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Prof. Anderson 9º ano Colégio Japão 2016 EXPERIÊNCIA DEMOCRÁTICA BRASILEIRA (1945- 1964)

Experiência democrática brasileira (1945-1964)

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Page 1: Experiência democrática brasileira (1945-1964)

Prof. Anderson9º ano

Colégio Japão2016

EXPERIÊNCIA DEMOCRÁTICA

BRASILEIRA (1945-1964)

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Reorganização político-partidária: UDN – União Democrática Nacional: Antigetulista e anticomunista;

defesa do liberalismo econômico; base na classe média PTB – Partido Trabalhista Brasileiro: movimento sindical; getulista;

nacionalista, defesa dos direitos trabalhistas. PSD – Partido Social Democrático: getulista; base burocrática e rural; PCB – Partido Comunista Brasileiro: defesa da luta antifascista e

antiimperialista.Movimento QueremistaGolpe contra GetúlioEleições: Brg. Eduardo Gomes (UDN) x Gal. Eurico

Gaspar Dutra (PSD)Vitória de Dutra, com apoio de Getúlio e do PTB.

FIM DO ESTADO NOVO

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FIM DO ESTADO NOVO

Eurico Gaspar Dutra

Movimento queremista

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Assembleia Nacional Constituinte de 1946 – democrata, liberal, liberdade partidária, limitações no direito ao voto.

Alinhamento aos EUA na Guerra Fria: rompimento de relações diplomáticas com a URSS e cassação do registro do PCB em 1947.

Política econômica liberal e de controle de gastos fracasso

Retomada da política interventora: Plano SALTE (saúde, alimentação, transporte e energia)

Eleições de 1950: Getúlio Vargas (PTB-PSP) X Brig. Eduardo Gomes (UDN)

PSD: lançou Cristiano Machado, mas apoiou Vargas.Vitória e retorno de Vargas

GOVERNO DUTRA (1946-1951)

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Políticas de incentivo a modernização e industrialização – política de desenvolvimento econômico nacional.

Campanha “O Petróleo é nosso!” e criação da Petrobras

Incentivo ao Capital econômico Nacional: superação da dependência do capital estrangeiro

Democracia e nacionalismo: criação de estatais

GOVERNO VARGAS (1951-1954)

Getúlio Vargas

Cartaz da campanha “O Petróleo é nosso!”

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Crise do governo (1953-1954) Crise econômica e protestos operários – Greve dos 300 mil Política mais à esquerda: aumento do salário mínimo em

100% pelo ministro do Trabalho, João Goulart críticas da oposição udenista e da alta oficialidade militar, contrárias as políticas nacionalistas e populares do governo.

Deputado Carlos Lacerda (UDN-Guanabara): principal opositor a Vargas

Atentado da rua Tonelero contra Lacerda: morte do Major Ruben Vaz

Movimentação dos opositores para derrubar Vargas: resistência de Vargas em renunciar

24 de agosto de 1954: suicídio de Vargas impede o golpe Comoção popular: Depredações nas ruas do Rio de Janeiro

e Porto Alegre Fracasso do golpe: o tiro de Vargas derrotou os golpistas.

GOVERNO VARGAS (1951-1954)

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A CARTA-TESTAMENTO"Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios de domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei de lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. Quis criar liberdade nacional na potencialização das nossas riquezas através da Petrobrás e, mal começa esta a funcionar, a onda de agitação se avoluma. A Eletrobrás foi obstaculada até o desespero. Não querem que o trabalhador seja livre.Não querem que o povo seja independente. Assumi o Governo dentro da espiral inflacionária que destruía os valores do trabalho. Os lucros das empresas estrangeiras alcançavam até 500% ao ano. Nas declarações de valores do que importávamos existiam fraudes constatadas de mais de 100 milhões de dólares por ano. Veio a crise do café, valorizou-se o nosso principal produto. Tentamos defender seu preço e a resposta foi uma violenta pressão sobre a nossa economia, a ponto de sermos obrigados a ceder.Tenho lutado mês a mês, dia a dia, hora a hora, resistindo a uma pressão constante, incessante, tudo suportando em silêncio, tudo esquecendo, renunciando a mim mesmo, para defender o povo, que agora se queda desamparado. Nada mais vos posso dar, a não ser meu sangue. Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço em holocausto a minha vida.Escolho este meio de estar sempre convosco. Quando vos humilharem, sentireis minha alma sofrendo ao vosso lado. Quando a fome bater à vossa porta, sentireis em vosso peito a energia para a luta por vós e vossos filhos. Quando vos vilipendiarem, sentireis no pensamento a força para a reação. Meu sacrifício vos manterá unidos e meu nome será a vossa bandeira de luta. Cada gota de meu sangue será uma chama imortal na vossa consciência e manterá a vibração sagrada para a resistência. Ao ódio respondo com o perdão.E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História."

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GOVERNO VARGAS (1951-1954)

Carlos Lacerda Jornal noticia a morte de Vargas

Carros do jornal O Globo queimados em protesto a favor de Vargas.

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Vice de Getúlio, mas próximo da UDN – ministério ligado ao partido opositor a Vargas

Eleições de 1955: Juscelino Kubitschek – conhecido como JK – ao lado de João Goulart como vice (Chapa PSD-PTB): ambos vencem.

Tentativa da UDN e de oficiais militares de impedir a posse de JK: argumento de que não tinham atingido os 50% dos votos.

Renúncia de Café e posse de Carlos Luz, ligado aos golpistas.

Contragolpe preventivo do Gal. Henrique Lott: destitui Luz e garante a posse de JK

GOVERNO CAFÉ FILHO (1954-1955)

Café Filho

Panfleto da campanha de JK e Goulart

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Política nacional-desenvolvimentista: investimento no capital nacional e atração do capital estrangeiro: as multinacionais

Plano de Metas: “50 anos em 5” – Aumento da produção de bens de consumo e de base

Automóvel: símbolo da era JK – atração da indústria automobilística.

Construção de hidrelétricas, investimento em estradas, crescimento econômico substancial do país.

Construção de Brasília – nova capital do país FMI – sugestão de controle de gastos ao governo: recusa

de JK e rompimento com o Fundo Monetário Internacional. Período de crescimento do PTB e de aliança trabalhista e

comunista nos movimentos sociais e na política. Crescimento da Classe Média: o carro como símbolo. Eleições de 1960: Gal. Lott (PSD) perde para Jânio Quadros

(PTN), outsider eleito com o apoio da UDN. João Goulart (PTB) foi eleito vice novamente.

GOVERNO JK (1956-1961)

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GOVERNO JK (1956-1961)

Inauguração de Brasília em 1960

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GOVERNO JK (1956-1961)

JK em Brasília

Propaganda do Romi-Iselta, primeiro carro produzido no Brasil

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Quadros: eleito com discurso moralista e anticorrupção Política econômica ortodoxa – Contenção de gastos e

adequação a proposta do FMI Iniciativas moralistas: proibição do uso do biquíni, da briga de

galo e do lança-perfume Política Externa Independente: reaproximação com a URSS,

política autônoma em relação aos polos da Guerra Fria, apoio às nações africanas.

Política econômica agradava a UDN, Política Externa agradava as esquerdas: No fim, Jânio não agradava ninguém...

Renúncia e crise da Legalidade: 25 de agosto de 1961: Jânio renuncia ao cargo acreditava que

não aceitariam Goulart por ser “comunista” e os manteriam na presidência com mais poderes.

Congresso aceitou a renúncia e os ministros militares tentam impedir a posse de João Goulart por seu histórico mais à esquerda.

Goulart estava na China durante a crise.

GOVERNO QUADROS (1961)

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Porto Alegre: governador do Rio Grande do Sul Leonel Brizola liderou movimento contra a tentativa de golpe militar

Rede da legalidade Apoio do III Exército a Legalidade praticamente encerra a

crise. Congresso aprova a posse de Goulart, mas sob o regime

parlamentarista: É presidente, mas não governa, de fato. 7 de setembro de 1961: Goulart tomava posse como

presidente.

GOVERNO QUADROS (1961)

População em apoio a Legalidade, em Porto Alegre

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GOVERNO QUADROS (1961)Jânio em campanha em 1960.

Vassoura: símbolo da campanha de Jânio

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JINGLE DO JÂNIO

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MOVIMENTO DA LEGALIDADE

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MOVIMENTO DA LEGALIDADE

Da esq. Para dir.: Goulart, Brizola e Machado Lopes.

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GOVERNO GOULART (1961-1964)Período Parlamentarista (1961 a 1963) Recuperação dos poderes presidencialistas: desgaste do

sistema parlamentar. Defesa das reformas de Base e pressão das esquerdas para

Goulart assumir um programa reformista, nacionalista e popular

Plebiscito sobre o sistema de governo de 6 de janeiro de 1963: retorno do presidencialismo.

Pressão das direitas- desestabilização do governo via IPES/IBAD: organizações anticomunistas e que financiavam políticos, militares e empresários contra o governo.

Tentativa de negociar reformas via Congresso de Goulart, com o apoio do PSD: fracasso.

Período presidencialista (1963-1964) Radicalização política: Goulart entre as direitas e as esquerdas Plano Trienal: política econômica ortodoxa para garantir o

desenvolvimento: sem apoio entre empresários e trabalhadores.

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GOVERNO GOULART (1961-1964) Pressão pelas reformas Reforma Agrária: todos eram a favor, o

problema era COMO fazê-la. Esquerdas: reforma radical, desapropriando terras sem indenizãção Direitas: reforma light, cedendo apenas terras improdutivas e com

indenização Nenhum lado recuava: sem acordo, sem reformas. Aumento da crise: rebelião dos sargentos em Brasília, em 1963 e

consequente anistia pelo governo crise militar: muitos oficiais já não aceitavam Goulart, agora o viam como apoiador da quebra da hierarquia e da disciplina militar, caras a instituição.

Formação da Frente de Mobilização Popular (FMP): união das esquerdas sob liderança de Brizola para pressionar o governo pelas reformas de Base.

1964: Goulart optou pelas esquerdas e pelas reformas Comicio da Central do Brasil, em 13 de março de 1964

Reação da oposição civil e militar: Marcha da Família com Deus pela Liberdade

Estopim: Rebelião dos Marinheiros e discurso de Goulart em evento de subalternos militares os golpistas reagem e o derrubam da presidência: consolida-se o golpe civil-militar de 1964. em 31 de março..

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GOVERNO GOULART (1961-1964)

João Goulart Jornal noticia sobre o Comício da Central do Brasil.

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GOVERNO GOULART (1961-1964)

Fala-se em 200 mil pessoas no Comício.

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GOVERNO GOULART (1961-1964)

Imagens da Marcha da família...

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GOVERNO GOULART (1961-1964)

Tanques ocupam o RJ em 1° de abril de 1964.

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BibliografiaFICO, Carlos. História do Brasil

Contemporâneo, 2015.FERREIRA, J; FARIA, S.; VAINFAS, R.;

SANTOS, G. História 3, editora Saraiva, 2013.