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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino O TUTOR NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: AS COMPETÊNCIAS SOCIOAFETIVAS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO. ELIÉZER ALVES VILELA SÃO JOÃO DA BOA VISTA – SP 2016

MONOGRAFIA - PIGEAD LANTE UFF - ELIEZER ALVES VILELA

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UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE

INSTITUTO DE MATEMÁTICA E ESTATÍSTICA

LANTE – Laboratório de Novas Tecnologias de Ensino

O TUTOR NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: AS COMPETÊNCIAS SOCIOAFETIVAS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.

ELIÉZER ALVES VILELA

SÃO JOÃO DA BOA VISTA – SP 2016

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ELIÉZER ALVES VILELA

O TUTOR NA EDUCAÇÃO À DISTÂNCIA: AS COMPETÊNCIAS SOCIOAFETIVAS NO PROCESSO DE CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO.

Trabalho de Final de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Pós-graduação da Universidade Federal Fluminense, como requisito parcial para a obtenção do título de Especialista Lato Sensu em Planejamento, Implementação e Gestão da EAD.

Aprovada em 17 de setembro de 2016.

BANCA EXAMINADORA

______________________________________________________________ Profa. Me. Isabel Andréa Barreiro Pinto – Orientadora

UNIABEU/LANTE-UFF

______________________________________________________________ Profa. Me. Vânia Aparecida Crevelaro

SEE/SP

______________________________________________________________ Prof. Me. Antonio Odair Palhares

SEE/SP

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DEDICATÓRIA

Dedico este trabalho com especial carinho à memória de meus avós Joaquim Felipe Alves e Expedita Alves Vilela Felipe, exemplos de vida por sua dedicação ao trabalho, honestidade, respeito ao próximo e amor a família, que sempre me incentivaram na busca do conhecimento, ensinando-me desde a tenra idade, que só se vence na vida através dos estudos.

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AGRADECIMENTOS

Agradeço а Deus pela saúde e força, e a minha família pelo apoio. Agradeço aos professores e tutores da Universidade Federal Fluminense e a orientadora, Professora Isabel Andréa Barreiro Pinto, por toda dedicação e a atenção que me concederam. Agradeço ainda aos meus colegas de turma, em especial aos que participaram comigo na elaboração deste trabalho, Rodrigo Corrêa Moreira e Sérgio Ricardo dos Santos. Muito obrigado a todos!

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RESUMO

Este trabalho foi elaborado com o objetivo de mostrar as competências necessárias ao tutor EAD para o desenvolvimento da docência em curso de educação à distância, de modo a levar os estudantes a obterem resultados satisfatórios no processo de construção do conhecimento. Descreve as principais competências que deve possuir este profissional para a manutenção de um ambiente virtual de aprendizagem frutífero e harmônico, através da interação cordial, que estimule a autonomia no aprendizado. Foi utilizado o método de pesquisa bibliográfica através de consultas a diversas fontes como livros, periódicos, artigos e documentos monográficos, de diversos autores como Oliveira (2009), Gorgulho Júnior (2012) e Santos (2013), que escreveram sobre tutoria na educação à distância. Por meio do desenvolvimento do presente estudo, foi possível observar que as competências socioafetivas, aqui enfatizadas, aliadas as pedagógicas, gerenciais e tecnológicas, são necessárias e se complementam, e têm suma importância na atuação do tutor EAD, que pode ser considerado um elemento imprescindível para o sucesso nesse modelo de educação, visto tratar-se do principal responsável pela orientação e motivação dos alunos.

Palavras–chave: Tutoria, competências, aprendizagem.

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SUMÁRIO

Nº da página

1 – Introdução 06

1.1 – Justificativa 06

1.2 – Objetivos 07

1.3 – Metodologia 08

1.4 – Organização do trabalho 09

2 – Pressupostos teóricos 09

3 – Resultados e discussões 19

3.1 – Sobre a tutoria 19

3.2 – Análise e interpretação 21

4 – Considerações finais 31

5 – Referências 33

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1. Introdução

O tutor de curso na modalidade de educação à distância (EAD), tem

papel relevante para o sucesso do processo de construção do conhecimento,

tendo em vista ser ele o responsável por humanizar o ambiente virtual de

aprendizagem (AVA), através da promoção constante de cordial interação. São

requeridas desse docente, algumas competências sem as quais tornar-se

impossível o exercício pleno da tutoria na EAD. Essas são descritas como

competências pedagógicas, socioafetivas, gerenciais e tecnológicas, e

precisam ser desenvolvidas para esse profissional bem desempenhar suas

funções.

O presente trabalho de pesquisa bibliográfica tem o fito de expor as

competências necessárias ao tutor EAD que contribuem com o processo de

construção do conhecimento autônomo do estudante, ressaltando de modo

individual as competências socioafetivas do tutor na educação à distância no

processo de construção do conhecimento, e traz partes comuns com os TFCs

dos demais componentes do grupo, a saber: “A formação do tutor na EAD:

competências essenciais ao trabalho de tutoria” de Moreira (2016) e

“Competência Gerencial: seus objetivos e suas técnicas na tutoria EAD” de

Santos (2016).

1.1 Justificativa

O Tema central da pesquisa visa abordar as competências da tutoria.

Este é relevante para o cenário educacional voltado para a EAD, porque os

tutores assumem um papel importante no desempenho dos cursos, precisando

demonstrar as diversas competências que lhes são requeridas para o exercício

de sua atividade profissional.

As competências que o tutor deve possuir para desenvolver seu papel

nesse processo são: a pedagógica como fundamental para explicação e

orientação das atividades visando à aprendizagem dos estudantes; a

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competência tecnológica necessária para ensinar os alunos a utilizar as

ferramentas das novas tecnologias da comunicação e a competência

socioafetiva que visa criar um ambiente favorável ao aprendizado dentro do

AVA1, sigla que, segundo Valentini e Soares2, refere-se ao uso de recursos

digitais de comunicação utilizados para mediar a aprendizagem; e a

competência gerencial, que consiste nas habilidades e conhecimento no

aprendizado.

O estudo das competências do tutor destina-se a oferecer subsídios

para que este possa em sua prática desenvolver o processo de aprendizagem

autônoma. Para isso, investir em formação inicial e continuada, além de

capacitações e incentivos motivacionais aos docentes, é uma necessidade. O

crescimento da EAD traçou novos caminhos no cenário educacional brasileiro,

carecendo de uma apreciação mais atenta pelos envolvidos nessa modalidade

de ensino, que colocou em evidência a figura do tutor à distância, um docente

que precisa desenvolver várias competências para contribuir com o processo

de construção do conhecimento autônomo, procurando formas de dar cabo ao

distanciamento nas relações aluno-tutor.

Para orientar o trabalho individual, foram definidas as seguintes

questões de estudo:

• A formação do tutor na EAD concentra-se sobre o desenvolvimento de

competências? (MOREIRA, R.C).

• O que vem a ser a competência gerencial do tutor? (SANTOS, S.R.).

• Como evidenciar que a construção do conhecimento na EAD tem apoio

nas competências socioafetivas do tutor? (VILELA, E.A.).

1.2 Objetivos

1.2.1 Objetivo geral

1 Ambiente Virtual de Aprendizagem 2 VALENTINI, Carla Beatriz; SOARES, Eliana Maria Sacramento. Aprendizagem em Ambientes Virtuais:

compartilhando ideias e construindo cenários. Caxias do Sul – RS. EDUCS, 2º Ed. 2010, p. 15.

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Levantar quais são as competências necessárias ao tutor EAD, para

contribuir com o processo de construção do conhecimento autônomo do aluno.

1.2.2 Objetivo específico

Demonstrar as competências socioafetivas inerentes à função de tutor

EAD, para o processo de construção do conhecimento.

1.3 Metodologia

De acordo com o material previamente consultado, a metodologia

adotada neste trabalho foi a pesquisa bibliográfica, entendendo que esta

representa um vasto campo de estudos.

A opção metodológica por uma pesquisa bibliográfica se deu em função

da familiaridade com o objetivo da pesquisa, O tutor na Educação a Distância:

sua contribuição para a construção do conhecimento por meio de ambientes

virtuais. Conforme abordado por Gil:

Para sua concepção, utilizou-se principalmente livros e artigos científicos. Embora em quase todos os estudos seja exigido algum tipo de trabalho desta natureza, há pesquisas desenvolvidas exclusivamente a partir de fontes bibliográficas. (GIL, 2008, p. 50).

Os procedimentos adotados para a realização da pesquisa bibliográfica

constituíram em:

Seleção de documentos que se relacionam com o problema de pesquisa (livros, verbetes de enciclopédias, artigos de revistas, trabalhos de congressos, teses, etc.) e o respectivo fichamento das referências, para que sejam posteriormente utilizadas (na identificação de material referencial ou na bibliografia final). (MACEDO, 1994, p.13).

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Foi proposto o estudo para conhecer as diferentes competências sobre o

trabalho do tutor através das análises das obras lidas e dos fichamentos

realizados sobre a atividade do tutor e a sua representatividade para a EAD.

Trata-se de um estudo bibliográfico sobre as possibilidades do trabalho de

tutoria na EAD, por isso, buscou-se analisar as principais referências sobre

educação a distância como artigos científicos e livros, com base nos principais

autores e pesquisadores da área de EAD.

1.4 Organização do trabalho

Este trabalho está organizado em quatro seções, sendo que a primeira

seção expõe a introdução, a qual é composta pela justificativa, pelos objetivos

geral e específico e pela metodologia utilizada pelo grupo, descrevendo

brevemente cada uma delas. A segunda seção traz os pressupostos teóricos,

produzidos com fundamento em pesquisas sobre docência na Educação a

Distância, explicando o desenvolvimento do estudo, enquanto na terceira

seção, encontra-se uma exposição sobre a competência socioafetiva do tutor

na educação à distância no processo de construção do conhecimento,

apresentando uma reflexão argumentativa com base na fundamentação

teórica. Na quarta seção, são apresentadas as conclusões finais, com uma

descrição dos resultados dos estudos. Finalizando, as referências.

2. Pressupostos teóricos

Este trabalho tem como objetivo falar das competências do tutor, na

intenção de ajudar pessoas a se desenvolverem, porque a EAD no Brasil

precisa desses tutores competentes. Algumas pessoas querem começar os

estudos para se tornarem tutores e outras já são, mas querem saber sobre as

inovações do mercado educacional no Brasil.

Na EAD, várias competências são exigidas do tutor, não apenas no

tocante às competências tecnológicas (saber lidar com mídias e diversos tipos

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de tecnologias), como alguns imaginam, mas em todas as esferas do processo

de construção do conhecimento, carecendo ainda, o desenvolvimento das

competências gerenciais (planejamento, comunicação e organização do curso),

as pedagógicas (ação fundamentada em teorias e práticas educacionais) e as

socioafetivas (habilidades ligadas ao relacionamento, criação de um ambiente

pautado no acolhimento e no respeito). As competências e habilidades

necessárias à tutoria em EAD correspondem às ações que possibilitarão o

pleno desenvolvimento do aluno.

Mas afinal, o que vem a ser competência? Destaca-se a seguir uma

definição de Hilsdorf, oriundo da área de Recursos Humanos que pode iniciar o

que se pretende desenvolver:

Competência é a qualidade de ser adequado e bem qualificado física e/ou intelectualmente frente a desafios. É a capacidade de tomar decisões bem informadas e coerentes. Contempla grupos de habilidades, atitudes e conhecimentos necessários para a realização eficaz de tarefas. (HILSDORF, 2012. p.12).

A EAD necessita capacitar os seus profissionais de forma diferente da

educação tradicional com estruturas a partir de novos papéis, sendo

necessário a reconstrução de competências e novos saberes para

desempenhar de forma mais efetiva esses novos papéis dentro da educação à

distância.

É necessário uma boa capacitação e preparação dos tutores, bem como

um bom planejamento de modelos que preparem o tutor nesse tipo de

formação, que lhe permita desempenhar sua capacidade profissional e técnica,

para que possa ajudar com eficácia o desempenho dos seus alunos. Saber de

que maneira é realizada a formação do tutor para desenvolver seu trabalho na

educação à distância, conhecendo o universo ao qual está inserido por meio da

literatura especializada e de alguns estudiosos desta área.

Analisar como tem sido abordada a tutoria na Educação a Distância, os

conhecimentos e sua formação para o bom desenvolvimento dessa função,

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para melhor compreensão desse sujeito chamado tutor, que cada vez mais,

assume papel de relevância no sucesso dos cursos à distância, mostrando ser

alguém que possui várias características fundamentais para esse sucesso,

precisando ter bom domínio do conteúdo, estimulando a busca do saber pelos

alunos participantes.

A tutoria é uma necessidade cada vez mais crescente nos sistemas

educacionais, principalmente sendo uma exigência no processo de ensino a

distância, tornando o tutor responsável pelo desempenho dos estudantes. Por

isso, a necessidade cada vez mais crescente dos tutores adquirirem variadas

competências para corresponderem às expectativas das instituições e dos seus

alunos.

Este estudo tem como objetivo mostrar quais as competências

necessárias para ser um tutor de cursos à distância.

O que é competência?

Levantar e conceituar as competências requeridas ao trabalho da

tutoria, implica no ponto de partida para que se possa avançar e aprofundar

os aspectos específicos a serem abordados em cada TFC. Diante do exposto,

passamos a enumerá-las:

O conceito de competências está baseado em três diferentes dimensões: o conhecimento, as habilidades e a atitude (CHA), ou seja, competências quer dizer respeito ao conjunto de conhecimentos, habilidades e atitudes interdependentes e necessárias a determinado propósito. (BRANDÃO, GUIMARÃES, 2001, p.09).

Segundo Véras algumas competências são importantes aos tutores,

podendo ser citadas:

Bom domínio do idioma nacional falado e escrito; conhecimento e prática da informática, produção de textos, arquivos e gráficos; domínio de diferentes mídias e das Tecnologias de informação e Comunicação; concepção da aprendizagem humana como troca de experiências entre pessoas; comunicabilidade; organização, planejamento e avaliação pedagógica (VERAS, 2007, p.60).

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Sendo assim, podemos destacar algumas competências necessárias

para a função de tutoria que segundo Tractenberg e Tractenberg (2007),

podem ser divididas em competências pedagógicas, as competências

tecnológicas, as competências gerenciais e as competências socioafetivas.

Em virtude do que foi mencionado, as competências pedagógicas e

técnicas estão diretamente relacionadas aos processos de ensino-

aprendizagem, ao domínio de conteúdo e as relações interpessoais, uma vez

que estas se sustentam por meio das tecnologias de comunicação presentes

no AVA. Essas competências mobilizam diretamente as relações estabelecidas

entre tutor e estudantes.

Essas competências são responsáveis por ajudar a tirar as dúvidas dos

estudantes sobre o conteúdo e as atividades a serem desenvolvidas no

ambiente a distância. Quando presentes, conferem ao tutor a autonomia

necessária para orientar o estudante na construção do conhecimento, reflexão

e autoria coletiva, bem como a possibilidade de intermediar as discussões

entre eles, avaliando trabalhos, provas e ajudando com respostas claras e

objetivas nas atividades a serem aplicadas.

Segundo Tractenberg e Tractenberg (2007). As competências

socioafetivas têm suas ações ligadas no respeito à diversidade cultural, e ao

tempo de cada aluno em suas características individuais, incentivando os

estudantes a participação coletiva e individual através de mensagens que

valorizem o seu papel no processo de ensino.

A habilidade de estabelecer um ambiente virtual que facilite a

aprendizagem e favoreça as relações interpessoais está na esfera das

competências socioafetivas. Segundo Ramos (2013), são as competências

socioafetivas que habilitam o tutor a manter uma interação positiva de

incentivo ao estudante, mediando as atividades de forma a torná-las

interessantes, desenvolvendo um relacionamento de empatia com o aluno,

facilitando o desempenho dele no curso, mediando conflitos e promovendo a

interação, contribuindo para um espaço amigável e acolhedor no AVA, através

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de fóruns e outras ferramentas comunicacionais, garantindo o fluxo de

comunicação entre os estudantes e destes com o tutor.

Segundo Véras (2007) as competências tecnológicas estão relacionadas

ao uso de ferramentas tecnológicas, de comunicação e informação,

necessárias para uma boa prática dentro do AVA, para o auxílio aos tutores e

estudantes. Quando presentes, essas competências ajudam o tutor na

utilização das tecnologias da informação e comunicação (TICs) e a esclarecer

seus alunos sobre o material a ser utilizado na plataforma de aprendizagem.

A EAD passa por mudanças que incorporam novos processos de

aprendizagem e de construção do conhecimento, uma vez que requerem, além

de conectividade, conhecimento do uso das ferramentas de modo a extrair

destes, todo o seu potencial, envolvendo tutor e estudantes

colaborativamente.

Para isso acontecer, o tutor precisa da participação de outros

profissionais que compõem a equipe multidisciplinar da EAD, como os

docentes e a equipe técnica administrativa. Desta forma, o tutor pode orientar

e atender os alunos esclarecendo as dúvidas com mais segurança.

Por isso, as competências citadas são importantes para o tutor no

desafio de promover a incorporação das questões fundamentais para os seus

alunos, mantendo assim um vínculo interpessoal com eles, contribuindo para a

manutenção da motivação dos estudantes por sua formação.

Agregado a essas competências, existem as competências de

gerenciamento do processo e da comunicação. O tutor tem ferramentas que

podem ajudá-lo nas ações que requerem uma visão mais ativa e direta para

formação dos seus alunos, inclusive no que tange aos aspectos burocráticos.

As competências do tutor.

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Os tutores quando capacitados, devem ser críticos para realizar sua

autoavaliação, seja ela relacionada a disciplina que atua ou ao curso, ou ao

aluno. Para isso, precisam ter conhecimento das competências necessárias ao

trabalho de tutoria que estão desenvolvendo.

Para o tutor agregar as competências socioafetivas, tecnológicas e

pedagógicas, às competências gerenciais no seu dia-a-dia de trabalho, ele

precisa saber o momento de intervir na comunicação e pedir apoio técnico, até

mesmo sugerindo melhorias nas plataformas e ajudando no design

instrucional, se perceber algum equívoco que possa dificultar o processo de

ensino-aprendizagem dos estudantes.

Esses pontos são importantes e podem ser exigidos a um tutor capaz e

competente em cursos de EAD. Sendo assim, o tutor deve estar empenhado

em desenvolver essas competências gerenciais, tão importantes ao bom

desempenho no trabalho de mediação e deve incluir boa capacidade de

gerenciar o tempo, boa comunicação, bom relacionamento, e percepção dos

indícios de incoerência entre os conteúdos que serão apresentados.

O tutor que conquistou autonomia com atitude de apontar alternativas

mais didáticas e mais adequadas aos seus alunos, tem domínio para ajudar no

momento desses desajustes que venham a acontecer no ambiente e na

comunicação, de forma a promover ações voltadas à solução desses

problemas. Segundo Azevedo:

As habilidades e competências de tutor são igualitárias as de um bom professor. Devendo esse tutor sugerir fontes de pesquisa, explicar conteúdos, apoiar resoluções e iniciativas, propor atividades, orientar seus discentes no rumo de novos conhecimentos e caminhos. No entanto, essa transferência de conhecimentos, não acarreta perda alguma a qualquer um dos envolvidos, e sim ganhos de uma forma a colaborar com o trabalho em virtude da formação acadêmica dos alunos. (AZEVEDO, 2008, p.24).

A competência pedagógica consiste em relacionar os conteúdos aos

objetivos e a situações de aprendizagem, para ajudar os alunos a

identificarem os objetivos trabalhados nas situações em questão, de modo a

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escolher e dirigi-los com conhecimento de causa. Logo, para traduzir a

competência em objetivos de aprendizagem, é indispensável ao tutor dominar

esses saberes, para que seja capaz de encontrar o essencial sob múltiplas

aparências e em contextos variados.

Para a construção de uma educação de qualidade, as competências

desenvolvidas pelo tutor são essenciais, especialmente quando falamos de

competências pedagógicas e técnicas para as atividades de aprendizagem. Por

isso, escolher e modular essas atividades de aprendizagem é uma

competência profissional essencial ao tutor, que supõe não apenas um bom

conhecimento dos mecanismos gerais de desenvolvimento e de aprendizagem,

mas também um bom domínio da didática e das técnicas das disciplinas que

serão apresentadas.

Essas competências são essenciais para causar a ruptura no

funcionamento clássico das instituições de ensino, que investiram muito em

recursos padronizados de ensino. Essas competências têm tornado os tutores

mais capazes de inventar atividades e sequência didática a partir dos objetivos

visados na educação à distância.

A qualidade didática dos tutores tem crescido com a EAD. Não há

nenhuma razão para que cada um reinvente nada sozinho ou busque a

originalidade pela originalidade, importa é que em contrapartida, cada tutor

seja capaz de pensar constantemente por si mesmo em função de seus alunos

no momento, a relação entre o que dizem, e a progressão da aprendizagem.

Para gerir um processo de aprendizagem, não podemos deixar de fazer

balanços periódicos das aquisições dos alunos. Eles são essenciais para

fundamentar a tomada de decisões, de aprovação ou de orientação necessária

mais tarde. E esta é uma função que deve ser avaliada nas estratégias de

ensino-aprendizagem e nos aspectos socioafetivos.

E no ambiente EAD, longe de constituir uma surpresa, esse balanço

deve confirmar e aprimorar o que o tutor vem percebendo. Contrariamente ao

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que se crê, às vezes, a avaliação socioafetiva preenche uma função

cumulativa, e até mesmo certificativa.

Na Educação a Distância essa competência, a socioafetiva, é importante

porque, diferente das aulas presenciais, o tutor tem que observar com atenção

para identificar as aquisições e modos de aprendizagem dos estudantes. É

importante que o tutor saiba determinar, interpretar e registrar momentos

significativos nos ambientes virtuais e nos fóruns em pequenos toques, que

contribuem para estabelecer um quadro de conjunto do aluno nas atividades e

tarefas apresentadas.

É evidente que a observação contínua não tem apenas a função de

coletar dados para um balanço. Sua intenção é formativa, para poder auxiliar

o estudante no seu processo de aprendizagem e suas aquisições, as quais

condicionam as tarefas que serão propostas, ajudando na sua maneira de

aprender e de estudar.

Não podemos estar certos de que a aprendizagem está ocorrendo,

entretanto, o tutor com conhecimento da competência socioafetiva, será capaz

de detectar com certa precisão, algumas atitudes que estejam ocorrendo para

ajudar os estudantes, porque no dia-a-dia encontramos quem tem pequenas

chances de aprender, porque a tarefa aplicada esta exigindo demais, ou

porque não está se envolvendo, entediando-se ou copiando dos colegas, não

dialogando com ninguém nos fóruns, não tendo objetivos. Fixam-se

obsessivamente em detalhes ou se agitam para responder, na expectativa de

que se passe logo para outro tópico ou fórum. Mas do outro lado, encontramos

estudantes tendo boas chances de aprender, porque se envolvem, interessam-

se, cooperam nos fóruns e atividades, fazendo perguntas e questionamentos

para ajudar o grupo.

O tutor deve saber que as atividades criadas pelos conteudistas ou por

ele mesmo, quando for o caso, por mais bem concebidas e preparadas que

sejam, nem sempre dão os resultados esperados. Por isso, desenvolver essas

competências no seu exercício profissional vai ajudar o tutor a determinar

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melhor os indicadores de aprendizagem que permitem uma regulação

socioafetiva, podendo ajudar seus alunos a desenvolver a imaginação, a

expressão, a argumentação, o raciocínio, o senso de observação e a

cooperação entre eles. A construção de competências ou de conhecimentos

fundamentais leva tempo.

Tais práticas exigem capacitação em avaliação dos aspectos

socioafetivos e conhecimento dos diversos paradigmas da avaliação, sendo

importante realizar essas avaliações continuamente para ensinar melhor. Não

podemos separar a avaliação do ensino, mas considerar cada situação de

aprendizagem como fonte de informações ou de hipóteses preciosas para

ajudar a conhecer melhor nossos estudantes.

Toda formação nos obriga em certos momentos, a tomada de algumas

decisões, tanto de seleção ou de orientação. É o que acontece no final de cada

ano em um curso estruturado por etapas, ou ao final de cada ciclo. Participar

dessas decisões, e apresentá-las e negociá-las com os estudantes, bem como

encontrar o acordo perfeito entre os projetos e as exigências das instituições

de ensino, são elementos que fazem parte das competências básicas de um

tutor.

É comum sentir-se não ser um bom profissional da área em que atua,

ou até mesmo sentir-se incompetente, criar complexos, ou rejeitar mudanças.

Isso pode gerar a tentação de unir-se ao campo dos conservadores, por faltar

forças para enfrentar a divisão entre o que se é e o que se gostaria de ser.

Podemos também conceber usos menos defensivos, dizendo para si

mesmo, eu não domino todos esses aspectos das competências citadas, mas

vou nessa direção, para uma formação e minha prática nesse sentido, para me

aproximar gradualmente de tudo aquilo que posso adquirir.

A especialização é uma transformação estrutural que ninguém pode

dominar sozinho. Por isso, ela não se decreta, mesmo que as leis, os

estatutos, as políticas da educação possam facilitar ou desmotivar esse

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processo. A complexidade das mudanças não é a simples soma de iniciativas

individuais, nem a simples consequência de uma política centralizada.

Não avançará muito mais se essas políticas não encontrarem atitudes,

projetos, investimento de pessoas ou grupos. Todos podem contribuir, a seu

modo, para fazer sua profissão evoluir no sentido da profissionalização,

esforçando-se para centrar-se nas competências a serem desenvolvidas nos

alunos e nas situações de aprendizagem do estudante. Diferenciar o ensino,

praticar uma avaliação para melhoria, para combater as reprovações,

desenvolvendo uma pedagogia ativa e cooperativa, fundamentada em projetos

que visam o melhoramento.

Cabe ao tutor continuar sua formação, buscando participar das

manifestações e reflexões pedagógicas, questionando-se e refletindo sobre

sua prática, individualmente ou em grupo, engajando nos procedimentos de

inovação individuais ou coletivos.

Não haverá avanço sem comprometimento dos tutores nessas

competências citadas, que estão no centro de uma boa qualificação. Ajudar a

formular e a mudar uma visão clara das competências, é uma das principais

funções dessa análise dos referenciais de competências aqui abordados. Eles

não são, portanto, instrumentos reservados aos especialistas, mas meios para

os tutores construírem uma nova identidade na EAD.

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3. Resultados e discussões

O tutor EAD desenvolve o papel de facilitador da aprendizagem na

medida em que estimula e desperta o interesse do estudante, ajudando-o a

superar as dificuldades através da sua orientação. E para que este docente

execute o seu papel com maestria, necessita ter o domínio de algumas

habilidades. Dentre as competências inerentes ao ofício tutorial, é oportuno

demonstrar as competências socioafetivas, inerentes a função de tutor EAD

para o processo de construção do conhecimento, uma vez que tal aptidão tem

grande importância para o profissional atuante na educação à distância.

3.1 Sobre a tutoria

A educação à distância – EAD, é uma modalidade de ensino cada vez

mais presente na sociedade, apresentando um crescimento considerável que

vem atraindo atenções por conta dos avanços tecnológicos. Ela tem como

principal objetivo a formação de pessoas que, em função das demandas

pessoais ou profissionais, gostaria de iniciar ou mesmo dar continuidade aos

seus estudos, mas não têm ou não tiveram a possibilidade de frequentar uma

sala de aula na educação tradicional. Com a escassez de tempo ocasionada

pela agitação contemporânea, esse não é o seu único público, pois ter a opção

de escolher em qual momento estudar é tão atrativo, que a metodologia

tradicional de ensino pode ficar em segundo plano para alguns.

A educação à distância se caracteriza pela separação geográfica entre o

professor e o estudante, logo, o processo de ensino-aprendizagem passa a ser

intermediado pelas tecnologias, e em especial, pelo tutor, um docente que

estabelece a interação no ambiente, agregando elementos primordiais como

confiança e credibilidade, formando vínculos, reforçando laços e promovendo

aproximações.

Borges e Souza (2012, p. 07) destacam o tutor como “o profissional que

faz a comunicação e a mediação pedagógica e relacional entre o aluno, o

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professor e o conteúdo, superando as dificuldades que esta nova realidade

educacional pode apresentar”.

O tutor é um personagem indispensável no processo de construção do

conhecimento na educação à distância, figurando como um dos principais

atores, quiçá o mais importante, neste modelo de ensino. É o profissional de

EAD que reúne em sua prática um conjunto de saberes que o habilitam à

mediação em ambientes virtuais de aprendizagem. Ele concebe com o

estudante, o lugar, o momento e a forma pela qual se constituirão como

sujeitos ativos do processo de construção do conhecimento.

O tutor deve ser compreendido como um dos sujeitos que participa ativamente da prática pedagógica. Suas atividades desenvolvidas à distância e/ou presencialmente devem contribuir para o desenvolvimento dos processos de ensino e de aprendizagem e para o acompanhamento e avaliação do projeto pedagógico (BRASIL, 2007).

Corroborando, Franco, Braga e Rodrigues (2010, p. 197) afirmam que

nesse contexto, o professor-tutor assume uma posição de destaque. É ele

quem atua junto ao aluno com a responsabilidade de orientá-lo no

desenvolvimento de seu aprendizado, auxiliando-o a adquirir autonomia de

estudo e práticas autoavaliativas.

Um dos grandes desafios do educador na EAD é manter os estudantes

estimulados a aprender. O tutor pode utilizar vários recursos para mantê-los

instigados a adquirir conhecimento através de contínua interação, com a

adequada utilização das habilidades afetivas, pois a separação

espacial/temporal exige do professor uma percepção muito maior do que em

qualquer outro ambiente educacional.

Compreendido o valor do tutor nos ambientes virtuais de aprendizagem,

nota-se o quão necessário é a atuação de um indivíduo que seja responsável

pela interação, mediação e construção do conhecimento coletivo. Tal

profissional, não deve ser o que apenas esclarece dúvidas, mas aquele que

compartilha experiências, contribuindo com a aprendizagem, auxiliando a

tecer a rede do saber.

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Como mediador no processo de construção do conhecimento, o tutor

deve entender que é um guia no caminho para a efetivação dos saberes em

fase de consolidação. Espera-se deste profissional, conhecimento atualizado, e

que exerça uma liderança amigável, seja carismático e desperte a simpatia e o

interesse do estudante, colaborando para minimizar o desagrado causado

pelas dificuldades enfrentadas ao longo da caminhada.

Para atuar como tutor na modalidade de educação à distância, é

necessário desenvolver algumas competências que são importantes para o

sucesso do processo educacional. As competências e habilidades

indispensáveis à tutoria em EAD, são aquelas que possibilitam o crescimento

autônomo do estudante. Afirmam Tractenberg e Tractenberg (2007), que para

o exercício da docência online, o tutor deve possuir competências

pedagógicas, socioafetivas, gerenciais e tecnológicas. Destacamos aqui, as

competências socioafetivas inerentes a função do tutor na EAD.

3.2 Análise e interpretação

As discussões em torno dos aspectos afetivos envolvidos no processo de

ensino-aprendizagem levam a um debate sobre a afetividade na EAD, e,

consequentemente, à reflexão sobre o desenvolvimento das competências

socioafetivas para desenvolvimento do trabalho tutorial. O tutor na educação à

distância é responsável por orientar, mediar e motivar a aprendizagem. A sua

relação com os estudantes inclui várias formas de interação e troca de

experiências, que o leva a uma grande proximidade com eles, destacando-o

como o alicerce do ensino à distância.

O tutor é de fundamental importância na educação à distância. De sua atuação depende em grande parte o sucesso de um curso oferecido nessa modalidade. Na verdade, em um curso a distância, é com o tutor que o aluno terá mais contato, tanto por meio das ferramentas de interação disponíveis no ambiente virtual do curso, quanto nos encontros presenciais a serem realizados nos polos de atendimento e frequência presencial. (WOTCKOSKI; SPRESSOLA, 2012).

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Bolívar (2002) salienta que os alunos esperam que os professores

exerçam sua autoridade com firmeza e tolerância, que os ajudem e orientem e

os tratem com cordialidade e afeto. É possível transpor essa lógica para a

educação à distância ao inferir que a competência socioafetiva é uma

capacidade de suma importância ao profissional de tutoria atuante na EAD.

Como seres sociais e afetivos, possuímos bens naturais como o

interesse e o desejo. Assim, é significativo para o tutor que atua na educação

à distância, o desenvolvimento das competências socioafetivas como recurso

imprescindível para melhor atuar no processo de construção de conhecimento.

A competência socioafetiva para o profissional de EAD consiste em

estabelecer e preservar a boa convivência por meio das relações interpessoais,

que tem o escopo de cativar e estimular o estudante no processo de

construção do conhecimento com o auxílio da afetividade, concedendo ao AVA

um aspecto humanizado, propiciando uma atmosfera favorável à

aprendizagem, pautada no desenvolvimento do sentimento coletivo, da

solidariedade social e do espírito de cooperação e integração mais intensa dos

indivíduos no grupo. A humanização do ensino à distância deriva da

competência do tutor, contudo, o estudante também necessita tornar-se parte

ativa no processo.

As competências socioafetivas mantêm relação com o foco no

estudante, levando-se em conta as suas necessidades e prestando-lhe todo o

apoio necessário, respeitando o limite de cada um, gerando um clima de

segurança, sendo fundamental a relação de confiança entre o tutor e o

estudante, pois este aprende melhor em ambientes que proporcionam um

relacionamento firme e oportunidades de interação. As relações emocionais

podem atuar melhorando a autoestima, bem como reduzindo os índices de

evasão nos cursos na modalidade à distância.

Oliveira (2009) destaca a importância da afetividade nos ambientes

virtuais de aprendizagem, ressaltando o papel do tutor como promotor do

relacionamento afetivo na função de mediador nos diálogos que se

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estabelecem com as ferramentas síncronas e assíncronas, com foco na

aprendizagem colaborativa e na permanência do aluno no curso com a sua

consequente conclusão.

Na medida em que progride a aprendizagem, o relacionamento dos

estudantes com o docente que desenvolve a tutoria fica mais íntimo,

estreitando-se os laços de afeto que favorecem a construção do conhecimento

coletivo, deixando clara a importância da capacidade do tutor de criar vínculos

de empatia, promover o incentivo e a colaboração, mantendo uma proporção

admissível entre a flexibilidade e a organização.

Um tutor, com participação efetiva no processo de avaliação e construção dos conteúdos, torna-se um elemento fundamental para o sucesso de qualquer curso à distância, pois cabe a ele observar e entender como o aluno aprende, criando estratégias de aprendizagem significativas para o aluno. (CARVALHO, 2007, p. 10).

O tutor tem a incumbência de estar sempre pronto ao diálogo,

consolidando um ambiente de interação amigável, além de manter um clima

de cooperação, pois a união entre o tutor e os estudantes tem grande

importância no processo de ensino-aprendizagem. Moran (1998) assevera que

comunicar é entrar em sintonia, aproximar, trocar, intercambiar, dialogar,

expressar, influenciar, persuadir, convencer, solidarizar, tornar transparente e

comungar. A comunicação é essencial em todas as relações, e o sucesso da

aprendizagem na EAD, depende de uma boa comunicação.

O tutor EAD é a ligação entre os estudantes e tem a responsabilidade de

manter um ambiente virtual hospitaleiro e adequado à aprendizagem. Tem o

dever de dirigir os estudantes, incitando-os e auxiliando-os a exercer a

faculdade de se governar por si mesmos, interagindo ininterruptamente,

inspirando-os a superar obstáculos, auxiliando-os a transpô-los e assim

evoluírem.

Gorgulho Júnior (2012, p. 35) declara que talvez, mais importante do

que ser um mediador no processo de ensino-aprendizagem, o tutor tem uma

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faceta de extrema importância: “é o principal responsável pela motivação dos

alunos”.

Reforçando tal raciocínio, Santos (2013) atesta que na atual

configuração dos cursos de educação à distância no Brasil, o tutor é uma

figura imprescindível, sem o qual a estrutura da modalidade não se sustenta.

O estudante deve ser o ator principal do seu aprendizado, cabendo ao

tutor a função de motivá-lo, estimulando posturas positivas em relação aos

estudos e ao grupo, auxiliando-o a familiarizar-se com o ambiente virtual de

aprendizagem e a superar todas as dificuldades por ventura encontradas. Eles

devem ser encorajados e apoiados a envolverem-se no processo de

aprendizagem colaborativa, caracterizada por cinco elementos, conforme

Discoll e Vergara (1997) enumeram: 1) a responsabilidade individual dos

membros; 2) a interdependência positiva em prol do objetivo comum; 3) as

habilidades de colaboração do grupo; 4) a interação entre os participantes, e,

5) as mudanças necessárias para aumentar a eficácia.

As competências socioafetivas auxiliam no desenvolvimento do processo

de ensino-aprendizagem na EAD, então, o tutor deve desenvolver a

sociabilidade e a empatia, reconhecer as diferenças evitando o isolamento, e

além de docente, ser companheiro e facilitador da aprendizagem, inspirando a

confiança ao aproximar-se do estudante, tornando-se uma ponte entre ele e o

conhecimento. Por estar diretamente envolvido no processo de construção do

conhecimento, é o elemento-chave na mediação do conteúdo e no

desenvolvimento cognitivo, devendo conhecer e compreender cada um, e

possuir a capacidade de envolver a todos em torno do mesmo objetivo.

A tutoria exerce suas funções também no âmbito do afetivo, das atitudes e emoções. Sua ação deve se dar no sentido de observar as diferenças individuais, conhecer e estimular o aluno para que se identifique e se integre ao curso, evitando a ansiedade e a solidão. São essenciais também a comunicação individual, as demonstrações de aceitação e compreensão, o trabalho com as dificuldades, a consciência de que ambos são aprendentes e ensinantes nesse processo interativo (OLIVEIRA, 2009, p. 13).

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A afetividade intervém no processo de ensino-aprendizagem em

diferentes aspectos, e mesmo não havendo uma técnica para desenvolvê-la no

ambiente virtual de aprendizagem, a sua incontestável influência, aliada aos

seus diferentes aspectos e a sua particularidade, torna importante um melhor

entendimento de sua manifestação.

Estabelecer uma ligação da afetividade com a aprendizagem é

necessário, haja vista sucederem-se por intermédio das interações sociais

onde exista o diálogo, o compartilhamento de ideias e o respeito mútuo.

Destarte, a ocorrência do afeiçoamento e da aprendizagem na educação à

distância, dependerá diretamente da maneira como o tutor interfere nos

diálogos com os estudantes, proporcionando um ambiente motivador que

ofereça condições para que eles desenvolvam sua capacidade de interagir e de

aprender.

Segundo Cunha e Silva (2009), o tutor deve ser sociável e manter uma

comunicação frequente e de qualidade com os seus alunos, de modo a deixá-

los motivados a participar de todas as atividades propostas.

A afetividade entre o tutor e os estudantes, colabora para a construção

do conhecimento no processo de ensino-aprendizagem, pois quando ele toma

uma postura que revele a sua satisfação no sucesso deles, gera uma

atmosfera afável e adequada a uma aprendizagem prazerosa.

De acordo com Souza (2004) é importante que o tutor demonstre

interesse pela melhoria do processo de ensino-aprendizagem e tenha

disponibilidade para o aluno, principalmente quando solicitado, estando

sempre pronto a ouvir, apoiar e orientar.

Pode-se deduzir então, que para o sucesso da educação à distância, o

tutor empenhado carece desenvolver o lado afetivo na sua relação com o

estudante, e exercitar constantemente a paciência e a tolerância,

características muito propícias a docência, proporcionando assim um clima de

harmonia, visto que nas relações humanas sempre estarão presentes a

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emoção e a empatia, incluindo o processo de ensino-aprendizagem, onde os

vínculos afetivos também deverão estar presentes.

Dentre as várias habilidades relacionadas a competência socioafetiva do

tutor na educação à distância, a empatia é a capacidade de se colocar no lugar

do outro, propiciando uma sintonia afetiva através da capacidade de

comunicação, exprimida pela “escuta” atenta e respeitosa, componente

essencial ao desempenho da tutoria.

A habilidade comunicativa também está incluída na competência

socioafetiva à proporção em que a comunicação aparece como uma estratégia

para promover a interação. O tutor EAD, pela comunicação cordial, estimula o

estudante a interagir, refletir e questionar, e para isso, deve ter facilidade de

comunicação, dinamismo e criatividade para executar com bastante eficiência,

o seu mister de auxiliar na superação dos obstáculos junto aqueles sob sua

tutoria.

O desenvolvimento socioafetivo nas relações entre educador e

estudante baseado no diálogo cordial é essencial. “Somente o diálogo, que

implica num pensar crítico, é capaz, também, de gerá-lo. Sem ele, não há

comunicação e sem esta, não há verdadeira educação”. (FREIRE 1987, p. 47)

Um ambiente virtual de aprendizagem cordial é aquele em que o tutor

organiza uma relação aprazível com os estudantes, favorecendo o

desenvolvimento do processo de construção do conhecimento, através de uma

tutoria afetuosa, em que eles se sintam acolhidos, envolvidos e estimulados a

aprender, desenvolvendo uma aprendizagem autônoma.

Desempenhar a função de tutor EAD com uma postura guiada pela

cordialidade leva o estudante a se motivar e participar ativamente das

atividades propostas no curso. Ser cordial é ser cortês nas relações, tratando-

os com respeito, fazendo-os sentirem-se confortáveis na busca do saber.

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É evidente a complexidade do papel e o valor do tutor que atua na

educação à distância, sendo fundamental o desenvolvimento das competências

socioafetivas para que a relação entre ele e o estudante seja frutífera. Assim,

é necessário compreender a realidade do estudante através do constante

diálogo, para que ele se sinta como parte ativa do processo de construção do

conhecimento, ser agradável e respeitoso no trato, demonstrando honestidade

e procurando elogiar mais os acertos, evitando críticas aos erros cometidos.

Na educação à distância, o tutor não pode nunca conceber o conceito de

que é o detentor do conhecimento, muito menos portar-se como tal diante do

estudante, pois essa atitude, além de não coadunar com o que refere as

competências socioafetivas, pode gerar desconforto e o seu possível

afastamento do curso. Deve apresentar olhar vasto e abrangente sobre o

trabalho tutorial, estando ciente da relevância do seu papel, além de possuir

capacidade para o exercício da atividade, à medida que faz a mediação dos

conhecimentos, orienta, estimula e incentiva.

Esses novos âmbitos na área de atuação docente ressignificam o

trabalho do tutor, que deixa de ser unicamente um professor, para assumir

um papel de elo entre os estudantes, o curso e a instituição educacional. Ao

tutor cabe o ofício de acolher, motivar e estimular a aprendizagem, ser

cordial, desenvolver a empatia, além de participar ativamente do processo de

construção do conhecimento, protagonizando, ao lado do estudante, a cena

principal nos palcos do saber.

Neste contexto, o professor-tutor deve ser um profissional comprometido e atuante dentro de um ambiente virtual, sendo capaz de acolher e motivar o aluno, apoiando-o ao utilizar as diversas ferramentas pedagógicas tecnológicas disponíveis, coordenando, organizando, indicando materiais e temas para discussões em fórum, relatando e compartilhando experiências, propiciando a interação do aprendiz com os diversos objetos de estudo e conhecimento, estabelecendo assim o diálogo com o grupo, problematizando, mediando a construção do conhecimento, motivando, valorizando e conscientizando o aluno do seu papel de sujeito participativo e responsável pela sua aprendizagem, diante de um processo em que ambos são prota-gonistas (FANTACINI, 2012, p. 5).

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Assim, o professor que exerce a docência no ambiente virtual de

aprendizagem, o qual passou a ser denominado tutor, é o profissional que

necessita desenvolver algumas competências que são indispensáveis ao

exercício da tutoria. Dentre essas várias habilidades, as competências

socioafetivas são as que proporcionarão a aproximação dos participantes do

curso, através do diálogo cordial e do respeito mútuo.

Um tutor bem instruído para o exercício da mediação no processo de

ensino-aprendizagem na educação à distância, reúne qualidades para

organizar e planejar ações que admitam uma eficiente interação com os atores

da aprendizagem, no sentido de lhes prover apoio, tanto cognitivo quanto

afetivo, para que eles tenham a possibilidade de construir o conhecimento.

Consequentemente, esse educador deve estar pronto a induzir a

aprendizagem.

A comunicação docente/discente no ensino aberto e a distância exige dos professores novos esquemas mentais e novos entendimentos acerca do saber que envolve diálogos constantes, intercâmbios singulares, criatividade e disponibilidade para investigação, indispensáveis ao cumprimento do compromisso real com as políticas democráticas e de equidade social (SOUZA et al., 2004, p. 2).

Um entusiasta da docência na educação à distância, consegue

proporcionar ao estudante conhecimento e energia, estimulando aqueles com

quem convive, criando um clima de receptividade e calor humano, que dilata e

solidifica as qualidades positivas da interação. O tutor EAD pode ajudar o

estudante na medida em que demonstra acessibilidade e comprometimento.

De nada adiantará o interesse do aprendiz e um ótimo material disponibilizado

no AVA, se o seu mestre não operar de maneira colaborativa.

O tutor EAD, utilizando-se de suas competências socioafetivas, deverá,

nas atividades assíncronas, permitir aos estudantes o tempo necessário à

reflexão, mantendo as discussões vivas e produtivas, e nas atividades

síncronas, poderá estabelecer algumas regras básicas para que a discussão

ocorra dentro dos padrões, estimulando as interações, permanecendo sempre

atento às diferenças culturais.

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Cabe aos tutores exercitar a autonomia dos estudantes. Por suas

competências socioafetivas, o tutor EAD incentiva, motiva e propulsiona o

processo educativo na medida em que celebra laços de afeto, colaboração,

interação e respeito entre os envolvidos.

Em se tratando de EAD, torna-se necessário à atuação de um tutor motivador, que estimula a interação com e entre os alunos; que incentiva e monitora a participação dos alunos no AVA; que dá dicas de estudo; que indica leituras, sites, e blogs incentivando a pesquisa de outros materiais, além daqueles disponibilizados pela instituição; que promova discussões que abarcam os objetivos estabelecidos em cada curso; que acompanhe o desempenho no discorrer da disciplina; que possibilite o desenvolvimento da autonomia nos alunos, dentre outros (MULLER, 2011, p. 34).

As competências exigidas do tutor na educação à distância, são

essenciais para que os estudantes se desenvolvam e têm por objetivo

potencializar as suas capacidades, orientando-os e motivando-os com vistas à

construção do conhecimento, sendo enfatizadas as competências

socioafetivas, importantes para um processo educativo à base de confiança e

reciprocidade.

A rápida evolução tecnológica nos leva a refletir acerca das súbitas

mudanças ocorridas no campo de ação educacional, em razão da crescente

oferta de cursos na modalidade de educação à distância, destinados a

formação inicial e continuada, que são cada vez mais procurados, e para

acompanhar essas mudanças, os profissionais precisam se atualizar e

acompanhar as inovações tecnológicas, acrescentando-se a isso, o

desenvolver de outras habilidades, dentre elas, as competências socioafetivas,

que tem o condão de encurtar as distâncias para o estudante, estimulando-o

através de uma comunicação cordial e o exercício da empatia, deixando-o

confortável e seguro de sua participação no curso, para que ele tenha uma

conclusão satisfatória, fazendo com que esse estudante, tenha uma boa

impressão sobre a EAD, e com isso retorne a uma sala de aula virtual na

primeira oportunidade que aparecer.

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Portanto, o grande desafio do tutor na educação à distância, é manter

uma interação regular e satisfatória que contribua com o processo pedagógico,

pois é sua a missão de proporcionar um ambiente adequado aos estudantes,

prestando-lhes o devido auxílio na superação dos desafios e obstáculos,

criando laços afetivos e dedicando seu tempo a uma relação empática e cordial

com todos, para que cresçam juntos e desenvolvam uma aprendizagem

efetiva e significativa.

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4. Considerações finais

O objetivo principal deste trabalho de pesquisa bibliográfica foi levantar

quais são as competências necessárias ao tutor EAD, para contribuir com o

processo de construção do conhecimento autônomo do aluno.

Com o crescimento a passos largos da Educação a Distância, que por

suas particularidades e características colocou em evidência o tutor,

profissional responsável pela interação e mediação no Ambiente Virtual de

Aprendizagem, vimos a necessidade de estudar as diversas competências que

o habilitam a docência, quando observamos que ele é indispensável nessa

modalidade de ensino, conforme asseveram vários autores do nosso tempo,

dentre eles: Carvalho (2007), Oliveira (2009), Franco, Braga e Rodrigues

(2010), Wotckoski e Spressola (2012), Gorgulho Júnior (2012) e Santos

(2013), categóricos e unânimes em suas afirmações acerca desta importância.

Infere-se por nossos estudos que o tutor deve possuir competências

pedagógicas, socioafetivas, gerenciais e tecnológicas. As pesquisas foram

direcionadas a demonstrar as competências socioafetivas, inerentes a função

de tutor EAD para o processo de construção do conhecimento, procurando

evidenciar que a construção do conhecimento na EAD tem apoio nas

competências socioafetivas do tutor.

Os resultados nos levam a entender que as competências descritas no

presente estudo são necessárias e têm igual importância para o pleno

exercício da função do tutor na EAD, pois estão intimamente ligadas e se

completam.

Destacam-se as competências socioafetivas, pois através dos estudos

levados a efeito, conclui-se que uma participação do tutor mais próxima aos

estudantes em um curso de educação à distância, em que são estreitados os

laços de afeto por constante interação amigável em um clima de cooperação,

favorecem sobremaneira o aprendizado, uma vez que esse sentimento de

amparo encoraja e motiva, fazendo-os exercer a autonomia.

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É notório que a rápida evolução tecnológica que vem ocorrendo,

inclusive no âmbito educacional, principalmente em razão do crescimento da

EAD, nos obrigará a sair à procura de novos conhecimentos e o

desenvolvimento de novas habilidades cada vez mais amiúde, portando, o

assunto em pauta não se esgota aqui, sendo que novos estudos acerca dos

mesmos objetivos deverão acontecer sob pena de cairmos no obsoletismo.

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5. Referências

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