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Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa 1. Abordagem introdutória à filosofia e ao filosofar 1.3. A dimensão discursiva do trabalho filosófico 1.3.1 Instrumentos lógicos do pensamento ___________________________________________________________________________ Regência 1 1º Período 10º A Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso Porto, 2015

Plano de aula reformulc%cc%a7a%cc%83o -3

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Agrupamento de Escolas Aurélia de Sousa

1. Abordagem introdutória à filosofia e ao filosofar

1.3. A dimensão discursiva do trabalho filosófico

1.3.1 Instrumentos lógicos do pensamento

___________________________________________________________________________

Regência 1

1º Período

10º A

Orientadora Cooperante: Dr.ª Blandina Lopes

Professora Estagiária: Rafaela Francisca Cardoso

Porto, 2015

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Dados de Identificação

Professora Estagiária: Rafaela Francisca Campos Cardoso

Disciplina: Filosofia Ano de Escolaridade: 10º Turma: A Nº de Alunos: 26

Tema:

Módulo: I – Iniciação à atividade filosófica

Unidade: 1. Abordagem introdutória à filosofia e ao filosofar

Subunidade: 1.3. A dimensão discursiva do trabalho filosófico

1.3.1. Instrumentos lógicos do pensamento

Data: 3.11.2015

Duração: 60 minutos

Regência Nº: 1

Objetivos

GERAIS: Compreender a dimensão discursiva do trabalho filosófico nas suas diferentes vertentes de: problematização, conceptualização e argumentação.

ESPECIFÍCOS: Distinguir os diferentes instrumentos lógicos do pensamento: conceito, proposição e argumento. Distinguir validade de verdade; Distinguir

validade dedutiva de validade indutiva.

Sumário: Sistematização do tema: Os instrumentos lógicos do pensamento. Validade e verdade: validade dedutiva e validade indutiva.

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Conteúdos

Programáticos

Objetivos/Competências Conceitos

Nucleares

Recursos/Estratégias Avaliação Tempo

1. Abordagem

introdutória à

filosofia e ao filosofar

1.3. A dimensão

discursiva do trabalho

filosófico

1.3.1. Instrumentos

lógicos do

pensamento

- Compreender a

posição dos

estudantes

perante conteúdos

anteriormente

lecionados;

Termo;

Proposição;

Conceito;

Juízo;

Raciocínio;

- (Lição nº) +

Sumário;

- Método dialógico,

acompanhado do

manual adotado,

para revisão das

competências

básicas que a

filosofia requer:

problematizar,

conceptualizar e

argumentar;

- Pontualidade;

- Material;

-Observação

das atitudes em

contexto de sala de

aula;

5 min

10 min

Page 5: Plano de aula   reformulc%cc%a7a%cc%83o -3

- Enunciar e

explicitar a

distinção entre:

Conceito/Termo,

Juízo/Proposição,

Raciocínio/

Argumento;

Argumento;

Validade;

Verdade;

- PowerPoint para

acompanhar a

explicitação dos

instrumentos

lógicos do

pensamento, sendo

estes:

Conceito/Termo,

Juízo/Proposição,

Raciocínio/

Argumento;

20 min.

Page 6: Plano de aula   reformulc%cc%a7a%cc%83o -3

- Perceber a

respetiva articulação

dos conteúdos

explicitados no

PowerPoint;

- Atividade fornecida

aos estudantes para

aferir a

consolidação dos

conteúdos

explicitados;

15 min.

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Fundamentação Científica

A aula a lecionar será maioritariamente dedicada ao tema 1.3. A dimensão discursiva

do trabalho filosófico – 1.3.1. Os instrumentos lógicos do pensamento. Este ponto

programático está intimamente ligado ao conjunto de competências básicas que a filosofia

exige, sendo estas: Problematizar, Conceptualizar e Argumentar.

É essencial que os estudantes consigam compreendam muito bem estas competências,

na medida em que, na filosofia começamos por identificar um problema (este de âmbito

filosófico), para posteriormente elaborarmos conceitos, ou seja, ideias acerca do que

anteriormente foi identificado como problematizante e, por fim, chegarmos ao

argumentamos. Aqui o processo geral é que diante de um texto que contem uma tese, o autor

crie argumentos que defendam essa mesma tese, ou seja, construindo proposições

relacionadas de modo a justificar essa mesma tese que inicialmente defendeu.

No que concerne ao núcleo duro da presente aula, este desenvolve-se na explicitação

dos instrumentos lógicos do pensamento: conceitos/termos, proposições/juízos e

argumentos/raciocínios ou inferências. Sendo de extrema importância que os estudantes

compreendam os diferentes instrumentos em questão, uma vez que, estes ainda estão a dar os

primeiros passos na Filosofia e, portanto, a iniciar uma aprendizagem que exige rigor

conceptual para um posterior desenvolvimento a nível discursivo, como disse João Boavida:

“...mas então o problema de saber o que ensinar e porquê tem toda a legitimidade, porque as

consequências variarão com aquilo que se ensinar”. (Educação Filosófica – Sete Ensaios, pp.

34).

Nesta medida, trataremos como instrumentos lógicos do pensamento: Conceito, como

a representação mental de um objeto que expressa um determinado número de aspetos

característicos que distinguirão esse objeto de outros diferentes, num conceito atendemos

ainda à sua extensão e compreensão.

É de salientar as características de um conceito, sendo as seguintes: um conceito

começa por ser abstrato, por exemplo o conceito de cavalo é abstrato porque não atendemos à

cor nem ao tamanho de nenhum cavalo concreto, em segundo lugar um conceito é universal,

aliás é universal, precisamente por ser abstrato, sendo suscetível de se aplicar a uma série

infinita de objetos e, por fim, consequência da sua abstração e da sua universalidade, o

conceito é unívoco, pois o seu significado não muda em função das coisas a que se aplica, o

conceito de cavalo não muda em função das coisas a que se aplica.

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Como outro instrumento lógico temos o Juízo ou Proposição, sendo-lhe atribuída esta

designação quando contempla todo o conteúdo de pensamento de uma estrutura tal que faça

sentido considera-lo verdadeiro ou falso.

Já no que se refere aos argumentos, este tem de ser constituído por duas ou mais

proposições relacionadas entre si – as premissas – das quais se infere uma nova proposição –

a conclusão e os argumentos subdividem-se em: argumentos dedutivos e argumentos

indutivos, o primeiro tipo de argumentos (dedutivo) é assim designado porque a verdade das

premissas garante a verdade da conclusão, enquanto no segundo tipo: argumentos indutivos,

geralmente passamos de premissas particulares para inferir uma proposição universal, não

podendo assim garantir a verdade da conclusão.

Percebemos então a importância dos argumentos dedutivos válidos na Filosofia, uma

vez que esta procura a verdade e consequente validade dos seus argumentos, proporcionando

e estabelecendo uma relação de necessidade lógica entre os juízos.

Desta forma, e como já referimos numa etapa inicial, é assim clara a importância da

presente aula para os nossos estudantes, na medida em que, estas noções têm de fazer parte

deste caminho que agora estão a iniciar, o da Filosofia.

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Fundamentação Pedagógico-Didática

A aula lecionada insere-se no tema 1.3. A dimensão discursiva do trabalho filosófico,

mais especificamente o ponto 1.3.1. Os instrumentos lógicos do pensamento.

Depois de uma breve sistematização sobre o conjunto de competências básicas que a

filosofia exige (problematizar, conceptualizar e argumentar), já anteriormente abordadas em

aula, serão analisados com recurso a PowerPoint os instrumentos lógicos do pensamento, a

saber: Conceito/Termo, Proposição/Juízo e Argumento/Inferência ou Raciocínio.

O PowerPoint é uma ferramenta cada vez mais dinâmica e incisiva para as idades dos

nossos estudantes, uma vez que esta, possui um caráter dinâmico e diversificado para a

exposição e posterior explicitação dos conteúdos a dar em aula e consegue-o de uma forma

organizada, o que permite que o outro compreenda com maior clareza a matéria em questão,

sendo este, o objetivo primeiro de um professor, como afirma Savater “...na dialéctica da

aprendizagem é tão decisivo o que sabem os que ensinam como o que ainda não sabem os

que devem aprender.” ( O valor de Educar, pp.34).

Na análise do PowerPoint e no respetivo surgimento de cada slide, será utilizado ,em

simultâneo, o método dialógico para a explicitação dos conteúdos patentes.

A última parte da presente aula será marcado por um momento para avaliação, através

da realização de uma atividade que tem por objetivo perceber se os estudantes assimilaram

bem os conteúdos lecionados e, por conseguinte, se são capazes de articular os mesmos.

Tendo sempre como princípio a avaliação como um processo que tem, como foco

principal, aferir se estamos a “...proporcionar instrumentos necessários para o exercício

pessoal da razão, contribuindo para o desenvolvimento do raciocínio, da reflexão e da

curiosidade científica, para a compreensão do caráter limitado e provisório dos nossos

saberes e do valor da formação como um continuum da vida. (Programa de Filosofia, pp. 8).

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Bibliografia

Alves, F., Arêdes, J., &Bastos, P. (2013). Pensar Filosofia 10º ano. Lisboa:

Texto Editores.

Blackburn, S. (1997). Dicionário de Filosofia. Lisboa: grávida.

Boavida, J. (2010). Educação Filosófica – Sete Ensaios. Coimbra: Coimbra

Editora.

Kant, I. (2012). Sobre a Pedagogia. Lisboa: Edições70.

Programa nacional de Filosofia 10º e 11º Anos. (2013). Consultado a

30/11/2015.

Savater, F. (1997). O valor de educar. Lisboa: Dom Quixote.

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Anexos

ANEXO I – Página do manual para revisão de conteúdos

ANEXO II – PowerPoint

ANEXO III – Atividade

ANEXO IV – Proposta de solução da atividade

ANEXO V – Grelha de observação

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ANEXO I – Página do manual a ser utilizada para revisão de conteúdos

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ANEXO II - PowerPoint

Conceito • Representação mental que define um conjunto de caraterísticas

essenciais de uma classe de seres ou objetos.

• É um instrumento do pensamento que contém e permite evocar

as caraterísticas da classe de elementos que designa e que

distinguem esta classe das outras classes.

Abstrato

Universal Unívoco

Exemplo:

«Cão» - Conceito

«Ser-vivo; animal; mamífero;

cão; beagle» - Classe de

elementos

Juízo

Juízo de Facto

• “Esta mesa tem quatro pernas.”

Juízo de Valor

• “Esta mesa é bonita.”

• Um juízo, na lógica, é aquilo

constitui o conteúdo do

pensamento que podemos

considerar verdadeiro ou

falso.

• Afirmar um juízo é produzir

uma declaração verdadeira ou

falsa.

• Em lógica, juízo e proposição

são sinónimos. Têm valor de verdade.

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Tipos de frases

Exemplos Tipos de frase

Saí da minha frente! Frase imperativa.

Mas que belo dia! Frase exclamativa.

Queres ir ao cinema? Frase interrogativa.

Amanhã trago o teu computador. Frase que traduz uma promessa.

Ajuda-me nos trabalhos de casa. Frase que expressa um pedido.

Só quero que chegue o natal! Frase que exprime um desejo.

Se conduzir, não beba. Frase expressa um conselho.

Argumentos dedutivos

A

R D

G E

U D

M U

E T

N I

T V

O O

Todos os estudantes são inteligentes. (Premissa)

O Pedro é um estudante. (Premissa)

Logo, o Pedro é inteligente. (Conclusão)

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Argumentos indutivos

A

R I

G N

U D

M U

E T

N I

T V

O O

O ferro, o cobre e o alumínio são bons condutores de eletricidade.

(premissa)

Os metais testatados até agora são bons condutores de eletricidade.

(premissa)

Logo, todos os metais são bons condutores de eletricidade.

(conclusão)

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ANEXO III – Atividade

Ficha de trabalho – Filosofia – 10º Ano

1.3 A dimensão discursiva do trabalho filosófico

1.3.1 Instrumentos lógicos do pensamento

Nome: Ano: Turma:

1. Estabeleça a correspondência entre os conceitos e as respetivas

definições.

1. Conceito a) Conjunto coerente de argumentos que visam expor um

determinado assunto.

2. Argumentar b) Capacidade de perguntar e de formular corretamente uma

questão.

3. Discurso c) Atividade de formar conceitos.

4. Problematizar d) Construir proposições relacionadas de modo a justificar

uma conclusão ou tese.

5. Conceptualizar e) Conteúdo expresso numa frase declarativa, ou seja, o que é

afirmado (ou negado).

6. Proposição f) Representação mental geral, designada habitualmente por

ideia.

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ANEXO IV – Proposta de solução da atividade

1) Conceito

f) Representação mental geral, designada habitualmente por ideia.

2) Argumentar

d) Contruir proposições relacionadas de modo a justificar uma conclusão ou tese.

3) Discurso

a) Conjunto coerente de argumentos que visam expor um determinado assunto.

4) Problematizar

b) Capacidade de perguntar e de formular corretamente uma questão.

5) Conceptualizar

c) Atividade de formar conceitos.

6) Proposição

e) Conteúdo expresso numa frase declarativa, ou seja, o que é afirmado (ou negado).

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ANEXO V – Grelha de observação

Grelha de observação

Anexo VII

Grelha de avaliação dos alunos.

Ser e Saber Estar Saber e Saber Fazer

Alunos Pontualidade Material

Comportamento

adequado à sala

de aula

Realiza as

atividades

propostas

Participa

ativamente nas

atividades

propostas

Rigor

conceptual e

qualidade de

argumentação

Qualidade e

pertinência nas

respostas solicitadas

1.

2.

3.

4.

5.

6.

7.

8.

9.

10.

11.

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12.

13.

14.

15.

16.

17.

18.

19.

20.

21.

22.

23.

24.

25.

26.

Classificação:

Não Satisfaz - NS; Satisfaz - S; Bom – B; Muito Bom – MB;