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Retinopatia hipertensiva

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Relevância

• Uma das principais causas de retinopatia;• É mais sensível que a hipertrofia ventricular

esquerda no reconhecimento da lesão de órgãos-alvo da doença arterial hipertensiva sistêmica, acometendo cerca de 15% dos pacientes.

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Conceito

• Representa uma lesão de órgão-alvo da HAS;

Classificação:• Forma crônica: decorrente da elevação persistente

da pressão arterial sistêmica;• Forma aguda: secundária à elevação abrupta da PAS.

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Fisiopatologia

• Fases:1- Vasoconstritora;2- Exsudativa;3- Esclerótica;4- Complicações da fase esclerótica

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1- Fase vasoconstritora

Vasoconstrição das arteríolas retinianas

Mecanismos miogênicos

Mecanismos metabólicos

PAS

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1- Fase vasoconstritora

PAS

Vasoconstrição das arteríolas retinianas

Controle da PAS Descontrole da PAS

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Controle da PAS Descontrole da PAS

Desaparecimento da

vasoconstrição

Quebra da barreiras

hematoretinianas externa e interna

tônus vascular lúmen

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2- Exsudativa

Extravasamento de plasma e elementos figurados para a retina

Estrela macular Hemorragias em chama de

vela

Manchas algodonosas

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3- Esclerótica

• Esclerose hiperplásica• Espessamento da túnica média• Hiperplasia da túnica muscular

Alteração da coloração do vaso

Aspecto de fio de cobre

Aspecto de fio de prata

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4- Complicação da fase escleróticaProgressão da degeneração

• Hialinização da parede dos vasos• Perda de células musculares• Remodelagem vascular

• Microaneurismas• Macroaneurismas

• Oclusão da veia ou artéria central da retina• Oclusão de ramo venular

• Formação de membrana epirretiniana

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Fatores de risco

• Raça negra;• Idade acima de 60 anos;• PA não controlada têm 2 vezes mais chance

de desenvolver sinais de retinopatia (respondem por 25% dos casos).

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Condições associadas

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Manifestações clínicas – Forma crônica

• Assintomática;• Queixas oculares - complicações. • Distúrbios visuais – RH maligna Cefaléia Escotomas Diplopia Borramento visual Metamorfopsia Fotopsia

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Classificações

• Muitas classificações têm sido utilizadas para estagiar a retinopatia hipertensiva.Entretanto a descrição da fundoscopia é mais importante que qualquer sistema de classificação.

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Diagnóstico

• O diagnóstico precoce da RH permite avaliar a gravidade da HAS e acompanhar a evolução das lesões orgânicas hipertensivas.

• Deve ser feito correlacionando achados característicos da fundoscopia com a pressão arterial do paciente.

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Diagnóstico diferencial

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Conduta

• Não há tratamento específico. • Normalizar a PA -> evitar progressão da

doença e melhorar as queixas visuais. Medidas terapêuticas:• Mudança no estilo de vida;• Uso de anti-hipertensivos.

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Conduta

Acompanhamento:•Exames oftalmológicos regulares com acuidade visual;•Oftalmoscopia;•Encaminhamento ao oftalmologista na presença de complicações ou quando julgar necessário.

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Conduta

Retinopatia Hipertensiva Maligna:•A retinopatia hipertensiva maligna deve ser interpretada como um achado de uma emergência médica. •Sem tratamento, a mortalidade atinge 50% em dois meses e até 90% em um ano.

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Complicação

• Principais:oclusões venosas; aneurismas; hemorragias vítreas; descolamento de retina; atrofia de papila (secundária a edema

prolongado).

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Oclusão venosa

• Comum, principalmente acima dos 50 anos;• Pode ser de veia central (25%) ou de um de

seus ramos (75%). • HAS e arteriosclerose estão associados em

60% dos casos. • Pode ser isquêmica (30%), se a oclusão for

total, com achados fundoscópicos mais exuberantes, ou não isquêmica (70%), se a oclusão for parcial.

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Oclusão venosa

• O paciente geralmente apresenta baixa visual súbita indolor unilateral.

• Podem ser notados hemorragias retinianas, exsudatos algodonosos, dilatação e tortuosidade venosa nos quatro quadrantes, e edemas de papila e mácula.

• A maioria das alterações têm resolução em 6-12 meses.

• Deve-se encaminhar o mais breve possível ao oftalmologista para tratamento.

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Referências bibliográficas• 1. KANSKI, J. J. Oftalmologia clínica. Rio de Janeiro: Elsevier, 2004.• 2. REY, L. Dicionário de Termos Técnicos de Medicina e Saúde. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2008.• 3. ROGERS, A. H. Hypertensive retinopathy. In: MYRON, Y.; DUKER, J. S. Ophthalmology. Saint Louis:

Elsevier, 2009.• 4. YANOFF, M. Prática oftalmológica no dia-a-dia: Diagnóstico e tratamento. Rio de Janeiro: Elsevier, 2008.• 5. JACOMINI, C. Z.; HANNOUCHE, R. Z. Retinopatia hipertensiva. Revista Brasileira de Hipertensão. Ribeirão

Preto, v. 8, n. 3, 2001. Disponível em • <http://departamentos.c ardiol.b r/dha/revista/8-3/retinop atia.pdf>. Acesso em 08 Nov. 2012.• 6. SAKATA, K. et al . Hipertensão e retinopatia hipertensiva. Arquivos Brasileiros de Oftalmologia, São

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Acesso em 08 Nov. 2012.• 7. SILVA, A. P. B.; SILVA, A. V. B.; HERKENHOFF, F. L. Retinopatia hipertensiva: revisão. Arquivos Brasileiros

de Oftalmologia, São Paulo, v. 65, n. 4, Ago.• 2002. Disponível em <http://www.scielo .br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0004 -

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