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Técnicas Verticais Aplicadas ao Rappel 2 A LIMITE RADICAL RAPPEL JUMP, resolveu promover cursos GRATUITO para que todos possam ter o prazer de experimentar novas aventuras... OBJETIVO DO CURSO: Este curso tem como objetivo tornar o aluno apto à prática das técnicas de rappel na cidade ou junto à natureza. Dará ao aluno noções básicas de como utilizar todo o equipamento individual e coletivo, fazer uma ancoragem, bloqueio, segurança, salvar-se numa situação de emergência, entre outros. Esta é uma técnica que lhe proporcionará momentos inesquecíveis de prazer e ...muita adrenalina!!!!! LIMITE RADICAL RAPPEL JUMP Tel: 98439-8078 Email: Frank.ciê[email protected] Blog: http://limiteradicalrappeljump.blogspot.com Técnicas Verticais Aplicadas ao Rappel 2

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Técnicas Verticais Aplicadas ao Rappel 2

A LIMITE RADICAL RAPPEL JUMP, resolveu promover cursos GRATUITO para

que todos possam ter o prazer de experimentar novas aventuras...

OBJETIVO DO CURSO:

Este curso tem como objetivo tornar o aluno apto à prática das técnicas de

rappel na cidade ou junto à natureza. Dará ao aluno noções básicas de como

utilizar todo o equipamento individual e coletivo, fazer uma ancoragem,

bloqueio, segurança, salvar-se numa situação de emergência, entre outros. Esta é

uma técnica que lhe proporcionará momentos inesquecíveis de prazer e ...muita

adrenalina!!!!!

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Como nasceu o esporte: A técnica do rappel foi inventada no ano de 1879 pelo alpinista Jean Charlet Straoton e seus companheiros Prosper Payot e Frederic Folliguet. Ele descreve os momentos do nascimento do rappel da seguinte fornia: "Nio era cómodo para os dois primeiros e difícil para o último (...) eu enrolava minha corda em volta de uma saliência da montanha e por outro lado eu a tinha rigorosamente fechada em minha mão, pois se ela viesse a escapar de um lado ela seria retida do outro. Enfim, o segundo, uma vez descido, era necessário que o último fizesse sozinho a descida perigosa". Assim eu procedia: se uma saliência me permitia, eu passava a corda dupla em sua volta, eu lançava a meus dois companheiros abaixo as duas pontas que eles deviam ter nas mãos antes que eu começasse a descer. Quando eu era avisado que eles tinham as pontas das cordas em mãos, eu começava a deslizar suavemente ao longo da rocha segurando firmemente a corda nas duas mãos. Eu era recebido pêlos meus dois companheiros que deviam me avisar que eu havia chegado à eles, pois nem sempre era possível ver o que havia debaixo de mim. Descendo de costas, eu me ocupava unicamente em segurar solidamente a corda com minhas duas mãos, sem ver onde eu iria abordar. Quando chegava perto de meus companheiros, eu puxava fortemente a corda por uma de suas pontas e assim a chamava de volta para mim (je tirais viviment par sés bouts Ia corde Qui, on se lê rappelle...). Em duas ocasiões nós tivemos que renunciar a tentativa de recuperá-la, ela estava presa em fendas nas quais a corda penetrou muito profundamente. Nestes dois lugares, pude estimar, deixamos 23 m de corda (...)" (tradução não muito bem feita!!). Portanto, o rappel é uma técnica utilizada pêlos alpinistas para a recuperação das cordas utilizadas nas escaladas. Atualmente, porém, o rappel tem outras várias utilidades. Exemplos: - Os bombeiros o utilizam no salvamento em altura e resgate;- As forças armadas o utilizam na prática de combate;- Algumas empresas de limpeza o utilizam para limpeza de vidraças,

recuperação de estruturas, etc...- Espeleólogos, para explorações;- Finalmente, para a prática do esporte radical;- Outros.

OS BENEFÍCIOS DO RAPPEL:

O rappel quando praticado nas condições adequadas, ou seja;

- Acompanhado de instrutores qualificados e experientes;- Com material específico e em condições confiáveis de uso;- Em locais apropriados, conhecidos e autorizados e;

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- Quando o praticante estiver disposto, torna-se uma forma incomparável de aliviar astensões provocadas pela vida agitada que levamos.Praticar rappel significa desligar-se de todos os problemas, isto porque deixamos o nossohabitat (o chão firme) e partimos rumo às alturas, ambiente para qual não fomos"projetados".Deste modo, torna-se indispensável toda a atenção possível para o que estivermosfazendo e para a paisagem na qual estivermos inseridos. Neste momento as descargasde adrenalina são inevitáveis e o desligamento com a vida lá em baixo é automático. Aoterminar uma descida, ainda permanecemos por horas sob o efeito dos prazeresproporcionados por esse esporte. Dá até para encará-lo como forma de terapia, pois emmuitos casos, para chegarmos ao local da descida, temos que caminhar ao ar livre, transporobstáculos e curtir banhos de cachoeiras, promovendo a total integração do grupo alémde despertar a consciência ecológica, preservar a natureza para que outras geraçõesconheçam os lugares que hoje podemos desfrutar.

Introdução:

A utilização do rappel como esporte não exige que o praticante em fase inicial saibadetalhes técnicos dos equipamentos, visto que certamente estará acompanhado deinstrutores experientes. Porém é necessário conhecer os termos utilizados no esporte, osnomes dos equipamentos e de algumas partes que os compõem, de forma progressiva egradual.

A corda é um conjunto de cordões de fibra torcidos ou trançados entre si. Trata-se do principal equipamento para a prática do rappel, pois é por ela que, depois de devidamente ancorada e testada, faremos as nossas descidas. Vale salientar que existem diferentes tipos de cordas para diferentes tipos de descidas, como, por exemplo, descidas em cachoeiras e descidas em rochas ou concreto. Isto porque a resistência de uma ou de outra varia de acordo com a situação a que estiver submetida (molhar-se na cachoeira ou atritar-se contra a rocha ou contra as arestas do concreto).

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Cordas ou Cabos:

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São dois tipos: Estática e Dinâmica.

- Estática = corda apropriada para o rappel, feita com alma em polipropileno e capacolorida também em polipropileno, apesar de ser chamada de estática tambémpossui elasticidade. Uma corda estática deve ter o coeficiente elástico de menos de2% e apresentar um baixo coeficiente de deformação até muito próximo da carga deruptura.

- Dinâmica = corda utilizada para a escalada, sua constituição permite que ela possuauma certa elasticidade, favorecendo assim o escalador na absorção de choques emsuas quedas. Elas são fabricadas para ter elasticidade de 6% a 10% com uma cargade 80 kg e de 40% com carga de ruptura.

Obs.: Existem cordas próprias para o CANYONING que são flutuantes e mais leves. Só devem ser utilizadas dentro da água, pois são menos resistentes ao calor.

Constituição de uma corda

Tecnologia Kernmantle

As cordas de construção Kernmantle apresentam diversos tipos de alma e de capa. A alma da corda é confeccionada por milhares de fibras de nylon torcidas juntas, formando cordões. Estes cordões são torcidos em direções opostas, metade à direita e metade à esquerda, para que a corda seja neutra, isto é, não torça quando submetida a esforço. A capa, geralmente colorida, é a que proporciona a maioria das características de manuseio. Com referência a construção da capa, quanto maior for seu número de fios, maior será sua resistência a abrasão.

Características das Cordas Estáticas = É uma corda que possui uma alma de nylon de baixo estiramento (alongamento), sendo seus cordões internos os que «portam a maior resistência ao esforço. Para que a resistência da corda seja consistente, estes cordões devem ser contínuos, sem emendas ao longo de toda a corda. Ao mesmo tempo, para garantir uma elasticidade mínima, estes cordões de\em ser paralelos entre si, ao contrário das cordas dinâmicas em que são torcidas. Ou seja, a alma (Kern) é que suporta a carga, sendo a capa (mantle) a responsável pela proteção contra sujeira, abrasão e desgaste. Ao eleger uma corda é importante saber se a mesma receberá carga estática ou dinâmica. As aplicações comuns em cordas estáticas são: canyoning, rappel, serviços de fechadas de prédios, operações de resgate, linhas de vida, espeleologia, operações de resgates em espaços confinados.

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Obs.: A resistência de uma corda é medida pela sua carga de ruptura. É preciso lembrar também que a carga mínima de ruptura de uma corda está baseada em testes feitos em cordas novas. Na medida que uma corda for usada, sua resistência diminui e também diminuirá sua carga de trabalho.

Características:

a) Bitola: é o diâmetro da corda.b) Peso: é o número de quilos por metro de corda.c) Resistência: é a máxima tração que a corda pode suportar sem se

romper, também conhecida como carga de ruptura (CR) que varia deacordo com a composição das fibras, fios, cordões e alma, sendodiretamente proporcional à sua bitola; a resistência das cordas deorigem sintética é altíssima (da ordem de milhares de quilos).

Obs: Por segurança, não se deve submeter uma corda a uma tração superior à metade de sua carga ruptura.

d) Flexibilidade: é a característica que facilita o manuseio da corda, setraduzindo na capacidade de dobrar-se com facilidade, permitindo aconfecção de nós e amarrações.

e) Elasticidade: é a capacidade de distender-se quando sob traçãoamortecendo os choques de uma freada brusca; para trabalhos de traçãocontínua, deve-se utilizar cordas de grande resistência e pouca elasticidade.

Proteção de Cordas:

São utilizadas para proteger as cordas contra superfícies cortantes e que tenham alto grau de atrito.

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Enrolando a corda:

O modo de enrolar a corda facilita bastante o manuseio e o transporte da mesma. Na maioria das vezes, temos que transportá-la por terrenos acidentados durante bagas jornadas de tempo. É necessário um acondicionamento correto para que ela mio venha dificultar ainda mais este trajeto.

Cuidados com a corda:

Produtos Químicos: A corda não deve entrar em contato com produtos químicos como ácidos e derivados do petróleo (o porta-malas do carro é lugar para se tomar muito cuidado: a presença de ácidos como água de bateria, resíduos de óleo, gasolina, querosene e diesel são verdadeiros vilões).

Força de impacto: Força de impacto e resistência são dois conceitos diferentes. As cordas absorvem a força do impacto de uma queda quando elas esticam. A força de impacto anunciada nas especificações dos fabricantes é a quantidade de energia que a corda não absorve e transmite aos usuários, tanto ao que está na ponta quanto aquela que a segura. Quanto menor for a elongação, maior será a quantidade de força de impacto transmitida ao usuário. Os escaladores devem usar cordas dinâmicas com baixa força de impacto para garantir a sua segurança. No caso cordas estáticas este parâmetro não é tão importante já que as mesmas presumivelmente não serão utilizadas em situações de grandes forças de impacto ou seja, no rappel não há o fator de queda.

Abrasão: Uma corda por melhor que seja, é constituída de fibras de poliamida(nylon). Em outras palavras, estamos falando de fibras têxteis. A abrasão causada pelas quinas e arestas rochosas durante uma operação tem sido um problema uma vez que normalmente resultam em danos localizados. A capacidade para conseguir visualizar os possíveis pontos de abrasão, evitá-los quando possível e protege-los quando necessário faz parte da habilidade do usuário.

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Vida útil: A vida útil de uma corda não pode ser definida pelo tempo de uso. Ela depende de vários fatores como grau de cuidado e manutenção, frequente de uso, tipo de equipamento que foram utilizados em conjunto, velocidade de descida em rappel, tipo e intensidade de carga, abrasão física, degradação química, exposição a raios ultravioletas, tipo de clima, etc. Independentemente do tempo de uso uma corda deve ser posta de lado quando verificada uma ação considerável de abrasão, sofrer dano localizado na capa, submetida a um severo choque, suspeita de contaminação química ou de qualquer outra natureza. No fim das contas o usuário deve estar consciente de que deve (e não deve) fazer com uma corda para mante-la em boas condições e usar o bom senso para deduzir quando aposentá-la. Medir a corda após um ano de uso, pois, se ela apresentar um alongamento acima de 5%, já está na hora de descartá-la por inteiro. Ela já perdeu grande parte da sua elasticidade e de sua carga de ruptura.

Fitas Tubulares (ancoragem)

São altamente resistentes à abrasão e tem um grande poder de carga. São utilizadas para a ancoragem.

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Mosquetões

Oval Gatilho curvoGatilho reto

"D"Pêra

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Finalidades:

É utilizado obrigatoriamente no rappel, nas ancoragens, na fixação da cadeirinha ao freio oito, na segurança pré-abordagem ou ainda para prender outros equipamentos ao praticante de rappel.

Características:

Possui um sistema de travamento que pode ser manual ou automático a depender da necessidade de sua utilização.

Constituição:

= aço: é muito pesado e de alta resistência.

= duralumínio: é leve e de alta resistência.

Obs.: Os Mosquetões são de diversos tipos e formas, oval, "D" assimétrico, gatilho curvo, gatilho reto, com ou sem trava, pêra e muitos outros, com funções variadas e de resistências também bastante diversificadas.

Freio Oito

Finalidade:

É um dos equipamentos mais utilizados no rappel devido ao seu baixo custo e fácil manuseio. Tem esse nome por ser o equipamento que literalmente regula a velocidade de descida através do atrito da corda passada pêlos seus orifícios e por ter o corpo semelhante ao número oito.

Características:

É o freio oito que faz a conexão do praticante do rappel à corda principal, em «••janto com a mola ou mosquetão. Possui dois orifícios de tamanhos diferentes permitem uma descida rápida (orifício maior, portanto menor atrito) ou lenta (orifício menor, portanto maior atrito). Permitem o travamento na descida através de uma manobra com a corda denominada de blocagem. Apesar de ser Muito utilizado, o freio oito apresenta algumas características especiais, •r exemplo:

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= se a descida for bastante rápida, ele esquenta muito devido ao atrito e pode danificar a corda ou diminuir sua vida útil, portanto a descida deve ser feita com velocidade moderada. =torcer a corda internamente, o que é prejudicial para ela, porém não se caracteriza em empecilho para a prática segura do rappel.

Constituição:

Assim como o mosquetão, pode ser: = aço: é muito pesado e de alta resistência. = duralumínio: leve e de grande resistência.

Obs: O modelo com abas impede o chamado travamento involuntário através do nó boca de lobo (o que normalmente acontece nas abordagens para descidas em paredes).

Cadeirinha (Bouldrier)

É o assento que proporciona uma descida confortável e segura.

Existem Alguns tipos:

Alpinismo, Canyoning e de Espeleologia. Atualmente, as mais utilizadas para o rappel urbano e o canyoning, são as de alpinismo, em função da longa permanência do atleta na corda, já que as mesmas são bastante confortáveis.

Desgaste da cadeirinha (Bouldrier)

O envelhecimento da cadeirinha (Bouldrier) com o tempo: d cadeirinhas são fabricadas com fibras de poliamida ou de poliester. Estas envelhecem naturalmente em contate com o ar, mesmo se a cadeirinha for utilizada e ficar no fundo do armário. Ao envelhecer, a resistência das notem-se, mas a sua elasticidade diminui. Esta diminuição e elasticidade pouca incidência, num acento que não tem a função de absorvedor de energia.

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Importante:

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Degradação pêlos U. V. O efeito dos raios ultravioletas pode ser bastante destrutivo. Ele varia conforme a cor da fita e da qualidade do tratamento ante U. V. aplicado. A descoloração de um harnês revela muitas vezes o nível de degradação das fibras. Paralelamente, produtos químicos ou matérias corrosivas podem alterar as fitas. Atenção aos ácidos (baterias de carro bases e solventes.

Desgaste Mecânico

Ao utilizar-se, o Bouldrier torna-se cada vez menos resistentes. Os atritos repetidos cortam as fibras à superfície e reduzem igualmente a resistência das fitas. Os atritos exercidos sobre as costuras são ainda mais perigosos e podem Ter rapidamente consequências graves. A influência nefasta da terra e da areia não deve ser negligenciada: minúsculos grãos de areia, que se insinuam nas fitas, são corpos agressivos, que acabam por cortar as fibras quando estas ficam em tensão. Elas podem mesmo levar o valor de ruptura da fita bem abaixo do normal. Para limitar este problema, uma cadeirinha suja deve ser lavada, à mão ou na máquina, com um detergente para tecidos delicados e enxaguados com água abundante, depois seco num local á sombra, arejado e com pouco aquecimento. O Bouldrier deve-se acomodar perfeitamente á anatomia do corpo do utilizador. Se a cadeirinha está mal colocada, as repetidas flexões fazem trabalhar anormalmente as fitas e as costuras. Estas flexões repetidas têm tendência a retorcer as fitas criando à superfície "barrigas" características. Quando submetidas a uma tensão brutal, as fibras alongam-se, provocando um atrito de fibra contra fibra que as cortam. Todos esses fatores reduzem gradualmente a resistência da cadeirinha até o ponto em que este deixa de garantir a sua segurança... Convêm inspecionar regularmente a sua cadeirinha para verificar a qualidade dás fitas e das costuras, assim como o bom funcionamento das fivelas do fecho. É admissível que uma cadeirinha tenha um tempo de vida por "envelhecimento natural" da ordem dos 5 anos. O desgaste mecânico, aliado à frequência e às condições de utilização, pode reduzir esse tempo de utilização (queda importante ou abrasão excessiva...).

Suspensão e Circulação...

Qualquer que seja o conforto da cadeirinha, uma pessoa que tenha perdido a consciência, está em perigo de vida após somente 6 a 7 minutos de suspensão no vazio: a imobilização completa, associada a pressão das fitas, tem graves consequência circulatórias para o organismo. Por isso, é imperativo que cada utilizador possa socorrer o seu colega. Ele deve conhecer as técnicas de liberação e ter o material necessário.

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Cabo da vida (ou cabo solteiro)

Finalidade:

Utilizado para confeccionar o assento (cadeirinha) ou a segurança individual do praticante do rappel antes da abordagem para a descida, serve também para resgate de vítimas.

Comprimento e bitola:

Seu comprimento ideal varia de 4 a 5 metros, dependendo do tamanho de quem o utilize, e sua bitola varia de 10 a 12 mm.

Constituição: Deve ser de origem sintética para garantir a resistência e a flexibilidade necessária à segurança que o esporte exige.

São as mãos que fazem o controle da descida pela corda utilizando-se a técnica do rappel. Uma delas (esquerda ou direita de acordo com o estilo do praticante, se destro ou canhoto), é responsável pelo equilíbrio e a outra é quem freia ou libera a descida através de sua abertura ou fechamento (detalhes que serão vistos na parte prática). Partindo desta informação é lógico que haverá um atrito de intensidade diretamente proporcional à velocidade de descida entre a carda principal e a mão do praticante. Nós sabemos através da física que o atrito gera calor, e no caso de uma descida muito rápida, atinge temperaturas que provocariam queimaduras severas na pele humana, o que fatalmente implicaria na soltura da corda e consequentemente numa queda. Para eliminar este

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Luvas

finalidade:

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problema, basta utilizarmos luvas apropriadas. Portanto a sua finalidade nada mais é que de proteção individual.

Características:

Devem ser resistentes e que proporcionem boa mobilidade (tato mínimo para praticar o esporte). É normal utilizar duas luvas em cada mão para aumentar ainda mais o nível de proteção (uma mais fina por dentro e outra mais resistente por fora).

Capacete:

Indispensável para todas as atividades outdoor (ar livre) e, sua utilização é necessária principalmente tratando-se de cascading ou canyoning. São feitos de policarbonato de alta resistência.

São argolas com roscas que servem para fechar algumas cadeirinhas e prender os Mosquetões e a solteira. Existem diversos tipos de malhas rápidas de tamanhos e especificações diferentes.

EQUIPAMENTOS DE DESCIDA

Freio oito = Para o rappel simples é o equipamento mais utilizado, tanto pela praticidade como pelo seu baixo custo. Realiza trabalho de torção e atrito, o que aumenta o desgaste da corda.

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Malha rápida:

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Stop = Muito utilizado quando há a necessidade de uma descida lenta, com ou sem carga extra, é auto blocante e só libera a corda mediante o acionamento de seu gatilho. Não é indicado para descidas em cachoeiras.

Rack = Recomendado para descidas acima'' de 80 metros, porém pode ser utilizado em situações de menor altura. Sua grande vantagem é proporcionar uma descida suave, mesmo com carga extra, ocasionando pouco desgaste na corda.

Roldanas = São polias que servem para diversas acões como: resgate, içamento de cargas, tirolesa, etc.

EQUIPAMENTOS DE SUBIDA

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Croll Basic Punho

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São utilizados para trabalhos de resgate, salvamentos, transposição de nós, retorno pela corda e em trabalhos de tracionamento.

NORMAS DE FABRICAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS

Nos últimos anos tem havido muitas discussões a respeito do estabelecimento de normas para atividades em altura. Algumas organizações têm estabelecido normas na área de equipamentos para montanhismo, outras têm se envolvido recentemente na fixação de normas para cordas e equipamentos de segurança.

CE = Este símbolo está presente nos equipamentos certificados de acordo com a Europa Diretivas. A CE relata normas e referências relacionadas a cada um dos equipamentos de segurança.

= A União Internacional de Associações de Alpinismo (UIAA) tem estabelecido normas para os equipamentos e a segurança dos alpinistas. Em geral essas normas cobrem cordas, mosquetões, pítons, ascenders, piquetas, crampons, capacetes, cintos e peitorais de segurança. Todos os equipamentos aprovados pela UIAA devem possuir sua etiqueta no equipamento. NFPA = As normas NFPA são as adotadas pêlos departamentos de bombeiros dos EUA. A Associação Nacional dos Bombeiros dos EUA (NFPA) adotou uma norma revisada chamada "NFPA 1983 Standard on Fire Service Safety Rope, Harnesses and Hardware, 1990 revision". Esta norma está dirigida aos departamentos de bombeiros e fixa as normas para uso de determinados equipamentos para trabalho em altura quando utilizados por um bombeiro em operações de controle de incêndio. Assim como o faz para cordas, este regulamento fixa normas para a construção, etiquetagem e rendimento dos equipamentos.

CE = Mosquetão indicado que as suas especificações e material o na construção, foram aprovados pela UIAA e pela CE.

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ANCORAGEM

Ancoragem é o ato de fixar uma das pontas da corda num ponto seguro, podendo ser de dois modos: natural e artificial.

- Natural = É quando a ancoragem é feita em um ponto fixo existente no local, ou seja, umaárvore de grande porte, uma pedra, uma barra de tubo, ou qualquer estrutura sólida quepossibilite uma amarração por meio de fitas tubulares ou da própria corda.

- Artificial = Utilizada quando o local de descida não oferece condições naturais para aamarração, ou quando se busca praticidade e rapidez em um ponto onde regularmenterealizam-se atividades.

Obs: Uma forma segura é considerar todas as ancoragens como questionáveis e escolher sempre uma ancoragem secundária como segurança, conhecida como segundo ponto ou back up.

Alguns detalhes de ancoragem que parecem insignificantes são de fundamental importância e devem ser levados em consideração. São eles:

- Pontos de atrito da corda com as superfícies cortantes ou abrasivas;- Situação de solidez do ponto de fixação da ancoragem;- Verificação da quantidade de pontos necessários para se fazer uma ancoragem segura, seja

ela natural ou artificial;- Os nós a serem utilizados.

Pontos de ancoragem não recomendáveis

- Árvores de pequeno porte ou seca;- Pedras soltas; - Tubulações plásticas;- Tubulações com isolamento;- Corrimões, de metal leve;- Peças metálicas corroídas.

NÓS E SUAS UTILIZAÇÕES

NÓ: entrelaçamento de uma ou duas cordas, linhas ou fios, para encurtá-los, -arcá-los ou uni-los; laço feito de corda ou de coisa semelhante, cujas extremidades passamuma pela outra se apertando.

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AMARRAÇÃO:

ação de amarrar; fixação. Portanto, para efeito didático, os nós e as amarrações serão nada mais que a moldagem da corda feita manualmente através de uma ação criteriosa, a fim de ser utilizada em trabalhos específicos de modo que atenda a expectativa da atividade a ser desenvolvida. Obs: Tecnicamente as cordas são chamadas de cabos.

Nós para emendar um cabo:

Nó direito, para unir cabos de bitolas iguais (não corre quando tracionado).

Nó de correr ou pescador, utilizado para unir cabos de bitolas iguais (corre quando tracionado).

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NÓTORTO

DIREITO FALSO, NÓ CEGO, ESQUERDO

T.

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Nó de escota ou escota singelo, utilizado para unir cabos de bitolas diferentes (pode ser dobrado).

NÓ DE ESCOTA

Nó de fita, utilizado para unir fitas, de qualquer largura.

Nós para fixação de cabos:

Volta do fiel, utilizado para fixar um cabo em ponto de ancoragem.

nó de resgate

Prussik, utilizado para fixação de um cabo a outro (corre se não for bem ajustado).

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Nós para encurtar ou reforçar um cabo

Catau, dobra em cabo, utilizado para esconder um ponto fraco (puído) ou para encurtar um cabo.

CATAU

Corrente simples, além de encurtar o cabo pode ser utilizado como forma de acondicionamento.

Nó para formação de alça e assentos:

Lais de guia, alça básica, utilizada em trabalho de segurança (pode ser feito com três alças).

Nó de resgate

Azelha, pode ser simples, dobrada, em oito, em oito dobrado.

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Nós na extremidade de um Cabo:

Cote, utilizado como arremate final de qualquer nó (pode ser simples ou duplo). COTE

Nó de resgate

Obs: Um nó deve seguir algumas regras como:

- Simplificar sempre que possível;- Ser sempre seguro;- Acochar na proporção que se aumenta o esforço sobre o mesmo (nó detração);- Ser fácil de desatar;- Quanto menor o laço do nó, mais resistente ele ficará.

"A possibilidade de arriscar é que nos faz homens.

Vôo perfeito

No espaço que criamos. Ninguém decide Sobre os passos que Evitamos. Certeza de que não somos pássaros E que voamos. Tristeza De que não vamos Por medo dos caminhos"

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TODO RISCO

Damário da Cruz

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CUIDADOS EM QUE O RAPELEIRO DEVE TER.

- Posicionar o estôper e as proteções de borda- Antes de praticar a abordagem alertar o segurança- Abordar com as pernas semi-abertas e retas fazendo a pendulação até atingir um

ângulo de segurança. Após atingir este ângulo retirar os pés da base,fazendo o posicionamento correto das mãos e do corpo.

- Olhar para o objetivo efetuando a descida- Freiar a uma distância mínima a l (um) metro do solo.

REGRAS DO SEGURANÇA

- Manter sempre a atenção no cabo e jamais soltá-lo- Estar sempre atento aos chamados.- Manter a calma e observar os riscos, evitando assim, que o rapeleiro fique

travado e ocorra um acidente.- Em caso de imperícia do rapeleiro, travar a corda e fazer com que a descida se

torne segura.- Observar a descida do rapeleiro e se posicionar de acordo com a descida a ser

efetuada.

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SEGURANÇA

Técnicas Verticais Aplicadas ao Rappel 22

PROCEDIMENTO DE SEGURANÇA OBRIGATÓRIO DURANTE A PRÁTICA DO RAPPEL OU CANYONING

1-Sempre que for utilizar o equipamento individual ou coletivo, fazer uma vistorianas condições do material;2-Sempre pedir a um companheiro com experiência, para vistoriar a colocação dacadeirinha e dos equipamentos de segurança;3-Utilizar o cabo solteiro todas as vezes que for abordar o rappel;4-Só descer no cabo se tiver alguém fazendo a segurança na outra extremidade do cabo(embaixo) e fazer com que esta pessoa esteja atenta às suas manobras;5-Utilizar sempre equipamentos testados e aprovados pêlos organismos competentes;6-Utilizar proteções contra abrasão nos cabos para que não ocorra surpresa;7-Conhecer sempre que possível o ambiente em que está praticando o esporte;8-Prender sempre o cabelo e ajustar a roupa de forma que, não venha a enroscar noequipamento de descida;9-Verificar se os mosquetões estão realmente fechados;10-Evite sair do percurso delimitado da corda. Uma vez fora do eixo, umescorregão fará você sofrer um deslocamento no sentido de retornar ao local da descidaabandonado, o que poderá ocasionar um acidente;11-Em nenhuma hipótese deverá soltar a sua mão do cabo de descida, salvo em resgateou quando você bloquear a descida de travas ou outro mecanismo qualquer; 12-Se, apesar de todas as precauções, alguma coisa de errado acontecer, fique calmo,tente avisar a pessoa que está dando segurança e não faça movimentos bruscos. Sealguma coisa enroscar em seu aparelho, calmamente tente tksenroscar, devagar. Se nãoconseguir espere e peça ajuda;13-Comunique-se por gestos e apito. É necessário antes da atividade, combinar oUnificado de cada gesto ou som, e porque devem ser usados;14-Respeito a Natureza e ao companheiro de aventuras.15-REZA: Cabo no oito, oito na mola, mola travada, luvas calçadas, atençãosegurança!!!!!!!!!!!!!!!!!

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Técnicas Verticais Aplicadas ao Rappel 23

OS DEZ MANDAMENTOS DO BOM RAPELEIRO

l-O rapeleiro antes de mais nada, deve amar, Ter prazer e vibrar com oesporte e principalmente com a vida.

2-Nunca temer os desafios, mas sim fazer dele uma motivação para o sucesso,

3-Atingir e exceder suas próprias expectativas.

4-Desenvolver uma comunicação com os companheiros e cativá-los, ajudando-os a superarem as dificuldades.

5-Estar sempre aberto a críticas e sugestões, em busca de um melhor

desenvolvimento técnico e social do grupo.

6-Ser observador e paciente.

7-Zelar pelo equipamento; lembre-se: sua vida depende dele.

8-Nunca comprometer nem desrespeitar toda e qualquer norma de segurança.

9-Amar e preservar a natureza.

10-Sempre desenvolver trabalho em equipe.

É enfrentando as dificuldades que ficamos fortes. É superando os limites que nós crescemos.

É resolvendo problemas que desenvolvemos a Maturidade.É desafiando os perigos que descobrimos a Coragem.

Arrisquem e descubram como nós crescemos Quando exigimos mais de nós mesmos.

Por Maurício Andrade

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