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    Esta prova tem durao de 4 horas e constituda de 80 questes objetivas para as seguintes reas:

    Cirurgia Geral Clnica Mdica Obstetrcia e Ginecologia Pediatria Medicina Preventiva e Social

    Na folha de respostas dos testes, assinale apenas uma alternativa, usando lpis preto n 2 e preenchendo com cuidado o alvolo correspondente. No rasure ou amasse a folha de respostas nem a utilize para qualquer outra finalidade. Ser anulada a questo em que for assinalada mais de uma alternativa ou que estiver totalmente em branco.

    Utilize, para rascunhos, qualquer espao disponvel no caderno de questes.

    Aps o trmino da prova, devolva ao fiscal de sala todo o material que voc recebeu, devidamente identificado nos locais adequados.

    No ser permitido ao candidato retirar-se da sala antes de decorrida uma hora e meia do incio das provas, salvo em caso de extrema necessidade.

    Mantenha sua cdula de identidade sobre a carteira.

    Atenda s determinaes do fiscal de sala. BOA PROVA!

    Leia com ateno

    Cirurgia Geral

    Clnica Mdica

    Obstetrcia e Ginecologia

    Pediatria

    Medicina Preventiva e Social

    Concurso de Residncia Mdica - 2012

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    1 A doena de Crohn (DC) e a Retocolite Ulcerativa (RCU) so as principais doenas inflamatrias intestinais. So causadas pela interao de fatores genticos, microbiota intestinal e imunorregulao da mucosa. Em relao abordagem cirrgica eletiva em pacientes que sofrem de RCU, so indicaes, EXCETO:

    a) atraso no crescimento em crianas. b) manifestaes intestinais (pioderma gangrenoso). c) presena de displasia de alto grau. d) presena de adenocarcinoma no segmento colorretal. e) megaclon txico.

    2 A doena hemorroidria baseada no plexo hemorroidrio acometido pode ser classificada em interna, externa e mista. Quando os sintomas so decorrentes de dilataes vasculares localizadas acima da linha pectnea, no plexo hemorroidrio superior, so denominadas de hemorridas internas. Quando apresentam prolapso durante o esforo evacuatrio, com ou sem sangramento, mas requerem reduo manual, so classificadas como:

    a) hemorridas de 1 grau. b) hemorridas de 2 grau. c) hemorridas de 3 grau. d) hemorridas de 4 grau. e) hemorridas mistas.

    3 O cncer colorretal hereditrio no polipoide (hereditary non-polypoid colorectal cncer HNPCC) uma das sndromes mais comuns de predisposio ao cncer (10 a 12% dos pacientes com cncer colorretal so portadores da sndrome). Assinale a afirmativa INCORRETA.

    a) Acometendo exclusivamente o clon e/ou reto, chamada de sndrome de Lynch 1. b) Associada a neoplasia extracolnica, como estmago, intestino delgado, endomtrio,

    pncreas, via urinria (principalmente tumor de clulas transicionais da pelve renal e ureter) e biliar, chamada de sndrome de Lynch 2.

    c) Os portadores da sndrome nascem com uma mutao germinativa em um dos alelos dos genes hMSH2, hMLH1, hPMS1 e hPMS2, gens responsveis pelo reparo do DNA.

    d) A doena espordica e pode ter transmisso autossmica recessiva. Os indivduos afetados apresentam maior risco de cncer, principalmente de clon ascendente.

    e) Apesar da ausncia de polipose, observam-se, em 20% dos indivduos portadores da sndrome de Lynch, adenomas colnicos, de localizao preferencial direita.

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    4 Os tumores estromais do aparelho digestrio (GIST) fazem parte de um grupo especfico de tumores de origem no epitelial, que tem origem na camada muscular da parede do trato gastrointestinal. Dentre as alternativas abaixo, assinale a INCORRETA.

    a) A origem desses tumores indiferenciados pode estar na clula intersticial de Cajal, conhecida como o marca-passo intestinal do plexo mioentrico, responsvel pela gerao do estmulo nervoso que controla a motilidade intestinal.

    b) Quando localizado no estmago, o stio de localizao mais frequente o tero mdio, seguido do proximal, e menos frequente no distal.

    c) A ecoendoscopia ou ultrassonografia endoscpica permite determinar a camada de origem da leso: leses originrias na camada muscular da mucosa (plexo mioentrico) do rgo acometido so altamente sugestivas de tumor estromal.

    d) O diagnstico definitivo do tumor estromal s pode ser definido por estudo histolgico e imuno-histoqumico, por meio de bipsias das leses ou do estudo das peas resultantes de resseco cirrgica.

    e) O CD117 ou c-Kit considerado o marcador mais importante para o estudo dos tumores estromais gastrointestinais.

    5 Qual o melhor parmetro para avaliao da eficincia da reposio volmica em um grande queimado?

    a) Presso venosa central (PVC). b) Frequncia cardaca. c) Dbito urinrio. d) Presso arterial. e) Nvel de conscincia.

    6 Assinale a alternativa INCORRETA.

    a) O diagnstico de obstruo intestinal no recm-nascido geralmente feito pela radiografia simples de abdome.

    b) A gastrosquise pode ser tratada conservadoramente, por no haver exposio das alas intestinais.

    c) O polidrmnio materno um dos sinais de suspeita de m formao do tubo digestivo do recm-nascido.

    d) O sinal da dupla bolha caracterstico de obstruo duodenal. e) Na doena de Hirschsprung, uma das possveis causas de obstruo intestinal no perodo

    neonatal.

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    7 Paciente do sexo feminino, 65 anos, com ndulo na tireoide identificado em exame fsico, com 2,0 cm de dimetro, endurecido, em lobo esquerdo. Realizada ultras-sonografia da glndula tireoide, caracterizando ndulo slido de 2,0 cm em lobo esquerdo e ndulo de 1 cm no lobo direito, e com laudo final de "Bcio Multinodular". A melhor conduta seria:

    a) observao clnica. b) tratamento com tiroxina em doses supressivas. c) tomografia computadorizada para confirmar multinodularidade. d) exame citolgico de material obtido por puno bipsia aspirativa por agulha fina. e) radioiodoterapia.

    8 Homem de 40 anos com quadro agudo de dor sbita no epigstrio e irradiao para todo o abdome h seis horas, vmitos claros no incio e parada da eliminao de gases. No exame fsico, com contratura abdominal e com sinais de irritao peritoneal em todo o abdome. O exame complementar inicial a ser realizado ser:

    a) RX de trax e abdome. b) Hemograma completo. c) Urina. d) Ultrassonografia de abdome total. e) Tomografia computadorizada de abdome total.

    9 Na pancreatite aguda, qual a melhor conduta, em relao alimentao?

    a) Jejum por 72 horas. b) Dieta parenteral. c) Dieta por jejunostomia. d) Dieta por gastrostomia. e) Dieta enteral precoce.

    10 Na cirurgia baritrica tipo Fobi-Capella, vrios mecanismos esto envolvidos na resoluo do diabetes, EXCETO:

    a) restrio calrica. b) aumento da grelina. c) aumento de GLP1 (glucacon like peptdeo). d) melhora da sensibilidade insulina. e) reduo da gordura visceral.

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    11 Paciente de 70 anos, fumante, com queixas de pirose epigstrica intermitente h 10 anos; diabtico e hipertenso. Endoscopia EED: leso de 5 mm, irregular no esfago distal com restante da mucosa esofgica normal, crdia incontinente e sem hrnia hiatal; pangastrite leve e H. pylori negativo. Antomo-patolgico da leso esofgica: carcinoma espinocelular superficial. Ecoendoscopia: leso restrita mucosa. Tomografia Computadorizada de Trax e Abdome normal. Conduta:

    a) Esofagectomia subtotal trans-hiatal e esofagastroplastia. b) Esofagectomia distal com anastomose esofagogstrica. c) Radioterapia. d) Esofagectomia subtotal em trs campos e esofagogastroplastia. e) Ablao endoscpica e confirmao anatomopatolgica.

    12 Paciente com 72 anos, internado na Unidade de Terapia Intensiva, em tratamento de broncopneumonia, sob ventilao mecnica. H 30 minutos foi submetido passagem de catter venoso central em veia subclvia direita. Evoluindo com hipotenso, turgncia jugular e com saturao de oxignio de 70%. Qual ser provavelmente a melhor conduta?

    a) Iniciar noradrenalina. b) Colher gasometria arterial para otimizar os parmetros ventilatrios. c) Realizar imediatamente radiografia do trax. d) Puncionar o hemitrax direito no segundo espao intercostal. e) Trocar a cnula de intubao.

    13 Mulher de 50 anos com dor epigstrica aguda e, depois, mantida na localizao de hipocndrio direito (HCD) e irradiao para regio toracolombar D h dois dias; alguns episdios de vmitos biliosos; sem febre. Ao exame fsico: bom estado geral; IMC-30; corada; anictrica; afebril; abdome levemente globoso por obesidade, defesa no HCD, DB negativo e sem visceromegalias. Ultrassonografia de abdome superior revelou: vescula biliar com parede espessa e delaminada, e um clculo de 1,5 cm fixo no infundbulo; hepatocoldoco com 4 mm. Sem comorbidades. O local do atendimento um hospital com boas condies de equipamentos e recursos humanos. A conduta mais adequada, nessas circunstncias, seria:

    a) internao hospitalar para tratamento clnico com antibitico, para esfriar o processo. b) tratamento domiciliar. c) indicao emergencial de colecistectomia por laparotomia. d) tratamento endoscpico. e) indicao de colecistectomia videolaparoscpica.

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    14 Homem de 50 anos com quadro de pirose retroesternal e regurgitao leve h 10 anos, com perodos de sintomatologia irregulares e uso intermitente de IBP. H um ano houve agravamento do quadro clnico, com episdios de odinofagia e piora da pirose retroesternal. Na endoscopia EED de um ms, verificou-se: hrnia hiatal de 3 cm com eroses esparsas no tero distal do esfago e Barrett de 2 cm; BEG, corado, IMC-25 e sem comorbidades. Conduta:

    a) Trocar o IBP. b) Aumentar a dose do IBP e acrescentar um eucintico (p. ex. domperidona). c) Esofagomanometria e pHmetria de 24 horas. d) Ablao da mucosa de Barrett por mtodo endoscpico. e) Cirurgia de Nissen videolaparoscpica.

    15 Em qual dos tumores hepticos abaixo relacionados, a conduta cirrgica?

    a) Hemangioma de 3 cm de dimetro. b) Hiperplasia nodular focal de 4 cm. c) Adenoma heptico de 4 cm. d) Cisto heptico simples de 3 cm. e) Esteatose focal de 5 cm.

    16 Dos tumores pancreticos, qual o que apresenta menor potencial de malignizao?

    a) Cistoadenoma seroso. b) Gastrinoma. c) Tumor neuroendocrino no funcionante. d) Cistoadenoma mucinoso. e) Tumor slido pseudopapilar.

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    17 Uma paciente de 74 anos foi admitida no setor de urgncia de um hospital com dores de forte intensidade em regio de coluna lombar, aps ter cado sentada, da prpria altura. O RX da coluna vertebral mostra rarefao ssea e em regio de lombar, L4-L5, apresenta achatamento dessas vrtebras. Menopausada aos 38 anos de idade, possui um IMC < 18Kg/m. Nega outras doenas. Nesse caso, alm da fratura em vrtebras lombares, podemos afirmar que:

    a) a paciente tenha osteoartrose de coluna vertebral, e que tenha piorado as dores aps a queda.

    b) fraturas de coluna vertebral so complicaes frequentes em um paciente com osteoporose. c) a ausncia de ostefitos e esclerose ssea descarta o diagnstico de osteoporose. d) ser necessrio investigar leses lticas de coluna vertebral, j que a paciente se apresenta

    com rarefao ssea ao RX de coluna vertebral. e) artrite reumatoide pode ser um diagnstico secundrio e agravante, neste caso.

    18 Com relao sndrome dispptica do idoso, podemos afirmar:

    I - A gastropatia por AINE muito frequente. II - A disfagia alta pode ser uma causa para dispepsia em pacientes idosos com doena de

    Alzheimer. III - A endoscopia alta um exame de primeira linha na investigao da dispepsia em idosos. IV - Os idosos disppticos devem ser tratados com inibidor de bomba de prtons, sendo

    desnecessrio investigao especfica nessa populao.

    So CORRETAS apenas as afirmativas: a) I e II b) I e III c) II e III d) II e IV e) III e IV

    19 Um paciente de 75 anos foi internado devido a um quadro de AVC isqumico, apresentando afasia, hemiplegia esquerda. Est aptico e com a mobilidade muito limitada, no leito. Tem histria de ser hipertenso sem tratamento e tabagista de longa data. Familiares negam que o paciente tenha outras comorbidades. Durante sua evoluo na enfermaria, observou-se, aps 48 horas de internao, a presena de uma lcera de decbito em regio sacral, com necrose de tecido subcutneo que se estende em direo fscia subjacente sem atravess-la. Podemos afirmar que se trata de:

    Clinica Mdica

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    a) uma lcera de decbito estgio I. b) uma lcera de decbito estgio II. c) uma lcera de decbito estgio II A. d) uma lcera de decbito estgio III. e) uma lcera de decbito estgio IV.

    20 Uma paciente de 78 anos foi internada devido a uma pneumonia comunitria de evoluo h 5 dias. Apresentava taquidispnica (FR de 26 inc/min), aciantica, desidratada++/4+, febril (TAX de 37,9C). Ausculta respiratria MV em base de HTE , com presena de EC, associado a do FTV e percusso submacia, desse local. PA 100X60 mmHg FC 110 bpm. No apresentava alteraes nos demais aparelhos. uma paciente tabagista de longa data. Aps 72 horas de sua internao, evoluiu com quadro de Delirium, apresentando-se com perodos de muita agitao. Podemos afirmar, com relao ao Delirium, que:

    a) a idade e a desidratao foram os fatores predisponentes para evoluo da doena. b) devido a agitao que a paciente apresentava deveria ter sido realizado uma sedao leve

    com benzodiazepnicos, para deix-la mais confortvel. c) a idade foi um fator causal para o desenvolvimento da doena. d) a pneumonia foi um fator causal, e a desidratao, um fator predisponente, que juntos

    agravaram o estado da paciente, e o uso de benzodiazepnico deveria ter sido utilizado apenas para agitao psicomotora muita intensa.

    e) a pneumonia e a desidratao foram os provveis agentes causais do Delirium, e o uso de Haloperidol deveria ter sido utilizado apenas para agitao psicomotora muita intensa.

    21 Sobre um paciente com Sndrome Demencial, podemos afirmar:

    I - A Doena de Alzheimer apresenta-se com perda da memria antergrada insidiosa e perda do senso geogrfico, podendo evoluir apraxia e agnosia. II - A demncia vascular pode evoluir com alterao cognitiva em perodo curto de 3 meses, associada a alteraes de humor e, muitas vezes, histria pregressa de AVC. III - Presena de manifestaes extrapiramidais, alucinaes e distrbios do sono so manifestaes clnicas tardias da Doena de Alzheimer.

    a) Somente a afirmativa I est correta. b) Somente as afirmativas II e III esto corretas. c) Somente a afirmativa II est correta. d) Somente as afirmativas I e II esto corretas. e) Somente as afirmativas I e III esto corretas.

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    22 Paciente do sexo masculino, 35 anos, atendido em consulta ambulatorial de rotina, assintomtico, tabagista, apresenta-se com PA 153/93 mmHg (mdia de duas medidas) e IMC 28 Kg/m. Seu eletrocardiograma normal. Segundo a V Diretriz Brasileira de Cardiologia, qual seu estgio atual da presso arterial? Qual a melhor abordagem inicial para o caso?

    a) Presso arterial limtrofe e nenhuma orientao adicional. b) Hipertenso arterial estgio 1 e modificaes no estilo de vida. c) Hipertenso arterial estgio 1 e modificaes no estilo de vida acompanhado de tratamento

    medicamentoso anti-hipertensivo (monoterapia). d) Hipertenso arterial estgio 2 e modificaes no estilo de vida. e) Hipertenso arterial estgio 2 e modificaes no estilo de vida acompanhado de tratamento

    medicamentoso anti-hipertensivo (terapia combinada).

    23 Em relao ao caso anterior (questo 22), os seguintes exames complementares so considerados na rotina de avaliao inicial dos pacientes hipertensos, EXCETO:

    a) MAPA. b) Urina tipo 1. c) Eletrocardiograma. d) Creatinina e potssio plasmtico. e) Glicemia de jejum.

    24 Paciente, 50 anos, hipertenso sob tratamento farmacolgico, evolui com fibrilao atrial de alta resposta ventricular revertida quimicamente a ritmo sinusal, no pronto-atendimento. Seu eletrocardiograma, aps cardioverso, revela sobrecarga ventricular esquerda e ritmo sinusal. Nesse caso, qual a droga mais indicada para a manuteno do ritmo sinusal?

    a) Digital. b) Digoxina. c) Amiodarona. d) Sotalol. e) Quinidina.

    25 Indivduo do sexo feminino, 50 anos, portadora de miocardiopatia dilatada idioptica familiar, em tratamento farmacolgico otimizado com IECA (Captopril 150 mg/dia), Beta-bloqueador (Carvedilol 50 mg/dia), espironolatona 25 mg/dia e diurtico de ala (160 mg/dia). Queixa-se de palpitaes ocasionais. Seu eletrocardiograma revela aumento do intervalo QT, depresso do segmento ST e da onda T e onda U evidente. Qual distrbio eletroltico pode estar envolvido no caso?

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    a) Hipopotassemia. b) Hipocalcemia. c) Hipercalcemia. d) Hiponatremia. e) Hipomagnesemia.

    26 O LDL colesterol pode ser mensurado pela frmula de Friedewald ou diretamente no plasma. Em quais das situaes clnicas abaixo a frmula pode ser aplicada com boa preciso?

    a) Paciente portador de sndrome nefrtica. b) Paciente portador de hipertenso arterial. c) Paciente portador de hipertrigliceridemia (> 400 mg/dL). d) Paciente portador de hepatopatia colesttica crnica. e) Paciente portador de diabetes tipo 2 com proteinria > 3 g/24 h.

    27 Paciente do sexo feminino, 50 anos, comparece ao consultrio mdico para avaliao de osteoporose. Sem queixas no momento. Menopausa desde os 39 anos, sem terapia de reposio hormonal. Nuligesta. Nega tabagismo e etilismo. Antecedentes pessoais: asma brnquica na infncia, com uso de corticoide por longos perodos. Nega outras patologias. Antecedentes familiares: pai hipertenso, me dislipmica e portadora de osteoporose. Ao exame fsico: IMC:21kg/m2, PA:120x80mmHg, FC:84bpm, tiroide normopalpvel; demais, sem alteraes. Assinale a alternativa INCORRETA.

    a) O exame que, no momento, pode ser solicitado para avaliar se essa paciente apresenta osteoporose a densitometria ssea.

    b) O exame de densitometria ssea avalia a densidade mineral ssea. c) Se essa paciente apresentar osteoporose, o objetivo do tratamento ser evitar fraturas. d) O diagnstico de osteoporose por radiografia tardio, quando j houve perda de 30 a 40%

    da massa ssea. e) O melhor exame a ser realizado no momento a bipsia ssea.

    28 Paciente do sexo masculino, 45 anos, branco, refere emagrecimento, poliria, polifagia e polidipsia h 40 dias. Tabagista e hipertenso h 3 anos. Sem outros antecedentes. Pai diabtico, me hipertensa e coronariopata (IAM aos 50 anos). Medicaes em uso: enalapril 40 mg/dia. Exame fsico: IMC:34kg/m2, CA:111cm, PA:120x80mmHg, FC:88bpm; demais, sem alteraes. Assinale a alternativa que representa a melhor hiptese diagnstica.

    a) Diabetes mellitus tipo 1. b) Obesidade grau II. c) Diabetes mellitus autoimune. d) Diabetes mellitus tipo 2. e) Diabetes mellitus secundrio.

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    29 Em relao questo 28, assinale a afirmativa CORRETA:

    a) O diagnstico de diabetes mellitus pode ser realizado por GTTO com valor de 2 horas superior a 140mg%.

    b) A obesidade, por si s, justifica o tratamento com medicamentos do tipo anfetaminas. c) O diagnstico de diabetes mellitus pode ser realizado quando a glicemia ao acaso for

    superior a 140mg%. d) O diagnstico de diabetes mellitus pode ser realizado por GTTO com valor de 2 horas

    superior ou igual a 200mg%. e) O diagnstico de diabetes mellitus pode ser realizado com dosagem de 2 glicemias de jejum

    superiores ou iguais a 140 mg%.

    30 Diante de um exame de ultrassonografia com ndulo de tiroide sugestivo de malignidade, qual conduta deve ser tomada inicialmente?

    a) Cintilografia da tiroide. b) PAAF. c) Radioiodoterapia. d) Cirurgia. e) Pedir ultrassonografia aps 6 meses.

    31 A solicitao de cultura e antibiograma de rotina para o isolamento do agente infeccioso deve ser realizada em que situao?

    a) No diagnstico de erisipela e impetigo. b) Nas infeces comunitrias graves. c) Em todas as pneumonias comunitrias. d) Na investigao de sfilis e no granuloma venreo. e) No diagnstico diferencial das amigdalites purulentas.

    32 Paciente de 32 anos, sexo feminino, com diagnstico de pielonefrite comunitria, encontra-se toxemiada, febril, com muita dor lombar e vmitos. Qual a melhor escolha antibitica?

    a) Aminoglicosdeo, amicacina ou garamicina em dose nica diria (por serem antimicrobianos concentrao dependentes).

    b) Ceftriaxona EV, dose dobrada em dose nica diria (por ser um antibitico concentrao dependente).

    c) Aminoglicosdeo, amicacina em dose nica diria (por ser um antimicrobiano tempo dependente).

    d) O melhor esquema seria garamicina ou amicacina 2 a 3 x dia, por serem tempo dependentes.

    e) Ciprofloxacina VO, 500 mg 2x ao dia.

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    33 Paciente de 21 anos, em atendimento na unidade bsica de sade pelo mdico de famlia. A citologia crvico-vaginal apresenta clulas atpicas de significado indeterminado ASC- US. Conduta:

    a) Cirurgia de alta frequncia. b) Aplicao tpica de 5-fluorouracil a 5%. c) Repetir citologia. d) Eletrocauterizao do colo uterino. e) Aplicao tpica de cido tricloroactico.

    34 Paciente com 45 anos de idade, em terapia hormonal. Mamografia BI-RADS 0. A melhor conduta ser:

    a) no fazer nada. b) fazer acompanhamento a curtos perodos. c) complementar a propedutica. d) prescrever raloxifeno. e) suspender a TH imediatamente.

    35 Paciente com 23 anos, vtima de estupro por agressor desconhecido na mesma data em que procurou o atendimento no Pronto Socorro de Ginecologia e Obstetrcia. Mora em zona rural e no tem a carteira de vacinao em dia. O atendimento mulher vtima de violncia sexual prev:

    I. encaminhamento obrigatrio a servio de medicina legal, para exame e registro. II. coleta de material biolgico pelo mdico ginecologista. III. introduo de medicao antirretroviral. IV. investigao de DSTs, contracepo de emergncia, antibiticos e imunoglobulina anti-hepatite B.

    Assinela a alternativa que aponta somente a(s) afirmativa (s) CORRETA (S).

    a) I, II e III. b) I e II. c) I e III. d) II, III e IV. e) IV.

    Obstetrcia e Ginecologia

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    36 Dorotia tem 42 anos e foi ao Posto de Sade para coleta de colpocitologia. O resultado foi leso de alto grau. O mdico do Posto de Sade encaminhou-a para o Servio de Referncia. A propedutica subsequente ao achado de leso de alto grau colpocitologia :

    a) repetir a colpocitologia imediatamente. b) repetir a colpocitologia aps trs meses. c) realizar colposcopia e bipsia dirigida. d) realizar conizao. e) realizar eletrocauterizao.

    37 A imagem mamogrfica classificada como BI-RADS

    a) 1 b) 2 c) 3 d) 4 e) 5

    38 Diante de uma proposta de pesquisa de laboratrio farmacutico utilizando determinada droga, o ginecologista dever obedecer Resoluo n. 196/1996 do Conselho Nacional de Sade, considerando que:

    a) o mdico pode assumir a responsabilidade tica do experimento sem comunicar ao Comit de tica do hospital sede da pesquisa.

    b) o Comit de tica em Pesquisa da instituio hospitalar dever ser informado e aprovar o projeto de pesquisa proposto.

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    c) o pesquisador no ter responsabilidades com o sujeito da pesquisa, caso no haja benefcio direto para ele.

    d) qualquer risco a que se expe o sujeito da pesquisa pode ser justificado pela importncia do benefcio esperado.

    e) qualquer dano a que se expe o sujeito no pode ser ressarcido financeiramente pelo pesquisador, uma vez que o indivduo aceitou participar da pesquisa.

    39 O tratamento para leses genitais (figura abaixo) :

    a) cido actico. b) cido tricloroactico. c) metotrexate. d) cido brico. e) observao.

    40 Paciente de 42 anos, com queixa de fogachos intensos e frequentes, irritabilidade, nervosismo e sudorese excessiva. Apresenta ciclos menstruais normais. Para esclarecimento diagnstico, deve-se solicitar dosagem de:

    a) estradiol. b) FSH. c) LH. d) testosterona. e) prolactina.

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    Gestante chega hoje (23/11/2011) ao pronto-socorro de ginecologia e obstetrcia com queixa de dor em baixo ventre e perda de lquido via vaginal h 1 hora. No carto de pr-natal constam as informaes abaixo:

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    O exame fsico de admisso no pronto-socorro tem como informaes: Paciente descorada ++ em 4+; frequncia cardaca de 89 BPM, eupneica, PA 90/60 mmhg Altura uterina 29 cm, dinmica uterina ausente, frequncia cardaca fetal 144 BPM. palpao mostra polo ceflico ocupando escava, fixo com dorso direita da linha mdia. Especular: colo com ectrpio, sada de lquido pelo colo de colorao clara e sem grumos. Toque no realizado. Com base no carto pr-natal e nessas informaes fornecidas acima, responda s prximas 8 questes:

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    41 No momento da internao, o diagnstico correto :

    a) amniorrexe prematura em gestao de termo. b) amniorrexe prematura em gestao pr-termo. c) amniorrexe precoce em gestao prematura. d) amniorrexe oportuna em gestao de termo. e) amniorrexe precoce em gestao de termo.

    42 Assinale a alternativa que inclui fatores de risco identificveis no carto de pr-natal para o diagnstico de admisso.

    a) Baixo peso materno, inadequado acompanhamento pr-natal, restrio de crescimento fetal. b) Primigesta, negra, restrio de crescimento fetal e uso de tabaco. c) Baixo peso materno, anemia materna, uso de tabaco e infeco urinria. d) Abortamento em gestao anterior, uso de tabaco e restrio de crescimento fetal. e) Primigesta, baixo nvel socioeconmico e uso de tabaco.

    43 Assinale a alternativa que inclui, respectivamente, a correta situao, apresentao e posio no exame de admisso, hoje (23/11/2011).

    a) Longitudinal, ceflica e direita. b) Ceflica, longitudinal e direita. c) Direita, ceflica e longitudinal. d) Longitudinal, direita e ceflica. e) Ceflica, direita e longitudinal.

    44 Assinale a alternativa que inclui s condutas usuais para o caso.

    a) Pesquisa de infeces, avaliao da vitalidade e, se ambas normais, controle ambulatorial do caso.

    b) Internao, introduo de antibitico e induo do parto. c) Internao, inibio do trabalho de parto vigente e corticoide. d) Tratamento da infeco urinria, avaliao da vitalidade, voltar ao hospital quando tiver

    contraes. e) Internao, pesquisa de infeces, avaliao da vitalidade fetal.

    45 Assinale a alternativa INCORRETA:

    a) Paciente tem baixo peso. b) Paciente tinha fatores de risco pr-natais para restrio de crescimento fetal. c) Paciente deveria ter tomado vacinao antitetnica. d) H discordncia entre amenorreia e idade gestacional ultrassonogrfica. e) Paciente suscetvel a Toxoplasmose.

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    46 Assinale a alternativa que contenha, respectivamente, a data provvel do parto pela regra de Nagele (DPP) e a idade gestacional na admisso no pronto-atendimento, hoje (23/11/2011).

    a) 27/01/2012 e 31 semanas. b) 23/11/2011 e 40 semanas. c) 27/12/2011 e 38 semanas. d) 30/01/2012 e 30 semanas. e) 13/01/2012 e 31 semanas.

    47 Se este mesmo caso ocorresse no dia 11 de janeiro de 2012, os diagnsticos seriam:

    a) amniorrexe prematura em gestao pr-termo. b) amniorrexe prematura em gestao de termo. c) amniorrexe precoce em gestao prematura. d) amniorrexe oportuna em gestao de termo. e) amniorrexe precoce em gestao de termo.

    48 Assinale a alternativa INCORRETA.

    a) O lquido vaginal visualizado poderia ser submetido ao teste de cristalizao. b) A presena de sinais de infeco amnitica levariam interrupo da gestao. c) A cardiotocografia um bom mtodo de avaliao da vitalidade fetal para este caso. d) Na evoluo para trabalho de parto, a profilaxia para estreptococos B estaria indicada. e) Seria obrigatrio o toque vaginal no momento da admisso da paciente.

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    49 Um lactente de 45 dias, sexo masculino, pesando 3.500 g, aleitamento materno exclusivo, procura servio mdico e os pais referem quadro de vmitos no-biliosos repetidos ps-alimentares h 3 semanas, negando febre ou outros sintomas. Ao exame fsico, o lactente encontra-se hipoativo, peso de 3.550 g, com desidratao moderada, e possvel perceber pequena tumorao palpao abdominal do epigstrio. Diante desse quadro, a hiptese mais provvel, o exame complementar mais adequado e o tratamento so, respectivamente:

    a) estenose hipertrfica de piloro; ultrassonografia de abdome; tratamento cirrgico. b) pncreas anular, colangiopancreatografia; jejum e decompresso gstrica. c) megaclon congnito, enema opaco e tratamento cirrgico. d) doena do refluxo gastroesofgico, phmetria e tratamento medicamentoso. e) invaginao intestinal, radiografia simples de abdome e tratamento cirrgico.

    50 Assinale a alternativa INCORRETA quanto a diarreia na infncia.

    a) E. coli enterotoxignica um patgeno importante causador de diarreia com desidratao do lactente no mundo em desenvolvimento.

    b) Criana com diarreia sanguinolenta e convulso sugere Shigella como agente. c) Aos lactentes com desidratao leve e moderada, oferecer soluo de reidratao oral (SRO)

    na unidade de atendimento e suspender o aleitamento materno at que se tornem hidratados.

    d) Todos os casos de diarreia por Vibrio cholerae devem receber antimicrobiano. e) A sndrome hemoltico-urmica pode ser uma complicao da infeco por E.coli entero-

    hemorrgica.

    51 Um menino de 6 anos admitido na enfermaria peditrica com quadro de febre baixa e inchao nos joelhos e tornozelos h 4 dias. H 1 dia, apresenta dor abdominal em clica e sangue nas fezes. Os tornozelos e ps esto moderadamente edemaciados e dolorosos. Apresenta ainda leses purpricas palpveis ao redor dos tornozelos e na superfcie extensora das pernas. A presso arterial normal. O hemograma revela anemia moderada, leucocitose e contagem normal de plaquetas. Tambm encontrada hematria. O principal diagnstico :

    a) poliarterite nodosa. b) prpura de Henoch-Schnlein. c) meningococcemia. d) febre reumtica. e) doena de Kawasaki.

    Pediatria

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    52 Assinale a alternativa CORRETA quanto a IMUNIZAES.

    a) No h risco em aplicar vacinas de vrus vivos em crianas em uso de corticosteroides em esquemas imunodepressores, por mais de 14 dias.

    b) Choro persistente e incontrolvel, durando trs horas ou mais, e ocorrendo nas primeiras 48 horas aps vacinao, pode ocorrer aps trplice bacteriana devido ao componente diftrico.

    c) Um dia aps a vacina trplice viral (sarampo, caxumba e rubola), podem surgir exantema, febre, parotidite, artralgias e artrite.

    d) Recm-nascidos de mes HbsAg positivo devem receber vacina contra hepatite B e imunoglobulina especfica contra hepatite B, preferencialmente logo ao nascimento.

    e) A vacina conjugada antipneumoccica atualmente disponvel no Calendrio de vacinao do Programa Nacional de Imunizaes a 7-valente.

    53 Menino de 4 anos levado Unidade Bsica de Sade e os pais referem que h alguns dias ele tem acordado com edema em volta dos olhos. No decorrer do dia, o edema se acumula nas pernas e perneo. Ao exame fsico, encontra-se em anasarca e com presso arterial dentro da normalidade. O exame de urina revela proteinria 3+, 5 hemcias/campo, cilindros hialinos e granulosos. A hiptese diagnstica mais provvel :

    a) glomerulonefrite aguda. b) nefropatia por IgA. c) sndrome hemoltico-urmica. d) infeco do trato urinrio. e) sndrome nefrtica.

    54 Menina com 1 ano de idade levada ao pediatra com histria de febre h 2 dias, escurecimento da urina e irritabilidade. Ao exame no so observados sinais de infeco de vias areas, e a criana apresenta-se febril. A urocultura, colhida em condies ideais, revela-se positiva para Escherichia coli. Alm da teraputica antimicrobiana e das uroculturas para controle, recomenda-se:

    a) ultrassonografia de rins e vias urinrias e urografia excretora. b) ultrassonografia de rins e vias urinrias e uretrocistografia miccional. c) urografia excretora e renograma. d) apenas ultrassonografia de rins e vias urinrias. e) apenas o seguimento, por ser o primeiro episdio.

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    55 JKL, sexo feminino, 10 anos e 6 meses; estgio de Tanner M2P2, peso 44kg, estatura 143cm, IMC: 22kg/m (percentil entre 85-95). Assinale os diagnsticos CORRETOS:

    a) puberdade precoce e obesidade. b) peso adequado e puberdade adequada. c) baixo peso e puberdade atrasada. d) sobrepeso e puberdade adequada. e) obesidade e puberdade atrasada.

    56 Um menino com 1 ms de vida, raa negra, morador de rea urbana, levado pelos pais Unidade Bsica de Sade para atendimento de rotina e vacinao. No oferecido nenhum medicamento criana, que recebe aleitamento materno exclusivo. O mdico avalia a criana, que tem exame fsico normal, com ganho de 40 g/dia desde o nascimento. Pergunta se oferecem vitamina D ao filho e a me diz que no considera necessrio, j que oferece exclusivamente o seio. O mdico dever conversar com os pais e propor uma conduta. Considera-se CORRETO que o mdico:

    a) admita que a suplementao pode ser dispensada, enquanto a criana estiver em aleitamento materno exclusivo.

    b) esclarea que morar em rea urbana e ser de raa negra so considerados fatores de risco para raquitismo e que a oferta de vitamina D segura e evita o aparecimento dessa doena.

    c) admita que a suplementao facultativa, desde que programem a coleta de clcio e fsforo no sexto ms de vida da criana.

    d) concorde com a me acerca do real efeito protetor do leite materno, mas aponte que a conduta, por ser universal, no pode ser individualizada, independentemente de no haver risco, como neste caso.

    e) solicite radiografia de ossos longos.

    57 Os pais de um menino de 3 anos se queixam ao mdico da Unidade Bsica que a criana est muito plida. Recebeu aleitamento materno exclusivo at 6 meses de vida. Aps o exame fsico (peso e altura no percentil 50), o mdico observa palidez intensa e solicita exames, abaixo descritos (entre parnteses, valores normais). Hemograma: Hb: 7,5 g/dL (11-14,5); Ht: 25% (33-43); VCM: 62 fL (74-89); HCM: 21 pg (24-32); CHCM: 26 g/dL (32-37); RDW (variao do volume eritrocitrio): 21% (12-14). Leuccitos e plaquetas dentro da normalidade. Capacidade total de ligao do ferro: 655 g/dL (250-425 g/dL). Ferro srico e Ferritina: em anlise. Pode-se afirmar que:

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    a) a principal hiptese de anemia ferropriva, uma vez que, alm da microcitose e hipocromia, observa-se elevada variao do volume eritrocitrio.

    b) a presena de microcitose e hipocromia impe a -talassemia como principal diagnstico. c) o diagnstico de -talassemia o mais provvel, devido grande variao do volume

    eritrocitrio. d) o diagnstico de anemia falciforme deve ser excludo, uma vez que a alta capacidade de

    ligao do ferro e a acentuada anemia caracterizam este diagnstico nessa idade. e) a deficincia da atividade da G6PD (glicose-6-fosfato desidrogenase) nas hemcias a

    principal hiptese diagnstica, pois se trata de um caso de anemia intensa, em criana do sexo masculino.

    58 Escolar de 8 anos, com crises de sibilncia desde os dois anos, levado ao pediatra com queixa de crises mais de 2 vezes por semana, necessitando ser nebulizado em casa com beta 2 agonista, quase diariamente. Pelo menos 2 noites por ms acorda tossindo. Qual a classificao diagnstica e o tratamento indicado para essa criana?

    a) Asma intermitente / corticoide inalatrio em dose baixa. b) Asma persistente leve / corticoide inalatrio em dose baixa. c) Asma persistente moderada / corticoide inalatrio em dose moderada. d) Asma persistente grave / corticoide inalatrio em dose alta. e) Asma persistente grave / corticoide sistmico.

    59 Uma menina de 2 meses de idade trazida a consulta no pronto atendimento, devido a tosse intensa h 7 dias. Na ltima noite, os pais notaram que a criana "ficou roxinha" e "parou de respirar" por alguns segundos, aps um dos acessos de tosse. A criana est com a vacinao em dia. Ao exame fsico: eupneica, petquias em face, paroxismos de tosse seguidos de cianose e ausculta pulmonar sem alteraes. O hemograma mostra leucocitose (40.000 clulas/mm3) com acentuada linfocitose. O mdico deve:

    a) considerar que essa criana pode ter uma infeco causada por Bordetella e dispens-la, assegurando aos pais que haver uma evoluo clnica favorvel.

    b) internar essa criana, iniciando penicilina cristalina. c) internar essa criana, pois pode vir a apresentar hipxia e convulso. d) dispensar essa criana, prescrevendo amoxicilina. e) colher cultura de secreo nasofarngea e dispens-la.

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    60 Menino com 2 meses de idade levado a uma Unidade Bsica de Sade, pois a me est muito preocupada com o aumento de suas mamas. Ao examin-lo, o mdico detecta tecido mamrio hipertrofiado, com mamas com dimetro de cerca de 2,5 cm. O mdico deve orientar:

    a) observao, pois a ginecomastia transitria e decorrente de estimulao pelos hormnios maternos.

    b) observao, pois a ginecomastia um achado raro, porm benigno em lactentes, tornando-se problema esttico se persistir at a idade escolar.

    c) realizao de ultrassonografia. d) retirada cirrgica, pois se trata de criana do sexo masculino, com possibilidade elevada de

    tumor de comportamento maligno. e) realizao de dosagem de prolactina e estrgeno, para investigar a presena de tumor

    produtor de um desses hormnios.

    61 Menino com 4 anos de idade tem diagnstico de anemia falciforme e levado ao pronto-socorro com quadro agudo de febre e queda importante nos nveis de hemoglobina, caracterizado como episdio aplsico. O agente viral mais frequentemente envolvido nesses episdios, potencialmente fatais, o:

    a) vrus de Epstein-Barr. b) citomegalovrus. c) vrus herpes simples. d) hantavirus. e) parvovrus B19.

    62 Um recm-nascido prematuro de 30 semanas de gestao nasce com peso de 1100 g. Inicia-se uma dieta enteral no terceiro dia de vida. Aps quatro dias, o beb passa a no tolerar a dieta e o fluido gstrico tem aspecto bilioso. Evolui com distenso abdominal e eliminao de fezes sanguinolentas. A radiografia simples de abdome revela sinais sugestivos de pneumatose intestinal. Este recm-nascido apresenta diagnstico provvel de:

    a) retocolite ulcerativa inespecfica. b) atresia duodenal. c) enterocolite necrosante. d) diverticulite. e) invaginao intestinal.

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    63 Mulher de 20 anos vai a uma Unidade Bsica de Sade em consulta de puericultura para o filho de 2 meses. Refere que ele tem chorado diariamente devido a clicas. Utilizou antiespasmdico pelo menos quatro vezes por semana, nas duas ltimas semanas. A criana est em aleitamento materno exclusivo. O exame fsico normal. Aps anamnese, o mdico resolve suspender o leite de vaca da dieta materna. Esta conduta deve ser considerada:

    a) incorreta, pois a clica do lactente associada ingesto de leite de vaca pelas mes causa apenas manifestaes dermatolgicas.

    b) correta, uma vez que o leite de vaca pode fermentar e aumentar a produo de gases na me e na criana.

    c) incorreta, pois o leite materno no sofre influncia do tipo de alimento que a me ingere. d) correta, pois o leite de vaca pode ser responsvel por esta manifestao. e) incorreta, pois no existem evidncias de que o leite de vaca seja causa de clica na criana.

    64 Uma jovem de 14 anos procura o pronto-socorro com queixa de dor de garganta, mal-estar geral e febre h 7 dias. H 3 dias, ela foi atendida em outro servio e iniciou o uso de amoxicilina por indicao mdica. Hoje notou o aparecimento de manchas vermelhas no corpo. Est febril, com faringe e tonsilas palatinas hiperemiadas. H aumento de gnglios cervicais, principalmente na cadeia cervical anterior e linfadenopatia epitroclear. O exantema maculopapuloso, localizado em tronco, face e membros superiores. Fgado e bao so palpveis a 2 cm do rebordo costal. O restante do exame fsico normal. O diagnstico mais provvel de:

    a) faringite estreptoccica. b) escarlatina. c) toxoplasmose. d) rubola. e) mononucleose infecciosa.

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    65 Um estudo de coorte sobre o efeito da vacinao no prognstico de uma determinada doena revelou que, dentre os 500 vacinados, 50 morreram no prazo de 10 dias aps a manifestao da doena. J dentre as 400 pessoas no vacinadas, 100 morreram em consequncia dessa doena. Ao se montar uma tabela 2 X 2 e calcular a medida apropriada para avaliar a associao entre vacinao e bito por essa doena, obteve-se o valor:

    a) 0,40 b) 0,52 c) 2,78 d) 1,34 e) 2,12

    66 Correlacione a 1 e a 2 colunas e assinale a resposta que apresenta a sequncia correta:

    I. Estudo Transversal

    II. Estudo Caso-controle

    III. Estudo Ecolgico

    IV. Ensaio Clnico

    1. Trata-se de um estudo experimental. 2. A medida de associao mais apropriada

    para esse tipo de estudo o odds ratio 3. Trata-se de um estudo observacional. 4. Observao direta de determinada

    quantidade planejada de indivduos em uma nica oportunidade.

    a) I.1; II.2; III.4; IV.3 b) I.4; II.2; III.1; IV.3 c) I.4; II.2; III.3; IV.1 d) I.2; II.1; III.3; IV.4 e) I.4; II.1; III.2; IV.3

    67 A partir da portaria 648/GM, de 28 de maro de 2006, foi aprovada a Poltica Nacional de Ateno Bsica. Leia atentamente as afirmaes relacionadas a essa Poltica, apresentadas nos itens I, II e III. Assinale a alternativa CORRETA, em relao a essas afirmaes.

    I A eliminao da hansenase e da desnutrio infantil, assim como o controle da tuberculose, da hipertenso arterial e do diabetes mellitus, fazem parte das reas estratgicas de atuao da ateno bsica, em todo o territrio nacional. II So caractersticas do processo de trabalho das equipes de ateno bsica: a definio de territrio para atuao das equipes de sade da famlia, a responsabilidade da assistncia resolutiva demanda espontnea e o fortalecimento do controle social.

    Medicina Preventiva e Social

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    III A transferncia regular e automtica dos recursos financeiros que compem os incentivos relacionados ao Piso da Ateno Bsica (PAB), por parte do Ministrio da Sade, deve ser suspensa caso forem detectados malversao ou desvio de finalidade na utilizao dos recursos ou, ainda, caso o municpio no realize a alimentao dos bancos de dados nacionais de informaes.

    a) Apenas os itens I e II esto corretos. b) Os itens I, II e III esto corretos. c) Apenas os itens I e III esto corretos. d) Apenas o item III est correto. e) Os itens I, II e III esto incorretos.

    68 Os Sistemas de Informao em Sade permitem construir informaes indispensveis para conhecer a situao sanitria do pas e avaliar a efetividade das polticas, programas e aes de sade. No que diz respeito alimentao e utilizao desses sistemas em mbito municipal, estadual e federal, assinale a afirmao INCORRETA:

    a) O Sistema de Cadastramento e Acompanhamento de Hipertensos e Diabticos (SIS HIPERDIA) permite cadastrar e acompanhar os portadores de hipertenso arterial e/ou diabetes mellitus. Cabe aos estados a alimentao e manuteno do cadastro e atendimento dos pacientes nesse sistema.

    b) O Sistema de Informaes de Agravos de Notificao (Sinan) alimentado, principalmente, pela notificao e investigao de casos de doenas e agravos que constam da lista nacional de doenas de notificao compulsria, mas facultado a estados e municpios inclurem outros problemas de sade, importantes em sua regio. Em todo o territrio nacional, qualquer caso suspeito ou confirmado de poliomielite, clera ou febre amarela deve ser prontamente notificado.

    c) O Sistema de Informaes Hospitalares (SIH SUS) no foi concebido sob a lgica epidemiolgica, mas sim com o propsito de operar o sistema de pagamento de internaes nos hospitais contratados. Entretanto, considerando que esse sistema rene, atualmente, informaes de aproximadamente 70% das internaes realizadas no pas, o SIH tornou-se uma fonte importante de dados para a realizao de estudos epidemiolgicos nos municpios, nos estados, e em mbito nacional.

    d) O instrumento padronizado para a coleta de dados do Sistema de Informaes de Mortalidade (SIM) a Declarao de bito (DO). Entretanto, em muitas reas, o uso dessa fonte de dados prejudicado pelo no preenchimento correto das DO, com omisso de dados ou em funo do registro excessivo de causas mal definidas.

    e) Os dados consolidados no Sistema de Informaes sobre Nascidos Vivos SINASC permitem calcular a Taxa Bruta de Natalidade e a Taxa de Fecundidade Geral para o pas e para os estados e municpios brasileiros, permitindo ainda o conhecimento da proporo de nascidos vivos de baixo peso, segundo o tipo de parto.

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    69 Utilize os conceitos da Epidemiologia para escolher a alternativa INCORRETA:

    a) No clculo das taxas de mortalidade por causas, divide-se o nmero de bitos por determinada causa ocorrido em um perodo delimitado pelo total de bitos ocorridos na regio no mesmo perodo.

    b) Indicadores de sade so medidas-sntese que contm informao relevante sobre o estado de sade da populao, bem como do desempenho do sistema de sade. Vistos em conjunto, devem refletir a situao sanitria de uma populao e servir para a vigilncia das condies de sade.

    c) A taxa de mortalidade geral, um dos indicadores mais utilizados em sade pblica, permite a comparao do nvel de sade em regies diferentes numa mesma poca, assim como a anlise da evoluo da mortalidade na mesma rea, em pocas diferenciadas.

    d) Um sistema de vigilncia de baixo Valor Preditivo Positivo VPP apresenta frequentes confirmaes de casos falsamente positivos, o que contribui para elevar seus custos e induzir investigao de epidemias que de fato no ocorreram.

    e) Os denominadores utilizados para clculo das taxas de incidncia devem ser restringidos a componentes especficos da populao observada, ou seja, s pessoas que esto sob risco de contrair a doena ou de sofrer o agravo.

    70 Assinale a alternativa CORRETA.

    a) Contrariamente epidemia, que ilimitada no tempo, a endemia restrita a um intervalo marcado por um comeo definido e um trmino esperado, com retorno da incidncia aos patamares observados anteriormente.

    b) A qualificao de epidemia lenta refere-se velocidade com que atingida a incidncia mxima. Esse tipo de epidemia pode ocorrer com as doenas cujos agentes apresentam baixa resistncia ao meio exterior ou para os quais a populao tenha baixa resistncia e baixa imunidade.

    c) Uma doena espacialmente localizada e habitualmente presente entre os membros de uma populao pode ser denominada como epidemia de longa durao.

    d) A investigao epidemiolgica um estudo realizado com base nos dados existentes nos registros dos servios de sade e destina-se a coletar dados para complementar as informaes j existentes. Um exemplo a recuperao de sries histricas para anlises de tendncias.

    e) O Diagrama de Controle, que consiste na representao grfica da distribuio da mdia mensal e desvio-padro dos valores da frequncia observada de uma determinada doena, em um perodo de tempo (habitualmente 10 anos), permite calcular o nvel endmico de uma doena.

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    71 Quanto aos princpios de diretrizes do Sistema nico de Sade - SUS, assinale a alternativa CORRETA:

    a) A igualdade, um dos princpios do SUS, tem sido frequentemente substituda, em diversos documentos da rea da sade, por equidade. Isso se explica por uma opo de priorizar o uso dos recursos pblicos para a ateno sade das parcelas mais pobres da populao. Essa viso permite corrigir as desigualdades sociais, embora seja contraditria ao princpio da universalidade de acesso ao Sistema de Sade.

    b) Os Conselhos de Sade constituem importante instncia de controle social do SUS, pois so rgos consultivos compostos por usurios dos servios, alm de trabalhadores da sade, prestadores de servios e governo.

    c) A descentralizao do SUS deve ser implementada nos municpios que tenham condies para realizar a gesto plena do sistema municipal de sade.

    d) A regionalizao, definida como diretriz do SUS desde a promulgao da Constituio Federal de 1988, requer a criao de mecanismos efetivos para o funcionamento dos procedimentos de referncia e contrarreferncia.

    e) Para que o princpio da integralidade seja colocado em prtica, cada municpio brasileiro deve estruturar sua rede de servios de forma a realizar aes de preveno, promoo e recuperao da sade, oferecendo assistncia em todos os nveis de complexidade tecnolgica.

    72 Analise as afirmaes abaixo, verificando as que correspondem ao funcionamento das Conferncias de Sade e dos Conselhos de Sade.

    I. As Conferncias de Sade devem ser realizadas anualmente nos municpios, nos estados e em mbito nacional, enquanto os Conselhos de Sade devem funcionar em carter permanente.

    II. As Conferncias de Sade so instncias colegiadas que atuam no controle permanente do uso dos recursos pelo gestor pblico, em seu nvel de atuao.

    III. Os Conselhos de Sade devem contar com a participao majoritria dos usurios dos servios, com vistas a garantir o controle social do funcionamento dos servios de sade em seu nvel de atuao.

    a) Somente as afirmaes contidas nos itens I e II esto corretas. b) Somente as afirmaes contidas nos itens I e III esto corretas. c) Somente a afirmao contida no item I est correta. d) As afirmaes contidas nos itens I, II e III esto incorretas. e) Somente as afirmaes contidas nos itens II e III esto corretas.

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    73 Considerando os processos de descentralizao poltica e administrativa desencadeados pelas Normas Operacionais (NOBs e NOAS), escolha a alternativa CORRETA:

    a) Com a implantao da NOB/01 de 1991, os municpios comearam a ganhar autonomia e passaram a atuar como gestores locais do SUS.

    b) A NOB/01 de 1993 define o financiamento tripartite do SUS, estabelecendo para os estados e municpios, respectivamente, a obrigatoriedade da aplicao de 12% e 15% de seu oramento em sade.

    c) A partir da NOB/01, de 1996, os municpios brasileiros puderam habilitar-se em duas condies: Gesto Plena da Ateno Bsica ou Gesto Plena do Sistema Municipal. Para assumir qualquer um desses dois tipos de gesto, o municpio devia atender um conjunto de requisitos, entre eles: comprovar o funcionamento do Conselho Municipal de Sade e capacidade para desenvolvimento de aes de vigilncia epidemiolgica e sanitria.

    d) Com a NOAS/01, de 2001, criado o Piso de Ateno Bsica Varivel (PAB Varivel) que inclui a transferncia regular e automtica de recursos para os municpios que aderem ao Programa de Sade da Famlia.

    e) A NOAS/01, de 2002, cria a Comisso Intergestores Tripartite, composta, paritariamente, por representao do Ministrio da Sade (MS), do Conselho Nacional de Secretrios Estaduais de Sade (CONASS) e do Conselho Nacional de Secretrios Municipais de Sade (CONASEMS).

    74 So prioridades do Pacto pela Sade para o binio 2010-2011:

    I. A sade mental, o controle do cncer de colo de tero e mama e a ateno sade do idoso. II. O fortalecimento da ateno bsica e da capacidade de resposta do sistema de sade s

    pessoas com deficincia. III. Ateno integral s pessoas em situao ou risco de violncia e reduo da mortalidade infantil

    e materna.

    IV. A sade do homem e o fortalecimento da capacidade de resposta s doenas emergentes e endemias.

    a) Somente os itens I e II contm, exclusivamente, prioridades do Pacto pela Sade para o binio 2010-2011.

    b) Somente os itens II e IV contm, exclusivamente, prioridades do Pacto pela Sade para o binio 2010-2011.

    c) Todos os itens contm, exclusivamente, prioridades do Pacto pela Sade no binio 2010-2011.

    d) Somente os itens I e III contm, exclusivamente, prioridades do Pacto pela Sade para o binio 2010-2011.

    e) Somente os itens I e IV contm, exclusivamente, prioridades do pacto pela Sade para o binio 2010-2011.

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    75 A tuberculose (TB) um problema de sade prioritrio no Brasil. No que diz respeito a esse agravo, assinale a alternativa INCORRETA:

    a) A apresentao da TB na forma pulmonar, alm de ser mais frequente, tambm a mais relevante para a sade pblica, pois a forma pulmonar, especialmente a bacilfera, a responsvel pela manuteno da cadeia de transmisso da doena.

    b) Entre os exames disponveis, a baciloscopia direta do escarro o mtodo prioritrio no diagnstico da TB. Executada corretamente, ela permite detectar a maior parte dos casos de tuberculose pulmonar.

    c) A tuberculose uma doena curvel em praticamente 100% dos casos novos, sensveis aos medicamentos anti-TB, desde que obedecidos os princpios bsicos da terapia medicamentosa e a adequada operacionalizao do tratamento.

    d) A transmissibilidade do bacilo da Tuberculose est presente desde os primeiros sintomas respiratrios, caindo rapidamente aps o incio de tratamento efetivo.

    e) O tratamento da tuberculose deve ser feito em regime ambulatorial, supervisionado, no servio de sade mais prximo da residncia ou do trabalho do doente. A hospitalizao s est indicada em casos excepcionais, como a meningite tuberculosa e co-infeco pelo HIV.

    76 As mudanas no perfil demogrfico e epidemiolgico da populao brasileira observadas em dcadas recentes englobam inmeros componentes, entre eles:

    a) alteraes na pirmide populacional, que expressam o aumento da expectativa de vida e a manuteno de altas taxas de fecundidade.

    b) declnio gradativo da mortalidade infantil, com queda mais acentuada do componente neonatal.

    c) aumento da mortalidade por causas externas, especialmente entre homens jovens. d) reduo da mortalidade por neoplasias em funo do rastreamento populacional de diversos

    tipos de cncer. e) deslocamento da carga de morbidade dos grupos mais idosos para os mais jovens.

    77 Com relao vigilncia epidemiolgica de doenas crnicas e degenerativas, assinale a alternativa INCORRETA:

    a) As estatsticas de morbidade hospitalar permitem medir a prevalncia de doenas crnicas na regio onde o hospital est situado.

    b) As estatsticas de mortalidade so insuficientes para orientar o estabelecimento de prioridades em sade, pois inmeras doenas crnicas, que afetam de forma significativa a sade da populao, causam maior impacto nas taxas de morbidade.

    c) O rastreamento de cncer de colo de tero por meio do exame citopatolgico uma medida de alta efetividade, eficcia e eficincia.

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    d) O monitoramento dos fatores de risco para doenas crnicas no transmissveis gera informaes importantes para o planejamento em sade, mesmo considerando que esses fatores no so necessrios ou suficientes para a ocorrncia de doenas crnicas nos indivduos avaliados.

    e) As unidades hospitalares constituem fontes importantes de informaes para sistemas de vigilncia de eventos adversos associados a tecnologias mdicas, inclusive aqueles associados ao uso de medicamentos ou tecnologias no tratamento de complicaes de doenas crnicas.

    78 Leia com ateno as afirmaes abaixo, relativas Estratgia de Sade da Famlia, e assinale a alternativa INCORRETA.

    a) A Estratgia de Sade da Famlia pode ser definida como um modelo de ateno primria, por meio do qual possvel prevenir um importante universo de patologias de relevncia epidemiolgica. Sua resolutividade direta significativa somente nos municpios em que se integra aos servios de sade ambulatoriais especializados e hospitalares.

    b) A construo da Estratgia de Sade da Famlia faz parte da busca de modelos assistenciais que superem a incapacidade do modelo tecnicista e hospitalocntrico de responder efetivamente s demandas individuais e coletivas em sade.

    c) A opo pela adoo da estratgia de Sade da Famlia, na dcada de 1990, deu-se em um contexto epidemiolgico no qual o sistema de sade brasileiro apresentava indicadores desfavorveis de acesso e de resultados sanitrios, profunda desigualdade na oferta de servios de sade e nos investimentos de sade.

    d) A Ateno Primria em Sade pode ser compreendida como uma tendncia de inverter a priorizao das aes de sade, substituindo-se a abordagem curativa e fragmentada por uma proposta de responsabilizao longitudinal pela populao adscrita no territrio.

    e) Com a implantao da Estratgia de Sade da Famlia, ocorreu uma delegao de novas responsabilidades e ganho de autonomia no processo decisrio de sade pelas equipes locais, de forma associada a uma transferncia de autoridade de gesto administrativa e oramentria para os municpios.

    79 Assinale a alternativa INCORRETA:

    a) vigilncia sanitria cabe intervir nos problemas sanitrios decorrentes do meio ambiente, da produo e circulao de bens e da prestao de servios de interesse da sade, abrangendo o controle de bens de consumo que, direta ou indiretamente, se relacionem com a sade e o controle da prestao de servios que se relacionam direta ou indiretamente com a sade.

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    b) A tica na pesquisa em sade essencial ao campo da vigilncia sanitria, inclusive no que diz respeito s pesquisas de novos medicamentos, novos procedimentos e tecnologias.

    c) A subnotificao de casos pode determinar a diminuio da efetividade das aes de controle de doenas medida que induza vieses na tendncia observada em sua incidncia ou na estimativa do risco de ocorrncia da doena.

    d) Os sistemas de vigilncia so importantes instrumentos para identificar comportamentos modificados de doenas j conhecidas, assim como para a identificao de doenas emergentes.

    e) Entre os critrios para a identificao de prioridades no desenvolvimento de sistemas de vigilncia para eventos adversos sade, podemos incluir a magnitude do dano (expressa na sua severidade e nas taxas de hospitalizao) e a vulnerabilidade do dano (fatores de risco ou fatores de prognstico suscetveis a medidas especficas de interveno).

    80 Sobre as relaes entre o setor pblico e o setor privado no Brasil, no mbito da sade, correto dizer que:

    a) a articulao entre os sistemas pblico e privado gera economia aos cofres pblicos na medida em que o poder pblico pode se desobrigar de oferecer servios queles que contratam servios privados.

    b) atualmente a maioria dos brasileiros j possui algum tipo de cobertura privada sade, verificando-se uma diminuio da demanda nos servios pbicos de sade.

    c) o poder pblico tem, historicamente, evitado investir nas reas mais caras e de maior sofisticao tecnolgica, deixando essa tarefa ao setor privado.

    d) a participao complementar dos servios privados no SUS ocorre exclusivamente por intermdio de convnios firmados com entidades sem fins lucrativos.

    e) os servios privados de sade, sendo de relevncia pblica, esto sujeitos regulamentao, fiscalizao e ao controle do Poder Pblico.

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    GABARITO-RASCUNHO

    01 21 41 61

    03 23 43 63

    05 25 45 65

    07 27 47 67

    09 29 49 69

    02 22 42 62

    04 24 44 64

    06 26 46 66

    08 28 48 68

    10 30 50 70

    11 31 51 71

    13 33 53 73

    15 35 55 75

    17 37 57 77

    19 39 59 79

    12 32 52 72

    14 34 54 74

    16 36 56 76

    18 38 58 78

    20 40 60 80

    Identificao obrigatria

    Nome do candidato: ___________________________________________

    Concurso de Residncia Mdica - 2012


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