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PARASITOSES Dra Maila Murad Balduino Pediatra pela ISCMSP Especialista pelo crm

Parasitoses maila

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Parasitoses

Parasitoses Dra Maila Murad BalduinoPediatra pela ISCMSPEspecialista pelo crm

CRONOGRAMA DA AULADOENAS ABORDADAS: AMEBASEGIARDASEANCILOSTOMASEASCARIDASEESTRONGILOIDOSETOXOCARASETENASECISTICERCOSEETIOLOGIA/DEFINIOEPIDEMIOLOGIACICLO VITAL-PATOGNESEMANIFESTAES CLNICASDIAGNSTICO TRATAMENTO

AMEBASE-definioA amebase uma infeco sintomtica ou assintomtica causada pela Entamoeba histolytica, um protozorio pertencente ao filo Sarcomastigophora, classe Sarcodina, ordem Amoebida e famlia Entamoebidae. Em cerca de 90% dos casos, a E.histolytica vive como comensal na luz do intestino do hospedeiro, o que resulta no quadro de infeco assintomtica, prevalente na maioria dos casos.Atualmente os pesquisadores distinguem duas espcies consideradas morfologicamente idnticas, mas geneticamente distintas: a Entamoeba histolytica, invasiva e patognica e Entamoeba dispar, no-patognica, responsvel principalmente pelas infeces assintomticas.Alm dessas, outras espcies de ameba podem colonizar o intestino grosso do homem e nele viver em condies comensais, como a Entamoeba coli, Endolimax nana, Entamoeba hartmanni e Dientamoeba fragiles. Somente em determinadas condies essas espcies podem ser consideradas patognicas. Para diferenciar as espcies de amebas encontradas no intestino grosso do homem varias caractersticas so utilizadas, como: o tamanho e as caractersticas morfolgicas dos cistos e trofozotos, o nmero de ncleos presentes nos cistos maduros, e o numero e as formas das incluses citoplasmticas.

Incidncia Estimativa de 500 milhes de parasitados no mundo-> 50 a 100 mil mortes devido suas complicaes;frica a regio do mundo mais afetada;No Mxico por exemplo a taxa de incidncia de amebase intestinal de 1995 ate 2000 foi de 1000 a 5000 casos para cada 100000 habitantes ano. Aumento de incidncia nos pases asiticos.Baixa incidncia em pases desenvolvidos com saneamento bsico, altos ndices de idh.FONTE CDC

Ciclo vital

AMEBAPOROS PROTEINAS FORMADORAS DE POROS , PRODUZ FOSFOLIPASES E HEMOLISINAS. LEVAM A APOPTOSE E INATIVAM NEUTROFILOS.10

Manifestaes clnicasAssintomtico Colite /disenteria amebianaDoena extra intestinal

COLITE: DOR EM COLICA, TENESMO, SANGUE NAS FEZES.FEBRE.ABSCESSO HEPATICO: FEBRE, DISTE ABDOMINAL, DOR EM HIPOCONDRIO DIREITO

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Doena extraintestinal

Diagnstico Quadro clnicoExame microscpico de 3 amostras fezes frescas sensibilidade de 90%Reao em cadeia de polimerase- alta sensibilidade e especificidadeHemaglutinao indireta- mais sensvel porem produz resultado + anos aps infeco estabelecida

Tratamento Metronidazol ou tinidazolMetronidazol: 35 a 50 mg/kg/dia 8/8h por 7 a 10 dias.Tinidazol: 50 mg/kg/dia 1 x dia por 3 dias.Doena extraintestinal:Abscesso heptico: drenagem e cloroquina.Repetir exame de fezes a cada 2 semanas at negativao.

Amebas de vida livreNaegleria fowleria: Meningoencefalite amebiana primria (cefalia, febre , dor de garganta e rinite).Meningoencefalite amebiana: anfotericina b 1,5 mg/kg/dia em 2 doses por 3 dias, depois 1 mg/kg/dia 6 dias.3 dias aps febre aumenta, rigidez de nuca coma--morte

Acanthamoeba spp : ameba de vida livre-lagos , piscinas, esgotos.lceraes de crnea-usurios de lente de contato-PROPRAMIDINA TPICA-POLIMIXINA BMeningoecefalite amebiana granulomatosa-imunodeprimidos.EVITAR CORTICOESTERIDES-EFEITO DELETRIO

Abscesso cerebral

Preveno Saneamento bsicoCuidados com manuseio de alimentosLavagem das mos

Giardase-definioGiardia lamblia protozorio flagelado que infecta duodeno e ig.Assintomtica-diarria aguda-malabsoro

Incidncia

Ciclo vital

Diagnstico Frequentadores de creche, viajantes, com dor abdominal, diarria, flatulncia, intolerncia a acares.Exame microscpico com 3 amostras frescas s 90%EIA alta sensibilidade e especificidade.Reao em cadeia de polimerase;

Tratamento Tinidazol 50 mg/kg/dia 1 x diaNitazoxanida: 4 a 12 anos: 200 mg 2 x dia por 3 diasMetronidazol: 15 a 30 mg/kg/dia 8/8h por 5 a 7 dias

Preveno Lavagem das mosClorao da guaVer fervimento, ph e turbidezgua filtrada Saneamento bsico

Ascaridase-definio Doena helmntica causada pelo nematdeo Ascaris lumbricoidesVerme adulto habitam luz do intestino delgado por 10 a 24 meses

Incidncia

Manifestaes clnicasSo decorrentes de doena pulmonar ou obstruo do trato intestinal ou biliarSd lffler-A sndrome de Loeffler representa uma pneumonite eosinoflica transitria, por reao de hipersensibilidade imediata, decorrente da migrao pulmonar das larvas de parasitas, principalmente os helmintos.

Diagnstico Exame microscpico de amostras fecais alta sensibilidade em razo do alto nmero de ovos eliminados pelas fmeas.Cerca de 200 mil ovos dia.

Tratamento Albendazol -400 mg via oral dose nica para todas as idadesMebendazol 100mg 2 doses por 3 diasPiperazina usado para provocar paralisia neuromuscular no parasita tratamento de obstruo intestinal-usar aps leo mineral.Cirrgico

Preveno Tratamento universal em reas de alta endemicidadeHigieneSaneamento bsicoLavagem das mos Cuidados com alimentos

Ancilostomase

Definio Doena causada por ancilostomdeos, vermes cilndricos que infectam seres humanos.Necator americanusAncylostoma duodenaleA brasiliense- responsvel pela larva migrans cutnea.

Incidncia Brasil predomina NecatorAncylostoma encontrado em 20 a 30 % dos infectadosAfeta 576 milhes de pessoas no mundo inteiro-fonte Nelson tratado de pediatria.Umidade, calor e sombra.Alta incidncia na frica , leste asitico e regies tropicais das amricas.

Ciclo vital

Manifestaes clnicasAnemiaDesnutrioRetardo de crescimentoDermatite no local de penetrao da larvaObs A braziliensis larva migrans cutnea- migrao lateral das larvas.TosseEosinofiliaPalidez e cor amarelada

Diagnstico Exame fecal direto- alta sensibilidade-fezes frescasNo consegue distinguir as espcies

Tratamento Mebendazol 100 mg 2 x dia por 3 diasAlbendazol 400 mg via oral dose nica

Preveno Utilizao de caladosCuidados nos locais de lazer de crianasSaneamento bsico2001-world health assembly- uso de desverminao peridica-eficcia diminui??Resistncia aos antihelmnticos?

Enterobase Enterobase doena causada pelo Enterobius vermicularis, nematdeo pequeno com 1 cm de comprimento, habita ceco, apndice, leo e clon.Infeco humana mediante ingesto de ovos embrionados

Incidncia Mais prevalentes em regies de clima temperadoMais comum em crianas de 5 a 14 anos

Ciclo vital

Manifestaes clnicas Prurido analSono ruimAgitao Vulvovaginites

Diagnstico HistriaExame microscpico com uso de fita adesiva

Tratamento Mebendazol Albendazol dose nica, repetidas semanasMais eficaz pamoato de pirvnio-10 mg/kg repetir em 2 semanas.

Preveno Tratamento de todos indivduos da casaLavagem das mosCortar unhas

Estrongiloidase Causada pelo nematdeo: Strongyloides stercoralisInfectados mediante o contato da pele com o solo contaminado com larvas infecciosas

Incidncia Regies de clima quente, midoImunossuprimidosPrecrias condies de saneamento

Ciclo vital

Manifestaes clnicas1/3 assintomticoLarva currensSd de lfllerGastrointestinal Sd de hiperinfeco

Diagnstico Exames de fezes vrias amostrasTeste do cordo entrico

Tratamento Ivermectina 200 mg/kg/dia 1 x dia, por 1 a 2 dias.Tiabendazol 25 mg/kg/dia 2 x dia por 2 dias.Hiperinfeco: tratar bacteremia associada, e ivermectina por 7 a 10 dias.

Preveno Saneamento bsicoUso de caladosImunossuprimidos tratamento profiltico

Tenase A Tenase uma parasitose causada pela forma adulta de tnias. Em quase todos os casos de tenase o doente s tem um nico verme adulto. Apenas o homem parasitado pelas tnias.Helmintos da classe Cestdeas; famlia da Taeniidae; gnero Taenia; espcie Taenia solium e Taenia saginata.Taenia saginata a tnia do boi que apenas na forma adulta parasita o intestino do homem.Taenia solium a tnia do porco que na forma adulta parasita o intestino do homem, e na forma larvrria (ciscercos) se desenvolve em vrias partes do corpo humano.

Caracteres da tniaAs tnias so grandes vermes achatados que medem de 2 a 3 metros de comprimento, podendo porm alcanar at 8 a 9 metros; apresenta-se em forma de fita achatada e segmentada em que se distinguem trs pores: a cabea ou esclex, pescoo e o corpo; tem o corpo dividido em anis, as proglotes; a cabea denominada escolx que tem a forma de pra; o esclex da Taenia saginata dotado de quatro ventosas, enquanto o esclex ou cabea da Taenia solium dotado de uma dupla coroa de espinhos e de quatro ventosas que possibilitam sua fixao mucosa intestinal; a tnia possui meios fisiolgicos de autofecundao sem a necessidade de parceiros para fecundar seus ovos, que so expelidos com as fezes.O corpo ou esbilo constitudo por grande nmero de segmentos chamados de anis ou proglotes. Os anis situados no primeiro metro do animal so mais largos que altos, no apresentando rgos genitais maduros. Dessa poro em diante os anis comeam a ser to largos como altos e ao exame aps colorao pode-se identificar os ovrios, testculos e outras formaes genitais j maduros.Os vermes adultos tm grande longevidade, eles podem permanecer no homem por vrios anos.

Incidncia

Ciclo vital

Manifestaes clnicasTenase raras desconforto-prurido analCisticercose: convulses 70% casos, psicose, avc.Neurocisticercose:1)Parenquimatosa- convulses2)Intraventricular-hidrocefalia3)Menngea- irritao menngea4)Espinhal- mielite/meningite5)Ocular-diminuio acuidade visual

Diagnstico Exame de fezes: tentar diferenciar as tniasExame visual das progltidas grvidasVisualizar esclexNeurocisticercose: clnica +tc+rmRxImunoblot (alta sensibilidade e especificidade)Lcr com eosinofilia

Tratamento tenase: praziquantel 10 mg/kg via oral dose nicaNiclosamida 50 mg/kg dose nicaNeurocisticercose: uso de anticonvulsivantesTerapia antiparasitria associada com dexametasona- exceto se leso j calcificadaAlbendazol-15 mg/kg/dia 2 x dia por 28 diasHidrocefaliadvpDoena ocular-cirurgia de enucleao

Preveno Inspeo sanitria rigorosa das carnes de consumo populao.Inspeo sanitria rigorosa dos locais de abatedouros de animais por parte das Autoridades Sanitrias.Impedir que excrementos de sunos alcancem os abastecimentos de gua, atravs de engenharia sanitria.Educao sanitria populao, principalmente ensinando que consumir carne crua ou mal-cozida pode significar a infestao do indivduo.Tratamento de rede esgoto.Construo de fossas sanitrias em locais que no tem rede de esgoto.Evitar a criao de porcos soltos.Consumir carne bovina e suna bem como seus derivados, bem cozidas.Ingerir gua potvel e filtrada.

Referncias bibliogrficas:TRATADO DE PEDIATRIA NELSON- [email protected] EDIOSITE CDC WWW.CDC.GOVSITE MINISTRIO DA SADEPARASITOLOGIA HUMANA,NEVES,2011, [email protected]