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Nossa Horta
QUINTAL ITINERANTEQuintal Itinerante (facebook), www.quintalorganico.blogspot.com.br
ago / set 2016 – SESC Santo André
A ação “Nossa Horta” consiste na construção de um canteiro em formato de mandala dentro de um espaço que já havia recebido intervenções anteriores (espiral de ervas) e que futuramente continuará sendo transformado. Além da obra em si, com técnicas da bioarquitetura (uso de materiais naturais), temos como grande objetivo compartilhar com as crianças do Curumim do SESC Santo André, informações sobre Agroecologia, Alimentação Saudável, ArtEducação Ambiental, entre outros temas.
O QUINTAL ORGÂNICO surgiu em 2005 idealizado pela socióloga e educadora ambiental Ana Luiza Frari, num terreno cedido pela Eletropaulo (companhia de energia elétrica) na cidade de São Caetano do Sul, com a ideia de desenvolver experiências de agricultura urbana. Algumas pessoas se interessaram e se aproximaram e em 2009 o grupo se transformou em coletivo social e a proposta passou a interagir mais fortemente com outras comunidades organizadas pelo ABC paulista. Em 2012 o espaço físico foi devolvido e o ativismo segue atualmente em ações / produções educativas, artísticas e de intercâmbios múltiplos e assume o nome de QUINTAL ITINERANTE.
1ª semana
- introdução - sensibilização
- mandala com sementes- deslocamento dos materiais
4 e 5 ago
Procedimentos
Os primeiros encontros com as crianças do Curumim se caracterizaram pela sensibilização e pela explicação que construiríamos um canteiro em formato de mandala ao longo dos meses de agosto e setembro. Foi feita uma dinâmica de grupo chamada “corrente solidária” para o deslocamento dos tijolos e também seu posicionamento para desenhar o formato da construção no solo.
Dinâmica inicial de sensibilização na espiral de ervas, estrutura construída anteriormente
Dinâmica inicial de sensibilização através da observação de materiais
diversos e conversas abertas
Foram analisados cartazes e outras publicações relativas à Agroecologia e às possibilidades de um canteiro mandala e também realizado um exercício visual com sementes. Muitas trocas de ideias entre os jovens e os educadores.
“Corrente solidária“ para o deslocamento dos tijolos
Dinâmicas visuais e corporais com sementes
para sensibilização e compreensão dos
conceitos da mandala
2ª semana
- preparo do barro para o assentamento dos tijolos
- bolas de sementes- mutirão
9 a 13 ago
Procedimentos
A etapa começou com o preparo da massa para assentar os tijolos.Receita:- terra de subsolo- água- palhaEssa mistura é mexida com os pés descalços em movimentos circulares, o que ajuda a promover a integração do grupo.Entre uma fiada de assentamento dos tijolos e outra, tivemos uma vivência sobre Bolas de Sementes, técnica de plantio natural criado pelo agrônomo japonês Fukuoka, inspirado na Natureza, e consiste em modelar uma massa de argila com adubo, acrescentar as sementes
“
Preparo do barro para o assentamento dos tijolos
Assentamento dos tijolos com o barro
e criar uma pequena bola, deixar secar por pelo menos 2 horas podendo atira-la em diferentes espaços (parques, canteiros de avenidas, terrenos baldios, etc). Os sábados foram pensados para os mutirões abertos à comunidade. Neste mutirão aconteceu uma roda de Coco, manifestação cultural afrobrasileira que remete aos trabalhos comunitários ainda hoje realizados em muitas localidades do nordeste do Brasil, onde a música e o trabalho se relacionam de maneira festiva. Nesse primeira semana concluímos o assentamento dos tijolos.
Vivência com as Bolas de Sementes
Mutirão de assentamento de tijolos e roda de Coco
Procedimentos
Adentramos a fase do reboco natural, a cobertura protetora e estética dos tijolos assentados. Nela utilizamos outra massa feita com:- terra de subsolo- areia lavada- esterco- óleo de linhaça- goma de polvilho doce - água
Preparo do barro para o reboco natural
Preparo do barro parao reboco natural
Rebocar as paredes do canteiro foi um desafio para o grupo que lançou mão de experimentações como primeiramente atirar o barro a certa distância; depois brincamos de rebocar com as colheres de pau, até que conseguimos acertar a dinâmica utilizando as espátulas.No mutirão do sábado dia 20 iniciamos a atividade do reboco mas logo tivemos de interromper por conta da chuva (que poderia danificar o trabalho).
Preparo do barro para o reboco natural
Aplicação do reboco natural no canteiro mandala
4ª semana23 a 27 ago
- término do reboco- quebra dos tijolos + drenagem
- degustações verduras e legumes- mutirão
Procedimentos
Avançamos nessa semana com o reboco dos tijolos e logo passamos à fase de embelezamento da mandala, alisando a massa com as mãos molhadas e em seguida incluindo algumas pedras brancas. Concluída essa tarefa, iniciamos a “quebra dos tijolos” que restaram para a criação de um sistema de drenagem para o canteiro. Os tijolos colocados no fundo da estrutura permitem que a água da rega e das chuvas escoe e não encharque o canteiro, apodrecendo sementes e raízes das plantas. Além dos cacos de tijolos também foram colocados
Finalização do reboco natural
Quebra dos tijolos para preparo da drenagem
pedaços de gravetos, galhos e folhas secas.A dinâmica de degustação de verduras e legumes nesse momento teve um papel pedagógico, educativo, ressaltando a importância do plantio e consumo de itens produzidos sem o uso de agrotóxicos.Nesse mutirão, antes da prática, tivemos um encontro com os pais no auditório, no qual apresentamos vídeo-reportagem da história do Quintal Orgânico e fizemos circular materiais didáticos já utilizados anteriormente com as crianças. Depois partimos para o preenchimento do canteiro, com terra já adubada e utilizamos os mesmos princípios de cooperação dos esforços. Ao finalizar o encontro, apresentamos uma composição musical criada naquela manhã e fizemos uma Ciranda de celebração.
Preenchimento do canteirocom teera adubada
Degustação de verduras e legumes
Palestra no auditório do SESC Santo André
Separação das espécies para o plantio (peixinho, brócolis, alface, etc)
Preparação da coberturade palhas secas
Procedimentos
Peixinho, brócolis, alface, repolho, rúcula, beterraba, entre outras...O mutirão de plantio se iniciou também no auditório numa breve explicação sobre plantas companheiras e antagônicas, informando que o plantio agroecológico seria consorciado entre espécies diferentes.Na prática externa, organizados em grupos de pais, filhos e educadores do Curumim, realizamos o plantio mantendo a cobertura do solo com palhas secas. Terminamos com uma roda de Capoeira no centro do canteiro mandala homenageando o fechamento do projeto.
Dinâmica de encerrramento com todos os participantes
Erva doce e citronela para criação de proteção contra vento e sol
Carlos Rogerio
Educador popular, artista multilinguagens, comunicador
comunitário, investigador autônomo, etc. Criador do Projeto OFICINATIVA e da
AfroEscola. No projeto Nossa Horta atuou com os registros e
publicação de conteúdos.
MariaDias
Culinarista, artesã e pesquisadora das Culturas
Populares, dinamiza o COMIDA DE QUINTAL, empreendimento
social que valoriza a alimentação tradicional. Participa em diferentes
iniciativas e projetos artísticos, culturais e ambientais.
ThiagoPrates
Arte-educador ambiental com experiências em Permacultura, Bioconstrução e Agroecologia.
Colaborou com diversos coletivos sociais do ABC e de
SP nos últimos 10 anos. É Técnico em Gestão Ambiental e
está concluindo a graduação em Ciências Biológicas.
Ana LuizaFrari
Atua há mais de 20 anos na Educação Popular e desde 2005
com Educação Ambiental, a partir da criação do QUINTAL
ORGÂNICO, espaço social localizado em São Caetano do Sul com foco na agricultura.
Como articula-educadora prioriza ações eco-urbanas
(mutirões e hortas).