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Disciplina: Estudos do Contemporâneo Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes

Aula pos-modernismo

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Disciplina: Estudos do ContemporâneoDisciplina: Estudos do Contemporâneo

Prof.: Ms. Laércio Torres de Góes

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� Novo fenômeno: O fim dos regimes comunistas do leste europeu, as medidas econômicas neo-liberais, a transnacionalização das economias e culturas, a criação de uma arte mais preocupada em registrar o cotidiano que em idealizar o belo. Mudanças em vários campos e artes: literatura, arquitetura, pintura, cinema, filosofia.

� Novo conceito: O vocábulo pós-modernismo servia então àqueles novos tempos que os indivíduos pareciam desencantados com as lutas políticas e, por isso, centravam os indivíduos pareciam desencantados com as lutas políticas e, por isso, centravam suas energias na busca de um enriquecimento e uma satisfação cada vez menos associada ao coletivo, no qual a arte já não mais queria representar ou interpretar o real, mas apenas apresentá-lo em sua forma mais banal e cotidiana e que, até mesmo mais que o real, importavam os seus simulacros.

� Vocábulo vago e impreciso. Mais que definir, ele sugeria, mais que afirmar, ele negava.

� Negação do modernismo. A arte e os movimentos culturais deveriam traduzir o caos do ambiente do capitalismo tardio, sem propostas claras, sem pontos de chegada.

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� Relação de continuidade ou de ruptura com o modernismo.

� Sentimento de desamparo e questionamento do status quo após a I e II Guerras Mundiais.

� Modernismo

� Período de mudança, de progresso;

� Maior racionalidade científica ou um certo tipo de atitude diante vida;

� Nas artes, como um movimento dos fins do século XIX e início do XX concebido numa Europa marcada por avanços tecnológicos e novas configurações políticas.

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� Termo ressurge no final dos anos 50 na arquitetura, com uma conotação negativa, indicando aquilo que era menos moderno.

� Pós-moderno passou a ser sinônimo da busca do antigo e não de um hiper-modernismo, significando o reaproveitamento das formas clássicas.

� Nos anos 60, termo invadiu as artes plásticas, definindo a postura de oposição dos artistas ao subjetivismo e hermetismo que tinha tomado conta das artes modernas. Em 1962, o Pasadena Museum of Califórnia Art, nos Estados Unidos, abria as suas portas para a exposição The new

paiting of common objects, inaugurando o que se convencionou chamar por art. A pop art dava valor artístico à banalidade cotidiana.

� Contracultura

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� Pop Art: com sua valorização da estética dos produtos industriais mais banais de consumo de massa.

� Estética hippie: reviveu as formas orgânicas e os processos semi-artesanais de impressão para exaltar os valores tribais antigos sob o lema “paz & amor,” opondo-se aos que eram a favor da intervenção americana no Vietnã.

� Andy Warhol (1930-1987): trabalho pictórico encadeado e relacionado à produção � Andy Warhol (1930-1987): trabalho pictórico encadeado e relacionado à produção industrial, seja de objetos de consumo, seja da indústria cinematográfica. Precursor da visualidade pós-moderna.

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� Globalização

� Transformações culturais de grandes proporções;

� Processo de conexão mundial;� Processo de conexão mundial;

� Conexões culturais – enfraquecimento dos laços culturais nacionais;

� Hibridismo cultural

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� Arte como produto social

� Ecletismo ou pluralismo: não apresenta propostas estéticas definidas, nem coerências, tampouco um estilo; mistura de gêneros, não há diferenciação entre a arte popular e erudita.

� Arte conceitual: interesse pela idéia, criação mental do artista, sumiço do � Arte conceitual: interesse pela idéia, criação mental do artista, sumiço do objeto da arte, fim da beleza como valor supremo.

� Volta ao passado: entrelaçamento entre a tradição e a arte contemporânea.

� Presença intensa das imagens (Perry Anderson): produção audiovisual, vídeo-arte.

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� Pastiche: imitação vulgar de um estilo particular.

� Desterritorialização da cultura: referências múltiplas de culturas híbridas em função das novas identidades estabelecidas pelo processo de globalização.

� Citação: constante referência a obras e estilos do passado reinterpretados e recriados com técnicas e propostas novas.recriados com técnicas e propostas novas.

� Interação: participação do público para a configuração de uma obra de arte.

� Modo particular de experimentar, interpretar e ser no mundo

� Questionamento do Iluminismo e humanismo;

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� Retorno aos ideais e pensamentos banidos pela modernidade (Gianni Vattimo);

� Rejeição à idéia de progresso;

� Fim da metanarrativa ou grande narrativa (cristianismo, marxismo, freudismo, etc.) (François Lyotard);freudismo, etc.) (François Lyotard);

� Atenção às vozes antes silenciadas (mulheres, gays, negros, povos colonizados, etc.);

� Fim dos absolutos, objetividade e conceitos universais; Pluralismo cultural;

� Fragmentação ou caos da realidade;

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� Transitoriedade;

� Decadência cultural (pensamento de esquerda);

� Atitude desinteressada, despolitizada, avessa a rótulos;

� Tolerância e respeito às diferenças;

� Neutralidade;

� Hedonismo;

� Individualismo e busca de visibilidade.

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� Na pós-modernidade, a mídia desempenha um papel importante na divulgação, influência e atuação neste processo.

� Para o filósofo Fredric Jameson, “pós-modernismo e capitalismo de mídia são sinônimos”. Os grandes meios de comunicação de massa (jornais, revistas, rádio, TV, internet e cinema) têm uma grande responsabilidade pelo tipo de pessoas pós-modernas. responsabilidade pelo tipo de pessoas pós-modernas.

� Pessoas que acreditam encontrar na espetacularização do mundo e de si mesmas a satisfação almejada (Big Brother).

� Como disse Adam Phillips, psicanalista inglês, “no século XV se as pessoas fossem perguntadas sobre o que queriam da vida, diriam que buscavam a salvação divina. Hoje a resposta é: ser rico e famoso”.

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� No cinema, o pós-modernismo se expressa na mistura de estilos (gêneros): Loucas Aventuras de James West, Blade Runner, Indiana Jones, Matrix;

� Imitação barata (pastiche), versões: Psicose, filmes em preto e branco;

� Obra de citações: Sonhos de um Sedutor -Casablanca;

� Fim dos limites entre a arte culta e a arte de massa;

� Crise de criação (Freddy x Jason);

� Vulgarização (filmes de terror) e mediocridade.

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� VENÂNCIO, Giselle Martins. Pós-modernismo e a arte de definir a contemporaneidade. ArtCultura, Uberlândia, v. 10, n. 16, p. 215-225, jan.-jun. 2008.