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Tratamento de Água e Efluentes 2º. Sem./2010 Eng.Ambiental

Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

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Prof. Nelson Virgilio

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Page 1: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Tratamento de

Água e Efluentes

2º. Sem./2010

Eng.Ambiental

Page 2: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Programa

2

I UNIDADE

• Introdução – Histórico - Panorama

• Caracterização das Águas e Esgotos

• Princípios Químicos, Físicos e Biológicos do TA

• Interpretação de Análises e Elaboração de Laudos

• Considerações Projetos e Técnicas de Tratamento

• Tecnologia para Tratamento de Água

• Parâmetros de controle de qualidade de Água

• Legislação Aplicada e Padrões

I UNIDADE

• Introdução – Histórico - Panorama

• Caracterização das Águas e Esgotos

• Princípios Químicos, Físicos e Biológicos do TA

• Interpretação de Análises e Elaboração de Laudos

• Considerações Projetos e Técnicas de Tratamento

• Tecnologia para Tratamento de Água

• Parâmetros de controle de qualidade de Água

• Legislação Aplicada e Padrões

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Nesta Aula Veremos ...

Mini Seminário – ?

Desinfecção

Fluoretação

Controle pH

Escolha da Tecnologia de Tratamento

Page 4: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de

Tratamento

Desinfecção

Fluoretação

Controle pH

Page 5: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Produtos

Químicos

Reator de

mistura

Poço

Capitação

Aerador

Sedimentador

Floculador

Câmara desinfecção

Reservatório

Agua Tratada

Químicos controle

de pH e fluoretação Agente

oxidante

Lodo

Rio ou

lago

Filtro

areia

Esquema Convencional

Page 6: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

6

Técnicas de Tratamento

Filtração - Efeitos

Parâmetro Processos

Aeração Sedimen-

tação

Filtração

lenta

Coagula-

ção e

filtração

rápida

Correção

dureza e

filtração

rápida

Desinfec-

ção

Bactérias 0 ++ ++++ ++++ (7) +++ (9) ++++

Cor 0 0 ++ ++++ ++++ 0 (10)

Turbidez 0 +++ ++++ (6) ++++ +++++ 0

Odor/Sabor ++++ (1) + +++ ++ ++ ++++ (11)(12)

Dureza + 0 0 - - ++++ 0

Corrosão +++ (2)

- - - (3)

0 0 - - (8) variável 0

Fe e Mn +++ (4) + (5) ++++ (5) ++++ (5) ++ 0 (10)

+ Efeito favorável

- Efeito adverso

Page 7: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

7

Técnicas de Tratamento

Filtração - Efeitos

Legenda (1)Exceção para os sabores devido a clorofenóis

(2)Pela remoção de CO2

(3)Com adição de oxigênio

(4)Aeração seguida de uma unidade separadora para deposição

(5)Após a aeração

(6)Sujam-se ou entopem muito depressa

(7)Um pouco irregularmente

(8)A coagulação com sulfato de alumínio libera CO2

(9)Tratamento com cal em excesso

(10) Pode remover Fe e ter efeito sobre a cor

(11) Supercloração seguida de descloração

(12) cloração normal

Adaptado: Richter, Carlos – Tratamento de Água – Tecnologia

Atualizada, Ed. Blücher Ltda

Page 8: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção

Page 9: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Objetivo: Eliminar ou

inativar os microrganismos

patogênicos e os

indicadores presentes na

água e prevenir o

crescimento microbiológico

nas redes de distribuição.

Técnicas de Tratamento

Desinfecção

Page 10: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Para cloro – P. 518/2004:

Cloro residual – 0,5 mg/L

(após desinfecção)

Cloro residual – 0,2 mg/L

(em qualquer ponto da

rede)

Técnicas de Tratamento

Desinfecção

Page 11: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Definição:

Processo de

destruição de

todas as formas de

vida microscópica

Técnicas de Tratamento

Esterilização

Page 12: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Bacteria Virus Protozoarios

Giardia Cryptosporidum Entameoba Microsporidium

Coxsackievirus

Hepatitis A Reovirus Calicivirus Enterovirus

Adenovirus Echovirus Poliovirus

Campylobacter Escherichia coli Salmonella Yersinia Vibrio Legionella Aeromonas Mycobacterium Shigella Pseudomonas

Técnicas de Tratamento

Microrganismos Patogênicos

Page 13: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

CISTOS DE Giardia muris E OOCYSTOS

DE Cryptosporidium parvum

Giardia (7 - 14 µm )

(infecção intestinal)

Cryptosporidium (3 - 5 µm)

(diaréia)

Page 14: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - Agentes

Agentes Físicos

Temperatura

Radiação UV

Radiação solar

Filtração

Agentes Químicos

Cloro e compostos

Dióxido de cloro

Ozônio

Peróxido de hidrogênio

Ácido acético

Page 15: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - Agentes D

esin

feta

nte

s Q

uím

ico

s Produto Potencial Oxidação

Reação típica

Ozônio – O3 2,07 O3 + 2H+ + 2e- O2 + H2O

Dióxido Cloro – ClO2

1,91 ClO2 + 5e- + 2H2O Cl- + 4HO-

Cloro – Cl2 1,36 Cl2 + 2e- 2 Cl -

Bromo – Br2 1,09 Br2 + 2e- 2 Br -

Iodo – I2 0,54 I2 + 2e- 2 l -

Adaptado: Libânio, Marcelo – Fundamentos de Qualidade e

Tratamento de Água, Ed. Átomo

Page 16: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - Agentes

Atividade antimicrobiana

Solubilidade

Estabilidade

Inocuidade para o homem

e animais

Ausência de combinações

com material orgânico

estranho

Page 17: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - Agentes

Apresentar toxicidade para

os microrganismos em

temperatura ambiente

Ausência de poderes

corrosivos e tintoriais

Disponibilidade

Page 18: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - Ação

Ruptura da parede celular

(lise)

Difusão do desinfetante

no interior do

microrganismo

Interferência na

reprodução celular

(inibição enzimática)

Page 19: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Eficácia

Características do

desinfetante

Qualidade da água

Tipos de microrganismos a

serem inativados

Instalação da ETA (tempo

de contato, dosagem e

dispersão)

Page 20: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Interferentes

Turbidez, não pode ser >

1,0 uT

Presença de MO (cor

verdadeira)

Presença de Fe e Mn

Temperatura e pH

(principalmente para cloro)

Page 21: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Eficácia

Avaliação do Processo

Monitoramento da

concentração de

microrganismos

patogênicos

Monitoramento da

concentração de

microrganismos indicadores

Page 22: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Parâmetro Valor Mais Provável

Água para consumo humano

Coliformes termotolerantes (Escherichia coli) Ausência em 100 ml

Água na saída do tratamento

Coliformes totais Ausência em 100 ml

Água tratada no sistema de distribuição (Reservatórios e Rede)

Coliformes termotolerantes (Escherichia coli) Ausência em 100 ml

Coliformes totais

40 ou mais amostras por mês:

- Ausência em 100 ml em 95% das amostras

examinadas no mês

de 40 amostras por mês:

- Apenas uma amostra poderá apresentar

mensalmente resultado positivo em 100 ml

Padrão Microbiológico de Potabilidade da Água para Consumo

Humano – Portaria 518/2004 MS

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Padrão

Page 23: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Micro indicador

Qual processo adotar ? (Reiff, 1993)

Máximo desempenho do sistema;

Atendimento ao padrão de potabilidade vigente e/ou às

condições de segurança sanitária visando minimizar os

riscos de transmissão de doenças;

Minimização da formação de subprodutos com

possíveis efeitos deletérios à saúde humana;

Máxima eficiência do desinfetante, considerando-se a

amplitude de variação possível das características da

água e do tempo de contato, este decorrente das

inevitáveis variações de vazão afluente a ETA

Page 24: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

• Cloro (mais largamente utilizado):

• Facilmente disponível como gás, líquido ou sólido

• É barato

• É fácil de aplicar devido à sua alta solubilidade

• Deixa um residual em solução, de concentração facilmente determinável

• É capaz de destruir a maioria dos microrganismos patogênicos

• Desvantagens:

• O cloro é um gás venenoso e corrosivo

• Pode causar problemas de gosto e odor

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Tipos

Page 25: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

• Dióxido de Cloro

• Alto poder desinfetante - Agente oxidante e desinfetante

• Aplicação versátil (oxidação de ferro e manganês e controle de odor e

sabor)

• Apresenta relativa estabilidade, permitindo residuais no SDA

• A eficiência do dióxido de cloro não é afetado pelo pH da fase líquida

• Quando produzido de forma adequada, não apresenta formação de

THM’s

• Desvantagens:

• Alto custo, função principalmente da matéria prima

• A produção do dióxido de cloro deve ser “in loco”

• O controle do processo de geração de dióxido de cloro requer grandes

cuidados operacionais

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Tipos

Page 26: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

• Ozônio:

• Oxidação da matéria orgânica, produzindo ozonidas e CO2

• Alvejamento e melhoria da cor

• Redução dos teores de ferro e manganês

• Remoção de certas substâncias biodegradáveis

• Não é afetado pela presença de amônia como o cloro

• Agente poderoso, de ação rapidíssima

• Mais eficiente que o cloro na remoção de esporos, cistos de amebas

• Desvantagem:

• Residuais obtidos não são persistentes, desaparecem em pouco tempo

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Tipos

Page 27: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

• Ultravioleta

• Envolve a exposição de um filme de água à luz ultravioleta produzida por lâmpadas de vapores de mercúrio com bulbo de quartzo

• As lâmpadas produzem luz ultravioleta com 25-30% de energia dentro da região espectral de 2537 A (dentro de zona de ação bactericida)

• Desvantagens:

• Grande custo de operação e manutenção

• Resume-se a pequenas instalações de uso domiciliar ou comunitário e usos industriais

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Tipos

Page 28: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Aplicações de Cloro no Tratamento de Água

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Cloro

Tipos

Cloro gasoso

Hipoclorito de sódio

(solução líquida)

Hipoclorito de cálcio

(sólido)

Page 29: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

29

Cloração : É o processo mais importante do tratamento para a qualidade da água, sendo o cloro um poderoso agente oxidante (controle de: odor, sabor, algas, Fe, Mn, biofilmes, etc);

A cloração é eficiente, barata, de fácil aplicação cujo residual de fácil medir;

Amplo espectro de ação germicida;

Forma compostos com ação residual ativa

NaOCl + H2O HOCl- OCl- + H+

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - Cloro

Page 30: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

30

1) Cloração simples: É a aplicação do cloro até obter-se um residual desejado. Aplica-se o cloro e após um tempo verifica-se a quantidade existente e faz ajustes se necessário.

2) Pré-cloração: É a aplicação do cloro antes de qualquer tratamento com a finalidade de controlar microrganismos, melhorar a condição de coagulação e redução do número de bactérias em águas muito poluídas.

3) Pós-cloração: Consiste na aplicação do cloro após o tratamento, antes da correção do pH.

4) Recloração : É a aplicação de cloro em um ou mais pontos da rede depois da pós cloração.

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - Cloro

Page 31: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Aplicação Dosagem típica pH ótimo Tempo de

Reação

Efetividade

Oxidação de

ferro

0,62 mg/mg Fe 7,0 < 1,0 hora Bom

Oxidação de

manganês

0,77 mg/mg Mn 7,5 a 8,5

9,5

1 a 3 horas

Minutos

Razoável,

função do

pH

Controle de

biofilmes

1 a 2 mg/l 6,0 a 8,0 Não

Disponível

Bom

Controle de

gosto e odor

Variável 6,0 a 8,0 Variável Variável

Remoção de cor Variável 4,0 a 7,0 Minutos Bom

Aplicações de Cloro e Dosagens Típicas

Técnicas de Tratamento

Desinfecção – Cloro

Page 32: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

OHNaHOClOHNaOCl 2

OHCaHOClOHOClCa 222)( 2

22

HOClHOCl

HHOClClOHCl 22

Técnicas de Tratamento

Cloro em meio Aquoso

Form

ação

do

íon

h

ipo

clo

roso

Cloro gasoso

Hipoclorito de sódio

Hipoclorito de cálcio

Atenção: Depende do pH

Page 33: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Cloro em meio Aquoso

• Somatória das

concentrações de

HOCl e OCl- =

cloro residual livre

• Ácido hipocloroso

é um desinfetante

muito mais

eficiente

• P. 518/MS

recomenda pH < 8

OClHHOCl

Page 34: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Concentração mínima de cloro

residual livre após a desinfecção:

0,5 mg/l

Concentração mínima de cloro

residual livre na rede de

distribuição: 0,2 mg/l

Concentração máxima de cloro

residual livre na rede de

distribuição: 2,0 mg/l

Tempo de contato 30 min

Eficiência

Técnicas de Tratamento

Cloro em meio Aquoso

Page 35: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Ao realizar a desinfecção com cloro uma das

premissas iniciais consiste em atender à “demanda

de cloro”

O que è “demanda de cloro” ?

Como a capacidade de oxidação do cloro não é

seletiva, isto é, ele oxida não apenas os

microrganismos como também diversas substâncias,

tais como amônia, Fe, Mn, Sulfato e matéria

orgânica, como consequência haverá uma redução

da ação desinfetante para com os microrganismos

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 36: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Como é calculada a “demanda de cloro” ?

Demanda = dosagem aplicada – concentração

residual (saída tanque de contato)

Qual a importância da concentração residual cloro ?

A concentração residual assegura que a demanda de

cloro foi satisfeita no sistema

Como saber a dosagem ideal para atender a

demanda necessária de cloro ?

Usualmente através de modelos matemáticos que

levam em consideração a qualidade da água

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 37: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

tCk nde

N

N ..

0

0

• No, N – número de organismos viáveis no inicio e no tempo t

• Co – concentração do desinfetante (mg/L)

• n – coeficiente de diluição, adimensional, relacionado à dispersão do

desinfetante na massa líquida

• t – tempo de exposição (min)

• Kd – constante de inativação dependente do tipo de microrganismo

(min-1)

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 38: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Demanda

imediata Cloro

livre

Formação das

cloraminas

Após oxidação

cloraminas

Page 39: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

O ácido hipocloroso pode combinar com amônia e outros

compostos amoniacais para a formação de cloraminas,

através da amônia presente nas águas, resultante da

decomposição de compostos nitrogenados

Reações com nitrogênio amoniacal (Fase 1):

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

HOHClNHHOClNH 224

OHNHClHOClClNH 222

OHNClHOClNHCl 232

• cloro combinado

• pH 7,5 reação

ocorre em 1 min

Page 40: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Nitrogênio amoniacal

Cloro aplicado

HOHClNHHOClNH 224

Monocloramina

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 41: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Nitrogênio amoniacal

Cloro aplicado

HOHClNHHOClNH 224

Monocloramina

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 42: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Nitrogênio amoniacal

Cloro aplicado HOHClNHHOClNH 224

Monocloramina

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 43: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Nitrogênio amoniacal

Cloro aplicado HOHClNHHOClNH 224

Monocloramina

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 44: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Dicloramina

Cloro aplicado

HOHClNHHOClNH 224

Monocloramina

OHNHClHOClClNH 222

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 45: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

As monocloraminas (NH2Cl). Dicloraminas (NHCl2) e

tricloraminas (NCl3), contribuem para a concentração de

“cloro residual combinado” (Fase 2)

Assim o cloro total disponível constitui-se no somatório entre

o cloro livre (HOCl + OCl-) e o combinado

Na desinfecção, satisfeita a demanda de cloro, o

prosseguimento do processo de cloração acarreta a

oxidação das cloraminas já formadas, produzindo

compostos como óxidos de nitrogênio, HCl, N2, entre outros

(Fase 3):

2 NH2Cl + HOCl N2 + 3 H+ + 3 Cl - + H2O

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 46: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Após a oxidação total das cloraminas, o cloro adicionado

converte-se em cloro livre, processo denominado de

cloração ao “breakpoint”.

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

OHClHNHOClNH 224 33532

OHClHNOHOClNH 234 464 • cloro livre

Page 47: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Demanda

imediata Cloro

livre

Formação das

cloraminas

Após oxidação

cloraminas

Page 48: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

DIAGRAMA DE FORMAÇÃO DE ESPÉCIES CLORAMINADAS EM FUNÇÃO DO pH

Page 49: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Pós-desinfecção (cloraminação): Este tratamento, ao nível do cloro combinado, é útil em pós-desinfecção (ex.: após à ozonização) para manter condições pouco favoráveis ao desenvolvimento de microrganismos e algas.

Durante o tratamento e na rede distribuição (cloro residual livre) – Facilita a remoção de redutores (H2S, Mn2+, Fe2+).

– Impede desenvolvimento de microrganismos e algas nos filtros e nos tanques de sedimentação.

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 50: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

• THM’s : 100 µg/l (80 µg/l – EUA)

• Ácidos haloacéticos: (60 µg/l – EUA)

• Bromato : 25 µg/l (10 µg/l – EUA)

• Clorito : 0,2 mg/l (1,0 mg/l – EUA)

• Cloro livre : 4,0 mg/l (EUA)

• Dióxido de cloro : 0,8 mg ClO2/l (EUA)

Técnicas de Tratamento

Desinfecção - subprodutos

Page 51: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

• Normas ABNT relacionadas ao hipoclorito

Técnicas de Tratamento

Cloração ao “breakpoint”

Page 52: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Objetivo: garantir uma

concentração mínima e máxima

de íon fluoreto em águas de

abastecimento a fim de que seja

possível a manutenção da saúde

dental da população.

Técnicas de Tratamento

Fluoretação

Benefícios

Para cada $ 1,0 gasto em processos de fluoretação, são economizados

potencialmente $ 80,0 em custos odontológicos (AWWA, 1999)

Page 53: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

TEMPERATURA MÉDIA

ANUAL

DAS MÁXIMAS DIÁRIAS

(C)

LIMITES

RECOMENDADOS DE FLUORETO (mg/l)

INFERIOR ÓTIMO SUPERIOR

10 - 12,1 0,9 1,2 1,7

12,2 - 14,6 0,8 1,1 1,5

14,7 - 17,7 0,8 1,0 1,3

17,8 - 21,4 0,7 0,9 1,2

21,5 - 26,3 0,7 0,8 1,0

26,4 - 32,5 0,6 0,7 0,8

Técnicas de Tratamento

Fluoretação

Concentração de Uso

Page 54: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Fluoreto de Sódio

(NaF)

Fluoreto de Cálcio

(CaF2)

Fluossilicato de sódio

(Na2SiF6)

Ácido Fluossilícico

(H2SiF6)

Técnicas de Tratamento

Fluoretação

Aplicação em Água de Abastecimento

Page 55: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Compostos

Características

Fluossilicato

de Sódio

(Na2SiF6)

Fluoreto de

Sódio (NaF)

Fluoreto de

Cálcio (CaF2)

Ácido

Fluossilícico

H2SiF6

Forma pó pó pó líquido

Peso Molecular (g) 188,05 42,00 78,08 144,08

% Pureza (comercial) 98,5 90-98 85-98 22-30

% Fluoreto (composto

100% puro)

60,7 45,25 48,8 79,02

Densidade (Kg/m3) 881-1153 1041-1442 1618 1,25(Kg/L)

Solubilidade a 25C

(g/100gH2O)

0,762 4,05 0,0016 infinita

pH solução saturada 3,5 7,6 6,7 1,2 (sol. 1%)

Técnicas de Tratamento

Fluoretação

Page 56: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Técnicas de Tratamento

Dimensionamento Sistema

Page 57: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Definição da geometria do tanque de contato

13,0 m

40,0 m

3,25 m 3,25 m

Técnicas de Tratamento

Dimensionamento Sistema

Page 58: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Canal de água coagulada

CASA DE

QUÍMICA

F1 F2 F3 F4 F5 F6 F7 F8

Canal de água filtrada

Técnicas de Tratamento

Dimensionamento Sistema

Page 59: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

59

É um método preventivo da corrosão dos

encanamentos (rede).

Consiste na alcalinização da água para remover o

gás carbônico e formar uma película de carbonato

na superfície das tubulações.

A agressividade da água depende do pH, da

alcalinidade e gás carbônico.

Técnicas de Tratamento

Correção pH

Page 60: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

60

A correção é feita geralmente em dois pontos:

Mistura rápida (calha Parshall): para gerar um

pH ótimo para floculação – 5,0 a 8,0.

Após a cloração: pH ótimo entre 7,0 e 7,2.

através do “índice de Langelier” (IL), podemos

identificar se a água é incrustante ou corrosiva.

Relação do pH da água com o pH de saturação.

Técnicas de Tratamento

Correção pH

Page 61: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

61

Cálculo do índice de Langelier (I.L.)

I.L. = pH – pHs

pHs = pCa + pAlcalinidade + C

pCa = -log[Ca]

pAlcalinidade = -log[Alcalinidade]

C = const. que depende da concentração de sais

dissolvidos presentes na água.

I.L. ≤ 0 Água corrosiva (indesejável)

I.L. > 0 Água incrustante (ideal – fina

camada de protetora de carbonato de cálcio)

Técnicas de Tratamento

Correção pH

Page 62: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

62

Depende principalmente da qualidade da água

a ser tratada (água bruta) e/ou da possibilidade

de alteração de suas características.

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Page 63: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

• CONAMA 357/2005

• Dispõe sobre a classificação das águas

doces, salinas e salobras do Território

Nacional e estabelece os padrões máximos

de lançamento corpos receptores

Parágrafo único: As águas de melhor

qualidade podem ser aproveitadas em uso

menos exigente, desde que este não

prejudique a qualidade da água.

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Page 64: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

64

Classificação das Águas Doces -

CONAMA 357/2005

Classe Especial – Desinfecção

Classe 1 - Tratamento Simplificado

Classe 2 - Tratamento Convencional

Classe 3 - Tratamento Convencional ou

Avançado

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Page 65: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Destinação principal:

• abastecimento doméstico sem prévia ou

com simples desinfecção

Limites ou condições:

• para o uso como água de abastecimento

sem prévia desinfecção os coliformes totais

deverão estar ausentes em qualquer

amostra.

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Classe Especial

Page 66: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Destinação principal:

• abastecimento doméstico após tratamento

simplificado

Limites ou condições:

• Presença de coliformes fecais não deverá exceder

um limite de 200 NMP/100 mL em 80% ou mais de,

pelo menos, 6 amostras mensais coletadas em

qualquer mês

• OD ≥ 6 mg/L O2

• DBO ≥ 3 mg/L O2

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Classe 1

Page 67: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

67

Técnicas de Tratamento

Principais Tecnologias

Qualidade da Água do Manancial

Completo

Coagulação

Floculação

Decantação

Filtração descendente

Desinfecção Fluoretação Correção pH

Floto-Filtração

Coagulação

Floculação

Flotação Filtração

descendente

Desinfecção Fluoretação Correção pH

Filtração direta

Coagulação

Floculação

Filtração descendente

Desinfecção Fluoretação Correção pH

Dupla filtração

Coagulação

Filtração ascendente

Filtração descendente

Desinfecção Fluoretação Correção pH

Filtração lenta

Filtração lenta

Desinfecção Fluoretação Correção pH

Page 68: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

68

Ciclo

Completo

Dupla

Filtração

Filtração

Lenta

Filtração

Direta

(in-line)

Turbidez

(uT) < 5000 < 50 < 10 < 5

Cor Aparente

(uC) < 3000 < 50 < 20 < 15

Coliform Fecais

(n/100 ml) < 10 5 < 10 3 < 1000 < 100

Algas

(UPA/ml) < 10 5 < 5000 < 250 < 100

Fonte: Kawamura (2000)

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Page 69: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

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Fonte: IBGE (2000)

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Page 70: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

O processo da filtração lenta consiste, basicamente,

na passagem da água através de um meio granular,

constituído por uma camada suporte e areia.

Técnicas de Tratamento

Page 71: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Finalidades

Remoção de impurezas físicas, químicas e

biológicas da água;

Abastecimento de água potável para a

comunidade;

Atendimento da portaria nº 518/2004 MS;

Promoção de melhorias na qualidade de

vida da comunidade .

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Page 72: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Filtro Lento - Estrutura

Filtro Lento – Sistema de Drenagem

Filtro Lento – Camada Suporte

Técnicas de Tratamento

Page 73: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Vantagens x Desvantagens

VANTAGENS DESVANTAGENS

Sistema simplificado Utilização limitada pela qualidade da

água bruta afluente ao filtro

Não requer uso de produtos

químicos

A água bruta não deve apresentar

valores para Cor maiores que 5 uC

Facilidade na operação e

manutenção

A água bruta não deve apresentar

valores para Turbidez maiores que

10 UNT

Não necessita acompanhamento

técnico diário

Demanda de grande área para

implantação

Técnicas de Tratamento

Escolha da Tecnologia

Page 74: Aula 08 - Tecnicas de tratamento - parte 4 - 15.09

Onde Estudar a Aula de Hoje

Nos Livros

• Azevedo Netto, José & Richter, Carlos –

Tratamento de Água – Tecnologia Atualizada – Ed.

Blücher ( Cap. 12 a 18)

• Libânio, Marcelo – Fundamentos de Qualidade e

Tratamento de Água – Ed. Átomo (Cap. 9 a 12)

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Contato

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