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A Pérola John Steinbeck

A pérola, de John Steinbeck

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Page 1: A pérola, de John Steinbeck

A Pérola

John Steinbeck

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Temas de discussão

• Valores familiares: música, canoa que transita de geração em geração, educação;

• Paterfamilias: pai manda e a família obedece;• Avareza do médico que só atendia quem

tivesse dinheiro;• Concertação entre todos os vendedores para

conseguirem a pérola o mais barata possível;• Felicidade: ter ou não ter a pérola.

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• Na cidade contam a história da grande pérola – como foi encontrada e como se perdeu.

• Contam a história de Kino, o pescador, da sua mulher, Juana, e do seu filho, Coyotito.

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• E tantas vezes a história foi contada que acabou por se enraizar na mente de cada um.

• E, como sucede com todas as histórias muitas vezes contadas que o povo guarda no coração, só contém coisas boas e más, coisas a preto e branco, generosas e perversas, sem tonalidades intermédias.

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• Se considerarmos esta história como uma parábola, talvez seja possível extrairmos dela uma moral e descobrirmos nela a própria vida. Seja como for, contam na cidade que…

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• Baseada num conto popular mexicano, A Pérola constitui uma inesquecível parábola poética sobre as grandezas e as misérias do mundo tão contraditório em que vivemos.

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• É, assim, a história comovente de uma pérola enorme de como foi descoberta e de como se perdeu…

• Levando com ela os sonhos bons e maus que representava, mas é também a história de uma família e da solidariedade especial entre uma mulher, um pobre pescador índio e o filho de ambos.

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Capítulo I

• Kino acorda muito cedo ao primeiro raiar do sol. Observou o filho e também a mulher. Reparou que ela já tinha os olhos abertos como era hábito, ele não se lembra de os ver fechados ao acordar.

• Kino fecha os olhos para ouvir o som do mar e também há canções na mente e a dele tinha a Canção da Família.

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• A Canção da Família soava agora ao ritmo da mó com que Juana moía o milho para os bolos da manhã.

• Era uma manhã igual a todas as manhãs, mas parecia-lhe a mais bela de todas.

• Todos os sons faziam parte da Canção da Família.

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• Tomaram o pequeno-almoço, sem palavras, pois não eram necessárias.

• Um barulho imperceptível, … viram um escorpião a descer pelas cordas que seguravam o caixote do filho.

• Uma nova canção surgiu, a do mal.

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• Kino tentou apanhar o escorpião, mas o filho, ao rir, agitou a corda e o escorpião caiu…

• Kino apanhou-o após este picar o filho e a Canção do Inimigo rugia nos seus ouvidos.

• Juana pegou no bebé e chupou o sítio da picada, os berros de Coyotito chamaram a atenção de toda a aldeia.

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• O Menino foi picado.• Todos sabiam o que acontecia após a picada

de um escorpião – morte.• Chamar um médico, ele não vem por viverem

num sítio de barracas.• Então resolveram eles ir ter com o médico.• Formaram uma procissão até casa do médico.

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• Chegaram às casas de pedras, e a procissão foi engrossando.

• Os pedintes concluíram que aquela família não teria hipóteses de o médico os ajudar.

• Os pedintes estavam com curiosidade de saber como o médico iria reagir perante aquela família de pobres e de índios.

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• O Médico estava em casa e a comer um óptimo pequeno-almoço.

• Ficando irado por ter sido interrompido, «eu tenho mais que fazer se não curar picadas de insectos dos “pobres índios”. Eu sou médico, não sou veterinário».

• O Médico recusou-se a prestar assistência por eles não terem dinheiro e somente umas pequenas e defeituosas pérolas.

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Conhecimento explícito da línguaCapítulo II - coordenação

• A praia tinha areia amarela, mas à beira da água cobriam-na algas e fragmentos de conchas.

• Frase simples ou complexa?• Complexa, por ter duas acções: “tinha” e “ cobriam-na”. • Será por coordenação ou subordinação?• Coordenação, as orações fazem sentido sozinhas, exemplo: A

praia tinha areia amarela. / À beira da água cobriam-na algas e fragmentos de conchas.

• O nome destas orações será, então, coordenadas adversativas; oração coordenada + mas … oração coordenada adversativa.

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• No fundo do mar abundavam formas que rastejavam, nadavam e cresciam.

• Novamente complexa e coordenada. Nesta caso assindética [quando se usa a vírgula em vez da conjunção ‘e’] e a última copulativa.

• Ainda nesta frase encontramos orações subordinadas, relativa.

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• O venenoso peixe-globo jazia no fundo dos leitos de algas e os coloridos caranguejos passavam rapidamente sobre ele.

• Orações coordenadas copulativas, atenção à conjunção copulativa ‘e’. Os verbos «jazia» e «passavam» são o coração das orações.

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• O povo de Kino tinha cantado tudo o que acontecia ou existia.

• Orações coordenadas disjuntivas, isto é, apresenta uma ideia alternativa àquela que é expressa na oração anterior. Conjunção utilizada nesta frase é ‘ou’.

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• O inchaço estava a desaparecer do ombro da criança, logo o veneno estava a sair do seu corpo.

• Orações coordenadas conclusivas. Conjunção ‘logo’. Isto é, apresenta uma conclusão ou consequência daquilo que é expresso na oração anterior.

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• Os homens das outras canoas olharam para ele, pois estavam espantados.

• Orações coordenadas explicativas, por apresentarem uma explicação daquilo que é expresso na oração anterior.

• Conjunção ‘pois’.

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Síntese - coordenação

• Nas frases complexas, as orações podem estar ligadas através do processo de coordenação; isto é, as orações são sintacticamente independentes.

• Orações coordenadas:* copulativa [adição] (e, nem, …)* adversativa [oposição] (mas,

porém,…)* disjuntiva [alternativa] (ou, quer…

quer, …)* conclusiva [conclusão] (logo, por

conseguinte, …)* explicativa [explicação] (pois, …)

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Conhecimento explícito da línguaCapítulo III - subordinação

• Chegou aos ouvidos do padre que passeava no seu jardim.

• Frase simples ou complexa?• Complexa. Chegou aos ouvidos do padre. Oração

subordinante – esta frase faz sentido sozinha. Que passeava no seu jardim – oração subordinada relativa restritiva – quem passeava? O que refere-se ao antecedente que é o nome padre.

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• Eles olharam para as roupas de homem que não se tinham vendido muito bem.

• Novamente uma oração subordinada relativa restritiva, o que refere-se ao seu antecedente – roupas de homem.

• Estas orações são as mais frequentes na nossa língua.

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• A notícia chegou aos ouvidos do médico, que estava a atender uma mulher, cuja doença era a idade, embora nem ela nem o médico o admitissem.

• Oração subordinante, oração subordinada relativa explicativa [que, cuja], oração subordinada concessiva.

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Orações subordinadas relativas

• Relativas restritivas: limitam o sentido do nome ou pronome antecedente, sendo por isso indispensáveis ao sentido da frase e não se separam na escrita por vírgula.

• Relativas explicativas: acrescentam ao antecedente uma informação acessória, podendo por isso serem suprimidas, separam--se por vírgula.

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Oração subordinada concessiva

• Exprimem uma concessão; isto é, a acção enunciada na oração subordinante realiza-se, embora haja uma contrariedade.

• Há um contraste.

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• Quando descobriu quem era Kino, o médico tomou um ar simultaneamente severo e judicioso.

• Oração subordinada temporal, oração subordinada completiva, oração subordinante.

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Oração subordinada temporal

• Localiza no tempo a situação apresentada na oração subordinante.

Oração subordinada completiva• Orações que completam o sentido do verbo.

Estas orações podem ser substituídas pelo pronome demonstrativo “isso”.

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• Recordou-se do quarto onde vivera como se fosse uma casa importante e luxuosa.

• Oração subordinante, oração subordinada relativa, oração subordinada comparativa.

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Oração subordinada comparativa

• Estabelece uma relação de comparação.• Não confundir com a figura de estilo

comparação.

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• A música da pérola tinha-se fundido com a música da família, de modo que uma embelezara a outra.

• Oração subordinante, oração subordinada consecutiva.

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Oração subordinada consecutiva

• Exprime uma consequência relativamente ao facto apresentado na oração subordinante.

• Estas orações subordinadas consecutivas não podem ser deslocadas na frase, vêm sempre a seguir às orações subordinantes.

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• Kino olhou para a sua pérola e Juana baixou as pálpebras e cobriu o rosto com o xaile, para que ninguém pudesse ver a sua excitação.

• Orações coordenadas copulativas, oração subordinante, subordinada final

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Oração subordinada final

• Indica a finalidade, intenção da realização daquilo que é apresentado na oração subordinante.

• Exige o modo conjuntivo.

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• Sabia que os deuses se vingavam de um homem se ele alcançasse o sucesso através dos seus próprios esforços.

• Oração subordinante, oração subordinada completiva, oração subordinada condicional.

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Oração subordinada condicional

• Indica a condição necessária para que se realize aquilo que é expresso na oração subordinante.

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• O ódio ardia e chispava nos seus olhos, e o medo também, porque as centenas de anos de dominação calavam bem fundo dentro dele.

• Oração subordinante, oração coordenada copulativa, oração subordinada causal.

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Oração subordinada causal

• Apresenta o motivo ou a causa daquilo que é expresso na oração subordinante.

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• Penso que o veneno vai atacar muito em breve.

• Oração subordinante, oração subordinada completiva.

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Oração subordinada completiva

• Estas orações completam o sentido do verbo.

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Síntese subordinação

• Orações subordinadas:* completivas* relativas* adverbiais (correspondem a grupos

adverbiais ou preposicionais que exprimem diferentes ideias):- causal (causa)- final (fim)- temporal (tempo)- condicional (condição)- concessiva (concessão)- comparativa (comparação)- consecutiva (consequência)

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Frases para analisar• Foi a espingarda que quebrou as barreiras.• Sentiu um ardor nos nós dos dedos feridos da

sua mão direita, quando viu quem eles eram.

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