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RECICLAGEM DE ÓLEO COMESTÍVEL USADO ATRAVÉS DA FABRICAÇÃO DE SABÃO- UMA QUESTÃO DE RESPEITO AO MEIOAMBIENTE. EQUIPE ALUNOS: Maira Silva Machado, Ana Paula Souza, Ketillyn Cristina Araújo, Kely da Silva Casteliane, Karine Rodrigues e Vanila Cancela Teixeira. PROFESSORA: Perla R. C. Belo ; ANIMADORA CULTURAL: Dalva S.S. Miranda. DIREÇÃO: Ana Maris Chicarine e Úrsula Claudia de Souza. Palavras-chave: óleo domiciliar, reciclagem, produção de sabão, meio ambiente. RESUMO No município de Paracambi, como em muitos outros municípios, não existe um programa efetivo de coleta e reciclagem do óleo domiciliar, bem como, a disseminação da importância do descarte adequado desse resíduo para a população, através de programas de educação ambiental abordando a sua alta nocividade ao meio ambiente. Assim, o CIEP 500 Antônio Botelho, tem como objetivo principal, através de oficinas práticas de reciclagem do óleo domiciliar, implementar essa prática de educação ambiental na escola, oferecendo a seus alunos uma visão multidisciplinar com relação as ações realizadas pelo homem as quais produzem impactos negativos ao meio ambiente, e a possibilidade de colaborar com seu aprendizado, sob essa ótica da utilização desse produto de uso cotidiano, de como lidar com os resíduo produzido de maneira sustentável, respeitando os limites da natureza . INTRODUÇÃO Um litro de óleo de cozinha pode poluir até 1 milhão de litros de água. A poluição pelo óleo encarece o tratamento da água, além de agravar o efeito estufa, já que o contato com a água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás metano, um componente muito mais agressivo que o CO 2 [1]. Os óleos vegetais são grandes causadores de danos ao meio ambiente quando descartado de maneira incorreta. Óleos e gorduras, são por definição, substancias que não se misturam com a água, podendo ser de origem animal e vegetal. O óleo vegetal é o que dá origem aos óleos de cozinha, pode ser obtido de várias plantas, ou sementes, como o buriti, mamona, soja, canola, girassol, milho, etc [1,2,3]. Embora, toda a aplicação dos óleos vegetais na culinária, são grandes causadores de danos ao meio ambiente. O óleo de cozinha usado, quando jogado diretamente no ralo da pia ou no lixo, polui córregos, riachos e o solo, além de danificar o encanamento da casa. O óleo interfere na passagem de luz na água, retarda o crescimento vegetal, interferindo na transferência de oxigênio para a água impedindo a vida no sistema aquático. Quando lançado no solo, no caso do óleo que vai para os lixões ou aquele que vem junto coma água dos rios, se acumula em suas margens impermeabilizando o solo, impedindo a infiltração da água, piorando o problema de enchentes [1,2,3]. MATERIAL E MÉTODOS Material 5 L de óleo de cozinha usado, 2 L de água, 200 ml de amaciante e 1Kg de soda cáustica em escamas Preparo Colocar, cuidadosamente a soda em escamas no fundo de um balde, adicionar a água fervendo, mexer até diluir todas as escamas da soda, adicionar o óleo e homogeneizar. Adicionar o amaciante e mexer novamente. Transferir a mistura para uma fôrma e espere secar e verter a barra de sabão em um suporte plano e fazer o corte em menores pedaços. RESULTADOS E DISCUSÃO As atividades realizadas nas oficinas, proporcionaram aos alunos uma sensibilização a respeito dos danos que vêm ocorrendo com o Meio Ambiente mediante o descarte inadequado do óleo de cozinha, tais como poluição dos recursos hídricos, comprometimento do solo e extinção de espécies animais, habitantes desses ecossistemas. A análise do aprendizado dos alunos com relação ao tema abordado se deu através de um breve debate, realizado ao término da aula, bem como mediante a entrega de um relatório. A grande maioria dos alunos mostrou ter domínio a respeito das etapas do processo bioquímico da produção do sabão, a importância do processo de reciclagem do óleo e, também propuseram sugestões com relação a novas atitudes que poderiam ser adotadas para minimizar os danos ambientais pelo seu lançamento inadequado . A simplicidade da técnica e o seu baixo custo possibilitam a sua realização por pessoas de baixa renda, refletindo bastante interesse por parte dos alunos em adotar a prática em questão no âmbito doméstico, como ações de sustentabilidade ambientais cotidianas. O espaço dedicado as questões ambientais teve ênfase contínuo, o que propiciou sua articulação com o conhecimento da química e da interferência sobre a biologia no processo, o que demonstrou a consolidação do conhecimento, sendo este de forma interdisciplinar. Figura 01: alunas do CIEP 500 pintando telas recebidas como contrapartida da entrega do óleo excedente para reciclagem. CONCLUSÃO A realização desse trabalho permitiu constatar a possibilidade real de se trabalhar temas em educação ambiental, como esse e outros, no que concernem ações de sustentabilidade, desenvolvidas no ambiente escolar, no ensino fundamental e médio, certamente, oportunizando e estimulando para a compreensão da importância de pequenas ações que podem ser feitas para prevenir a ocorrência de efeitos altamente danosos pelo lançamento do óleo utilizado sem qualquer critério nos corpos hídricos e no solo. Aos alunos, foi oferecida a oportunidade singular, de vivenciar, evidenciar e refletir, de forma prática, o conceito de “sustentabilidade”, pela utilização de produtos nocivos ao meio ambiente, considerando que, o homem é o principal protagonista dos impactos gerados ao meio ambiente, e suas consequências sobre si mesmo. Através da parceria entre a escola e a SEMA- Paracambi foi possível trabalhar também a parte artística dos alunos, uma vez que como contrapartida do envio do óleo excedente colhido pela escola, e enviado a SEMA, são retornadas telas para pintura para os alunos. CIEP 500 ANTÔNIO BOTELHO 1 3 2 Figuras 2,3. Alunos e orientadores na oficina de reciclagem de óleo domiciliar-CIEP 500. Ano de 2011.

Reciclagem de óleo

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RECICLAGEM DE ÓLEO COMESTÍVEL USADO ATRAVÉS DA FABRICAÇÃO DE SABÃO- UMA QUESTÃO DE RESPEITO AO MEIOAMBIENTE.

EQUIPE ALUNOS: Maira Silva Machado, Ana Paula Souza, Ketillyn Cristina Araújo, Kely da Silva Casteliane, Karine Rodrigues e Vanila Cancela Teixeira.

PROFESSORA: Perla R. C. Belo ; ANIMADORA CULTURAL: Dalva S.S. Miranda.

DIREÇÃO: Ana Maris Chicarine e Úrsula Claudia de Souza.

Palavras-chave: óleo domiciliar, reciclagem, produção de sabão, meio ambiente. 

RESUMONo município de Paracambi, como em muitos outros

municípios, não existe um programa efetivo de coleta e reciclagem do óleo domiciliar, bem como, a disseminação da importância do descarte adequado desse resíduo para a população, através de programas de educação ambiental abordando a sua alta nocividade ao meio ambiente.

Assim, o CIEP 500 Antônio Botelho, tem como objetivo principal, através de oficinas práticas de reciclagem do óleo domiciliar, implementar essa prática de educação ambiental na escola, oferecendo a seus alunos uma visão multidisciplinar com relação as ações realizadas pelo homem as quais produzem impactos negativos ao meio ambiente, e a possibilidade de colaborar com seu aprendizado, sob essa ótica da utilização desse produto de uso cotidiano, de como lidar com os resíduo produzido de maneira sustentável, respeitando os limites da natureza .

 INTRODUÇÃO

Um litro de óleo de cozinha pode poluir até 1 milhão de litros de água. A poluição pelo óleo encarece o tratamento da água, além de agravar o efeito estufa, já que o contato com a água poluída pelo óleo ao desembocar no mar gera uma reação química que libera gás metano, um componente muito mais agressivo que o CO2 [1].

Os óleos vegetais são grandes causadores de danos ao meio ambiente quando descartado de maneira incorreta. Óleos e gorduras, são por definição, substancias que não se misturam com a água, podendo ser de origem animal e vegetal. O óleo vegetal é o que dá origem aos óleos de cozinha, pode ser obtido de várias plantas, ou sementes, como o buriti, mamona, soja, canola, girassol, milho, etc [1,2,3].

Embora, toda a aplicação dos óleos vegetais na culinária, são grandes causadores de danos ao meio ambiente. O óleo de cozinha usado, quando jogado diretamente no ralo da pia ou no lixo, polui córregos, riachos e o solo, além de danificar o encanamento da casa. O óleo interfere na passagem de luz na água, retarda o crescimento vegetal, interferindo na transferência de oxigênio para a água impedindo a vida no sistema aquático. Quando lançado no solo, no caso do óleo que vai para os lixões ou aquele que vem junto coma água dos rios, se acumula em suas margens impermeabilizando o solo, impedindo a infiltração da água, piorando o problema de enchentes [1,2,3].

MATERIAL E MÉTODOS Material5 L de óleo de cozinha usado, 2 L de água, 200 ml de amaciante e 1Kg de soda cáustica em escamas

PreparoColocar, cuidadosamente a soda em escamas no fundo de um

balde, adicionar a água fervendo, mexer até diluir todas as escamas da soda, adicionar o óleo e homogeneizar. Adicionar o amaciante e mexer novamente. Transferir a mistura para uma fôrma e espere secar e verter a barra de sabão em um suporte plano e fazer o corte em menores pedaços.

 

RESULTADOS E DISCUSÃOAs atividades realizadas nas oficinas, proporcionaram aos alunos

uma sensibilização a respeito dos danos que vêm ocorrendo com o Meio Ambiente mediante o descarte inadequado do óleo de cozinha, tais como poluição dos recursos hídricos, comprometimento do solo e extinção de espécies animais, habitantes desses ecossistemas.

A análise do aprendizado dos alunos com relação ao tema abordado se deu através de um breve debate, realizado ao término da aula, bem como mediante a entrega de um relatório. A grande maioria dos alunos mostrou ter domínio a respeito das etapas do processo bioquímico da produção do sabão, a importância do processo de reciclagem do óleo e, também propuseram sugestões com relação a novas atitudes que poderiam ser adotadas para minimizar os danos ambientais pelo seu lançamento inadequado .

A simplicidade da técnica e o seu baixo custo possibilitam a sua realização por pessoas de baixa renda, refletindo bastante interesse por parte dos alunos em adotar a prática em questão no âmbito doméstico, como ações de sustentabilidade ambientais cotidianas. O espaço dedicado as questões ambientais teve ênfase contínuo, o que propiciou sua articulação com o conhecimento da química e da interferência sobre a biologia no processo, o que demonstrou a consolidação do conhecimento, sendo este de forma interdisciplinar.

Figura 01: alunas do CIEP 500 pintando telas recebidas como contrapartida da entrega do óleo excedente para reciclagem.

CONCLUSÃO A realização desse trabalho permitiu constatar a possibilidade real de se trabalhar temas em educação ambiental, como esse e outros, no que concernem ações de sustentabilidade, desenvolvidas no ambiente escolar, no ensino fundamental e médio, certamente, oportunizando e estimulando para a compreensão da importância de pequenas ações que podem ser feitas para prevenir a ocorrência de efeitos altamente danosos pelo lançamento do óleo utilizado sem qualquer critério nos corpos hídricos e no solo.

Aos alunos, foi oferecida a oportunidade singular, de vivenciar, evidenciar e refletir, de forma prática, o conceito de “sustentabilidade”, pela utilização de produtos nocivos ao meio ambiente, considerando que, o homem é o principal protagonista dos impactos gerados ao meio ambiente, e suas consequências sobre si mesmo.

Através da parceria entre a escola e a SEMA- Paracambi foi possível trabalhar também a parte artística dos alunos, uma vez que como contrapartida do envio do óleo excedente colhido pela escola, e enviado a SEMA, são retornadas telas para pintura para os alunos.

BIBLIOGRAFIA

[1] DORST,J. 2001. Antes que a natureza morra. 1. Ed. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, p. 227-241 [2] PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. LEI No 9.795, DE 27 DE ABRIL DE 1999 [online]. Homepage: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L9795.htm. [3] ALBERICI, R. M.; PONTES, F. F. F. 2004. Reciclagem de óleo comestível usado através da fabricação de sabão. Eng.ambient, Espírito Santo do Pinhal, v.1, n.1, p.73-76, jan./dez., [online]. Homepage: http://metaquimica.biz/artigos/sabao.pdf

CIEP 500 ANTÔNIO BOTELHO

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Figuras 2,3. Alunos e orientadores na oficina de reciclagem de óleo domiciliar-CIEP 500. Ano de 2011.