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Ano 1 • Número 01 • Maio 2014

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Queridos irmãos e irmãs, chega até nós, por dedicação da Pastoral da Comunicação - PASCOM, a primeira edição de nossa Revista Paroquial. E com ela, apresento algumas caracterís-ticas da Igreja que devemos bus-car com todas as nossas forças: 1. Queremos ser uma Igreja Espiritual. Percebemos em nosso povo uma intensa busca de es-piritualidade, uma intensa “sede de Deus”. A nossa paróquia quer ser uma Igreja orante e adorante, discípula, que esteja à escuta de Deus através da Leitura Orante da Palavra diariamente. Uma Igreja eucarística, amorosa, de comu-nhão e de alegria. A Igreja Espiri-tual é uma Igreja de compromisso social, uma militante que brota da oração. Queremos uma Igreja mais do sopro do Espírito do que eficiência, mais inspiração que instituição, mais carisma que poder, mais amor que lei, mais comunhão que organização, mais comunidade que sociedade. 2. Queremos ser uma Igreja Missionária, anunciadora, pregadora da boa nova do reino de Cristo. Para poder aquecer, a nossa Paróquia deverá arder com o fogo do Espírito. Só essa experiência espiritual ateia fogo na alma do nosso povo e a faz flamejar para fora. 3. Queremos ser uma Igreja Hospitaleira, de diálogo, aco-lhedora de todas as diferenças. Trata-se de uma Igreja que inclui e que evita toda forma de ex-clusão. Uma Igreja aberta, larga, magnânima e generosa. Uma Igreja que seja verdadeiramente “mãe”. Uma casa em que todos possam “se sentir em casa”. Queremos superar todo o com-portamento meramente burocrá-tico, frio, rotineiro e impessoal, e estabelecer uma relação pastoral personalizada. 4. Queremos ser a Igreja da Misericórdia, uma verdadeira “escola da compaixão”, ternura

e piedade. A porta de entrada de nossa Paróquia deve ser a “porta de ouro” do amor incondicional, da simpatia, da amizade. A mi-sericórdia se estende a todos os que são tidos como “pecadores”, proscritos, perdidos, desgraça-dos, prostitutas, mães solteiras, recasados, homossexuais, os envolvidos no tráfico, as vítimas da aids, etc. A Igreja de Cristo não pode fechar o coração a pessoa alguma, por mais perdida que possa parecer. A Igreja do crucifi-cado não pode conhecer ne-nhuma sorte de exclusão. Só os arrogantes estão fora, porque por sua presunção, não se dignam de participar dela. 5. Por fim, queremos ser a Igreja da Esperança, que sonha um mundo diferente, onde todos possam gozar das condições bá-sicas de vida, como promotores da paz. A revista é mais uma for-ma de nos comunicar e trazer a Igreja que queremos em textos e imagens. Fique à vontade para ler e reler, e deixar essas palavras entrar no coração.

A porta de entrada de nossa Paróquia deve ser a “porta de ouro” do amor incondicional, da simpatia, da amizade”.

Palavra do pároco

Pe. Luciano

Horários da Paróquia

Missas:• Sábado – 19h

• Domingo – 10h e 19h

• Quarta-feira – 16h (com bênção da saúde)

• 1ª sexta-feira do mês - 19h30 (Apostolado da Oração)

• Dia 28 – 19h30 (novena perpétua de São Judas Tadeu)

Secretaria Paroquial• Segunda a sexta-feira das 8h às 12h e das 13h às 22h

• Sábado das 8h às 12h

Grupo de Oração RCC• Quinta-feira – 19h15

Grupo de Jovens Sementes do Amanhã• Sábado – 20h30

Terço dos Homens• Quarta-feira – 19h30

Infância Missionária• Sábado – 9h

Coroinhas e acólitosSábado – 10h

Pastorais Sociais• Cáritas – terça-feira, das 14h30 às 17h

• Antialcoólica quarta-feira às 20h

• Narcóticos Anônimos sábado às 19h

ExpedienteA REVISTA SÃO JUDAS TADEU É UMA PUBLICAÇÃO DA PARÓQUIA SÃO JUDAS TADEU

PárocoPadre Luciano dos Santos

Jornalista ResponsávelCleide Carvalho (MTB/SC 2960)

Tiragem: 2 mil

Impressão: Grafinorte S/A

Visite nossa Paróquia:Rua Voluntários da Pátria, 28 - Itaum - Joinville/SC / (47) 3436-0332 [email protected]/paroquiasj

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Encontramo-nos diante duma das maravilhas do Senhor: Maria! Uma criatura humilde e frágil como nós, escolhida para ser Mãe de Deus, Mãe do seu Criador. Queria refletir convosco sobre três realidades: a primeira, Deus surpreende-nos; a segunda, Deus pede-nos fidelidade; a terceira, Deus é a nossa força. A primeira: Deus surpreende-nos. [...] A Virgem Maria, perante o anúncio do Anjo, não esconde a sua admiração. Fica admirada ao ver que Deus, para Se fazer homem, escolheu precisamente a ela, jovem simples de Nazaré, que não vive nos palácios do poder e da riqueza, que não realizou feitos extraordinários, mas que está disponível a Deus, sabe confiar n’Ele, mesmo não entendendo tudo: «Eis a serva do Senhor, faça-se em mim segundo a tua palavra» (Lc 1,38). É a sua resposta. Deus surpreende-nos sempre, rompe os nossos esquemas, põe em crise os nossos projetos, e diz-nos: confia em Mim, não tenhas medo, deixa-te surpreender, sai de ti mesmo e segue-Me! Hoje perguntemo-nos, todos, se temos medo daquilo que Deus me poderá pedir ou está pedindo. Deixo-me surpreender por Deus, como fez Maria, ou fecho-me nas minhas seguranças, seguranças mate-riais, seguranças intelectuais, seguranças ideológicas, seguranças dos meus projetos? Deixo verdadeiramen-te Deus entrar na minha vida? Como Lhe respondo? A segunda: Deus pede fidelidade em segui-Lo. [...] Maria disse o seu «sim» a Deus, um «sim» que trans-tornou a sua vida humilde de Nazaré, mas não foi o único; antes, foi apenas o primeiro de muitos «sins» pronunciados no seu coração tanto nos seus momen-tos felizes, como nos dolorosos… muitos «sins» que culminaram no «sim» ao pé da Cruz. Pensai até onde chegou a fidelidade de Maria a Deus: ver o seu único Filho na Cruz. A mulher fiel, de pé, destruída por den-tro, mas fiel e forte. Podemos nos tornar “não fiéis”, mas Ele não pode; Ele é “o fiel” e pede-nos a mesma fidelidade.

Pensemos quantas vezes já nos entusiasmamos por qualquer coisa, por uma iniciativa, por um compro-misso, mas depois, ao surgirem os primeiros proble-mas, abandonamos. É a dificuldade de ser constantes, de ser fiéis às decisões tomadas, aos compromissos assumidos. Muitas vezes é fácil dizer «sim», mas de-pois não se consegue repetir este «sim» todos os dias. Não se consegue ser fiel. O último ponto: Deus é a nossa força. [...] Ma-ria: depois da Anunciação, o primeiro gesto que ela realiza é um ato de caridade para com a sua parente idosa Isabel; e as primeiras palavras que profere são: «A minha alma enaltece o Senhor», ou seja, um cân-tico de louvor e agradecimento a Deus, não só pelo que fez n’Ela, mas também pela sua ação em toda a história da salvação. Tudo é dom d’Ele. Se conseguimos entender que tudo é dom de Deus, então quanta felicidade teremos no nosso coração! Ele é a nossa força! Dizer obrigado parece tão fácil, e todavia é tão difícil! Quantas vezes dizemos obrigado em família? Esta é uma das palavras-chaves da convivência. “Com licença”, “perdão”, “obrigado”: se numa família se dizem estas três palavras, a família segue adiante. Quantas vezes dizemos “obrigado” junto da família? Quantas vezes dizemos obrigado a quem nos ajuda, vive perto de nós e nos acompanha na vida? Muitas vezes damos tudo isso como suposto! E o mesmo acontece com Deus. É fácil ir até ao Senhor para pedir alguma coisa, mas ir agradecê-Lo… “Ah, isso é difícil”. Invoquemos a intercessão de Maria, para que nos ajude a deixarmo-nos surpreender por Deus sem re-sistências, a sermos-Lhe fiéis todos os dias, a louvá-Lo e agradecer-Lhe porque Ele é a nossa força. Amém.

• Homilia do Papa Francisco na Jornada Mariana - 13 de Outubro de 2013

Temos medo do que Deus pede?

Mensagem do Papa

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4 Revista São Judas Tadeu • Maio 2014

Os Grupos Bíblicos de Reflexão (GBR) oferecem aos fiéis uma oportunidade de convívio fraterno, vínculos profundos, afetividade, lugar de verdadeira acolhida, proximidade com enfermos, além do encontro vivo com a Palavra de Deus por meio da Leitura Orante. Em 1994, o Papa João Paulo II, pelo decurso da carta Tertio Milênio Adveniente, convocou a Igreja Católica a des-lanchar vigorosamente um projeto de evangelização em vista ao Terceiro Milênio que se aproximava. A 34ª Assembleia da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) acolheu a convocação evan-gelizadora do santo padre e lançou o Documento 56 – Rumo ao Novo Milênio – com o título: “Projeto de Evangelização da Igreja no Brasil”. A Diocese de Joinville tornou conhecido este projeto de evangeliza-ção, pela então Semana Teológica, em agosto de 1996, na qual estavam presentes todas as lideranças leigas, religiosas, todos os padres e seminaristas da região. Decidiu-se, ao término deste encontro, concretizar o projeto de evangelização por meio dos grupos de re-flexão, tendo como base a oração, a reflexão e a ação. O GBR é um meio concreto de evangelização urbana, pois as paróquias não atendem mais a de-manda evangelizadora das cidades, visando suprir a necessidade do ser humano de se encontrar em comunidade, para assim superar a solidão e a massi-

ficação do mundo moderno. A então Comunidade São Judas Tadeu acolheu este apelo do bispo da época – Dom Orlando Brandes – e iniciou o processo de implantação dos grupos por meio das visitas nas casas, da formação de lideranças e animadores, para assim motivar os encontros em cada rua. Com o auxílio do livro desenvolvido pela Diocese, os encontros acontecem geralmente nas terças-feiras à noite, cada semana em uma casa, pro-porcionando assim a integração entre os vizinhos. Para uma melhor organização, os grupos na Pa-róquia São Judas estão divididos em 8 setores, sendo que cada setor conta com um líder, responsável pelo acompanhamento dos grupos alocados àquele setor. Procure informações sobre o grupo de sua rua, quando e onde acontecem os encontros. Venha você também fazer parte deste projeto de evangelização!

• Diácono Osvaldo da Rosa, coordenador Diocesano dos GBR

Encontro com a Palavra de Deus

Números do GBR:Grupos na Diocese: 2800 (dados de 2013)Grupos na São Judas: 43Coordenadora Paroquial: Vanda Brenzink

Grupos Bíblicos de Reflexão

Por Diácono Osvaldo da Rosa*

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Por Angelo Junior

Não é de hoje que se nota na, agora, Paróquia São Judas Tadeu a forte presença jovem nas ativida-des missionárias, pastorais, nos movimentos e nos eventos feitos pela “comunidade” na busca de levar a graça de Deus às pessoas. Grande parte desta vitalida-de juvenil deve-se a contínua missão e perseverança do Grupo de Oração Jovem Sementes do Amanhã, que há mais de 24 anos acontece com a graça de Deus e intercessão de Maria Santíssima. Se perguntarmos aos líderes de movimentos, coor-denadores de pastorais e membros antigos de nossa paróquia, perceberemos que, muitos deles, come-çaram sua caminhada de fé mais aprofundada no Sementes. Já outros têm uma ligação com a história do grupo através dos filhos ou auxiliaram o grupo em muitos dos eventos feitos ao longo das mais de duas décadas de caminhada. O GOJ Sementes do Amanhã, não é apenas um ponto de encontro de jovens dentro da igreja, que visa debater temas de interesse popular, nem mesmo é um grupo de reflexão jovem, o Sementes é um grupo de oração que visa oportunizar ao jovem uma experiên-

cia pessoal com Deus, através da vida em comunida-de, da oração e da prática da fé católica. Com raízes da Renovação Carismática Católica (RCC) e atual vinculação ao Ministério Jovem de Joinville traz a cada sábado uma experiência única de louvor a Deus. O grupo é conduzido com a partilha da Palavra por meio de pregação, oração carismática de Batismo no Espírito Santo, cura interior, oração mariana e, mui-tas vezes, adoração ao Santíssimo Sacramento, assim transformando a vida dos jovens em uma caminhada constante em Cristo e levando o Seu amor a todos. Há quem diga que o Sementes é uma versão jovem do Grupo de Oração das quintas-feiras, não se pode discordar deste ponto de vista, mas o Sementes tem um foco na juventude. No ministério de música os ritmos são atrativos ao louvor jovem, como o rock católico, rap e pop, com temáticas religiosas, também na dança e nas encenações teatrais. A peregrinação na JMJ no ano passado, os retiros espirituais, as ações de ajuda social completam resu-midamente as atividades deste grupo tão abençoado e que vem dando tantos frutos maravilhosos à nossa Igreja e à sociedade, por tudo isso temos orgulho de dizer: “A Igreja é viva, a Igreja é jovem!”.

A Igreja é viva, a Igreja é jovem!

O Sementes é um grupo de oração que oportuniza uma experiência pessoal com Deus, através da oração e da prática da fé católica

Rua Monsenhor Gercino, 154 Itaum - Fone 3028.4877

• Cartazes• Panfletos• Cartões de visita • Convites diversos• Cópias e encadernações

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Por Adriano Guariniri

A palavra ícone deriva do termo grego eikón, que significa imagem. Contudo na história a palavra ícone é reservada a uma pintura, geral-mente portátil, de gênero sagrado, executada sobre a madeira com uma técnica particular, segundo uma tradição transmitida por séculos. A pátria do ícone é a Igreja Ortodoxa Oriental, que conservou obras-primas de um grande valor es-piritual, que chegaram até nós. Os ícones repre-sentam Jesus Cristo, a Mãe de Deus, os anjos, os santos e outros temas religiosos. O ícone muito mais do que uma simples figura, é uma arte que através de sua beleza permite fazer a experiên-cia da beleza divina. Somente com a Encarnação o ícone tem seu real significado, pois “Cristo é a Imagem do Deus invisível” (Cl 1,15). Quando o Invisível assumiu nossa carne humana, tornou-se então visível, e ao mesmo tempo possibilitou Sua representação através do ícone. Assim Cristo é o primeiro ícone. Também são possíveis os ícones da Mãe de Deus, pois Maria está estritamente relacionada à Encarnação, tanto que a maioria traz a Mãe se-gurando o Filho. São ainda aceitáveis os ícones dos santos, porque o Filho de Deus, assumindo a natureza humana, renova no ser humano a imagem obscurecida com a queda de Adão, e a recria segundo a Imagem de Deus. A função principal do ícone é ser canal da graça, auxiliando-nos na vida espiritual. O ícone é, pela graça do Espírito, um lugar de encontro com aqueles que ele representa. Quanto mais olhamos os ícones, mais nos recordamos daque-les que estão ali representados e nos esforçamos para imitá-los. Nós testemunhamos respeito e veneração pelo ícone, mas não adoração, que é devida unicamente a Deus. O ícone é uma janela para a eternidade! E visto da fé, ele nos abre uma realidade invisível, diante da qual nos recolhe-mos em oração, a fim de contemplar o Mistério.

Íconeimagem do invisível

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A Mãe da Ternura Dentre os vários ícones da Mãe de Deus, existem os da Ternura ou Eleóusa, nos quais os rostos da Mãe e do Filho estão unidos numa expressão de doce intimi-dade. Dentre esses, a Mãe de Deus – Virgem de Vladi-mir – surgido por volta do ano 1100, seja talvez a mais bela e célebre. Recebeu este nome por ligações histó-ricas com a cidade russa de Vladimir, sendo a santa protetora da Rússia. São tantos elementos belos neste ícone! O estra-nho olhar de Maria parece introduzir-nos no mistério da sua maternidade divina: um olhar que irradia toda a riqueza interior de quem contemplou seu filho por toda a vida. É um olhar de fé, de quem concebeu Deus em seu coração antes de concebê-Lo em seu corpo. Também suas mãos nos atraem. Uma delas sustenta a criança, enquanto a outra permanece livre, num gesto aberto de convite. Embora pareça ocupar o lugar central do ícone, a sua presença é toda para o Filho: a inclinação da cabeça e do tronco, e o gesto das mãos ao redor do Filho fazem dela o lugar da Palavra encar-nada. Sua mão está sempre ali, no centro do mistério da Encarnação, oferecendo-nos Jesus. Nos rostos colados se revela a proximidade do humano e do divino, em um ato de ternura, misericór-dia e compaixão. A Mãe é terna, demonstrando afeto caloroso e proximidade ao Filho. A Mãe é misericordio-sa acolhendo o Filho na profundeza de seu coração. A Mãe tem compaixão estando com o Filho em Seu sofri-mento. Sabendo da Paixão, ela não se revolta diante do inaceitável, mas com sentimento de ternura está junto d’Ele. Esse pressentimento da tragédia não é tristeza, mas afirmação de que, se “o Amor não é amado”, não ficará menos terno e misericordioso por esse motivo. Se interiorizarmos este ícone, descobriremos que o belo semblante de amor da Mãe volta-se também para nós. Contemplá-la é também contemplar a ternura de Deus e as maravilhas que este realiza quando nos abrimos e acolhemos a Palavra de Deus e a Sua graça. Somos convidados a nos deixar amar! A nos deixar sur-preender pela ternura de Deus, que ao mesmo tempo nos chama a testemunhá-la no mundo e para o mundo. Nesse sentido, nosso papa Francisco na sua exorta-ção “A alegria do Evangelho”, nos ajuda a compreender melhor esta missão: “A verdadeira fé no Filho de Deus feito carne é inseparável do dom de si mesmo, da per-tença à comunidade, do serviço, da reconciliação com a carne dos outros. Na sua encarnação, o Filho de Deus convidou-nos à revolução da ternura” (88). Somos cha-mados a sairmos de nós mesmos e irmos ao encontro das “periferias existenciais”, daqueles que necessitam da ternura de Deus. “O Evangelho convida-nos sempre a abraçar o risco do encontro com o rosto do outro, com a presença física que interpela, com seus sofrimentos e suas reivindicações” (88). Não percamos a esperança, mas nos dirijamos à Mãe de Deus, “porque sempre que olhamos para Maria voltamos a acreditar na força revo-lucionária da ternura e do afeto” (288).

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Existem inúmeros grupos de oração no país que recebem as graças de Deus e testemunham poderosa-mente a ação de Nosso Senhor Jesus Cristo. Um desses grupos é o nosso: Grupo de Oração São Judas Tadeu, que está na caminhada da evangelização há 30 anos. Atualmente, reúne mais de 1,5 mil pessoas todas as quintas-feiras. O coordenador Sergio Forte, expõe os prodígios que Deus realiza e revela o motivo do grupo ser tão ungido pelo Espírito Santo. Segundo o coordenador, não existe uma fórmula mágica para manter as pessoas fiéis todas as semanas no grupo de oração, mas há alguns segredos. O maior segredo para que se mantenha forta-lecido é a vida de oração dos servos. “Sem dobrar os joelhos não há como fazer o grupo de oração crescer. Pois, só a partir da escuta, da fidelidade e da oração é possível realizar de forma ousada e corajosa aquilo que Deus pede”, ressalta. Para os servos estarem preparados espiritualmen-te para a missão é necessário a vida eucarística (mis-sas, adorações e vigílias), a confissão regular, a oração do santo rosário e a oração pessoal, além, é claro, do abastecimento – próprio do Movimento Carismático. A acolhida também é importante. Com cantos, com um abraço e com uma pequena lembrança a pessoa que vem pela primeira vez no grupo é acolhida e tocada pelo amor de Deus. Outro segredo importante é a animação. “Não po-demos deixar os problemas pessoais interferirem na animação. Precisamos envolver as pessoas, falar com entusiasmo”, garante o coordenador. Depois da animação inicia-se a pregação. Deve ser objetiva e não pode levar mais de meia hora. Após a pregação, movidos pelo Espírito Santo, inicia-se o momento de oração. No final, normalmente, as pesso-as vão testemunhar graças e bênçãos que receberam. Mas não somente as pessoas que frequentam o grupo de oração recebem essa graça, também quem

está em casa através da WebTV, no site gruposaojudas-tadeu.com e pela Rádio Arca da Aliança. O Ministério das Crianças também é um alia-do para o crescimento do grupo. Se a criança é bem acolhida ela quer voltar e, assim volta com os pais. O grupo para as crianças é dividido por idade, propor-cionando maior crescimento espiritual para elas. Para Sergio Forte a ousadia é a palavra-chave para quem é carismático, pois a batalha é constante contra as ciladas do inimigo. “Ser corajoso, ousado e principal-mente obedecer a vontade de Deus faz com que o grupo de oração cresça em unção e fiéis”, conclui.

“Sem dobrar os joelhos não há como fazer o grupo de oração”

Grupo de Oração está na caminhada há mais de 30 anos e reúne mais de 1,5 mil pessoas todas as quintas-feiras

Grupo de Oração São Judas

Por Cleide Carvalho

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Diante de 80 mil pessoas, no dia 5 de julho de 2013, o papa lembrou o Dia Mundial do Meio Ambiente e destacou a necessidade de cuidar da natureza e de acabar com o desperdício e a destruição de alimentos. “Homens e mulheres são sacrificados aos ídolos do be-nefício do consumo. É a cultura do desejo, do descarte. Caso estrague um computador, é uma tragédia, mas os pobres, os necessitados, os dramas de tantas pessoas acabam entrando na normalidade”, denunciou. O papa acrescentou que se um homem morre de frio, numa praça, ou se muitas crianças morrem de fome, “isso entra na normalidade” e o mundo não se escandaliza, mas se a bolsa de valores de uma cidade cai dez pontos, “é uma tragédia mundial”. “A vida humana, as pessoas, já não são vistas como o valor primordial, que é preciso respeitar e tu-telar, sobretudo, quando são pobres ou doentes, ainda não servem – como o não nascido – ou não servem mais, como o ancião”. Bergoglio recordou que nossos avós tinham mui-to cuidado em não jogar nada da comida que sobrava, mas enfatizou que o consumismo nos levou a nos acostumarmos com o supérfluo, com o desperdício diário de comida e, muitas vezes, “já não somos nem capazes de dar o justo valor, que vai além dos parâ-metros econômicos”. “Lembremos sempre que a comida que jogamos é como se nós a tivéssemos roubado da mesa de quem é pobre, de quem tem fome”, manifestou.

Sobre a criação, o papa citou o livro do Gênesis e disse que Deus colocou o homem e a mulher na terra para que cultivassem e cuidassem da criação, mas que o ser humano “conduzido pela soberba do do-minar, do possuir, do manipular, do explorar a terra, não cuida dela, não a respeita e não a considera uma doação gratuita a ser cuidada”. Inspirado no Evangelho da solenidade de Corpus Christi, no qual Jesus dá de comer à multidão, com cinco pães e dois peixes, e que no final pede aos discípulos que nada do alimento seja desperdiçado, o Bispo de Roma afirmou que o Dia Mundial do Meio Ambiente, “convida a se opor ao desperdício de ali-mentos e a melhorar sua distribuição no mundo”. Finalmente, Francisco convidou a todos para “respeitar e cuidar da criação, para prestar atenção e cuidado com toda pessoa e a enfrentar “a cultura do descarte” e do desejo, para promover uma cultura da solidariedade e do encontro”.

Fonte: http://goo.gl/L3m3N

Respeitar e cuidar da criação“Os alimentos que são jogados no lixo são alimentos roubados da mesa do pobre!”

20% na colheita8% no transporte e armazenamento15% na indústria de processamento1% no varejo20% no processamento culinário e hábitos alimentares

http://www.bancodealimentos.org.br/o-desperdicio-de-alimentos-no-brasil/

Números do desperdícioDe acordo com o Instituto Akatu, aproximadamente 64% do que se planta no Brasil é perdido ao longo da cadeia produtiva:

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10 Revista São Judas Tadeu • Maio 2014

Por Marco Aurélio Farias

A primeira Semana Santa como Paróquia São Ju-das Tadeu foi celebrada de uma maneira toda especial. Foi vivenciado plenamente todo o mistério da paixão, morte e ressurreição de Cristo com procissões, orações, adorações eucarísticas e missas. Deu início com a recordação da entrada triunfal de Jesus em Jerusalém, com a tradicional procissão do Domingo de Ramos. Na terça-feira o momento foi de refletir sobre os pecados e pedir perdão a Deus por meio de uma Celebração da

Reconciliação. A Missa dos Santos Óleos, na Quarta--feira Santa, reuniu mais de cem padres da diocese, na Paróquia Nossa Senhora de Fátima (bairro Itaum). Naquela Santa Missa, presidida pelo bispo Irineu Roque Scherer, os sacerdotes presentes renovaram seus votos sacerdotais. Na Quinta-feira Santa a Missa da Ceia do Senhor marca o início do Tríduo Pascal com o ‘lava--pés’. Os 12 apóstolos de Jesus foram representados por haitianos que residem próximo à paróquia. Após aquele momento o povo teve a oportunidade de ficar em ado-ração até a meia-noite.

A Festa da Ressurreição

Missa da Ceia do SenhorCelebração da Reconciliação

Recordação da entrada triunfal de Jesus em

Jerusalém, com a tradicional procissão do

Domingo de Ramos

Maria Tamyres Poerner

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Celebrações abençoadas A Sexta-feira Santa, que recorda a condenação e morte de Jesus, começou cedo com a Via-Sacra dos Casais, às seis horas da manhã. Os fiéis partiram da igreja com destino à Praça da Rua Gra-ciosa. Durante o trajeto foi relembrado os momentos de Jesus em cada estação. No período da tarde aconteceu a celebração da Paixão do Senhor e a Adoração da Santa Cruz. À noite, com velas e cruzes, foi a vez de percorrer as ruas do bairro em uma procissão luminosa. No Sábado Santo a celebração da Vigília Pascal veio anunciar a Ressurreição de Cristo com toda a beleza do rito do Fogo Novo, da Liturgia da Palavra e da Renovação das Promessas do Batismo. Encerrando a Semana Santa, o Do-mingo de Páscoa contou com a carreata e Missa da Ressurreição, mostrando que Cristo ressuscitou e está em nosso meio: “Por que buscais entre os mortos aquele que está vivo? Não está aqui, mas res-suscitou.” (Lc 24,5b-6a) Roseane Pauli dos Santos diz que as celebrações da Semana Santa foram muito abençoadas em nossa Paróquia. “Lembro muito da Vigília Pascal, que pra mim foi a Missa mais linda que fui. Chorei muito, mas o choro foi somente de alegria”, relembra. Segundo Roseane a equipe litúr-gica ao proclamar as leituras ardia os corações de quem as ouvia. A equipe de canto fazia o povo rezar sem cessar. Para ela toda a equipe está de parabéns. “Muito obrigada Padre Luciano por se deixar usar pelo Espírito Santo e celebrar uma Missa tão viva, alegre e que encheu nossos corações de alegria. Deus aben-çoe a cada um”, conclui.

Via-Sacra dos casais

Procissão Luminosa

Vigília Pascal Domingo de Páscoa

Celebração da Paixão

Rogério José Neves / Pascom

Rogério José Neves / PascomRogério José Neves / Pascom

Maria Tamyres Poerner

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Maria passa na frente e vai abrindo estradas, portas e portões, abrindo casas e corações. A Mãe indo na frente, os filhos estão protegidos e seguem seus passos. Ela leva todos os filhos sob sua proteção. Maria passa na frente e resolve aquilo que somos incapazes de resolver. Mãe, cuida de tudo que não está ao nosso alcance. Tu tens poderes para isso. Vai Mãe, vai acalmando, serenando e amansando os corações. Vai acabando com o ódio, rancores, mágoas e maldições. Vai terminando com as dificuldades, tristezas e tentações. Vai tirando teus filhos das

perdições. Maria passa na frente e cuida de todos os detalhes, cuida, ajuda e protege a todos os teus filhos. Maria, tu és a Mãe também porteira. Vai abrindo o coração das pessoas e as portas nos caminhos. Maria eu te peço passa na frente e vai conduzindo, levando, ajudando e curando os filhos que precisam de ti. Ninguém pode dizer que foi decepcionado por ti, depois de ter chamado ou invocado. Só tu, com o poder de teu Filho, pode resolver as coisas difíceis e impossíveis. Nossa Senhora, faço esta oração pedindo a tua proteção, rezando um Pai-Nosso e três Ave-Marias. Amém.

Maria Passa na Frente!

Vai Mãe, vai acalmando, serenando e amansando os corações. Vai acabando com o ódio, rancores, mágoas e maldições. Vai terminando com as dificuldades, tristezas e tentações”.


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