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1. ERAS GEOLÓGICAS E PRINCIPAIS EVENTOS NO TEMPO A Geologia é a ciência da Terra. Seu campo de estudo é a porção do planeta constituída de rochas, tendo como objeto a litosfera com seus processos de formação e transformação (fatores físicos, químicos e biológicos). (POPP, Adaptado, 1999) Tendo a Geologia como ciência que se interessa pela gênese da Terra, esta organizou as etapas de transformação em Éons, Eras, Períodos e Épocas. Cada conjunto específico de idades tem como principal característica os processos formadores da crosta e o surgimento e adaptação da vida em nosso planeta. Os principais instrumentos utilizados pela Geologia moderna são os isótopos radioativos de elementos encontrados nas rochas (datação absoluta) e os fósseis encontrados pelos paleontólogos (datação relativa). Que auxiliam a compor a Escala do Tempo Geológico: EON ERA PERÍODO CARACTERÍSTICAS DURAÇÃO FANEROZÓICO Cenozoica (Moderna) Neogeno (Quaternário) Surgem os seres humanos primitivos. As geleiras se restringem às regiões polares. Ocorrem glaciações e dilúvios. 1 milhão de anos. Paleogeno (Terciário) Surgem os primeiros homínidas. Grande desenvolvimento dos antropóides. Aparecimento dos primeiros símios. Desenvolvimento dos mamíferos primitivos. 11 a 15 milhões de anos. Mesozoica Cretáceo Jurássico Triássico Aparecem os primeiros mamíferos e na flora as angiospermas mono e dicotiledôneas. Aparecimento dos animais que representam uma transição entre répteis e aves. Presença dos grandes sáurios aquáticos e terrestres. 40 a 65 milhões de anos. Paleozoica Permiano Carbonífero Devoniano Siluriano Ordoviciano Cambriano Desenvolvimento dos gimnospermas. Aparecimento dos batráquios e dos répteis. Aparecimento dos broquiópodes, dos vermes e dos insetos. Progresso dos crustáceos, aparecimento dos peixes e dos escorpiões, Aparecem os equinodermos e trilobites. 50 a 110 milhões de anos. PROTEROZÓICO PROTEROZOICA (PRIMITIVA) Pré- Cambriano Azoico Surgem os primeiros sinais de vida rudimentar nos mares e lagos. 1 bilhão e 400 milhões de anos. ARQUEANO ARQUEOZOICA (ÍGNEA) Vai do início do surgimento da Terra até a solidificação da crosta. 2 bilhões e 600 milhões de anos. Adaptado de Elísio de Oliveira. Educação Ambiental: uma possível abordagem. Brasília, IBAMA, 2000 In: BOLIGIAN & ALVES, SP: Atual, 2004 1.1 GLOSSÁRIO Geologia Ciência que estuda o globo terrestre desde o momento em que as rochas se formaram até o presente. Divide-se em Geologia Geral e Geologia Histórica, sendo que a primeira dedica-se ao estudo da composição, da estrutura e dos fenômenos genéticos formadores da crosta terrestre, bem como do conjunto geral de fenômenos que atuam não apenas na superfície, mas também no interior do planeta. A Geologia Histórica por sua vez estuda e procura datar cronologicamente a evolução geral, as modificações estruturais, geográficas e biológicas ocorridas ao longo da história da Terra. Do ponto de vista prático a geologia está voltada tanto a indicar os locais favoráveis a encerrarem depósitos minerais úteis ao homem, como também do ponto de vista social, a fornecer informações que permitam prevenir catástrofes, sejam aquelas inerentes às causas naturais, sejam aquelas atribuídas à ação do homem sobre o meio ambiente. É também empregada direta ou indiretamente nas obras de engenharia, na construção de túneis, barragens, estabilização de encostas etc. Paleontologia Ciência que estuda os fósseis, isto é, vestígios de animais ou vegetais que viveram em épocas passadas, e que mostram-se conservados nas rochas. Sedimentologia Ramo das ciências geológicas dedicado ao estudo das rochas sedimentares ou sedimentitos, que se originam da consolidação de sedimentos. Estes consistem na deposição de qualquer material sólido através da ação das águas, do gelo, dos ventos ou da gravidade. O estudo destas rochas permite a dedução da maioria dos detalhes relativos à história do passado geológico da Terra. Tem por objetivo a descrição, classificação e interpretação de um sedimentito, em função de suas propriedades fundamentais, relacionadas com o tamanho e forma das partículas constituintes, seu arranjo interno e sua composição mineralógica.

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1. ERAS GEOLÓGICAS E PRINCIPAIS EVENTOS NO TEMPO

A Geologia é a ciência da Terra. Seu campo de estudo é a porção do planeta constituída de rochas, tendo como objeto a litosfera com seus processos de formação e transformação (fatores físicos, químicos e biológicos). (POPP, Adaptado, 1999)

Tendo a Geologia como ciência que se interessa pela gênese da Terra, esta organizou as etapas de transformação em Éons, Eras, Períodos e Épocas. Cada conjunto específico de idades tem como principal característica os processos formadores da crosta e o surgimento e adaptação da vida em nosso planeta. Os principais instrumentos utilizados pela Geologia moderna são os isótopos radioativos de elementos encontrados nas rochas (datação absoluta) e os fósseis encontrados pelos paleontólogos (datação relativa). Que auxiliam a compor a Escala do Tempo Geológico:

EON ERA PERÍODO CARACTERÍSTICAS DURAÇÃO

FA

NE

RO

ICO

Cenozoica (Moderna)

Neogeno

(Quaternário)

Surgem os seres humanos primitivos.

As geleiras se restringem às regiões polares.

Ocorrem glaciações e dilúvios.

1 milhão de anos.

Paleogeno

(Terciário)

Surgem os primeiros homínidas. Grande desenvolvimento dos antropóides.

Aparecimento dos primeiros símios.

Desenvolvimento dos mamíferos primitivos.

11 a 15 milhões

de anos.

Mesozoica

Cretáceo

Jurássico

Triássico

Aparecem os primeiros mamíferos e na flora as angiospermas mono e dicotiledôneas.

Aparecimento dos animais que representam uma

transição entre répteis e aves.

Presença dos grandes sáurios aquáticos e terrestres.

40 a 65 milhões

de anos.

Paleozoica

Permiano

Carbonífero Devoniano

Siluriano

Ordoviciano

Cambriano

Desenvolvimento dos gimnospermas.

Aparecimento dos batráquios e dos répteis. Aparecimento dos broquiópodes, dos vermes e dos

insetos.

Progresso dos crustáceos, aparecimento dos peixes e dos

escorpiões, Aparecem os equinodermos e trilobites.

50 a 110 milhões

de anos.

PROTEROZÓICO PROTEROZOICA

(PRIMITIVA)

Pré-Cambriano

Azoico

Surgem os primeiros sinais de vida rudimentar nos mares e lagos.

1 bilhão e 400 milhões de anos.

ARQUEANO ARQUEOZOICA

(ÍGNEA)

Vai do início do surgimento da Terra até a solidificação

da crosta. 2 bilhões e 600

milhões de anos.

Adaptado de Elísio de Oliveira. Educação Ambiental: uma possível abordagem. Brasília, IBAMA, 2000 In: BOLIGIAN & ALVES, SP: Atual, 2004

1.1 GLOSSÁRIO Geologia Ciência que estuda o globo terrestre desde o momento em que as rochas se formaram até o presente. Divide-se em Geologia Geral e Geologia Histórica, sendo que a primeira dedica-se ao estudo da composição, da estrutura e dos fenômenos genéticos formadores da crosta terrestre, bem como do conjunto geral de fenômenos que atuam não apenas na superfície, mas também no interior do planeta. A Geologia Histórica por sua vez estuda e procura datar cronologicamente a evolução geral, as modificações estruturais, geográficas e biológicas ocorridas ao longo da história da Terra. Do ponto de vista prático a geologia está voltada tanto a indicar os locais favoráveis a encerrarem depósitos minerais úteis ao homem, como também do ponto de vista social, a fornecer informações que permitam prevenir catástrofes, sejam aquelas inerentes às causas naturais, sejam aquelas atribuídas à ação do homem sobre o meio ambiente. É também empregada direta ou indiretamente nas obras de engenharia, na construção de túneis, barragens, estabilização de encostas etc. Paleontologia Ciência que estuda os fósseis, isto é, vestígios de animais ou vegetais que viveram em épocas passadas, e que mostram-se conservados nas rochas. Sedimentologia Ramo das ciências geológicas dedicado ao estudo das rochas sedimentares ou sedimentitos, que se originam da consolidação de sedimentos. Estes consistem na deposição de qualquer material sólido através da ação das águas, do gelo, dos ventos ou da gravidade. O estudo destas rochas permite a dedução da maioria dos detalhes relativos à história do passado geológico da Terra. Tem por objetivo a descrição, classificação e interpretação de um sedimentito, em função de suas propriedades fundamentais, relacionadas com o tamanho e forma das partículas constituintes, seu arranjo interno e sua composição mineralógica.

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Geomorfologia Ciência que estuda o relevo da superfície terrestre, sua classificação, descrição, natureza, origem e evolução, incluindo a análise dos processos formadores da paisagem. Pode ainda ser inserido o estudo das feições submarinas. 2. ESTRUTURA GEOLÓGICA E CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO

Do ponto de vista da Geografia tradicional predominam no país três conjuntos principais: os planaltos, planícies e as depressões. Em nosso território estão ausentes as grandes montanhas Cenozóicas, em razão da posição do território em relação à placa sulamericana e dos sucessivos ciclos erosivos ao longo de milhares de anos.

O mapa a seguir trás a classificação mais atual do relevo Brasileiro pelo Prof. Dr. Jurandir Sanches Ross:

3. NATUREZA COMO FONTE DE RECURSOS

O território brasileiro é constituído predominantemente por um embasamento formado por rochas ígneas e metamórficas, com grandes coberturas sedimentares. Tal território, em sua total extensão, esta inserido na chamada Plataforma Sulamericana (cuja formação é remontada há 2,6 bilhões de anos).

A compartimentação do território brasileiro pode ser dividida em: - bacias sedimentares: (do Parnaíba, do Amazonas, do Recôncavo, dos Parecis, do Acre, do Paraná etc.) - crátons (ou plataformas): (Crátons Amazônico, São Luís, São Francisco, Luís Alves, Maciço Central Goiano, Rio de la

Plata); - depressões: (da Amazônia Ocidental, Marginal Norte-Amazônica, do Tocantins, Cuiabana).

3.1 Recursos Naturais

O estudo da geologia do território nacional tem grande importância, pois permite, inclusive, a identificação de ambientes minerais portadores de jazidas de grande potencial mineral, em termos de bens minerais de aproveitamento de ordem econômica.

A principal estrutura geológica do território nacional são os escudos pré-Cambrianos ou Cristalinos, ricos em jazidas minerais de ferro, manganês, tungstênio, platina, cobre, tório, alumínio.

Abaixo estão discriminados os principais metais do país e sua distribuição por estados

DPNM – Principais Reservas Minerais do Brasil – Inferidas – 2001

RESERVAS MEDIDAS EM TONELADAS (com variação da mina/jazida em até 20%)

ESTADOS (selecionados)

FERRO MANGANÊS ALUMÍNIO (BAUXITA)

COBRE NÍQUEL PRATA

Goiás 8.313.845 414.227 ******** 263.200.187 226.128.910 51.000

São Paulo 279.480 514.503 2.070.162 324.347 ******** 1.004.183

Minas Gerais 6.903.217.517 15.608.302 87.388.401 1.031.000 7.165.700 506.783

Paraná 34.374 ******** ******** ******** ******** 4.176.390

Amazonas 11.952.171 ******** ******** ******** ******** ********

Ceará 6.960.999 ******** ******** 38.959.268 ******** ********

Bahia 839.082 2.322.307 ******** 51.425.589 ******** ********

Pará 1.170.867.835 42.049.785 1.681.787.820 618.108.992 43.560.000 ********

FONTE: Departamento Nacional de Pesquisa Mineral, Anuário Estatístico. 2001 ********sem produção do respectivo mineral

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Além dos minerais citados na tabela anterior o país destaca-se como a sexta maior reserva de urânio do planeta, com cerca de 309 mil ton. de U3O8 (maiores ocorrências nos estados da Bahia, Ceará, Paraná e Minas Gerais) Rochas e minerais

As rochas são aglomerados (ou agregados) naturais de minerais, sólidos, e ocorrem de forma bastante heterógenas e de diferentes origens.

O ciclo natural das rochas auxilia não só a compreensão da evolução da Terra, mas na identificação do potencial mineralógico do solo e subsolo, com a produção geológica de minérios importantes para atividade produtiva.

É comum em países com territórios antigos, do início do fanerozoico, possuírem grandes reservas minerais metálicos, nesse grupo encontra-se Brasil, Estados Unidos, África do Sul e Austrália. Já nos Estados com terrenos do mesozoico é comum encontrar-se reservas petrolíferas e gás natural, como ocorre com Arábia Saudita, Iraque e Kwait.

Quanto ao ciclo pode ser simplificado no esquema a seguir:

CICLO DAS ROCHAS

Dessa maneira há incessante renovação da crosta terrestre e seus materiais, identificando as rochas em três

grandes grupos: Rochas Magmáticas: são resultado do resfriamento do magma, material silicoso em estado de fusão,

podendo originar rochas intrusivas como o granito. Além dessas há as rochas efusivas, ou basálticas, formadas na superfície da crosta, o que não permite o desenvolvimento natural dos cristais.

Rochas Metamórficas: através de mudanças no comportamento do manto/magma é comum alterações de pressão e temperatura sobre rochas, alterando seu padrão mineral, como por exemplo, o arenito se transforma em quartzito, ou o calcário que se modifica para mármore.

Rochas Sedimentares: resulta das transformações atmosféricas, que levam a erosão e ao intemperismo que dão origem aos sedimentos, que em condições especiais passam por cimentação (compactação e coesão dos grãos e seixos) formando novas rochas.

O desenvolvimento das rochas em um determinado lugar constitui a estrutura do relevo, levando-se em conta: a idade dos materiais, os tipos de rochas e suas gêneses. Que dependendo de suas características podem conter teor importante de diversos minerais e cristais, importantes na produção industrial, agrícola e ornamentos. 3.2 Minerais

Os minerais são arranjos naturais químicos, com formula bem definida, no estado sólido, que resultam de uma intensa interação físico-química com as forças que formam a crosta terrestre.

A classificação dos minerais levam em conta sua fórmula química e estrutura cristalina, ou seja, formam cristais, resultado do arranjo atômico dos elementos que os compõem. Levam-se em consideração os seguintes aspectos: cor; brilho, dureza; clivagem; traço; densidade e fratura.

Assim é muito comum ouvirmos que o “diamante é o mais duro mineral”, na escala de

Mohs que vai de 1 a 10. Onde o talco tem dureza 1, ou seja, é riscado por todos os minerais, e

o diamante risca todos, pois está na decima posição na escala. Os conceitos de metálicos e não-metálicos estão estreitamente associados às propriedades físicas (mecânica, térmica e elétrica) e químicas (resistência à corrosão) desses materiais. A condutividade térmica e elétrica dos metais está ligada à mobilidade dos elétrons nos átomos em sua estrutura cristalina. Assim, os metálicos conduzem bem o calor e a eletricidade, enquanto os não-metálicos são em prevalência maus condutores térmico e elétrico. (RODRIGUEZ, p. 1)

A partir da crosta da

constituição da atmosfera as

rochas e minerais passam por

intenso processo de fusão,

quanto o material que os

compõe é submetido a

elevadas temperaturas e

passam a ser magma, erosão

que cria sedimentos e em

condições próprias se

consolidam.

A diagênese é o momento de

consolidação dos materiais em

rochas.

Frederich Mohs (1773-1839)

Mineralogista alemão

que criou em 1812 a

escala de Mohs com

base na resistência

que os minerais têm

ao traço.

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TABELA 1: Classificação utilitária dos minerais

PRINCIPAIS MINERAIS METÁLICOS

Não-ferrosos

Básicos Zinco, estanho, cobre.

Leves Alumínio, magnésio, titânio.

Preciosos Ouro, prata e platina.

Raros Berílio, césio, lítio.

Ferrosos Ferroligas Cromo, molibdênio, níquel,

cobalto, cromo.

NÃO-METÁLICOS

Areia, cascalho, brita Materiais de construção.

Fosfato, nitrato, potássio Fertilizantes.

Abrasivos Córindon, diamante.

Cerâmica Argila, feldspato, sílica.

3.3 Minérios

Os minerais por conterem diferentes produtos químicos apresentam diversificadas aplicações pela economia. Que dependendo do teor de um determinado átomo são mais explorados para se obter matéria prima. A esse elemento específico diz-se minério.

Grande parte dos minérios são óxidos, sulfetos ou silicatos, no estado sólido, exceto o petróleo que recebe o nome de mineralóide.

Nesse caso os minerais com concentrações elevadas de um metal, por exemplo, o ferro, terá seu mineral explorado economicamente, como é o caso da hematita, que por ser rica em ferro é um dos mais extraídos para produção de metal ferro.

TABELA 2: Relação dos minerais e seus minérios

PRINCIPAIS MINÉRIOS APLICAÇÕES PRINCIPAIS Argentina (Ag2S) Prata Espelhos, baterias, jóias, pape e fotografia.

Barita (BaSO4) Bário Pigmento para tintas, vidros e pirotecnia.

Bauxita (Al2O3) Alumínio Embalagens, automóveis, foguetes, aviões, tubos.

Bornita (Cu5FES4) Cobre Cabos elétricos, eletrônicos, caldeiras, válvulas.

Cassiterita (SnO2) Estanho Moeda, instrumentos musicais, esmaltes, aço.

Cinábrio (HgS) Mercúrio Fungicida e bactericida, e como fármaco.

Galena (PbS) Chumbo Baterias, aditivo de gasolina, munições.

Hematita (Fe2O3) Ferro Aço, fármaco e diversas aplicações como liga metálica.

Molibdenita (MoS2) Molibdênio Peças aeronáuticas, pigmentação de tintas.

Rutilo (TiO2) Titânio Pigmentação de tintas e alimentos, joias.

Scheelita (CaWO4) Tungstênio Filamento para lâmpada, bélico, ferramentas de corte.

3.4 Principais Recursos Energéticos

As sociedades modernas ou industriais dependem de uma enorme quantidade de energia, todavia a principal matriz energética do mundo, ainda, são os combustíveis fósseis (carvão mineral, petróleo, gás, xisto betuminoso). 3.4.1 Petróleo

Muitos países, inclusive o Brasil, vem desenvolvendo alternativas ao choque futuro do esgotamento do petróleo. Mesmo porque as principais regiões produtoras e fornecedoras do produto estão em conflito.

Segundo o DNPM as reservas mundiais de petróleo em 2003 eram da ordem de 1,15 trilhões de barris, registrando um aumento de 0,1% em relação a 2002. As maiores jazidas estão localizadas no Oriente Médio que representaram em 2003, 63,3% das reservas provadas mundiais.

As reservas provadas brasileiras são da ordem de 10,6 bilhões, mas em de 2005 foram descobertas imensas jazidas na porção Sudeste da Plataforma Continental Brasileira, área denominada de Pré-sal, o País passou a conter reservas estimadas em mais de 50 bilhões de barris, concentradas no estado do Rio de Janeiro, responsável por 83,5% das reservas nacionais.

A produção mundial de petróleo atingiu 76,8 milhões de barris/dia em 2003, com um acréscimo de 3,7% em relação ao ano anterior. E com a retração econômica no mercado estadunidense em função da crise financeira, a produção recuou para cerca de 70 milhões de barris por dia em meados de 2009, mas poderá alcançar os patamares pré-crise até agosto de 2010, segundo previsões do Banco Mundial. 3.4.2 Carvão Mineral

O Brasil tem produção significativa apenas de carvão mineral energético (empregado em siderúrgicas), a qual teve um crescimento constante durante a década de 1990, estabilizando-se entre 1998 e 2002 em um patamar em torno de 6 milhões de toneladas, para em 2003 regredir ao nível de produção de 1992. Isso se deve à falta de atenção dada a matriz energética brasileira à geração termelétrica a carvão mineral. Entretanto, com a crise energética de 2000-2001, em função de os reservatórios das hidrelétricas brasileiras cogitou-se pelo governo federal uma expansão das termelétricas, porém movidas a gás natural.

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Recuperado o nível de segurança operacional das hidrelétricas, a geração de termeletricidade a carvão mineral foi reduzida em 28% no país, segundo a informação das empresas produtoras.

O estado do Rio Grande do Sul atualmente é o maior produtor do país, com 52% da produção, ficando Santa Catarina com 47% e o Paraná com 1%. Em termos de faturamento, porém, o carvão catarinense, com um poder calorífico superior, garante a Santa Catarina uma participação de 69%, contra 29% do Rio Grande do Sul e 2% do Paraná.

Entretanto, mais uma vez a escassez de chuvas nos reservatórios das hidrelétricas no período 2013-2015 fez crescer o consumo de carvão mineral na geração de energia, elevando a participação deste mineral na matriz energética, atingiu 5,4% em julho de 2015, o maior patamar na última década. E há leilões para geração de energia que amplia a produção e o consumo do carvão fóssil. 3.4.3 Gás Natural

Segundo a ANP a produção mundial diária de GLP em 2004 era de 2,7 bilhões de m3. A América Latina representou cerca de 5% desse volume. De um

total de reservas provadas em 2004 de 178 trilhões de m3. As reservas de gás totalizam pouco mais de 490 bilhões de m3, sendo que desse total mais de 60% encontrados na

plataforma continental, e cuja produção de gás em 2004 atingiu 45 milhões de m3/dia, representando um crescimento de 1,7% em relação ao ano anterior. Mas essa produção deverá triplicar nas próximas duas décadas, para poder acompanhar a expansão do consumo doméstico. Principalmente pela modificação do consumo por olarias, empresas cerâmicas, geração energética em termelétricas a gás e expansão da frota de veículos movidos a gás GLP.

Nos últimos quatro anos a Petrobras em conjunto dos governos estaduais implantaram um amplo sistema de distribuição de gás natural, com empresas de capital misto para atender a demanda interna. Entretanto as reservas nacionais não serão suficientes para sustentabilidade em longo prazo, foi necessário buscar uma alternativa estrangeira com gás importado. 3.4.3.1 Gás natural – importação

A partir de julho de 1999, iniciou-se a importação do gás natural proveniente da Bolívia, através do gasoduto Bolívia-Brasil – Gasbol de 3.150 km de dutos entre Santa Cruz de la Sierra (na Bolívia) a Porto Alegre (RS), sendo 2.583 km em território Brasileiro. Em junho de 2000, foi iniciada a importação de gás natural da Argentina, com a inauguração do primeiro trecho do gasoduto Uruguaiana – Porto Alegre, de 25 km entre a fronteira com a Argentina e o município de Uruguaiana. O total importado pelo Brasil no ano de 2003 foi de 16,3 milhões de m3/dia, dos quais 15,3 milhões provenientes da Bolívia e 1,0 milhão da Argentina.

GASODUTO BRASIL-BOLÍVIA

4. PRINCIPAIS ÁREAS DE EXTRAÇÃO MINERAL NO BRASIL

Tendo em vista a ocorrência desigual de recursos na crosta existem áreas específicas com maiores concentrações de minerais, vamos estudar as mais importantes no Brasil: 4.1 Quadrilátero Ferrífero

Também conhecido como Quadrilátero Central, localizado no estado de Minas Gerais, próxima da capital, encontram-se enormes jazidas de hematita, itabirito, limonita. A produção destina-se tanto a abastecer o mercado siderúrgico interno e externo.

Há duas áreas distintas de produção: - Vale do rio Paraopeba: mercado interno de MG, RJ e SP, utiliza a estrada de Ferro Central do Brasil ao porto de

Sepetiba-RJ;

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- Vale do Rio Doce: escoado pela estrada de Ferro Vitória-Minas, para os portos de Tubarão e Vitória-ES, com destino ao mercado externo. 4.2 Serra do Carajás

Durante os governos militares grande parte da região Amazônica passou por investimentos de integração regional e econômica, para abastecer principalmente o mercado externo.

Foi daí que surgiu o Projeto Grande Carajás, sudoeste do estado do Pará, consistindo de investimentos em extração mineral, beneficiamento, transporte, geração de energia hidrelétrica e na construção de um porto para exportação, além do assentamento e colonização da região.

Os principais recursos extraídos são minérios de ferro, alumínio, manganês, níquel e mais recentemente cobre. Para consolidar o empreendimento Cia. Vale do Rio Doce teve o capital aberto (anterior ao processo de privatização de FHC) e associações com empresas do Canadá, Estados Unidos e Japão. A infraestrutura instalada consiste da estrada de Ferro Carajás, do Porto de Itaqui ou Ponta da Madeira (MA), da usina hidrelétrica de Tucuruí (no rio Tocantins). 4.3 Serra do Navio

Região de ocorrência de minérios de manganês, localizada no estado do Amapá, que na década de 1940 foi licitada e a empresa brasileira Icomi (Indústria e Comércio de Minérios) juntamente com a estadunidense Bethlehem Steel Corp. ganharam 50 anos de concessão. As jazidas de melhor teor já estão entrando em esgotamento, e como não há usinas de aço ou de fertilizantes nas proximidades da extração a produção é exclusiva para o mercado externo. 4.4 Maciço do Urucum

No Pantanal Matogrossense há grandes reservas de ferro e manganês, constituindo o Maciço do Urucum, próximo a Corumbá. A produção destina-se à Argentina e Paraguai, através do rio Paraguai. 4.5 Vale do Rio Trombetas

Entre os estados do Amazonas e Pará, inserido no complexo do Projeto Carajás, para extração de minérios de alumínio. Sendo transportado pela rede fluvial local, abastece o mercado externo.

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO

01. (FUVEST) Observe a escala do tempo geológico para identificar os processos naturais que ocorreram, respectivamente, na eras Paleozóica e Cenozóica.

A) Formação de jazidas carboníferas e dobramentos do tipo alpino-himalaio. B) Oscilações do nível do mar nos últimos períodos glaciais e formação das bacias petrolíferas do Oriente Médio. C) Configuração atual dos continentes e oceanos e dobramentos do tipo alpino-himalaio. D) Formação das bacias petrolíferas do Oriente Médio e soterramento das florestas que originaram o carvão mineral. E) Oscilações do nível do mar nos últimos períodos glaciais e configuração atual dos continentes e oceanos. 02. (FUVEST/Adaptado) Nas últimas duas décadas do século passado ampliou-se a extração das reservas de petróleo no Brasil, possibilitadas pela descoberta de novos campos localizados principalmente nas bacias sedimentares: A) do Amazonas. B) da Plataforma Continental. C) do Planalto Atlântico. D) do Meio-Norte. E) do Recôncavo Baiano. 03. (Mackenzie) Considerando o território brasileiro, assinale a alternativa que apresenta a correta relação entre o minério explorado e a área de exploração. A) Bauxita – Vale do Rio Parnaíba (MA/PI). B) Manganês – Maciço do Urucum (MS). C) Ferro – Triângulo Mineiro (MG).

D) Cassiterita – Vale do Rio Ribeira de Iguape (SP). E) Níquel – Serra do Navio (AP). 04. (Mackenzie) “A maior concentração de jazidas de minérios de ferro no Brasil, conhecidas e medidas, se encontram em Minas Gerais (2/3 do total brasileiro), localizadas no Quadrilátero Ferrífero ou Central.” Melhem Adas – Panorama Geográfico do Brasil Assinale a alternativa que identifica o eixo de escoamento dessa produção que abastece o mercado interno das siderúrgicas do Sudeste do país e o que abastece o mercado externo, respectivamente. A) Vale do Rio Paraíba do Sul – Vale do Rio Doce. B) Vale do Rio São Francisco – Vale do Rio Paraíba do Sul. C) Vale do Rio Paraopeba - Vale do Rio Doce. D) Vale do Rio Doce – Vale do Rio São Francisco. E) Vale do Rio Paranaíba – Vale do Rio Paraopeba. 05.(FUVEST) No Brasil, as concentrações minerais localizadas no Quadrilátero Ferrífero e em Carajás formaram-se na era geológica: A) Pré-Cambriana. B) Paleozóica. C) Mesozóica. D) Cenozóica. E) Quaternária. 06.(UFGO) Devido à sua estrutura rochosa muito antiga, ao longo trabalho dos agentes erosivos e à ocorrência, no Brasil, de climas quentes e úmidos, o relevo brasileiro caracteriza-se pela predominância de: A) planícies, com medias altimétricas inferiores a 300m e ausência de falhamentos. B) planaltos, com médias altimétricas inferiores a 1.000m e presença de formas arredondadas. C) montanhas, com médias altimétricas entre 2.000m e 2.500m e formas pontiagudas. D) serras, com médias altimétricas entre 1.500m e 2.000m e formas arredondadas.

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E) planaltos, com médias altimétricas inferiores a 300m e ausência de falhamentos. 07.(PUC) As jazidas de carvão do Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul coincidem com as áreas geológicas relacionadas: A) ao embasamento cristalino. B) às falésias marinhas. C) aos derrames basálticos. D) a sedimentos antigos. E) a dobramentos recentes. 08. O carvão mineral é uma rocha de origem orgânica, resultante de transformações de restos vegetais soterrados há milhões de anos. O tipo de carvão utilizado no Brasil para a produção de eletricidade, em algumas de suas usinas, é o: A) carvão metalúrgico. B) turfa. C) carvão energético. D) carvão coque. E) carvão vegetal. 09. O mapa a seguir auxilia na identificação dos principais estados que concentram a exploração de manganês são: A) Amapá, Minas Gerais e Mato Grosso do Sul. B) Rio Grande do Norte, Minas Gerais e Pará. C) Bahia, Paraná e Minas Gerais. D) Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Bahia. E) Alagoas, São Paulo e Minas Gerais. 10. A respeito da atividade de exploração mineral é correto afirmar que: A) é amplamente realizada por empresas estatais, que no Brasil, sobretudo no que diz respeito ao ferro. B) é uma atividade que exige altos investimentos em pesquisas geológicas e em obras de infraestrutura, daí porque é um setor bastante monopolizado. C) a aliança entre o capital e o capital estatal não prosperou no Brasil, pois os entraves normais do setor público não combinam com a agilidade das empresas privadas. D) a privatização da Cia Vale do Rio do Doce, recentemente, colocou o setor siderúrgico em mãos de estatais francesas, que já monopolizam o setor na região da Alsácia, em seu país. E) apresenta condições de solucionar os problemas do Brasil, pois somos um grande produtor mundial, e os preços dos recursos minerais são muito elevados no mercado internacional. 11. A instalação da Cia Siderúrgica Nacional (CSN) em Volta Redonda (RJ) foi objeto de estudos de viabilidade e de custos. Esta cidade foi considerada mais adequada, na ótica do governo, porque: A) a região onde está localizada é de grande possuidora de jazidas de minério de ferro. B) o governo norte-americano, que cedeu os recursos, fez exigências nesse sentido, pois a grande parte das transnacionais norte-americanas no setor já estava estabelecida na cidade. C) os técnicos consideraram a proximidade de mercados consumidores constituídos pelas indústrias instaladas no eixo Rio-São Paulo; a facilidade de transporte de minério de

ferro produzido na região do quadrilátero, através da e. F. Central do BRASIL, como fatores importantes. D) a proximidade com os portos do Rio de Janeiro, Sepetiba e Angra dos reis favorece o transporte do minério de ferro, proveniente do porto de tubarão, no espírito santo. E) isto favorece a Cia Belgo-Mineira, principal fornecedora do minério de ferro para a CSN. 12. Qual é a área de exploração mineral na Amazônia que está corretamente relacionada no mapa a seguir?

A) área 1 – Amapá – exploração de carvão. B) área 2 – Roraima – exploração do cobre. C) área 3 – Carajás – exploração de petróleo. D) área 4 – Rondônia – exploração de carvão. E) área 5 – Oriximiná – exploração da bauxita. 13. Observe o mapa e considere as alternativas a seguir, sobre o Quadrilátero-Ferrífero:

I responde por 75% da produção brasileira de minério de ferro. II Quadrilátero-Ferrífero faz de Minas Gerais o estado que mais absorve mão-de-obra na produção mineral, cerca de 40 mil trabalhadores, ou 37% do total nacional. III A E. F. Vitória – Minas liga o Quadrilátero-Ferrífero ao Porto de Tubarão, constituindo o principal corredor de exportação de minério de ferro do país. IV Minas Gerais e Espírito Santo estreitaram suas relações a partir da exploração do minério de ferro, pois tal atividade tem reflexos importantes em ambas as economias. Assinale: A) se somente as afirmativas I e II forem verdadeiras. B) se somente as afirmativas II e III forem verdadeiras. C) se somente as afirmativas III e IV forem verdadeiras. D) se todas as afirmativas forem verdadeiras. E) se somente as afirmativas II, III e IV forem verdadeiras. 14.(FEQ-CE) O gasoduto Bolívia-Brasil, com 3150 km (dos quais 2593 km no Brasil) possibilitou A) a todas as regiões brasileiras a crescente utilização do gás natural. B) ao país tornar-se um grande exportador de gás natural para os países do Mercosul. C) a gradativa substituição da matriz energética, antes, baseada na hidreletricidade. D) a integração dos sistemas de transporte, agora, em boa parte movidos a gás natural.

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E) o aumento do consumo de gás natural como fonte energética no Centro-Sul do País. 15.(ACAFE) O mapa abaixo mostra a estrutura geológica do Brasil. Nas áreas marcadas com o número 1 aparecem recursos minerais como ferro, manganês, bauxita, ouro, dentre outros. A alternativa, que contempla o enunciado acima, é:

A) Escudos ou maciços cristalinos B) Bacias sedimentares C) Regiões de planícies D) Áreas ricas em minerais combustíveis E) Depressões preenchidas com sedimentos 16.(ACAFE) As grandes unidades ou macro-formas do relevo brasileiro são geneticamente identificadas por planaltos, depressões e planícies, decorrentes de atividades tectônicas e climáticas que se processaram ao longo de milhões de anos. Quanto às planícies, apenas uma alternativa está incorreta. Assinale-a. A) Constituem terrenos com superfícies topográficas extremamente irregulares, com altitudes que superam os 300m, esculpidas em estruturas cristalinas. B) São formadas por sedimentos transportados e depositados principalmente por processos fluviais, marinhos e lacustres. C) Entre as unidades que têm sua gênese também associada aos processos fluviais destacam-se as do rio Amazonas e do Pantanal Mato-grossense. D) A faixa litorânea compreende terrenos de largura variável, com destaque para a porção norte e o extremo sul do país, onde se situam as Lagoas dos Patos e Mirim. E) São caracterizadas por terrenos planos, geralmente posicionados nas partes mais baixas de uma bacia hidrográfica, bem como nas faixas costeiras marinhas. 17.(ACAFE) Considerando o quadro natural que caracteriza o território brasileiro, assinale a alternativa incorreta. A) Brasil possui uma das maiores reservas hídricas superficiais do mundo, embora a ação humana venha provocando alterações quantitativas e qualitativas nas águas dos rios que cortam as diferentes regiões do país. B) A formação da floresta Amazônica, com grande diversidade de espécies animais e vegetais, foi favorecida pelo clima equatorial dominante na região onde as temperaturas são elevadas e as chuvas abundantes. C) O planalto Meridional brasileiro era coberto em sua quase totalidade pela mata de Araucária, também conhecida como mata dos Pinhais, hoje intensamente devastada. D) A tropicalidade é a característica predominante do nosso clima , visto que a maior parte de seu território situa-se

entre os trópicos, onde é grande a influência de massas úmidas como a Tropical Atlântica e a Equatorial Continental. E) O relevo do Brasil é dominado por extensos planaltos e grandes elevações originadas pelo intenso tectonismo decorrente de alterações de temperatura e pressão no interior da Terra em períodos geológicos recentes. 18.(ACAFE) A distribuição dos recursos minerais tem correspondência direta com a estrutura geológica da região. Considerando o exposto, leia atentamente as afirmações abaixo, relacionadas ao Brasil. I. Os principais minerais metálicos do Brasil estão associados aos escudos ou maciços cristalinos antigos da era pré-cambriana, com destaque para o ferro, o alumínio, o manganês, a cassiterita, dentre outros. II. As bacias sedimentares que em nosso país correspondem às menores extensões do território e estão sujeitas a permanentes processos erosivos, apresentam jazidas minerais como o zinco, o chumbo, o ouro, o estanho, o ferro e o manganês. III. Os dobramentos modernos, abundantes no Brasil, são cadeias montanhosas de formação geológica recente, encontrados na borda de placas tectônicas e, onde estão localizados depósitos de minerais combustíveis ou fósseis. IV. O Quadrilátero Ferrífero ou Central e a Serra dos Carajás, localizados em áreas cristalinas, são duas importantes reservas minerais brasileiras, principalmente de ferro, destinado não só ao mercado interno como também ao externo. V. Os mais importantes recursos minerais metálicos, em nosso país, encontram-se em terrenos do período Terciário da era Cenozóica, portanto, de formação geológica jovem. Estão corretas as afirmações: A) II e III. B) I e IV. C) III e IV. D) IV e V. E) III e V. 19.(ACAFE). Sobre a estrutura geológica e a geomorfologia que caracterizam o relevo brasileiro, é incorreto afirmar: A) Os escudos cristalinos, que afloram no Brasil, possuem altitudes modestas e surgiram a partir da era Pré-Cambriana. B) As bacias sedimentares ocupam a maior área do território brasileiro e datam das eras Paleozóica, Mesozóica e Cenozóica. C) Inexistem, no território brasileiro, montanhas de grandes altitudes como os Andes, as Rochosas, os Alpes e o Himalaia. D) O Brasil apresenta, na sua estrutura geológica, predomínio dos dobramentos modernos surgidos a partir da era Cenozóica. E) As altitudes do relevo brasileiro foram rebaixadas ao longo da história geológica porque sofreram intenso processo erosivo. 20.(FATEC) Observe a figura.

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(Suertegaray, D. M. A. – Terra: Feições Ilustradas. Porto Alegre: Editora da UFRGS, 2003.)

Sobre a forma de relevo representada é correto afirmar que se trata de A) um planalto cristalino bastante erodido pela ação das águas. B) uma chapada ou planalto sedimentar com topos aplainados. C) uma planície formada por camadas sedimentares horizontais. D) um planalto tabular sobre rochas magmáticas e metamórficas. E) uma planície fortemente erodida pelo intemperismo físico. 21.(UNIFESP/ADPT.) A figura representa que fenômeno geofísico?

(V. Leinz, Geologia Geral, 1983.)

A) intrusão magmática. B) dobra tectônica. C) sinclinal ascendente. D) falha geológica. E) anticlinal descendente 22.(PUC-RS-2002) Observe o mapa do Sul do Brasil e países limítrofes.

A área em negrito no mapa corresponde A) ao cinturão carbonífero. B) à produção de fumo. C) aos espaços de concentração industrial. D) à exploração de minério de ferro. E) à produção do soja. 23.(PUC-RIO) O Vale do rio Paraíba do Sul, segundo a classificação do Prof. Aziz Ab'Saber, corresponde ao "domínio dos mares de morros florestados". Nessa área,

predomina um clima quente e úmido com chuvas concentradas no "semestre" do verão. No domínio morfoclimático descrito, predomina o seguinte processo erosivo: A) Em terrenos cristalinos: intemperismo químico; erosão da água. B) Em terrenos sedimentares: intemperismo químico; erosão do vento. C) Em terrenos cristalinos: intemperismo físico; erosão marinha. D) Em terrenos sedimentares: intemperismo físico; erosão das geleiras. E) Em terrenos vulcânicos: ausência de intemperismo; erosão fluvial. 24. Observe atentamente o mapa.

(Adaptado de ROSS, Jurandyr L. S. In:MIRANDA, Leodete e

AMORIM, Lenice. Atlas Geográfico. Cuiabá: Entrelinhas, 2001, p. 7.)

Sobre a classificação do relevo brasileiro proposta por Ross, assinale a afirmativa INCORRETA. A) Considera planaltos, planícies e depressões como formas de relevo que se destacam regionalmente. B) Dentre as classificações de relevo que abrangem todo o território brasileiro, a de Ross foi a terceira a ser apresentada. C) Conforme essa classificação, as depressões são superfícies do relevo que ficam situadas altimetricamente acima das planícies. D) De acordo com Ross, o território do estado de Rondônia apresenta depressões, planícies e planaltos. E) Está baseada apenas nos critérios morfoclimáticos e morfo-esculturais. 25.(UNESP) O Brasil é o sexto produtor mundial de alumina, mas possui a maior área de exploração do mundo do minério do qual ela é extraída. Observe o mapa.

Assinale a alternativa que indica, corretamente, o nome do minério, o Estado brasileiro onde essa jazida está localizada e a bacia hidrográfica envolvida. A) Alumínio; Amazonas; rio Amazonas. B) Ferro; Pará; rio Negro.

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C) Cassiterita; Amazonas; rio Juruá. D) Cobre; Amazonas; rio Madeira. E) Bauxita; Pará; rio Trombetas. 26.(UFPE) Essas unidades geológicas são regiões muito antigas, estáveis, do ponto de vista tectônico, e compostas por rochas ígneas e sedimentares metamorfizadas, que afloram e geralmente exibem marcas de deformações pretéritas. A maioria dessas rochas tem uma idade pré-cambriana. A descrição acima refere-se aos(às): A) estratos concordantes de rochas sedimentares metamorfizadas. B) escudos continentais. C) arcos insulares antigos. D) estruturas tectônicas alpinas. E) plataformas sedimentares. 27.(FUVEST) O vulcanismo é um dos processos da dinâmica terrestre que sempre encantou e amedrontou a humanidade, existindo diversos registros históricos referentes a esse processo. Sabe-se que as atividades vulcânicas trazem novos materiais para locais próximos à superfície terrestre. A esse respeito, pode-se afirmar corretamente que o vulcanismo A) é um dos poucos processos de liberação de energia interna que continuará ocorrendo indefinidamente na história evolutiva da Terra.

B) é um fenômeno tipicamente terrestre, sem paralelo em outros planetas, pelo que se conhece atualmente. C) traz para a atmosfera materiais nos estados líquido e gasoso, tendo em vista originarem-se de todas as camadas internas da Terra. D) ocorre, quando aberturas na crosta aliviam a pressão interna, permitindo a ascensão de novos materiais e mudanças em seus estados físicos. D) é o processo responsável pelo movimento das placas tectônicas, causando seu rompimento e o lançamento de materiais fluidos. 28.(UFPE) Rochas de diferentes origens e idades constituem a crosta terrestre. De acordo com a origem, as rochas são agrupadas em três categorias: ígneas, sedimentares e metamórficas. Assinale a alternativa que menciona três exemplos de rochas metamórficas utilizadas economicamente. A) quartzito, mármore e gnaisse. B) mármore, granodiorito e granito. C) quartzo, granito e gnaisse. D) quartzito, arenito e micaxisto. E) gnaisse, mármore e granito.