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Março 2007
Instituto de Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente do Rio Grande do
Norte IDEMA
Governo do Estado do Rio Grande do NorteSecretaria do Planejamento e das Finanças
INVENTÁRIO DAS
ALTERNATIVAS
DE LOCALIZAÇÃO
DE TERMINAL
PORTUÁRIO NO
LITORAL NORTE DO
RIO GRANDE DO NORTE
Relatório Final
O estado do Rio Grande do Norte vem tomando medidas concretas para viabilizar projetos
com o objetivo de estabelecer um sistema de transportes eficaz em seu território.
Uma dessas providências foi elaborar um estudo de viabilidade técnica e econômica para
a implantação de um sistema ferroviário que agisse de forma estruturadora, criando
condições para alavancar inúmeras atividades econômicas que pudessem ser
implementadas a partir de uma infra-estrutura de transportes adequada.
Esse estudo, apresentado em meados de 2006, mostrou alternativas para as ligações
ferroviárias desde a capital até alguns dos maiores centros produtivos atuais ou potenciais
do estado (Mossoró, Macau e Guamaré, dentre outros).
No conjunto das opções oferecidas, uma delas sugeriu a construção de uma linha
ferroviária ligando a Mina do Bonito, em Jucurutu, até Areia Branca, bem como a
construção de um terminal de embarque de minério de ferro e calcário off shore, destinado
ao exterior.
INTRODUÇÃO
Os estudos efetuados abordaram as possibilidades dos pontos mais adequados para a
localização do atracadouro no mar e do embarcadouro em terra, levando em conta as
seguintes restrições:
• profundidade mínima de acordo com os navios a serem utilizados:Panamax – com capacidade de 70.000t - 12 metros
Capesize – com capacidade de 100.000t - 15 metros
• a facilidade de transporte terrestre e condições de abastecimento e operação
• a disponibilidade de área marítima suficiente para a bacia de evolução dos navios
• a possibilidade de contaminação do sal do porto-ilha salineiro e o regime dos ventos
• a menor distância possível do litoral, para reduzir o valor do investimento
• disponibilidade de área terrestre sem restrições ambientais
• área terrestre suficiente para receber pulmões de estocagem de ferro e calcário
• área terrestre suficiente para receber pátio de manobras rodo-ferroviárias
PREMISSAS
Diversos locais foram avaliados, sendo que dois se destacaram como aqueles
com maiores possibilidades de abrigarem as bases para escoamento de
minério de ferro e calcário:
Alternativa A
Porto-ilha em Areia Branca
Alternativa B
Correia Transportadora em Porto do Mangue
ALTERNATIVAS
AMPLITUDES DAS MARÉS - 2006 AREIA BRANCA E MACAU
-0,5
0
0,5
1
1,5
2
2,5
3
3,5
4
JAN FEV MAR ABR MAI JUN JUL AGO SET OUT NOV DEZ 2007 -JAN
MESES
AM
PL
ITU
DE
(m
etro
s)
MÁXIMA (A.Branca) MÍNIMA (A.Branca) MÁXIMA (Macau) MÍNIMA (Macau)
VARIAÇÃO DAS MARÉS
ALTERNATIVA APORTO-ILHA – AREIA BRANCA
• Localização marítima: 10,8 km do embarcadouro
5,3 km do porto-ilha salineiro
• Profundidade: 15 metros (maré baixa)
• Localização terrestre: Upanema, próximo ao poço d’água da PETROBRÁS
• Forma de abastecimento do porto-ilha: por meio de barcaças de 5.000 t
• Forma de abastecimento do pulmão terrestre: - minério de ferro por ferrovia
- calcário por via rodoviária
• Custo aproximado: US$ 120 milhões de dezembro de 2005
CARACTERÍSTICAS GERAIS
Porto-ilha Salineiro
Embarcadouro Areia Branca
Atracadouro Areia Branca
Açu
Macau
ALTERNATIVA A – PORTO-ILHA – AREIA BRANCA
• Experiência acumulada ao longo de mais de 30 anos com as operações
de abastecimento de sal do porto-ilha;
• Infra-estrutura já existente para esse tipo de serviço;
• Proximidade dos maiores fornecedores de calcário do estado; e
• Abastecimento dos pulmões de terra, junto aos embarcadouros das
barcaças, efetuados por meio de caminhões, percorrendo distâncias médias
em torno de 40-60km.
VANTAGENS
ALTERNATIVA A – PORTO-ILHA – AREIA BRANCA
Dificuldade maior em se promover o embarque de materiais diferentes (minério de ferro e
calcário), uma vez que a plataforma marítima e teriam que contar com espaços bem,
definidos e vedados entre si;
• Limitações ao peso das barcaças de alimentação da plataforma, que exigiriam uma
profundidade mínima de 3 metros;
• Alimentação das barcaças por meio de correia transportadora com distâncias que podem
variar entre 500 e 1000 metros desde o ponto de armazenagem terrestre;
• Eventual necessidade de construção de píer na área alimentação das barcaças para
garantir maior estabilidade e produtividade no carregamento do ferro e do calcário; e
• Custos de manutenção e de operação elevados, considerando a experiência observada
no porto-ilha salineiro.
DESVANTAGENS
ALTERNATIVA A – PORTO-ILHA – AREIA BRANCA
LOCALIZAÇÃO DO TERMlNAL “OFF SHORE” E DO EMBARCADOURO
10,8 km
5,3 km
Embarcadouro – Areia Branca
Atracadouro – Areia Branca Porto-Ilha Salineiro
ALTERNATIVA A – PORTO-ILHA – AREIA BRANCA
ALTERNATIVA B
CORREIA TRANSPORTADORA EM PORTO DO MANGUE
Carregamento dos navios efetuado diretamente por meio de correia transportadora de
longa distância, sobre o mar;
• Estoques em terra com pulmões segregados para o ferro e para o calcário;
• Profundidade de 15,0 metros a 13,9km do embarcadouro;
• Localização terrestre: Praia de Porto do Mangue
• Abastecimento dos pulmões terrestres efetuado por ferrovia:– minério de ferro - diretamente de Jucurutu– calcário - por carregamento na estação de Mossoró
• Custo aproximado: US$ 60 milhões de dezembro de 2005
CARACTERÍSTICAS GERAIS
• Capacidade de carregamento de um navio de 100.000t em 3,5 dias;
• Localização dos pulmões de estocagem em terra, em uma área distante de conglomerados urbanos e outras atividades industriais e comerciais;
• A utilização de correias transportadoras vedadas, evitando eventual contaminação do ambiente, da área em terra ou mesmo do mar, de forma segura e econômica;
• Maior facilidade no embarque de materiais diferentes (minério de ferro e calcários), pois as áreas de estocagem estariam localizadas em terra, com maiores facilidades de segregação entre elas;
• Não há limitações quanto ao calado entre a área terrestre e o local de embarque nos navios, pois a transferência dos minerais seria por correia transportadora e “ship loaders” articulados junto aos dolfins no local de atracação dos navios;
• Maiores facilidades de acesso ao “ship loader” para efetuar manutenção ou intervenções emergenciais, por não depender de situações adversas, como chuva, ventos e marés; e
• Ganhos sociais pela escolha de um município onde ainda não existem atividades econômicas suficientes e necessárias para sua auto-sustentação.
VANTAGENS
ALTERNATIVA B – CORREIA TRANSPORTADORA PORTO DO MANGUE
• Eventual necessidade de dragagem de uma área para a melhoria de
atracação e operação dos navios de grande porte;
• Localização mais distante dos pontos de produção e embarque de calcários e
seus derivados, em geral situados na microrregião de Baraúna;
• Necessidade de serem levantadas barreiras de proteção para evitar
eventuais possibilidades de contaminação das salinas pelo material estocado
nos embarcadouros; e
• Elevação dos custos do projeto ferroviário, com a extensão das linhas em
43,9km, pela implantação do trecho Açu-Porto do Mangue.
DESVANTAGENS
ALTERNATIVA B – CORREIA TRANSPORTADORA PORTO DO MANGUE
FUNCIONAMENTO ESQUEMÁTICO DO SISTEMA DE ABASTECIMENTO POR CORREIA TRANSPORTADORA DE LONGA DISTÂNCIA (TCLD)
ALTERNATIVA B – CORREIA TRANSPORTADORA PORTO DO MANGUE
Atracadouro – 13,9 Km do porto
e 15 metros de profundidade
Embarcadouro
LOCALIZAÇÃO DO PONTO DE ATRACAÇÃO “OFF SHORE” E DO EMBARCADOURO
PREDOMINÂNCIA DOS VENTOS
ALTERNATIVA B – CORREIA TRANSPORTADORA PORTO DO MANGUE
AtracadorEmbarcadouro
ALTERNATIVA B – CORREIA TRANSPORTADORA PORTO DO MANGUE
CONCEPÇÃO ARTÍSTICA DA CORREIA TRANSPORTADORACONCEPÇÃO ARTÍSTICA DA CORREIA TRANSPORTADORA
APARÊNCIA FINAL (vista de duas instalações semelhantes construídas no exterior)
ALTERNATIVA B – CORREIA TRANSPORTADORA PORTO DO MANGUE
Açu
Mossoró
JucurutuNatal
Baraúna
Areia Branca
Porto do MangueMacau
Afonso Bezerra
Guamaré
S. Gonçalo do Amarante
MAPA LOGÍSTICO DA ALTERNATIVA A
Açu
Mossoró
JucurutuNatal
Baraúna
Areia Branca
Porto do MangueMacau
Afonso Bezerra
Guamaré
S. Gonçalo do Amarante
MAPA LOGÍSTICO DA ALTERNATIVA B
• ALTERNATIVA A (Estudo de Viabilidade Técnica e Econômica – 2006)
- Mossoró a Açu, com extensão de 73,8 km;
- Mossoró a Areia Branca, com extensão de 36,1 km;
- Açu a Afonso Bezerra, com extensão de 45,0 km;
- Jucurutu a Açu, com extensão de 35,8 km
Total: 190,7 km
• ALTERNATIVA B (Com opção da mudança sugerida)
- Mossoró a Açu, com extensão de 73,8 km;
- Açu a Afonso Bezerra, com extensão de 45,0 km;
- Jucurutu a Açu, com extensão de 35,8 km
- Açu – Porto do Mangue, 80 km
Total: 234,6 km
EXTENSÃO DAS LINHAS FERROVIÁRIAS
PETCON – PLANEJAMENTO EM TRANSPORTE E CONSULTORIA LTDA.
SBS Qd. 02, Ed. Empire Center, Sala 1303 (Cobertura) • 70.070-904 • Brasília - DF
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