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Brasil hoje - diagnóstico e 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida (em português)

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Este artigo geográfico, produzido propriamente, mostra as características espaciais e sociais do Brasil hoje e dos últimos 50 anos mais 4 anos do Governo Lula. Há 12 motivos e soluções para tornar um país sustentável e com padrão de vida desenvolvido, organizando assim o espaço geográfico, que depende do trabalho entre o Governo e a Sociedade. Ele tem forma de protesto que toda a população precisa agir e lutar os objetivos para tornar o país de todos (quanto ao espaço físico tanto ao espaço social). A obra é gratuita (em versão digitalizada) e todos os usuários podem baixar este arquivo (seja em formato de PDF ou arquivo de texto comum). Mais informações, entrem em contato comigo (que se encontra na página 4 desta obra, os endereços). Em breve, haverá este trabalho em versão espanhola e inglesa.

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Caio Cesar Silva Cruz

Brasil hoje — diagnóstico e 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida

desenvolvida

Ajudando a solucionar os problemas físicos e sociais e organizar espaço geográfico do Brasil

Porto Velho, Rondônia, Brasil – outubro de 2011

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FICHA TÉCNICA

Digitado, escrito e criado propriamente e independentemente por: Caio Cesar Silva Cruz (fevereiro/1989) Alguns direitos reservados (Creative Commons) Na versão digitalizada, você pode:

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Atribuição: Você deve dar crédito ao autor original, da forma especificada pelo autor ou licenciante. É vedada a modificação, a alteração e a reedição desta publicação (obras derivadas).

Esta obra é gratuita (versão digitalizada e com licença livre) e paga (versão impressa da gráfica e com licença paga ao responsável do artigo).

Gráfica responsável pela impressão:

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Sumário INTRODUÇÃO E APRESENTAÇÃO ............................................................................................................................ 7

DIAGNÓSTICO DE DESENVOLVIMENTO E QUALIDADE DE VIDA DO TERRITÓRIO BRASILEIRO HOJE ........................... 8 Dois “Brasis”: Brasil moderno e Brasil arcaico ....................................................................................................... 8 Dia-a-dia da população do Brasil e seus espaços físicos ......................................................................................... 8

Habitação ...................................................................................................................................................... 8 Transportes coletivo e individual ...................................................................................................................... 9 Planejamento populacional e familiar ............................................................................................................... 9 Emprego e trabalho ...................................................................................................................................... 10 Educação .................................................................................................................................................... 10 Saúde (hospitais, postos de saúde e prontos-socorros) .................................................................................... 10 Renda absoluta e relativa .............................................................................................................................. 11 Estrutura tributária ....................................................................................................................................... 11 Agricultura e pecuária ................................................................................................................................... 11 Saneamento ambiental ................................................................................................................................. 11 Áreas verdes................................................................................................................................................ 12 Eletricidade e fontes de energia ..................................................................................................................... 12 Transportes rodoviários ................................................................................................................................ 12 Transportes ferroviários e navegações fluviais ................................................................................................ 13 Criminalidade e segurança ............................................................................................................................ 13

Por que o Brasil e o restante da América Latina estão no mundo subdesenvolvido e os Estados Unidos e o Canadá estão no mundo desenvolvido?.......................................................................................................................... 13

BRASIL — O RETRATO DOS ÚLTIMOS 50 ANOS MAIS 4 DO GOVERNO LULA (EVOLUÇÃO GEOGRÁFICA POLÍTICA, SOCIAL E ECONÔMICA) ........................................................................................................................................ 15

1956—1964 ..................................................................................................................................................... 15 1964—1985 ..................................................................................................................................................... 15 1985—1994 ..................................................................................................................................................... 16 1995—2002 ..................................................................................................................................................... 16 2003—2010 ..................................................................................................................................................... 17

VAMOS PENSAR UM POUCO DAS IMAGENS ............................................................................................................ 18 MÉTODOS DE UM DOS 12 MOTIVOS ..................................................................................................................... 46

Teoria de prazos geográficos............................................................................................................................. 46 Teoria de manifestações geográficas ................................................................................................................. 46

12 MOTIVOS PARA TORNAR UMA NAÇÃO SUSTENTÁVEL E COM QUALIDADE DE VIDA DESENVOLVIDA ...................... 48 Alimentação e agricultura ................................................................................................................................. 48 Áreas mais verdes e destino do lixo ................................................................................................................... 48 Cidadania e combate à criminalidade ................................................................................................................. 49 Distribuição de renda ....................................................................................................................................... 50 Educação ........................................................................................................................................................ 50 Eletricidade e fontes alternativas de energia ....................................................................................................... 51 Estrutura tributária ........................................................................................................................................... 52 Habitação e reurbanização ................................................................................................................................ 52 Planejamento populacional ............................................................................................................................... 53 Saúde e saneamento ambiental ......................................................................................................................... 53 Transportes de cargas e de pessoas .................................................................................................................. 54 Turismo (cultura e lazer) .................................................................................................................................. 55

CONSIDERAÇÕES FINAIS ..................................................................................................................................... 57 GLOSSÁRIO ......................................................................................................................................................... 58 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS E PESQUISAS INTERPRETATIVAS ........................................................................... 59 ANEXOS – ESTATÍSTICOS ................................................................................................................................ 60

País comparando com outro país ....................................................................................................................... 61

Aspectos físicos do Brasil .................................................................................................................................. 63 Estados brasileiros e Distrito Federal .................................................................................................................. 64

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Dicas e dúvidas sobre a publicação CONTATOS:

Quaisquer dúvidas, sugestões ou críticas sobre esta obra? Entre em contato nos seguintes endereços eletrôni-cos:

E-mail: [email protected] ou [email protected]. Facebook: http://www.facebook.com/caiocesar89 (me adicione o meu perfil). Twitter: http://twitter.com/CaioCesar89 (siga-me). Flickr: http://www.flickr.com/photos/caiocesar89 (além de entrar em contato, também poderá ver as minhas

imagens públicas, ainda em expansão, quase todas elas possuem licença livre, da atribuição da Creative Com-mons).

Caso não tem acesso à Internet, também pode enviar uma mensagem de texto ou telefonar no seu telefone ce-lular pelos números: 9224-0975 (Claro) ou 8151-3726 (TIM).

AVISOS e NOTAS: Para comunicar online (exceto e-mail), é necessária em uma das contas dessas redes sociais e com acesso à

Internet. Se for enviar uma mensagem simples no e-mail, também é necessário acesso à Internet e sua conta de qualquer provedor de e-mail.

Serão recusadas as mensagens ou as opiniões que conterem palavrões, ataques pessoais, conteúdos discrimi-natórios, palavras ofensivas e outras violações do Código Civil Brasileiro e das Leis Internacionais dos Direitos dos Cidadãos. Por favor, envia uma ou mais mensagens ou opiniões com responsabilidade.

O envio de um SMS será cobrado pela operadora (Vivo, Claro, TIM, Oi) e o limite do número de caracteres de uma mensagem pode variar por celular que usa (geralmente são 160 caracteres do SMS).

Se for número do telefone celular de outro estado brasileiro, o DDD do estado de Rondônia é 069; se for do ce-lular da TIM, 04169. Quem mora no exterior, mesmo em países vizinhos, o código de área mais DDI é 00+código da operadora+5569. Caso tenha dúvidas de usar DDD (Discagem Direta Distância), entre em conta-to da sua operadora de telefonia móvel.

As dúvidas, as sugestões e as críticas recebidas no e-mail serão respondidas em finais de semana (sábados ou domingos) e dias de feriados nacionais (todo território brasileiro). Já as de SMS serão respondidas em dias irre-gulares, no máximo três mensagens de texto por mês, pois o meu telefone celular é pré-pago.

IMPRESSÃO: Caso deseja imprimir esta publicação, primeiramente pense no planeta:

Imprimem os dois lados de uma folha de papel branco ou de outra cor clara, desde que esteja reciclada ou fa-

bricada em madeira reflorestada. Primeiro imprime as páginas ímpares e, no final, as páginas pares. É recomendável a impressão colorida, porque as fotografias coloridas e os textos de cor azulada saem impres-

sos de boa qualidade semelhantes à tela mostrada no computador. Não desperdice o papel e a tinta do cartucho ou laser. Use moderadamente.

Também pode pedir a impressão em uma das empresas gráficas da sua cidade; será cobrada a impressão por página, os preços podem variar entre a gráfica a outra concorrente. Recomenda-se a impressão colorida e dois lados de uma folha de papel reciclado ou reflorestado, formato A4, e finalmente a encadernação (opcional).

OBSERVAÇÕES: Esta publicação, em versão portuguesa, segue o novo Acordo Ortográfico de 1990, que entrou em vigor em

2009. Entre 2009 a 2012, ainda estão aceitos as duas ortografias: pré-reforma e pós-reforma.

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Minha história Chamo-me Caio Cesar Silva Cruz, (ou Caio César, na documentação) sou discente do curso de licenciatura e

bacharelado de Geografia (turma de 2010 a 2014), da Universidade Federal de Rondônia. Nasci no dia 18 de fevereiro de 1989, no município de Porto Velho (Rondônia, Brasil), na época do Governo

Sarney (1985—1990), e só fui registrado pela mãe e pelos padrinhos (que nasceram no Nordeste Brasileiro). Eu já morei no interior do estado do Maranhão, entre 1995/1996 a 2001. Comecei a estudar, em 1998, no município de Cantanhede (estado do Maranhão), porém só comecei a falar completamente depois, em 1995/1996.

Comecei a gostar de e apaixonar disciplina de Geografia, na infância; o motivo disso é pela leitura de mapas e de imagens dos quatro cantos do território brasileiro e do mundo. Não é só, também pela preocupação e pela luta da sustentabilidade e da questão populacional que acontecerão no espaço geográfico do futuro adiante.

Além de ler e escrever quando o(a) professor(a) passa um trabalho, também gosto de produzir e escrever pro-priamente artigos e livretos explicando sobre espaço geográfico do Brasil e do mundo. Antes eu fazia artigos em manus-crito, com uso de lápis, canetas, lápis de cor, pincéis coloridos e papeis sulfite ou próprio caderno pequeno; era trabalho cansativo e demorado, embora tivessem computadores no Brasil dos anos 1990. Depois, em casa, quando chegou o computador de mesa, scanner, impressora, Internet banda larga e laptop, em 2008 e 2010; comecei a produzir artigos mais rápidos, com uso de softwares gráficos, de processamento de texto, planilhas e editoração eletrônica. Com uso de processo tecnológico ajudou muito para criar um livreto, em formato digital.

Um lado — estudar e criar ideias são minhas prioridades e eu quero me formar um futuro geógrafo, analista de geografia ou analista de geoprocessamento e entrar na carreira do IBGE (preferencialmente), do IBAMA ou das secreta-rias e empresas de planejamento. Do outro lado — eu enfrento dificuldades de comunicar com os amigos em geral, porque eu comecei a falar atrasado e eu sempre tenho problema mental. Embora haja disso, graças à assistência da escola e da igreja, estou seguindo um caminho certo do estudo e do trabalho.

A última escola que eu estudei, antes de entrar na Universidade, foi o Colégio Marcelo Cândia (do bairro Marcos Freire, dirigida pela Santa Marcelina e conveniada pelo Governo do Estado de Rondônia), em 2007 (2º ano) e 2008 (3º ano de ensino médio). A turma desse colégio foi bem-educada e bem legal, só que eu sinto saudades. Eu acredito que a turma do Marcelo Cândia foi mais legal e bem respeitosa. Eu sempre estudei na escola pública e normal.

Em outubro de 2008, fui ao município de Costa Marques junto com 36 colegas de classe mais diretora e profes-sores. Foi primeira excursão que eu fui sem a presença dos pais e primeira vez que fui próxima à fronteira com a Bolívia, cujo limite natural é o rio Guaporé.

Em julho de 2009, fiz o cursinho para conseguir passar do Vestibular do ano 2010 da Universidade Federal de Rondônia. O sonho era cursar Geografia (Licenciatura e Bacharelado), que eu sempre quis. Quando saiu a lista de apro-vados do processo de seleção, consegui a vaga do respectivo curso e entrei na universidade, em fevereiro de 2010. Quando terminar o curso, eu estarei estudando o Mestrado em Geografia, porém em outro estado brasileiro.

“Pense em verde, pois necessitamos mais padrão de vida do espaço geográfico; se não cuidarmos do nosso planeta, nós sofreremos as consequências”.

“O espaço geográfico é muito limitado; só que muitos habitantes pensam que habitar o local não tem limites, mentira!”.

Caio Cesar Silva Cruz

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Abreviaturas e siglas nesta publicação

ANTT — Agência Nacional de Transportes Terrestres. CBTU — Companhia Brasileira de Trens Urbanos. CCR — Companhia de Concessões Rodoviárias. CO2 — Dióxido de Carbono. CPTM — Companhia Paulista de Trens Metropolitanos. CREA — Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia. FAO — Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura. FEPASA — Ferrovia Paulista Sociedade Anônima (não confundir com outra FEPASA, como Ferrovia do Pacífico

Sociedade Anônima, localizada no Chile). IBGE — Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IDH – Índice de Desenvolvimento Humano. OAB — Ordem dos Advogados do Brasil. OMS — Organização Mundial da Saúde. PNAD — Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios. PNUD — Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento. RFFSA — Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima. UNESCO — Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura.

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Introdução e apresentação O artigo Brasil hoje – diagnóstico e 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade

de vida desenvolvida foi criado propriamente aos visitantes e moradores brasileiros de respectivos estados e Distrito Federal. O motivo da criação desta obra é como vai acontecer o Brasil no futuro em sustentabilidade e padrão de vida do espaço geográfico.

Na capa desta obra, mostra uma paisagem natural (árvores e campos) ao lado da paisagem artificial (casas e cabanas) que simboliza um equilíbrio entre sustentabilidade e padrão de vida. Os 12 ícones coloridos, no meio da capa, indicam os 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida.

Este artigo tem por finalidade de caracterizar e analisar sobre a realidade brasileira que estamos vivendo, com-parando hoje e nas últimas cinco décadas e mais quatro anos do segundo mandato do Governo Lula (1956—2010). Foram feitos o diagnóstico do desenvolvimento, da sustentabilidade e da qualidade de vida dos brasileiros hoje e as soluções e as providências que precisam ser feitas para organizar o espaço geográfico do país. Observe que a visão geográfica física e social na obra está em ênfase nacional, ou seja, não tem olhar local nem do estado de origem.

Ela está bem relacionada às disciplinas de Geografia Econômica, Agrária e da População e Geomorfologia Conti-nental; também entra a disciplina de Sociologia, embora não pertença ao curso específico e sim ao de Ciências Sociais, e a optativa de Geografia e Gênero.

Para facilitar a pesquisa e o estudo desta publicação, foram divididas em capítulos: 1. Diagnóstico de desenvolvimento e qualidade de vida do território brasileiro hoje 2. Brasil — o retrato dos últimos 50 anos mais 4 do governo Lula (evolução geográfica política, social e eco-

nômica) 3. Vamos pensar um pouco das imagens 4. Métodos de um dos 12 motivos 5. 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida

O nosso território brasileiro tem dois “Brasis”: Brasil moderno (Primeiro Mundo) e Brasil arcaico (Terceiro Mun-do). O que significa essas duas expressões? E qual é a diferença entre elas? Essas perguntas encontrarão neste artigo, no capítulo: Diagnóstico de desenvolvimento e qualidade de vida do território brasileiro hoje (em seguida Dois “Brasis”: Brasil moderno e Brasil arcaico).

Primeiramente, por que o Brasil e a maioria da América Latina ainda estão no mundo subdesenvolvido (Terceiro Mundo); enquanto os Estados Unidos e o Canadá estão no mundo desenvolvido (Primeiro Mundo)? E é possível tornar o Brasil e a América Latina iguais aos países de Primeiro Mundo? Essas são duas perguntas que os leitores não querem calar e sim reclamar do descaso do desenvolvimento social, ambiental e econômico do espaço geográfico brasileiro feito pelo governo e pela própria população, tudo pela ausência do planejamento deles.

Há doze motivos de como o Brasil pode tornar um país sustentável e com qualidade de vida desenvolvida mis-turada e semelhante aos Estados Unidos, à Europa, à Federação Russa e ao Japão (as maiores superpotências do mun-

do). Esse plano de conversão depende do trabalho conjunto das três esferas do governo e da sociedade civil (190 mi-lhões de “sobreviventes do governo”). Cada um dos doze motivos tem seus métodos, principalmente o prazo geográfico adequado e o tipo de manifestação geográfica, que encontrarão no capítulo: Métodos de um dos 12 motivos.

O pacote de 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida pode ajudar a beneficiar toda a população do Brasil, melhorando a organização do espaço físico limitado e atendendo a demanda de serviços básicos de forma sustentável. Não é somente o Brasil tem que fazer isso, países que estão no mundo subde-senvolvido e em desenvolvimento também têm que inspirar uma das ideias desse pacote.

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Diagnóstico de desenvolvimento e qualidade de vida do território brasileiro hoje

O Brasil está entre um dos dez países mais populosos do mundo e também os maiores por superfície. Está em quinto em população absoluta (com 190 milhões de pessoas, só perde a China, a Índia, os Estados Unidos e a Indoné-sia) e em quinto em dimensões continentais (com pouco mais 8,5 milhões de quilômetros quadrados, atrás da Federa-ção Russa, do Canadá, da China e dos Estados Unidos). Esse país é rico em diversidade natural (unidades de conserva-ção ambiental) e cultural (patrimônios históricos e culturais, e reservas indígenas); também está entre os dez maiores PNBs (Produtos Nacionais Brutos) do mundo.

Embora o Brasil seja mais rico quanto economicamente tanto multicultural e naturalmente, temos a população brasileira com padrão de vida subdesenvolvida (maior parte) e outra com padrão de vida desenvolvida. Acredita-se que a maioria dos pobres não consegue seguir e entrar na qualidade de vida igual aos países desenvolvidos (salários maiores e moradias dignas), porque está ligada à qualidade de ensino público falido ou então não quer seguir o caminho certo ou enfrenta dificuldades de segui-lo.

Os sistemas públicos da saúde e da educação estão cada vez mais estruturados, mas falta a melhorar ainda mais para que esses dois serviços básicos sejam universalizados, com dinheiro dos impostos pagos pela sociedade de forma justa. Com mais detalhes sobre sistema de educação e saúde hoje, veja em Dia-a-dia da população do Brasil e seus espaços físicos.

Dois “Brasis”: Brasil moderno e Brasil arcaico

No quadro abaixo, mostra as 13 grandes diferenças sociais, econômicos e espaciais mais importantes entre o Brasil moderno ou primeiro mundo e o Brasil arcaico ou terceiro mundo.

Brasil moderno (Primeiro Mundo)

Brasil arcaico (Terceiro Mundo)

Condomínios de luxo e residências confortáveis Favelas e cortiços (déficit habitacional)

Carros e motos de luxo Transporte público insuficiente para atender toda

demanda

País multicultural e de futebol Criminalidade e prostituição

Famílias ricas com máximo de dois filhos Famílias pobres com mais de dois filhos

Trabalho com alta qualificação Trabalho infantil e sem qualificação

Mais de 12 anos de estudo Menos de 7 anos de estudo

Saúde universal Sistema Único de Saúde

Entre os dez maiores PNBs e PIBs do mundo Concentração de renda e uma das elevadas cargas tributárias do mundo e pouco retorno

benéfico à sociedade

Grandes propriedades rurais (produtores de soja) Grande concentração fundiária no campo

Acesso à água tratada e rede de esgoto Água dos poços comuns e esgoto a céu aberto

Florestas mais exuberantes Entre os dez países que mais emitem o CO2 e

campeão de desmatamentos

Entre os dez países que mais geram eletricidade

(inclusive as hidrelétricas) Altas tarifas elétricas do mundo

Estradas de rodagem com pedágios (concedidas pelas empresas privadas)

Maior parte da malha rodoviária é por estradas de terra e esburacadas

Esse quadro (acima) explica como as disparidades atingem a sociedade do Brasil, em termos espaciais, econô-micos e sociais. Na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), mostra como a população recebe muitos benefícios e mui-tas vantagens semelhantes às nações industrializadas, só que essa qualidade de vida atinge 3 em cada 10 habitantes brasileiros; e mais fatos excelentes para biodiversidade. Na última coluna Brasil arcaico (Terceiro Mundo), mostra as desvantagens espaciais e econômicas e que a população muito numerosa não recebe benefícios do padrão de vida uni-versalizado ou então não quer ou enfrenta dificuldade de seguir o caminho à qualidade de vida igual aos países desen-volvidos.

Agora, vamos às explicações de como está o Brasil hoje e como as desigualdades espaciais da população atin-gem (em Dia-a-dia da população do Brasil e seus espaços físicos). As soluções para resolver o problema atual do país se encontram no capítulo de 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida.

Dia-a-dia da população do Brasil e seus espaços físicos

Habitação Na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), tem alguns habitantes com rendas e fortunas altíssimas que mo-

ram em condomínios e residências de luxo. Por exemplo: na cidade do Rio de Janeiro (em bairros de Barra da Tijuca,

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Copacabana, São Conrado, Gávea e Ipanema), têm alguns apartamentos perto da praia e de luxo que custam mais equivalente a 1 milhão de reais e são inacessíveis à maioria da população. A população de classe média consegue com-prar habitações confortáveis que custam no máximo de 500.000 reais, com financiamento.

Já a coluna Brasil arcaico (Terceiro Mundo) é bem diferente, maiores metrópoles e cidades médias têm áreas faveladas e cortiços. A causa do surgimento desse tipo de habitação é a migração rural-urbana (êxodo rural intenso) e entre regiões administrativas feitas pela população que vive na pobreza, com trabalho sem qualificação, nível de escola-ridade baixíssima e família com mais filhos, em busca de melhores condições de vida. Por isso, a população dessas ca-racterísticas enfrenta dificuldades de conseguir o emprego e adquirir a moradia digna. Têm famílias desse tipo que inva-dem terrenos para construir habitações sem mínimas condições confortáveis e outras constroem em morros (que correm risco de deslizamentos de terra, causada pela retirada da vegetação), pois eles não têm pra onde ir ou morar.

Segundo a agência das Nações Unidas, UN—HABITAT, 26,4% da população urbana do Brasil mora em favelas. Boa parte delas fica na região Sudeste do Brasil.

Os dois exemplos de realidade entre o luxo e a miséria que aparecem nas imagens do cotidiano: entre favela da Rocinha e Condomínios de São Conrado (no Rio de Janeiro), e entre qualquer favela e condomínios do bairro Morumbi (em São Paulo).

A concentração de renda, a falta de políticas habitacionais e o déficit habitacional relacionam a esse impacto. A maioria das áreas faveladas enfrenta problemas sociais, como a criminalidade, o tráfico de drogas, a ausência dos servi-ços públicos e sem regularização fundiária. Outros países em desenvolvimento e subdesenvolvidos também enfrentam o problema habitacional, como México, Argentina, Venezuela, África do Sul, Índia e China.

Transportes coletivo e individual Vêm que, na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), há habitantes que usam transportes individuais, tais co-

mo automóveis e motocicletas. Em termos relativos, há 158 automóveis por 1.000 habitantes no Brasil, cinco vezes menos que nos Estados Unidos (765 por 1.000 habitantes), segundo o site estatístico de NATION MASTER (http://www.nationmaster.com/graph/). Alguns cantos do território brasileiro têm carros de luxo e importados (avaliados em mais de 500.000 reais) mais usados em artistas e empresários ou filhos deles. Embora o número de transportes individuais aumente, a maioria da população usa em transportes coletivos, em função de menor gasto de combustível e de consciência ambiental.

Na coluna Brasil arcaico (Terceiro Mundo), ao lado de carros e motos de luxo, explica que os transportes públi-cos (seja em ônibus, metrô, trens urbanos), mesmo bem estruturados em várias metrópoles e cidades médias, operam a capacidade de passageiros acima do normal em horários comerciais. Por isso está dizendo transportes públicos insufici-entes para atender toda a demanda populacional, para quem pretende de deslocar da casa ao trabalho e vice-versa; falta de planejamento da prefeitura ou das regiões metropolitanas e também da população onde quer morar e viver em espaço físico. Os países com mais de 500 automóveis por 1.000 habitantes enfrentam o mesmo problema: mais gente anda de carros e menos gente, de transportes públicos.

Com mais carros circulando e transportes públicos insuficientes aumentam congestionamentos, mais gasto de combustível, poluição e acidentes de trânsito, gerando prejuízos financeiros para empresas e motoristas. A população

que usa transportes individuais não adianta reclamar de congestionamentos, devido à falta de espaço físico das áreas urbanas e ao crescimento populacional (a maioria migratória).

Se todos os habitantes do planeta — principalmente o nosso país — tivessem automóvel, a atmosfera seria in-suportável. Quanto mais carros circulando, mais fica pior a qualidade do ar.

Planejamento populacional e familiar É bom que todo casal (homem e mulher) tem direito a formar uma família com filhos e seus parentescos, po-

rém essa formação tem que ser moderada e planejada para que todos tenham acesso a serviços básicos (educação e saúde), sejam públicos ou privados. O número de filhos tidos por mulher e a idade de primeira fecundação são inversa-mente proporcionais à educação da população feminina.

A estrutura familiar geralmente tem diferenças entre ricos e pobres, conforme no quadro de Dois “Brasis”. Na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), há mais famílias de classe média e alta e poucas famílias de baixa

renda com máximo de dois filhos ou nenhum, seguindo os padrões das nações europeias e o padrão japonês. O motivo dessa formação é o tempo de escolaridade médio e elevado e do trabalho feminino, e muitos casais dessas classes pre-tendem casar e ter filhos mais tarde (acima de 25 anos de idade, em média), ou então não pretende formar a família futuramente. Por isso, graças aos avanços tecnológicos hospitalares e métodos anticoncepcionais, fazendo que o índice de fecundidade caísse para menos de 2,4 filhos por mulher em média.

Do outro lado — Brasil arcaico (Terceiro Mundo) — é um contraste. O índice de fecundidade na primeira meta-de do século XX era mais de 5 filhos por mulher. Essa é uma média e não quer dizer que toda a mulher tem essa mesma quantidade. Têm mulheres com menos filhos e outras com mais, dependendo das informações de uso dos métodos anticoncepcionais e do planejamento familiar. Hoje, tem muitas famílias pobres (inclui todos os parentes e parentescos) que possuem mais de dois filhos (algumas com sete) enfrentam muitas dificuldades de cuidá-los por causa da renda baixa, da vivência da pobreza e do nível de escolaridade muito baixo. Têm ricos e habitantes de classe média que cul-pam aos pobres que produzem mais filhos, sem requerem informações de como controlar a quantidade de nascidos.

O motivo desse contraste é que as jovens pretendem ter filhos mais cedo (entre 15 a 20 anos de idade), porém implicam o abandono dos estudos (seja ensino médio ou universitário). Caso já tenha recém-nascidos da mulher jovem, terá muitas dificuldades de deixá-los na creche ou chamar alguém para cuidá-los para continuar os estudos dela, ou então deixar a escola ou a universidade para cuidar próprio mesmo, atrasando a carreira de busca da profissão. Depois não adianta reclamar por ter algo errado da sociedade.

O número estimado de adolescentes grávidas (gravidez precoce) preocupa as autoridades da saúde e da edu-cação também. Quanto mais mulheres grávidas com idade entre 15 a 20 anos, aumenta o abandono de estudos (na

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educação secundária e universitária) da população feminina. Os pais precisam dar o apoio e orientar as adolescentes continuarem os estudos recentemente e conseguir um emprego excelente, casar e formar a família mais tarde.

Emprego e trabalho Ter o emprego é direito do cidadão, porém a profissão empregada cada habitante exige o respectivo nível de

escolaridade (médio, profissionalizante, técnico ou superior com ou sem título de especialização, mestrado e doutorado) e o registro de regulamentação, se necessário. Por exemplo: uma pessoa que quer trabalhar como advogado é necessá-rio o ensino superior do curso bacharelado de Direito e o registro da OAB. Outro exemplo: para ter carreira de analista de geografia ou de geoprocessamento ou geógrafo é necessário o curso superior de bacharelado de Geografia e tam-bém o registro do CREA. Para mais informações sobre o sistema educacional ligado ao emprego e trabalho, veja no tópico Educação adiante.

O emprego e trabalho também ocorrem contrastes sociais. Do Brasil moderno (Primeiro Mundo) tem trabalha-dores e profissionais altamente qualificados em vários setores de economia e recebem salários médios e elevados, de-pendendo do conhecimento e da escolaridade. Do Brasil arcaico (Terceiro Mundo) há população sem qualificação e me-nos tempo de estudo, pois enfrenta dificuldades de conseguir o emprego que encaixa nessas características sociais.

Não é só, o trabalho infantil é um problema social e uma preocupação da humanidade e das autoridades locais. Pois tem os pais que estão desempregados e a única solução foi que as crianças e adolescentes (até 14 anos de idade) trabalhassem para sustentar a família. Quase toda população infantil que trabalha acaba abandonando ou atrasando os estudos.

Segundo a PNAD/IBGE 2007, há no Brasil 4,8 milhões de crianças e adolescentes entre 5 e 17 anos no traba-

lho. A exploração do trabalho infantil é crime no Brasil e na maioria dos países. A sociedade precisa denunciar contra essa prática. Cabe ao governo de ter as políticas públicas para fiscalizar e erradica-la. Após essa erradicação, ajuda a ter mais gente nas escolas e direitos preservados para prosseguir o caminho correto.

Educação No quadro de Dois “Brasis” tem uma população com mais de 12 anos de estudo em média e outra com menos

de 7 anos de estudo. O que quer dizer com isso? Há uma desigualdade de tempos de estudo entre a população que vive no Brasil moderno (mais de 12 anos,

equivale aos países europeus) e outra que vive no Brasil arcaico (menos de 7 anos, similar ao subcontinente indiano). Um habitante com muitos anos de escolaridade terá muitas facilidades de aprendizagem e oportunidades de conseguir o trabalho (curso médio profissionalizante, técnico ou superior). Já um habitante com menos anos de estudo terá muita vulnerabilidade e menos chances de ter um emprego, muitas vezes com baixíssima remuneração.

De cada 10 alunos da educação básica primária e secundária, 8 estudam na escola pública (gratuito, a maioria de baixa renda) e apenas 2 estudam na particular (pago por pais de classe média e alta). Segundo a reportagem da revista Veja edição 1976 (outubro/2006), um habitante que estudou na escola particular tem oito vezes mais chances de entrar na universidade pública que um habitante da escola pública (de baixa qualidade).

Já no inverso, o sistema universitário é caro e desigual; apenas 20% dos jovens brasileiros frequentam a uni-

versidade, a maioria de renda média e alta e estudou na escola particular. Devido ao acesso restrito ao ensino superior do país, muitos brasileiros estudam nas faculdades de países vizinhos, como a Argentina e a Bolívia, onde praticamente não tem processo de seleção e as mensalidades dos cursos são mais baixas.

“O ideal é esse índice de acesso ao ensino superior chegasse entre 30% a 50% do total, a maioria de baixa renda”, segundo as próprias palavras.

O analfabetismo é um problema da sociedade e uma preocupação da UNESCO. O índice de habitantes analfa-betos está em pleno declínio, devido ao programa de Alfabetização e Educação de Jovens e Adultos; nos últimos dez anos, a taxa de analfabetismo do Brasil está a menos de 10% da população acima de 15 anos de idade. Embora esteja no caminho certo, falta muito para chegar o nível educacional semelhante aos países desenvolvidos, onde praticamente não há analfabetos.

A causa da população de ter menos anos de estudo está ligada aos três “culpados”: abandono da escola (pelo motivo do trabalho infantil e da gravidez precoce), péssima qualidade de ensino público e menos escolas para atender toda a demanda populacional (migratória ou número de nascidos).

Saúde (hospitais, postos de saúde e prontos-socorros) Ajuda a melhorar os indicadores sociais feitos pela PNUD e OMS: a redução da taxa de mortalidade geral e mor-

talidade infantil e a elevação da expectativa de vida da população. O índice de mortalidade infantil vem diminuindo a

cada ano no Brasil, porém há uma desigualdade entre as regiões administrativas e está pouco longe de chegar a torno entre 10 e 6 óbitos por 1.000 nascidos vivos de até um ano de idade (média dos países desenvolvidos). A expectativa de vida do Brasil vem aumentando a cada ano, ultrapassando os 73 anos em geral.

No quadro de Dois “Brasis”, tem a população que possui acesso à saúde universal (na coluna Brasil moderno) e outra, Sistema Único de Saúde (na coluna Brasil arcaico). Vamos saber, por quê?

Saúde universal significa que todos os habitantes tenham acesso a serviços hospitalares e emergenciais de qua-lidade, seja gratuito (especialmente à população de baixa renda) ou pago. Com alto custo das consultas em hospital ou clínica particular e deficiências em estabelecimentos públicos de saúde, quase toda a população de classe média e alta opte os planos de saúde. Alguns hospitais e clínicas pertencentes ao governo atendem gratuitamente e principalmente em convênios de planos de saúde, com qualidade semelhante ao hospital particular e aos países europeus, a maior parte fica em Centro-Sul do Brasil.

No outro lado, o SUS (Sistema Único de Saúde) foi criado na Constituição de 1988, no governo Sarney. Boa parte da população acredita que o SUS não funciona adequadamente e reclama dos péssimos atendimentos hospitala-res, com filas enormes e tempo de espera a ser atendido. Quase toda a população pobre possui o SUS, com objetivo de

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ter serviços gratuitos em quaisquer estabelecimentos públicos de saúde no Brasil e o único jeito de sobreviver, quem não tem condições de pagar a consulta no hospital particular.

Em alguns estabelecimentos de saúde, há superlotação de pacientes, ou seja, mais habitantes do que a quanti-

dade de leitos hospitalares — o que a população reclama dos péssimos atendimentos. As causas da superlotação dos hospitais e postos urbanos são várias: bastantes acidentes de trânsito, mais internações por causa da falta de sanea-mento básico e migração fortíssima (população que saí do município, do estado ou situação de domicílio em busca de atendimento hospitalar em outro município ou estado).

Renda absoluta e relativa Na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), com a riqueza dos 2 trilhões de dólares, o Brasil está entre os dez

países mais ricos do mundo, em termos absolutos. Porém, em termos relativos, a renda per capita do brasileiro é de 10.920 dólares (em paridade poder de compra), segundo o Banco Mundial 2010, quase entre 5 a 9 vezes menos que dos países europeus. A maior parte da participação da economia continua no setor de serviços.

Na coluna Brasil arcaico (Terceiro Mundo), a distribuição de renda da população é um objeto preocupante. Se-gundo o Banco Mundial e IBGE, o Brasil está entre os países com maiores concentrações de renda do mundo: 10% mais ricos ficam com menos metade (43%) das riquezas do país e já 50% mais pobres permanecem com a riqueza semelhan-te a 1% mais rico (13%). Embora a transferência de renda (do programa Bolsa Escola, mais tarde Bolsa Família) venha se modificando gradualmente, são necessários 30 anos para atingir essa distribuição igual aos Estados Unidos.

Estrutura tributária Não falta falar sobre tributos! Embora a riqueza bruta esteja crescendo, outro ponto negativo é a péssima es-

trutura tributária (muitos impostos, a maioria recai sobre valor dos produtos). O excesso de impostos surgiu recente-mente no governo Fernando Henrique Cardoso e Lula. Até meados dos anos 1990, a carga tributária do Brasil nunca ultrapassava dos 27% das riquezas e essa estrutura era adequada, seguindo igual aos outros países em desenvolvimen-to. Todos os empresários e toda a sociedade reclamam desse problema: os valores e os percentuais dos impostos são altos demais e o retorno benéfico a toda população é pouco.

Hoje, a carga tributária sobre a economia brasileira (36% do Produto Interno Bruto, em 2010) é uma das maio-res do mundo; menos da metade dos tributos pagos retorna em investimentos sociais, isto é, esse retorno é muito baixo do que dos países desenvolvidos, da Argentina e do Uruguai. Outra metade do dinheiro é desviada ao pagamento de juros e da dívida, por ser o Brasil um país endividado. Não é só o retorno, também encarece a maioria dos produtos e os serviços públicos que oferece à população e os impostos aumentam mais do que inflação. Por esse motivo, várias em-presas se deslocam aos outros países, principalmente nas fronteiras do país em busca de menos impostos; várias pesso-as também se deslocam aos países vizinhos para comprar os produtos mais baratos do que o Brasil.

Para saber quanto nós pagamos em tributos e notícias sobre protestos contra o excesso da carga tributária, en-tre no site: http://www.impostometro.org.br. Mais detalhes sobre as soluções da estrutura tributária do país vejam no capítulo 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida, em seguida Estrutura tributária.

Agricultura e pecuária A agropecuária participa em menos de 7% da economia nacional. Essa atividade pode ser em produção de ali-

mentos (agricultura) e produção de animais (pecuária). O Brasil possui plantações de produção de soja, feijão, café, laranja, mandioca, cana-de-açúcar, milho, trigo, cacau, tomate, algodão, arroz, etc. Alguns alimentos são importados, por motivo da menor produção do que o consumo ou não há plantio deles.

O gado bovino é o principal rebanho do território brasileiro, com 175,4 milhões de cabeças (pouco menos da população do país), segundo dados não oficiais da FAO, em 2008. Além do gado bovino, há os caprinos, ovinos, suínos, búfalos e galinhas.

Se compararmos no quadro de Dois “Brasis”, temos as grandes propriedades rurais (Brasil moderno) e a grande concentração fundiária no campo (Brasil arcaico). Do lado Brasil moderno, o país tem grandes propriedades rurais, prin-cipalmente da produção da soja (nos estados do Sul e Centro-Oeste do Brasil), da cana-de-açúcar e do gado bovino; boa parte é destinada para exportação. Na coluna do Brasil arcaico, o país possui uma das maiores concentrações de terra do mundo: apenas 1% dos proprietários rurais fica com 45% da área produtiva e pouco mais de 50% dos donos dispõem com 3% das terras para plantar.

A concentração fundiária no campo pode gerar muitos problemas graves e conflitos rurais: violência, disputa e invasão das propriedades e pobreza do campo. Por causa disso, ocorre o intenso êxodo rural.

Saneamento ambiental O saneamento básico ou ambiental é um item mais importante para melhorar ainda mais a qualidade de vida

dos moradores. Ele se refere à agua tratada, rede de esgoto, coleta de lixo e pavimentação de ruas e vias das áreas urbanas. Esses serviços públicos deveriam ser para todos, porém atendem-se de forma desigual por região e por carac-terística populacional, conforme no quadro de Dois “Brasis”.

Na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), quase toda a população urbana e de classe média e alta do Brasil (principalmente em áreas centrais) tem acesso à água tratada e rede de esgoto, como se fosse atendido igual aos países desenvolvidos. Do outro lado (Brasil arcaico), tem a população (inclusive bairros periféricos e no campo) que não está acessível a serviços de saneamento, o único jeito de sobreviver é utilizar a água dos poços comuns; onde não há rede de esgoto nem fossas sépticas, ocorre esgoto a céu aberto, semelhante aos países com IDH baixo.

A carência de saneamento pode causar doenças ligadas à água contaminada e ao esgoto exposto em vias ur-banas para a população local. Com isso, o governo precisa gastar mais com dinheiro público em saúde em tratamento e

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atendimento aos doentes por deficiência de saneamento. Há dois “culpados” do problema de saneamento que deveria ser atendido para todos são o crescimento natural e a migração intensa, e falta de planejamento do governo.

Com o crescimento da população mundial, da urbanização e da agricultura, aumenta a demanda de acesso à

água. A falta de consciência e o mau uso desse recurso natural podem provocar a poluição e a contaminação dos recur-sos hídricos, causando males à população e ao meio ambiente. Caso continuar do mesmo ritmo, aumentará a população sem acesso à água potável. Depois disso, a sociedade não adianta reclamar da péssima qualidade de água se ela própria fez.

Segundo a PNAD/IBGE, em 2005, 83,4% dos domicílios brasileiros têm acesso à água encanada e tratada e 49% com rede coletora de esgoto.

Áreas verdes Na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), vimos que o território brasileiro tem muitas florestas e matas (a

Floresta Amazônica, a mata Atlântica, a Floresta dos Pinhais, a Mata dos Cocais). Está no segundo lugar à área das flo-restas do mundo (com 5,5 milhões de quilômetros quadrados), só perde para Federação Russa (com mais de 7 milhões). O Brasil possui uma grande biodiversidade (variedade de espécies de plantas e animais no planeta). A floresta Amazôni-ca possui bastante variedade dessas espécies e também as aldeias indígenas e suas culturas primitivas.

No outro lado, há um principal impacto ambiental chamado de desmatamento — na coluna Brasil arcaico (Ter-ceiro Mundo).

O Brasil é o campeão de áreas desmatadas, a maior parte fica na Amazônia. As formas da devastação florestal podem ser queimadas ou com utilização de máquinas para remover as árvores do local. Já as consequências disso com-

prometem a biodiversidade e a qualidade de vida da população local, tais como: aumento do dióxido de carbono na atmosfera (CO2), redução do índice pluviométrico, assoreamento de rios, extinção e diminuição de espécies de plantas e animais, e remoção de terras indígenas e quilombolas.

Os “vilões” das florestas mais importantes do dia-a-dia são as fronteiras agrícolas, as indústrias madeireiras e as atividades mineradoras. Os primeiros sinais de devastação florestal da região amazônica surgiram a partir dos anos 1950, com a construção de estradas de rodagem, com ocupações que foram legalizadas e outras invadidas ilegalmente.

Hoje, muitas mídias de jornalismo nacional e internacional (seja por rádio, televisão, jornal impresso) passam muitas notícias sobre esse impacto ambiental e as lutas da preservação das florestas, feitas pelas Organizações Não Governamentais do mundo (WWF e Greenpeace).

Mais informações sobre a preservação ambiental veja no capítulo 12 motivos para tornar uma nação sustentá-vel e com qualidade de vida desenvolvida, em seguida Áreas mais verdes e destino do lixo.

Eletricidade e fontes de energia O Brasil, por ser um país de grandes riquezas, possui um dos maiores produtores de eletricidade e recursos

energéticos do mundo. As usinas hidrelétricas são uma dessas produtoras de energia, conforme na coluna Brasil moder-no (Primeiro Mundo), no quadro de Dois “Brasis”. A bacia Platina (formada por rios Paraná, Paraguai e Uruguai) há o maior potencial hidrelétrico do Brasil e de toda América Latina. Os rios São Francisco e Tocantins vêm no segundo maior

em geração hidrelétrica. Além das hidrelétricas, há usinas termelétricas movidas a óleo diesel, a gás natural, a carvão mineral ou à biomassa; e usinas eólicas e solares.

Na coluna Brasil arcaico (Terceiro Mundo), embora a hidrelétrica seja energia limpa e barata, o país está entre os cinco países que possui tarifas de eletricidade mais caras do mundo ao consumo residencial e industrial. Boa parte dos custos de eletricidade vem das altas alíquotas dos tributos e encargos.

Várias empresas do ramo industrial saem do Brasil e se instalem em países vizinhos, por causa do alto custo de energia e das deficiências de infraestrutura energética; muitas vezes pode provocar a desindustrialização do país.

Transportes rodoviários O nosso país possui 1,7 milhão de quilômetros de estradas de rodagem, sendo mais de 10% são asfaltados.

Temos as estradas concedidas (administradas e conservadas pela iniciativa privada) e públicas (das rodovias federais, estaduais e vicinais). A cobertura rodoviária do Brasil é distribuída de forma irregular; na região Amazônica, há estradas muito escassas, enquanto no Centro-Sul tem muitos quilômetros delas. O estado de Minas Gerais possui a maior malha rodoviária do Brasil, com 264 mil quilômetros; em seguida, vem o estado do Paraná (261 mil).

A construção das primeiras estradas de rodagem e pavimentadas surgiu em regiões mais populosas (no Centro-Sul), antes do governo Juscelino Kubitscheck, no caso das rodovias Anchieta e Pres. Dutra. Na Amazônia, a implantação de rodovias começou após anos 1950, depois do mesmo governo. Mais informações sobre estradas de rodagem do

espaço geográfico brasileiro vejam no capítulo Brasil — o retrato dos últimos 50 anos mais 4 do governo Lula (evolução geográfica política, social e econômica).

Na coluna Brasil moderno (Primeiro Mundo), temos as estradas de rodagens com praças de pedágio (concedi-das pela iniciativa privada), principalmente no estado de São Paulo, onde há mais concessões rodoviárias. Boa parte dessas concessões ocorre em estradas duplicadas, com mais ou igual de duas faixas do mesmo sentido de veículos, exemplos: a Via Dutra, a rodovia dos Imigrantes, Anhanguera, dos Bandeirantes, Castelo Branco, Regis Bittencourt, Fernão Dias, etc. A população que possui veículos automotores terá que desembolsar duplamente o pagamento de mesmos impostos (que deveria ser investido na manutenção de estradas) e também o do pedágio (estradas concedi-das).

Do outro lado — Brasil arcaico (Terceiro Mundo) — há estradas esburacadas e inutilizáveis, e outras estruturas de engenharia precárias. A maior parte do tráfego de veículos pesados e de passeio circula em estradas asfaltadas. O problema do surgimento das crateras e dos buracos das rodovias é o excesso de peso dos veículos (principalmente as carretas), acima permitido, e os baixos investimentos de manutenção delas (má gestão da máquina pública). Por causa disso, diminua a vida útil das peças de veículos e dos pneus e aumenta gastos em consertos mecânicos.

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O transporte rodoviário é responsável pela movimentação de 58% de transportes de cargas e 95% de passa-geiros, no entanto não é recomendável ao país de grandes dimensões continentais e mais populoso. As fronteiras agrí-colas e outras localizações longe das estradas de ferro e vias de navegação fluvial utilizam ainda mais o modal rodoviá-

rio, cujo valor do frete sai mais caro e o consumo de óleo diesel (derivado de petróleo) é bem maior.

Transportes ferroviários e navegações fluviais Já o transporte ferroviário do país (com apenas 30.000 quilômetros existentes, atendendo em 8,5 milhões de

quilômetros quadrados) participa com apenas de 25% de transportes de cargas, segundo os dados da ANTT 2005. Nos Estados Unidos e na Federação Russa, países que possuem maiores áreas territoriais que a nossa, a prioridade de trans-portes de carga fica em modal ferroviário: com 43% e 81% da participação, respectivamente.

Com exceção das estradas de ferro Carajás e Vitória—Minas (operadas pela mineradora VALE), o transporte fer-roviário de passageiros praticamente não existem mais, quando o governo Fernando Henrique Cardoso concedeu as ferrovias à iniciativa privada, em 1996 a 1998. Porém nenhuma das concessionárias teve interesse de explorar o trans-porte de pessoas de longa distância, isso gerou muitos protestos da população.

As ferrovias do território brasileiro possuem bitolas diferentes: métrica (1.000 milímetros), larga (1.600 milíme-tros) e mista ou dupla (métrica mais larga). As estradas de ferro de bitola métrica estão presentes em 19 estados. Já as de bitola larga se encontram existentes em ramais paulistas, antiga Central do Brasil, entre Itaqui a Carajás, Norte–Sul e Ferro Norte. Com exceção citada, a única ferrovia com bitola padrão (1.435 milímetros) é a Estrada de Ferro Amapá, que liga entre o município de Santana ao de Serra do Navio (no estado do Amapá).

O transporte ferroviário é muito importante para atender a demanda do país ou da região densamente povoada

e de grande área, quanto em mercadorias tanto em pessoas. Com a abertura parcial e total de estradas de rodagem e suas pavimentações no governo Juscelino Kubitscheck (1956—1961), a expansão das estradas de ferro deixou de ser investido e entrou em declínio, não atendendo mais necessidades nacionais, embora tenha criada a estatal RFFSA para manter o transporte de passageiros e de mercadorias.

Para aumentar a participação de transporte de mercadorias sobre os trilhos e rios em mais de 60% do total, se-riam necessários 50.000 quilômetros de ferrovias para atender as produções agrícolas fora dessa malha (como estado do Mato Grosso e oeste da Bahia), em 2025, segundo o Plano Nacional de Logística e Transporte. Se possível, precisam construir mais eclusas e mais hidrovias.

Mais detalhes sobre estradas de ferro vejam nos capítulos: Brasil — o retrato dos últimos 50 anos mais 4 do governo Lula (evolução geográfica política, social e econômica), e 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida e em seguida Transportes de cargas e de pessoas.

O transporte hidroviário (feito por rios e lagos) tem uma importância alternativa em áreas da Amazônia, onde a maioria dos municípios não há ligações rodoviárias, notadamente os estados do Pará e do Amazonas. As hidrovias mais utilizadas do Brasil são Amazonas, Madeira, Tocantins, São Francisco, Paraná, Paraguai e Tietê. O Porto de Santos é o maior terminal portuário do Brasil e da América Latina.

Criminalidade e segurança A origem da criminalidade — no lado Brasil arcaico (Terceiro Mundo) — não vem somente à falta de efetivo po-

licial; ao contrário, vem das desigualdades sociais, da impunidade e do crescimento desordenado das cidades: falta de emprego, escolas e lazer para atender a demanda populacional.

A taxa de homicídios do Brasil hoje é de 24 ocorrências por 100.000 habitantes, um dos índices mais altos do continente americano. A Argentina, os Estados Unidos e o Canadá possuem menos de 10 ocorrências por 100.000 habi-tantes, índice bem recomendável pela Organização das Nações Unidas. As causas do aumento de número de assassina-tos devem por conta do tráfico de drogas, o que pode causar o impacto da qualidade de vida da população local.

Antes da Constituição de 1988 e dos meados dos anos 1990, a taxa de homicídios nunca ultrapassava dos 20 por 100.000 habitantes.

Mais informações sobre como impedir a criminalidade vejam no capítulo: 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida e em seguida Cidadania e combate à criminalidade.

Por que o Brasil e o restante da América Latina estão no mundo subdesenvolvido

e os Estados Unidos e o Canadá estão no mundo desenvolvido? O Brasil e a maior parte do restante da América Latina estão no mundo subdesenvolvido (ou Terceiro Mundo),

pois a principal causa foi pela colonização de exploração; enquanto os Estados Unidos e o Canadá estão no desenvolvido (ou Primeiro Mundo), pela colonização de povoamento.

Mas o que significa esses dois tipos de colonização, no contexto da partilha do continente americano? A coloni-zação de exploração tinha o objetivo de ocupar e explorar as riquezas em antigas colônias portuguesas e espanholas, com utilização de trabalho escravo, e as levava para as metrópoles para lucrar e enriquecer. Já a colonização de povoa-mento tinha o objetivo de ocupar e enriquecer em antigas colônias inglesas e francesas, mas as riquezas não eram levadas para as metrópoles.

Hoje, as características econômicas, sociais e espaciais mais interessantes da América Latina hoje, inclusive o Brasil, são:

Dependência econômica, científica e tecnológica dos países industrializados; Desigualdades sociais mais graves (concentração de renda); Mais dívida externa;

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Segunda revolução industrial (indústrias de base e manufatureiras) do Brasil, da Argentina e do Méxi-co;

Exportadores de minérios e produtos agrícolas na maioria dos países latino-americanos;

Baixo nível de escolaridade para a maioria da população; Baixa qualificação da mão-de-obra.

Já as características econômicas, sociais e espaciais dos Estados Unidos e do Canadá são: Desigualdades moderadas (menos ricos e menos pobres, mas com imensa classe média); Maiores potências econômicas e capitalistas; Mais consumo; Exportadores de produtos tecnológicos e científicos; Elevado nível de escolaridade; Excelente qualificação da mão-de-obra.

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Brasil — o retrato dos últimos 50 anos mais 4 do governo Lula (evolução geográfica política, social e econômica)

Neste capítulo, temos as características mais importantes de evolução geográfica política, social e econômica do

Brasil no decorrer dos 50 anos e mais 4 anos do segundo mandato do governo Luiz Inácio “Lula” da Silva. Para facilitar o retrato da evolução dessas características, foram divididos em cinco períodos:

1956—1964: governos populistas (Juscelino Kubitschek e João Goulart) 1964—1985: regime militar 1985—1994: governos civis 1995—2002: governo Fernando Henrique Cardoso 2003—2010: governo Lula

1956—1964

O governo Juscelino Kubitschek (JK) constrói e abre mais estradas de rodagem, com ou sem pavimentação, trazendo mais desenvolvimento econômico e indústrias automobilísticas (Ford, Volkswagen). Exemplos: rodovia Belém—Brasília (BR-010) e Brasília—Acre (antiga BR-029, futuramente BR-364). Esse progresso custou caro ao país, com aumento da dívida externa e da inflação, principalmente sobre os pobres.

Brasília, a nova capital federal do Brasil, é inaugurada em 1960. Sua construção ocorreu em 1956, início do go-verno JK, com a mão-de-obra dos quatro cantos do território brasileiro, sobretudo os nordestinos.

O Território Federal do Guaporé transforma-se em Território Federal de Rondônia, em 1956, pelo governo JK. É criada a empresa estatal Rede Ferroviária Federal Sociedade Anônima (RFFSA), em 1957, pelo governo JK.

Essa empresa tem objetivo de unir 7 em cada 10 quilômetros de estradas de ferro do território nacional. O transporte ferroviário de mercadorias e passageiros mantem em funcionamento com a estatal.

Em 1958, a seleção brasileira consegue o primeiro título de campeonato da Copa do Mundo de futebol, na Sué-cia.

É criada a Superintendência de Desenvolvimento do Nordeste (SUDENE), em 1959, pelo governo JK. O Território Federal do Acre transforma-se em estado do Acre, em 1962, pelo governo João Goulart. No mesmo

ano, o Território Federal de Rio Branco transforma-se em Território Federal de Roraima. Em 1962, Brasil é bicampeão da Copa do Mundo de futebol, no Chile. Em março de 1963, acontece a 4ª edição dos Jogos Pan-americanos na cidade de São Paulo, primeira vez no

território brasileiro, tendo 21 delegações (países) do continente americano.

1964—1985

É criada a Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM), em 1966, pelo governo Castelo Bran-co. Ela substitui pela antiga Superintendência de Plano de Valorização Econômica da Amazônia (SPVEA), criada pelo governo Getúlio Vargas (1951—1954).

É criada a Zona Franca de Manaus, em 1967, pelo governo Castelo Branco. É implantado o Movimento Brasileiro de Alfabetização (MOBRAL), em 1967, com objetivo de proporcionar a al-

fabetização de jovens e adultos. Em 1970, Brasil é três vezes campeão da Copa do Mundo de futebol, no México — primeira vez, na TV, pela

transmissão ao vivo e ainda imagens preto e branco. Surge o milagre econômico, quando a economia do Brasil cresce em média 10% ao ano. Embora o crescimento

econômico esteja nas alturas e os indicadores econômicos bem melhores, aumenta a concentração de renda, deixando ricos cada vez mais ricos e os pobres cada vez mais pobres.

É criada a empresa estatal Ferrovia Paulista Sociedade Anônima (FEPASA), em 1971. Essa empresa tem objeti-vo de unificar a administração dos 5 mil quilômetros de ferrovias do estado de São Paulo, mantendo o serviço de trens aos passageiros para atender em áreas densamente povoadas, transportes de mercadorias e suas li-nhas eletrificadas.

Em 1972, inicia a implantação e transmissão da TV em cores.

Com a crise do petróleo de 1973, o milagre econômico entra em declínio. A ponte Rio—Niterói é inaugurada, em 1974, pelo governo Emílio Médici. Ela faz uma ligação entre duas cida-

des da região metropolitana do Rio de Janeiro sobre Baía de Guanabara, construída em 1969. É criado o Programa Nacional do Álcool (PROALCOOL), com parceria da Petrobras e Ministério de Minas e Ener-

gia. Esse combustível renovável é feito pela base da cana-de-açúcar com a mistura da gasolina. Começa a expansão e a construção de estradas da Amazônia, com objetivo de ampliar a ocupação dessa regi-

ão. Somente a Transamazônica (BR-230) e a rodovia Porto Velho—Manaus (BR-319) estão concluídas, mas in-completas e abandonadas pelas causas: conflitos de terra e desmatamentos.

“Amazônia: integrar para não entregar” tem a finalidade de integrar a região amazônica aos brasileiros e não entregá-la aos estrangeiros.

Os estados do Rio de Janeiro e de Guanabara se incorporam e formam o único estado do Rio de Janeiro, em 1975.

A Linha Norte—Sul do metrô de São Paulo (futuramente Linha 1 Azul) é inaugurada, em 1974/1975, pelo go-verno Emílio Médici, com 112 anos de atraso em relação ao primeiro metrô de Londres (Reino Unido).

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A rodovia dos Imigrantes (SP-160) é inaugurada em 1976, tendo sua construção iniciada em 1974. Apenas a pista ascendente (do litoral à capital paulista) é concluída. Essa ligação rodoviária está entre a Praia Grande (na Baixada Santista) e a cidade de São Paulo, e tem como objetivo de desafogar o tráfego saturado da rodovia Anchieta (SP-150).

É criado o Estado de Mato Grosso do Sul, em 1977, desmembrando ao antigo Estado de Mato Grosso. A rodovia dos Bandeirantes (SP-348) é inaugurada em 1978, ao lado da rodovia Anhanguera (SP-330). Essa li-

gação está entre a capital paulista e a cidade de Campinas, e tem objetivo de desafogar o tráfego saturado da rodovia Anhanguera.

A primeira linha do metrô do Rio de Janeiro é inaugurada em 1979. Após anos 1980, começa a construção e a inauguração do Complexo Nuclear, em Angra dos Reis (estado do

Rio de Janeiro). O Território Federal de Rondônia transforma-se em estado de Rondônia, em 1981, pelo governo João Figueire-

do. A usina hidrelétrica de Itaipu, no rio Paraná, é inaugurada comercialmente em 1984, pelos governos de dois pa-

íses (Brasil e Paraguai), tendo sua construção entre 1975 a 1982. Essa hidrelétrica inundou o famoso natural Salto de Sete Quedas, em 1982.

A Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), subsidiária da RFFSA, é criada pelo governo brasileiro, em 1984.

1985—1994

A estrada de ferro Carajás é inaugurada em 1985 e operada pela Companhia Vale do Rio Doce. Esse ramal liga entre o porto de Itaqui (na ilha de São Luís, do Maranhão) e o município de Parauapebas (do Pará). Além do transporte de cargas, principalmente minério de ferro, também atendem a população local e os visitantes.

A primeira linha do metrô de Porto Alegre (Rio Grande do Sul) é inaugurada em 1985. No mesmo ano, é inau-gurada a primeira linha do metrô de Recife (Pernambuco).

Em 1986, no governo Sarney, é implantado o Plano Cruzado: um cruzado é equivalente a mil cruzeiros (CZ$ 1,00 = CR$ 1.000,00), com congelamento de preços e salários.

A primeira linha do metrô de Belo Horizonte (Minas Gerais) é inaugurada comercialmente em 1986. As obras da ferrovia Norte—Sul são iniciadas em 1987, pelo governo Sarney. O traçado, no projeto, ligará inici-

almente da cidade de Belém (capital do Pará) ao sul do Brasil. Em 1988, ano da nova Constituição, os Territórios Federais do Amapá e de Roraima transformam-se em esta-

dos. No mesmo ano, o arquipélago Fernando de Noronha (sigla FN) deixa de ser Território Federal e incorpora ao estado de Pernambuco; e o estado de Tocantins é criado, desmembrando ao antigo estado de Goiás.

É implantado o Sistema Único de Saúde (SUS), em 1988, pelo governo Sarney. Em 1989, a moeda cruzado novo substitui o cruzado “antigo”: um cruzado novo é equivalente a mil cruzados

(NCZ$ 1,00 = CZ$ 1.000,00).

A moeda cruzado novo deixa de existir e restabelece o cruzeiro, em 1990, pelo governo Fernando Collor. Em 1990, é inaugurada a cidade de Palmas, capital do estado de Tocantins. A primeira linha de VLT (Veículo Leve sobre Trilhos) de Campinas (estado de São Paulo) é construída em 1990

e inaugurada em 1991. Ocorre a abertura econômica, no governo Collor, com objetivo de ampliar a concorrência dos produtos impor-

tados com os nacionais. Porém, aumenta a quantidade de desempregados e empresas nacionais estão à falên-cia por causa de redução das alíquotas de importação.

Em 1991, Collor abre o programa de privatizações, no entanto surgem muitos protestos de trabalhadores con-tra essa prática do governo. A USIMINAS (Usinas Siderúrgicas do estado de Minas Gerais) é a primeira estatal a pertencer à iniciativa privada.

Fernando Collor é afastado da presidência, pelos motivos de denúncias de corrupção, em 1992. O Itamar Fran-co toma o presidente da República, no mesmo ano.

A Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) é criada pelo governo paulista, em 1992, operando as seis linhas existentes de trens urbanos na região metropolitana de São Paulo, sendo duas da FEPASA e quatro da RFFSA e depois da CBTU.

Em 1994, no governo Itamar Franco, é implantado o Plano Real: um real é equivalente a 2.750 cruzeiros reais

(R$ 1,00 = CR$ 2.750,00). Essa nova moeda tem objetivo de controlar a inflação (chegando quase ao zero) e a maioria da população é beneficiada.

Brasil consegue quarto título de campeonato e vence contra a Itália, na Copa do Mundo de futebol, nos Estados Unidos, em 1994.

1995—2002

O governo Fernando Henrique Cardoso avança o programa de privatizações das empresas estatais, tais como a Light S.A. (eletricidade, em 1996), a Companhia Vale do Rio Doce (mineração, em 1997) e a TELEBRÁS e a EMBRATEL (telecomunicações, em 1998). Entretanto, mais protestos de funcionários contra as privatizações e o neoliberalismo. O motivo desse contra é aumento do número de desempregados.

Em 1995, ocorre a desativação do VLT da cidade de Campinas. As causas disso são: estações construídas longe dos bairros mais populosos, do centro da cidade e da integração com ônibus; reutilização da antiga Estrada de Ferro Sorocabana; e baixo número de passageiros. A obra saiu barato, mas o uso do VLT saiu caro e pouco re-sultado.

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A partir de 1995 e 1997, começa as concessões de rodovias federais para a iniciativa privada. Exemplos: Via Dutra (BR-116), da ponte Rio—Niterói, trechos da BR-277, etc.

Em 1996, começa o programa Brasil em Ação, com objetivo de induzir novos investimentos produtivos e reduzir

desigualdades regionais e sociais. O valor dos investimentos em áreas de infraestrutura e assistência social é da ordem de 70 bilhões de reais dos governos, das empresas estatais e privadas e dos recursos externos (Banco Mundial, Banco Interamericano de Desenvolvimento).

Começa a concessão de ferrovias da estatal RFFSA, entre 1996 a 1998. A FEPASA é incorporada à RFFSA e, mais tarde, concedida à iniciativa privada, em 1998, pelo governo paulista Mário Covas. Por causa disso, o transporte de passageiros chega ao fim (desinteressada pelas empresas particulares) e gera muitos protestos populares contra o fim desse serviço e as concessões.

Em 1997, ocorre o fim do monopólio da exploração e da produção de petróleo. Antes, a estatal Petrobras (Pe-tróleo Brasileiro) era o único produtor dessa fonte de energia.

É implantado o programa Bolsa Escola, com objetivo de receber o auxílio às famílias que vivem na linha pobre-za. Para a família continuar nesse programa, há obrigações: as crianças e os adolescentes têm que frequentar em escolas e receber o atendimento médico atualizado, caso contrário é cancelado o benefício do governo.

A partir de 1998, começa as concessões de rodovias estaduais paulistas mais importantes para a iniciativa pri-vada. Exemplos dessas concessões: ECOVIAS (rodovias dos Imigrantes e Anchieta), CCR VIAOESTE (Castelo Branco e Raposo Tavares), CCR AUTOBAN (Anhanguera e Bandeirantes), SPVIAS (Castelo Branco, Raposo Ta-vares e estradas secundárias), etc. Antes de conceder a empresa particular, os pedágios das rodovias paulistas operavam pela estatal Desenvolvimento Rodoviário Sociedade Anônima (DERSA).

Em 1998, é criada a SUPERVIA, concessionária privada de trens urbanos da região metropolitana do Rio de Ja-neiro, com objetivo de reestruturar e melhorar esse serviço à população. Antes, a RFFSA e a CBTU atendiam a população do Rio por trens urbanos.

Em 1999, entra em operação o gasoduto Bolívia—Brasil, cortando os estados do Centro-Sul do Brasil. Em 2001, ocorre a crise energética em várias partes do território brasileiro. Atividades industriais e comerciais

são as mais prejudicadas dessa crise. A primeira linha do metrô de Brasília é inaugurada comercialmente em 2001, pelo governo do Distrito Federal. Em 2002, a pista descendente (da capital paulista ao litoral) da rodovia dos Imigrantes é inaugurada, tendo sua

construção iniciada em 1998, pela concessionária ECOVIAS e pelo governo paulista. Essa segunda pista exigiu apenas 400 mil metros quadrados desmatados da Mata Atlântica, 40 vezes menos que a construção da pista ascendente (16 milhões de metros quadrados).

Brasil consegue quinto título de campeonato, na Copa do Mundo de futebol, na Coreia do Sul e no Japão, em 2002.

2003—2010

É implantado o programa Bolsa Família, tendo os mesmos objetivos do programa Bolsa Escola.

Em 2003, começa o programa Luz para Todos com objetivo de acabar a exclusão elétrica do país e levar a ele-tricidade aos moradores das zonas rurais, sem custo de instalação. Além disso, ajuda a reduzir o intenso êxodo rural.

Em 2004, é implantado o PROUNI (Programa Universidade para Todos) com objetivo de levar os jovens de bai-xa renda (concluintes das escolas públicas ou escolas privadas, na condição de ser bolsista integral) a estuda-rem nas faculdades privadas. Para ser bolsista do PROUNI, é necessário que o jovem não seja portador do di-ploma do ensino superior, a renda familiar não exceda em 3 salários mínimos. Há a isenção de impostos aos estabelecimentos de ensino superior que participarem do programa.

O PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) é criado em 2007, com investimentos de mais 500 bilhões de reais nas áreas de infraestrutura logística, energética e social, em quatro anos. A origem desse dinheiro vem do governo federal e contrapartidas dos governos estaduais e municipais, das empresas estatais e privadas.

Em julho de 2007, acontece os Jogos Pan-americanos, na cidade do Rio de Janeiro. É a segunda vez que o Bra-sil entra nessa edição; são 42 delegações do continente americano.

A partir de 2008, começam as concessões dos trechos da BR-101, BR-116 e BR-381 (rodovia Fernão Dias) para a iniciativa privada.

A partir de 2008, começa a 2ª etapa de concessões de rodovias estaduais paulistas para a iniciativa privada.

Exemplos: ECOPISTAS (rodovias Ayrton Senna e Carvalho Pinto), CCR RODOANEL (trecho oeste do Rodoanel Mário Covas), ROTA DAS BANDEIRAS (Dom Pedro I), SPMAR (trecho sul do Rodoanel Mário Covas), etc. Antes, elas foram construídas e operavam pelo DERSA.

Em 2008, começa as obras das duas hidrelétricas do rio Madeira: Santo Antônio e Jirau, ambas no município de Porto Velho (Rondônia).

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Vamos pensar um pouco das imagens

Quase todas as imagens seguintes e mais importantes possuem e obedecem à licença livre (da Creative Com-mons e do Domínio Público); algumas que possuem a licença “Todos os direitos reservados” foram autorizadas pelos respectivos usuários do site de compartilhamento de imagens Flickr (da Yahoo!). Foram escolhidas as imagens que com-binam e encontram nesta publicação.

Cada fotografia possui a fonte de origem (nome do site ou da publicação e usuário), alguns casos podem ocor-rer à mudança do endereço da Web ou da licença de uso ou a remoção do arquivo de usuário. Por isso, as imagens foram pesquisadas entre junho a setembro de 2011, antes do fechamento desta publicação. A licença livre significa que o arquivo pode ser copiado, compartilhado e criar obras derivadas, sem precisar autorização do responsável, desde que cite a fonte de origem.

FAVELA DA ROCINHA E CONDOMÍNIOS DE SÃO CONRADO A Favela da Rocinha é a maior favela do Brasil, localizada na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro; ela surgiu pela chegada dos migrantes nordestinos em busca de melhores condições de vida, nos anos 1950. No segundo plano da imagem acima, se encontram os condomínios residenciais de alto padrão e os hotéis de São Conrado. A favela ao lado dos condomínios marca uma desigualdade espacial e social do país e outros países em desenvolvimento.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/kj-an/2359555673/ (fotografado em 2008, pelo usuário KELVIN JONES).

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HIDRELÉTRICA DE ITAIPU A Usina Hidrelétrica de Itaipu, no rio Paraná, foi construída em 1975 e inaugurada em 1982 pelos governos brasileiro e paraguaio. A geração de energia dessa usina é de 14.000 megawatts e sua área inundada é de mais de 1.300 quilôme-tros quadrados. Está localizada próximo ao município de Foz do Iguaçu (Paraná) e à Cuidad Del Este (Paraguai), altura da ponte de Amizade. A hidrelétrica tem uma vantagem: energia limpa e barata. Porém, há uma desvantagem: formação de áreas alagadas; os rios de planícies têm hidrelétricas com maiores alagações, já os de planalto e com declividade maior possuem meno-res áreas inundadas.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:ItaipuAerea2AAL.jpg?uselang=pt (fotografado em 2005).

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RODOVIA DOS IMIGRANTES Essa ligação rodoviária está entre a capital paulista e o município de Praia Grande (na Baixada Santista), passando a Serra do Mar (onde ainda resta a Mata Atlântica). Foi inaugurada em 1976 a pista ascendente; mais tarde, em 2002, a pista descendente. Hoje, essa rodovia, junto com a rodovia Anchieta, foi concedida à concessionária ECOVIAS, desde 1998. A construção da primeira pista exigia 16 milhões de metros quadrados desmatados, já a da segunda pista desmatou apenas 400 mil metros quadrados (com túneis longos e tecnologias utilizadas da obra). É uma rodovia com praças de pedágio, desde primeira inauguração.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rodovia_dos_Imigrantes_1.jpg?uselang=pt (fotografado em 2005, pelo usuário OS2WARP).

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FLORESTA DA TIJUCA É a terceira maior floresta urbana do Brasil, localizada na cidade do Rio de Janeiro. Possui a área de mais de 3.000 hectares. Nela, é formada pela Mata Atlântica secundária e sua fauna e flora, e serve em áreas de lazer.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:FlorestaTijucaRJ.jpg?uselang=pt (fotografado em 2007 e utilizado pelo usuário ABRIVIO).

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CATARATAS DO IGUAÇU As cataratas do Iguaçu, do rio do mesmo nome, estão localizadas na fronteira entre o Brasil (município de Foz do Igua-çu, Paraná) e a Argentina. O número de quedas d’águas pode chegar quase 300. É uma das atrações turísticas naturais mais visitadas do Brasil.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Foz_de_Igua%C3%A7u_27_Panorama_Nov_2005.jpg?uselang=pt (foto-grafado em 2005, pelo usuário MARIORDO).

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SALTO DE SETE QUEDAS Também conhecido como Salto Guaíra foi maior cachoeira do mundo em volume de água, localizada entre Brasil e Para-guai, do rio Paraná. Essa atração turística foi inundada pela formação do lago da Hidrelétrica de Itaipu, em 1982. Era uma das belezas naturais mais visitadas por turistas estrangeiros, não somente os brasileiros e os paraguaios. Seria possível rever essa paisagem, se o nível do lago da barragem do Itapu fosse mais baixo (menos de 200 metros de

profundidade).

Fonte: http://www.flickr.com/photos/caminhos_da_patagonia/4106181529 (fotografado em 1978 e digitalizado e carre-gado em 2009, pelo usuário MÁRIO CESAR MENDONÇA GOMES).

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ENCONTRO DAS ÁGUAS DO RIO NEGRO COM AMAZONAS—SOLIMÕES Essa beleza natural está localizada próxima à cidade de Manaus (Amazonas). As águas barrentas e claras representam o rio Solimões, devido à quantidade de sedimentos. Já as águas de cor escura são o rio Negro, devido ao nível de pH baixo. A formação de dois rios passa a se chamar do rio Amazonas. Esse fenômeno ocorre em densidade e temperatura diferentes, os dois rios nunca se misturam.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Manaus_Encontro_das_aguas_10_2006_103_8x6.jpg?uselang=pt (foto-grafado pelo usuário MARIORDO, em 2006).

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OURO PRETO O município de Ouro Preto está localizado no estado de Minas Gerais e o primeiro a entrar na lista de patrimônios cultu-rais da UNESCO. Trata-se maior museu a céu aberto. Nele, encontram-se casarões, residências e igrejas construídas pelos portugueses (no Brasil Colônia).

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Vista_de_Ouro_Preto.jpg?uselang=pt (fotografado em 2009, pelo usuário ADRIANO3000).

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PANTANAL MATO-GROSSENSE Pantanal está localizado no oeste dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, mais dois países vizinhos: Paraguai e Bolívia. A vegetação do Pantanal é maior planície alagada do mundo cujo rio principal é Paraguai.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Pantanal2.jpg?uselang=pt-br (fotografado em 2006, no site http://www.world66.com).

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TEATRO DO AMAZONAS É um patrimônio cultural arquitetônico da cidade de Manaus (estado do Amazonas). Foi inaugurado em 1896, no auge do primeiro ciclo econômico da Borracha da Amazônia. Hoje, é administrado pelo Governo do Estado do Amazonas, através da Secretaria de Cultura.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Teatro_amazonas.jpg?uselang=pt-br (fotografado em 2005, pelo usuário PONTANEGRA).

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ESTAÇÃO DA LUZ É uma estação ferroviária da cidade de São Paulo, servindo como a transferência gratuita de linhas da CPTM (7 — Rubi; 10 — Turquesa; e 11 — Coral), principalmente o Expresso Turístico, e Metrô (Linha 1 — Azul). Também funcionavam os trens de passageiros da antiga Estrada de Ferro Central do Brasil, operada pela RFFSA, até anos 1990. Foi construída pelos ingleses e inaugurada em 1867, para sediar a antiga empresa São Paulo Railway e depois Estrada de Ferro Santos—Jundiaí. Hoje, abriga também o Museu de Língua Portuguesa.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Esta%C3%A7%C3%A3o_da_Luz-edit-01.jpg?uselang=pt (fotografado em 2007, pelo usuário CRALIZE).

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ESTAÇÃO PARANAPIACABA Está localizada no distrito de Paranapiacaba, no município de Santo André (Grande São Paulo), onde passa o ramal fer-roviário entre Santos a Jundiaí. Hoje, é uma das atrações turísticas do Expresso Turístico, operado pela estatal CPTM. Ela foi construída pelos ingleses, da antiga São Paulo Railway, durante a construção da ferrovia, no final do século XIX.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:P%C3%A1tio_Ferrovi%C3%A1rio.jpg?uselang=pt-br (fotografado em 2005, pelo usuário OS2WARP).

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TRENS DE PASSAGEIROS DA MINERADORA VALE S.A. Hoje, somente a Estrada de Ferro Vitória—Minas (na foto acima, município de Governador Valadares, em Minas) e a Estrada de Ferro Carajás operam ainda o transporte regular de passageiros, pela mineradora Vale S.A. (Companhia Vale do Rio Doce), com utilização de locomotivas diesel-elétricas. A Estrada de Ferro Vitória—Minas liga entre Belo Horizonte (Minas Gerais) a Vitória (Espírito Santo), com bitola métrica (1.000 milímetros), percorrendo pouco mais de 900 quilôme-tros. Já a de Carajás liga entre São Luís (Maranhão) a Parauapebas (Pará), com bitola larga (1.600 milímetros), percor-rendo quase 900 quilômetros.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:PIC_2112.JPG?uselang=pt (fotografado em 2008, pelo usuário RAFAWL).

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TRENS DE PASSAGEIROS DA FEPASA Depois a FEPASA de ser criada em 1971, pelo governo paulista, o serviço de transporte ferroviário de passageiros e de mercadorias e suas eletrificações foram mantidos. Os trens de passageiros do estado, a maioria com linha eletrificada, foi prioridade de atender em áreas mais populosas e povoadas, levando em conta os benefícios sustentáveis e sociais. Na imagem acima, mostra a locomotiva elétrica fabricada pela GE (General Electric) mais cinco carros de passageiros, da linha ferroviária bitola larga (1.600 milímetros), próxima à estação Jundiaí. Seria bom, se os trens de passageiros, as eletrificações e as empresas estatais (FEPASA e RFFSA) fossem reconstruídas e voltassem a funcionar, e acabassem as concessões (iniciativa privada) agora.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/39923705@N07/3996232933 (fotografado em 1997 e carregado em 2009, pelo usuário FERNANDO PICARELLI MARTINS). Essa imagem foi autorizada, por possuir a licença “Todos direitos reservados”.

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MALHA FERROVIÁRIA DA FEPASA (FINAL DOS ANOS 1980) O mapa acima mostra as linhas férreas (FEPASA e RFFSA) do estado de São Paulo. Na legenda, as linhas bem roxas são as ferrovias de bitola dupla (métrica e larga); as linhas de cor rosa, as ferrovias de bitola larga (1.600 milímetros); e as de cor vinho, as ferrovias de bitola métrica (1.000 milímetros). As linhas eletrificadas ocupam quase a metade da malha ferroviária da estatal paulista, que encontram em linhas de cores rosa e vinho com a linha preta. Os trens metropolita-nos da FEPASA (representado pela linha contínua com blocos de cores vinho e branco) se encontram na zona oeste da capital paulista. A linha fora de operação significa que os trens paulistas não estão mais circulando, representadas pela linha contínua branca com blocos. Já por último encontram-se as ferrovias operadas pela RFFSA (pela linha preta fina), em ramais: entre a cidade de São Paulo e a do Rio de Janeiro, Jundiaí a Santos, e Bauru ao estado de Mato Grosso do Sul.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Mapa_-_Malha_Ferrovi%C3%A1ria_da_FEPASA_-_1987.jpg?uselang=pt-br (mapa criado em 1987 e carregado em 2009).

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TRENS DE PASSAGEIROS DA RFFSA Além da FEPASA, a estatal RFFSA também atendia ao transporte de passageiros; boa parte desse serviço ficava em áreas mais populosas e povoadas, principalmente o Centro-Sul do Brasil. Por exemplos: ligação ferroviária entre Bauru (São Paulo) a Corumbá (Mato Grosso do Sul), antiga Central do Brasil, entre Campinas (São Paulo) a Brasília. No anúncio acima do lado esquerdo, mostra a ferrovia que liga da capital paulista a Santos (na Baixada Santista) com trens de pas-sageiros (trem-húngaro) e catenária.

Fonte: http://www.estacoesferroviarias.com.br/trens_sp_3/trem%20hungaro.htm (ano do anúncio indefinido).

PANORAMA DE LINHAS FERROVIÁRIAS DE PASSAGEIROS (ANOS 1980) O mapa no lado direito mostra as linhas férreas de passageiros, operadas pelas estatais RFFSA e FEPASA, mais a Estra-da de Ferro Vitória–Minas, da Companhia Vale do Rio Doce (hoje Vale S.A.). As linhas de cor rosa representam os servi-ços ferroviários de primeira classe (executiva e luxo); já as linhas de cor azulada representam os de segunda classe (econômica e mais barato do que rodoviário e aéreo). Os ramais ferroviários oferecem ambas as classes, quanto a pri-meira tanto à segunda, ou classe única e serviços regulares ou eventuais (turístico). Como percebe no mapa, quase todas as ferrovias públicas de pessoas de longa distância e outras destinadas a ativida-des turísticas ficavam na região Centro-Sul do Brasil, pelo motivo de possuir áreas fortemente povoadas e municípios mais populosos. No nordeste brasileiro, somente os ramais Fortaleza a Crato (estado do Ceará) e Recife (Pernambuco) a Maceió (Alagoas) oferecem à população local e aos visitantes o transporte sobre os trilhos.

Fonte da imagem ilustrativa: Veja edição 661. São Paulo: Abril, 6 de maio de 1981. Pág. 64.

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TRENS METROPOLITANOS Os trens de subúrbio têm objetivo de transportar os habitantes quem moram longe das áreas centrais, sem pegar trânsi-to e congestionamentos das grandes cidades e suas vizinhas. Por exemplos: Central do Brasil a outros municípios da Grande Rio de Janeiro e Linha 8 – Diamante (da CPTM, antiga Linha Oeste da FEPASA, na imagem do anúncio acima, que liga entre Estação Júlio Prestes a Itapevi).

Fonte do anúncio: Veja edição 533. São Paulo: Abril, 22 de novembro de 1978. Págs. 168 e 169.

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VLT DE CAMPINAS

Localizado no estado de São Paulo, esse sistema foi construído em 1990 e inaugurado em 1991, pelo governo paulista. Ele foi implantado na via da antiga Estrada de Ferro Sorocabana (da FEPASA), suas estações e catenárias foram constru-ídas, e sua conversão de bitola métrica à bitola larga (1.600 milímetros). Antes da desativação, somente oito estações estavam em funcionamento: Central, Barão de Itapura, Aurélia, Vila Teixeira, Parque Industrial (na imagem acima), Anhanguera, Pompeia e Campos Elíseos. O VLT de Campinas foi desativado em 1995, pelas seguintes causas: má localização das estações de integração com ônibus, longe dos bairros mais populosos, longe do centro da cidade, alto déficit de número de passageiros, etc.

Fonte: http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=380346 (fotografado em 1994 por ALLEN MORRISON e carre-gado em 2006 pelo usuário VINICUS).

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REDE INTEGRADA DE TRANSPORTE Curitiba é a primeira cidade do Brasil e do mundo a implantar transporte coletivo alternativo e mais barato que construir o metrô, em 1979, chamado de BRT (Trânsito Rápido de Ônibus). É pioneiro da tarifa única integrada e da acessibilidade universal. Na imagem acima, há dois ônibus biarticulados e duas paradas, em forma de tubos de vidro com catracas (roletas), onde têm a entrada e a saída de passageiros. Ela foi construída para resolver problemas de trânsito e de transporte coletivo da capital do estado do Paraná. Na ima-gem abaixo, mostra uma planta da Rede Integrada de Transporte.

Fonte da imagem acima: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Curitiba_04_2006_06_RIT.jpg?uselang=pt (fotografa-do em 2006, pelo usuário MARIORDO).

Fonte da planta: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Curitiba_PublicTransport.png?uselang=pt-br (criado e carrega-do em 2005, pelo usuário MAXIMILIAN DÖRRBECKER).

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TERMINAL DE PORTO DE SANTOS Está localizado no município de Santos, da Baixada Santista (estado de São Paulo). É o maior porto do Brasil e da Améri-ca Latina, em termos de quantidade de mercadorias embarcadas e desembarcadas. O porto de Santos recebe ligações rodoviárias (rodovia Anchieta e Imigrantes) e ferroviárias (FEPASA e RFFSA, hoje concedidas pela América Latina Logísti-ca e MRS Logística). Na imagem acima, mostra o terminal de carga e descarga de contêineres em dois navios ancora-dos.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/jorgebrazil/4346821459 (fotografado em 2010, pelo usuário JORGE ANDRADE).

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PRAIA DE COPACABANA Copacabana é um bairro nobre localizado na Zona Sul do Rio de Janeiro, onde mora a população de média e alta renda. O hotel mais famoso desse bairro é a Copacabana Palace Hotel. Além de Copacabana, os bairros da Zona Sul — como Ipanema, Leblon, São Conrado, Leme e Gávea — possuem o pa-drão de vida semelhante aos países europeus: IDH muito alto, tempo de escolaridade alto, saúde e serviços públicos de

primeiro mundo, etc.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Rio_de_janeiro_copacabana_beach_2010.JPG?uselang=pt-br (fotografa-do em 2010, pelo usuário CHENSIYUAN).

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PONTE RIO–NITERÓI Também conhecida como Ponte Pres. Costa e Silva, ela liga entre dois municípios da Região Metropolitana do Rio de Janeiro, passando na Baía de Guanabara. Foi construída em 1969 e inaugurada em 1974. Hoje, quem faz a manutenção e administração dessa ponte é a CCR PONTE S.A., desde 1995, e tem pedágio na entrada do município de Niterói, desde inauguração. Na imagem ao fundo, mostra a área portuária do Rio.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/8821710@N05/3248661239 (fotografado em 2007, pelo usuário ARTHUR BOPPRÉ).

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ZONA OESTE DA CIDADE DE SÃO PAULO

Na zona oeste, encontram-se centros financeiros e empresariais ao lado direito do Rio Pinheiros e da Avenida Nações Unidas. Na imagem acima, mostra o bairro Brooklin e o trem da Linha 9 – Esmeralda (da CPTM), antiga Linha Sul da FEPASA e depois a Linha C da CPTM. São Paulo é o município mais populoso do Brasil, com mais de 11 milhões de habitantes.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Brooklin_%C2%B9%C2%B2.jpg?uselang=pt-br (fotografado em 2009, pelo usuário LUKAAZ - MARCELO).

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LENÇOIS MARANHENSES O Parque Nacional de Lençóis Maranhenses está localizado na porção nordeste do estado do Maranhão, nas margens do Rio Preguiças. Nele, abrange dunas e pequenas lagoas de água doce com área de mais de 155 mil hectares, bem pare-cido com o deserto.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Lencois_Maranhenses_8.jpg?uselang=pt-br (fotografado em 2008, pelo usuário VITOR 1234).

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BRASÍLIA É a capital administrativa da República Federativa do Brasil, localizada no Planalto Central. Ela foi construída e inaugura-da em 1960, pelo presidente Juscelino Kubitscheck, para substituir a antiga capital federal Rio de Janeiro. Na imagem acima, se encontram a Esplanada dos Ministérios (em dois lados) e o Congresso Nacional (no meio do Eixo Monumen-

tal).

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Esplanada_dos_Minist%C3%A9rios,_Bras%C3%ADlia_DF_04_2006_(modificada).jpg?uselang=pt-br (fotografado em 2006, pelo usuário MARIORDO; e modificado pelo usuário HEITOR CARVALHO JORGE).

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RIO SÃO FRANCISCO O Rio São Francisco nasce na Serra da Canastra (estado de Minas Gerais) e desagua no Oceano Atlântico (limite entre estados de Alagoas e Sergipe). Esse rio banha estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Embora passe no Sertão Nordestino, ele é um rio perene e possui hidrelétricas mais importantes, como Três Marias, Itaparica, Sobradinho e Paulo Afonso. Na imagem acima, mostra os cânions do Rio São Francisco no município de Delmiro Gou-veia, estado de Alagoas.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Canions_do_Rio_S%C3%A3o_Francisco.JPG?uselang=pt (fotografado em 2005, pelo usuário DANILO PEREIRA).

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TRÊS MARIAS As Três Caixas d’Águas (Três Marias) estão localizadas na área central de Porto Velho (estado de Rondônia), hoje estão desativadas. Elas foram construídas e montadas durante a construção da Estrada de Ferro Madeira—Mamoré (1907—1912), em kits dos EUA, e serviam para abastecer as residências dos funcionários da ferrovia.

Fonte: http://www.flickr.com/photos/caiocesar89/6067351089 (fotografado em 2007, pelo próprio usuário Caio Cesar Silva Cruz).

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PARQUE NACIONAL DE JERICOACOARA Esse parque está localizado no litoral oeste do estado do Ceará e possui o tipo de vegetação costeira distinta (praias, restingas, lagoas, manguezais, dunas), com área preservada de 8.850 hectares. É administrado pelo Instituto Chico Mendes, em categoria de Área de Proteção Ambiental.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:Jericoacoara_08_2007_155.JPG?uselang=pt-br (fotografado em 2007, pelo usuário MARIORDO).

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Métodos de um dos 12 motivos

Cada motivo tem seus métodos qualitativos criados que veremos no capítulo de 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida:

O que fazer? — mostra os objetivos gerais e mais importantes. Prazo — veja em Teoria de prazos geográficos. Tipo de manifestação — veja em Teoria de manifestações geográficas. Objetivos do governo — mostram as soluções específicas governamentais de como o Brasil tem que

melhorar para a população, com pensamento geográfico sustentável e social. Objetivos da sociedade — mostram as soluções especificas da sociedade civil (famílias, trabalhado-

res, empresas, estudantes). Indicadores sociais e/ou espaciais — mostram os conteúdos adequados para fazer a medição po-

pulacional ou espacial de cada motivo. Esses indicadores estatísticos são feitos pelas organizações in-ternacionais (como a ONU, o PNUD), pelo IBGE e outros órgãos de planejamento e governamentais. As medições podem ser absolutas (valor total) ou relativas (percentual e densidade).

O que deu certo até hoje e/ou dava certo no Brasil? — mostram os fatos de como o país ou al-gum estado ou município está ou estava sendo feito corretamente e reconhecida internacionalmente de outros países, com o índice de popularidade alto.

O que deu certo em outros países? — mostram os fatos de outros países de como a sociedade ci-vil é beneficiada de forma correta que o território brasileiro não a faz.

Justificativas — comprovações feitas: custo-benefício e hipótese. Vamos explicar e pensar primeiramente sobre as duas teorias da modificação do espaço geográfico do Brasil

feitas pelo autor: a teoria de prazos geográficos (tempo e espaço decorrido igualmente) e a de manifestações geográfi-cas (tempo em um só espaço).

Teoria de prazos geográficos

No contexto geográfico, o prazo é uma proporcionalidade limitada e estimada (tempo e espaço construído, res-taurado, alterado e concluído) que o governo e a sociedade têm que seguir e executar tal área ou proposta. Cada um dos doze motivos possui os três prazos (se é curto ou médio ou longo), têm alguns que possuem um prazo de forma mista (curto e médio; médio e longo; curto e longo; ou os três). No quadro da página seguinte, mostra suas proporções de tempo e espaço e os exemplos das áreas de cada um.

Teoria de manifestações geográficas

Devido aos descasos de desenvolvimento social, ambiental e econômico do espaço geográfico brasileiro, gera muitas manifestações, passeatas e muitos protestos feitos pela sociedade civil (sindicatos de trabalhadores, estudantes e em geral) e pelas Organizações Não Governamentais, buscando e lutando por melhorias e direitos de “como era antes” e “futuro adiante”.

Mas o que significa essas duas expressões (tipos de manifestação)? Vamos adiante à página seguinte. Têm alguns casos, as manifestações, passeatas e protestos concordam duas expressões de tipo misto ou com-

binado. No exemplo de Mais fontes alternativas de energia, significa que os ambientalistas querem a redução de CO2 na atmosfera e menos consumo energético (“como era antes”) e a consciência ambiental com uso das tecnologias de ener-gia solar e eólica (“futuro adiante”).

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Teoria de manifestações geográficas

Expressões Significado Exemplos

“Como era antes”

Toda a população luta ou busca as soluções do passado que estavam funcionando adequadamen-te (popularidade alta) e precisa retornar as pro-postas de reestruturação e reformas de alguma coisa, hoje então abandonada ou esquecida pelo governo.

De volta aos trens de passageiros de longa distância com linha eletrificada (operados pela RFFSA e FEPASA) e reforma tributária já.

“Futuro adiante”

Toda a população luta ou busca as soluções de que os governantes investem alguma coisa para seguir o caminho certo (mais desenvolvimento

social e econômico seguindo de outros países democráticos e de primeiro mundo).

Mais melhorias de saneamento básico e mais qualidade de ensino público

semelhante à de ensino particular.

Teoria de prazos geográficos

Prazo Proporções Exemplos

Curto

Pouca gente ocupada, menos tempo do trabalho, aproximação entre os locais, reestruturação ou res-tauração de um espaço geográfico já existente, po-rém poucas construções de pequeno porte ou modifi-cações feitas pelo homem.

Restauração da Praça Madeira—Mamoré, reforma do hospital em Brasília e implanta-ção do Expresso Turístico Paulista (refor-mas de locomotivas e vagões de passagei-ros).

Médio

Mais ou menos gente ocupada, tempo de trabalho moderado, construções de pequeno e médio porte, poucas construções pesadas ou distâncias pequenas e médias construídas de um espaço geográfico.

Construção da Universidade do Estado do Amazonas e implantação de água encanada de um bairro em Fortaleza (Ceará).

Longo

Muita gente ocupada, mais tempo de trabalho, afas-tamento entre os locais, maiores modificações, cons-truções muito pesadas ou grandes distâncias constru-ídas de um espaço geográfico.

Construção de ferrovia Norte—Sul, hidrelé-trica de Itaipu, e reurbanização das favelas da Zona Norte do Rio de Janeiro.

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12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida

Para o Brasil se tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida, são doze motivos, passos e soluções para que os governos e a sociedade civil façam a parte. Esse pacote é bem parecido às oito metas de desen-volvimento do milênio para que todos os países fizessem a parte, feitas pelo PNUD.

Esse pacote que terá explicações e dicas é este: Alimentação e agricultura Áreas mais verdes e destino do lixo Cidadania e combate à criminalidade Distribuição de renda Educação Eletricidade e fontes alternativas de energia Estrutura tributária Habitação e reurbanização Planejamento populacional Saúde e saneamento ambiental Transportes de cargas e de pessoas

Turismo (cultura e lazer).

Alimentação e agricultura

O que fazer? — Implantar a reforma agrária ampla e utilizar tecnologias para aumen-tar a produção agrícola sem precisar desmatar mais áreas.

Prazo — curto e médio. Tipo de manifestação — “como era antes” (menos áreas desmatadas) e “futuro adi-

ante” (tecnologias e técnicas do campo, e reforma agrária). Objetivos do governo — (1) Implantar a reforma agrária ampla para que os campo-

neses tenham a terra para plantar. (2) Fiscalizar as propriedades rurais sobre o uso de agrotóxicos e de técnicas de produção.

Objetivos da sociedade — (1) Utilizar tecnologias para aumentar a produção agrícola sem ampliar a área e sem desmatar. (2) Substituir os agrotóxicos por produtos ecológi-cos que matam pragas. (3) Não desperdiçar produtos alimentícios, usá-los se for neces-sidade.

Indicadores sociais e espaciais — Distribuição e proporção de áreas produtivas por propriedades rurais; número de famintos e de habitantes com insegurança alimentar.

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) O governador paulista inaugurou os res-taurantes de Bom Prato a preços populares principalmente aos trabalhadores de baixa renda. (2) O governo Lula criou o programa Fome Zero cujo objetivo de acabar a fome e a insegurança alimentar da população.

O que deu certo em outros países? —Alguns países do mundo, especialmente do antigo bloco comunista, já fizeram reforma agrária com objetivo de acabar a pobreza e a concentração fundiária do campo.

Justificativas — (1) Não adianta só combater à violência do campo sem fizer à refor-ma agrária, acabar a pobreza rural e reduzir o êxodo rural. (2) Para produzir alimentos para atender a demanda populacional são necessários os dois planejamentos: do espa-ço (local para produzir com utilização de técnicas e tecnologias) e da ocupação (número de nascidos e imigrantes de outro país).

Áreas mais verdes e destino do lixo

O que fazer? — Criar mais unidades de conservação ambiental e ter mais consciência ambiental.

Prazo — médio e longo. Tipo de manifestação — “como era antes” (mais áreas arborizadas e menos lixo). Objetivos do governo — Áreas mais verdes >> (1) Aumentar a área verde preserva-

da, criando mais unidades de conservação ambiental e reservas indígenas (preservando as culturas primitivas e suas autonomias). (2) Ampliar a fiscalização em áreas de pre-servação e punir os “vilões” ambientais: desmatamento ilegal e as práticas de queima-das. (3) Ampliar mais áreas verdes (parques) na zona urbana. Destino do lixo >> (4) Ampliar a coleta seletiva e a reciclagem. (5) Criar a lei que obrigue aos estabelecimen-tos comerciais abrirem posto de coleta de pilhas não descartáveis, óleo de cozinha e lâmpadas que contêm metais pesados. Em seguida, esses itens serão levados às usinas de reciclagem ou aos fabricantes. (6) Criar a proibição de uso de sacolas plásticas em estabelecimentos comerciais e industriais de todo território brasileiro. (7) Ampliar o uso

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de asfalto ecológico ou asfalto-borracha em estradas de rodagem e vias urbanizadas mais movimentadas.

Objetivos da sociedade — Áreas mais verdes >> (1) Plantar mais árvores nativas na

sua casa e/ou na sua empresa. Destino do lixo >> (2) Não jogar o lixo em via pública e sim na lixeira. (3) Não jogar as pilhas e as lâmpadas que contêm mercúrio na lixeira. (4) Não fazer queimadas em épocas de estiagem e sem autorização dos órgãos ambi-entais. Caso alguém esteja queimando ilegalmente, denuncie o infrator.

Indicadores espaciais — Participação da área de preservação ambiental (0—100% do total da área); área verde urbana relativa (metros quadrados por habitante); área de unidades de conservação ambiental; quantidade de lixo produzido e reciclado.

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) Alguns municípios já possuem coleta seletiva e usinas de reciclagem. (2) Curitiba (capital do Paraná) possui área verde urba-na de 54 metros quadrados por habitante (três vezes acima recomendável pela Organi-zação Mundial da Saúde); 95% dos moradores dessa cidade fazem coleta seletiva. (3) Alguns municípios já possuem a lei que proíbe a utilização de sacolas plásticas em su-permercados e outros estabelecimentos comerciais. (4) As concessionárias ECOVIAS e CCR AUTOBAN já reestruturaram as rodovias dos Imigrantes e Bandeirantes, respecti-vamente, com utilização de asfalto ecológico, com pneus velhos e reciclados. O governo do Rio de Janeiro começou a utilizar o asfalto ecológico em rodovias estaduais do esta-do.

O que deu certo em outros países? — (1) A União Europeia é a primeira região mundial a abolir o uso de sacolas plásticas, principalmente a Itália. (2) Alguns países ri-cos já possuem a tecnologia de gerar energia movida a lixo.

Justificativas — (1) Caso o morador tenha dúvida de destino correto de lâmpadas e outros produtos que contêm metais pesados e óleo de cozinha, entra em contato em Organizações Não Governamentais ligadas ao meio ambiente ou órgãos públicos ambi-entais. (2) É importante lembrar que o uso incorreto de produtos com metais pesados no lixo pode causar danos ambientais e também à saúde da população. (3) Ajudando a plantar mais e cuidar das árvores na sua residência, na sua empresa e na cidade onde você mora, ajuda a reter o CO2 e melhorar a qualidade do ar. (4) Com o lixo reciclado ajuda a preservar o meio ambiente, economizar energia e ter menos recursos não re-nováveis retirados no meio ambiente. Prefere-se em produtos com símbolo de recicla-gem. (5)A qualidade de vida depende da sua colaboração sustentável. (6) Com uso do asfalto ecológico ou asfalto-borracha está preservando o meio ambiente e evitando os pneus jogados na natureza, cuja decomposição tem tempo indeterminado.

Cidadania e combate à criminalidade

O que fazer? — Levar a educação, cidadania e lazer aos locais onde o índice de crimi-nalidade é alto e acabar a impunidade.

Prazo — curto e médio. Tipo de manifestação — “como era antes” (menores índices de criminalidade). Objetivos do governo — (1) Reestruturar a Constituição que trata sobre a penalida-

de. (2) Implantar prisão perpétua de outros crimes e pena de morte quem pratica o homicídio e os assassinatos contra a humanidade. (3) Vigiar e aumentar a fiscalização das fronteiras do país para impedir a entrada de tráfico de drogas e armas. (4) Constru-ir mais centros de tratamento a pessoas viciadas em tráfico de drogas.

Objetivos da sociedade — (1) Orientar as crianças e os jovens que seguirem o cami-nho certo (estudar e conseguir um emprego) ajuda a tornar os bons cidadãos e ainda evitam a entrar no mundo da criminalidade. (2) Orientar a família sobre os direitos dos cidadãos que sejam respeitados totalmente. (3) Receber orientações dos órgãos da se-gurança pública.

Indicadores sociais — Número de homicídios por 100.000 habitantes (mais interes-

sante) e outros índices referentes à criminalidade. O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) O número de homicídios mais outros

índices de criminalidade caíram em certos estados brasileiros através de investimentos de programas de Segurança Pública. (2) Alguns municípios possuem índices de crimina-lidades baixíssimas, principalmente o índice abaixo de 10 homicídios por 100.000 habi-tantes, semelhantes aos países com IDH alto.

O que dava certo no Brasil? — Entre antes e depois dos anos 1980 (antes da Consti-tuição de 1988) até meados dos anos 1990 tinha o índice abaixo dos 20 homicídios por 100.000 habitantes, segundo os indicadores sociais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística e Organização Pan-Americana de Saúde.

O que deu certo em outros países? — Vários países desenvolvidos possuem índice baixo de homicídios pelo motivo da justiça rápida e da desigualdade moderada da po-pulação que os países em desenvolvimento e com desigualdade social grave.

Justificativas — (1) Não adianta só combater a criminalidade sem que os habitantes

POLICE

4TH DISTRICT POLICE

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tenham acesso primeiro à educação, à cidadania e ao lazer em áreas onde possuem pi-or IDH. (2) A criminalidade não é causada pela pobreza da população, e sim pela desi-gualdade social e pela impunidade. (3) Segundo a Organização das Nações Unidas, a

taxa de homicídios não pode ser acima de 10 por 100.000 habitantes. (4) Para atingir os índices de homicídios nos anos 1980, será possível alterar as leis da Constituição de 1988 e garantir os direitos dos cidadãos. (5) Esses objetivos do governo e da sociedade podem ajudar o país com direitos dos cidadãos bem respeitados e preservados. (6) Se-gundo o geógrafo Milton Santos, a cidadania é uma “lei da sociedade” que atinge todas as pessoas quanto aos seus direitos de uma existência digna.

Distribuição de renda O que fazer? — Redistribuir a renda da população, através de programas sociais. Prazo — longo. Tipo de manifestação — “como era antes” e “futuro adiante”. Objetivos do governo — (1) Abrir cursos de qualificação profissionalizante aos habi-

tantes de baixa renda para que todos consigam o emprego formal com facilidade. (2) Melhorar ainda mais o programa de redistribuição de renda nacional.

Objetivos da sociedade — (1) Para entrar no mercado de trabalho e melhorar a ren-da, o importante é ter o nível escolaridade adequada da sua profissão. (2) Para receber o benefício do programa Bolsa Família, a família que vive na pobreza tem que cumprir duas obrigações: atualizar as frequências escolares dos filhos (6 a 17 anos) e os acom-panhar no estabelecimento de saúde; caso contrário é cancelado o auxílio.

Indicadores sociais — Proporção da riqueza de 1%, 10% ou 20% mais ricos; pro-porção de 10%, 20%, 50% ou 60% mais pobres; proporção de 30% ou 60% dos in-termediários.

O que deu certo até hoje no Brasil? — O governo Fernando Henrique Cardoso criou o programa Bolsa Escola que depois passou a se chamar Bolsa Família, no governo Lu-la. O objetivo é enviar o auxílio-financeiro às famílias que vivem na linha pobreza.

O que deu certo em outros países? — Vários países latino-americanos já possuem os programas de redistribuição de renda.

Justificativas — Os programas de redistribuição de renda ajudam as famílias a sobre-viverem na miséria e na pobreza. Família dessa condição tem direito a receber esse be-nefício, desde que cumpre os quesitos na educação e na saúde (ambos são itens mais importantes da sociedade).

Educação

O que fazer? — Melhorar a qualidade de ensino público semelhante à de ensino par-ticular e incluir mais jovens de baixa renda na universidade pública ou privada.

Prazo — curto (educação básica) e médio (sistema universitário). Tipo de manifestação — “futuro adiante”. Objetivos do governo — Ensino básico >> (1) Melhorar a valorização e premiar os

melhores profissionais dos estabelecimentos públicos de ensino básico. (2) Ampliar bol-sas de estudos aos alunos de baixa renda para que estudem em colégios privados. (3) Construir e criar mais escolas técnicas integradas. (4) Melhorar e reestruturar a quali-dade de ensino público básico e gratuito semelhante à de ensino particular, inclusive em horário integral. Ensino superior >> (5) Criar um sistema universitário para que os alunos mais ricos paguem proporcionalmente as mensalidades para estudarem nas uni-versidades do governo e os de baixa renda recebam bolsas de estudo e empréstimos para estudar. (6) Reestruturar o processo de seleção discente (mais concluintes de es-colas públicas que querem disputar em um dos cursos cuja concorrência ultrapasse 10

candidatos por vaga). Objetivos da sociedade — (1) As famílias têm obrigação de matricular filhos de 6 a

17 anos em um dos estabelecimentos de ensino público ou privado. (2) Orientar os fi-lhos que estudar mais ajuda a ter muitas chances de entrar no mercado de trabalho e ser um excelente cidadão.

Indicadores sociais — Índice de analfabetismo (ou índice de educação adulta, inver-samente); participação dos jovens de acesso ao ensino superior (0—100%); tempo médio e expectativa de anos de estudo.

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) Em 2004, foi implantando o PROUNI (Programa Universidade para Todos) com objetivo de levar jovens de baixa renda a es-tudarem em faculdades privadas. A meta é chegar mais de 30% da população de 18 a 24 anos com acesso ao ensino superior. (2) Algumas universidades públicas estão inclu-indo mais jovens concluintes das escolas públicas, em cursos mais concorridos do dia-a-dia (como Medicina, Direito e cursos na área de saúde). (3) No regime militar, foi criado o MOBRAL (Movimento Brasileiro de Alfabetização) com objetivo de diminuir o número

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de jovens e adultos analfabetos do Brasil e ampliar a qualificação deles. Hoje, o índice de analfabetismo continua em declínio, com programa Brasil Alfabetizado. (4) Alguns e poucos municípios já possuem a educação integral (8 horas) e pública básica de quali-

dade semelhante à de particular. O que deu certo em outros países? — (1) Quando a Coreia do Sul era país mais

pobre semelhante ao Brasil, o governo investiu pesadamente em sistema educacional (qualidade de ensino público e mais alunos de baixa renda nas universidades públicas). Hoje, 89% da população jovem sul-coreana têm acesso ao ensino superior (alunos mais ricos pagam para estudar em universidades do governo e mais pobres recebem bolsas de estudo). (2) Em Cuba, país comunista, o índice de analfabetismo caiu ligei-ramente, nos anos 1960, quando o governo Fidel Castro investiu em áreas sociais, in-clusive programas de alfabetização.

Justificativas — (1) Com os objetivos nessa área social ajudam a reduzir as desigual-dades sociais e econômicas, qualificando os cidadãos com muitas chances de entrar no mercado de trabalho (cada profissão exige o nível de escolaridade e o curso de qualifi-cação adequado). (2) O importante é que toda a população colabora com isso. Só não estuda quem não quer, mas pode entrar na lista da exclusão social, depois não adianta reclamar quem vai conseguir emprego. (3) O sistema universitário é muito caro e desi-gual, só perde Estados Unidos e Suíça; quem paga essa conta é a sociedade inteira, principalmente aos pobres. Nos objetivos do governo, caso o item 5 for feito, o orça-

mento do Ministério da Educação destinado a isso será convertido à melhoria da quali-dade de ensino público básico e gratuito (escolas municipais e estaduais).

Eletricidade e fontes alternativas de energia

O que fazer? — Investir em fontes alternativas de energia e reduzir os impostos e as margens de lucro sobre esses itens.

Prazo — médio e longo (dependendo do tipo de fonte de energia). Tipo de manifestação — “como era antes” (menos consumo energético geral e emis-

são de CO2) e “futuro adiante” (utilização das tecnologias energéticas, como eólica, marinha e solar).

Objetivos do governo — (1) Construir mais usinas de energia solar, marinha e eóli-ca, principalmente em locais remotos (como a Amazônia que depende de deslocamento por rios). (2) Substituir o uso do carvão mineral e do petróleo por gás natural e bio-massa em usinas termelétricas. (3) Reduzir os impostos e os preços sobre os equipa-mentos de energia solar e eólica. (4) Aumentar a produção de combustíveis renová-veis: etanol, biodiesel e hidrogênio. (5) Implantar o valor único da eletricidade consu-mida (quilowatt/hora) por todo território brasileiro e reduzir as alíquotas de tributos so-bre a energia elétrica.

Objetivos da sociedade — (1) Instalar os equipamentos de energia solar (painéis fotovoltaicos) e/ou eólica (cata-ventos) na sua própria casa e/ou na sua empresa, re-duzindo o consumo energético. (2) Seguir dicas como economizar a eletricidade.

Indicadores sociais — Produção e consumo de energia (toneladas equivalentes de petróleo e megawatts de eletricidade); participação da produção energética (0—100%).

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) Alguns estados na faixa litorânea já pos-suem as usinas eólicas, principalmente nos estados do Ceará e Rio Grande do Sul. (2) Com a crise do petróleo de 1973, foi criado o programa PROÁLCOOL, com objetivo de produzir o álcool ou etanol, o combustível renovável com base no plantio de cana-de-açúcar. Mais tarde, começaram as primeiras fabricações de carros FLEX, que usa os dois combustíveis: gasolina e etanol. (3) No governo Lula, começou a primeira produ-ção de biodiesel. (4) Depois dos carros FLEX, já existem ônibus movidos a etanol circu-lando, principalmente na capital paulista. (5) Após ano 2008, já estão em circulação nas ruas paulistanas os ônibus movidos a hidrogênio.

O que deu certo em outros países? — (1) A União Europeia é a primeira região a produzir o hidrogênio aos veículos e barcos (combustível que libera vapor d’água, ao invés de dióxido de carbono), porém custa cinco vezes mais caro que o litro da gasoli-na. (2) Alguns países europeus querem desativar as usinas nucleares pela causa do lixo radioativo e substituí-las por usinas com fontes alternativas de energia. (3) Em regiões desérticas e quentes, possuem usinas de energia solar, principalmente na porção oeste dos Estados Unidos (no estado de Arizona). (4) Já existem carros movidos à eletricida-de em alguns países.

Justificativas — (1) Com aumento gradual de fontes alternativas ou renováveis de energia, ajuda a reduzir a emissão de gases de efeito estufa (principalmente o CO2) na atmosfera. (2) Cada casa e empresa instalada por painéis solares e cata-ventos gerado-res de energia ajudam a diminuir o consumo de eletricidade. Embora esses equipa-

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mentos custem caros, economiza quase a metade da energia produzida pelas termelé-tricas e hidrelétricas, e ainda evita mais construções dessas usinas.

Estrutura tributária

O que fazer? — Reforma tributária ampla e urgente. Prazo — curto. Tipo de manifestação — “como era antes”. Objetivos do governo — (1) Incorporar e reunificar os tributos para que a quantida-

de deles fique menor e a carga tributária não passe dos 27% do Produto Interno Bruto. (2) Reduzir as alíquotas de tributos sobre o consumo e os serviços públicos para que a população precise ter acesso à sobrevivência. Essas alíquotas não podem passar dos 30% do valor do produto fabricado no país e sem cumulativo, seguindo em outros paí-ses emergentes. (3) Limitar a margem de lucro, depois da reforma tributária. (4) Os tributos pagos precisam ser retornados 90% em investimentos benéficos à população. E outros 10% em dívidas do governo. (5) Cortar gastos desnecessários e reformar a previdência social e os órgãos governamentais.

Objetivos da sociedade — A população precisa lutar contra o excesso da carga tribu-tária e cobrar as providências ao governo.

Indicadores sociais — Carga tributária (% do PIB).

O que deu certo até hoje no Brasil? — Pesquisa não disponível. O que dava certo no Brasil? — Até meados dos anos 1990 (antes da Constituição de

1988 e antes do governo Fernando Henrique Cardoso), a estrutura tributária era bem apropriada seguindo os mesmos padrões de outros países emergentes, embora a infla-ção esteja elevada. Os custos de consumo e de serviços eram praticamente os mesmos dos países latino-americanos.

O que deu certo em outros países? — Pesquisa não disponível. Justificativas — (1) Com a reforma tributária feita ajuda a aumentar a competividade

nacional e internacional e geração de mais empregos. O dinheiro dos tributos pagos pe-los cidadãos tem que ser aplicado com responsabilidade e transparência. (2) Nos itens 1 e 2, nos objetivos do governo, ajuda a ampliar o poder de compra e o aumentar o consumo da maioria da população. (3) Tendo a estrutura tributária igual a países emergentes e Brasil até anos 1990, os custos de produtos fabricados no território brasi-leiro teriam praticamente os mesmos custos em países latino-americanos e seriam mais baratos, beneficiando toda a população. (4) O que a estrutura tributária tem que a ver com a Geografia do Brasil? Os tributos pagos não servem apenas alimentar a máquina

do governo, e sim retornar em investimentos sociais, principalmente saúde e educação, para a população ter o padrão de vida digna no município, no estado e no país inteiro, com menos desigualdades regionais e organização do espaço geográfico. (5) Todo mundo está a favor dos tributos, porém é contra o excesso e os altos valores de tribu-tos e contra o mau uso do dinheiro público.

Habitação e reurbanização

O que fazer? — Acabar as áreas faveladas e melhorar os serviços públicos nos bairros periféricos.

Prazo — médio (casas populares) e longo (reurbanização das favelas). Tipo de manifestação — “como era antes” (baixo número de favelas e ocupações

irregulares) e “futuro adiante” (serviços públicos a todos os bairros da periferia). Objetivos do governo — (1) Construir conjuntos habitacionais às famílias pobres e

que moram em áreas de risco. (2) Retirar as habitações construídas em morros e pró-ximas nas margens dos rios, lagos e reservatórios de água de forma irregular. (3) Levar mais serviços públicos à população de bairros periféricos.

Objetivos da sociedade — (1) Não construir uma habitação em áreas de risco e de preservação ambiental, caso contrário sofrerá as consequências. (2) Para conseguir uma moradia confortável, depende de planejamento familiar e emprego bem remune-rado.

Indicadores sociais e espaciais — Participação da população que moram em favelas (0—100%); participação de domicílios com acesso à água tratada, à rede de esgoto e a serviços públicos, e que possuem os bens (0—100%).

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) Alguns municípios construíram seus con-juntos habitacionais aos moradores de baixa renda que moravam em áreas de risco. (2) Campo Grande, estado de Mato Grosso do Sul, será a primeira capital do Brasil a erra-dicar favelas. (3) No Programa de Aceleração de Crescimento, lança o programa Minha Casa Minha Vida, com objetivo de construir 1 milhão de moradias a famílias que ga-nham até 10 salários mínimos na primeira etapa, e mais 2 milhões na segunda etapa.

O que deu certo em outros países? — Pesquisa não disponível.

GOVERNMENT

COFFERS

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Justificativas — (1) Toda a população tem direito à moradia digna e adequada, o importante é que os governantes criam políticas habitacionais. (2) Para erradicar todas as favelas do Brasil e ter moradia para todos só será possível que toda população tenha planejamento migratório e familiar antes de prosseguir o caminho sustentável.

Planejamento populacional

O que fazer? — Ter o planejamento familiar e criar controle de natalidade amplo. Prazo — médio e longo. Tipo de manifestação — “como era antes” (número de habitantes) e “futuro adiante”

(planejamento familiar para todos). Objetivos do governo — (1) Criar a idade mínima dos habitantes que pretendem

casar (recomendável mínimo 21 anos). (2) Criar o limite do número de filhos por mu-lher (recomendável máximo dois recém-nascidos) e da idade fértil (acima de 23 ou 25 anos). (3) Suspender a licença maternidade da população jovem feminina (que tenha a idade de menos de 23 ou 25 anos), mesmo que esteja estudando e/ou trabalhando.

Objetivos da sociedade — (1) Adotar em um dos filhos adotivos que estão no orfa-nato, ao invés de filhos biológicos. (2) Não abandonar os recém-nascidos nas ruas e sim educá-los e cuidá-los. (3) Os pais precisam orientar as adolescentes que a gravidez precoce pode acarretar o abandono de estudos e o atraso de seguir o caminho correto

(emprego e qualidade de vida). Estudar e conseguir um bom emprego estão no primei-ro plano da sociedade; já o casamento e os primeiros filhos ficam no último plano.

Indicadores sociais — Índice de natalidade (nascidos por 1.000 habitantes); índice de mortalidade (mortos por 1.000 habitantes); crescimento natural ou vegetativo (nas-cidos — mortos, % ao ano); crescimento demográfico (nascidos — mortos e imigração — emigração, % ao ano); taxa de fecundidade ou fertilidade (filhos por mulher de 15 a 49 anos).

O que deu certo até hoje no Brasil? — Após anos 1950, o índice de natalidade co-meçou a cair devido ao uso contínuo de métodos anticoncepcionais, de esterilização e de outros processos de limitar o número de filhos. O crescimento populacional do país é monitorado pelos órgãos de planejamento e pelo IBGE.

O que deu certo em outros países? — (1) A China, país mais populoso do mundo, criou a lei do filho único com objetivo de controlar o excesso número de nascidos, des-de anos 1980, o que permanece até hoje. As propostas do governo chinês são legaliza-ção do aborto e casamento no mínimo 28 anos de idade. (2) Nos países europeus, os governos estão criando a política de conter o declínio da população e da economia tais como: permitir a entrada de imigrantes de outros continentes ou os casais terem mais de dois filhos, recebendo o salário-maternidade, e proibição de aborto.

Justificativas — (1) O controle e a redução da taxa de natalidade ajudam a reduzir as desigualdades sociais (entre riqueza e pobreza) e melhorar o padrão de vida à maioria da população, atendendo a demanda de serviços básicos de saúde, educação, infraes-trutura, trabalho, habitação, recursos hídricos e alimentação. Além disso, aumenta a participação das mulheres no mercado de trabalho. (2) O controle de natalidade tem que ser de forma moderada e aleatória, dependendo do planejamento e da demanda populacional por país. Caso ocorre o declínio da população e da atividade econômica, é necessário que tenha mais de dois filhos por casal ou permitir a entrada de imigrantes, igual a que acontece em continente europeu e Federação Russa. Outro lado, para con-ter o crescimento populacional rápido, é necessário que tenha menos de dois filhos por casal e restringir a entrada de imigrantes. (3) Uma família que tenha um ou mais adoti-vos do orfanato ajuda a retirar todas as crianças e jovens abandonados que vivem nas ruas.

Saúde e saneamento ambiental

O que fazer? — Reestruturar o sistema de saúde e universalizar a água tratada e a rede de esgoto para toda a população.

Prazo — curto (reestruturação da saúde), médio (construção de estabelecimentos de saúde) e longo (saneamento ambiental nas áreas urbanas, dependendo por cidade; e nas áreas rurais, dependendo da distância entre propriedades de terra).

Tipo de manifestação — “como era antes” (moderação e menos consumo de recur-sos hídricos) e “futuro adiante” (universalização).

Objetivos do governo — Saúde >> (1) Construir mais ou reformar postos de saúde e hospitais em municípios onde não há esses serviços, ajudando a reduzir a migração in-tensa em busca de atendimentos hospitalares em outro município. (2) Passar o hospital particular ao Estado (secretaria de saúde), caso o estabelecimento esteja em falência ou fechado. Saneamento ambiental >> (3) Levar a água tratada e rede de esgoto aos moradores da área urbana que não possuem nenhum desses serviços de saneamento

WATER

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ambiental, principalmente nas regiões Norte e Nordeste, e construir mais estações de tratamento de água e esgoto em locais que não têm esse acesso. (4) Criar os incenti-vos fiscais às empresas de saneamento ambiental para universalizar esses serviços de

baixo custo às famílias de baixa renda. (5) Fiscalizar e autuar as residências e os esta-belecimentos que lançarem os esgotos de forma incorreta e retirarem as matas ciliares nas margens dos rios e lagos.

Objetivos da sociedade — Saúde >> (1) Sempre fazer exames médicos e laboratori-ais periódicas para acompanhar o estado de saúde, principalmente o pré-natal. (2) Quem é motorista, dirija com cuidado e prudência e não tomar bebidas alcoólicas en-quanto tiver no volante. Respeite as leis de trânsito. Saneamento ambiental >> (3) De-pois da construção de um domicílio, não despejar o esgoto a céu aberto nem nos rios ou riachos, e sim ligar em fossas sépticas de forma correta, caso não há rede coletora de esgoto. (4) Economizar e consumir a água de forma moderada (sem desperdícios); se possível, reaproveita a água da chuva para lavar o piso da casa ou da empresa. (5) Não retirar a vegetação nas margens dos rios ou riachos nem nas encostas.

Indicadores sociais — Número de habitantes por médico e leito (ou número de mé-dicos e número de leitos por 1.000/10.000/100.000 hab.); mortalidade infantil (0—1.000 crianças de até 1 ou 5 anos); expectativa de vida (anos); e participação da popu-lação ou dos domicílios com acesso à água tratada e à rede de esgoto (0—100%).

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) O Ministério da Saúde, do Governo Fer-

nando Henrique, criou os medicamentos genéricos que saem pouco mais metade do preço do similar. Mais tarde, foram criadas Farmácias Populares, do Governo Lula, onde têm os remédios até 95% mais baratos. (2) Alguns municípios com IDH alto já possu-em saneamento básico universalizado (para toda a população local); boa parte deles fi-ca nos estados do Centro-Sul do Brasil.

O que dava certo no Brasil? — Durante o período do regime militar, houve um grande salto da participação de domicílios com acesso à água encanada (entre 1970 a 1980): de 32,8% para 56%; pelo motivo da metade da população morar na zona urba-na.

O que deu certo em outros países? — (1) Praticamente todos os países desenvolvi-dos já possuem saneamento básico universalizado. (2) Vários países europeus possuem hospitais públicos com atendimento de qualidade semelhante aos privados.

Justificativas — (1) Com mais consciência de trânsito ajuda a reduzir o número de acidentes e a superlotação dos hospitais. (2) Com saneamento básico universalizado contribui ainda mais a saúde da população e a preservação ambiental (principalmente os recursos hídricos), com a economia dos cofres públicos destinados à internação de

pacientes com doenças causadas pela água contaminada e pelo esgoto a céu aberto. (3) Lembre-se que a água é um recurso natural renovável e indispensável do nosso planeta, mas é limitada; faça sua parte: economize a água e não jogue o lixo em igara-pés ou rios.

Transportes de cargas e de pessoas

O que fazer? — Pôr a volta das ferrovias públicas ao transporte de pessoas de longa distância, instalar as eletrificações em metade dos ramais ferroviários e dar prioridade a transportes coletivos.

Prazo — curto e médio (reativação e restauração), e longo (construção). Tipo de manifestação — “como era antes” (administração das estatais e menos car-

ros nas ruas e rodovias) e “futuro adiante” (expansão de ferrovias e transportes coleti-vos).

Objetivos do governo — Estradas de ferro >> (1) Acabar a concessão de estradas de ferro operadas pela iniciativa privada mesmo antes do término de contratos, com exceções dos trechos operados pela mineradora Vale e da estrada de ferro Amapá. (2) Recriar e reestruturar as estatais RFFSA e FEPASA, transformando em sociedade de economia mista e atendendo o transporte de mercadorias e de passageiros. (3) Instalar as eletrificações (catenárias) e utilizar locomotivas elétricas na metade da malha ferro-viária do Brasil, reduzindo o consumo de óleo diesel. (4) Reativar as ferrovias públicas ao transporte regular de pessoas, em áreas densamente povoadas e populosas (ramais ferroviários paulistas, Santos à Jundiaí, Bauru a Corumbá, Campinas à Brasília, Belo Ho-rizonte a Montes Claros, Central do Brasil, ligação entre Porto Alegre à Uruguaiana), como era no final dos anos 1990. Transportes coletivos >> (5) Construir e expandir mais veículos leves sobre trilhos (VLT), veículos leves sobre pneus (VLP), monotrilhos e/ou metrôs e suas estações para atender em bairros mais populosos das médias e grandes cidades. (6) Melhorar e renovar os transportes urbanos. (7) Criar o rodízio e a restrição de circulação de veículos. (8) Ampliar a fiscalização de trânsito e cobrar taxas de estacionamento de veículos individuais de passeio em ruas mais movimentadas.

Objetivos da sociedade — (1) Andar menos carro ou deixar carro em casa e optar

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em transportes coletivos e bicicletas ou a pé mesmo. (2) Conservar os meios de trans-porte público e suas estações e seus terminais, pois é muito importante de deslocamen-to de casa ao trabalho e vice-versa, quem mora longe dos centros urbanos.

Indicadores espaciais — Extensão da rede de metrô e transportes sobre os trilhos (quilômetros por cidade); extensão da rede de veículos leves sobre pneus; malha rodo-viária, ferroviária e hidroviária (quilômetros); número de aeroportos; número de veícu-los motorizados e de carros particulares.

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) Somente as estradas de ferro Vitória—Minas e Carajás, operadas pela mineradora Companhia Vale do Rio Doce (hoje Vale S.A.), ainda mantêm o funcionamento do transporte regular de passageiros de longa distância. (2) Curitiba é a primeira cidade a implantar o VLP ou BRT (Trânsito Rápido de Ônibus, em inglês), em 1979; 3 em cada 4 curitibanos utilizam esse transporte. Goiânia (Goiás), Uberlândia (Minas Gerais) e ABCD Paulista também já possuem esse sistema.

O que dava certo no Brasil? — (1) Quando as estatais RFFSA (em 1957) e FEPASA (em 1971) foram criadas, o transporte de passageiros e mercadorias de longa distância se mantinha em funcionamento e as catenárias também, embora a malha rodoviária es-teja em expansão. O transporte ferroviário de passageiros atendia em áreas intensa-mente povoadas e populosas, principalmente aos estados de São Paulo e Rio de Janei-ro. (2) As linhas férreas eletrificadas serviam a trens de passageiros e de mercadorias com uso locomotivas elétricas (de bitolas métrica e larga), fabricadas pela empresa multinacional General Electric, na metade da malha ferroviária paulista e dos estados do Rio de Janeiro e Minas.

O que deu certo em outros países? — (1) Na Federação Russa, o maior país do mundo, quase a metade da malha ferroviária é eletrificada e ainda atende o transporte de trens de passageiros, especialmente a Transiberiana (que liga de Moscou a costa pacífica, com a distância de mais 9.000 quilômetros). Os serviços ferroviários de passa-geiros e de cargas são operados pela empresa estatal russa. (2) Nos Estados Unidos, embora as ferrovias de cargas sejam administradas pelas empresas privadas (CSX Transportation e BNSF Railway), há o transporte de passageiros mantido pela empresa estatal federal Amtrak (caminhos americanos, em inglês) que liga nas regiões leste, central e oeste do país em longas distâncias.

Justificativas — (1) Além de transportes ferroviários só para transportar mercadorias hoje, os trens de passageiros de longa distância ajudam a atender em regiões mais po-pulosas e povoadas e de grandes dimensões continentais, levando em conta de benefí-cios sustentáveis e sociais: menos acidentes de trânsito, menos congestionamentos ro-doviários e aéreos e poluição. Caso for feito isso, as conexões aéreas serão extintas. (2) Ao invés de passar serviços ferroviários do Brasil à iniciativa privada (concedida por 20

ou 30 anos) pelo governo Fernando Henrique Cardoso, deveria manter e refortalecer as estatais RFFSA e a FEPASA em operação, para não pôr o fim às linhas férreas eletrifica-das e aos serviços de passageiros. (3) A implantação do trem-bala (TAV – Trem de Alta Velocidade) do Brasil, que liga do Rio a Campinas, custa caro cujo investimento é de 50 bilhões de reais. A única alternativa disso é instalar as catenárias e reativar os trens de passageiros (locomotivas elétricas e carros de restaurante e assentos) com reaprovei-tamento da antiga Central do Brasil (de Belo Horizonte a Rio e Rio a São Paulo); essa custa menos que trem-bala. (4) A população que usa transporte individual constante-mente não adianta reclamar dos congestionamentos num espaço físico, a única solução é a melhoria do transporte público. (5) Nos objetivos da sociedade, com menos carros e motos nas ruas ajudam a diminuir os congestionamentos, os acidentes de trânsito e a poluição atmosférica.

Turismo (cultura e lazer)

O que fazer? — Restaurar e recuperar patrimônios históricos, culturais e naturais, e

construir mais parques e locais para lazer. Prazo — curto e médio. Tipo de manifestação — “como era antes” (patrimônios originais). Objetivos do governo — (1) Restaurar e recuperar os patrimônios e as atrações tu-

rísticas, como museus, praças, igrejas, estações e locais de visitação, com parceria pú-blico-privada. (2) Fiscalizar as praias e os pontos turísticos mais valorizados para evitar depredações ambientais e atos de vandalismo. (3) Abrir cursos de capacitação e de idi-omas à população que trabalha no setor turístico.

Objetivos da sociedade — (1) Colaborar a conservação do patrimônio histórico, cul-tural e natural. (2) Não jogar o lixo, quando estiver em praias ou pontos turísticos eco-lógicos.

Indicadores sociais — Número de turistas estrangeiros e domésticos (mais interes-sante).

O que deu certo até hoje no Brasil? — (1) Várias fundações assistencialistas, Orga-

HOTEL FIVE STARS

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nizações Não Governamentais e prefeituras dos municípios estão recuperando os patri-mônios culturais e naturais do Brasil, reconhecidos pela UNESCO. (2) Foi criado o Ex-presso Turístico, da CPTM, com objetivo de levar os visitantes e os moradores da Regi-

ão Metropolitana de São Paulo aos pontos turísticos (arquitetônicos, culturais, naturais e históricos) que passam na linha férrea. Os ramais ferroviários do Expresso Turístico são Estação da Luz—Mogi das Cruzes, Jundiaí e Paranapiacaba. (3) Foi criada a empresa Serra Verde Express que oferece as linhas ferroviárias turísticas com paisagens mais be-las do Brasil: Pantanal, Luxo, Serra do Mar e Montanha.

O que deu certo em outros países? — A Europa é o continente que mais recebe o número de turistas estrangeiros pelo motivo de ter muitas atrações turísticas mais valo-rizadas, da infraestrutura e da localização privilegiada, e do padrão de vida elevado. A França, que recebe anualmente mais de 70 milhões de turistas de outros países, é uma delas.

Justificativas — (1) O Brasil possui muita diversidade cultural e natural, por ser um país de grandes dimensões continentais; porém para dobrar o número de turistas es-trangeiros, é preciso ampliar as redes hoteleiras e melhorar a demanda de infraestrutu-ra (reativação de trens turísticos e regulares de passageiros operados pela RFFSA e FE-PASA, melhorar as áreas portuárias e aeroportuárias). (2) A atividade turística beneficia a população empregada nesse setor e que mora em locais mais valorizados e visitados.

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Considerações finais

O trabalho de tornar o Brasil uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida depende parcial-mente e totalmente em conjunto: o governo (não importa o cargo político) e a população dos 190 milhões de brasileiros (não importa a profissão, a idade, o lugar onde mora, se é sexo masculino ou feminino, se é casado e comprometido ou solteiro, se é rico ou pobre). Não adianta trabalhar de forma fatiada e separada, pensando apenas consumo, família, riquezas em dinheiro, religião, futebol e/ou cantores(as) e artistas favoritos(as); tem que pensar primeiramente como agir na sustentabilidade e na qualidade de vida desenvolvida. Caso contrário, o país entrará em crise ambiental e social e vexame de outros países desenvolvidos e emergentes.

O uso de diagnóstico de como está o Brasil hoje foi pesquisado através em sites estatísticos (IBGE, ONU e suas agências) e livros universitários geográficos (nas disciplinas de Geomorfologia Continental, Geografia Econômica, Agrária e da População, tudo relacionado à ocupação humana no espaço físico). Além dessas fontes, foram feitos seminários em grupo nas aulas de Sociologia (tema sobre a situação educacional do Brasil, em outubro/2010) e de Geografia da Popu-lação (os fins e os meios das políticas da população, em maio/2011), ambas ministradas pelas docentes Patrícia Vascon-celos e Ana Cristina, respectivamente. No tópico de Planejamento populacional e familiar (no subcapítulo Dia-a-dia da população do Brasil e seus espaços físicos), está bastante relacionado com o artigo acadêmico (Mulheres na Ciência) da disciplina optativa de Geografia e Gênero (março a julho/2011), ministrada pela docente Maria das Graças.

No capítulo de Brasil — o retrato dos últimos 50 anos mais 4 do governo Lula (evolução geográfica política, so-cial e econômica), mostra as principais modificações ocorridas no espaço geográfico brasileiro, em áreas política, social e

econômica. Há propostas com alto índice de popularidade e outros com alto índice de reprovação, no decorrer dos 50 anos (1956—2006) mais 4 anos do segundo mandato do governo Luiz Inácio “Lula” da Silva (2007—2010).

No capítulo de 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida, mostra que cada motivo tem seus métodos qualitativos de como o Brasil possa se tornar uma nação sustentável e com qualida-de e padrão de vida desenvolvida. Nos fatos noticiários (O que deu certo até hoje e/ou dava certo no Brasil? e O que deu certo em outros países?), mostram de como o país está ou estava com popularidade alta e sucesso governamental; esses fatos foram pesquisados em sites de notícias nacionais e internacionais através de acervos digitais (na revista Veja, desde a primeira edição de 1968 até hoje), telejornais e mídias impressas.

Os objetivos do governo e da sociedade de cada motivo foram criados através em pensamentos das obras dos geógrafos (Milton Santos e Jacques Verriere), inspirações do Brasil passado (entre os anos 1960 até o final dos anos 1990) e de outros países emergentes e desenvolvidos, e as próprias ideias. As justificativas são comprovadas pelo pró-prio autor, tudo relacionada à sustentabilidade e ao padrão de vida populacional do espaço geográfico brasileiro.

O pacote de 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida tem que be-neficiar inicialmente à população de baixa renda e em áreas com pior IDH e onde há muitos impactos ambientais. Esse pacote pode estar sujeito a vários fatores entre o governo e a população do país, tais como: educação ambiental, edu-cação de trânsito, combate a corrupção, uso correto do dinheiro público, transparência, etc.

Caso todos os doze motivos forem feitos em conjunto, teremos um novo país ecologicamente correto, com so-ciedade menos desigual e espaço geográfico bastante organizado, em equilíbrio entre sustentabilidade e qualidade de vida. Além do mais, a população agradeceria ao governo se fizesse essa parte. Essa conversão e modificação poderão ocorrer em forma gradual e transitória (passagem do tempo e espaço decorrido).

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Glossário

Bitola – é uma largura interna entre os trilhos. Segundo as estatísticas, 6 em cada 10 quilômetros de estradas de ferro do mundo são de bitola padrão ou internacional (1.435 milímetros). A largura dos trilhos não é homo-gênea, e sim pode variar país por país no decorrer da história de engenharia ferroviária.

Crescimento demográfico – ou crescimento populacional é uma diferença entre as taxas de natalidade e mortalidade mais as de imigração e emigração. O cálculo de crescimento demográfico é diferente do cálculo de crescimento natural ou vegetativo (diferença somente entre nascidos e mortos).

Dívida externa – é a quantidade de dinheiro emprestado que deve aos bancos internacionais. Expectativa de vida – indica o número médio de anos que um grupo de habitantes pode esperar a viver. Os

países desenvolvidos e industrializados possuem expectativa de vida elevada, em virtude de melhorias de sane-amento básico, sustentabilidade e saúde pública e universal. A expectativa de vida não pode ser confundida por média da idade (a soma de todas as idades dividida por número total de habitantes).

Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) – é um cálculo comparativo criado pelo Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento, com objetivo de analisar a qualidade e o padrão de vida da população do país, da região ou do município. A média do IDH é calculada em três quesitos: a educação, a renda e a longevidade. A escala do IDH varia entre zero a um. Quanto maior o IDH, melhor a qualidade de vida da população.

Inflação – é o aumento geral de preços dos produtos e serviços. Geralmente, a inflação ocorre quando há

mais consumidores comprando do que produtos em disposição. Populoso – significa que o país, a região ou o município possui o número total de habitantes de uma determi-

nada área. Também pode ser chamado de população absoluta ou população residente. Povoado – significa que o país, a região ou o município tem o número de habitantes por quilômetro quadrado,

como se tivesse distribuído à população residente em partes iguais da área territorial. Também pode ser cha-mado de população relativa ou densidade demográfica. Lembre-se: nem sempre um país mais populoso é um país mais povoado, pois o cálculo da população relativa pode variar de acordo com a área territorial.

Privatização – é o processo de venda e leilão de uma empresa estatal (vinculado ao governo) ao controle da iniciativa privada.

Região metropolitana – ou área metropolitana é uma região onde a atividade industrial cresceu tanto que a metrópole se estendeu para uma ou mais cidades vizinhas e logo avançou sobre outras cidades. Esse conjunto de cidades contíguas passou a constituir uma única e imensa área urbana. (VESENTINI, J. William; VLACH, Vâ-nia. Geografia Crítica – Volume 2. São Paulo: Ática, 2001).

“Sobreviventes do governo” – é uma expressão criada pelo autor. Significa que a sociedade precisa de cui-dados e sobrevivências, e o governo tem que lhe oferecer os serviços básicos (saúde e educação), com impos-tos pagos pela população.

Sociedade de economia mista – é um tipo de empresa estatal cujo capital é detido pelo Governo, mas têm sócios privados e têm ações da Bolsa de Valores. Não confunda de empresa estatal com empresa pública. Exemplos de empresas estatais de economia mista: PETROBRAS, Caixa Econômica Federal, ELETROBRAS, Companhia Vale do Rio Doce (até 1997), etc.

Tributo – é o valor pago obrigatoriamente que o cidadão deve prestar ao Estado, através de cobrança conjun-ta de impostos, taxas e contribuições.

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Referências bibliográficas e pesquisas interpretativas LIVROS IMPRESSOS

CHRISTOFOLETTI, Antônio. Perspectivas da Geografia. São Paulo: Difel, 1985. LOBO, R. Haddock. Geografia Econômica, 9ª edição. São Paulo: Atlas, 1974. OLIVEIRA, Ariovaldo Umbelino. A agricultura camponesa no Brasil. São Paulo: Contexto, 1991. SANTOS, Milton. O espaço do cidadão. São Paulo: Nobel, 1987. VERRIÉRE, Jacques. As políticas da população. São Paulo: Difel, 1980.

ARTIGOS EM FORMATO DE PDF

_____________. Evolução do IDH das Grandes Regiões e Unidades da Federação, em: Boletim Regional do Banco Central do Brasil. Brasília: Branco Central, janeiro de 2009. Disponível em: http://www.bcb.gov.br/pec/boletimregional/port/2009/01/br200901b1p.pdf (acesso em setembro de 2011).

______________. Síntese de Indicadores Sociais – uma análise das condições de vida da população brasileira 2010. Rio de Janeiro: IBGE, 2010. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais201

0/SIS_2010.pdf (acesso em setembro de 2011).

ACERVOS DE IMPRENSA e SITES DE NOTÍCIAS

Planeta Sustentável: http://planetasustentavel.abril.com.br Veja: http://veja.abril.com.br/acervodigital/home.aspx

SITES ESTATÍSTICOS e INSTITUCIONAIS

Agência Central de Inteligência*: https://www.cia.gov Agência Nacional de Transportes Terrestres: http://www.antt.gov.br Brasil, país rico é país sem pobreza: http://www.brasil.gov.br Companhia Brasileira de Trens Urbanos: http://www.cbtu.gov.br Companhia Paulista de Trens Metropolitanos: http://www.cptm.sp.gov.br Desenvolvimento Rodoviário S.A.: http://www.dersa.sp.gov.br Fundo Mundial para Natureza (filial, no Brasil): http://www.wwf.org.br Greenpeace Brasil (filial): http://www.greenpeace.org.br

Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística: http://www.ibge.gov.br Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis: http://www.ibama.gov.br Instituto Chico Mendes: http://www.icmbio.gov.br Ministério do Turismo do Brasil: http://www.turismo.gov.br Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura *: http://www.fao.org Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura*: http://www.unesco.org Organização das Nações Unidas*: http://www.un.org Programa das Nações Unidas de Assentamentos Humanos*: http://www.unhabitat.org Programa das Nações Unidas para Desenvolvimento*: http://www.undp.org União Internacional de Estradas de Ferro*: http://www.uic.org Vale S.A. (antiga Companhia Vale do Rio Doce): http://www.vale.com/pt-br

Observações: (1) Os materiais de pesquisa destacados em asterisco (*) não estão disponíveis em língua portuguesa. Neles, estão escritos em inglês ou outros idiomas. (2) Os acervos de imprensa, os artigos em PDF e os sites estatísticos, de notícias e institucionais foram acessados durante a edição e a digitação do artigo, entre julho a setembro de 2011.

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Anexos – Estatísticos

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País comparando com outro país

Na tabela País comparando com outro país, foram selecionados três países mais o Brasil com seus indicadores espaciais e sociais. O objetivo disso é de como o Brasil precisa seguir o caminho rumo ao país de qualidade de vida e sustentabilidade, com a mistura de três países (Argentina, Estados Unidos e Federação Russa). A tabela tem atenção para mostrar toda a sociedade às realidades atuais entre os países.

País >> Brasil Argentina Estados Unidos Federação Russa

Bandeira nacional

Área 8.514.876 km² 2.780.403 km² 9.372.614 km² 17.075.400 km²

Capital Brasília Buenos Aires Washington Moscou

Divisão administrativa 26 estados e

Distrito Federal

23 províncias e cidade de Bue-

nos Aires

50 estados (sendo Alasca e

Havaí não estão no território

contínuo) e

Distrito de Co-lumbia

21 repúblicas; 1 região autônoma;

46 regiões admi-

nistrativas; 9 pro-víncias; 4 distritos

autônomos e 2 cidades com sta-

tus federal (Mos-

cou e São Peters-burgo)

Maior rio Amazonas Paraná Mississipi-Missouri

Ienissei

Ponto mais elevado do relevo

Pico da Neblina (2.994 metros)

Monte

Aconcágua (6.960 metros)

Monte McKinley (6.194 metros)

Monte Elbrus (5.642 metros)

Extensão dos litorais 7.491

quilômetros

4.988

quilômetros

19.924

quilômetros

37.653

quilômetros

Tipos de clima

Equatorial, tropi-cal, semiárido,

tropical de altitu-

de, tropical lito-râneo, subtropi-

cal.

Subtropical, temperado con-

tinental e oceâ-

nico, desértico, semiárido, mon-

tanhoso.

Temperado

continental e

oceânico, sub-tropical, monta-

nhoso, desérti-co, semiárido,

polar, frio.

Polar, frio, tempe-

rado continental e

oceânico, desérti-co, semiárido.

Área de floresta 4.776.980 km² 945.336 km² 3.030.890 km² 7.762.602 km²

População absoluta 190,7 milhões 40,3 milhões 314,7 milhões 140,9 milhões

População relativa 22,4 hab./km² 14,5 hab./km² 33,6 hab./km² 8,25 hab./km²

Renda dos 10% mais

ricos 43% 37,3% 29,9% 28,4%

Renda dos 10% mais

pobres 1,1% 1,2% 1,9% 2,6%

Renda per capita (paridade poder de

compra)

10.920 dólares 15.150 dólares 47.020 dólares 19.190 dólares

Mortalidade infantil (nascidos com menos de

um ano)

23,6 por mil 13,4 por mil 6,3 por mil 16,6 por mil

Expectativa de vida 72,9 anos 75,7 anos 79,6 anos 67,2 anos

Índice de educação adulta 90% 97,6% 99% 99,5%

IDH (0-1) 0,699 (73ª

posição)

0,775 (46ª

posição)

0,902 (4ª

posição)

0,719 (65ª

posição)

Crescimento demográfico 1,26% ao ano 1% ao ano 0,97% ao ano – 0,51% ao ano

Fecundidade 2,25 filhos por

mulher

2,25 filhos por

mulher

2,05 filhos por

mulher

1,34 filho por

mulher

Urbanização (% da

população) 86% 92% 82% 73%

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Estradas de rodagem 1.751.868

quilômetros

231.374

quilômetros

6.506.204

quilômetros

982.000

quilômetros

Estradas de ferro 29.817

quilômetros

35.897

quilômetros

226.427

quilômetros

128.000

quilômetros

Vias de navegação fluvial 50.000

quilômetros 11.000

quilômetros 41.009

quilômetros 102.000

quilômetros

Fontes pesquisadas:

Almanaque Abril 2010: Área e Divisão administrativa. Banco Mundial (WORLD DEVELOPMENT INDICATORS DATABASE): Renda per capita (2010). CIA World Factbook: Ponto mais elevado do relevo. Extensão dos litorais. Área de floresta (Brasil – 2005; Ar-

gentina e Federação Russa – 2011; Estados Unidos – 2007). Urbanização (2008). Estradas de rodagem (Brasil e Argentina – 2004; Estados Unidos – 2008; Federação Russa – 2009). Vias de navegação fluvial (Brasil e Estados Unidos – 2008; Argentina e Federação Russa – 2007).

IBGE: População absoluta e relativa (Brasil – Censo 2010, valor aproximado). ONU (WORLD POPULATION PROSPECTS: THE 2006 REVISION): Mortalidade Infantil (2005–2010), Crescimento

demográfico (2005–2010), Fecundidade (2005–2010). ONU: População absoluta e relativa (2009, exceto Brasil). PNUD (HUMAN DEVELOPMENT REPORT 2009): Renda dos 10% mais ricos (2009), Renda dos 10% mais pobres

(2009), Índice de Educação Adulta (2007, com dados da UNESCO). PNUD (HUMAN DEVELOPMENT REPORT 2010): Expectativa de vida (2010), IDH (2010). União Internacional de Estradas de Ferro (INTERNATIONAL UNION OF RAILWAYS): Estradas de ferro (Brasil –

2008; Argentina e Estados Unidos – 2007; Federação Russa – 2006).

Observações: A extensão dos litorais dos países citados não inclui mares fechados, no caso do Mar Cáspio e Aral (na Federa-

ção Russa). Os dados estatísticos dos Estados Unidos não incluem os territórios dependentes, notadamente o Porto Rico

(localizado no Caribe). Os dados estatísticos da Argentina não incluem as Ilhas Malvinas (dependente do Reino Unido).

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63

Aspectos físicos do Brasil

Pontos mais altos do relevo brasileiro Nome Altitude (metros) Localização

Pico da Neblina 2.993,8 Serra do Imeri

Pico 31 de Março 2.972,7 Serra do Imeri

Pico da Bandeira 2.892,0 Serra do Caparaó

Pedra da Mina 2.798,4 Serra da Mantiqueira

Pico das Agulhas Negras 2.791,5 Serra do Itatiaia

Pico do Cristal 2.769,8 Serra do Caparaó

Monte Roraima 2.734,1 Serra de Pacaraima

Morro do Couto 2.680,0 Serra das Prateleiras

Pedra do Sino de Itatiaia 2.670,0 Serra da Mantiqueira

Pico dos Três Estados 2.665,0 Serra da Mantiqueira Fonte: Anuário Estatístico do Brasil 2010 – IBGE

Bacias hidrográficas do Brasil Bacia hidrográfica Principais rios Localização (UF)

Amazônica Amazonas, Solimões, Purus, Içá, Jari, Juruá, Japurá, Madeira, Negro, Tapajós,

Trombetas, Xingu

AC, AM, AP, MT, PA, RO e RR

Costeiras do Nordeste Gurupi, Itapecuru, Mearim, Jequitinhonha AL, BA, CE, MA, MG, PB, PE, RN e SE

Costeiras do Norte Araguari, Oiapoque AP

Costeiras do Sudeste Doce, Paraíba do Sul ES, MG, RJ e SP

Costeiras do Sul Itajaí, Capivari, Guaíba PR, RS e SC

Parnaíba Parnaíba MA e PI

Prata – Paraguai Paraguai MS e MT

Prata – Paraná Paraná, Grande, Tietê, Iguaçu, Paranapa-nema, Paranaíba

DF, GO, MG, MS, PR e SP

Prata – Uruguai Uruguai RS e SC

São Francisco São Francisco, Rio das Velhas AL, BA, MG, PE e SE

Tocantins-Araguaia Tocantins, Araguaia, Pará GO, MA, MT, PA e TO Fonte: Através da interpretação do mapa de Bacias hidrográficas. Atlas Geográfico Escolar. Rio de Janeiro: IBGE, 2007. Pág. 105.

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Estados brasileiros e Distrito Federal

No segundo anexo, mostra as tabelas das características políticas, físicas, econômicas e sociais das Unidades de

Federação do Brasil (26 estados e Distrito Federal). As células das tabelas em destaque mostram os maiores e os me-

lhores valores e os menores e os piores valores absolutos e relativos.

Número de municípios de Unidades de Federação (Censo 1950 a 2010)

UF 1950 1960 1970 1980 1991 2000 2010

Acre 7 7 7 12 12 22 22

Alagoas 37 69 94 94 97 101 102

Amapá 4 5 5 5 9 16 16

Amazonas 25 44 44 44 62 62 62

Bahia 150 194 336 336 415 415 417

Ceará 79 142 142 141 178 184 184

Distrito Federal(1) - 1 1 1 1 1 1

Espirito Santo 33 37 53 53 67 77 78

Goiás 63 146 169 173 211 242 246

Maranhão 72 91 130 130 136 217 217

Mato Grosso 15 29 34 55 95 126 141

Mato Grosso do Sul(2) 20 35 50 55 72 77 78

Minas Gerais 386 483 722 722 723 853 853

Pará 59 60 83 83 105 143 143

Paraíba 41 88 171 171 171 223 223

Paraná 80 162 288 290 323 399 399

Pernambuco 91 103 165 165 168 185 185

Piauí 49 71 114 114 118 221 224

Rio de Janeiro(3) 57 62 64 64 70 91 92

Rio Grande do Norte 48 83 150 150 152 166 167

Rio Grande do Sul 92 150 232 232 333 467 496

Rondônia 2 2 2 7 23 52 52

Roraima 2 2 2 2 8 15 15

Santa Catarina 52 102 197 197 217 293 293

São Paulo 369 503 571 571 572 645 645

Sergipe 42 62 74 74 74 75 75

Tocantins(4) 14 33 52 50 79 139 139 Fonte: IBGE – Séries Estatísticas & Séries Históricas. Disponível em: http://seriesestatisticas.ibge.gov.br/series.aspx?vcodigo=CD96&sv=&t=numero-de-municipios-existentes-nos-censos-demograficos. Acesso 1 de setembro de 2011. Notas: (1)Segundo a constituição, Distrito Federal não pode ser dividido em municípios. (2)Lembre-se que o estado de Mato Grosso do Sul foi criado em 1977, desmembrando o antigo estado de Mato Grosso. (3)Inclui o número de municípios do antigo Distrito Federal (até 1960) e estado da Guanabara (entre 1960 a 1975). (4)O estado de Tocantins foi criado em 1988, desintegrando o antigo estado de Goiás.

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Unidades de Federação – municípios mais populosos

UF Capital Municípios mais populosos (fora as capitais)

Acre Rio Branco Cruzeiro do Sul, Sena Madureira, Tarauacá, Feijó, Brasiléia, Senador Guiomard, Plácido de Castro, Xapuri

Alagoas Maceió

Arapiraca, Palmeira dos Índios, Rio Largo, União dos Palma-res, Penedo, São Miguel dos Campos, Coruripe, Campo Ale-gre, Delmiro Gouveia, Marechal Deodoro, Santana do Ipa-nema, Atalaia, Teotônio Vilela

Amapá Macapá Santana, Laranjal do Jari, Oiapoque, Mazagão, Porto Grande, Tartarugalzinho, Vitória do Jari, Pedra Branca do Amaparí

Amazonas Manaus

Parintins, Itacoatiara, Manacapuru, Coari, Tefé, Tabatinga, Maués, Manicoré, Humaitá, Iranduba, São Gabriel da Cacho-eira, Lábrea, Borba, Benjamin Constant, Careiro, Autazes, São Paulo de Olivença, Nova Olinda do Norte, Eirunepé, Boca do Acre

Bahia Salvador

Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Itabuna,

Juazeiro, Ilhéus, Lauro de Freitas, Jequié, Alagoinhas, Teixei-ra de Freitas, Barreiras, Porto Seguro, Simões Filho, Paulo Afonso, Eunápolis

Ceará Fortaleza

Caucaia, Juazeiro do Norte, Maracanaú, Sobral, Crato, Itapi-poca, Maranguape, Iguatu, Quixadá, Canindé, Crateús, Aqui-raz, Pacatuba, Quixeramobim, Russas, Aracati, Tianguá, Cascavel, Icó, Morada Nova, Pacajus, Camocim

Distrito Federal Brasília -

Espirito Santo(1) Vitória Vila Velha, Serra, Cariacica, Cachoeiro de Itapemirim, Linha-res, Colatina, São Mateus, Guarapari, Aracruz, Viana

Goiás Goiânia

Aparecida de Goiânia, Anápolis, Rio Verde, Luziânia, Águas Lindas de Goiás, Valparaíso de Goiás, Trindade, Formosa, Novo Gama, Itumbiara, Jataí, Catalão, Senador Canedo, Planaltina, Caldas Novas

Maranhão São Luís

Imperatriz, São José de Ribamar, Timon, Caxias, Codó, Paço de Lumiar, Açailândia, Bacabal, Balsas, Barra do Corda, Pinheiro, Santa Inês, Santa Luzia, Chapadinha, Buriticupu, Itapecuru Mirim, Grajaú, Coroatá, Barreirinhas, Tutóia, Zé Doca

Mato Grosso Cuiabá Várzea Grande, Rondonópolis, Sinop. Cáceres, Tangará da Serra, Sorriso, Barra do Graças, Primavera do Leste, Alta Floresta, Lucas do Rio Verde, Pontes e Lacerda

Mato Grosso do Sul Campo Grande Dourados, Corumbá, Três Lagoas, Ponta Porã, Naviraí, Aqui-dauana, Nova Andradina, Sidrolândia, Paranaíba

Minas Gerais Belo Horizonte

Uberlândia, Contagem, Juiz de Fora, Betim, Montes Claros, Ribeirão das Neves, Uberaba, Governador Valadares, Ipatin-ga, Sete Lagoas, Divinópolis, Santa Luzia, Ibirité, Poços de Caldas, Patos de Minas, Teófilo Otoni, Pouso Alegre, Barba-cena, Sabará, Varginha, Conselheiro Lafaiete, Araguari, Ita-bira, Passos, Vespasiano, Coronel Fabriciano, Ubá, Muriaé

Pará Belém

Ananindeua, Santarém, Marabá, Castanhal, Parauapebas, Abaetetuba, Cametá, Bragança, Marituba, Barcarena, Altami-ra, Paragominas, Itaituba, Tucuruí, Breves, São Félix do Xingu

Paraíba João Pessoa Campina Grande, Santa Rita, Patos, Bayeux, Sousa, Cajazei-ras, Cabedelo, Guarabira, Sapé

Paraná Curitiba

Londrina, Maringá, Ponta Grossa, Cascavel, São José dos Pinhais, Foz do Iguaçu, Colombo, Guarapuava, Paranaguá, Apucarana, Toledo, Araucária, Pinhais, Campo Largo, Ara-pongas, Almirante Tamandaré, Umuarama

Pernambuco Recife

Jaboatão dos Guararapes, Olinda, Caruaru, Paulista, Petroli-na, Cabo de Santo Agostinho, Camaragibe, Vitória de Santo Antão, Garanhuns, São Lourenço da Mata, Igarassu, Abreu e Lima

Piauí Teresina Parnaíba, Picos, Piripiri, Floriano, Campo Maior, Barras, Uni-ão, Altos, Esperantina, Pedro II, José de Freitas, Oeiras, São Raimundo Nonato, Miguel Alves

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Rio de Janeiro Rio de Janeiro

São Gonçalo, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Niterói, Belford Roxo, Campos dos Goytacazes, São João de Meriti, Petrópo-lis, Volta Redonda, Magé, Itaboraí, Macaé, Cabo Frio, Nova

Friburgo, Barra Mansa, Angra dos Reis, Mesquita, Teresópo-lis, Nilópolis, Queimados, Maricá, Resende, Araruama

Rio Grande do Norte Natal

Mossoró, Parnamirim, São Gonçalo do Amarante, Macaíba, Ceará-Mirim, Caicó, Açu, Currais Novos, São José de Mipibu, Santa Cruz, Nova Cruz, Apodi, João Câmara, Touros, Can-guaretama

Rio Grande do Sul Porto Alegre

Caxias do Sul, Pelotas, Canoas, Santa Maria, Gravataí, Via-mão, Novo Hamburgo, São Leopoldo, Rio Grande, Alvorada, Passo Fundo, Sapucaia do Sul, Uruguaiana, Santa Cruz do Sul, Cachoeirinha, Bagé, Bento Gonçalves

Rondônia Porto Velho Ji-Paraná, Ariquemes, Cacoal, Vilhena, Jaru, Rolim de Moura, Guajará-Mirim, Ouro Preto do Oeste, Pimenta Bueno, Buritis, Machadinho d’Oeste

Roraima Boa Vista Rorainópolis, Caracaraí, Alto Alegre, Mucajaí, Cantá, Bonfim, Pacaraima

Santa Catarina(2) Florianópolis

Joinville, Blumenau, São José, Criciúma, Chapecó, Itajaí, Lages, Jaraguá do Sul, Palhoça, Balneário Camboriú, Brus-

que, Tubarão, São Bento do Sul, Caçador, Concórdia, Cam-boriú, Araranguá, Rio do Sul, Navegantes

São Paulo São Paulo

Guarulhos, Campinas, São Bernardo do Campo, Santo André, Osasco, São José dos Campos, Ribeirão Preto, Sorocaba, Santos, Mauá, São José do Rio Preto, Mogi das Cruzes, Dia-dema, Jundiaí, Carapicuíba, Piracicaba, Bauru, São Vicente, Itaquaquecetuba, Franca, Guarujá, Taubaté, Limeira, Suza-no, Praia Grande, Taboão da Serra, Sumaré, Barueri, Embu, São Carlos, Marília, Jacareí, Americana, Araraquara, Presi-dente Prudente, Indaiatuba, Cotia, Itapevi

Sergipe Aracaju

Nossa Senhora do Socorro, Lagarto, Itabaiana, São Cristó-vão, Estância, Tobias Barreto, Itabaianinha, Simão Dias, Nossa Senhora da Glória, Poço Redondo, Capela, Itaporanga d’Ajuda

Tocantins Palmas Araguaína, Gurupi, Porto Nacional, Paraíso do Tocantins, Araguatins, Colinas do Tocantins, Guaraí, Tocantinópolis, Miracema do Tocantins

Notas: (1) A capital do Espírito Santo (Vitória) está em 4º município mais populoso do mesmo estado. (2) A capital de Santa Catarina (Florianópolis) só perde Joinville (o mais populoso do estado).

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População das Unidades de Federação (Censo 1970 a 2010)

UF 1970 1980 1991 2000 2010

Acre 218.006 306.893 417.165 557.226 733.559

Alagoas 1.606.174 2.011.875 2.512.991 2.819.172 3.120.494

Amapá 116.480 180.078 288.690 475.843 669.526

Amazonas 960.934 1.449.135 2.102.901 2.813.085 3.483.985

Bahia 7.583.140 9.597.393 11.855.157 13.066.910 14.016.906

Ceará 4.491.590 5.380.432 6.362.620 7.418.476 8.452.381

Distrito Federal 546.015 1.203.333 1.598.415 2.043.169 2.570.160

Espirito Santo 1.617.857 2.063.679 2.598.505 3.094.390 3.514.952

Goiás 2.460.007 3.229.219 4.012.562 4.996.439 6.003.788

Maranhão 3.037.135 4.097.231 4.929.029 5.642.960 6.574.789

Mato Grosso 612.887 1.169.812 2.022.524 2.502.260 3.035.122

Mato Grosso do Sul 1.010.731 1.401.151 1.778.741 2.074.877 2.449.024

Minas Gerais 11.645.095 13.651.852 15.731.961 17.866.402 19.597.330

Pará 2.197.072 3.507.312 5.181.570 6.189.550 7.581.051

Paraíba 2.445.419 2.810.032 3.200.677 3.439.344 3.766.528

Paraná 6.997.682 7.749.752 8.443.299 9.558.454 10.444.526

Pernambuco 5.253.901 6.244.275 7.122.548 7.911.937 8.796.448

Piauí 1.734.894 2.188.150 2.581.215 2.841.202 3.118.360

Rio de Janeiro 9.110.324 11.489.797 12.783.761 14.367.083 15.989.929

Rio Grande do Norte 1.611.606 1.933.126 2.414.121 2.771.538 3.168.027

Rio Grande do Sul 6.755.458 7.942.722 9.135.479 10.181.749 10.693.929

Rondônia 116.620 503.125 1.130.874 1.377.792 1.562.409

Roraima 41.638 82.018 215.950 324.152 450.479

Santa Catarina 2.930.411 3.687.652 4.538.248 5.349.580 6.248.436

São Paulo 17.958.693 25.375.199 31.546.473 36.969.476 41.262.199

Sergipe 911.251 1.156.642 1.491.867 1.781.714 2.068.017

Tocantins 537.563 738.688 920.116 1.155.913 1.383.445 Fonte: IBGE – Sinopse do Censo Demográfico 2010. Disponível em: http://www.censo2010.ibge.gov.br/sinopse/index.php?dados=4&uf=00. Acesso 1 de setembro de 2011. Notas: Em 1970 e 1980, população recenseada; em 1991, 2000 e 2010, população residente.

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UF Área (km²) População absoluta

(hab.) População relativa

(hab./km²)

Acre 164.122,28 733.559 4,47

Alagoas 27.779,34 3.120.494 112,33

Amapá 142.827,89 669.526 4,69

Amazonas 1.559.161,68 3.483.985 2,23

Bahia 564.830,85 14.016.906 24,82

Ceará 148.920,53 8.452.381 56,76

Distrito Federal 5.787,78 2.570.160 444,07

Espirito Santo 46.098,57 3.514.952 76,25

Goiás 340.103,46 6.003.788 17,65

Maranhão 331.935,50 6.574.789 19,81

Mato Grosso 903.329,70 3.035.122 3,36

Mato Grosso do Sul 357.145,83 2.449.024 6,86

Minas Gerais 586.520,36 19.597.330 33,41

Pará 1.247.950,00 7.581.051 6,07

Paraíba 56.469,46 3.766.528 66,70

Paraná 199.316,69 10.444.526 52,40

Pernambuco 98.146,31 8.796.448 89,63

Piauí 251.576,64 3.118.360 12,40

Rio de Janeiro 43.780,15 15.989.929 365,23

Rio Grande do Norte 52.810,69 3.168.027 59,99

Rio Grande do Sul 268.781,89 10.693.929 39,79

Rondônia 237.590,86 1.562.409 6,58

Roraima 224.301,04 450.479 2,01

Santa Catarina 95.703,48 6.248.436 65,29

São Paulo 248.196,96 41.262.199 166,25

Sergipe 21.918,35 2.068.017 94,35

Tocantins 277.621,85 1.383.445 4,98 Fonte: IBGE – Estados. Disponível em: http://www.ibge.gov.br/estadosat/. Acesso 1 de setembro de 2011. Notas: A área dos estados e do Distrito Federal chega a ter duas casas decimais; no banco de dados do

IBGE, a área chega a três casas decimais.

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UF Taxa de

fecundidade

Índice de natalidade

(‰)

Índice de mortalidade

(‰)

Mortalidade

infantil (‰)

Analfabetismo

(%)

Acre 2,96 23,94 4,98 28,90 15,19

Alagoas 2,29 23,18 7,00 46,40 22,52

Amapá 2,87 27,96 4,77 22,50 7,89

Amazonas 2,38 20,16 4,45 24,30 9,60

Bahia 1,87 18,81 6,11 31,40 15,39

Ceará 2,15 17,96 6,41 27,60 17,19

Distrito Federal 1,84 17,33 4,35 15,80 3,25

Espirito Santo 1,88 16,53 5,97 17,70 7,52

Goiás 1,84 15,24 5,56 18,30 7,32

Maranhão 2,31 20,56 6,45 36,50 19,31

Mato Grosso 2,32 17,35 5,18 19,20 7,82

Mato Grosso do Sul 1,82 16,96 5,76 16,90 7,05

Minas Gerais 1,67 15,12 6,13 19,10 7,66

Pará 2,51 18,88 4,86 23,00 11,23

Paraíba 2,25 17,46 7,29 35,20 20,20

Paraná 1,84 12,98 5,97 17,30 5,77

Pernambuco 2,06 17,42 7,33 34,70 16,73

Piauí 2,05 19,92 6,26 26,20 21,14

Rio de Janeiro 1,63 11,97 7,37 18,30 4,09

Rio Grande do Norte 2,11 17,98 6,48 32,20 17,38

Rio Grande do Sul 1,93 11,60 6,84 12,70 4,24

Rondônia 2,32 18,40 5,15 22,40 7,93

Roraima 2,20 28,78 4,84 18,10 9,69

Santa Catarina 2,08 12,54 5,56 15,00 3,86

São Paulo 1,78 13,32 6,28 14,50 4,09

Sergipe 1,84 20,42 5,90 31,40 16,98

Tocantins 2,60 18,45 5,49 25,60 11,88 Fonte: IBGE – Síntese de Indicadores Sociais – Uma análise das condições de vida da população brasileira 2010. Disponível

em: http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/indicadoresminimos/sinteseindicsociais2010/SIS_2010.pdf

Page 71: Brasil hoje - diagnóstico e 12 motivos para tornar uma nação sustentável e com qualidade de vida desenvolvida (em português)

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Infraestrutura viária Navegação

UF

Estradas de

rodagem (quilômetros)

Estradas de

ferro(1) (quilômetros)

Principais portos(2)

Acre 5.399 - -

Alagoas 12.932 442 Maceió

Amapá 2.138 194 Santana

Amazonas 6.200 - Itacoatiara, Manaus, Parintins

Bahia 119.772 1.538 Aratu, Ilhéus, Juazeiro, Salvador

Ceará 50.374 1.215 Fortaleza, Pecém

Distrito Federal 1.466 58 -

Espirito Santo 30.225 501 Tubarão, Vitória

Goiás 87.660 685 -

Maranhão 53.247 1.397 Itaqui

Mato Grosso 84.555 14 Cáceres

Mato Grosso do Sul 54.144 1.662 Corumbá e Ladário

Minas Gerais 264.971 5.080 Pirapora

Pará 34.575 257 Belém, Santarém

Paraíba 33.764 689 Cabedelo

Paraná 261.319 2.464 Paranaguá

Pernambuco 41.658 1.009 Recife, Suape

Piauí 56.804 240 -

Rio de Janeiro 22.229 1.218 Angra dos Reis, Cabo Frio, Niterói, Rio

de Janeiro

Rio Grande do Norte 27.428 420 Areia Branca, Natal

Rio Grande do Sul 152.305 3.162 Cachoeira do Sul, Pelotas, Rio Grande

Rondônia 22.433 - Porto Velho

Roraima 5.284 - Caracaraí

Santa Catarina 62.498 1.354 Itaguaí, Itajaí, Navegantes, São Francisco do Sul

São Paulo 195.071 5.339 Santos, São Sebastião

Sergipe 9.411 365 Barra dos Coqueiros

Tocantins 27.067 - - Fonte: Anuário Estatístico de Transportes. Disponível em: http://www.geipot.gov.br/anuario2001. Acesso 1 de outubro de 2011. Notas: Os dados estatísticos sobre as estradas de rodagem e estradas de ferro são referentes ao ano 2000. Ainda não foram encontrados os dados mais recentes sobre a malha ferroviária de cada estado. (1) Não incluem ferrovias com utilização de locomotivas a vapor nem as que estão em projeto e as desativadas. (2) São considerados portos fluviais e marítimos; não estão inclusos os portos secos.

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