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CONCURSO NACIONAL DE LEITURA 2016 10ª Edição FASE DISTRITAL N N O O R R M M A A S S D D E E P P A A R R T T I I C C I I P P A A Ç Ç Ã Ã O O Biblioteca Municipal de Alfândega da Fé 20 de ABRIL

Alfândega: Normas do CNL distrital 2016

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10ª Edição FASE DISTRITAL

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Biblioteca Municipal de Alfândega da Fé

20 de ABRIL

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Preâmbulo

O Plano Nacional de Leitura (PNL) em parceria com a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das

Bibliotecas (DGLAB) e com a Rede das Bibliotecas Escolares, e em articulação com a RTP,

promove, no ano letivo de 2015-2016, a 10ª edição do Concurso Nacional de Leitura (CNL).

O presente documento estabelece as regras gerais da Fase Distrital do CNL 2015/2016 de

Bragança, cuja entidade organizadora convidada foi, no presente ano, a Biblioteca Municipal de

Alfândega da Fé.

Artigo 1º

Objetivos

Os principais objetivos do CNL são a promoção do gosto pela leitura entre os jovens; o

conhecimento de autores de diversas gerações e de diferentes estilos literários, num encontro que

pretende ser uma grande festa do livro e de convívio salutar entre todos os participantes em torno

da leitura.

Artigo 2º

Condições gerais de participação

A participação no CNL está aberta aos alunos do 3º ciclo do ensino básico e do ensino secundário

apurados na 1ª fase do CNL do distrito de Bragança.

Artigo 3º

Obras a concurso

Para o 3º Ciclo do Ensino Básico, as obras selecionadas são:

- Supergigante de Ana Pessoa, Planeta Tangerina

- Trash: os rapazes do lixo de Andy Mulligan, Editorial Presença

Para o Ensino secundário, as obras selecionadas são:

- No meu peito não cabem pássaros de Nuno Camarneiro, Publicações D. Quixote

- Victoria de Knut Hamsun, Cavalo de Ferro Editores

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Artigo 4º

Data e Local

A Prova Distrital de Bragança do Concurso Nacional de Leitura 2016 irá realizar-se em Alfândega

da Fé, no próximo dia 20 de Abril.

As provas escritas serão efetuadas na Biblioteca Municipal de Alfândega da Fé, localizada na Rua

da Escola Preparatória e as provas orais terão lugar na Casa da Cultura Mestre José Rodrigues –

Auditório Manuel Faria, localizada no Largo S. Sebastião.

Artigo 5º

Constituição do júri

O júri da Fase Distrital do Concurso Nacional de Leitura 2016 é constituído pelos seguintes

elementos:

Luís Filipe Santos, Subdiretor Geral da Direção Geral do Livro, Arquivos e Bibliotecas;

António Pinelo Tiza, Presidente da Direção da Academia Ibérica da Máscara; Membro da

Academia de Letras de Trás-os-Montes e Membro da Associação Portuguesa de Escritores.

Ana Afonso Gonçalves, Técnica Superior de Biblioteca e Documentação do Município de

Alfândega da Fé.

O júri é soberano, não cabendo recurso das suas decisões. Qualquer caso omisso neste

documento será resolvido pela organização (Biblioteca Municipal de Alfândega da Fé - DGLAB) e

pelo júri, havendo ainda a possibilidade do envio de sugestão e/ou reclamação por escrito para

[email protected].

Artigo 6º

Declaração de autorização de filmagens

Será enviada às escolas participantes, por correio eletrónico, a Declaração de Autorização de

Filmagens, para assinatura pelo Encarregado de Educação de cada participante, ou pelo próprio,

caso tenha mais de 18 anos.

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No dia das provas cada participante deve ser portador de um documento de identificação pessoal

e trazer a Declaração de Autorização de Filmagens devidamente preenchida e assinada. Quem

não a trouxer deverá evitar expor-se, não sendo filmado nem entrevistado.

Artigo 7º

Prémios e Certificados

Todos os participantes receberão certificados de participação individuais e por escola, sendo

também atribuídos certificados com a classificação aos alunos vencedores. Serão oferecidos

prémios aos três primeiros participantes de cada nível de ensino a concurso.

Artigo 8º

Processo de apuramento dos finalistas

O apuramento dos finalistas para a Fase Final do Concurso Nacional de Leitura 2016 resultará da

avaliação obtida em duas provas:

- Prova Escrita, de caráter eliminatório, que apurará para a etapa seguinte (Prova Oral) os cinco

participantes melhor classificados em cada um dos níveis de ensino;

- Prova Oral, com componentes de declamação e de argumentação.

A classificação final resultará dos resultados obtidos nas referidas provas.

Em caso de empate na Prova Escrita, o desempate será decidido pelo tempo despendido na

realização da mesma.

Realizadas as Provas Escrita e Oral (nas suas duas componentes) caso se venha a verificar um

empate entre finalistas, o desempate será decidido mediante a apresentação oral das principais

ideias apresentadas na questão de desenvolvimento da Prova Escrita pelos participantes.

O participante mais pontuado em cada nível de ensino é apurado para a Fase Final do Concurso

Nacional de Leitura 2016, em representação do distrito de Bragança, sendo considerados

suplentes os participantes classificados em 2º e 3º lugares.

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Artigo 9º

Prova Escrita

A Prova Escrita será constituída por 20 questões de resposta obrigatória e de escolha múltipla

versando o conteúdo das obras selecionadas para cada nível de ensino, e por uma questão de

desenvolvimento (de entre as 2 propostas apresentadas, o participante deverá escolher somente

1), sendo que a resposta é limitada às linhas disponíveis no enunciado.

A Prova Escrita terá a duração máxima de 30 minutos, sem tolerância, e deve ser realizada em

silêncio. Não é permitido o uso de qualquer aparelho eletrónico durante a Prova Escrita. Concluída

a Prova Escrita, os participantes deverão entregá-la à pessoa que lhes for previamente indicada

para o efeito, onde será registada a ordem de entrega da prova.

No local da Prova Escrita apenas será permitida a presença dos participantes e dos membros da

organização destacados para o efeito.

Artigo 10º

Prova Oral

A Prova Oral é constituída por duas componentes: Declamação e Argumentação.

Para a componente de Declamação são disponibilizados 5 poemas para cada nível de ensino,

cuja leitura expressiva /declamação em voz alta todos os concorrentes deverão treinar.

Para esta prova de Declamação, o Júri terá como principais critérios de avaliação:

- Presença física: avaliação da postura, confiança demonstrada, relação com a assistência.

- Voz e articulação: avaliação da projeção da voz, do ritmo e entoação.

A leitura dos poemas será sorteada em envelope fechado.

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POEMAS SELECIONADOS PARA O 3.º CICLO

- Amigo, de Alexandre O’Neill

- Pedagogia, de Miguel Torga

- Porque, de Sophia de Mello Breyner Andresen

- O sonho, de Sebastião da Gama

- Urgentemente, de Eugénio de Andrade

POEMAS SELECIONADOS PARA O SECUNDÁRIO

- Com fúria e raiva, de Sophia de Mello Breyner Andresen

- Impressão digital, de António Gedeão

- Não posso adiar o amor, de António Ramos Rosa

- As palavras, de Eugénio de Andrade

- Viagem, de Miguel Torga

Para a componente de Argumentação são disponibilizados aos participantes, dos dois níveis de

ensino, 5 grandes ideias, das quais cada participante selecionará 1 para realização da sua prova,

podendo, ou não, relacionar a sua prestação com as obras lidas.

Os critérios de avaliação para a componente de Argumentação que terá uma duração máxima

de 3 minutos são os seguintes:

- Estrutura e dinâmica na exposição;

- Correção e clareza na linguagem utilizada;

- Qualidade da informação prestada;

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Para os dois níveis de ensino as 5 grandes ideias da componente de Argumentação para

apresentação são:

- AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE;

- POBREZA NO MUNDO: UMA INJÚRIA À CONDIÇÃO HUMANA;

- DIREITOS HUMANOS E LITERATURA;

- EDUCAÇÃO E CIDADANIA;

- LIBERDADE DE EXPRESSÃO;

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ANEXO

Poemas selecionados para a leitura expressiva /declamação do 3º ciclo

AMIGO

Mal nos conhecemos

Inaugurámos a palavra «amigo».

«Amigo» é um sorriso

De boca em boca,

Um olhar bem limpo,

Uma casa, mesmo modesta, que se oferece,

Um coração pronto a pulsar

Na nossa mão!

«Amigo» (recordam-se, vocês aí,

Escrupulosos detritos?)

«Amigo» é o contrário de inimigo!

«Amigo» é o erro corrigido,

Não o erro perseguido, explorado,

É a verdade partilhada, praticada.

«Amigo» é a solidão derrotada!

«Amigo» é uma grande tarefa,

Um trabalho sem fim,

Um espaço útil, um tempo fértil,

«Amigo» vai ser, é já uma grande festa!

In No reino da Dinamarca, Alexandre O'Neill

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PEDAGOGIA

Brinca enquanto souberes!

Tudo o que é bom e belo

Se desaprende…

A vida compra e vende

A perdição.

Alheado e feliz,

Brinca no mundo da imaginação,

Que nenhum outro mundo contradiz!

Brinca instintivamente

Como um bicho!

Fura os olhos do tempo,

E à volta do seu pasmo alvar

De cabra-cega tonta,

A saltar e a correr,

Desafronta

O adulto que hás-de ser!

In Diário IX, Miguel Torga

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PORQUE

Porque os outros se mascaram mas tu não

Porque os outros usam a virtude

Para comprar o que não tem perdão.

Porque os outros têm medo mas tu não.

Porque os outros são os túmulos caiados

Onde germina calada a podridão.

Porque os outros se calam mas tu não.

Porque os outros se compram e se vendem

E os seus gestos dão sempre dividendo.

Porque os outros são hábeis mas tu não.

Porque os outros vão à sombra dos abrigos

E tu vais de mãos dadas com os perigos.

Porque os outros calculam mas tu não.

In Obra poética, Sophia de Mello Breyner Andresen

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O SONHO

Pelo Sonho é que vamos,

comovidos e mudos.

Chegamos? Não chegamos?

Haja ou não haja frutos,

pelo Sonho é que vamos.

Basta a fé no que temos.

Basta a esperança naquilo

que talvez não teremos.

Basta que a alma dêmos,

com a mesma alegria,

ao que desconhecemos

e ao que é do dia-a-dia.

Chegamos? Não chegamos?

– Partimos. Vamos. Somos.

In Pelo sonho é que vamos, Sebastião da Gama

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URGENTEMENTE

É urgente o amor.

É urgente um barco no mar.

É urgente destruir certas palavras

ódio, solidão e crueldade,

alguns lamentos,

muitas espadas.

É urgente inventar alegria,

multiplicar os beijos, as searas,

é urgente descobrir rosas e rios

e manhãs claras.

Cai o silêncio nos ombros e a luz

impura, até doer.

É urgente o amor, é urgente

permanecer.

In Até amanhã, Eugénio de Andrade

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Poemas selecionados para a leitura expressiva /declamação do secundário

COM FÚRIA E RAIVA Com fúria e raiva acuso o demagogo

E o seu capitalismo de palavras

Pois é preciso saber que a palavra é sagrada

Que de longe muito longe um povo a trouxe

E nela pôs sua alma confiada

De longe muito longe desde o início

O homem soube de si pela palavra

E nomeou a pedra a flor a água

E tudo emergiu porque ele disse

Com fúria e raiva acuso o demagogo

Que se promove à sombra da palavra

E da palavra faz poder e jogo

E transforma as palavras em moeda

Como se fez com o trigo e com a terra

In O nome das coisas, Sophia de Mello Breyner Andresen

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IMPRESSÃO DIGITAL

Os meus olhos são uns olhos.

E é com esses olhos uns

que eu vejo no mundo escolhos

onde outros, com outros olhos,

não vêem escolhos nenhuns.

Quem diz escolhos diz flores.

De tudo o mesmo se diz.

Onde uns vêem luto e dores

uns outros descobrem cores

do mais formoso matiz.

Nas ruas ou nas estradas

onde passa tanta gente,

uns vêem pedras pisadas,

mas outros, gnomos e fadas

num halo resplandecente.

Inútil seguir vizinhos,

querer ser depois ou ser antes.

Cada um é seus caminhos.

Onde Sancho vê moinhos

D. Quixote vê gigantes.

Vê moinhos? São moinhos.

Vê gigantes? São gigantes.

In Obra completa, António Gedeão

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NÃO POSSO ADIAR O AMOR

Não posso adiar o amor para outro século

não posso

ainda que o grito sufoque na garganta

ainda que o ódio estale e crepite e arda

sob as montanhas cinzentas

e montanhas cinzentas

Não posso adiar este braço

que é uma arma de dois gumes

amor e ódio

Não posso adiar

ainda que a noite pese séculos sobre as costas

e a aurora indecisa demore

não posso adiar para outro século a minha vida

nem o meu amor

nem o meu grito de libertação

Não posso adiar o coração

In Viagem através de uma nebulosa, António Ramos Rosa

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AS PALAVRAS

São como um cristal,

as palavras.

Algumas, um punhal,

um incêndio.

Outras,

orvalho apenas.

Secretas vêm, cheias de memória.

Inseguras navegam:

barcos ou beijos,

as águas estremecem.

Desamparadas, inocentes,

leves.

Tecidas são de luz

e são a noite.

E mesmo pálidas

verdes paraísos lembram ainda.

Quem as escuta? Quem

as recolhe, assim,

cruéis, desfeitas,

nas suas conchas puras?

In Coração do dia, Eugénio de Andrade

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VIAGEM

Aparelhei o barco da ilusão

E reforcei a fé de marinheiro.

Era longe o meu sonho, e traiçoeiro

O mar…

(Só nos é concedida

Esta vida

Que temos;

E é nela que é preciso

Procurar

O velho paraíso

Que perdemos.)

Prestes larguei a vela

E disse adeus ao cais, à paz tolhida.

Desmedida,

A revolta imensidão

Transforma dia a dia a embarcação

Numa errante e alada sepultura…

Mas corto as ondas sem desanimar.

Em qualquer aventura,

O que importa é partir, não é chegar.

In Câmara ardente, Miguel Torga