MUSCULAÇÃO PARA IDOSOS

MUSCULAÇÃO PARA IDOSOS

PROF. HENRIQUE STELZER NOGUEIRACREF 080569-G/SP

HSN - PERSONAL TRAINING

Em uma revisão de Silva et al, 2006 publicado na Revista Brasileira de Reumatologia, é possível evidenciar que a prevalência da incapacidade funcional está intimamente ligada à redução de massa muscular, sendo esse fenômeno (sarcopenia) decorrente de problemas de sinalização das células, hormônios, aumento do perfil inflamatório e até mesmo problemas na ingesta proteica na dieta.



´´A perda de massa e força muscular é responsável pela redução de mobilidade e aumento da incapacidade funcional e dependência. Quando associada à fragilidade, esta perda gera custos econômicos e sociais“ (SILVA et al, 2006). Nota-se ainda nesse estudo a importância do exercício físico diário para que o idoso possa melhorar suas atividades diárias e seu estado clínico.


É tão possível trabalhar com cargas altas com idosos, que um estudo de Oliveira et al, 2008 publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte demonstrou que o treinamento com sobrecarga alta (80% de 1RM) foi mais eficiente para melhorar o quadro anabólico (razão testosterona:cortisol) do que com sobrecarga baixa (50% de 1 RM).



Evidentemente que para iniciar o trabalho com o idoso se faz necessário realizar testes iniciais e periódicos, dentro de uma normativa e que seja reproduzível para as atividades diárias do idoso.


Fountora, Formantin & Abech (2013) selecionam protocolos de testes que podem ser aplicados aos idosos, como norteamento de programas de treinamento físico para idosos.


Deve-se pensar então, que o idoso necessita de diversos estímulos de treinamento, sendo os treinos de força muscular e de flexibilidade importantes componentes para melhoria do equilíbrio, como demonstraram Albino et al, 2012 em um estudo publicado na Revista Brasileira de Geriatria e Gerontologia.



Nota-se ainda que a musculação pode melhorar o metabolismo e favorecer o aumento de massa muscular e favorecer o emagrecimento de mulheres no período pós-menopausa, conforme estudo de Trevisan & Burini, 2007 publicado na Revista Brasileira de Medicina do Esporte.



Em uma revisão de Cadore, Pinto e Kruel (2012) publicada na Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho humano, que teve por objetivo comparar estudos que envolveram treinamento de força (musculação) e treinamento concorrente (musculação + aeróbio) comparando os mesmos para as adaptações neuromusculares de idosos.



Em conclusão, os pesquisadores entendem que o treinamento de força (musculação) é mais capaz de promover aumentos de força e função muscular em idosos do que o concorrente (musculação + aeróbio), porém que o concorrente (musculação + aeróbio) promove diversos benefícios cardiovasculares.


Em outro estudo, Guido et al (2010) analisaram o efeito da musculação na melhora de índices da aptidão aeróbia de mulheres idosas. Na ocasião 50 mulheres foram divididos em dois grupos de 25 cada (controle = 25 e treinamento = 25). As mulheres idosas que fizeram musculação melhoraram a aptidão aeróbia. Portanto a musculação (treinamento de força) parece contribuir com outras valências motoras ou de capacidades físicas.



Por fim, uma revisão de Silva & Farinatti, 2007 publicada na Revista Brasileira de Medicina do Esporte, nos demonstra a manipulação das variáveis de treino (sobrecarga em % de 1RM, tempo de execução, tempo de descano, etc), é algo importante a ser melhor estudado, mas que a sobrecarga alta conduz o idoso a melhores respostas do que os treinos com estímulos débeis.



Portanto, para a periodização do treinamento físico de idosos, inicialmente pode-se pensar em modelo linear, com utilização de treinamento concorrente (musculação + aeróbio) para que se tenha uma boa adesão ao programa e para produzir melhorias clínicas iniciais e posteriormente utilizar de modelo não-linear (ondulatório) para potencializar ganhos de capacidades físicas.


Obrigado !!!

Henrique Stelzer NogueiraCREF 080569-G/SP

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