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Pedro Mota VALORES SUBJECTIVIDADE OU OBJECTIVIDADE?

Valores subjetivos objetivos

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Pedro MotaVALORES SUBJECTIVIDADE OU OBJECTIVIDADE?

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Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa

• Valores:• 1. Qualidades atribuídas a factos ou acções como bons ou

maus, fundadas em critérios que justificam as nossas escolhas e preferências, e determinam o que que queremos ou não queremos que existam.

• 2. Constituem a razão fundamental das nossas decisões.• 3. Orientam a nossa vida e influenciam as nossas decisões,

determinando o que pensamos acerca do que é melhor e do que é pior, o que deve ser e o que não deve ser.

• 4. Dão ao agente um motivo para agir. • A nossa relação com o mundo é em grande medida valorativa,

pois preferimos ou rejeitamos constantemente os mais variados aspectos do mundo à nossa volta, seleccionando aqueles a que damos mais valor.

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Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa

• 1. Para responder à questão anterior devemos, em primeiro lugar, distinguir entre:

Juízo de facto Juízo de valorTêm Valor de Verdade?

SIM . O seu valor de verdade é independente das crenças ou dos gostos de quem os profere – é independente da perspectiva de qualquer sujeito.

Talvez sim, talvez não. E se são verdadeiros ou falsos, talvez não o sejam independentemente dos gostos ou das crenças de quem julga. Talvez não o sejam independentemente da perspectiva de qualquer sujeito.

São descritivos ou informativos?

SIM. Se são verdadeiros dizem-nos, em parte como as coisas são e não como devem ser. A direcção da adequação é da realidade para o juízo.

São em parte normativos. Dizem-nos como devemos avaliar as coisas. A direcção da adequação é do juízo para a realidade.

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Os valores – Análise e compreensão da experiência valorativa

• A diversidade dos valores :• Encontramos diversos tipos de valores que constituem o

critério ou a razão de ser das nossas preferências : • (…) • Valores ético-políticos• Valores religiosos• Valores estéticos• (….)• As preferências valorativas variam:• De pessoa para pessoa • De grupo social para grupo social• De cultura para cultura Significa isto que não podemos avaliar objectivamente os

valores?

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A Questão da origem e fundamento dos valores: objectivismo e subjectivismo.

•Avaliamos pessoas, leis políticas e as coisas segundo determinados critérios que decidam do seu valor. Como a justiça. Será que essas avaliações podem ser objectivamente correctas, ou seja, verdadeiras para todos e independentes da apreciação de cada um?•Concentremo-nos em juízos de valor de carácter moral como “matar pessoas inocentes é errado”, ou “a pena de morte é injusta”, ou em juízos estéticos como, por exemplo “x é belo” ou “x é uma obra de arte”.•Para compreender a sua natureza temos de responder a esta pergunta:•Os juízos de valor (por exemplo os juízos morais, ou estéticos) têm valor de verdade, ou seja, são objectivos, têm uma origem exterior ao indivíduo?

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O problema dos critérios valorativos (1)

• O que acontece quando o observador desaparecer?

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O problema dos critérios valorativos (2)

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O problema dos critérios valorativos (3)

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O problema dos critérios valorativos (4)

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O problema dos critérios valorativos (4 A)

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O problema da origem e fundamento dos critérios valorativos

• Avaliamos as pessoas segundo determinados critérios, que fundam os valores como, por exemplo, a justiça ou o belo.

• Problema:• 1. Será que essas avaliações podem ser objectivamente correctas?

Afirmamos algo que é objectivamente bom ou mau? O bom e o mau são qualidades objectivas das coisas? São avaliações inerentes à sociedade como realidade exterior e independentes da nossa consciência pessoal? São ditadas por um poder transcendente?

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PRIMEIRA RESPOSTA

• Resposta 1: Objectivismo moral. O correcto é um valor próprio das coisas (boas ou más para nós), são os costumes sociais estabelecidos pensados como verdades absolutas, ou é ditado por Deus.

• Quem responde afirmativamente defende que, afinal, não há uma diferença muito grande entre os juízos de facto e os juízos de valor; afirma que estes são verdadeiros ou falsos de uma forma objectiva.

• Quem pensa assim tem uma perspectiva objectivista dos valores em geral ( neste caso dos valores éticos e estéticos).

• O objectivismo defende que o critério dos valores é dado por algo exterior ao indivíduo, pelas propriedades da coisas, pela sociedade ou por Deus, sendo que esse critério é uma verdade absoluta.

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HÁ OUTRA RESPOSTA POSSÍVEL

• Resposta 2: Subjectivismo moral. Não existem juízos morais ou estéticos(ou valores em geral) que ultrapassem o âmbito dos gostos e das preferências pessoais ou das nossas emoções (subjectivismo), ou ainda de uma cultura ou de uma época (relativismo).

• Quem defende que os valores são uma questão de opinião individual adopta uma perspectiva chamada subjectivismo ou relativismo subjectivo.

• O subjectivismo moral defende que os critérios dos valores têm origem na pessoa, em nós, que os seus critérios são os nossos desejos, as nossas preferências pessoais. Seriam estes critérios a determinar o que vale e o que não vale.

• Sou eu quem determina o que é bom e o que é mau.

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RESPOSTA 3

• Resposta 3: Relativismo cultural moral: Quem defende que o valor de verdade dos juízos de valor depende do que uma sociedade acredita ser verdadeiro ou falso adopta uma perspectiva denominada relativismo cultural. É a minha sociedade que determina o que é bom e o mau.

• O relativismo cultural ou convencional moral é um meio-termo: os códigos morais são convenções, não têm carácter absoluto, mas também não se fundam num critério meramente subjectivo.