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CORREIO ECONÓMICO CORREIO DOS AÇORES - SUPLEMENTO DE ECONOMIA - COORDENAÇÃO: LUÍS GUILHERME PACHECO - PERIODICIDADE: SEMANAL SEXTA-FEIRA - 13 DE ABRIL DE 2012 Ponto.. por Ponto.. 1 – Demissão Política - Esta semana foi marcada pela notícia da demissão do Secretário Regional da Economia, Vasco Cordeiro, candidato à Presidência do Governo Regional pelo PS ás próximas eleições regionais. Segundo me foi transmitido por fonte fi- dedigna, o PS teria a informação que a Dra Berta Cabral iria anunciar no Congresso do PSD Açores, que se realiza este fim-de-semana em P. Delgada, a suspensão do seu mandato de Presidente da Câma- ra Municipal de P. Delgada, jogando na antecipação e retirando protagonismo político ao adversário di- recto. É portanto uma decisão política, e que terá o seu enquadramento no âmbito das próprias eleições regionais que se vão realizar em Outubro, indepen- dentemente dos “timmings” de cada um, e por cada um definidos; 2 – Globalização Económica – Algumas notícias recentes, constituem um forte contributo para aju- dar a colocar os Açores e a sua economia no mapa da economia global. A recente decisão da Nestlé de apostar no leite em pó dos Açores para desen- volver um novo produto que vai ser comercializado em toda a Europa, investindo no aumento da capa- cidade de secagem da sua fábrica em S. Miguel, do Grupo Jerónimo Martins de comercializar carne dos Açores da raça Angus nas suas lojas, que está a ser produzida especificamente para eles, criando uma nova oportunidade na fileira da carne, com a pos- sibilidade deste projecto acompanhar a estratégia de internacionalização do grupo, da Sonae reforçar o seu consumo de carne dos Açores, do colosso Mc Donalds perguntar pela carne dos Açores e de ter escolhido o queijo Terra Nostra para desenvolver um novo produto exclusivo para Portugal, são boas notí- cias e são bons exemplos do que é necessário fazer para dar dimensão à nossa economia, tão necessita- da de viver no mundo real. Contributos importantes foram também os anúncios do início de voos directos de Munique, não fosse a Alemanha o primeiro país “exportador” de turistas, e de Bruxelas, a capital po- lítica da Europa, para P. Delgada. Mas no turismo, há cerca de uma dezena de anos, uma pessoa minha amiga especializada no sector, defendia que a ver- dadeira “internacionalização económica” do turismo dos Açores só será feita quando houver um grupo hoteleiro internacional que decida apostar no nos- so mercado, dando notoriedade ao nosso destino. E isso falta de facto ainda fazer; 3 – O poder da Maçã – Que Steve Jobs era um visionário, todos nós já sabemos. Mas o que se vai sabendo sobre a Apple é de facto de uma dimen- são extrema, e reforça o poder da marca da maçã: Os resultados que a Apple apresentou em 2011, se fossem equiparados aos da economia de um país, em termos do PIB, a Apple seria a 23ª economia do mundo. Como curiosidade, de referir ainda que as suas acções estão cotadas a cerca de 650 dólares na bolsa de Nova YorK. Números de facto impres- sionantes; LGP “As sub-regiões da Grande Lisboa, Cávado, En- tre Douro e Vouga e Baixo Vouga são as únicas quatro classificadas acima da média nacional no Índice Global de Desenvolvimento Regional para 2009, ontem divulgado pelo Instituto Nacional de Estatística.” in Correio dos Açores ESTA SEMANA: ECONOMICAMENTE FALANDO... SATA INTERNACIONAL concorre ao transporte de tropas para o Afeganistão Banif paga comissão de 1,348% por garantia do Estado de 595 milhões de euros O Banif fez duas emissões de obrigações garantidas pelo Es- tado, no montante global de 595 milhões de euros. As autorizações em Diário da República foram publicadas na passada 4ª feira, com data de Dezembro. Ambos os empréstimos foram a três anos e para emissões de 500 milhões de euros e 95 milhões de euros. A comissão da garantia é fixada no montante de 1,348%. O que signi- fica que o Banif pagará por estas duas emissões, comissões ao Es- tado de oito milhões de euros ao ano, num total dos três anos de 24 milhões de euros. Por outro lado o BES emitiu obrigações garantidas pelo Esta- do no montante de mil milhões de euros. O Governo fixou, no final do ano passado, uma comissão pela garantia de 1,348% ao ano. O que significa que pela emissão de mil milhões, o BES vai pagar anual- mente ao Estado 13,48 milhões de euros. Como a emissão é a três anos, a comissão global ficará, para o Banco Espírito Santo, em 40,44 milhões de euros. A SATA Internacional está na corrida para o transporte in- ternacional de tropas para o Afeganistão. De acordo com fontes ligada ao processo, trata-se de um concurso internacional, onde con- correram várias transportadoras. No caso da SATA Internacional, o objectivo é o de rentabilizar o equi- pamento disponível, pois a empre- sa tem um Airbus A310 parado por falta de tráfego. Ainda de acordo com as nossas fontes o mais difícil num processo complexo desta na- tureza prende-se com a garantia dos seguros contratualizados para assegurar todos os riscos de uma operação desta natureza, e que en- carecem os custos da operação. Fontes ligadas ao processo confirmaram-nos que a questão da contratualização do seguro de cobertura da operação é para já o aspecto mais complexo, devendo ser conhecido o resultado do con- curso nos próximos dias.

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CORREIO ECONÓMICOCORREIO DOS AÇORES - SUPLEMENTO DE ECONOMIA - COORDENAÇÃO: LUÍS GUILHERME PACHECO - PERIODICIDADE: SEMANAL

SEXTA-FEIRA - 13 DE ABRIL DE 2012

Ponto.. por Ponto..

1 – Demissão Política - Esta semana foi marcada pela notícia da demissão do Secretário Regional da Economia, Vasco Cordeiro, candidato à Presidência do Governo Regional pelo PS ás próximas eleições regionais. Segundo me foi transmitido por fonte fi-dedigna, o PS teria a informação que a Dra Berta Cabral iria anunciar no Congresso do PSD Açores, que se realiza este fim-de-semana em P. Delgada, a suspensão do seu mandato de Presidente da Câma-ra Municipal de P. Delgada, jogando na antecipação e retirando protagonismo político ao adversário di-recto. É portanto uma decisão política, e que terá o seu enquadramento no âmbito das próprias eleições regionais que se vão realizar em Outubro, indepen-dentemente dos “timmings” de cada um, e por cada um definidos;

2 – Globalização Económica – Algumas notícias recentes, constituem um forte contributo para aju-dar a colocar os Açores e a sua economia no mapa da economia global. A recente decisão da Nestlé de apostar no leite em pó dos Açores para desen-volver um novo produto que vai ser comercializado em toda a Europa, investindo no aumento da capa-cidade de secagem da sua fábrica em S. Miguel, do Grupo Jerónimo Martins de comercializar carne dos Açores da raça Angus nas suas lojas, que está a ser produzida especificamente para eles, criando uma nova oportunidade na fileira da carne, com a pos-sibilidade deste projecto acompanhar a estratégia de internacionalização do grupo, da Sonae reforçar o seu consumo de carne dos Açores, do colosso Mc Donalds perguntar pela carne dos Açores e de ter escolhido o queijo Terra Nostra para desenvolver um novo produto exclusivo para Portugal, são boas notí-cias e são bons exemplos do que é necessário fazer para dar dimensão à nossa economia, tão necessita-da de viver no mundo real. Contributos importantes foram também os anúncios do início de voos directos de Munique, não fosse a Alemanha o primeiro país “exportador” de turistas, e de Bruxelas, a capital po-lítica da Europa, para P. Delgada. Mas no turismo, há cerca de uma dezena de anos, uma pessoa minha amiga especializada no sector, defendia que a ver-dadeira “internacionalização económica” do turismo dos Açores só será feita quando houver um grupo hoteleiro internacional que decida apostar no nos-so mercado, dando notoriedade ao nosso destino. E isso falta de facto ainda fazer;

3 – O poder da Maçã – Que Steve Jobs era um visionário, todos nós já sabemos. Mas o que se vai sabendo sobre a Apple é de facto de uma dimen-são extrema, e reforça o poder da marca da maçã: Os resultados que a Apple apresentou em 2011, se fossem equiparados aos da economia de um país, em termos do PIB, a Apple seria a 23ª economia do mundo. Como curiosidade, de referir ainda que as suas acções estão cotadas a cerca de 650 dólares na bolsa de Nova YorK. Números de facto impres-sionantes;

LGP

“As sub-regiões da Grande Lisboa, Cávado, En-tre Douro e Vouga e Baixo Vouga são as únicas quatro classifi cadas acima da média nacional no Índice Global de Desenvolvimento Regional para 2009, ontem divulgado pelo InstitutoNacional de Estatística.” in Correio dos Açores

ESTA SEMANA: ECONOMICAMENTE FALANDO...

SATA INTERNACIONAL concorre ao

transporte de tropas para o Afeganistão

Banif paga comissão de 1,348% por garantia

do Estado de 595 milhões de euros

O Banif fez duas emissões de obrigações garantidas pelo Es-tado, no montante global de 595 milhões de euros. As autorizações em Diário da República foram publicadas na passada 4ª feira, com data de Dezembro. Ambos os empréstimos foram a três anos e para emissões de 500 milhões de euros e 95 milhões de euros. A

comissão da garantia é fi xada no montante de 1,348%. O que signi-fi ca que o Banif pagará por estas duas emissões, comissões ao Es-tado de oito milhões de euros ao ano, num total dos três anos de 24 milhões de euros.

Por outro lado o BES emitiu obrigações garantidas pelo Esta-do no montante de mil milhões de

euros. O Governo fi xou, no fi nal do ano passado, uma comissão pela garantia de 1,348% ao ano. O que signifi ca que pela emissão de mil milhões, o BES vai pagar anual-mente ao Estado 13,48 milhões de euros. Como a emissão é a três anos, a comissão global fi cará, para o Banco Espírito Santo, em 40,44 milhões de euros.

A SATA Internacional está na corrida para o transporte in-ternacional de tropas para o Afeganistão. De acordo com fontes ligada ao processo, trata-se de um concurso internacional, onde con-correram várias transportadoras. No caso da SATA Internacional, o objectivo é o de rentabilizar o equi-

pamento disponível, pois a empre-sa tem um Airbus A310 parado por falta de tráfego. Ainda de acordo com as nossas fontes o mais difícil num processo complexo desta na-tureza prende-se com a garantia dos seguros contratualizados para assegurar todos os riscos de uma operação desta natureza, e que en-

carecem os custos da operação.Fontes ligadas ao processo

confi rmaram-nos que a questão da contratualização do seguro de cobertura da operação é para já o aspecto mais complexo, devendo ser conhecido o resultado do con-curso nos próximos dias.

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EDIÇÃO 111 - SEXTA-FEIRA DIA 13 DE ABRIL DE 2012

ServiçosOs serviços são um

importante sector da eco-nomia. Disso não há dúvi-da! É fundamental ter um sector de serviços moder-no e eficiente. No entan-to, devem ser o motor do crescimento e desenvolvi-mento? Tempos houve em que nos fizeram acreditar que sim, talvez tenhamos sobrevalorizado a importância dos serviços na últimas três décadas no processo de integração económi-ca, nomeadamente no que à união europeia diz respeito. Lembro-me sempre de uma conversa com uma pessoa mais velha, que infelizmente já cá não está, que me dizia repeti-damente “a riqueza de um país faz-se na indústria e na agricultura”.

De forma genérica podemos afir-mar que há uma correlação positiva entre o peso dos serviços na econo-mia e o nível de riqueza do país, a tí-tulo de exemplo veja-se o seguinte: os serviços têm um peso de 69% na economia alemã, enquanto que no Egipto esse peso é de 49%(dados de 2008, The Economist).

Como podemos enquadrar esta questão na economia açoreana? Os serviços não podem ser separados de toda a situação económica, com isto quero dizer que a solução não pode ser centrada nos serviços. Ou seja, a resolução dos problemas da região não passa pelos serviços

nem o problema dos ser-viços se resolve, apenas, com a resolução dos pro-blemas dos outros secto-res da economia. Exige-se uma solução global e em varias frentes o que é mais difícil e desafiante. No entanto, não se pense que isto é impossível de fazer, faz-se desde que

haja uma definição clara de objec-tivos, metas e medidas de forma sectorial, integrada e responsabili-zando os seus actores pelos resul-tados obtidos.

Há serviços que podem beneficiar se vierem para os Açores, podendo tirar grande partido da nossa posi-ção geográfica, boa rede de infra-estruturas, mão-de-obra jovem e relativamente qualificada, sistema fiscal competitivo dentro do quadro europeu e tendo a grande mais-va-lia de estarem dentro do espaço da união europeia e, simultaneamente, inseridos na CPLP.

Uma coisa urge, temos que nos dar a conhecer ao mundo. Ninguém se lembrará de nós se não estiver-mos presentes nos grandes centros emissores de investimento, os pro-blemas da economia regional resol-vem-se com os que cá estão e com os que para cá vierem investir.

Vivemos cá há quinhentos anos, viveremos cá mais quinhentos, pelo menos!

CORREIO ECONÓMICO2BARÓMETRO

Por: Luís Pereira de AlmeidaEconomista - Email: luí[email protected]

Opinião

Carlos Costa NevesA montanha pariu um rato: Depois de não ter sido cons-tituído arguido no caso Portucale, o Ex - Ministro da Agricultura Carlos Costa Neves viu agora serem absol-vidos todos os arguidos de um processo mediatizado, por estarem envolvidos vários políticos e empresários de sucesso;

McDonald’sA multinacional deu um forte contributo aos Açores e à economia açoriana, ao ter negociado com o queijo Ter-ra Nostra para integrar a sua carteira de fornecedores. A publicidade recentemente apresentada, que integra a marca Terra Nostra e a Nobre, individualmente para os Açores, e para o prestígio do sector da lavoura da Região, é sem dúvida um contributo importante para a projecção

dos Açores e da qualidade do queijo fl amengo produzido na Região. Uma exce-lente imagem de marketing

Por: Camilo LourençoJornalista Económico e Docente Universitário

email: [email protected]

Portugal: capitalismo

sem capital?

Trabalhadores da NAVAnunciaram vários dias de greve os trabalhadores da NAV, naquele que constitui o núcleo dos trabalhado-res mais bem pagos do país. As razões de menori-dade que invocam para justifi car a greve, revoltam ainda mais aqueles que trabalham em condições precárias, para já não falar dos mais de 20% de tra-

balhadores que estão desempregados em Portugal. Haja bom senso destes sindi-catos ou destes sindicalistas que não têm percepção da realidade do mercado de trabalho do nosso país. Uma vergonha

Há uns tempos pergun-tei a um responsável do BCP por que não fazia o banco um aumento de ca-pital para colocar os rácios nos níveis exigidos pelas autoridades. Resposta: “Se 30% do capital do banco está nas mãos de accionis-tas endividados, acha que há dinheiro para aumentos de capital?”.

Lembrei-me dessa desassom-brada declaração ao dar com a proposta da Semapa (juntar numa holding as participações de Manuel Fino, CGD e BCP) para evitar que a Cimpor caia nas mãos da Camargo Corrêa.

Os três accionistas da Cimpor, com destaque para os bancos, ga-nham alguma coisa com esta solu-ção? Não parece, sobretudo a CGD. Se há coisa de que a Caixa não preci-sa, até pelos apertos por que passa o sector bancário, é de participações em sectores fora da banca. Veja-se as imparidades que registou em 2011 por causa das participações...

Há outra solução: pa-gar com dinheiro vivo. Coisa que a Semapa já admitiu fazer. As parti-cipações da CGD (9,6%), Manuel Fino (10,7%) e fundo de pensões do BCP (10%) valem mais de 750 milhões de euros. A Se-mapa tem capital para as comprar? E, em alterna-

tiva, conseguirá financiamento para concretizar a operação? Os analis-tas duvidam (vejam-se as análises de BPI e BESI...). E duvidam bem.

Até porque os tempos não estão de feição para financiamentos fara-ónicos.

Moral da história: e se perdêsse-mos a mania de manter empresas em Portugal só porque... sim (cha-me-se centros de decisão nacional ou outra coisa)? E de quanto tempo vamos precisar para entender que quem não tem capital, ou se asso-cia ou vende activos a quem o tem (capital)? Para o país é irrelevante a entrada de capital externo tendo em conta a situação em que estamos?

BelFoi muito importante a entrada do queijo Terra Nostra no portfólio de fornecedores da McDonald’s, e pela primeira vez desde que está em Portugal o gigante americano faz publici-dade directa de um fornecedor. Uma “publicidade muito im-portante para os Açores, com a convicção plena de que o facto de ser a multinacional BEL a intermediar as negociações foi determinante;

Sindicato Nacional de Pessoalde Voo da Aviação Civil

A posição de arrogância dos tripulantes de cabine da SATA Air Açores é de facto inadmissível e inaceitável ao referir que não precisa de coabitar numa política de favores com a adminis-tração da empresa e remetendo para o acordo da empresa o âmbito do cumprimento das suas relações laborais. Apetece perguntar em que país vive este Sindicato, com tanta gente desempregada e com o problema do desemprego a assumir preponderância estratégica,

Jerónimo MartinsA empresa portuguesa tem uma importância determinante no sec-tor da distribuição em Portugal e dentro de 3 anos a sua estratégia de internacionalização levará a que a suas vendas sejam conseguidas

maioritariamente no mercado externo. O facto de ter conseguido concretizar o negócio de fornecimento de carne só da raça Abardeen - Angus, vai potenciar uma nova oportunidade de negócio e diversifi car a fi leira da carne;

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3CORREIO ECONÓMICOEDIÇÃO 111 - SEXTA-FEIRA DIA 13 DE ABRIL DE 2012

Notícias

O banco francês Crédit Agricole passou a deter 12,27% do BES após uma operação de reforço de posição, anteontem, com a compra de 31,8 milhões de acções da entidade liderada por Ricardo Salgado.

No dia 10 de Abril de 2012, o Crédit Agricole “aumentou a participação direc-ta por si detida no capital social do Banco Espírito Santo, em virtude da aquisição de 31.833.283 acções escriturais nomi-nativas sem valor nominal representati-vas de 2,179% do capital social do BES”, sublinha o comunicado à CMVM.

Nessa data, o banco francês já deti-nha 126.076.650 acções escriturais no-minativas sem valor nominal represen-tativas de 8,63% do capital social do BES, somando assim uma participação direc-ta total de 157.909.933 acções escritu-rais nominativas sem valor nominal re-presentativas de 10,81% do capital social

do BES, informa a o mesmo documento.O comunicado informa ainda que o

Crédit Agrícole Assurances, S.A. (detido a 100% pelo Crédit Agricole), por deter 50% do capital social e o controlo de gestão da BES Vida, Companhia de Se-guros de Vida, detém ainda os direitos de voto correspondentes às acções do BES detidas pela BES Vida, que naquela data detinha 21.285.882 acções escriturais nominativas sem valor nominal repre-sentativas de 1,46% do capital social do BES.

“Desta forma informamos que a par-ticipação (directa e indirecta) e respecti-vos direitos de voto do Crédit Agricole no capital social do BES é, naquela data, de 12,27%”, conclui.

Recorde-se que o BES anunciou on-tem que vai aumentar o capital em 1,01 mil milhões de euros, através de entra-das novas, tendo já assegurada a totali-dade da operação – que será realizada com um desconto de 66% sobre as ac-ções face ao preço de fecho de ontem.

Ainda ontem, foi também divulgado que o BES chegou a acordo com o Crédit Agricole para a compra de 50% do capital da BES Vida, fi cando assim com a totali-dade do capital da empresa. A operação será realizada por 225 milhões de euros, um valor que será pago através do au-mento de capital que o BES vai realizar.

Grande distribuição considera taxa inoportuna

e diz que será paga pelo consumidor

Já vão 80 sessões com a Euribor

a seis meses a perder terreno

Abre em Portugal primeiro

hotel da Ibis budget

Participação do Crédit Agricole

no BES supera os 12%

O Ibis budget acabou de abrir a sua primeira uni-dade em Portu-gal, em Vila Nova de Gaia.

Acabou de abrir em Vila Nova

de Gaia o primeiro hotel da Ibis budget em Portugal. A nova unidade hoteleira é a 29ª do grupo Ibis em Portugal, porém é a primeira Ibis budget, que compreen-de um conceito económico.

A direcção do novo hotel estará a cargo de Carla Santos, de acordo com o comunicado do Ibis budget.

O Ibis budget Porto Gaia, marca cria-da pelo grupo Accor, tem 95 quartos,

“boa acessibilidade ao centro histórico do Porto e um preço muito competitivo de 32 euros por noite num quarto du-plo”, refere a empresa.

“Tendo como target principal os clientes individuais em deslocações de negócio ou lazer, o hotel oferece acolhi-mento 24h/24h e acesso internet gratui-to a partir do lobby. O pequeno-almoço tem uma tarifa de 3,20 euros por pessoa e a ligação wi-fi disponível em todos os quartos custa 1 euro por hora. À dis-posição dos clientes está uma grande variedade de snacks, bebidas e doces, disponíveis 24h/ 24h”, revela o comuni-cado.

O novo Ibis Budget irá criar 10 pos-tos de trabalho directos.

As taxas interbancárias continuam a sua tendência de descida. Taxas de juro em mínimos históricos e liquidez no sis-tema interbancário continuam a justifi -car taxas aos níveis de 2010.

No dia 19 de Dezembro de 2011 a taxa Euribor a seis meses somou 0,1 pontos base e fi xou-se em 1,668%. Foi a última subida.

Hoje, regista-se a 80ª sessão de que-das deste indexante dos empréstimos às famílias e empresas. A Euribor a seis meses foi fi xada em 1,053%, depois de perder 0,4 pontos base. Esta maturida-de não descia à referida taxa desde 30 de Junho de 2010, há quase dois anos.

A queda das taxas interbancárias tem sido uma realidade desde o últi-mo mês de Dezembro, refl ectindo as descidas da taxa de juro de referência levadas a cabo por Mario Draghi na presidência do Banco Central Europeu (BCE). Nos últimos meses, a taxa tem sido mantida no mínimo histórico de 1% e as perspectivas apontam para que daí não saia tão cedo e se sair é para voltar a descer para níveis nunca vistos na Era do euro.

O movimento de descidas conse-cutivas sentiu-se, igualmente, devido às operações de cedência de liquidez a três anos por parte da autoridade mo-netária. No conjunto de Dezembro e Fevereiro, o BCE emprestou mais de 1 bilião de euros a entidades fi nanceiras,

com o objectivo de trazer liquidez para o mercado interbancário.

Com a descida da pressão nas ope-rações entre os bancos e com menores taxas de juro na região, os indexantes interbancários têm recuado. Consecu-tivamente. Isto porque com o acesso ao fi nanciamento através do BCE, os ban-cos não precisam de recorrer ao mer-cado de fi nanciamento directamente. O acesso a este mercado está praticamen-te congelado. E as taxas Euribor, além de serem indexantes nos empréstimos à habitação, por exemplo, são também taxas interbancárias. Ou seja, são os ju-ros cobrados pelos bancos entre si nas operações de fi nanciamento.

Se a taxa a seis meses verifi ca a 80ª sessão de perdas, no que diz respeito à taxa a três meses é a 79ª sessão segui-da em queda. Também em mínimos de Junho de 2010, este indexante desceu hoje 0,3 pontos base para 0,757%.

A Euribor a doze meses, que chegou a estar acima de 2% em Dezembro, re-cuou hoje 0,6 pontos base para se fi xar em 1,387%. Já o indexante a nove me-ses está nos 1,232%, cedendo 0,5 pon-tos base. Ambas estão em mínimos de Julho de 2010.

A taxa a um mês, que na terça-feira quebrou o seu ciclo de descidas ao per-manecer inalterada, perdeu novamente 0,1 pontos base para 0,411%.

A APED (Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição) contesta a intenção do Governo de introduzir uma taxa de saúde e segurança alimentar. E admite que a taxa será repercutida nos preços para o consumidor.

O sector da grande distribuição con-siderou “inoportuna” a proposta do Go-verno de criação de uma taxa de saúde e segurança alimentar, e assegurou que será o consumidor a suportar o acrésci-mo dos custos nos bens alimentares.

A Associação Portuguesa de Empre-sas de Distribuição (APED), na reacção à proposta do Governo, divulgada na ter-ça-feira, e que prevê a criação de uma taxa de saúde e segurança alimentar, tornou pública a “posição sectorial da grande distribuição”, considerando que “na presente situação económica e con-juntura é inoportuno estarmos a criar mais uma taxa”.

“É um sector que já está altamente sujeito a uma carga fi scal elevada, pelo que neste contexto de crise económica a nossa posição é de não concordância com esta iniciativa do Governo”, subli-nhou a directora-geral da APED, Ana Isabel Trigo Morais.

A responsável referiu que este sec-tor “está neste momento debaixo de uma grande pressão”, devido à perda de poder de compra dos consumidores, o que deixa a grande distribuição sem margem para absorver o custo da nova taxa, que ainda terá que ser determina-da pelo Governo.

“Não haverá alternativas a não ser refl ectir no preço fi nal dos bens ali-mentares e afectar o consumidor, numa altura em que já está particularmente fragilizado no seu poder de compra”, alertou Ana Isabel Trigo Morais.

O Governo pretende criar uma taxa de saúde e segurança alimentar, cujo valor ainda se desconhece, a pagar pe-los estabelecimentos de comércio ali-mentar por grosso e a retalho, segundo um decreto-lei a que a agência Lusa teve hoje acesso.

De acordo com um decreto-lei do

Ministério da Agricultura, do Ambien-te e do Ordenamento do Território, que deverá ser aprovado em Conselho de Ministros na quinta-feira, o Governo pretende criar o Fundo de Saúde e Se-gurança Alimentar Mais, com os objec-tivos de “compensar os produtores, no quadro da prevenção e erradicação das doenças dos animais e das plantas, bem como das infestações por parasitas”, além de “apoiar as explorações pecuá-rias” e “incentivar o desenvolvimento da qualidade dos produtos agrícolas”.

O diploma determina ainda casos de isenção do pagamento da taxa de saúde e segurança alimentar, nomeadamente a “estabelecimentos com uma área de venda inferior a 400 metros quadrados ou pertencentes a micro-empresas, desde que não pertençam a uma empre-sa que utilize uma ou mais insígnias ou esteja integrada num grupo, e que dis-ponham, a nível nacional, de uma área de venda acumulada igual ou superior a 2.000 metros quadrados”.

A Associação de Hotelaria, Restau-ração e Similares de Portugal (AHRESP) prefere, para já, não tomar uma posição relativamente à intenção anunciada pelo Governo, por ainda não ter “um conhe-cimento aprofundado do projecto-lei”, mas considerou “deveras preocupante” para o sector a introdução desta nova taxa e manifestou-se solidária com a posição da Confederação de Comércio e Serviços de Portugal (CCP).

A CCP manifestou-se na terça-feira “indignada” com a nova taxa para o co-mércio alimentar”, criada pelo Governo por um decreto-lei que deverá ser apro-vado no Conselho de Ministros de quin-ta-feira.

A confederação, que recebeu a no-tícia “com surpresa”, diz que “este di-ploma não se limita a criar o Fundo de Saúde e Segurança Alimentar Mais, mas prevê igualmente a consagração de uma taxa a pagar pelos estabelecimentos de comércio alimentar ou mistos”, que considera ser “totalmente inoportuna”.

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CORREIO ECONÓMICO4EDIÇÃO 111 - SEXTA-FEIRA DIA 13 DE ABRIL DE 2012

Opinião

Soros: “A crise entrou numa fase menos volátil mas mais letal”

O investidor húngaro diz que a respos-ta da União Europeia à crise poderá reve-lar-se “letal” para o projecto comunitário. Propõe uma solução que prevê ser con-trariada pelo banco central alemão e avi-sa: a sobrevivência do euro é “um assunto político” e “está para lá da competência do Bundesbank”.

George Soros acredita que a crise europeia teve recentemente uma transfor-mação “para pior”. O “incipiente” progra-ma de compra de activos do Banco Central Europeu (BCE) “escondeu uma deteriora-ção” dos fundamentais económicos, mas os desequilíbrios continuam a agravar-se na Zona Euro.

“A crise entrou numa fase que pode ser menos volátil mas mais letal”, escreveu o

investidor que em 1992 apostou que a libra esterlina iria sair do mecanismo que dava entrada na moeda única. O programa de compra de activos do BCE está a permitir aos bancos espanhóis comprar dívida pú-blica, contendo a volatilidade no mercado secundário.

Só que entretanto os desequilíbrios persistem, enquanto os países e institui-ções voltaram a concentrar-se em limitar o seu risco às fronteiras internas da Zona Euro, argumenta o presidente do Soros Fund Management.

“Ao início da crise o desmembramento da Zona Euro era inconcebível; os activos e passivos estavam tão interligados que teriam causado um colapso incontrolável. Mas à medida que a crise progrediu, a Zona Euro foi-se reorientando em função das fronteiras nacionais” na região.

“Compacto orçamental tem de ser o ponto de partida”

A única forma de escapar à armadilha da defl ação induzida pelo esforço de redu-ção da dívida passa por reconhecer que as actuais políticas são “contraprodutivas e mudar de curso”, defende George Soros.

Aos 81 anos, propõe uma solução para a crise da Zona Euro.

“Não posso propor um plano sim-ples e detalhado, apenas algumas linhas orientadores”.

Ainda assim, o investidor argumenta que uma solução realista tem o compac-to orçamental aprovado pelos países da União Europeia como “ponto de partida”.

“Os orçamentos deviam distinguir en-tre investimentos com retorno e despesa corrente” e um banco de investimento eu-ropeu “poderia, então, co-fi nanciar inves-timentos”.

Os países têm de reduzir a sua dívida até aos 60%, num processo que passa por reduzir um vigésimo do excesso de dívida em cada ano. “Proponho que os estados-membros recompensem conjuntamente o bom comportamento por fi nanciar esse compromisso”, ou seja, ajudarem os paí-ses mais endividados a pagar a dívida.

Como? Através do BCE, que está proi-bido de fi nanciar dívidas de países. Mas os países da união monetária “transferiram para o BCE os seus direitos de senhoria-gem [ganhos com a cobrança de juros],

avaliados em dois a três biliões de euros” segundo analistas independentes, lembra Soros. A criação de um veículo especial que fi zesse uso desses direitos, permitiria “usar o BCE para fi nanciar o custo de com-prar essas obrigações sem vilar o artigo 123 do Tratado de Lisboa”, argumenta.

Se um país violasse as suas obriga-ções, fi caria obrigado a pagar a totalidade ou parte dos juros da dívida detida pelo veí-culo especialmente criado para fi nanciar a compra de obrigações de cada país. “Isso iria quase de certeza impor uma dura dis-ciplina orçamental”.

A vantagem desta estratégia é permi-tir aos países mais endividados que não continuem a perder competitividade face à Alemanha. “Ao recompensar o bom com-portamento, o compacto orçamental já não constituiria uma armadilha defl acio-nista de redução da dívida”.

“O Bundesbank nunca vai aceitar estas propostas, mas as autoridades europeias deviam leva-las a sério”, diz o fi nanceiro. “O futuro da Europa é uma questão polí-tica: está para lá da competência do Bun-desbank decidir” sobre isso, conclui.

Capitalismo CoronárioA ampla e

sistemática fa-lha de regulação é o elefante na sala quando se trata de refor-mar o capitalis-mo ocidental de hoje. Sim, muito se tem dito so-bre a insalubre

dinâmica políti-ca-regulatória-fi nanceira que levou ao ataque cardíaco da economia global em 2008 (iniciando o que Carmen Reinhart e eu chamamos “A Segunda Grande Con-tracção”). Mas o problema é exclusivo do sector fi nanceiro, ou denota uma falha mais profunda do capitalismo ocidental?

A ampla e sistemática falha de regulação é o elefante na sala quando se trata de reformar o capitalismo ocidental de hoje. Sim, muito se tem dito sobre a insalubre dinâmica política-regulatória-fi nanceira que levou ao ataque cardíaco da economia global em 2008 (iniciando o que Carmen Reinhart e eu chamamos “A Segunda Grande Contracção”). Mas o problema é exclusivo do sector fi nancei-ro, ou denota uma falha mais profunda do capitalismo ocidental?

Considere-se a indústria alimentar, particularmente a sua infl uência, por ve-zes maligna, na nutrição e saúde. As ta-xas de obesidade estão a subir em todo o mundo, porém, entre os grandes países, talvez o problema seja mais grave nos Estados Unidos. De acordo com o Centro para a Prevenção e Controlo de Doenças dos Estados Unidos, cerca de um terço dos adultos norte-americanos é obeso (indicado por um índice de massa cor-poral acima de 30). Ainda mais chocante, mais de um sexto das crianças e adoles-

centes é obeso, uma taxa que triplicou desde 1980. (Transparência total: a mi-nha esposa produz um programa para a televisão e para a Internet, chamado kickinkitchen.tv, que visa combater a obesidade infantil).

Obviamente, os problemas da indús-tria alimentar têm sido vigorosamente destacados por especialistas em nutri-ção e saúde, incluindo Michael Pollan e David Katz, e certamente por muitos economistas também. E há muitos ou-tros exemplos, dentro de uma grande variedade de bens e serviços, onde se poderia encontrar problemas seme-lhantes. Aqui, porém, quero focar-me na ligação da indústria alimentar com pro-blemas mais amplos do capitalismo con-temporâneo (que certamente facilitaram a explosão da obesidade em todo o mun-do), e no porquê do sistema político dos Estados Unidos ter dedicado muito pou-ca atenção ao assunto (embora a primei-ra-dama Michelle Obama tenha feito um esforço importante de sensibilização).

A obesidade afecta a esperança de vida de diversas formas, que vão da do-ença cardiovascular até alguns tipos de cancro. Além disso, a obesidade – nas manifestações mórbidas – pode afec-tar a qualidade de vida. Os custos são suportados não só pelo indivíduo, mas também pela sociedade – de forma di-recta através do sistema de saúde, e de forma indirecta, através da perda de produtividade, por exemplo, e dos cus-tos de transporte mais elevados (mais combustível gasto nos aviões, assentos maiores, etc.).

Mas a epidemia da obesidade difi -cilmente se parece com um assassino de crescimento. Produtos alimentares altamente processados, baseados no milho, e com muitos aditivos químicos,

são bem conhecidos por serem um dos maiores indutores do ganho de peso mas, de uma perspectiva convencional de contabilidade de crescimento, são uma grande coisa. Os grandes agricul-tores são pagos para cultivar o milho (muitas vezes subsidiados pelo gover-no), e os processadores de alimentos são pagos para adicionar toneladas de químicos que resultam em produtos criadores de hábitos – e por isso, irre-sistivéis. Paralelamente, os cientistas são pagos para encontrar a mistura certa de sal, açúcar e produtos quími-cos para tornar a comida instantânea viciante ao máximo; os publicitários são pagos para vendê-la; e no fi m, a indús-tria dos cuidados de saúde faz uma for-tuna a tratar das doenças que, inevita-velmente, resultam de tudo isto.

O capitalismo coronário é fantástico para o mercado accionista, que inclui empresas de todos esses sectores. Ali-mentos altamente processados tam-bém são bons para a criação de em-prego, incluindo nas áreas da pesquisa, publicidade e saúde.

Assim sendo, quem é que se pode queixar? Certamente não os políticos, que são reeleitos quando o emprego é abundante e os preços das acções es-tão em alta – e recebem doações de todas as empresas que participam na produção de alimentos processados. De facto, nos Estados Unidos, os polí-ticos que ousam falar nas implicações dos alimentos processados na saúde, ambiente e sustentabilidade, em mui-tos casos, vêem-se privados de fundos para a campanha.

É verdade que as forças do merca-do têm estimulado a inovação, que tem baixado continuamente o preço dos alimentos processados, mesmo que o

preço das boas e velhas frutas e vege-tais tenha subido. Este é um ponto justo, mas denuncia a enorme falha do mer-cado aqui.

Os consumidores recebem mui-to pouca informação nas escolas, bi-bliotecas ou campanhas de saúde; em vez disso, são bombardeados com desinformação através da publicidade. As condições para as crianças são par-ticularmente alarmantes. Com poucos recursos para ter uma televisão públi-ca de qualidade, na maioria dos países as crianças são cooptadas por canais pagos pela publicidade, incluindo da in-dústria alimentar.

Além da desinformação, os produ-tores têm poucos incentivos para inter-nalizar os custos dos danos ambientais que causam. Da mesma forma, os con-sumidores têm poucos incentivos para internalizar os custos médicos das suas escolhas alimentares.

Se os nossos únicos problemas fos-sem a indústria alimentar causar ata-ques cardíacos, e a indústria fi nanceira provocar o seu equivalente económico, isso já seria mau o sufi ciente. Mas a patológica dinâmica regulatória-polí-tica-fi nanceira que caracteriza essas indústrias é muito mais ampla. Precisa-mos de desenvolver instituições novas e muito melhores para proteger os inte-resses de longo prazo da sociedade.

Claro que o equilíbrio entre a sobe-rania do consumidor e o paternalismo é sempre delicado. Mas, certamente, podíamos começar a atingir um equilí-brio mais saudável do que aquele que temos, dando ao público mais e melhor informação através de uma variedade de plataformas, para que pudessem começar a fazer escolhas políticas e de consumo mais conscientes.

Por: Kenneth RogoffProfessor de Economia e Políticas Públicas na

Universidade de Harvard, e ex- economista-che-fe do Fundo Monetário Internacional (FMI).

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PONTA DELGADA

Morreu repentinamenteo maestro Emílio Porto

PASSOS COELHO ENCERRA CONGRESSO DO PSD/A

Pág. 2

PENA SERÁ CUMPRIDA NUM ESTABELECIMENTO PARA INIMPUTÁVEIS

Homem que matou colega de trabalho no Caldeirão apanha 19 anos de cadeia

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BERTA CABRAL DIZ QUE MILITANTES ESTÃO MOBILIZADOS PARA AS ELEIÇÕES

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Adjudicação de navios aosespanhóis levanta contestaçãoa nível nacional

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Pelo crime de homicídio qualifi cado, o Tribunal Ju-dicial da Ribeira Grande condenou ontem o homem que matou um colega de trabalho, em vinte e sete de Dezem-bro de 2010, no parque de máquinas da Secretaria Re-

gional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, no Cal-deirão. José Melo foi condenado a 19 anos de cadeia e a uma multa de cento e sessenta dias à taxa diária de sete euros por dia.

Pilotos da SATA Internacional marcam greve nas festas do Senhor Santo Cristo

O deputado do PSD Eduardo Teixeira classifi cou ontem a decisão do Governo dos Açores, de encomendar dois fer-ryboats a uma empresa espanhola, como “uma brincadeira de muito mau gosto” face aos sacrifícios pedidos aos por-tugueses. Entretanto, o líder do PCP/Açores, Aníbal Pires, lamentou que os dois navios tenham sido encomendados a estaleiros espanhóis, mas admitiu que estão em causa as re-gras dos concursos internacionais. p. 6

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Correio dos Açores, 13 de Abril 2012regional2

“PSD mobilizado para a vitória em Outubro”

A presidente do PSD/Açores, Ber-ta Cabral, considera que o partido está “mobilizado” e “confi ante na vitória” nas eleições regionais de Outubro, ma-nifestando confi ança na solidariedade de Passos Coelho para ajudar a região a ultrapassar os desafi os que enfrenta.

A estratégia e as linhas gerais do programa social-democrata para as eleições regionais vão fi car defi nidas no Congresso Regional do PSD/Aço-res que começa sexta-feira em Ponta Delgada e encerra no domingo com a presença do líder do partido e primei-ro-ministro, Pedro Passos Coelho.

“A sua presença é muito impor-tante para o PSD/Açores. Primeiro, porque é o presidente do partido, uma pessoa com uma grande vontade de fa-zer com que Portugal vença a situação em que se encontra, depois, porque é também o primeiro-ministro, e os Aço-res têm tantos problemas que não vão ser capazes de os resolver sozinhos”,

afi rmou Berta Cabral, em declarações à Lusa.

A candidata do PSD à presidência do Governo dos Açores frisou que a re-gião precisa da solidariedade do país e da UE, recordando que ambas passam por Passos Coelho, já que “é o Estado membro que negoceia em Bruxelas e é o Governo da República que determina as ajudas nacionais para os Açores”.

“Num mundo global, não podemos ser orgulhosamente sós, temos que ser orgulhosamente nós”, afi rmou Berta Cabral, defendendo que os Açores têm que “dizer o que querem e determinar o caderno de encargos que querem para que o Governo da República aju-de a atingir esses objectivos”.

Berta Cabral espera que o con-gresso do próximo fi m de semana seja “uma grande festa que alavanque a campanha em curso para as eleições regionais”, assegurando que o parti-do “está todo mobilizado e motivado

com esse objectivo e tem razões para isso”.

Na reunião magna, com cerca de 350 congressistas, mas com os traba-lhos abertos a todos os interessados, vão ser discutidas, além da moção de estratégia global, mais de duas deze-nas de moções temáticas e sectoriais, o que a líder regional entende como uma prova de vitalidade do partido.

“Isto dá nota da vontade de todos participarem com um contributo váli-do para o que se quer que seja o go-verno regional a partir de outubro. É um sinal de que o partido está muito confi ante na vitória e cada um quer dar um contributo”, afi rmou.

Berta Cabral reafi rmou ainda a importância da sua candidatura à pre-sidência do Governo dos Açores ser “legitimada” pelos militantes, mas as-segurou que este congresso não servi-rá para escolher os membros de uma futura administração regional liderada pelo PSD.

“O governo não tem que ser o parti-do, nem tem que ser constituído exclu-sivamente por militantes do partido. O governo é para todos os açorianos e tem que ter uma abrangência muito maior, com profi ssionais com credibilidade e capacidade para por em prática as grandes linhas de orientação”, frisou a líder regional social-democrata.

Relativamente aos novos órgãos de direcção do partido na região, Berta Cabral admitiu que haverá “algumas mudanças”, mas salientou que “este não é um congresso virado para den-tro, para questões de lugares internos, é um congresso a seis meses de eleições, muito mais virado para as ganhar”.

Grand Princess gera movimento recorde de autocarros para excursões

Hoje, o empreendimento Portas do Mar recebe 2484 passageiros, maioria dos quais americanos, a bordo do navio de cruzeiros Grand Princess, da conhecida opera-dora Princess Cruises. O navio encontra-se em viagem transatlântica entre Ft. Lauderdale e Southampton, in-cluindo no seu roteiro visitas a Ponta Delgada, Greeno-ck, Dublin, Falmouth e Le Havre. Prevê-se que a che-gada ao nosso porto ocorra pelas 11 horas e estima-se que cá permaneça até às 19 horas. Durante esta estadia, e como é habitual, muitos dos passageiros vão desfrutar das belezas da ilha açoriana mas neste particular gosta-ríamos de salientar o assinalável facto de se estabelecer um recorde de excursões num só navio de cruzeiros, com 28 autocarros já reservados para o efeito.

Inaugurado em Maio de 1998, foi construído na Itá-lia pelos estaleiros Fincantieri, em Monfalcone. Mede 290 metros de comprimento, 36 metros de largura, 8 metros de calado, desloca 108,8 mil toneladas de arque-ação bruta e tem capacidade máxima para 3100 hóspe-des e 1100 tripulantes. Possui 13 decks para passageiros, com um total de 1300 cabines, 928 exteriores e 372 in-teriores.

Foi o primeiro navio da Grand Class, um dos mais bem-sucedidos e aclamados projectos para navios de cruzeiro. Seguiram-se lhe os gémeos Golden Princess, Star Princess, Caribbean Princess e os, ligeiramente maiores, Crown Princess, Emerald Princess, Ruby Prin-cess, Ventura e Azura.

Aquando da sua inauguração, era o maior navio de cruzeiros do mundo, o que conjugado com as suas linhas exteriores muito exuberantes e inovadoras cedo lhe proporcionaram um destaque especial por parte da crítica internacional. O navio foi e continua a ser um imenso sucesso para a Princess Cruises, razão pela qual a companhia, com sede em Santa Clarita, na Califórnia, decidiu efectuar no ano transacto uma profunda moder-nização deste apelativo navio.

Facto mais visível deste restyling foi a remoção do célebre Skywalkers, discoteca suspensa à popa do na-vio, local com vista privilegiada para o exterior e para o próprio navio. Também os interiores foram todos modernizados, os motores e hélices ajustados, algumas chapas da proa substituídas e pintura do casco renova-da. Resumindo, os estaleiros de Freeport, nas Bahamas, transformaram-no num novo Grand Princess!

Quanto às habituais comodidades, salientamos que quase todas foram substituídas, desde alcatifas, escada-rias até bares e piscinas. Não obstante, o navio mantem o seu charme intacto, o que é constatável em áreas como a bonita Grand Plaza, nas piscinas Calypso Reef, Neptu-ne e Lido, nos restaurantes Da Vinci, Botticelli, Miche-langelo ou no buffet Horizon Court. Realce ainda para o enorme Atlantis Casino, para o famoso Wheelhouse Bar, Princess Theatre, Explorer’s Lounge, Vista Show Lounge, Lotus SPA e para o cinema ao ar livre, Movies Under the Stars. Ainda este ano, o Grand Princess volta em 9 de Novembro a Ponta Delgada.

Em Ponta Delgada

A estratégia e as linhas gerais do programa social-democrata para as eleições regionais vão fi car defi nidas no Congresso Regional do PSD/Açores que começa hoje em Ponta Delgada e encerra no domingo com a presença do líder do partido e primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho.

Berta Cabral espera solidariedade de Passos Coelho

“Sonhos” no Coliseu MicaelenseTina Gonçalves expõe em Ponta Delgada

Tina Gonçalves desloca-se pela primeira vez a Ponta Delgada para expor “Sonhos”. Uma mostra com-posta por 21 quadros (anêmonas e pinturas a óleo sobre tela) e que resulta do trabalho desenvolvido ao longo dos anos.

A obra da artista plástica e vi-tralista, conhecida internacional-mente, caracteriza-se pelo facto de

espelhar com vigor e drama as suas vivências e emoções.

Com um rico percurso pelo mundo da arte, a artista natural de Vila Viçosa tem exposto em vários países e conta com obras em diver-sas colecções de particulares.

Tina também se dedica à for-mação em diversas áreas artísticas, como o elaborado e luminoso en-

cáustico a técnicas de pintura mais tradicionais, passando pelo desenho a carvão. Assume-se como uma ar-tista que se dedica de corpo e alma a variadas formas de expressão ar-tística, experimentando e utilizando técnicas bastante diversas, desde os maravilhosos vitrais de tifanny às mais contemporâneas formas de re-alizar arte.

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Correio dos Açores, 13 de Abril de 2012 regional 3

Pena será executada num estabelecimento para inimputáveis. Defesa vai recorrer...

Homem que matou colega no Caldeirão condenado a 19 anos de cadeia

Pelo crime de homicídio qualifi cado, o Tribunal Judicial da Ribeira Grande condenou ontem o homem que matou um colega de trabalho, em 27 de Dezembro de 2010, no parque de máquinas da Secretaria Regio-nal da Ciência, Tecnologia e Equipamentos, no Cal-deirão. José Melo foi condenado a 19 anos de cadeia e a uma multa de 160 dias à taxa diária de 7 euros.

Durante a leitura da sentença, que decorreu ontem, no Tribunal da Ribeira Grande, o presidente do colec-tivo de juízes, o juiz Pedro Albegaria, afi rmou que se tratou de um homicídio intencional.

O Ministério Público havia pedido para agora con-denado a uma pena não inferior a 18 anos, por enten-der que José Manuel cometeu o crime de homicídio qualifi cado, e essa prova de acordo com o Ministério Público foi feita com base na decisão de pronúncia, nas declarações do arguido, de testemunhas que pre-senciaram o crime, de material pericial e documental, de auto-visionamento de imagens da altura em que foram feitos os disparos no parque de máquinas. O advogado de defesa, Eduardo Vieira, já disse que o seu cliente vai recorrer da sentença. Recorde-se que o defensor tentou em Tribunal fazer valer a tese de que o homem não agiu com intenção de matar e até trouxe um perito em psiquiatria para que este explicasse ao tribunal que o seu cliente sofria de depressão.

Duarte Melo e José Melo eram colegas há, pelos menos 15 anos, no mesmo ofício, o de controlador de viaturas do parque de máquinas que abre portas, dia-riamente, às 8h30. No dia 27 de Dezembro de 2010, dois dias depois do Natal, passava apenas 15 minutos da hora da entrada quando a tragédia se deu, conforme provado foi pelo tribunal.

O homem de 56 anos foi ao escritório mas quando

para lá se dirigiu levava consigo uma caçadeira que estava escondida dentro de um saco de plástico preto (um saco de lixo).

No escritório deparou-se com Duarte Roque, de 47 anos, e sobre este disparou um tiro. Duarte Roque fu-giu e o homem voltou a atirar não o atingindo durante a fuga, mas continuou a persegui-lo até que a vítima já se encontrava na parte exterior do edifício, tendo dirigido-se para um automóvel quando foi atirado um terceiro tiro, e mesmo dentro da viatura foi alvo de mais dois tiros. Depois saiu do carro e o arguido deu-lhe mais dois tiros, tendo o homem sucumbido.

O tribunal entendeu que o arguido agiu de forma livre, voluntária e consciente com a intenção de tirar a vida a Duarte Roque, pois os tiros sucessivos e de pouca distância não permitiram que o mesmo tivesse hipótese de se defender. O arguido terá agido, de acor-do com o tribunal, como vingança após situações de confl ito no trabalho entre os dois homens.

A mulher de Duarte Roque pediu uma indemni-zação cível por danos não patrimoniais no valor de 372 mil euros e a secretaria Regional da Ciência, Tecnologia e Equipamentos pediu uma indemnização de dois mil euros por danos não patrimoniais (danos na viatura alvejada).

O Juiz Pedro Albergaria, no acordão, refere que José Melo deve pagar à viúva uma indemnização de duzentos e noventa e seis mil e novecentos e noven-ta e cinquenta cêntimos, com juros até ao pagamento integral.

Mais. Deve cumprir pena num estabelecimento para inimputáveis, enquanto durar a doença psiquiá-trica.

Nélia Câmara

Caso ocorreu no Nordeste

PSP detém homem que furtou de uma casa 720 euros

A Polícia de Segurança Pública de Rabo de Peixe apreendeu a um homem, de 36 anos de idade, vendedor ambulante, 102 T-shirts contrafeitas.

Em Ponta Delgada, foi detido, um homem, de 48 anos de idade, por Violência Doméstica, a cônjuge de 43 anos de idade. Foram de-tidos, dois homens, de 38 e 35 anos de idade, por conduzir veículo automóvel, sob a Infl uência de álcool, com as taxas de 2.64 e 2.94 g/l, respectivamente. Na Maia, os agentes de autoridade detiveram um homem, de 59 anos de idade, por condução de um veículo auto-móvel, sob a infl uência de álcool.

E, no Nordeste na sequência de diligências de investigação por furto em interior de residência, ocorrido no dia 9 de Abril passa-do, foi identifi cado e constituído arguido, um homem, de 36 anos de idade, sendo ainda recuperadas e apreendidas 36 notas de €20 de uso corrente, totalizando €720, correspondente à totalidade da quantia furtada.

Em Angra do Heroísmo, foram detidos, dois homens, de 24 e 47 anos de idade, por furto de veículo automóvel, tendo sido ainda apreendido diverso material proveniente de furtos.

A PSP realizou nas áreas de Povoação e Furnas, uma operação de fi scalização rodoviária conjunta entre as Esquadras da Povoação e Furnas, tendo sido fi scalizadas 45 viaturas e detectadas 4 infrac-ções de natureza contra-ordenacional, nomeadamente, por falta de colete refl ector; falta de triângulo de pré-sinalização; falta de docu-mentos e falta de inspecção periódica obrigatória.

Foi efectuada uma operação de fi scalização rodoviária, tendo sido fi scalizados 30 veículos e detectadas 5 infracções de natureza contra-ordenacional, nomeadamente por condução sob a infl uência de álcool, com as TAS de 0.75 e 0.87 g/l; falta de inspecção perió-dica obrigatória do veículo e documentos; bem como foi detido, um homem, maior de idade, por condução de veículo automóvel, sem habilitação legal.

Nos Biscoitos, foi efectuada uma operação de fi scalização rodo-viária, tendo sido fi scalizados 35 veículos e detectadas 4 infracções de natureza contra-ordenacional, nomeadamente por condução de veículo automóvel, sem fazer o uso de dispositivo de segurança (cinto de segurança).

Na Horta, foi realizada operação de fi scalização rodoviária, na qual foram fi scalizados 25 veículos, submetidos ao exame de pes-quisa de álcool no sangue através do ar expirado 17 dos seus condu-tores sendo detectadas 2 infracções de natureza contra-ordenacional diversas.

A PSP registou ainda nas últimas 48 horas, ao novel de sinistralidade rodoviária, foram registados 3 acidentes de viação, dos quais resultaram danos materiais. N.C.

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Subscritores da petição alegam que as regras mudaram a meio do jogo

“Injustiças” nos programas Estagiar levam a petição à Assembleia Regional

Um psicólogo clínico e um médico dentista que realizaram um estágio, no âmbito do programa Estagiar L, no Cen-tro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa entregaram recentemente uma petição na Assembleia Legislativa Regional “pelo fim das injustiças” naquele pro-grama do governo.

O primeiro signatário da petição, o psicólogo clínico Marco Martins, expli-ca que a petição surge porque o governo “mudou as regras a meio do jogo” e es-clarece que com a Resolução do Con-selho do Governo n.º 44/2012 de 23 de Março de 2012, que altera as regras de funcionamento do Estagiar L e T se sen-te injustiçado. Tudo porque a Resolução do Governo implica que as entidades empregadoras já não tenham de pagar os 25% de compensações pecuniárias aos estagiários que, se viram o estágio prorrogado por mais 12 meses, podem agora beneficiar de um prolongamento por mais 9 meses.

Marco Martins dá conta do seu caso pessoal, tendo começado o estágio de 11 meses em 2010, o Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa não lhe pror-rogou o estágio durante os 12 meses se-guintes “alegando falta de verbas”, logo não se pode candidatar à prorrogação

dos 9 meses agora aprovados “porque as regras foram alteradas a meio do jogo”.

Marco Martins acrescenta que “é uma grande injustiça as pessoas não poderem beneficiar destes 9 meses adi-cionais que foram dados a toda a gen-te que está a fazer o Estagiar L e T e eu não posso frequentar esses 9 meses porque o regulamento foi entretanto al-terado”. O psicólogo clínico lembra ain-da que agora, a entidade empregadora não tem de pagar os 25% das prestações pecuniárias a que estava obrigada, que

foi justamente o que levou o Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa e não prorrogar o estágio.

O primeiro signatário da petição afirma que “se a instituição onde eu es-tava me disse que não havia dinheiro e se agora há dinheiro e as entidades não têm de pagar essa comparticipação, pa-rece-me que é uma situação de injusti-ça. Daí ter submetido essa petição”.

Uma petição que já deu entrada na Assembleia Legislativa Regional, que vai baixar agora à Comissão de Assun-

tos Parlamentares, Ambiente e Trabalho (CAPAT) e que os subscritores encami-nharam também às várias bancadas par-lamentares. Na petição os subscritores questionam sobre os critérios que foram tidos em conta para a renovação dos estágios que se iniciaram em Outubro de 2010 e Janeiro de 2011 e quantos jo-vens viram o estágio prorrogado. Marco Martins pretende também saber se “os estagiários que iniciaram o programa em Novembro de 2010 e Janeiro de 2011, e que tiveram o estágio prorroga-do por mais um ano, têm possibilidade de serem integrados no quadro? A pror-rogação por mais 9 meses agora apro-vada interfere com essa possibilidade? Vão prorrogar o estágio a todos os que se encontram nessa situação? Contri-buirá esta alteração para a redução do desemprego jovem na Região, uma vez que se os estagiários optarem pela re-novação deixam de ter possibilidade de passarem ao quadro da instituição?”.

O psicólogo clínico admite que “po-derá haver muitos mais jovens nesta situação” daí que considere importante a resposta a estas questões e a devida análise pela Assembleia Legislativa.

Carla Dias

Dois subscritores da petição alegam que as regras mudaram a meio do jogo e que a Resolução de Conselho de Governo que permite prorrogar os Estagiar L e T por mais 9 meses discrimina os esta-giários que não viram inicialmente o estágio por mais um ano. Além disso agora as entidades empregadoras não têm de pagar 25% de prestações pecuniárias, que foi exactamente o motivo que o Centro de Saúde de Santa Cruz da Graciosa alegou para não renovar o estágio inicialmente.

Marco Martins, Psicólogo Clínico é o primeiro peticionário

Número de suicídios na Graciosa tem aumentado e preocupa psicólogo

Psicólogo clínico, Marco Martins diz que não é fácil arranjar emprego nesta al-tura, especialmente na Graciosa, no entan-to revela a necessidade desta especialida-de na ilha que ficou temporariamente sem psicólogos no Centro de Saúde de Santa Cruz porque depois de Marco Martins não ter visto o estágio renovado a psicóloga “esteve de baixa e o centro de saúde ficou sem ninguém para assegurar o serviço”.

Uma necessidade já que a taxa de sui-cídio na Graciosa é bastante elevada com-parada com a média nacional que é de 10

casos para 100 mil habitantes. “A taxa de suicídio é alarmante porque temos uma população de cerca de 4 mil e 300 pesso-as e tivemos 4 a 5 casos de suicídio num ano e isso é claramente muito superior ao que era expectável”, confirma Marco Martins.

Quanto a factores para esta elevada taxa de suicídio, o psicólogo clínico afir-ma que seriam necessários alguns estu-dos para saber a fundo o que realmente se passa no entanto avança com algumas possibilidades que se conjugam com a

actual conjuntura económica. “A própria diminuição de população na ilha e o facto das pessoas conviverem menos, a Gracio-sa está a ficar sem gente e isso é um factor para que as pessoas se isolem e não vejam esperança no futuro e se suicidem”, apon-ta como possibilidades para um problema multi-factorial e que tem também a ver com depressão. “Tem a ver com questões biológicas, perturbação mental, depressão ou alcoolismo e tem a ver com situações de natureza social como a diminuição da população da ilha que entristece as pesso-

as, as pessoas não se projectam nos filhos porque não há crianças. Há uma ausência de futuro associada à crise e as pessoas que estão mais apertadas em termos de dinheiro e que têm mais alguma propen-são para o suicídio pode-se levar a algum comportamento desse tipo”, conclui.

A Graciosa com pouco mais de 4 mil habitantes apresenta 4 a 5 casos de suicí-dio por ano quando a média nacional é de 10 casos para 100 mil habitantes.

C.D.

Percentagem é muito elevada para o total de habitantes

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Correio dos Açores, 13 de Abril de 2012 regional/publicidade 5

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Governo Regional espera pagar o FUNDOPESCA em MaioO Governo dos Açores espera pagar em Maio o FUNDOPESCA, um apoio social para compensar os pescadores pelos dias em que não podem ir ao mar, estimando uma verba global de cerca de 800 mil euros. “O FUNDOPESCA foi accionado a 29 de Março, as candidaturas decorrem até 30 de Abril e contamos estar a pa-gar em Maio”, afi rmou o subsecretário regional das Pescas, acrescentando que o processo agora está mais rápido por ser informatizado.Marcelo Pamplona recordou que será pago a cada pes-cador abrangido por este apoio social uma verba equi-valente ao salário mínimo em vigor na região, cerca de 509 euros, o que deverá envolver um investi-mento global “entre 750 e 800 mil euros”.O subsecretário regional das Pescas falava aos jornalistas depois de ter sido ouvido na Comissão Parlamentar de Economia sobre uma proposta apresentada pelo BE para alterar a legislação relativa ao FUNDOPESCA. “A propos-ta é mais restritiva e deturpa o modo de funcionamento do FUNDOPESCA”, afi rmou Marcelo Pam-plona, acrescentando que a proposta do BE “não serve os interesses dos pesca-dores”.

Os pilotos da SATA Internacional convocaram uma greve de nove dias em protesto contra “atitude inqualifi cável de desprezo” da administração.

Os pilotos da SATA Internacional, companhia aérea açoriana que realiza voos entre os Açores e Portugal e a Europa, decidiram convocar uma greve de nove dias, em protesto contra a “atitude inqualifi cável de desprezo” perante os compromissos assumidos por parte da administração da empresa. A greve será repartida por três períodos: 27, 28 e 29 de Abril, 11, 12 e 13 de Maio e 18, 19 e 20 de Maio.

Em causa está o facto de a administração não ter entregue o acordo alcançado com os pilotos lavrado por escrito ao SPAC - Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil no dia 14 de Março, data combinada para a entrega.

“Numa atitude de boa fé, os pilotos continuaram à espera até ontem do acordo e dos compromissos assumidos pela Admi-nistração com os pilotos. Pior, é que a Administração nem sequer deu uma justifi cação para a quebra do compromisso e numa atitude de desconsideração fez chegar ao SPAC uma hora antes da Assembleia de ontem um documento que pouco ou nada tinha a ver com aquilo que havia sido acordado na reunião de Março”, acrescenta o comunicado dos pilotos da SATA Internacional distribuído pelas redacções.

Os pilotos garantem ainda que a greve só será cancelada se a Administração da SATA Internacional se mostrar “clara e séria quanto ao futuro da empresa, à organização da sua operação, à ma-nutenção dos postos de trabalho e à adopção de políticas salariais em consonância com as suas congéneres nacionais”.

Pilotos da SATA em greve nas festas do Santo Cristo

Paralisação vai decorrer durante 9 dias

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Correio dos Açores, 13 de Abril de 2012regional6

Encomendar navios a Espanha é “brincadeira de mau gosto”

O deputado do PSD Eduardo Teixeira classifi cou ontem a decisão do Governo dos Açores, de encomen-dar dois ferryboats a uma empresa espanhola, como “uma brincadeira de muito mau gosto” face aos sacrifícios pedidos aos portugueses.

“O país, a economia e os portu-gueses estão a fazer grandes esforços, nomeadamente para aumentar as ex-portações. Só como uma brincadeira de muito mau gosto é que podemos ver este anúncio”, afi rmou à agência Lusa o deputado social-democrata.

Em causa está um contrato de 18,6 milhões de euros assinado esta semana entre a Atlânticoline - em-presa pública detida totalmente pelo Governo Regional dos Açores - e

os espanhóis da ‘Astilleros Armon’, para a construção de dois navios para transporte de passageiros e viaturas entre as ilhas do Triângulo, naquele arquipélago.

O concurso público internacional foi lançado em 2011 e mereceu duras críticas dos estaleiros nacionais, que alegaram possuir regras que limita-vam o acesso das empresas portugue-sas.

Os dois navios serão do tipo mo-nocasco e terão capacidade entre os 333 passageiros e oito viaturas e os 246 passageiros e 12 viaturas.

A entrega está prevista entre Agosto e Outubro de 2013, de forma a permitir “alterar substancialmente o método de transporte entre estas ilhas”, afi rmou, terça-feira, Vasco Cordeiro, secretário regional da Eco-nomia, acrescentando que os navios permitirão dar “um novo impulso” à economia das ilhas do Faial, Pico e São Jorge.

“Apesar de se tratar de uma ques-tão muito séria, só por brincadeira é que o secretário regional anuncia uma decisão destas e no dia seguinte pede a demissão”, afi rmou ainda Eduardo Teixeira, aludindo à saída de Vasco Cordeiro do executivo dos Açores, para se concentrar na candidatura às

próximas eleições regionais.O social-democrata lembra que

“se os Açores precisam de bar-cos já os têm”, como os que foram construídos nos Estaleiros Navais de Viana do Castelo (ENVC), negócio que a empresa Atlânticoline acabou por rescindir em 2009.

“Escusam de encomendar ou fre-tar navios. Têm o ‘Atlântida’ pronto e o ‘Anticiclone’ concluído ao nível do casco, escusam de aumentar as nossas importações, porque o estado do país não está para este tipo de brincadei-ras”, disse ainda Eduardo Teixeira.

Só os custos com a manutenção do ‘Atlântida’ ascendem, em qua-tro anos, a cerca de nove milhões de euros, além dos 50 milhões que o na-vio deveria ter representado como en-caixe fi nanceiro para os ENVC.

Com o ‘Anticiclone’, o segundo ferryboat encomendado pelos Açores, a empresa pública de Viana do Cas-telo já gastou cerca de 14 milhões de euros, nomeadamente em aço, tendo em conta que todo o casco está prati-camente concluído, e outro material.

“Face a este cenário, é tempo de o Partido Socialista, de uma vez por to-das, se envolver no processo e ajudar a tentar ultrapassar este problema”, rematou o deputado do PSD.

Workshop da Serralves sobre sensibilização para a arte contemporânea

A cidade de Ponta Delgada vai receber, a 5 de Maio, o I Workshop da Fundação Serralves, cujo tema base é a sensibilização para a arte contemporânea.

O anúncio foi feito esta manhã pela Presidente da Câmara de Ponta Delgada, numa conferência de Im-prensa realizada durante a visita ofi cial que Berta Cabral realizou à Academia das Artes dos Açores (ADA). Tra-ta-se do primeiro Workshop da Fundação Serralves nesta cidade e que surge na sequência de um protocolo assi-nado, em 2010, que tornou Ponta Delgada em Câmara Fundadora da Serralves. É uma iniciativa da Câmara Municipal de Ponta Delgada organizada pela Fundação Serralves que conta com as parcerias da Academia das Artes dos Açores, Escola Secundária Antero de Quental e Galeria Fonseca Macedo.

A 5 de Maio entre as 10h00 e as 13h00 e entre as 15h00 e as 19h00, no Centro Municipal de Cultura de Ponta Delgada, João Fernandes, diretor do Museu de Arte Contemporânea de Serralves (Porto) vai falar sobre te-mas tão diversos como “De que falamos quando falamos de Arte Contemporânea?”, “O que é a arte contemporâ-nea?”, “Quem decide o que é ou não arte?”, “Isto tam-bém eu fazia?”, “A vanguarda”, “Tudo pode ser arte?”, “O que mudou na arte do século XX?”, “Arte = pintura e escultura?”, “A arte sai do museu” e “Anos 1960-70 em perspectiva: os inícios da arte contemporânea”.

Este Workshop tem como destinatários artistas plás-ticos, dirigentes artísticos e estudantes de arte. As inscri-ções são gratuitas e limitadas e podem ser feitas através do email [email protected] até 30 de Abril próximo.

Berta Cabral considerou a primeira iniciativa or-ganizada pela Serralves em Ponta Delgada de extrema importância para os Açores, relembrando que a parceria existente entre a autarquia e a fundação também vai per-mitir avançar com o Museu de Arte Contemporânea de Ponta Delgada, quando a conjuntura o permitir.

Aliás, a colaboração entre as duas entidades envol-ve um projecto de promoção e divulgação cultural e ambiental tendo em vista a aproximação das populações às linguagens da produção cultural contemporânea e à sensibilização ambiental, bem como à importância da inovação e criatividade no desenvolvimento económico e social. O estatuto de Fundadora reconhecido à Câmara Municipal de Ponta Delgada é vitalício.

Berta Cabral aproveitou a oportunidade para anun-ciar, ainda, a realização, no princípio do mês de Junho de uma visita guiada aos bastidores de Serralves, que se encontra aberta aos artistas de todas as ilhas.

Esta visita guiada, adiantou, poderá estender-se a Guimarães – Capital Europeia da Cultura – e surge numa altura em que a fundação está a realizar o seu maior even-to anual, Serralves em Festa. Adiantou que os custos ine-rentes à participação dos artistas açorianos nesta visita guiada estão a cargo dos próprios, mas também referiu que a Fundação e a própria autarquia estão a tentar ne-gociar um pacote para que os preços desta deslocação se tornem mais acessíveis aos interessados.

Em Ponta Delgada

Quanto aos Estaleiros Navais da Madalena, o deputado Eduardo Teixeira diz que “Vasco Cordeiro ao pretender renovar esta pro-messa aos picoenses, fi cou-se por meias conversas, declarando que para este objectivo tinha encontrado um parceiro, mas que ain-da não podia dizer o nome.

Face aos sacrifícios que são pedidos aos portugueses

PCP lamenta que os estaleiros portugueses não tenham sido os escolhidos

O líder do PCP/Açores, Aníbal Pires, lamentou que os dois navios para transporte de passageiros e viaturas no grupo Central tenham sido encomendados a estaleiros es-panhóis, mas admitiu que estão em causa as regras dos concursos inter-nacionais.

“Lamentamos que a construção dos barcos não tenha sido entregue a um estaleiro naval nacional”, afi r-mou Aníbal Pires, em declarações à Lusa, reconhecendo, no entanto, que a Atlânticoline, empresa públi-ca açoriana que gere os transportes marítimos de passageiros no arqui-pélago, cumpriu “as regras dos con-cursos internacionais”.

Aníbal Pires criticou o facto de este investimento de 18,6 milhões de euros não fi car em território

nacional, nomeadamente nos Es-taleiros Navais de Viana do Cas-telo (ENVC), que estão a passar por “difi culdades”, mas acusou a administração dos ENVC e o Go-verno da República de “inércia e incúria” na gestão da empresa.

Para o líder regional comunista, se os novos barcos para os Açores não são construídos em Portugal, “essa responsabilidade é mais da República e dos estaleiros” do que do Governo dos Açores, recordan-do a polémica com a construção do navio Atlântida, encomendado aos estaleiros nortenhos e depois recu-sado pelo executivo regional por não cumprir os requisitos exigidos no caderno de encargos.

Aníbal Pires defendeu que a construção naval é uma “área de

excelência” em Portugal, mas alertou que tem sido “descurada” pela administração dos ENVC e pelo Governo da República.

Uma fonte da Atlânticoline, contactada pela Lusa para comentar as críticas sobre a encomenda dos dois navios a estaleiros espanhóis, recordou que “nenhum estaleiro nacional” concorreu ao concurso internacional lançado para a sua construção.

“Já se sabia há muito tempo que os barcos não seriam construídos em Portugal”, afi rmou, acrescen-tando que este tipo de discussão “não faz sentido” nesta altura.

A fonte referia-se às críticas feitas pelo deputado do PSD à Assembleia da República, Eduardo Teixeira.

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Correio dos Açores, 13 de Abril de 2012opinião8

Morreu o Maestro Emílio PortoRepto a quem de direito

Um nome para a história

Neste dia e em jeito de mere-cida homenagem à memória do Comendador Manuel Emílio Porto, o Correio dos Açores deixa à di-recção Regional da Cultura e à Câ-mara Municipal das Lajes do Pico o desafio de perpetuar a memória do escritor e compositor da melhor forma que tal pode ser feito.

O acervo musical do maestro tem garantias de ser salvaguarda-do pela Associação do grupo Coral das Lajes do Pico e é isto que se espera.

Manuel Emílio Porto, desde há alguns anos atrás, tem publicado uma série de importantes escritos no seu blogue “Alto dos Cedros”. Textos de grande humanismo, de reconhecimento por factos e figu-ras da nossa história, de cultura popular e de música.

O nosso desafio é que as enti-dades que podem e têm meios para o fazer, façam a recolha destes textos e os publiquem em livro, evitando que se perca um precioso património cultural que tem feito as delícias dos que frequentam es-tas novas formas de comunicação.

O desafio fica feito e espe-ramos que possa ter eco junto de quem tem o dever de zelar pelos verdadeiros e desinteressados va-lores culturais do nosso tempo, de que Manuel Emílio Porto é um cla-ro e inesquecível exemplo.

SN

Morreu o maestro e compositor Emílio Porto. A notícia caiu, inesperada, na quarta-feira à noite. Preparando-se para uns dias de descanso, numa viagem ao norte de Portugal, que horas antes, por mail, tinha comunicado aos seus amigos mais íntimos, e no meio de um ensaio que fazia, no “seu” Grupo Coral das Lajes do Pico, sucumbiu a ataque fulminante contra o qual nada se pôde fazer.

Nos seus 76 anos, (nasceu a 20 de Dezem-bro de 1935), Emílio Porto respirava vida e dinamis-mo, o que tornou ainda mais dolorosa a notícia do seu falecimento.

Natural da Ribeiri-nha, do Pico, onde hoje é sepultado, Emílio Por-to notabilizou-se como Homem e como Músico. Depois do ensino primá-rio, foi para o Seminário de Angra. Aí, desde cedo, sobressaíram os seus dotes musicais e ainda aluno, já era regente e en-saiava os alunos mais no-vos e colaborava com Ed-mundo Machado Oliveira na preparação do Orfeão e da Schola Cantorum do Seminário.

Ordenado sacerdote, teve especial infl uência, nos anos sessenta, na fre-guesia de São Caetano do Pico, com a renovação pastoral e litúrgica saída do Concílio Vaticano II. Frontal e directo, nunca temeu os poderes insti-tuídos e, por coerência pessoal, acaba por pedir dispensa do ministério sacerdotal, o que, depois de muitas lutas e difi -culdades, lhe foi concedido!

Completou os seus estudos, com licen-ciatura, em Setúbal e nunca deixou o grande ideal humanista e cristão que o norteava. Co-erente e defensor de que para falar era preci-so corresponder com agir, embrenhou-se na política açoriana, numa época bem difícil, na instauração da Autonomia açoriana. Assim, candidatou-se e foi eleito deputado regional, nas I e II legislaturas da Assembleia Regional, no grupo Parlamentar do PS.

Pedagogo por vocação, o ensino era a sua paixão e muitos dos seus alunos, em diversas ocasiões, têm realçado esta vertente importan-te da sua vida: “ensinar não tem tempo nem lugar! Ensinar é tornar universal o cantinho onde estamos”!

Nunca deixou a música e sempre dizia que ninguém escreve uma partitura para fi car na gaveta. Regeu capelas polifónicas, em muitos lados, mas em 1983, por altura da Semana dos Baleeiros, surge o Grupo Coral das Lajes do Pico. Era para ser uma apresentação, no decor-rer duma festa, mas logo se torna um projecto de tão grande êxito que nunca mais parou.

Emílio Porto é o rosto do Coral, mas é aci-

ma de tudo a alma da iniciativa. E não se fi ca por casa.

Neste mesmo Correio dos Açores, em 2010, numa grande entrevista concedida a Afonso Quental, Emílio Porto diria que anda-ram pelo Pico, São Miguel, Terceira, São Jor-ge e Faial. Para fora destas ilhas, cantaram em Vila do Conde, em Santiago do Cacém, Vila Nova de Santo André, Sines, Mafra, Cangas – Galiza e Toronto. Foram presenças, quase

todas, de carácter cultural e feitas em intercâm-bios com outros coros.

E tudo isto porque, segundo ele mesmo afi rmou naquela entrevista, pensamos que estamos a preservar e a prestigiar as nossas tra-dições. Ao tomar a música popular, e fazer que seja possível o seu canto polifónico, nada mais fazemos do que valorizar essa própria música. Alguns dirão que essa música deve ser cantada tal e qual o é nas suas origens – o folclore. Pen-so que não. E sigo o rumo de outros mestres em música, como Lopes-Graça, Joel Canhão, Manuel Faria e outros, com outros coros.

O Grupo Coral da Lajes edita vários CD, o último dos quais com uma recolha extraor-dinária sobre as músicas do Espírito Santo em várias ilhas.

Manuel Emílio Porto é condecorado pelo Presidente Jorge Sampaio com o grau de Comendador da Ordem de Mérito e, dentro de portas é agraciado com a insígnia de Mérito da Região Autónoma dos Açores. Mas nada disso lhe retira a sua proverbial humildade e a sua maneira de estar, sempre perto de todos, sempre de porta aberta a quantos lhes pediam um conselho ou um acorde musical. E quando falava da sua casa e da sua hospitalidade dizia

sempre: “vem e traz um amigo também”.Celebrando-se este anos os 150 anos da

fundação do Seminário de Angra e preparan-do-se uma visita à cidade património de um grupo de antigos alunos daquele estabeleci-mento de ensino, das décadas de 50/60 do século passado, Emílio Porto estava na linha da frente, nos projectos e nos sonhos, com in-tervenção activa e permanente, na rede social onde contacta o Grupo.

Emílio Porto pode e deve ser considerado um revolucionário da música coral nos Aço-res. Ele fez aproximar a polifonia do gosto po-pular e elevou as músicas simples do povo a patamares nunca dantes atingidos, com os seus arranjos polifónicos.

Será lembrado como alguém que viveu a música numa tal dimensão que fez dela um ponto de encontro de diversas sensibilidades aparentemente inconciliáveis.

Mas, além disso, e acima disso tudo, fi ca o seu exemplo de cidadão comum que viveu a dimensão do Pico e dos Açores, com a sua família, com a dor da morte de sua primeira es-posa e com a alegria perene e contagiante que emanava autoridade difícil de suplantar.

Como escritor, os textos que deixa, as conferências que proferiu, as apresentações de livros que fez e as crónicas que escreveu, são de um testemunho invulgar que não cabe aqui neste apontamento.

Os Açores estão mais pobres, mas como escrevia ontem o poeta açoriano Artur Goulart, o coro dos anjos precisava de um maestro. E Manuel Emílio Porto foi o escolhido!

Santos Narciso

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Semana Académica comemora bodas de prata este anoA XXV Semana Académica vai realizar-se de 20 a 28 de Abril no Pa-vilhão do Mar e conta, mais uma vez, com o patrocínio e apoio da Câmara Municipal de Ponta Delgada.José Andrade, Vereador da Cultura da Câmara Municipal, este-ve presente na cerimónia de apresentação do cartaz desta XXV Semana Académica, que se realizou, ontem, no anfi teatro C da Universidade dos Açores e afi rmou que “Ponta Delga-da abraça, mais uma vez, a sua vocação de ser uma ci-dade jovem com o seu apoio institucional à Semana Académica, à Associação Académica e à Univer-sidade dos Açores”. Num ano em que a Semana Académica comemora as suas bodas de prata, José Andrade relembrou que “este já é um evento marcante para animação da cidade” e, por isso, “Ponta Delgada orgulha-se de acolher esta semana académica desde o seu início”.“Ponta Delgada é conhecida por ser uma capital de juventude” e isso leva a que “a Câmara Municipal se orgulhe e se mostre sempre disponível para apoiar estes even-tos que fomentam o lado jovem da ci-dade”, frisou o Vereador.

Capelas, 12 de Abril de 2012. Dei um salto na cama e um murro no colchão… a notícia, saída da boca de Pedro Moura, no seu Bom Dia, Açores, caiu-me como uma bomba, um coice do lado do coração: o Pico está de luto… morreu Emílio Porto. Caiu fazendo aquilo que mais gostava: a ensaiar o seu Grupo Coral das Lajes do Pico.

Há tempos dizia-me: “do meu curso, só estou eu… foi-se o Manuel António, foi-se o Manuel Raimundo, estou eu, Manuel Emílio, só.”

Tão entusiasmado andava ele com a perspectivada visita a Angra do Heroísmo por ocasião dos 150 anos do Seminário de Angra. Produzira, por estes dias, belíssimos textos recordando a história riquíssima do Seminário no campo musical. Enfim… entusiasmo bastante para galva-nizar tantos outros que, a seu lado, com ele e com muitos percorreram os mesmos corredores, se sentaram nas mesmas carteiras, jogaram os mesmos futebóis, rezaram as mesmas orações… se fizeram gente para enfrentar a vida, com tudo aquilo que ela nos foi trazendo de bom e de mau.

Ainda ontem enviava saudações a todos os seus amigos, através de correio electrónico, anunciando que ia dar uma volta pelo Nor-te de Portugal.

Conheci-o em Angra, no Seminário. Andava ele no tercei-ro ano de Teologia e, como maestro da Capela dos Teólo-gos, fora destacado por Edmundo Machado de Oliveira, para ensaiar os miúdos, escolhidos por não terem ainda mudado a voz, para cantarem a parte de contraltos nas Matinas de Perosi, tradicionalmente celebradas na Sé por ocasião do Natal.

Estávamos em 1960. Desde aí habituei-me a admirar o Emílio e, com ele fui aprendendo muito do que fui fazendo pela vida fora, so-bretudo, no campo musical.

Trocámos sempre os nossos traba-lhos discográficos. Logo que surgiam tínhamos “pressa” em remetê-los um ao outro e dele vinham sempre pa-lavras de admiração, de apoio, de incentivo.

Obrigado, maestro.Hoje fiquei perdido. Nes-

te mar. Na tua noite última. Até sempre.

Carlos Sousa

Adeus, Emílio!“Perdidos na noite, perdidos no mar”

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Museu do Trigo recebe mostra de Pintura em TecidoEstará patente no Museu do Trigo, de 16 a 30 de Abril a Exposição de Pintura em Tecidos da autoria da Povoacense Lina Sousa. Esta exposição tem como objectivo principal sensibilizar e dar visi-bilidade aos nossos talentos povoacenses e fazer um convite aos visitantes a acompanharem o desenvolvimento cultural.Lina Maria Furtado Sousa Andrade nasceu na Povoação a 10 de Dezembro de 1972.Frequentou a Escola Básica da Povoação onde comple-tou o 11º ano de escolaridade.Sem obter qualquer orientação por parte de profi s-sionais e sem frequentar escolas especializadas no ramo (artístico), Lina desenvolveu, sozinha, a sua habilidade artística. Retorna à escola com 17 anos e nesta al-tura os seus desenhos passam a ser mais apreciados, passando a participar na elaboração de cenários na escola, em alturas festivas. Inserido no tema da Exposição será ainda realizada uma demonstração de pintura de tecido no dia 20 de Abril, pelas 9h30 com as crianças da Creche e Jar-dim de Infância Maria Isabel Medeiros.

O CDS/PP desafi ou ontem o Governo dos Açores a “abrir uma rota de carga aérea” entre Ponta Delgada e Lisboa, alegando que o actual modelo de transporte coloca “constrangimentos nas trocas comerciais”.

“Num momento em que se tenta promover as exportações e a dinamização económica, faz todo o sentido que se vá para além da solução que temos nos Açores para o transporte de carga aérea. O CDS/PP desafi a o Governo Regional a abrir uma rota de carga aérea entre os aeroportos João Paulo II, em Ponta Delgada, e da Portela, em Lisboa”, afi rmou Pedro Medina, deputado regional do CDS/PP.

Pedro Medina, que falava numa conferência de imprensa em Ponta Del-gada, frisou que existem “muitos constrangimentos no escoamento de mer-cadorias”, nomeadamente “ao nível dos produtos perecíveis”.

Nesse sentido, salientou o caso do pescado que, “devido à falta de lugar em muitos dos voos que fazem a ligação entre Ponta Delgada e Lisboa, tem que ser escoado por via marítima, em contentores frigorífi cos”.

Para o CDS/PP, a nova rota de carga aérea a criar deveria ser realizada, “pelo menos, cinco vezes por semana”, admi-tindo que poderia ser “explorada” pela transportadora aé-rea regional SATA.

“Faz todo o sentido criar a rota de carga área”, de-fendeu Pedro Medina, recordando que já existe na Madeira e que, em termos de números de movi-mentos de carga, os Açores “têm vantagem”.

Pedro Medina frisou que “os Açores têm muitos produtos que podem ser colocados em diversos mercados e há todo o interesse que se altere a actual forma organizativa do transporte de carga aérea”, critican-do as medidas “avulsas” que o exe-cutivo socialista tem anunciado, como a recente redução de 50 por cento na taxa de combustível do transporte aéreo de carga para o continente.

CDS-PP desafia Governo a abrir rota de carga aérea entre Ponta Delgada e Lisboa

Evitar constrangimentos nas trocas comerciais

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A ascensão e queda de Vasco Cordeiro…

Vasco Cordeiro – Para percebermos melhor a atitude do candidato do Partido Socialista, perdoem-me os leitores, mas terei que recorrer a uma metáfora futebo-lística. Imaginem que uma equipa apresen-ta um jogador lesionado e a outra coloca a bola fora. No recomeço do jogo, a equipa que benefi ciou do lançamento, troca a bola, faz algumas jogadas, percebe que não con-segue marcar golo ou criar perigo e após os constantes assobios recriminatórios da sua falta de fair-play, atira a bola fora, julgan-do com esta medida, repor a justiça na si-tuação. Vasco Cordeiro é candidato desde Outubro de 2011. Desde Janeiro que anda em campanha e em Abril, decide deixar o cargo. “Atitude nobre” dizem uns, outros não lhe perdoarão a indecisão que levou a abandonar o barco, numa altura de enor-mes difi culdades para todos os Açoria-nos, com a negociação para a diminuição do preço das passagens aéreas em curso, a SATA a enfrentar uma grave situação com os sindicatos, com os problemas que existem nos transportes marítimos, com a estagnação da nossa economia, numa épo-ca estratégica para o desenvolvimento do nosso turismo, entre tantos outros aspec-tos. Mais, será correcto adjudicar a espa-nhóis (de novo espanhóis!) logo endividar a região em mais cerca de 20 milhões de euros, a construção dos barcos para o gru-po central e deixar o cargo no dia seguin-te? Tal investimento não deveria merecer um acordo suprapartidário de modo a que o próximo governo não fi que refém desta estratégia que já deu provas de ser errada? Meia vitória para Aníbal Pires, que mostra um despropositado rancor a Berta Cabral, mas que com a insistência das suas acções, conseguiu que Vasco Cordeiro abdicasse do cargo. Longe vão os tempos em que bastava a oposição dizer algo que o Partido Socialista dos Açores fazia exactamente o contrário, numa lógica de mostrar onde estava o poder. Assim mostraram fragili-dade. Bem respondeu Berta Cabral à saída do Secretário da Economia, a dizer que o seu cargo é de eleição directa e não de no-meação, pelo que tem que prestar contas a quem a elegeu - aos munícipes de Ponta Delgada. Para fi nalizar, gostaria de mos-trar as várias etapas da pré-campanha do Partido Socialista. Primeiro, Vasco Cor-deiro aparecia com Carlos César em todo o lado, depois passou a acumular as fun-ções de todos os outros Secretários (menos

José Contente), depois passou a aparecer apenas com José Contente e por último sozinho. Aliás, se dúvidas existissem so-bre a falta de apoio que este candidato tem dentro do próprio PS/A, bastava ver quem presenciou a conferência de imprensa do próprio partido, numa desconcertante ale-gria pela sua saída. Vejam lá se não é sin-tomático…

Miradouros – Que o actual governo não sabe fazer obras, já todos sabemos, mas que continue a desbaratar os nos-sos recursos, já não achamos tanta piada. Então agora que as SCUT estão prontas, lembraram-se de construir os miradouros e postos de abastecimento de gasolina. Cla-ro que agora, para além de parecer um re-mendo, vamos assistir a mais obras naque-las vias. Por outro lado, não deixa de ser curioso e lamentável que estes empreendi-mentos sejam da responsabilidade da em-presa que construiu as SCUT. Então, além dos muitos milhões que ganharam com a construção das SCUT, seja pela obra, seja pela renda anual, ainda vão conseguir rentabilizar a mesma, através de contratos de exploração de postos de abastecimento de combustíveis. Este negócio foi mesmo uma mina de ouro para a empresa… Só falta anunciarem que vão cobrar o acesso das pessoas aos miradouros…

Nada – O Partido Socialista nos Açores já nem consegue disfarçar os seus tiques de autoritarismo. Achei ridícula a visita de uma delegação deste partido à Associação Académica da Universidade dos Açores e como nada tinham a dizer, nada de concre-to existia, lembraram-se de pedir àquela associação que não deixasse de apoiar os alunos em maiores difi culdades, desvalo-rizando o seu trabalho e como se a própria não estivesse atenta às necessidades dos estudantes da nossa academia. Curiosa foi a resposta, pois a AAUAc afi rmou que ain-da não lhes tinha chegado qualquer pedido de alunos em difi culdades. E assim se fez perder tempo a tanta, tanta gente…

P.S. – Os Açores aparecem na cauda da tabela no índice de desenvolvimento regional em 2009. A região está atrás da maior parte das regiões do país e mui-to abaixo da média nacional. Estamos atrás do Pinhal Interior Sul, imagine-se... Os indicadores para cotação do índice são: competitividade, coesão e qualidade ambiental e apenas o bom desempenho desta última é que permitiu melhorar um pouco a classifi cação da região. Ou seja, ao nível da competitividade e da coesão estamos em patamares confrangedores. Por outro lado, é digno de registo de que a cotação da qualidade ambiental tem vin-do a baixar ao longo dos anos, mostrando o falhanço das políticas do governo (tam-bém) neste sector.

Ponto de Situação

Por Paulo do Nascimento Cabral

Zonas balneares dos Açores candidatas a galardão “Praia acessível, Praia para todos”

Os Açores voltam a assistir, este ano, ao aumento da sua importância no programa nacional “Praia acessível, praia para todos!”. Este galardão resulta de uma pareceria entre o Instituto Nacional para a Reabilitação, Instituto da Água, o Turismo de Portugal e o Instituto do Emprego e Formação Profi ssio-nal, e pretende galardoar zonas balneares onde se encontrem criadas condi-ções de usabilidade por parte de todas as pessoas, sem que se ponha em causa a idade, difi culdades de locomoção ou mobilidade.

A lista de candidaturas a este galardão, para o ano em curso, é composta por quinze zonas balneares, distribuídas pelas ilhas de São Miguel, Terceira, Faial e Santa Maria, e regista este ano uma nova entrada, a da Praia do Porto Pim, no Faial.

Todas as candidaturas foram agora validadas pelo coordenador regional e os Açores passam assim a inscrever 13% do número total de zonas candidatas a este importante galardão, no contexto nacional. Tal representa um incre-mento signifi cativo da importância dos Açores para este programa, quando comparado com os 8% que se registaram no ano passado.

Estes dados testemunham, segundo o Director Regional dos Assuntos do Mar, Frederico Cardigos, “a inequívoca tendência de melhoria que se tem ve-rifi cado na qualidade das nossas zonas balneares, sendo por isso de esperar que certifi cações como esta surjam como sua consequência natural, uma vez que as zonas balneares dos Açores são reconhecidas como locais de elevada qualidade ambiental, e este galardão vem demonstrar que estão também pre-paradas para serem fruídas por todos, sem excepção.” Ainda segundo Frederi-co Cardigos, “este é um resultado encorajador para nós, até porque, em 2005, ano em que este programa teve início, a região tinha participado apenas com uma zona balnear, o que correspondeu, na altura, a 2% da representatividade da região para este importante galardão nacional, o que atesta o esforço que temos desenvolvido nos últimos anos não apenas o Governo Regional dos Açores, mas também e em particular por parte das entidades gestoras das zo-nas balneares”.

O galardão “Praia acessível, praia para todos!”, com início em 2004, é atribuído anualmente, com os primeiros galardões a serem atribuídos no ano seguinte, em 2005. De entre as condições que determinam uma zona balnear como acessível, podendo em consequência hastear este galardão, destacam-se o acesso pedonal fácil, o estacionamento adequado, o acesso à prática balnear, por rampa ou com recurso a meios mecânicos, passadeiras no areal, sanitários acessíveis e posto de socorros acessíveis.

Candidatura revela qualidade

Uma noite dedicada a Saturno no Observatório Astronómico

O Observatório Astronómico de Santana – Açores (OASA) irá abrir portas no próximo sábado, dia 14 de Abril, entre as 21h00 e as 23h00, para uma observação nocturna dedicada ao planeta Saturno. Esta actividade insere-se nas comemora-ções do Mês Internacional da Astronomia 2012 que decorrem durante todo o mês de Abril.

Com Saturno em oposição no dia seguinte, este belo planeta estará tão brilhan-te quanto possível, favorecendo a sua observação através de instrumentos ópticos. Uma excelente oportunidade para observar o planeta que é a “Jóia do Sistema Solar” em toda a sua beleza. Todos os que visitarem o OASA, e caso as condições meteorológicas o permitam, terão a oportunidade de observar Saturno bem como outros objectos de céu profundo. Haverá várias actividades para aos mais novos e uma pequena apresentação sobre este gigante gasoso.

Neste ano de 2012, o OASA tem a honra de ser um dos afi liados interna-cionais do Mês Internacional da Astronomia 2012, organizado e divulgado pela associação Astronomers Without Borders, que procura manter o espírito e o grande sucesso do Ano Internacional da Astronomia em 2009.

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Catorze fi larmónicas da ilha de São Miguel vão incorporar-se, este ano, na grandiosa Procissão em honra do Senhor Santo Cristo dos Milagres, que se realiza, em Ponta Del-gada, no próximo dia 13 de Maio.

A Mesa da Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres efectuou, no fi nal do passado mês de Março, o habitual sorteio para o preenchimento dos respetivos troços no cortejo processional tendo, então, sido confi rmada a participação das seguintes fi lar-mónicas: Filarmónica Lira do Norte (Rabo de Peixe); Banda Sagrado Coração de Jesus (Faial da Terra); Banda Lira Nossa Senhora da Saúde (Arrifes); Filarmónica Fraternidade Rural (Água de Pau); Banda de Nossa Senhora das Vitórias (Santa Bárbara); Filarmónica Lira das Sete Cidades (Sete Cidades); Filarmónica Estrela d’Alva (Lagoa); Sociedade Filarmónica Minerva (Ginetes); Filarmónica Aliança dos Prazeres (Pico da Pedra); Fi-larmónica Eco Edifi cante (Nordeste); Filarmónica Imaculada Conceição (Fazenda); Fi-larmónica Lira de Nossa Senhora da Estrela (Candelária); Filarmónica Estrela do Oriente (Algarvia); Filarmónica São Salvador do Mundo (Ribeirinha).

O programa das festividades deste ano abre, no dia 10 de Maio, com o Concerto de Abertura, por grupos vocais e instrumentais do Conservatório Regional de Ponta Del-gada, na Igreja de Nossa Senhora da Conceição, sede da Paróquia de São José.

No dia seguinte, a execução do Hino do Senhor Santo Cristo, por ocasião da inauguração da iluminação decorativa da fachada do Santuário do Senhor Santo Cristo dos Milagres e do Campo de São Francisco estará a cargo da Fi-larmónica Aliança dos Prazeres (Pico da Pedra), ao que se seguirá o desfi le da Charanga dos Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada.

O concerto dessa sexta-feira será dado pela Filarmónica Aliança dos Prazeres.

No sábado, a Procissão da Mudança será acompanhada pela Filarmónica Fraternidade Rural (Água de Pau), estando em programa, a actuação da Orquestra de Violas da Terra e um concerto pela Banda Sociedade Filarmónica Minerva (Ginetes).

No Domingo do Senhor, o concerto no arraial do Campo de São Francisco será executado pela Ban-da Lira das Sete Cidades (Sete Cidades).

Na segunda-feira, feriado municipal, o programa apresenta Cantigas ao Desa-fi o pelos cantadores da Associação dos Cantadores dos Açores e o concerto da Orquestra Ligeira de Ponta Del-gada.

A 17 de Maio, último dia das festas, está confi rmada a actuação do grupo Bora Lá Tocar, fi cando o concerto de encerramento a cargo da Banda da Zona Militar dos Açores.

A Irmandade do Senhor Santo Cristo dos Milagres elegeu como mensagem de refl exão para as festividades deste ano, a expressão simbólica: A Paixão de Cristo que nos une.

Na verdade, a contemplação da Veneranda Imagem do Senhor Santo Cristo dos Milagres - o Ecce Homo - transporta-nos sempre, para os mistérios dolorosos da Paixão e da Morte de Jesus Cristo que sinali-zam um elevado exemplo de humildade e de amor ao próximo.

Pretende a Irmandade, com esta iniciativa, considerar a partilha e a solidariedade que o sofrimento infringido a Je-sus representa, nos seus penosos momentos, como valores que devem sustentar, na vivência da Fé de cada um, o comportamento, nos dias difíceis que se atravessam, dos devotos e peregrinos do Senhor Santo Cristo dos Milagres.

E, quando, em procissão gloriosa, a Vene-randa Imagem percorrer, outra vez, as ruas da cidade de Ponta Delgada, cumprindo-se a secular tradição, revelar-se-ão, en-tão, novos sinais de esperança e de reconhecimento da bondade divina que saciarão o coração de todos na sua entrega à acção de gra-ças.

Catorze filarmónicas integrama procissão do Santo Cristo

A 13 de Maio

Page 20: Jornal correio açores

O Governo quer proibir o consumo de tabaco nos veículos em que via-jem crianças. A medida foi anunciada esta semana no Parlamento pelo ministro da Saúde.

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012nacional16

Fumar no carro com crianças vai ser proibido

Medida anunciada no Parlamento

O ministro Paulo Macedo (de pé) defendeu mais restrições para a venda e consumo de tabaco

“Temos a intenção de restringir o fumo do tabaco em espaços fechados, nomeadamente em veículos fechados, quando transportem crianças”, garantiu Paulo Macedo, sem adiantar quando nem de que forma é que esta medida será implementada, nem os moldes em que será feita a sua fi scalização. Contactado pelo CM, o gabinete do ministro não esclareceu a que idade das crianças se referiu Paulo Macedo e respondeu ape-nas que, para mais pormenores, se deve aguardar “a apresentação do diploma que está a ser preparado”.

No âmbito da revisão da legislação sobre o tabaco, em vigor há quatro anos, Paulo Macedo acrescentou que está pre-

vista a introdução de “anúncios explíci-tos nas embalagens de tabaco sobre os seus efeitos na saúde”, medida que vem complementar a limitação dos postos de venda, que poderá passar pelo fi m das máquinas automáticas.

No centro da discussão no Parla-mento esteve também o encerramen-to da Maternidade Alfredo da Costa (MAC), em Lisboa, um dia após o pro-testo que reuniu duas mil pessoas junto à instituição. “A haver uma crónica de morte anunciada, ela vem desde 2005, quando se reconheceu que tecnicamen-te um hospital monovalente não tem razão de existir”, disse Paulo Macedo, acrescentando que “a MAC não faz seis

mil partos anuais, mas sim três mil. Os casos de maior risco já vão para a Ma-ternidade Magalhães Coutinho, inserida no Hospital D. Estefânia”.

O ministro da Saúde garantiu ainda que a existência de nove maternidades públicas em Lisboa coloca em risco os 1500 partos necessários para a classi-fi cação de maternidade no Hospital de Santa Maria, colocando assim em peri-go esta valência.

Proibida venda de álcool em postos de combustíveis

O consumo e a venda de álcool se-rão proibidos em postos de combustí-

veis e após a meia-noite em qualquer estabelecimento que não seja de restau-ração e bebidas, segundo uma proposta de alteração à lei do álcool, que prevê ainda o aumento da idade mínima para a compra de álcool dos 16 para os 18 anos. Segundo o secretário de Estado da Saúde, Leal da Costa, “os jovens não vão consumir em bares mas acabam por ter acesso a álcool e estar em festa em sítios que perigam a sua segurança”.

Governo aprova alterações ao subsídio de doença e “não toca” no valor do subsídio de maternidade

Em conferência de imprensa realiza-da no fi nal da reunião semanal do conse-lho de ministros, o ministro da Segurança Social, Pedro Mota Soares, adiantou que, em relação ao subsídio de doença, o Go-verno recuperou o regime de 2004, esta-belecendo “uma diferenciação nas baixas conforme a sua duração”.

Assim, ao contrário do que acontecia até agora, em que o regime era semelhan-te nos primeiros 90 dias, é introduzido um novo regime até 30 dias.

Segundo Mota Soares, o objectivo é garantir “efectivamente que não se recebe mais estando em situação de baixa do que se poderia receber estando a trabalhar”.

“Neste regime até aos 30 dias pro-pomos que a remuneração de referência passe a ser de 55 por cento e que no res-tante, entre os 60 e os 90 dias, passe a ser

de 60 por cento”, precisou, sublinhando que “a maioria dos casos de abuso ou de fraude se verifi cam exactamente nas bai-xas de curta duração” e onde é “muito difícil ao próprio Estado proceder a essa mesma fi scalização”.

O ministro da Segurança Social re-velou também que foi introduzida uma diferenciação de “situações mais vulnerá-veis”, onde haverá uma majoração de cin-co por cento, nomeadamente no caso dos trabalhadores com rendimentos iguais ou inferiores a 500 euros, trabalhadores que estando a auferir abono de família tenham três ou mais fi lhos ou trabalhadores com defi cientes no seu agregado familiar.

Relativamente aos subsídios de parentalidade, Mota Soares esclareceu que, seguindo duas recomendações do provedor de Justiça, foram introduzidas

“duas correcções pontuais no regime”.Por um lado, frisou, é garantido que

nenhuma mulher trabalhadora grávida que perca o posto de trabalho antes de estar a receber esta prestação deixa de re-ceber o subsídio de maternidade.

“Hoje é um erro da lei, a lei hoje não prevê isto”, enfatizou.

Além disso, continuou o ministro da Segurança Social, “não tocando no valor do subsídio de maternidade” é garanti-do que independentemente da altura do ano em que o subsídio é requerido irá corresponder a 100 por cento da remu-neração bruta de quem requer esta pres-tação.

Quanto à protecção na eventualidade de morte, o Governo aprovou a conver-

gência entre o regime dos funcionários públicos e o regime dos privados.

Mota Soares adiantou ainda que foi estabelecido um aumento do prazo para fazer a restituição das prestações sociais indevidamente atribuídas.

Assim, do prazo actual de 36 meses passar-se-á para um prazo de 120 meses, “numa lógica de convergência com o que existe por exemplo para pagamento de dí-vidas contributivas”.

Estas alterações entrarão em vigor no mês seguinte à sua publicação em Diário da República.

Questionado sobre o impacto orçamental destas medidas e das altera-ções introduzidas ao Rendimento Social de Inserção, Mota Soares remeteu para o Orçamento do Estado para 2012.

Novas regras do RSI levam 60 mil pessoas para os centros de empregoAs alterações preparadas ao Rendi-

mento Social de Inserção (RSI) vão obri-gar cerca de 60 mil benefi ciários desta prestação a inscreverem-se nos centros de emprego.

O que vai signifi car novas obrigações e regras mais apertadas de procura de em-prego para estas pessoas, garante fonte governamental.

Estas alterações fazem parte de um pacote mais extenso de mudanças a vá-rias prestações sociais, que será aprovado com Conselho de Ministros. Em causa estão ainda cortes nos subsídios de doen-ça, parentalidade, abono de família ou por morte.

De acordo com fonte governamental,

foi possível apurar, através de cruzamen-to de dados, que existem 60 mil pessoas em idade activa que, apesar de fazerem parte de famílias com acesso ao RSI, não estão inscritas nos centros de emprego. Mas quando as novas regras entrarem em vigor, todos os elementos do agregado fa-miliar que estejam em idade activa e que tenham capacidade para o trabalho terão de registar-se no Instituto do Emprego e Formação Profi ssional (IEFP). Algo que, hoje, só é obrigatório para a pessoa que pede a prestação (requerente), garante a mesma fonte. Ainda assim, recorde-se que já hoje os benefi ciários de RSI estão sujeitos a programas de inserção que, en-tre outras obrigações, exigem aceitação de

emprego ou formação.O Diário Económico sabe que estas

60 mil pessoas são a quase totalidade dos benefi ciários de RSI com capacidade para o trabalho. Em Fevereiro, existiam quase 341 mil benefi ciários.

A preocupação do Governo, diz a mesma fonte, é proporcionar condições para a procura activa de emprego a quem está sem trabalho, recordando que tam-bém estão em marcha regras para aumen-tar a efi ciência dos centros de emprego.

O ministro Mota Soares já tinha anun-ciado uma poupança de 70 milhões de euros com esta prestação. Actualmente, este apoio social dura, em média, 32 me-ses e tem vindo a aumentar.

Page 21: Jornal correio açores

Abalo mais violento foi registado no México. Até ao momento, não há notícia de vítimas ou de estragos materiais.

Terra treme no México e nos Estados UnidosDepois da Indonésia

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012 internacional 17

Pedófilo substitui Bin Laden na lista dos mais procurados

Pelo FBI

Três tremores de terra foram registados quarta-feira à noite no México e ao largo da Califórnia e do Oregon, na costa Oeste dos Estados Unidos.

O abalo mais violento foi sentido no México e fez estremecer edifícios. Muitas pessoas saíram para a rua com medo, avança a agência Reuters.

De acordo com o Instituto de Monitorização Geológica dos Estados Unidos, o sismo teve uma magnitude

de 7 graus na escala de Richter, com epicentro na zona de Arteaga, a 65 quilómetros de profundidade.

Até ao momento, não há notícia de vítimas ou de estragos materiais.

Os outros dois sismos tiveram lu-gar mais a Norte, no Oceano Pacífico, ao largo dos Estados Unidos.

O primeiro sismo teve uma magni-tude de 6.2 graus na escala de Richter. O epicentro teve lugar no mar, a 260 quilómetros da cidade de Brandon,

Quarta-feira de madrugada foi também registado um violento sismo de 8.7 na escala de Richter, na Indonésia. Foi emitido um alerta de tsunami, que esteve em vigor durante várias horas para 28 países, levando a alguns momentos de pânico e apreensão, mas que acabou por ser cancelado.

no Oregon, e a uma profundidade de dez quilómetros, indica o Instituto de Monitorização Geológica dos EUA.

Cerca de um minuto depois, os sismógrafos detectaram outro aba-lo mais a sul, ao largo do estado da Califórnia.

Este segundo tremor de terra foi de 5.3 graus na escala de Richter, com epicentro a 23 quilómetros da cidade de Fort Bragg, na Califórnia, e a uma profundidade de sete quilómetros.

Bebé dada como morta encontrada com vida na morgue

Argentina

Depois de ter sido dada como morta à nascença, os pais de uma bebé prematura encontraram a fi lha com vida, na morgue, local onde tinha sido depositada 12 horas antes. O caso aconteceu no Hospital Julio Perrando, da província de Chaco, na Ar-gentina, segundo o jornal ‘Daily Mail’.

Analia Bouter estava de 26 semanas de gestação (seis meses e meio) quando foi levada de urgência para o hospital, onde deu à luz o seu quinto fi lho.

“A minha bebé nasceu às 10h24 do dia 3 de Abril e, até ter entrado em tra-balho de parto, tudo parecia correr com normalidade”, referiu a mulher.

Contudo, pelas 11h00, os pais foram informados de que a criança não apresen-

tava sinais vitais, tendo sido declarada morta.

“Inicialmente, os médicos disseram-nos que a bebé já tinha nascido morta contudo, posteriormente, alegaram que a nossa fi lha faleceu pouco tempos depois de ter vindo ao Mundo, uma vez que era demasiado pequena e frágil para sobrevi-ver”, revelou emocionada a progenitora.

No fi nal do dia, antes de abandonarem o hospital, os pais da criança pediram aos auxiliares médicos para ver o corpo da menina, uma vez que desejavam despe-dir-se da fi lha.

Ao entrar na morgue, Analia diz que ouviu um gemido e percebeu que a bebé estava viva, depositada dentro de uma ga-

veta e visivelmente com “muito frio”.“Nós não sabemos de quem foi a cul-

pa, ainda não pensamos nesse assunto. Por agora só nos interessa saber que a nossa menina está viva e bem de saúde”, revelaram emocionados os pais da Luz Milagros, nome com o qual baptizaram a fi lha.

Rafael Sabatinelli, sub-secretário da Saúde da província de Chaco já anunciou um inquérito para apurar responsabilida-des.

“Todos os funcionários que estiveram envolvidos no caso têm responsabilida-des. Cada um deles será interrogado e terá de prestar contas pelo sucedido”, adiantou o responsável.

Ao entrar na morgue, Analia diz que ouviu um gemido e percebeu que a bebé estava viva, depo-sitada dentro de uma gaveta e visivelmente com “muito frio”

Convocar manifestações pela Internet vai dar prisão

Em Espanha

Um pedófi lo, realizador de fi lmes por-nográfi cos com participação de crianças, ocupa a partir de agora o lugar deixado vago por Osama Bin Laden na lista dos dez mais procurados do FBI.

De acordo com a ABC, Eric Justin Toth foi professor da terceira classe na prestigiada Beauvoir-National Cathedral School em Washington até 2008, altura em que foram descobertas imagens por-nográfi cas numa câmara de fi lmar que es-tava sob sua responsabilidade.

Não se sabe de quantas crianças terá abusado, mas o número deve ser bastan-te elevado, já que depois de quatro anos em fuga, passa agora a ocupar o primeiro lugar do pódio dos ‘piores dos piores’, deixado vago primeiro pelo líder da al-Qaeda, morto no ano passado.

As auto-ridades nor-te-america-nas oferecem 100 mil dó-lares (quase 80 mil euros) por qualquer informação que os guie até ao criminoso. A quantia oferecida por Bin Laden era ‘ligeiramente’ superior, qualquer coisa como 25 milhões de dó-lares.

Dos 495 fugitivos que fi guraram na lista dos dez mais procurados, desde que esta foi criada em 1950, 465 foram apa-nhados pelo Bureau, o que signifi ca uma margem de sucesso de 96%.

O Governo espanhol avança com mais sanções para quem convocar manifesta-ções pela internet e fi zer frente à polícia. O anúncio foi feito esta semana pelo mi-nistro do Interior, Jorge Fernández Díaz, que disse no Parlamento ter a intenção de impor uma pena mínima de dois anos de prisão para quem convoque “tumultos”.

Segundo o jornal espanhol “El Mun-do”, a medida está a ser preparada há já dois meses pelo Governo espanhol e, no caso de ser aprovada, leva a uma alteração no código penal para que a convocação de “tumultos” seja punível por lei.

“Há que robustecer a autoridade legí-tima de quem legitimamente tem a exclu-sividade de poder actuar através da força”, disse o ministro do Interior.

As medidas do Governo espanhol

surgem na sequência de vários pro-testos e mani-festações que têm aconteci-do um pouco por todo o país desde o início da cri-se das dívidas soberanas na Europa.

A última greve geral de 30 de Março fi cou marcada por vários incidentes, que resultaram em pelo menos 38 detenções e 44 feridos ligeiros. Os confrontos mais graves nesse dia aconteceram em Barce-lona, quando o centro da cidade foi palco de uma verdadeira batalha campal entre as forças de segurança e manifestantes.

Page 22: Jornal correio açores

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Taxas Euribor já deslizam há 80 sessões

Juros

As taxas interbancárias da zona euro continuam a renovar mínimos, uma boa notícia para quem está a pagar a casa ao banco.

As Euribor continuam a ser pressionadas pelas operações especiais de cedência de liquidez a três anos pelo Banco Central Europeu (BCE), que já injectou um bilião de euros no sistema fi nanceiro da zona euro. “Esta actuação do BCE constitui o principal factor que tem direccionado as taxas Euribor para níveis mais baixos”, disseram analistas citados pela agência de in-formação fi nanceira Bloomberg.

A Euribor a seis meses, que é a mais usada no cál-culo dos juros no crédito à habitação em Portugal, ce-deu para 1,053%, acumulando 80 sessões de perdas.

Também a Euribor a três meses, que serve de indi-cador do apetite por risco da banca, além de infl uenciar os juros dos certifi cados de aforro e o custo de fi nancia-mento de muitas empresas, desceu para aos 0,757%.

No mesmo sentido, o prazo a doze meses diminuiu até aos 1,387%. Para observar um ciclo de quedas tão longo é preciso recorrer a 2008.

E os indexantes devem continuar a cair nos próxi-mos tempos, aliviando a prestação da casa ao banco, até porque existe a expectativa de que o BCE possa voltar a cortar a taxa de juro de referência (refi ) para a zona euro durante este ano.

Recorde-se que na semana passada, o Conselho de Governadores do Banco Central Europeu (BCE) anunciou a manutenção da taxa de referência da zona euro nos 1%, mantendo-a em mínimos históricos, uma decisão que era já esperada pelos analistas.

Baixas até 90 dias pagam menos e patronato contesta

Crise

As baixas por doença também vão passar a receber um subsídio mais baixo nos primeiros meses.

Quando a baixa for até 30 dias, o subsídio corres-ponderá a 55% quando hoje era 65%. Quando a baixa for entre 30 e 90 dias, desce de 65% para 60%. Ainda assim, há majorações de 5% para agregados maiores ou que ganhem menos de 500 euros.

O patronato já contestou esta medida porque vá-rios acordos colectivos prevêem que a empresa pague ao trabalhador de baixa o diferencial entre o subsídio e a remuneração de referência. Ao reduzir o valor da baixa, o Governo acaba por aumentar o custo das em-presas nestes casos.

Entre as alterações, conta-se ainda o aumento dos prazos - de 36 para 120 meses - para pagar prestações que tenham sido recebidas de forma indevida.

Já no caso dos subsídios de maternidade, a princi-pal alteração prende-se com o fi m da contabilização dos subsídios de férias e de Natal no valor do subsí-dio.

Contas feitas, diz Mota Soares, garante-se que “in-dependentemente da altura do ano em que o subsídio é requerido”, a mãe recebe sempre “100% da prestação bruta” do seu rendimento de referência

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Page 24: Jornal correio açores

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012sociedade20

Miley Cyrus fotografada sem cuecas

Miley Cyrus foi apanhada despreveni-da. A cantora foi fotografada quando saía do ginásio e, ao entrar no carro, acabou por mostrar o que não devia.

Miley estava sem roupa interior e os seus órgãos genitais foram fotografados.

Reese Witherspoon exibe barriga saliente

Kim Kardashian só quer saltos altos

Reese Witherspoon ainda não confi r-mou a gravidez, mas as fotografi as que os paparazzi têm tirado à actriz deixam pou-cas dúvidas de que não esteja à espera do terceiro fi lho.

“Sinto-me sexy quando estou vestida para uma sessão de fotos com o cabelo solto e maquilhada”, disse Kim Kar-dashian em entrevista à ‘Cosmopolitan’. E acrescentou: “Mas preciso de saltos altos para me sentir sexy por causa da minha altura”.

Rui Patrício sai de casa e leva tudo

Guarda-redes do Sporting e da Selecção Nacional

Separados desde Novembro do ano passado, Rui Patrício, de 24 anos, esteve até há pouco tempo na casa que havia comprado com Joana Pe-reira, em Alcochete. No entanto, há cerca de três semanas, o guarda-redes do Sporting deixou a moradia e levou tudo o que lhe pertencia.

“O Rui já não aguentava viver ali. Ele não tinha privacidade, porque a Joana, apesar de ter voltado para casa dos pais, aparecia quando lhe dava na cabeça, mesmo de madrugada”, conta fonte próxima do jogador, realçando: “Ele vivia em constante alerta. A Joa-na aparecia quase sempre de surpresa, mesmo quando ele recebia amigos. Ninguém quer viver desta maneira. Agora, sente-se mais tranquilo.”

Segundo o CM apurou, Rui Patrício optou por ficar na mesma zona, de for-

ma a manter-se perto do centro de estágio do Sporting.

Casal não chegou a acordo

Cinco meses depois de se terem casado, Rui Patrício e Joana Pereira, de 28 anos, separaram-se. No entanto, o divórcio não foi consumado, uma vez que ainda não chegaram a acordo. Inicialmente, o jogador do Sporting estaria disposto a dar à ex-mulher 80 mil euros, mas esta recusou. Joana Pereira exi-ge uma pensão de alimentos e a moradia em Alcochete, avaliada em 650 mil euros.

O Rui já não aguentava viver ali. Ele não tinha privacidade, porque a Joana, apesar de ter voltado para casa dos pais, aparecia quando lhe dava na cabeça, mesmo de madruga-da”, conta fonte próxima do jo-gador.

Luciana Abreu vítima de violência

Vencedora da primeira gala de ‘A Tua Cara Não Me É Estranha’, Luciana Abreu decidiu doar o prémio à APAV (Associação Por-tuguesa de Apoio à Vítima).

Com uma história familiar complicada, desde nova que a cantora foi vítima da violência por parte do pai, Luís Costa Sodré. “Tinha uma pessoa em casa que se drogava constantemente, que era alcoólico e que nos batia”, contou a mulher do futebolista Yannick Djaló, acrescentando que se co-move sempre que fala no assunto.

A violência estendia-se à res-tante família, nomeadamente à mãe, Ludovina Abreu.

O caso chegou mesmo aos tri-bunais. Em 2005, o pai de Lucy

foi condenado a pagar uma indem-nização por mal-tratar a então mu-lher em cerca de 750 euros mais os custos do processo.

Críticas de Manuel Moura dos Santos

Luciana Abreu participou nos ‘Ídolos’, da SIC, em 2005, e recebeu fortes críticas de Manuel Moura dos Santos, um dos jurados do programa. Este ano, a irmã da canto-ra, Luísa, também tentou a sua sorte nos ‘Ídolos’ e a história repetiu-se: o pro-dutor musical reprovou a sua voz.

Page 25: Jornal correio açores

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Obesidade materna e diabetes associadas ao autismo

Cafeína e exercício podem diminuir risco de cancro de pele

As mulheres obesas e com diabetes têm um maior risco de terem fi lhos com doenças do espetro do autismo ou com outros problemas de desenvolvimento, sugere um estudo publicado na revista “Pediatics”.

Para este estudo os investigadores da University of California, nos EUA contaram com a participação de 1.004 crianças, com 24 a 60 meses de idade, que foram acompanhadas entre 2003 e 2010. No total, 517 crianças tinham sido diagnosticadas com doença do espetro do autismo, 172 com outros problemas de desenvolvimento e 315 apresentaram um desenvolvimento normal.

Após terem tido acesso aos dados clí-nicos das mães, os investigadores consta-taram que as mulheres obesas tinham um risco 67% maior de terem crianças com doenças do espectro do autismo, do que as mulheres que tinham um peso conside-rado normal e que não sofriam de diabe-tes ou hipertensão. Foi também verifi cado que as mulheres obesas apresentavam um risco duas vezes maior de terem fi lhos com outras doenças de desenvolvimento.

O estudo apurou que em comparação com as mulheres saudáveis, as com dia-betes apresentavam um risco 67% maior de terem fi lhos com atrasos de desenvol-vimento. Por outro lado, foi também ve-rifi cado que as crianças de mães diabéti-cas, que sofriam de doenças do espetro de autismo, apresentavam maiores difi culda-

des na compreensão da linguagem e na comunicação adaptativa, do que as crian-ças com doenças do espetro do autismo cujas mães eram saudáveis.

Contudo, mesmo as crianças cujas mães tinham diabetes e que não tinham desenvolvido doenças do espetro do autismo apresentavam maiores difi culda-des na socialização, para além da compre-ensão e produção da linguagem, do que aquelas fi lhas de mães saudáveis.

“Mais de um terço das mulheres americanas em idade fértil são obesas e cerca de um décimo desenvolve diabetes gestacional ou diabetes tipo 2 durante a gravidez. Os nossos resultados sugerem que este tipo de condições podem estar associadas com problemas de desenvol-vimento das crianças e podem ter sérias implicações na saúde pública”, revelou em comunicado de imprensa, uma das au-toras do estudo, Paula Krakowiak.

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A cafeína e o exercício podem aju-dar a diminuir o risco de cancro de pele causado pela exposição ao sol, sugere um estudo apresentado na reunião anual da American Association for Cancer Resear-ch (AACR), em Chicago, EUA.

Para o estudo, os investigadores da Rutgers Ernest Mario School of Phar-macy, Nova Jérsia, EUA analisaram como a cafeína e o exercício afectavam o desenvolvimento do cancro da pele em ratinhos, tendo-os expostos a radiação UVB, a componente da luz solar que cau-sa este tipo de cancro.

Os investigadores, liderados por Yao-Ping Lu, dividiram os animais em quatro grupos: um grupo que bebia apenas água, sem fazer exercício; o segundo grupo bebia água misturada com cafeína e não praticava exercício; o terceiro grupo bebia apenas água e tinha uma roda para prati-car exercício e o quarto grupo bebia água misturada com cafeína e tinha uma roda para prática de exercício.

Após 14 semanas, os investigadores concluíram que o grupo que bebia água com cafeína e fazia exercício tinha menos 62% de tumores de pele não melanomas, comparativamente com os grupos de con-trolo. O tamanho dos tumores também era menor, cerca de 85%.

Os resultados mostraram igualmente que a cafeína e o exercício, separadamen-te, também apresentavam efeitos positi-vos, mas num grau menor do que quando

combinados.O estudo constatou também que, em

comparação com o grupo de controlo, o grupo de ratinhos que bebia cafeína e não praticava exercício físico apresentava uma redução da atividade e do volume dos tumores de 27 e 61%, respectivamen-te. Quanto ao grupo que praticava exer-cício e mas não bebia cafeína houve uma redução da atividade do tumor de 35% e uma redução do seu tamanho de 70%.

A equipa de investigação também encontrou evidências que sugerem que a gordura e a obesidade agravam o cresci-mento de tumores, pelo que o exercício combinado com a cafeína pode prevenir não só o cancro da pele, como infl ama-ções ligadas a outros cancros e derivadas da obesidade.

Alert

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Correio dos Açores, 13 de Abril 2012

Correio Desportivo

Por: João Patrício/DI

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Rali Sical a partir de hoje na estrada com 35 inscritos e nove provas especiais

Comemorando 31 anos de existência

Com a organização do Terceira Automóvel Clube, vai hoje para as estradas da ilha Terceira os 35 concorrentes que participam no Rali Sical, em tempo de comemoração dos seus 31 anos de existência e sempre com a mesma designação comercial.Ricardo Moura é o principal candidato à vitória, mas terá a oposi-ção do regressado Licas Pimentel, Luís Miguel Rego, Sérgio Sil-va, Fernando Meneses e ainda de Ricardo do Carmo, que corre em casa.

A lista de concorrentes é seguinte:1.º Ricardo Moura/Sancho Eiró (Mutsubishi Lancer Evo IX)2.º Luís Pimentel/Bruno Pimentel (Mitsubishi lancer Evo IX)3.º Ricardo Carmo/Jorge Dinis (Mitsubishi lancer Evo IX)4.º Luís Rego/Pedro Rodrigues (Mitsubishi Lancer evo IX)5.º Henrique Moniz/Pedro Machado (Citroen C2 R2 Max)6.º Sérgio Silva/Fernandes Nunes (Subaru Impreza WRX STI N11)7.º José Paula/Miguel Ribeiro (Mitsubishi Lancer Evo IX)8.º Fernando Meneses/Roberto Areias (Subaru Impreza WRX STI N12)9.º Cláudio Bettencourt/Luís Silva (Mitsubishi Lancer Exo VIII MR)10.º Carlos Andrade/Rui Silva (Renault Clio RS 2.0 Ragnotti)11.º Tiago Azevedo/Rui Teixeira (Renault Clio Sport R3)12.º João Silva/João Pacheco (Fiat 500 Abarth)14.º Nuno Cintra/Miguel Soares (Renault Clio Sport R3)15.º Carlos Martins/João Silva (Fiat Punto HGT)16.º Marco Veredas/Miguel Azevedo (Citroen Saxo Cup)17.º Artur Silva/César Silva (Citroen Saxo Cup) 18.º Pedro Rodrigues/João Viveiros (Mitsubishi Lancer Evo IX)19.º Teófi lo Pires/Artur Dias (Toyota Yaris)20.º Herberto Alves/Sónia Alves (Toyota Yaris)…………………………………………………………………………………………..21.º Jorge Sousa/Adriano Rosa (Toyota Carola Coupé GT)22.º Ricardo M. Moura/Emanuel Costa (Peugeot 106 S16)23.º Tiago Valadão/Wilson Mendes (Citroen Saxo Cup)24.º Paulo Veredas/João Costa (Peugeot 306 GTI)25.º Paulo Meneses/Silvestre Rocha (Citroen Saxo Cup)26.º Bruno Tavares/André Seabra (Peugeot 205 GTI 1.9)27.º Nuno Silva/José Resendes (Citroen Saxo Cup)28.º Paulo Rocha/José Alves (Citroen AX GTI)29.º Hélder Pereira/Marco Espínola (Citroen Saxo VTS)30.º Bruno Silva/André Silva (Citroen Saxo VTS)31.º Fábio Valadão/Bruno Narciso (Citroen Saxo Cup)32.º Rui Rocha/Fernando Pires (Ford Escort RS 2000 MKII)33.º Roberto Pires/Carlos Vieira (Opel Corsa A 1.2)34.º Manuel pontes/António Lemos (Toyota Starlet 1.6)35.º Cecília Augusto/Alexandra Ferreira (Opel Corsa B 1.4)36.º Mariana Godinho/Rita Silva (Nissan Micra 1.3)

Composta por nove provas especiais, a segunda competição pontuável para o Campeonato dos Açores de Ralis (CRA) e Campe-onato Open de Ralis dos Açores (CORA) e primeira do Campeonato dos Açores Júnior (Ralis) a prova como já é habitual arranca na noite desta sexta-feira, com uma passagem pelo conhecido “Litoral” desta feita com 2,90 km, especial que é já o ex-libris deste rali.

Para manhã com a par-tida do parque fechado marcada para as 09h25, os concorrentes irão passar pelo “Império/Feteira 1” especial com 8,74 km a co-meçar pelas 10h00, seguin-do para a primeira passagem pelo conhecido Barro Ver-melho/ PIAH 1”, com 12,46 km com início marcado para as 10h25.

Após passagem pela as-sistência, a caravana voltará aos troços da manhã para completar as provas espe-ciais 4 e 5 “Império/Feteira 2” e “Barro Vermelho/PIAH 2” pelas 11h38 e 12h03, res-pectivamente.

Para a terceira secção da segunda etapa do Rali Sical de 2012, os concorrentes irão começar pelo rápido troço da “Fonte Faneca/ Veredas 1”, composto por 5,52km,

seguindo para a PE 7 - “Vi-veiros 1”, maior especial deste rali, com 13,49km.

Pelas 16h20 e já depois de mais uma passagem na assistência, os concorrentes voltam a esta secção para as PE’s 8 e 9 - “Fonte Fane-ca/Veredas 2” e “Viveiros 2”, tendo o rali o seu fi nal previsto para 18h00, com a subida do primeiro concor-

rente ao pódio situado em frente à Câmara Municipal de Angra do Heroísmo.

Num rali curto, mas que apresenta troços rápidos e meticulosos, a organização tem grandes expectativas para esta prova, consideran-do que o número de inscri-tos - 35 - não causa qualquer transtorno à organização que aposta na qualidade.

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Série Açores de futsal que futuro nos AçoresOPINIÃO (2)

Por: José Araújo

Ainda quanto ao balanço à Série Açores de futsal e à participação das equipas açorianas em tempo de estreia, a boa surpresa veio da ilha Terceira, com a equipa dos Matraquilhos FC, que vale pelo seu todo, com atletas com alguma maturidade oriundos na sua maioria do futebol, bem orientada pelo Nuno Vieira e que conta com bons apoios fi nanceiros dos privados da ilha Terceira.

O C.D. Marienses da nossa vizinha ilha de Santa Maria é dos clubes que têm mais equipas a disputar os campe-onatos nacionais, comandada pelo Os-valdo Travassos, treinador de 2.º Nível, que reuniu naquela ilha alguns jogado-res de maior valia técnica para competir nestas andanças.

Da parte do Capelense, não se espe-rava outra coisa, começaram um pouco amedrontados nos primeiros jogos mas foram subindo de rendimento com ma-turidade que se reconhece, pois tran-sitaram da 3.ª Divisão Nacional, onde adquiriram experiência e rodagem, bem orientada pelo Pedro Freitas.

O Clube Escolar de Vila Franca do Campo, equipa que tenho observa-do com mais frequência, tem um bom conjunto de “amigos” e de jogadores na maioria oriundos da sua localidade e outros com o estatuto de residente, com

uma boa orientação do treinador Carlos Arruda.

O C.D. Rabo de Peixe foi, uma das equipas que mudou de técnico no decor-rer da época, agora sob a batuta do prof. António Fernandes, o objectivo passa por colocar este clube nos lugares cimeiros da Série Açores. Recrutou na sua freguesia e fora dela, jogadores “maduros” para fazer a diferença dos seus demais adversários.

A arbitragem que é sempre muito fala-da evoluiu e o quadro Regional – Nacio-nal saiu reforçado, na 2.ª categoria Nacio-nal, Sérgio Silva da AFAH, 3.ª categoria Nacional, José Silveira e Filipe Ferreira AFAH, Paulo Couto, José Artur da AFPD e do quadro de observadores Gustavo Fra-de AFPD e Paulo Campos AFAH. Em

conclusão a última subida de dois árbitros e de dois observadores aos nacionais vem por si só afi rmar que a arbitragem tem evoluído, pois não é todas as épocas que elementos de boa valia técnica nesta área atingem patamares mais altos o que em outras modalidades ainda não foi conse-guido.

Uma palavra mais sobre os adeptos, que têm comparecido em bom número nos pavilhões (muitos mais do que em estádios de futebol por esse país fora), onde tenho observado os jogos das equi-pas micaelenses e no de Rabo de Peixe é sempre casa cheia.

Em jeito de conclusão fi nal vou dei-xar aqui alguns pontos de vista sobre que futuro para a Série Açores se deve conti-

nuar ou não, pois não estou a discutir a sua formação, pois todos nós sabemos que foi uma resolução/imposição da Assembleia Geral da Federação. Assim, um clube que vença o campeonato da sua associação tem como objectivo a subida a nível nacional, tem de ter um conjunto de apoios humano, técnico e fi nanceiro. Vou simplesmente analisar o aspecto desportivo, será que o nível de Futsal praticado na Série Açores é mais evoluído? Será uma versão melhorada dos campeonatos associativos? O clube que vença a série Açores está preparado para competir na 2.ª Divisão Nacional?

Na minha opinião e de outras pesso-as com maior vivência e experiência do Futsal, a Série Açores é só uma versão um pouco melhorada dos campeonatos associativos.

Precisamos sim, de fazer um debate franco e aberto em cada Associação com os clubes, Federação Portuguesa de Fu-tebol e o Governo da Região, a fi m de delinear o “Futsal que Futuro nos Aço-res” com que organização e apoios, para que não haja loucuras como nos tempos em que tudo era fácil obter.

Pois o tempo é de mudança, já se passou do tempo de reunir uns amigos “da minha rua”, transporta-los numa carrinha e ir jogar Futsal na freguesia vizinha, frase esta muitas vezes repeti-da nas reuniões de clubes por Auditon Moniz, pessoa com quem convivi cerca de nove anos na direcção da AFPD.

E foi assim que começou o futsal ou outra qualquer modalidade, agora expostas a um maior rigor fi nanceiro e organização.

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Correio dos Açores, 13 de Abril 2012 desporto 25

Clubes aceitam princípio de acordo com Governo no âmbito do Totonegócio

Federação Portuguesa de Futebol

Buscas no Sporting devido a crime de denúncia caluniosa qualificada

INVESTIGAÇÃO DA PJ

Director Regional da Juventude realça a importância da prática do desporto na promoção de hábitos de vida saudável

No Torneio da Páscoa

Clubes que representam mais de 70 por cento das dívidas fi scais do futebol profi ssional aceitaram o princípio de acordo estabelecido entre Federação, clubes e Governo, segundo disse ontem à agência Lusa uma fonte ligada ao processo.

Desde Fevereiro, que Governo, clubes e federação de futebol estão “a trabalhar” para “tentar encontrar uma solução” quanto ao impasse no processo do Totonegócio.

A “negociação” envolveu os ministros das Finanças, Vítor Gaspar, dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, os presidentes da Federação Portuguesa de Futebol (FPF), Fernando Gomes, do FC Porto, Pinto da Costa, do Benfi ca, Luís Filipe Vieira, e do Sporting, Luís Godinho Lopes.

Além dos três “grandes”, também Sporting de Braga e Belenenses participaram nas reuni-ões preparatórias do princípio de acordo, que defi ne a assunção de parte das dívidas dos clu-bes por parte da FPF.

O organismo vai pagar a dívida dos clubes ao Estado correspondente ao segundo período de avaliação, que se iniciou no mês de Abril de 2004 e terminou no mês de Dezembro de 2010, cujo montante ascende a 13 milhões de euros.

“A FPF fi ca, como de lei, com o direito de regresso sobre os clubes que aderirem a este acordo. Esse regresso far-se-á, até ao montante pago, através da retenção, na Federação, das receitas dos jogos sociais e de outros jogos que venham a ser criados pelo Governo”, adiantou o presidente da FPF, Fernando Gomes, a 15 de Março, após uma reunião da Direcção federati-va com os sócios ordinários do organismo.

Acrescentando que, desta forma, a “autori-dade tributária anulará as notifi cações de dívida remetida a todos os clubes”, que verão salva-guardada a sua situação fi scal, no momento dos “processos de inscrição e licenciamento” nas competições.

Nos 13 milhões de euros que serão pagos pelo organismo, deverão ser deduzidos “valo-res que o Estado deve à FPF”, nomeadamente “1,3 milhões de euros relativos às deslocações às ilhas e verbas oriundas dos jogos sociais de 2011, que fi caram cativas e que ascendem a mais de dois milhões”.

O princípio de acordo estabelece ainda “a garantia de reconhecimento de créditos dos clubes e da FPF e do recebimento pelo futebol das receitas dos jogos sociais nos anos de 2012 e seguintes, o que não está garantido pela lei vigente”.

Em causa, está a dívida de 33 milhões de euros reclamada pelo Estado, relativa ao “To-tonegócio”, um acordo para o pagamento de dívidas fi scais anteriores a 1996, segundo o qual os clubes abdicavam dos 50 por cento das receitas do Totobola a que tinham direito, que reverteram para o Estado sob a forma de dação em pagamento.

Da dívida inicial de 54 milhões de euros, os clubes pagaram 21 milhões, através da cativação das receitas do Totobola e dos jogos sociais, fi cando a faltar 33 milhões – destes, houve uma execução de 20 milhões em 2005, que ainda está por resolver nos tribunais, e ou-tra de 13 milhões em maio de 2011.

A Polícia Judiciária efectuou ontem bus-cas às instalações do Sporting no âmbito de uma investigação de crime de denúncia calu-niosa qualifi cada, informou o Departamento de Investigação e Ação Penal (DIAP).

“Houve buscas às instalações da SAD do Sporting e às instalações do Sporting Clube de Portugal, no âmbito de uma investigação de crime de denúncia caluniosa qualifi ca-da”, de acordo com uma informação presta-da pela 9.ª secção do DIAP de Lisboa.

De acordo com a mesma fonte, “foram constituídos dois arguidos, um dos quais é

vice-presidente do Sporting”, que, segun-do o Diário de Notícias, será Paulo Pereira Cristóvão, ex-inspector da PJ.

O crime de denúncia caluniosa qualifi -cada está previsto no artigo 365.º Código Penal e é punido com prisão até três anos ou pena de multa.

A investigação começou por ser a um possível caso de corrupção do auxiliar José Cardinal, noticiado na quarta-feira pelo mes-mo jornal, depois de o árbitro ter recebido na sua conta bancária 2.000 euros em notas a poucos dias do encontro entre Sporting e

Marítimo, dos quartos de fi nal da Taça de Portugal.

O auxiliar estava nomeado para o jogo em questão, mas acabou por ser substituído pelo Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).

Ainda segundo o diário, terá sido o pró-prio Sporting que, após receber uma denún-cia, comunicou a situação ao presidente da FPF, Fernando Gomes, que posteriormente deu conta à Polícia Judiciária e à Procurado-ria-Geral da República.

O Director Regional da Juventude, Bruno Pacheco, na sessão de abertura do Torneio da Páscoa, organizado pela Norte Crescente - As-sociação de Desenvolvimento Local, no âmbi-to do projecto “+Desporto=+ Saúde”, referiu a importância da prática do desporto informal

como parte integrante da estratégia do Governo dos Açores relativamente à promoção dos hábitos de vida saudável junto dos jovens.

O responsável pelo pelouro da Juventude sublinhou que este tipo de iniciativas, enquanto geradoras de di-nâmicas locais, funcionam como pon-tos de partida para o desenvolvimento das freguesias, adicionam mais jovens à prática desportiva, democratizam o seu acesso e promovem hábitos de vida saudável. A iniciativa, que decor-

reu durante todo o dia, na freguesia de Santo António, concelho de Ponta Delgada, juntou cerca de 300 jovens, repartidos por 35 equipas provenientes das freguesias do Norte do conce-lho de Ponta Delgada, englobou jovens de am-

bos os sexos, com idades compreendidas entre os 6 e os 19 anos de idade.

O projeto “+Desporto=+ Saúde” visa a pro-moção de hábitos de vida saudável, a democra-tização da prática desportiva e a dinamização de momentos de bom e são convívio social, através de diversas actividades como o volei-bol, o futsal, o ténis de mesa, o BTT e o atletis-mo e conta com a parceria e o apoio fi nanceiro do Governo dos Açores.

Os Açores detêm um índice de prática desportiva federada de quase 40%, superior à média da Madeira e de Portugal continen-tal. Este cenário, que tem vindo a ganhar sustentabilidade nos últimos anos, é fruto da implementação das políticas públicas do Go-verno dos Açores nas áreas do desporto e da juventude.

Sérgio Abreu bateu com a portaSporting Guadalupe

Treinador do Sporting Guadalupe pediu a demissão menos de três meses depois de ter chegado à Graciosa. Alegou discordância com questões internas para colocar o lugar à disposição. Luís Guerreiro deverá ser o subs-tituto.

Sérgio Abreu apresentou a demissão de treinador do Sporting Guadalupe na quarta-feira, a três dias de um importante jogo com o Boavista, na ilha do Pico, e pouco menos de três meses de ter chegado ao clube da ilha Graciosa para render João Picanço.

O técnico bateu com a porta e alegou ra-zões de organização interna para cessar fun-ções a seis jornadas do fi nal do campeonato.

«Aconteceram situações que não po-dem suceder, nomeadamente os jogadores

viajarem em dias distintos aquando dos jo-gos realizados fora de casa. É excesso de amadorismo», explicou à Antena-1 Açores.

Sérgio Abreu reconheceu que esta poderá não ter sido a melhor altura para colocar o lu-gar à disposição mas sustentou tê-lo feito em prol do clube pois pretendeu «alertar os res-ponsáveis para a necessidade de colocarem a mão na consciência e refl ectirem que para se atingirem determinados objectivos há que ter certas condições», adiantou.

O treinador já não orientou o treino na quarta-feira e para o seu lugar a Direcção deverá apostar em Luís Guerreiro, opção que deverá assumir funções de imediato tendo em vista a partida com o Boavista agendada para a noite do próximo sábado (20h00 horas).

Foto: AM

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Correio dos Açores, 13 de Abril 2012economia26

Infobolsa

O “Correio dos Açores” não se responsabiliza por eventual incorrecção ou defi ciência dos dados apresentados, bem como pela utilização que os investidores fi zerem da informação.

BES aligeira queda para 15%, Lisboa perde mais de 2%

Bolsa

FalecimentoAstrigildo Vicente CostaFaleceu no passado dia 7 o sr. Astrigildo Vicente Costa, casa-

do com D. Maria Luísa Nunes Costa. Deixa três fi lhos: Catarina Nunes da Costa; Pedro Nunes da Costa; André Nunes da Costa.

O seu funeral realizou-se no domingo, após missa de corpo presente, para o cemitério local.

Missa de 7º Dia

A família informa que manda celebrar hoje, pelas 18h30, uma missa na Igreja de S. José, pela alma do seu saudoso extinto. Agradece, desde já, a todos quantos participarem neste piedoso acto.

Municipal de Ponta [email protected]

EDITAL

José Manuel Almeida de Medeiros, Vereador do Trânsito e Obras Municipais da Câmara Municipal de Ponta Delgada, torna público que no âmbito da requalifi cação do largo de Camões, torna-se necessário interromper o trânsito no referido largo de 16 a 20 de abril, e na Travessa da Graça, rua Ernesto do Canto e rua dos Clérigos de 16 a 18 de abril.

Paços do Concelho de Ponta Delgada, 12 de Abril de 2012

O Vereador do Trânsito e Obras Municipais

José Manuel Almeida de Medeiros

Economia

Desconto de 66% no aumento de capital afundou acções do BES e contagiou a restan-te banca. PSI 20 é dos piores na Europa.

A bolsa de Lisboa continua a liderar as perdas na Europa - onde as principais bolsas estão igualmente a negociar no vermelho -, e segue a perder mais de 2% nos 5.196,23 pon-tos. A pressionar o PSI 20 estão essencial-mente os títulos da banca. O BES, que pouco depois da abertura da sessão chegou a cair mais de 26%, estabilizou e recua agora cer-ca de 15% a negociar nos 0,99 cêntimos. O volume de acções do banco liderado por Ri-cardo Salgado aumentou porém substancial-mente: ontem já mudaram de mãos 11,608 milhões de acções do BES, quando a média diária do último ano é de 4,07 milhões.

Pedro Lino, CEO da Dif Broker não tem dúvida que “a queda livre do sector da banca deriva do aumento de capital do BES” que está a ser feita com um “grande desconto” - cerca de menos 66% face aos valores de fecho de ontem.

Este tombo arrastou os restantes títulos da banca, o BCP que está agora a recuar 4,84% (para os 0,11 cêntimos) caiu na sessão de ontem 12,90%. Já o BPI segue nos 6,36% (0,41 cêntimos) e chegou a perder 10,23% ontem de manhã.

João de Deus, outro analista da Dif Broker, defende em declarações à Reuters,

que esta pressão do BES sobre os restantes títulos da banca era expectável. “Acho que os investidores estão a antecipar que, se o BES, considerado o mais sólido na banca portu-guesa teve de fazer um desconto elevado para atrair, qual não será o valor do desconto que os outros bancos terão de fazer nos seus aumentos de capital para cumprir as metas exigidas”. Pedro Lino fez as contas e diz que se “aplicarmos o mesmo factor de desconto um aumento de capital do BCP teria que ser feito entre os 6 e os 7 cêntimos e no BPI entre os 20 e os 25 cêntimos”.

A pressionar ainda o índice nacional es-tão as quedas da EDP, que desvaloriza 1,86% para os 2,06 euros. Em alta seguem apenas os títulos da PT, a subir ligeiramente cerca de 0,16% para 3,7 euros, a Mota Engil, que valoriza 1,92% para 1,22 euros e a Portucel, que avança 0,95% nos 2,12 euros.

Na Europa os principais índices perde-ram a força da abertura e, depois dos resul-tados do leilão de dívida em Itália, estão a negociar no vermelho, com quedas de 1,45% em Madrid, 0,76% Milão e 0,26% de Paris.

Os juros da dívida italiana subiram mais de 1 ponto percentual no leilão realizado hoje, pressionada pelo ressurgir das preocu-pações em torno das economias mais débeis da zona euro. Itália vendeu 2,88 mil milhões, um valor que fi cou ligeiramente abaixo do valor máximo que se propunha colocar 3 mil milhões.

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A Lamborghini Automobili S.p.A. registou o nome do deus grego Deimos, deixando em aberto a possibilidade de esta ser a designação do seu próximo modelo, um crossover “desportivo”, que será apresentado dentro de poucos dias, no Salão Automóvel de Pequim.

A confi rmar-se a designação, a marca italiana abandona a fi losofi a dos nomes de touros que deixaram a sua marca nas arenas, à excepção - coincidência ou não - do LM 002, o primeiro todo-o-terreno da marca italiana, produzi-do entre 1982 e 1993.

A ser verdade, Deimos é um nome que remete para a mitologia grega, mais especifi camente para um dos descendentes de Afrodite. Dei-mos é também o nome de uma das

luas de Marte, além de uma personagem do videojogo “God of War”.

Em aberto, fi ca também a possibili-dade de esta designação, agora regista-da, poder vir a ser utilizada num futuro protótipo, falando-se inclusivamente do protótipo do sucessor do Gallardo, su-postamente chamado Cabrera, que será revelado em 2013.

SABIA QUE...

De acor-do com uma pesquisa que analisou as boas e más características dos patrões, a pior qualidade que um chefe pode ter é a arrogância. Bons chefes, por outro lado, conquistam a amizade e a con-fi ança dos seus funcionários.

Cortar cebola não é nada agradável. Em alguns casos, a irritação dos olhos é tão in-tensa que fi ca impossível con-tinuar. Isso acontece porque, quando cor-tamos a cebola, rompemos suas células, o que faz com que determinados sulforetos e enzimas se combinem, originando o áci-do sulfénico. Este ácido é o responsável pelo nosso “choro”, porque ele evapora e entra em contacto com nossos olhos, os quais reagem produzindo lágrimas, na tentativa de limpar a irritação.

CURIOSIDADES

Sem palavras...

Mercedes mostra novo Classe G e confirma AMG de 612cv

É o mais um capítulo na longa carreira do emblemático Classe G, um dos últimos “puros e duros” que sobrevivem às novas tendências dos veículos todo-o-terreno. A Mercedes acaba de mostrar o renovado Classe G, modelo que recebe uma ligeira atualização, que abrange estética, interior, além da introdução de um potente motor V12 de 612cv, o mesmo do SL65 AMG.

Por fora, as principais alterações passam por uma nova grelha dianteira, com apenas três barras horizontais, em vez das habituais sete, as já indispensá-veis luzes diurnas por LED e os espelhos retrovisores redesenhados, agora com pis-cas integrados.

No interior, o painel de instrumentos e a consola central foram completamente redesenhados, com linhas semelhantes às que conhecemos do novo Classe A e B. Novidade é também o ecrã TFT no pai-nel de instrumentos, bem como um novo ecrã central, parte do sistema Command Online, que permite o acesso à internet.

Na lista de opcionais estão agora o Distronic Plus, monitorização do ângulo-morto e o sistema Parktronic, com câmara de marcha atrás. O ESP foi revisto e in-

Deimos: o nome do crossover da Lamborghini?

Departamento de justiça dos EUA move processo contra a Apple

Primeiras imagens e dados do renovado Classe G, que terá duas versões AMG e chegará em Junho.

O que faz este OVNI a voar na Coreia do Sul?

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012 divulgação 27

corpora o sistema de estabilização de atre-lado e uma função de apoio ao arranque em subida.

A oferta mecânica não sofre altera-ções de maior, mantendo-se ao serviço do emblemático modelo os motores V8 de 5,5 litros a gasolina e o 3.0 V6 Diesel. No entanto, ambos passam a contar com a caixa automática 7G-tronic.

Para os mais exigentes passam a estar disponíveis duas versões AMG: um G63 AMG equipado com o V8 biturbo de 545 cavalos e um G65 AMG, uma estreia no Classe G, que recebe o mesmo V12 bitur-bo de seis litros com 612cv e 1000 Nm do novo SL65 AMG.

Equipado com este motor, o «gigante» Classe G consegue acelerar dos 0 aos 100 km/h em apenas 5,2 segundos e alcançar os 250 km/h de velocidade máxima (limi-tados eletronicamente).

Ainda sem preços defi nidos para o mercado nacional, no mercado alemão, o novo Classe G está disponível a partir de 85.311 euros do G 350 BlueTEC. Já o “explosivo” G65 AMG estará disponível a partir dos 264.180 euros.

Um passagei-ro de um voo co-mercial fi lmou um Objecto Voador Não Identifi cado (OVNI) enquanto sobrevoava a capital da Coreia do Sul.

O objecto foi fi lmado no dia 7 de Abril e já desencadeou uma corrida ao YouTube de vários internautas que pre-tendem confi rmar com os seus próprios olhos o que é aquele objecto branco e meio arredondado que surge durante al-guns segundos perante a objectiva de um passageiro de avião.

Por enquanto, ainda não há confi rma-ção de que as imagens possam ter sido forjadas. Mas também não há qualquer informação credível ou ofi cial sobre a origem do objecto.

À falta de uma pista que confi rme a visita de alienígenas, crescem as teorias de que o tal objecto não identifi cado pode ser um drone, ou melhor, um robô voa-dor não tripulado. O que não será pro-priamente animador, tendo em conta as difíceis relações entre a Coreia do Sul e a Coreia do Norte.

As auto-ridades nor-te-americanas iniciaram um processo con-tra a Apple

e algumas editoras acusando-as de concertação de preços nos e-books.

De acordo com a Bloomberg, o departamento de justiça dos Estados Unidos acusou a Apple, a Hachettte SA, a HarperCollins, a Penguin e a Simon & Schuster de concertação de preços nos livros eletrónicos.

Em causa está o modelo de ne-gócio já conhecido da App Store da Apple, onde os produtores dos con-teúdos estabelecem directamente os preços, ficando a Apple com 30% do valor de venda. Este modelo choca com o modelo mais tradicional, onde são os vendedores, como a Amazon, que estabelecem os preços finais de-pois de comprarem os livros às edi-toras.

Page 32: Jornal correio açores

televisão28

signosCARNEIRO(21/03 a 20/04)

Será a sua actividade pro-fi ssional o foco da sua aten-ção nos próximos dias. Po-derá ter alguma difi culdade em esconder factos da sua vida privada.

TOURO(21/04 a 20/05)

GÉMEOS(21/05 a 20/06)Poderá sentir necessidade de

se rodear de objectos antigos que lhe trazem recordações do pas-sado. Procure libertar-se daquilo que lhe é prejudicial.

CARANGUEJO(21/06 a 22/07)

LEÃO(23/07 a 22/08)Provavelmente a sua aten-

ção estará voltada para as tarefas domésticas, bem como para a reorganização de alguns aspectos práticos da sua vida.

VIRGEM(23/08 a 22/09)

BALANÇA(23/09 a 23/10)Este trânsito traz por vezes

medo da solidão e tendên-cia para procurar nos outros apoio emocional. Contu-do, procure controlar a sua possessividade.

ESCORPIÃO(24/10 a 21/11)

SAGITÁRIO(22/11 a 20/12)

As suas emoções serão mais intensas do que o habitual, re-fl ectindo-se nas coisas e nas pessoas ao seu redor. Desabafe com Caranguejos ou Peixes.

Aproveite este momento para jantar fora ou para dar um pas-seio. O ponto mais positivo desta fase pode advir de uma relação com o estrangeiro.

CAPRICÓRNIO(21/12 a 19/01)Estará especialmente

sensível a qualquer tipo de crítica em relação à sua pes-soa. Procure controlar a sua impulsividade e não reaja exageradamente.

AQUÁRIO(20/01 a 19/02)

PEIXES(20/02 a 20/03)

Qualquer alteração à programação que publicamos é da responsabilidade das respectivas emissoras

É um momento especial-mente positivo para lidar com assuntos relacionados com gastronomia, com a sua vida doméstica ou com ques-tões imobiliárias.

Será mais fácil pedir e dar afecto. As trocas emocio-nais estarão mais fáceis e espontâneas. Procure afas-tar da sua mente quaisquer medos ou traumas.

Desejará manter secretos os seus sentimentos mais íntimos. Se a Lua estiver em tensão, poderá ressentir-se do afastamento de um mem-bro da família.

Um aspecto harmonioso entre a Lua e Júpiter poderá trazer um momento de re-gresso a uma certa forma de tranquilidade e de estabilida-de interior.

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012

Independentemente do seu sexo, as relações com ele-mentos do sexo feminino po-derão ensinar-lhe algo mais sobre si de uma forma muito positiva.

Como anunciar:1 - Escreva o anúncio no quadriculado cada letra em cada espaço. 2- Deixe um es-paço entre cada palavra. 3 - O preço mínimo é de 7,00€+IVA. 4 - O anúncio é publi-cado 24h depois. 6 - O cupão deve ser enviado para a morada acima indicado, bem como o seu valor. 7 - No caso de querer obter as respostas na sua residência, de-verá enviar os valores selados correspondentes. 8 - Este jornal não sai às 2ª feiras.

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Destaque: Bom Dia Açores - RTP/A Destaque: Sexta às 9 - RTP 1

07.30 Bom Dia Açores09.30 Consulta Externa10.00 A Alma e a Gente10.30 Recantos11.00 Mar de Letras11.15 Viajar é Preciso11.45 A Minha So-gra é Uma Bruxa12.10 Ingrediente Secreto12.40 Açores Vip12.50 Troféu13.00 Jornal da Tarde 13.20 Jornal da Tarde RTP114.40 Urgências de Miami15.20 Dois Homens e Meio15.45 National Geographic16.45 Informação17.00 Bom Dia Açores Repetição19.00 Estação de Serviço19.45 Ler +, Ler Melhor19.55 O Tempo20.00 Telejornal20.30 O Tempo20.45 Documentário20.55 Congresso Regional do PSD-Açores22.00 Lançamento22.30 Sabores das Ilhas23.15 Anatomia de Grey00.00 Notícias00.20 O Tempo00.25 Informação

06.00 Zig Zag09.00 Assembleia da República: Debate Quinzenal12.00 Zig Zag13.00 Sociedade Civil14.30 Com Ciência14.45 Diário Câmara Clara15.00 National Geographic16.00 Zig Zag17.00 A Fé dos Homens17.30 Gary Descasado17.55 Café Central18.00 Consigo18.30 Entrevista de Maria Flor Pedroso19.00 Zig Zag20.00 National Geographic A Ilha dos Pinguins20.50 Café Central21.00 Hoje21.30 Diário Câmara Clara21.45 Alcatraz22.30 Cinco Noites, Cinco Filmes “Histórias da Idade do Ouro00.15 Palcos02.30 24 Horas 03.45 Bairro Alto Repetição04.15 Diário Câmara Clara Repetição04.30 Sociedade Civil

05.00 Jornal de Síntese06.00 Edição da Manhã08.15 Cartas da Maya - O Dilema09.35 Querida Júlia12.00 Primeiro Jornal13.45 Perfeito Coração15.05 Boa Tarde18.15 Morde e Assopra19.00 Jornal da Noite20.40 Gosto Disto21.45 Rosa Fogo

Agostinho cho-ra com sauda-des de Carlota. Javier ofere-ce- lhe o seu ombro amigo, identificando-se com a sua tr isteza, pois f icou sem os pais, que eram a sua família. Agostinho con-fessa mais uma vez a Javier que ele parece ser o fi lho...

22.55 Insensato Coração23.35 Investigação Criminal00.35 Mentes Criminosas01.45 Volante02.00 Os Malucos do Riso02.20 Televendas

05.15 Batanetes05.30 Diário da Manhã09.15 Você na TV12.00 Jornal da Uma13.00 Ilha dos Amores15.00 A Tarde é Sua16.30 Dá Cá Mais 519.00 Jornal das 820.15 Euromilhões20.30 Doce Tentação

Filipa diz a Eva-risto que era mesmo de uma notícia como a de Pingas que O Clarim esta-va a precisar. O dono da mer-cearia pede à fi lha para pen-sar bem no que vai fazer, pois o assunto é de-licado e sendo Pingas ela po-deria poupá-lo. Filipa diz que não vai fechar os olhos só por-que Pingas é amigo dele.

21.30 Remédio Santo22.30 Anjo Meu23.30 Bons Rapazes00.30 Big Game01.30 Cinema “A Soma de Todos os Medos”03.45 TV Shop05.15 Batanetes

05.30 Bom Dia Portugal09.00 Praça da Alegria12.00 Jornal da Tarde13.15 Vidas em Jogo14.15 O Direito de Nascer15.00 Portugal no Coração17.00 Portugal em Directo18.05 O Preço Certo19.00 Telejornal20.00 Viagem ao Centro da Minha Terra Miranda do Douro21.45 O Elo Mais Fraco22.45 5 Para a Meia-Noite Nilton convida: Bárbara Guimarães e Boss AC00.00 A Minha Vida Por Um Fio01.00 Revelação

George conta a Fausto que consegu iu o alvará para a construção do aeroporto. Lu-cas diz que é contra a cons-trução, pois a região é uma área preserva-da.

02.30 Televendas05.05 Destinos.PT

Page 33: Jornal correio açores

Lab

irin

toCaça palavras

Uma mulher muito gorda está a bater num miúdo.

Um sujeito que está a passar separa-os e diz à mulher:

- Então? Que vem a ser isto? - Ele chamou-me gorda!

A partir da seta, encontre o caminho mais rápido para sair do labirinto

No emaranhado de letras encontre as palavras abaixo indicadas:

PARA RIR...

SUDOKU SUDOKU

Grau de difi culdade fácil

Grau de difi culdade difícil

- Ora essa, e acha que é a bater que vai con-seguir emagrecer?

Qual é o cúmulo da preguiça? Acordar mais cedo só para fi car mais tempo

sem fazer nada!

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012 passatempos 29

VontadeQuererNutoDesejo

MandoAlentoGostoSabor

Complete DiferençasEncontre as 7 diferenças existentes

Ainda que sejas prudente e velho, não desprezes o conselho. Alentejanos, algarvios e cães de caça, é tudo da mesma raça Amarra-se o cavalo, é vontade do dono. Albarde-se o cavalo à vontade do dono. Ainda que sejas prudente e velho, não _________ o conselho.

Alentejanos, _________ e cães de caça, é tudo da mesma raça.

Amarra-se o _________, é vontade do dono. Albarde-se o ca-valo à vontade do dono.

COMPLETE

Complete o desenho a seu gosto

Page 34: Jornal correio açores

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012classificados/pub30

Previsão do estado do temponos Açores

2 m

2 m

2 m

15.º

14.º19.º 15.º

I n f o r m a ç ã o d a D i r e c ç ã o R e g i o n a l d o s A ç o r e s d o I n s t i t u t o d e M e t e o r o l o g i a

Frente fria Frente quente Frente Oclusa Frente EstacionáriaCentro de Alta Pressão

Centro de Baixa Pressão

14.º18.º

GRUPO CENTRAL

Períodos de céu muito nublado com abertas.

Aguaceiros fracos durante a madrugada e manhã.

Vento noroeste bonançoso (10/20 km/h).

ESTADO DO MAR:Mar de pequena vaga.

Ondas noroeste de 2 metros.Temperatura da água do mar: 16ºC

TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS:

Horta: 14/ 19ºCAngra do Heroísmo: 14 / 19ºC

GRUPO ORIENTAL

Períodos de céu muito nublado com abertas.

Aguaceiros fracos durante a madrugada e manhã.

Vento noroeste fraco a bonançoso (05/20 km/h).

ESTADO DO MAR:Mar encrespado

a de pequena vaga.Ondas noroeste de 2 metros.

Temperatura da água do mar: 17ºCTEMPERATURAS MÍNIMAS

E MÁXIMAS PREVISTAS:Ponta Delgada: 14 / 18ºC

GRUPO OCIDENTAL

Períodos de céu muito nublado com abertas.

Vento noroeste bonançoso (10/20 km/h), temporariamente

de oeste.ESTADO DO MAR:Mar de pequena vaga.

Ondas noroeste de 2 metros.Temperatura da água do mar: 17ºC

TEMPERATURAS MÍNIMAS E MÁXIMAS PREVISTAS:

Santa Cruz das Flores: 14 / 19ºC

14.º19.º

14.º19.º

10/20 Km/h

10/20 Km/h 10/20 Km/h

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Page 35: Jornal correio açores

Correio dos Açores, 13 de Abril 2012 agenda 31

INFORMAÇÕES DE UTILIDADE PÚBLICA

TABELA DAS MARÉSFARMÁCIAS

Ponta Delgada - 296 282 022, 296 205 500 e 296 629 630Trânsito - 296 284 327R. Grande 296 472 120, 296 473 410Lagoa - 296 960 410Vila Franca - 296 539 312Furnas - 296 549 040, 296 540 042Povoação - 296 550 000, 296 550 001, 296 550 005 e 296 550 006Nordeste - 296 488 115, 296 480 110, 296 480 112 e 296 480 118Maia - 296 442 444, 296 442 996R. Peixe - 296 491 163, 296492033Capelas - 296 298 742, 296 989 433Santa Maria - 296 820 110, 296 820 111, 296 820 112 e 296 820 110

Ponta Delgada - Urgência 296 301 301Normal 296 301 313Ginetes - 296950950Nordeste - 296488111Vila Franca - 296539900Ribeira Grande: 296 472318, 296 470100Lomba da Maia - 296446017, 296446175Povoação - 296 550050, 296 550052Centro de EnfermagemBombeiros de Ponta DelgadaTodos os dias das 17h00 – 20h00Incluindo Sábados, Domingos e Feriados

HOSPITAIS

BOMBEIROS

Ponta Delgada - 296 203 000 Nordeste - 296 488 318 - 296 488 319Vila Franca - 296 539 420R. Grande - 296 472 128 - 296 472727Povoação - 296 585 197 - 296 585 155

POLÍCIA

296 285 399 (número regional)707 20 00 77 (número único)[email protected].ª a 6.ª das 9:00 às 12:00 e das 13:00 às 17:30

GABINETE DE APOIOÀ VÍTIMA

Director: Américo Natalino Viveiros; Director-Adjunto: Santos Narciso; Subdirector: João PazChefe de Redacção: Nélia Câmara Redacção: Ana Coelho; Marco Sousa; Revisão: Vilma Silva; Economia - colaboradores: Gualter Furtado, Gualter Correia, José Manuel Rosa Nunes; Luís Anselmo e José Manuel Gaudêncio: Desporto: João Patrício; Marketing: César Botelho; Pedro Raposo; Paginação, Composição e Montagem – Chefe: João Sousa; Luís Craveiro; Flávio Cordeiro; Fotografi a: Pedro Monteiro; Colaboradores: Mota Amaral; Paulo do Nascimento Cabral; Gustavo Moura; P.e Edmundo M. Pacheco; Vasco Garcia; Carlos Resendes Cabral, Daniel de Sá; Carlos Amaral; João Carlos Tavares; Valdemar Lima Oliveira; Álvaro de Lemos; Ezequiel Moreira da Silva; Pedro Paulo Carvalho da Silva; João Aguiar; Rui Ramos; Cristina Sampaio; José Luís Tavares; Mário Nunes; Caetano Tomás; António Pedro Costa; Rui Ramos; A. Lagarto; Lúcia Costa Melo; Alberto Ponte, Eduardo Ferraz da Rosa.

Edição, Redacção e Impressão - Gráfi ca Açoreana, Lda.Tiragem: 4.600 exemplaresRua Dr. João Francisco de Sousa, n.º 14 – 9500-187 Ponta Delgada – S. Miguel – Açores Telefones: 296201060 – Fax: 296286119 E-MAIL: [email protected] [email protected] [email protected]

Propriedade - Gráfi ca Açoreana, Lda.Contribuinte n.º 512005915Número de registo 100916Conselho de Gerência - Américo Natalino Pereira Viveiros, Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros e Dinis PonteCapital Social: 473.669,97 EurosSócios com mais de 10% do Capital da Empresa - Américo Natalino Pereira Viveiros, Marques SGPS, Octaviano Geraldo Cabral Mota e Paulo Hugo Falcão Pereira de Viveiros

Governo dos AçoresEsta publicação tem o apoio do PROMEDIA - Programa Regional de Apoio à Comunicação Social Privada

Ponta Delgada - Assoc. Soc. MútuosRua Professor Machado MacedoTelefone: 296 650 860

Ribeira Grande - MisericórdiaRua São FranciscoTelefone: 296 472 359

PREIA-MAR: 07h55m – 20h28m

BAIXA-MAR: 01h42m – 14h04m

INTERNACIONALChega a Ponta Delgada:De Boston às 07h00De Lisboa às 07h45, 13h45, 20h00, 21h45Do Porto às 23h20

Parte de Ponta Delgada:Para Lisboa às 14h50, 21h00 Para Boston às 15h00Para Porto às 18h00

AIR AÇORES

Chega a Ponta Delgada: De Santa Maria às 07h50, 20h00Da Terceira às 10h35, 13h05, 16h40, 18h15, 21h10De São Jorge, às 13h05Das Flores às 14h00Do Pico às 18h50Da Horta às 20h05

Parte de Ponta Delgada:Para Santa Maria às 06h30, 18h40Para a Terceira às 07h15, 09h10, 11h00, 14h40, 19h20Para as Flores às 08h45Para o Pico às 09h00Para São Jorge às 14h45Para a Horta às 16h00

NAVIOS DA TRANSINSULAR

INSULAR: Em Ponta Delgada, largando para Lisboa.

MONTE BRASIL: Em Lisboa, largando para Ponta Delgada.SETE CIDADES: Em Ponta Del-gada, largando amanhã para Cani-çal e Leixões.CHEM DAISY: No Pico, largan-do para Velas e Ponta Delgada.SOUSELAS: Em Lisboa, largan-do para Ponta Delgada.

PONTA DO SOL: Em Lisboa.

“MADEIRENSE 3”: Em Ponta Del-gada.

NAVIOS DA MUTUALISTA

AÇOREANA

FURNAS: Em Vila do Porto, saindo às 16 horas para Ponta Delgada.

CORVO: Em Leixões, saindo às 18 horas para Ponta Delgada.

Transporte Marítimo Parece Machado, Lda

BAÍA DOS AN-JOS: Em Ponta Delgada.

MOVIMENTO AÉREO MOVIMENTO MARÍTIMO

BIBLIOTECAS

Ponta Delgada De 2.ª a 6.ª das 9h00 às 19h00 Sábado das 14h00 às 19h00

Ribeira GrandeDe 2ª a 6ª feira das 9h00 às 17h00

MUSEUS

Ribeira GrandeRibeira Grande

Museu MunicipalMuseu MunicipalMuseu “Casa do Arcano”Museu “Casa do Arcano”

Museu da Emigração AçorianaMuseu da Emigração Açoriana

Aberto de 2.ª a 6.ª feira, das 9h00 às 17h00, ininterruptamente.

CENTRO MUNICIPALDE CULTURA

Exposição Colectiva de Pintura Arte Ilha 21 De 23 de Março até 3 de Maio

Ambientes - Colecções e/ou Percursos de Victor Meireles

Patente até 7 de Dezembro2.ª a 6.ª feira - das 09h00 às 12h30 e das 13h30 às 16h30 Encerrado aos fi ns-de-semana e feriados

Semana » 08h00 – Santuário do Santo Cristo 08h30 – Matriz de 2ª a 6ª feira 12h30 – Matriz 17h30 – Capela de São João de Deus - Fajã de Baixo 18h00 – Igreja do Imaculado Coração de Maria – São Pedro; Relva - 3ª e 5ª feira; Saúde – Arrifes 3ª, 4ª e 5ª feira 18h30 - Matriz; São José; Covoada - 4ª e 6ª feira 19h00 – São Pedro; São Roque de 3ª a 6ª feira; Nª Sra. de Fátima -Lajedo; Santa Clara; Fajã de Baixo 3ª e 5ª feira; Fajã Cima 3ª,5ª e 6ª feira 18h30

Sábado » 12h30 - Matriz 16h00 – Ermida das Mercês – Bairros Novos 16h30 - Estabelecimento Prisional – São Pedro 17h00 – Clínica do Bom Jesus 17h30 – Igreja do Coração Imaculado de Maria; Capela de São João de Deus -Fajã de Baixo 18h00 – São José; Sete Cidades, Feteiras 18h30 – Matriz; San-ta Clara; Fajã de Baixo 19h00 - Igreja Nª Sra. de Fátima; Fajã de Cima; Saúde – Arrifes; Mosteiros, São Pedro, Santa Clara; Relva; São Roque, Candelária 20h00 - Covoada; Milagres - Arrifes

Domingo » 08h00 – Santuário Santo Cristo; Saúde – Arrifes 08h30 – Mos-teiros; Igreja do Coração Imaculado de Maria – São Pedro 09h00 – Clínica do Bom Jesus; Fajã de Baixo 09h30 - Fajã de Cima; Piedade – Arrifes; São Roque 10h00 – Matriz; Igreja Coração Imaculado de Maria – São Pedro; Santa Clara; Milagres - Arrifes; Colégio São Francisco Xavier 10h30 – Capela de São João de Deus - Fajã de Baixo; Covoada; Hospital Divino Espírito Santo; Várzea; Sete Cidades 11h00 – São José; São Pedro 11h30 - Fajã de Cima; Saúde - Arrifes; Santa Clara; Fajã de Baixo 12h00 – Santuário Santo Cristo; Matriz; Relva; Mosteiros; Ginetes 12h15 – São Gonçalo -São Pedro 12h30 – Igreja Nª Sra. de Fátima Lajedo 17h00 – Matriz 18h00 – São José 18h30 – Fajã de Bai-xo 19h00 – São Pedro

MISSAS

Central - 296 302530 - 296 205050

TÁXIS

JOGOS SANTA CASA

CINEMACASTELLO LOPES - PARQUE CASTELLO LOPES - PARQUE ATLÂNTICOATLÂNTICO

* Sessão válida sexta e sábado** Sessão válida sábado e domingo

SALA 1Titanic 3D

13:30**, 17:20, 21:20

SALA 2Lorax VP 3D15:00, 17:00

Fúria de Titãs 3D21:10, 23:40*

Lorax VP – Digital12:40**, 19:00

SALA 3Espelho Meu, Espelho Meu! Há Alguém

mais Gira-VO-Di21:40, 00:10*

Espelho Meu, Espelho Meu! Há Alguém mais Gira VP-Di

13:00**, 15:30, 18:10

SALA 4American Pie: O Reencontro – Digital12:50**, 15:20, 18:20, 21:30, 00:00*

Programação de 12 a 18 de Abril

EURO MILHÕESSorteio de 6 de Abril de 2012

Sexta-feira 11 - 20 - 30 - 35 - 45 + 2 - 3

Sorteio de 10 de Abril de 2012Terça-feira

22 - 25 - 27 - 36 - 37 + 5 - 9

JOKERSorteio de 8 de Abril de 2012

3116378

TOTOLOTOSorteio de 11 de Abril de 2012

Quarta-feira8 - 14 - 17 - 20 - 40 + 7

Sorteio de 7 de Março de 2012Sábado

24 - 29 - 30 - 37 - 47 + 11

TOTOBOLAResultado de 8 de AbrilX21 1XX 212 XX1X 01

LOTARIA CLÁSSICASegunda-feira - 9 de Abril

1.º Prémio: 00500

LOTARIA POPULARQuinta-feira - 5 de Abril

1.º Prémio: 88399

EFEMÉRIDESPOLÍCIA MUNICIPAL

Rua Manuel da Ponte, n.º 349500 – 085 Ponta DelgadaTel. 296 304403/91 7570841Fax: 296 304401E-Mail: [email protected]

TEATRO MICAELENSE

COLISEU MICAELENSE

PANAZOREAN INTERNATIONAL FILM FESTIVAL

14 a 21 de Abril, 21h30

BAILINHOS DA ILHA TERCEIRA

5 de Maio

1774 - D. José cria a Diocese de Aveiro.

1861 – Início da Guerra Civil nor-te-americana, com o assalto das forças confederadas (do Sul) ao Forte Sumter, na Carolina do Sul.

1981 – Primeira viagem do vaivém espacial norte-americano Columbia, tri-pulado pelos astronautas Robert Crippen e John Young.

1989 – Morre o antigo campeão de pesos pesados Sugar Ray Robinson, 67 anos.

1992 – Abertura da Eurodisney, nos arredores de Paris.

1997 – Viagem de João Paulo II a Sa-rajevo, Bósnia.

2003 - Mais de 83% de eleitores

húngaros aprovam a adesão à União Europeia.

2008 - O português João Neto con-quista a medalha de ouro de -81 kg dos Campeonatos Europeus de judo, em Lisboa, ao derrotar na fi nal o holandês Guillaume Elmont com ponto de ouro, por castigo do adversário.

Este é o centésimo terceiro dia do ano. Faltam 263 dias para o termo de 2012.

Pensamento do dia: “É necessária uma certa dose de estupidez para se fazer um bom soldado”. Florence Nightingale (1820-1910), enfermeira inglesa, funda-dora da enfermagem moderna.

Page 36: Jornal correio açores

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13 de Abril 2012

Fundado em 1920

ÚLTIMA

Correio dos Açores

Investigadores portugueses descobrem teste de detecção rápido e barato

Tribunal considera não provadas acusações de tráfico, abuso de poder e falsificação

Caso Portucale acaba com os 11 arguidos absolvidos

Tuberculose

Acusados, entre outros crimes, de tráfi co de infl uências, abuso de poder e falsifi cação, os 11 arguidos do caso Portucale foram, quinta-feira, absolvi-dos de todas as acusações. Com o em-presário e ex-dirigente do CDS-PP Abel Pinheiro como principal arguido, o caso Portucale relacionava-se com o abate de sobreiros na herdade da Vargem Fresca, em Benavente, para a construção de um projecto turístico-imobiliário da empre-sa Portucale, do Grupo Espírito Santo (GES), por força de um despacho con-junto dos ministros do então Governo PSD/CDS Nobre Guedes (Ambiente), Telmo Correia (Turismo) e Costa Ne-ves (Agricultura).

Na acusação, o Ministério Público

(MP) pedia a responsabilização de seis dos 11 arguidos, defendendo a conde-nação de Abel Pinheiro, Eunice Tinta e José António Valadas (dois funcioná-rios do CDS/PP à data dos factos) pelo crime de falsifi cação de documentos, mas com uma pena não privativa da liberdade.

Já em tribunal, o mesmo MP deu como provado o crime de abuso de po-der para os arguidos António de Sousa Macedo, ex-director-geral das Flores-tas, Manuel Rebelo, ex-membro desta direcção, e António Ferreira Gonçal-ves, antigo chefe do Núcleo Florestal do Ribatejo.

Em causa estava ainda a entrada de mais de um milhão de euros nos cofres

do CDS-PP, sem que, no entender da acusação, existissem documentos que suportassem ou justifi cassem a prove-niências de tal soma. Isto porque os re-cibos existentes serão falsos.

Recorde-se que a investiga-ção do caso Portucale envolveu, inclusivamente, escutas telefónicas e conversas interceptadas, as quais aca-baram por dar origem a um outro pro-cesso (autónomo), relacionado com a compra, por Portugal, de dois subma-rinos ao consórcio alemão Ferrostal. Um inquérito, também com contornos políticos, que, no entanto, continua há vários anos por concluir, no Departa-mento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP).

Dois investigadores portugueses descobriram um novo teste para diag-nóstico da tuberculose, mais rápido e mais barato, um feito que lhes valeu a atribuição de um prémio de mérito que será entregue hoje.

Pedro Viana Baptista, do departa-mento de Ciências da Vida da Faculda-de de Ciências e Tecnologia da NOVA, e Miguel Viveiros Bettencourt, do Ins-tituto de Higiene e Medicina Tropical, descobriram um sistema inovador para detectar o agente etiológico da tubercu-lose e as mutações mais frequentemente implicadas na resistência a antibióticos.

Em declarações à Lusa, Pedro Baptista explicou que “dentro das pro-blemáticas da tuberculose, um dos principais fatores de combate é a iden-tifi cação da infecção”, nomeadamente porque as técnicas são demoradas ou muito caras e grande parte da tuberculo-se dá-se em países sem recursos fi nan-ceiros.

Além disso, a tuberculose “tem ga-nho mecanismos de resistência” que di-fi cultam ainda mais a sua detecção.

No estudo premiado, intitulado “Nano TB Nanodiagnostics for XDRT at a point-of-need”, utiliza-se um sis-tema de nanotecnologia para fazer um diagnóstico molecular e identifi car a presença, ou não, do organismo e se tem padrão de resistência.

“Utilizam-se nanoparticulas de ouro, que fi cam estáveis e apresentam uma coloração vermelho rubi quando detectam a presença de DNA do mi-crorganismo que causa a tuberculose e sequências associadas à resistência a antibióticos”, explicou.

Em contrapartida, na ausência do microrganismo, as nanoparticulas não fi cam estáveis e, juntando-lhes sal, adquirem uma coloração azul, acres-centou. Por serem necessárias apenas pequenas quantidades, é possível cortar no preço, salientou o investigador, espe-

cifi cando que, tendo em conta apenas o cálculo do custo directo (sem margem de lucro), esta técnica é 10 vezes mais barata do que as actualmente utilizadas. Pedro Baptista adiantou que este mode-lo de detecção já funciona e está em fase de validação.

Uma vez alcançado este primeiro objectivo, poderá ser feita a transposi-ção do laboratório para regiões onde as populações são mais afectadas pela doença e onde existem mais fracos re-cursos.

“Pode ser usado descentralizada-mente, em hospitais de campanha, in-dependente de todas as tecnologias”, explicou, comparando com os testes de gravidez que se compram nas farmá-cias.

O investigador afi rmou existirem já algumas empresas nacionais e alguns consórcios europeus interessados na transferência de tecnologia do protóti-po.