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A Arte do Renascimento ao Romantismo Profº Raphael Lanzillotte (arte- [email protected])

História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo

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História da Arte: Linha do tempo - Renascimento ao Romantismo

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A Arte do Renascimento ao Romantismo

Profº Raphael Lanzillotte ([email protected])

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O termo Renascimento é comumente aplicado à civilização européia que se desenvolveu entre 1300 e 1650. Retomada da antiga cultura greco-romana com a reutilização dos

cânones (regras). Progressos e incontáveis realizações no campo das artes, da

literatura e das ciências; Racionalidade; Dignidade do Ser Humano; Ideal Humanista / Antropocentrismo – o homem no centro do

universo (homem tem valor principal e Deus tem caráter secundário);

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Arquitetura renascentista

Principais características: Reutilização das ordens

Arquitetônicas greco-romanas; 

Arcos de volta-perfeita (arcos plenos);

Simplicidade na construção; A escultura e a pintura se

desprendem da arquitetura e passam a ser autônomas;

Construções: palácios, igrejas, vilas (casa de descanso fora da cidade), fortalezas (funções  militares).

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Arco pleno ou arco de volta perfeita: herança dos romanos que passa a ser reutilizada no Renascimento e mais tarde no Neoclassicismo.

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O arco ogival ou em ponta é típico do estilo gótico e permitia sustentar abóbadas elevadas.

O arco renascentista, ao contrário do arco gótico, tinha a

forma curvilínea, de pura inspiração romana clássica.

A coluna gótica, constituída de feixes de pilares, devia servir de

sustentáculo à estrutura da abóbada. A coluna

renascentista, simples, com capitéis coríntios,

foi empregada na construção de pórticos e

arcadas.

Nas abóbadas góticas, arcos ogivais encontram-se no alto e se apoiam em colunas: é a

abóbada de nervuras. A abóbada renascentista tem a

forma de um semi-círculo formando um teto liso ou

ainda em quadros.

A janela gótica, alta e estreita, tem vitrais coloridos e frontões bastante pontiagudos. A janela renascentista,

quadrada e mais ampla que a gótica, tem o vidro transparente e incolor, dando maior claridade.

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Basílica de São Pedro – Vaticano/Itália

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Perspectiva; Uso do claro-escuro: reforça a sugestão

de volume dos corpos; Realismo; Inicia-se o uso da tela e da tinta à óleo; Tanto a pintura como a escultura tornam-

se manifestações artísticas independentes;

Surgimento de artistas com um estilo pessoal.

Alguns dos principais pintores: Botticelli, Leonardo da Vinci, Michelângelo,

Rafael.

Pintura renascentista

Monalisa (1503/07)Leonardo da Vinci

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O nascimento de Vênus (1485)Sandro Botticelli

Capela Sistina (Vaticano) MichelangeloCapela Sistina (Vaticano) - Michelangelo

Detalhe – Expulsão de Adão e Eva do paraíso

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Escultura renascentista

Representação do homem tal como ele é na realidade;

Perspectiva; Estudo do corpo e do caráter

humano.

Alguns dos principais escultores: Michelângelo, Boticelli, Andrea del

Verrochio, Dürer, Hans Holbein, Bosch e Bruegel 

Pietá (1499) – Sandro Botticelli

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As obras barrocas romperam o equilíbrio entre o sentimento e a razão ou entre a arte e a ciência, que os artistas renascentistas procuram realizar de forma muito consciente; na arte barroca predominam as emoções e não o racionalismo da Arte Renascentista.

Emocional sobre o racional. Seu propósito é impressionar os sentidos do observador;

Busca de efeitos decorativos e visuais, através de curvas, contracurvas, colunas retorcidas;

Entrelaçamento entre a arquitetura e escultura; Violentos contrastes de luz e sombra; Pintura com efeitos ilusionistas, dando-nos às vezes a impressão

de ver o céu, tal a aparência de profundidade conseguida.

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Pintura barroca Composição assimétrica, em

diagonal; Acentuado contraste de claro-

escuro (expressão dos sentimentos);

Realismo; Abrange todas as camadas

sociais; Escolha de cenas no seu

momento de maior intensidade dramática (dramaticidade).

Principais pintores barrocos: Caravaggio, Andrea Pozzo,

Velázquez, Rubens, Rembrandt Infanta Margarida

da Áustria - Velázquez

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Os jogadores de cartas (1594) – Caravaggio.

A lição de Anatomia do Dr. Tulp (1632) – Rembrandt

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Escultura barroca Predomínio das linhas curvas, dos drapeados das vestes e do

uso do dourado; Os gestos e os rostos das personagens revelam emoções

violentas e a dramaticidade desconhecida no Renascimento.

Um dos mais importantes escultores desse período foi Bernini

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Barroco brasileiro O estilo Barroco desenvolveu-se

plenamente no Brasil durante o século XVIII, perdurando ainda no início do século XIX. O Barroco brasileiro é claramente associado à religião católica.

O ponto culminante da integração entre arquitetura, escultura, talha e pintura aparece em Minas Gerais, sem dúvida a partir dos trabalhos de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho

Detalhe do “Cristo carregando a cruz”, madeira policromada – Aleijadinho –

Santuário de Bom Jesus de Matosinhos/MG

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Uma das obras de Aleijadinho, O Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, em Congonhas do Campo/MG, é constituído por uma igreja em cujo adro (pátio frontal da igreja) estão as esculturas em pedra-sabão de doze profetas, cada um desses personagens numa posição diferente e executando gestos que se coordenam dando a impressão de estarem se movimentando.

Detalhe do busto do Profeta Daniel , em pedra sabão, por Aleijadinho – Santuário

de Bom Jesus de Matosinhos/MG

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Igreja de São Francisco de Assis

Ouro Preto/MG

Parte interna do Mosteirode São Bento /RJ

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Outro grande escultor barroco brasileiro foi Manuel da Costa Ataíde, Mestre Ataíde - suas pinturas em tetos das igrejas seguiam as características do estilo Barroco, e aliavam-se perfeitamente às esculturas e arquitetura de Aleijadinho. Obra Destacada: Pintura do Teto da Igreja de São Francisco de Assis.

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Rococó é o estilo artístico que surgiu na França como desdobramento do Barroco, mais leve e usado inicialmente em decoração de interiores.

Os temas utilizados eram cenas eróticas ou galantes da vida cortesã e da mitologia, pastorais, referências ao teatro italiano da época, motivos religiosos e farta estilização naturalista do mundo vegetal em ornatos e molduras. Uso abundante de formas curvas e

pela profusão de elementos decorativos, tais como conchas, laços e flores;

Possui leveza, elegância, alegria, ostentação, vaidade e exuberância. A leitora (1770/72) -

Fragonard

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Arquitetura Rococó Durante o Iluminismo, entre 1700 e 1780, o Rococó foi a principal

corrente da arte e da arquitetura Pós-Barroca. Nos primeiros anos do século XVIII, o centro artístico da Europa transferiu-se de Roma para Paris. Surgido na França, o Rococó era a princípio apenas um novo estilo decorativo. 

Cores vivas substituídas por tons pastéis; A luz difusa inundou os interiores por meio de numerosas

janelas; Relevo abrupto das superfícies deu lugar a texturas suaves; A estrutura das construções ganhou leveza e o espaço interno

foi unificado, com maior graça e intimidade; Douramento e texturas suaves.

Principal artista: Johann Michael Fischer,

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Escultura Rococó

Na escultura e na pintura da Europa oriental e central, ao contrário do que ocorreu na arquitetura, não é possível traçar uma clara linha divisória entre o Barroco e o Rococó. Mais do que nas peças esculpidas, é em sua disposição dentro da arquitetura que se manifesta o Rococó, com toda sua exuberância e luxo ornamentando o interior das igrejas.

Retábulo (altar) Estilo Rococó

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Pintura Rococó No final do reinado de Luís

XIV, em que se afirmou o predomínio político e cultural da França sobre o resto da Europa, apareceram as primeiras pinturas Rococós sob influência da técnica de Rubens. Principais pintores:

Antoine Watteau, François Boucher, Jean-Honoré Fragonard

Personagens da comédia italianaAntoine Watteau

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Nas duas últimas décadas do século XVIII e nas três primeiras do século XIX, uma nova tendência estética predominou nas criações dos artistas europeus. Trata-se do Neoclassicismo (neo = novo), que expressou os valores próprios de uma nova e fortalecida burguesia, que assumiu a direção da Sociedade européia após a Revolução Francesa e principalmente com o Império de Napoleão.

Características gerais: Retorno aos modelos antigos greco-romanos; Academicismo nos temas e nas técnicas, isto é, sujeição aos

modelos e às regras ensinadas nas escolas ou academias de belas-artes;

Arte entendida como imitação da natureza.

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Arquitetura neoclássica A arquitetura neoclássica seguiu o modelo dos templos

greco-romanos ou o das edificações do Renascimento italiano.

Museu Nacional – Quinta da Boa Vista/RJArco do Triunfo – Paris/França

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Pintura neoclássica

Foi inspirada principalmente na escultura clássica grega e na pintura renascentista italiana

Características: Formalismo na composição; Exatidão nos contornos; Harmonia do colorido.

Principais pintores: Jacques-Louis David, Jean-Auguste-Dominique Ingres

Morte de Marat (1793)

Jacques-Louis David

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Estudo do nu (1801) – Ingres A fonte (1856) - Ingres

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A arte romântica se opôs ao racionalismo da época da Revolução Francesa e de seus ideais, propondo a elevação dos sentimentos acima do pensamento.

Os artistas românticos procuraram se libertar das convenções acadêmicas em favor da livre expressão da personalidade do artista.

Características gerais: A valorização dos sentimentos e da imaginação; O nacionalismo; A valorização da natureza como princípios da criação

artística; Os sentimentos do presente, tais como: Liberdade,

Igualdade e Fraternidade.

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Arquitetura e escultura românticas

A escultura e a arquitetura registram pouca novidade. Observa-se, a grosso modo, a permanência do estilo anterior, o neoclássico. Vez por outra retomou-se o estilo gótico da época medieval, gerando o Neogótico.

Catedral São Pedro de Alcântara Petrópolis

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Palácio da Ilha FiscalBaía da Guanabara, RJ

Igreja N. Sra. das GraçasXerém - Duque de Caxias/RJ

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Pintura romântica Características:

Aproximação das formas barrocas; Composição em diagonal sugerindo

instabilidade e dinamismo ao observador; 

Valorização das cores e do claro-escuro;

Dramaticidade. Temas da pintura:

Fatos reais da história nacional e contemporânea da vida dos artistas;

Natureza revelando um dinamismo equivalente as emoções humanas;

Mitologia Grega.

Principais pintores: Goya, Turner, Eugène Delacroix 

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Em 1816, desembarca no Brasil a Missão Artística Francesa, contratada para fundar e dirigir no Rio de Janeiro uma Escola de Artes e Ofícios. Em 1826 é fundada a Academia Imperial de Belas-Artes, futura Academia Nacional de Belas-Artes, que adota o gosto neoclássico europeu.

Alguns artistas que trazem a Arte Neoclássica para o Brasil foram: Debret, Rugendas e Taunay. Um dos pintores brasileiros que se destaca é Rafael Mendes Carvalho, entre outros

Fachada da Academia Imperial de Belas-Artes (projetada por

Montigny) Foto Marc Ferrez/1891

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Características da Arte Acadêmica

Uma das principais características é seguir os padrões de beleza da Academia de Belas Artes, ou seja: Não se deve imitar a realidade, mas

tentar recriar a beleza ideal em suas obras, por meio da imitação dos clássicos, principalmente os gregos, na arquitetura e dos renascentistas, na pintura.  

Casa França-Brasil – Montigny

Negra vendendo caju (1827) Jean-Baptiste

Debret

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Romantismo brasileiro

Romantismo brasileiro se confunde com o Neoclassicismo (com a Arte Acadêmica) no Brasil por ter influências da Missão Artística Francesa, mas ao contrário do que usualmente se supõe, foi uma junção de estilos muito diferenciados e que não raro entravam em oposição. Os críticos também não chegaram a um acordo na definição do estilo romântico ou sequer sobre se podemos dizer que houve um "movimento" romântico como geralmente se idealiza o termo.

Caipira picando fumo (1893) Almeida Júnior

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Independência ou Morte (1888) - Pedro Américo

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A pintura do Romantismo brasileiro foi a principal expressão das artes plásticas no Brasil na segunda metade do século XIX.

A pintura do Romantismo brasileiro girou principalmente em torno do movimento nacionalista que encontrou expressão maior na reconstrução visual de eventos históricos importantes, no retrato da natureza e dos tipos populares, como caipiras e índios, por exemplo.

Alguns artistas românticos brasileiros: Pedro Américo, Vitor Meireles, Almeida Júnior, Manoel de Araújo Porto-alegre, Rodolfo Amoedo.

Índios (séc. XIX) Rugendas

A primeira missa no Brasil (1861) Victor Meirelles