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ARCADISMO

Arcadismo - Profª Vivian Trombini

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ARCADISMO

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O QUE VOCÊ DEVERÁ SABER:1) O que foi o iluminismo.• Como a natureza passou a simbolizar o belo

2) O que foi o Arcadismo.• Como o iluminismo influenciou a estética

árcade.• Como os conceitos de equilíbrio, ordem e

simplicidade definiram o projeto do Arcadismo.

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3) Quais foram as características da produção árcade no Brasil.

• De que modo Cláudio Manuel da Costa e Tomás Antônio Gonzaga exploraram o modelo da poesia árcade.

• Como as primeiras tendências nativistas se manifestaram na poesia épica de Basílio da Gama e Santa Rita Durão.

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CONTEXTO HISTÓRICO

Primeira metade do séc. XVIII: Decadência do pensamento

Barroco. Burguesia ascendente; Preocupação com questões

mundanas; Pensamentos de uma vida sem

exageros ou questões metafísicas

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O que estava acontecendo no mundo? 1670 – Término da construção do

palácio de Versalhes; 1687 – Newton publica a lei da

gravidade; 1698 – É inventada a bomba à vapor; 1750 – A música sinfônica começa a se

difundir pela Europa.O Tratado de Madri é firmado.Em Portugal, o Marquês de Pombal torna-se secretário de Estado.

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1751 – Diderot publica o primeiro volume da Enciclopédia;

1756 – Fundação da Arcádia Lusitana; 1759 – Os jesuítas são expulsos do

Brasil;Voltaire publica Cândido;

1762 – Rousseau lança O contrato social;

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1764 – Mozart escreve sua primeira sinfonia, aos 8 anos de idade;

1774 – Luís XVI chega ao poder na França;

1776 – A Declaração da Independência dos EUA é assinada;

1789 – Revolução Francesa;No Brasil, acontece a Inconfidência Mineira.

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O iluminismo

Tendências ideológicas, filosóficas e científicas;

Recuperação de um espírito experimental, racional

Saber enciclopédico Razão e ciência = luz Apologia do saber e do

conhecimento.

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Diderot "O homem só será

livre quando o último déspota for estrangulado com as entranhas do último padre".

Criador da Enciclopédia;

Preocupação com a natureza do homem e sua condição, os seus problemas morais e seu destino.

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Montesquieu “Não existem leis

justas ou injustas. O que existe são leis mais ou menos adequadas a um determinado povo e a uma determinada circunstância de época ou lugar.”

Estudioso das leis e dos governos;

Acreditava existir 3 governos:República, Monarquia e despotismo.

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Voltaire "Posso não

concordar com nenhuma das palavras que dizeis, mas defenderei até a morte teu direito de dizê-las."

O poder deve ser exercido de forma racional e benéfica;

As pessoas comuns estão fadadas ao fanatismo e à superstição;

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Rousseau “O homem nasce

livre, porém está acorrentado de todos os lados” (O contrato social)

Teoria do Bom selvagem;

Contra a sociedade privada e exploração;

Liberdade e igualdade.

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O projeto literário do Arcadismo Havia, na Grécia Antiga, uma parte

central do Peloponeso denominada Arcádia.De relevo montanhoso, era habitada por pastores e vista com um lugar especial, quase mítico, em que os habitantes associavam o trabalho á poesia, cantando o paraíso em que viviam.

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O projeto literário do Arcadismo Criação da Arcádias literárias – que

tinham seus doutrinadores, pessoas responsáveis pela estética do movimento;

“Só o verdadeiro é belo”(equilíbrio, harmonia,arte ética)

Retomada dos valores da Antiguidade Clássica;

Artificialidade do cenário; Apologia dos valores espirituais em

detrimento aos valores materiais;

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Reação aos excessos do Barroco; Simplicidade; Bucolismo; Inutilia truncat; Aurea mediocritas; Carpe diem; Locus amoenus; Fugere urbem;

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Convite à MaríliaJá se afastou de nós o inverno agreste.Envolto nos seus úmidos vapores; A fértil Primavera, a mãe das flores, O prado ameno de boninas veste.  Varrendo os ares, o sutil Nordeste Os torna azuis; as aves de mil cores Adejam entre Zéfiros e Amores, E toma o fresco Tejo a cor celeste.      

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 Vem, ó Marília, vem lograr comigo  Destes alegres campos a beleza,  Destas copadas árvores o abrigo.   Deixa louvar da corte a vã grandeza:  Quanto me agrada mais estar contigo  Notando as perfeições da Natureza!

BOCAGE, O delírio amoroso e outros poemas. 

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O Arcadismo brasileiro Febre do ouro em Minas Gerais; Vila Rica era uma das cidades mais

avançadas socialmente; A riqueza do ouro patrocinava o

desenvolvimento artístico e cultural; Ideais de liberdade e igualdade

baseados em textos iluministas; Inconfidência Mineira; Libertas quae sera tamen (Virgilio)

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Cláudio Manuel da Costa 1769 – Obras Glauceste Satúrnio; Musa – Nise; Sonetos; Poema épico – Vila Rica; Influenciado por Camões e Petrarca em

seus sonetos; Preso e morto no cárcere.

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Leia a posteridade, ó pátrio Rio,Em meus versos teu nome celebrado,Porque vejas uma hora despertadoO sono vil do esquecimento frio:

Não vês nas tuas margens o sombrio,Fresco assento de um álamo copado;Não vês Ninfa cantar, pastar o gadoNa tarde clara do calmoso estio.

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Turvo banhando as pálidas areiasNas porções do riquíssimo tesouroO vasto campo da ambição recreias.

Que de seus raios o Planeta louro,Enriquecendo o influxo em tuas veias,Quanto em chamas fecunda, brota em ouro.

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Toda a sua criação literária de Cláudio Manuel da Costa está em Obras

Poéticas, obra que reúne a produção lírica do poeta, sonetos, éclogas,

epicédios, cantatas e outras modalidades, e que dá início ao

Arcadismo Brasileiro. Essa publicação marcou a fundação da Arcádia

Ultramarina, uma instituição cultural onde os poetas se reuniam para

escrever e declamar seus poemas.

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O poeta admite a contradição que existe entre o ideal poético e a realidade de sua obra. Com efeito, se os poemas

estão cheios de pastores - comprovando o projeto de literatura árcade - o seu

gosto pela antítese e a preferência pelo soneto indicam a herança de uma

tradição que remonta ao Camões lírico e à poesia portuguesa do século XVII.

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A todo instante, o autor de Obras Poéticas vale-se de antíteses -

típico procedimento barroco - para registrar os seus conflitos

pessoais. No soneto LXXXIV, temos um belo exemplo de contraste

entre a dureza da pedra e a ternura do coração:

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Destes penhascos fez a naturezaO berço em que nasci! Oh, quem

cuidaraQue entre penhas tão duras se

criaraUma alma terna, um peito sem

dureza!

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Tomás Antônio Gonzaga Pseudônimo – Dirceu; Musa – Marília; Autor da famosa obra Marília de

Dirceu,escrita no cárcere e dividida em 2 partes:

- primeira: num tom mais esperançoso, antevendo o casamento;

- segunda: tom mais melancólico, de saudades da amada.

Foi degredado para Moçambique onde fez um bom casamento e ficou rico.

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Poesia líricaLira I

Eu, Marília, não sou algum vaqueiro,Que viva de guardar alheio gado;De tosco trato, d' expressões grosseiro, Dos frios gelos, e dos sóis queimado.Tenho próprio casal, e nele assisto;Dá-me vinho, legume, fruta, azeite;Das brancas ovelhinhas tiro o leite,E mais as finas lãs, de que me visto.

Graças, Marília bela,Graças à minha Estrela!

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Eu vi o meu semblante numa fonte,Dos anos inda não está cortado:Os pastores, que habitam este monte,Com tal destreza toco a sanfoninha,Que inveja até me tem o próprio Alceste:Ao som dela concerto a voz celeste;Nem canto letra, que não seja minha,

Graças, Marília bela,Graças à minha Estrela!

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Mas tendo tantos dotes da ventura,Só apreço lhes dou, gentil Pastora,Depois que teu afeto me segura,Que queres do que tenho ser senhora.É bom, minha Marília, é bom ser donoDe um rebanho, que cubra monte, e prado;Porém, gentil Pastora, o teu agradoVale mais q'um rebanho, e mais q'um trono.

Graças, Marília bela,Graças à minha Estrela!

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Poesia satírica Autor de Cartas Chilenas; Pseudônimo – Critilo; Escrevia à Doroteu ( Cláudio

Manuel da Costa) O alvo é o governo de Luís da

Cunha Menezes, chamado de “Fanfarrão Minésio”

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Cartas ChilenasAquele, Doroteu, que não é santo,Mas quer fingir-se santo aos outros homens,Pratica muito mais do que praticaQuem segue os sãos caminhos da verdade.Mal se põe nas igrejas, de joelhos,Abre os braços em cruz, a terra beija,Entorta o seu pescoço, fecha os olhos,Faz que chora, suspira, fere o peitoE executa outras muitas macaquices,Estando em parte onde o mundo as veja.Assim o nosso chefe, que procuraMostrar-se compassivo, não descansaCom estas poucas obras: passa a dar-nosDa sua compaixão maiores provas.(Carta 2ª, versos 81 a 94)

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Bocage Português que veio morar no

Brasil; Morou na Índia; Foi preso pela Inquisição; Pseudônimo – Elmano Sadino; Produziu poesia satírica, lírica e

erótica.

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Poesia satíricaNão lamentes, oh Nise, o teu estado;Puta tem sido muita gente boa;Putíssimas fidalgas tem Lisboa,Milhões de vezes putas têm reinado:

Dido foi puta, e puta dum soldado,Cleópatra por puta alcança a c’roa;Tu, Lucrécia, com toda a tua proa,O teu cono não passa por honrado:

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Essa da Rússia imperatriz famosaQue ainda há pouco morreu (diz a Gazeta),Entre mil porras expirou vaidosa:

Todas no mundo dão a sua greta:Não fiques pois, oh Nise, duvidosaQue isto de virgo e honra é tudo peta.

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Poesia lírica (convencional)Olha, Marília, as flautas dos pastoresQue bem que soam, como estão cadentes!Olha o Tejo a sorrir-se! Olha, não sentesOs Zéfiros brincar por entre flores?

Vê como ali beijando-se os AmoresIncitam nossos ósculos ardentes!Ei-las de planta e planta as inocentes,As vagas borboletas de mil cores.

Naquele arbusto o rouxinol suspira,Ora nas folgas a abelhinha pára,Ora nos ares sussurrando gira:

Que alegre campo! Que manhã tão clara!Mas ah! Tudo o que vês, se eu te não vira,Mais tristeza que a morte me causara.

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Poesia lírica (pré-romântico)

Incultas produções da mocidadeExponho a vossos olhos, ó leitores:Vede-as com mágoa, vede-as com piedade,Que elas buscam piedade, e não louvores:

Ponderai da Fortuna a variedadeNos meus suspiros, lágrimas, e amores;Notai dos males seus a imensidade,A curta duração dos seus favores:

E se entre versos mil de sentimentoEncontrardes alguns, cuja aparênciaIndique festival contentamento,

Crede, ó mortais, que foram com violênciaEscritos pela mão do Fingimento,Cantados pela voz da Dependência.

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Os épicos árcades São o embrião dos símbolos de

nacionalidade que povoarão os textos românticos: a natureza exuberante e os índios valorosos.

O Uraguai – José Basílio da Gama Caramuru – Santa Rita Durão

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O Uraguai Versos brancos; Poema épico; História da luta travada entre os índios

que viviam nas Missões dos Sete Povos (Uruguai)e um exército luso-espanhol.

Para cumprir o Tratado de Madri, os soldados deveriam transferir Sete Povos para os portugueses e Sacramento para os espanhóis.

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Este lugar delicioso e triste, Cansada de viver, tinha escolhidoPara morrer a mísera Lindóia. Lá reclinada, como que dormia,Na branda relva e nas mimosas flores, Tinha a face na mão e a mão no troncoDum fúnebre cipreste, que espalhavaMelancólica sombra. Mais de pertoDescobrem que se enrola no seu corpo Verde serpente, e lhe passeia e cinge

Pescoço e braços, e lhe lambe o seio.

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Caramuru Modelo camoniano: 10 cantos,

oitava rima; História do descobrimento da

Bahia por Diogo Álvares Correia; Exaltação da paisagem brasileira,

dos recursos naturais, das tradições e dos costumes dos índios.

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O poeta contemporâneo e a natureza

Vento no Litoral (Legião Urbana)De tarde quero descansar, chegar até a praiaVer se o vento ainda está forteE vai ser bom subir nas pedras.

Sei que faço isso para esquecerEu deixo a onda me acertarE o vento vai levando tudo embora

Agora está tão longe Vê, a linha do horizonte me distrai:

Dos nossos planos é que tenho mais saudade,Quando olhávamos juntos na mesma direção.

Aonde está você agora?Além de aqui, dentro de mim...

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Agimos certo sem quererFoi só o tempo que errouVai ser difícil sem vocêPorque você está comigo o tempo todo.

E quando vejo o marExiste algo que diz:-Que a vida continuaE se entregar é uma bobagem...

Já que você não está aquiO que posso fazerÉ cuidar de mim...

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Quero ser feliz ao menosLembra que o planoEra ficarmos bem...

Eieieieiei, olha só o que eu achei:Cavalos-marinhos.

Sei que faço issoPra esquecerEu deixo a ondaMe acertarE o vento vai levandoTudo embora...

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Uma releitura hippie dos ideais árcades.

Eu quero uma casa no campoOnde eu possa compor muitos rocks ruraisE tenha somente a certezaDos amigos do peito e nada maisEu quero uma casa no campoOnde eu possa ficar no tamanho da pazE tenha somente a certezaDos limites do corpo e nada maisEu quero carneiros e cabras pastando solenesNo meu jardimEu quero o silêncio das línguas cansadas

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Eu quero a esperança de óculosMeu filho de cuca legalEu quero plantar e colher com a mãoA pimenta e o salEu quero uma casa no campoDo tamanho ideal, pau-a-pique e sapéOnde eu possa plantar meus amigosMeus discos e livrosE nada mais

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Para pensar... Reflita sobre a relação entre o

conceito de mimese e a estética árcade.

Procure identificar de que modo o Arcadismo projeta na natureza os principais valores que deseja divulgar junto ao público leitor.

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A imitação da natureza ocorre porque é nela que os gregos identificam as verdades universais.

Por isso, o ideal de beleza e equilíbrio se manifesta, na poesia árcade, associado á criação de cenários naturais perfeitos, que convidam o ser humano a abandonar o luxo e a corrupção das cidades e retomar uma vida mais simples e natural.

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Pastores, que levais ao monte o gado,Vede lá como andais por essa serra;Que para dar contágio a toda terra,Basta ver-se o meu rosto magoado:

Eu ando (vós me vedes) tão pesado;E a pastora infiel, que me faz guerra,É a mesma, que em seu semblante

encerraA causa de um martírio tão cansado.

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Se a quereis conhecer, vinde comigo,Vereis a formosura, que eu adoro;Mas não; tanto não sou vosso inimigo:

Deixai, não a vejais; eu vo-lo imploro;Que se seguir quiserdes, o que eu sigo,Chorareis, ó pastores, o que eu choro.

(COSTA, Cláudio Manuel. Poemas escolhidos)

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(USP) Aponte a alternativa cujo conteúdo não se aplica ao Arcadismo:

a) Desenvolvimento do gênero épico, registrando o início da corrente indianista na poesia brasileira.

b) Presença da mitologia grega na poesia de alguns poetas desse período.

c) Propagação do gênero lírico em que os poetas assumem a postura de pastores e transformam a realidade num quadro idealizado.

d) Circulação de manuscritos anônimos de teor satírico e conteúdo político.

e) Penetração de tendência mística e religiosa, vinculada à expressão de ter ou não fé.

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(Mackenzie) Assinale a alternativa em que aparece uma característica imprópria do Arcadismo:

a) Bucolismo.b) Presença de entidades mitológicas.c) Exaltação da natureza.d) Tranquilidade no relacionamento

amoroso.e) Evasão na morte.

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(UFV) Todos os fragmentos abaixo representam, pela linguagem ou pela temática, o movimento árcade brasileiro, EXCETO:

a) “A mesma formosura/é dote que só goza a mocidade:/rugam-se as faces, o cabelo alveja/mal chega a longa idade.”

b) “Pastores que levais ao monte o gado,/Vede lá como andais por essa serra,/Que para dar contágio a toda a terra,/Basta ver-se o meu rosto magoado.”

c) “Passam, prezado amigo, de quinhentos/Os presos que se ajuntam na cadeia./Uns dormem encolhidos sobre a terra,/Mal cobertos dos trapos, que molharam/de dia, no trabalho.”

d) “Que havemos de esperar, Marília bela?/que vão passando os florescentes dias?/as glórias que vêm tarde, já vêm frias,/e pode enfim mudar-se a nossa estrela.”

e) “Oh! Que saudades que eu tenho/Da aurora da minha vida,/Da minha infância querida/Que os anos não trazem mais!”

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Assinale o que não se refere ao Arcadismo:a) Época do Iluminismo (século XVIII) – Racionalismo,

clareza, simplicidade.b) Volta aos princípios clássicos greco-romanos e

renascentistas (o belo, o bem, a verdade, a perfeição, a imitação da natureza).

c) Ornamentação estilística, predomínio da ordem inversa, excesso de figuras.

d) Pastoralismo, bucolismo suaves idílios campestres.

e) Apóia-se em temas clássicos e tem como lema: inutilia truncat (“corta o que é inútil”).

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