

incrementando e assim melhorar o Ensino-Aprendizagem de nossa

escola.

7 – CURRÍCULO

O Currículo foi elaborado levando em conta a realidade do

educando, suas reais necessidades. O currículo faz parte da vida

prática, não de forma irreal, mas com sentido, o aluno faz parte do

sistema em que está inserido.

25

Page 26: Proposta Pedagogica Anf 2010

A escola é o espaço da produção do conhecimento

sistematizado e sem perder de vista sua contextualização histórica e

cultural, atua como coadjuvante da transformação social. Os

conteúdos são considerados como meios para o desenvolvimento de

capacidades que lhe permita usufruir os bens culturais, sociais e

econômicos. Os componentes curriculares encontram-se articulados

num mesmo caminho teórico e a prática pedagógica alicerçada numa

visão crítica da educação

A estrutura curricular foi elaborada fundamentada nos

princípios e diretrizes que embasam as Propostas Pedagógica da

Escola, nas finalidades propostas pela Lei de Diretrizes e nos

Parâmetros Curriculares Nacionais do Ensino Fundamental e do

Ensino Médio , no Fortalecimento de laços de solidariedade e de

tolerância recíproca, de formação de valores, da formação ética, do

aprimoramento do individuo como pessoa humana, e o preparo para

o exercício da cidadania.

O currículo do Ensino Fundamental é organizado por

componentes curriculares, considerando os princípios éticos da

autonomia, da responsabilidade, da solidariedade e do respeito ao

bem comum, como também, os princípios dos direitos e deveres da

cidadania e do respeito á ordem democráticas, os princípios da

sensibilidade, da criatividade e da diversidade de manifestações

artísticas e culturais.

O currículo do Ensino Médio será pautado em três eixos que

contribuem para formação do cidadão:

I – Formação cultural – visa à apropriação dos elementos

culturais produzidos pelo homem e à consciência da produção cultural

de um povo para a compreensão de novos princípios e valores

sociais;

II – Formação Econômica – visa o domínio de fundamentos

históricos que regem as relações de produção, distribuição,

acumulação e consumo de bens materiais e espirituais na sociedade

contemporânea;

26

Page 27: Proposta Pedagogica Anf 2010

III – Formação Política – visa à intervenção e posicionamento

dos educandos e educadores frente às diferentes situações sociais.

O Ensino Médio-EJA _ Projeto Experimental em 02 anos foi

criado a partir da necessidade da continuidade dos estudos dos que

não tiveram acesso na idade própria, considerando as características

do alunado, seus interesses, condições de vida e trabalho.

O currículo da EE Antonio Nogueira da Fonseca traz em sua

raiz a interdisciplinaridade, conhecimentos estes que se inter-

relacionam, contrastam-se, complementam-se, ampliam-se, influem

uns nos outros, a unidade escolar terá uma base nacional comum,

trata-se de um conjunto de matérias consideradas obrigatórias para

todos os educandos do Ensino Fundamental e Médio, acrescido de

uma língua estrangeira, relacionando-se estes conhecimentos nas

reais necessidades e expectativas dos educandos, bem como na

disponibilidade de profissional habilitado.

A Unidade Escolar operacionalizará conforme as legislações

emanadas do Conselho Estadual de Educação, das Resoluções em

vigor que está melhor detalhado no Regimento Escolar . Dentre

destacamos:

1. Matrícula inicial

2. Matrícula

2.1-critérios de matrícula

2.2-matrícula por transferência

2.3-transferência

3. Classificação

4. Aceleração escolar

5. Avanço escolar

6. Critérios de agrupamento de alunos nas salas de aula

7. Adaptação

8. Aproveitamento de estudo

9. Avaliação

10. Recuperação da Aprendizagem

27

Page 28: Proposta Pedagogica Anf 2010

11. Apuração do Rendimento Escolar

8- OBJETIVO GERAL DO ENSINO FUNDAMENTAL

O ensino fundamental, com duração mínima de nove anos tem

por objetivo a formação básica do cidadão, para isso é fundamental:

Criar condições para que o educando posicione-se de maneira

crítica, responsável e construtiva na diferentes situações sociais

participando nas mediações de conflitos e decisões coletivas.

Desenvolver as capacidades de ordem cognitivas, físicas,

afetivas de relação interpessoal e inserção social, ética e estética

tendo em vista uma formação ampla.

Desenvolver a sensibilidade para reconhecer a

intencionalidade implícita e conteúdos discriminatórios, ou

persuasivos especialmente nas mensagens veiculadas pelos meios de

comunicação.

Posicionar-se de maneira crítica, responsável e construtiva nas

diferentes situações sociais, utilizando o diálogo como forma de

mediar conflitos e de tomar decisões coletivas.

Proporcionar formação de cidadãos críticos, habilitando-os a

seguir estudos em nível superior com habilidades e competências que

lhe proporcionem ampliar e desenvolver a capacidade de intervenção

e transformação da sociedade.

Possibilitar o acesso aos conhecimentos universais e

específicos relacionados à realidade social dos educandos, através de

organização curricular, de carga horária e calendário escolar que

atendam às características gerais de Educação Básica e às

especificidades da realidade camponesa sul-matogrossesense.

Proporcionar uma educação que considere suas práticas

educacionais não-formais e comunitárias e que atenda as

especificidades dos trabalhadores do campo, permitindo, através da

28

Page 29: Proposta Pedagogica Anf 2010

parte diversificada do currículo, um exercício pleno de cidadania e

melhor inserção ativa no mundo do trabalho.

Fazer com que os conteúdos escolares estejam em

consonância com os conhecimentos prévios do educando, num

processo de articulação de novos significados.

Desenvolver a capacidade de investigação e da perseverança

na busca dos resultados valorizando o uso de estratégias de

verificação e controle de resultados.

Promover o interesse pelos recursos tecnológicos utilizando

diferentes fontes de informação para adquirir e construir

conhecimentos.

Oportunizar aos educandos a liberdade de expressão de ideais,

bem como o pluralismo de idéias e concepções de mundo.

Sentir-se seguro da própria capacidade de construir

conhecimentos desenvolvendo a ato estima e a perseverança na

busca de soluções.

Identificar relações entre conhecimentos científicos, produção

de tecnologia e condições de vida no mundo de hoje e em sua

evolução histórica.

Utilizar as diferentes linguagens – verbais, matemáticas,

gráficas, plásticas e corporais – como meio para produzir, expressar e

comunicar suas idéias, interpretar e usufruir das produções culturais,

em contextos públicos e privados, atendendo a diferentes intenções e

situações de comunicação.

Questionar a realidade formulando-se problemas e tratando de

resolvê-los utilizando para isso o pensamento lógico, a criatividade, a

intuição, a capacidade de análise crítica, selecionando procedimentos

e verificando sua adequação (PCNs – introdução, 1997, p.107).

8.1 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ENSINO FUNDAMENTAL E EMENTA

CURRICULAR DO ENSINO FUNDAMENTAL DO 1º AO 9ºANO

29

Page 30: Proposta Pedagogica Anf 2010

Apresentamos no projeto pedagógico e a ementa curricular a

qual subsidiará o educador no seu fazer pedagógico, sendo flexível,

pois não queremos um currículo homogêneo e impositivo, mas sim,

aquele que faça parte da vivência do educando, os quais serão

trabalhados gradativamente, a escola não pode ser apenas um local

de transmissão de informações, onde a aprendizagem seja entendida

como acúmulo de conteúdos, é necessário que os conteúdos estejam

inter-relacionados, sendo um meio de desenvolvimento amplo do

educando, abrindo possibilidades de desenvolvimento de capacidades

que lhe permite usufruir dos bens culturais, sociais e econômicos; os

componentes curriculares encontram-se articulados num mesmo

caminho teórico o qual valoriza a escola, a instrução e o ensino como

instrumentos de humanização, cuja prática pedagógica está

alicerçada numa visão crítica de educação, pois buscamos a

formação de um cidadão criativo, crítico, responsável, conscientes

dos seus direitos e deveres, capazes de transformarem o meio e a

sociedade em que estão inseridos.

9. OBJETIVO GERAL DO ENSINO MÉDIO – PROJETO EJA/MS

Oportunizar aos jovens e adultos a escolarização e/ou

complementação dos estudos, nas etapas do Ensino Médio. , visando

a formação do cidadão consciente dos seus direitos e deveres, com

condições efetivas de intervenção para a transformação da realidade

local e da sociedade.

9.1-OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ENSINO MÉDIO PROJETO EJA/MS

Promover a formação do cidadão, considerando os eixos

formadores do Ensino médio: Científico-cultural, político-econômico e

tecnológico;

30

Page 31: Proposta Pedagogica Anf 2010

Proporcionar uma Educação de Jovens e Adultos com

metodologia específica;

Garantir aos jovens e adultos a elevação da escolaridade e

condições para a continuidade dos estudos;

Oferecer e viabilizar o curso de Educação de Jovens e

Adultos, em conformidade com a Deliberação do CEE/MS

N°7.923/08/12/05

10-OBJETIVOS GERAIS DO ENSINO MÉDIO REGULAR

De acordo com o Art. 35 da Lei de Diretrizes e Bases da

Educação Nº 9.394/96, o Ensino Médio terá como finalidades: 

I - a consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos adquiridos

no ensino fundamental, possibilitando o prosseguimento de estudos; 

II - a preparação básica para o trabalho e a cidadania do educando,

para continuar aprendendo, de modo a ser capaz de se adaptar com

flexibilidade a novas condições de ocupação ou aperfeiçoamento

posteriores; 

III - o aprimoramento do educando como pessoa humana, incluindo a

formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do

pensamento crítico; 

IV - a compreensão dos fundamentos científico-tecnológicos dos

processos produtivos, relacionando a teoria com a prática no ensino

de cada disciplina

10. 1 OBJETIVOS ESPECIFICOS DO ENSINO MÉDIO REGULAR

Preparar o educando para que utilizando o conceito

adquirido em sua formação estudantil, possa resolver os

problemas gerados em seu cotidiano, contribuindo assim com

o desenvolvimento cultural e social do meio em que vive;

Contribuir para que o educando ingresse em uma

universidade;

31

Page 32: Proposta Pedagogica Anf 2010

Interagir na preparação de nossos alunos para o mercado

de trabalho cada vez mais competitivo e exigente;

Oportunizar ao educando a liberdade de expressão de

idéia bem como o pluralismo de idéias e concepções do

mundo;

Dar oportunidade para que jovens e adultos que não

tiveram acesso à escolarização na idade propícia possam dar

continuidade aos estudos;

Preparar para o exercício da cidadania, formando

cidadãos reflexivos e criativos.

Proporcionar uma educação de qualidade eficaz.

Segundo a Lei 9394/96 (LDB) o Ensino Médio terá como

finalidade:

I – A consolidação e o aprofundamento dos conhecimentos

adquiridos no Ensino Fundamental, possibilitando o

prosseguimento dos estudos;

II – A preparação básica para o trabalho e a cidadania do

educando, para continuar aprendendo, de modo a ser capaz

de se adaptar com flexibilidade a novas condições de

ocupação ou aperfeiçoamento posteriores;

III – O aprimoramento do educando como pessoa humana,

incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia

intelectual e o pensamento crítico;

IV - A compreensão dos fundamentos científicos

tecnológicos dos processos produtivos, relacionando a teoria

com a prática, no ensino de cada disciplina.

11. SISTEMA DE AVALIAÇÃO DO PROCESSO ENSINO-APRENDIZAGEM

11.1 AVALIAÇÃO DO RENDIMENTO ESCOLAR - CARACTERÍSTICAS DA

AVALIAÇÃO

32

Page 33: Proposta Pedagogica Anf 2010

A avaliação é um processo contínuo e cumulativo que envolve o

educando, o docente e a escola a fim de verificar o desempenho do

educando frente aos objetivos previstos. A verificação do rendimento

escolar, para fins de promoção, compreenderá a avaliação do

aproveitamento do educando, bem como a apuração da

assiduidade.O sistema de avaliação do processo ensino-

aprendizagem será bimestral, para o Ensino Fundamental, Ensino

Médio e EJA. A avaliação do processo ensino-aprendizagem poderá

seguir outra periodicidade quando se tratar de projetos. O rendimento

escolar será avaliado pelo aproveitamento do educando, através de

técnicas e instrumentos de avaliação diversos, tais como:

a) observação diária do docente;

b) trabalhos de pesquisa individual ou coletiva;

c) testes, provas orais ou escritas;

d) resoluções de exercícios;

e) planejamento, execução e apresentação de experiências ou

projetos;

f) relatórios;

g) trabalhos práticos;

h) outras técnicas e/ou instrumentos que o docente julgar

conveniente.

Os instrumentos de avaliação deverão ser variados e utilizados como

meio de verificação que levem o educando ao hábito de pesquisa, à

reflexão, à iniciativa e à criatividade. Todo resultado de avaliação

deverá ser mostrado aos educandos e as respectivas correções

esclarecidas pelo docente, logo após a sua realização, para que os

mesmos conheçam o seu desempenho.

Bimestralmente o docente deverá realizar 3 (três) avaliações.E a

media bimestral será a média aritmética das avaliações I, II, III.

O sistema de avaliação do processo ensino-aprendizagem adotado

pela escola deverá ser explicado aos educandos e responsáveis,

quando do ingresso na mesma.Bimestralmente, as médias serão

entregues, expostas nos site da SED, através do boletim on line e

33

Page 34: Proposta Pedagogica Anf 2010

registradas na Secretaria, de acordo com os prazos estipulados no

Calendário Escolar.

O registro do rendimento escolar será expresso em notas de 0 (zero)

a 10 (dez), devendo ser arredondada em caso de fracionamento

decimal. Ex.: 6,2 (seis vírgula dois) = 6,0 (seis vírgula zero); 6,3 (seis

vírgula três) = 6,5 (seis vírgula cinco); 6,6 (seis vírgula seis) = 6,5

(seis vírgula cinco); 6,8 (seis vírgula

oito) = 7,0 (sete vírgula zero). Este registro poderá ser expresso de

forma diversa quando se tratar de projetos. A média bimestral deverá

ser a média das avaliações de diferentes atividades realizadas no

decorrer do processo ensino-aprendizagem.

12. RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS

A EE Antonio Nogueira da Fonseca proporcionará Recuperação

de Estudos durante o ano letivo com a finalidade de melhorar o

desempenho escolar dos educandos. A Recuperação de Estudos deve

ser entendida como processo didático-pedagógico que visa oferecer

novas oportunidades ao educando para superar defasagens ao longo

do processo ensino aprendizagem.

A prática de Recuperação de Estudos para suprir as defasagens do

processo ensino-aprendizagem será adotada no transcorrer do

próprio bimestre.

Os educandos que apresentarem necessidade de Recuperação de

Estudos no bimestre serão convocados pelos docentes e deverão

realizar atividades paralelas ao conteúdo.

13. CONSELHO DE CLASSE

O Conselho de Classe tem caráter deliberativo, sendo um

momento de reflexão, avaliação, decisão, ação e revisão do processo

ensino-aprendizagem e deverá constar no Calendário Escolar.

O Conselho de Classe terá como finalidades:

34

Page 35: Proposta Pedagogica Anf 2010

a) avaliar o desempenho escolar da turma e dos educandos

individualmente, a relação docente/educando, o relacionamento entre

os próprios educandos e questões referentes ao processo pedagógico,

no decorrer de cada bimestre do ano letivo;

b) encaminhar ações pedagógicas a serem adotadas, visando o

estudo e a prática de alternativas pedagógicas que possibilitem

melhoria no desempenho do educando;

c) deliberar a respeito da avaliação final dos alunos, considerando o

parecer do conjunto de docentes das disciplinas da turma. As

decisões e encaminhamentos do Conselho de Classe devem ser

viabilizados e efetivados pelos setores responsáveis. Toda alteração

de nota e/ou freqüência motivada por erro involuntário do docente ou

por revisão de provas, que interfira na decisão do Conselho de Classe,

este deverá ser reconvocado e o resultado da sua decisão ser

encaminhado à Secretaria Escolar. O Conselho de Classe será

constituído pelos docentes da turma, direção, coodernação e

secretária.

As reuniões de Conselho de Classe deverão realizar-se com a

presença de todos os envolvidos no processo ensino-aprendizagem.

Na impossibilidade de um dos participantes se fazer presente, deverá

encaminhar à coordenação do Conselho de Classe os registros e a

decisão referentes a sua avaliação. Não havendo quorum para a

realização do Conselho de Classe, o mesmo será cancelado e,

posteriormente, será marcada nova data e horário.

Os encaminhamentos feitos em cada Conselho de Classe deverão ser

levados à turma pelo Coordenador.

O planejamento do Conselho de Classe deverá ser realizado pelo

Setor Pedagógico da escola e terá objetivos diferenciados em cada

bimestre.

14. FREQÜÊNCIA, APROVAÇÃO E REPROVAÇÃO

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Page 36: Proposta Pedagogica Anf 2010

O educando que, seguidos todos os procedimentos bimestrais,

obtiver nos bimestres o somatório de vinte quatro pontos, ou seja,

média 6,0 (seis vírgula zero) estará automaticamente aprovado.

O educando que não obtiver médias 6.0 (seis vírgula zero) no

bimestre. Os pais deverão estar cientes disto e que

consequentemente o educando deve estudar mais.

O educando que não atingir a média 5,0 (cinco vírgula zero) em uma

ou mais disciplinas, após a Prova Final, estará reprovado.

O educando que não realizar as provas nos dias previstos deverá

trazer justificativa para o (a)Coordenador (a) , até 48 (quarenta e

oito) horas após seu retorno a escola , sob pena de perder o direito de

realizá-las.

A aprovação do educando também dependerá da freqüência exigida

pela legislação vigente, ou seja, comparecer no mínimo a do total

das aulas.

15 ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

15.1 ESTRUTURA FISICA

A EE Antonio Nogueira da Fonseca é uma instituição de Ensino

Fundamental e Médio e possui uma estrutura física composta de dois

blocos.No primeiro funciona a direção, sala de tecnologias, três salas

de aulas e banheiros para os alunos no outro bloco, funciona mais

três sala de aulas, banheiro para os funcionários, cozinha,despensa e

quadra descoberta.

15.2 LOCALIZAÇÃO

Essa unidade escolar situa-se na BR 262 Km 11 do município

de Terenos. Em função da sua localização, torna-se fácil o acesso do

educando do Município de Campo Grande vir estudar em nossa

escola.

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Page 37: Proposta Pedagogica Anf 2010

A Escola está localizada numa área geograficamente residencial,

onde existem vias de acesso, tanto para Terenos quanto para Campo

Grande, para o centro da cidade e bairros da região.

15.3 FUNCIONAMENTO

A EE Antonio Nogueira funciona atualmente nos turnos matutino,

vespertino e noturno contemplando o ensino regular e EJA.

As turmas de alunos estão distribuídas da seguinte forma:

15.3.1 DISTRIBUIÇÃO DAS TURMAS

Séries n° de Turmas

1º ano ao 5º do Ensino Fundamental 5

6º ano ao 9º do Ensino Fundamental 5

1º ano ao 3º do Ensino Médio 3

1ª fase a 2ª do EJA 2

Total de Turmas 15

Na EE Antonio Nogueira da Fonseca o Ensino Fundamental (séries

iniciais) funciona no turno matutino das 7h10min as 11h10min.

O segmento de Séries Finais funciona no período vespertino, das

12h50min as 17h10min.

O segmento do Ensino Médio funciona no período noturno das

18h10min as 22h10min. E o EJA das19h00min às 22h10min.No

período noturno do ensino regular as aulas são flexibilizadas no

primeiro tempo.

15. ESTRUTURA ADMINISTRATIVA

CONSTITUIÇÃO

A EE Antonio Nogueira da Fonseca tem a seguinte estrutura

Organizacional, ficando assim constituída:

a) Colegiado

b) Diretor

c) Secretaria Escolar

d) Corpo docente

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Page 38: Proposta Pedagogica Anf 2010

e) Corpo discente

f) Serviço técnico-administrativo

g) Coordenação Pedagógica

16. BIBLIOGRAFIA

BRASIL, Secretaria da Educação Fundamental. Parâmetros

Curriculares Nacionais: introdução aos parâmetros curriculares

nacionais. Brasília. MEC/SEF, 1997.

BRASIL, Secretaria de Educação Básica. Indagações sobre currículo.

Brasília. MEC/SEB, 2006.

BRASIL. Ministério da Educação. Ensino fundamental de nove anos:

orientações para a inclusão da criança de seis anos de idade. Brasília:

FNDE, Estação Gráfica, 2006.

DEMO, Pedro. Ser professor é cuidar que o aluno aprenda. Porto

Alegre: Mediação, 2004.

DEMO, Pedro. Educar pela Pesquisa. São Paulo, Autores Associados,

1997.

ESTEBAN, Maria Tereza (org.). Avaliação: uma prática em busca de

novos sentidos. Rio de Janeiro:

Editora DP&A, 2003.

FAZENDA, Ivani (Org). Novos Enfoques da Pesquisa Educacional: São

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efetividade ou ideologia. São Paulo:

Loyola, 1993.

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à

prática educativa. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1998.

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princípios e propostas. 2a edição, São Paulo, Editora Cortez, 1997.

GADOTTI, Moacir. Concepção Dialética da Educação. São Paulo:

Cortez, 1985.

38

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HOFFMANN, Jussara. Avaliação Mediadora: uma prática em

construção da pré escola à Universidade. Porto Alegre: Educação e

Realidade, 1993.

LIBÂNEO, José Carlos. Organização e Gestão da Escola: Teoria e

Prática. Goiânia: Alternativa, 2004.

LUCKESI, Cipriano Carlos. Verificação ou avaliação: o que pratica a

escola ? Revista Série Idéias, São Paulo; FDE, 1997.

MORENO, Montserrat. Temas Transversais em Educação - Bases para

uma formação integral. São Paulo: Ática, 1998.

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complexidade do ser e do saber. Petrópolis, RJ: Vozes 1995

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Pedagógico: do Projeto Políticopedagógico ao cotidiano da sala de

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BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, Lei 9.394/96

de 20/12/96, in Diário Oficial da União. Brasília: 1996.

BRASIL, Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional nº 10.639, de

09 de janeiro de 2003. Brasília: 2003.

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