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Page 1: PROGRAMA: GISELLE 2014

DIREÇÃO ARTÍSTICALUÍSA TAVEIRA

GISELLE

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GISELLE Junhodias 27 e 28 às 21hdia 29 às 16h

Julhodias 2, 3, 4 e 5 às 21hdia 6 às 16h

Ensaio GeralSolidário26 de junho às 21h

ORQUESTRADE CÂMARAPORTUGUESAPedro Carneirodireção musical

Georges Garciacoreografia segundoJean Coralli,Jules Perrote Marius Petipa

Adolphe Adammúsica

Ferruccio Villagrossicenários

Guarda-roupatradicional figurinos gentilmente oferecidos pela Fundação Calouste Gulbenkian

Cristina Piedadedesenho de luz

Adeline CharpentierFátima BritoMaria PalmeirimFernando DuarteRui Alexandreensaiadores

Leonel & Bicho, LdaReconstruçãoe Restauro de Cenário

Estreia absolutaParis, Teatro da AcademiaReal de Música,28 de junho de 1841

Estreia CNBLisboa, Teatro Nacionalde São Carlos,28 de outubro de 1987

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A FUNDAÇÃO EDP

É MECENAS PRINCIPAL DA COMPANHIA NACIONAL DE BAILADO

E MECENAS EXCLUSIVO DA DIGRESSÃO NACIONAL

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ATO IA cena tem lugar em frente à casa de Giselle, numa aldeia junto ao Reno. Giselle é uma camponesa de compleição frágil que tem duas paixões na vida, uma é dançar e a outra é o seu vizinho Loys. Giselle ignora, no entanto, que Loys é na verdade o Duque da Silésia de nome Albrecht, e juntos dançam e trocam palavras de amor. Não se apercebem que estão a ser constan-temente vigiados por Hilarion, um caçador que ama Giselle mas que é por esta repudiado.Na aldeia festeja-se entretanto o final da estação das vindimas onde todos dançam alegremente, incluindo Giselle e Albrecht. Berta, mãe de Giselle, lembra a filha que dançar excessivamente só lhe trará fadiga, e conta a história das wilis, espíritos de raparigas que morre-ram solteiras e que, na escuridão da noite, se vingam dos seus amados fazendo-os dançar até à morte. Mas Giselle não toma muita atenção à advertência da mãe e continua a dançar. Ao ouvirem-se as trompas que anunciam a chegada dos caçadores, Hilarion repara que Albrecht e o seu escudeiro se escondem na caba-na de Loys, facto que ele estranha. Vem mais tarde a descobrir, precisamente dentro da cabana (e que virá de resto a ser o seu trunfo para desmascarar Albrecht), uma espada com características tais que só pode per-tencer a um homem de elevada condição.Ao terminarem uma caçada, o Duque da Curlândia, a sua filha Batilde e a respetiva comitiva visitam a al-deia onde vive Giselle. Esta fica impressionada com a beleza de Batilde que por sua vez lhe oferece um colar. Os camponeses continuam a dançar, Giselle é coroada rainha das vindimas e é no auge destes festejos que Hilarion desmascara Albrecht, revelando a sua verda-deira identidade. Albrecht ajoelha-se perante Batilde

GISELLE de quem na realidade está noivo e beija-lhe as mãos. Giselle fica destroçada e desmaia. Ao despertar e pe-rante tal infelicidade, perde a razão e dança tragica-mente, acabando por morrer.

ATO IIA cena tem lugar na floresta, no reino das wilis. Hilarion encontra-se aos pés do túmulo de Giselle, amargurado e arrependido. À meia noite aparece Myrta, rainha das wi-lis, acompanhada por outras wilis, e juntas executam uma dança de acolhimento à recém-falecida, Giselle. Hilarion sucumbe ao feitiço destas sedutoras e perigosas criatu-ras, e estas arrastam-no para uma dança mortal. Surge Albrecht, com um ramo de lírios brancos, que deposita aos pés do corpo da sua amada. Giselle, agora uma wili, le-vanta-se do túmulo e dança com Albrecht, deixando-o com-pletamente enfeitiçado. Cresce a intensidade dramática. O jovem tenta resistir à exaustão e Giselle apela a Myr-ta que poupe o seu amado a tão terrível destino. Em vão porém... Giselle continua a dançar com Albrecht até que o romper da madrugada faz desvanecer o encanto das noivas mortas, salvação de Albrecht. Giselle retorna à sua tumba e lança um último adeus ao seu amado.

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O bailado romântico corresponde a um relativamente curto período de pouco mais de trinta anos que renovou para sempre a dança na Europa e no mundo. Inicia-se nos finais da segunda década do século XIX, em simul-tâneo em Paris e em Londres, e considera-se terminado a partir dos inícios da década de 1860, quando os seus contributos técnicos e estéticos fundamentais vêm a ser absorvidos pelos desenvolvimentos subsequentes da dança clássica principalmente protagonizados por Marius Petipa. A conceção e a apresentação de Giselle ou As Wilis, em Paris, em 1841, já em plena Monarquia de Julho (1830-1848), durante a qual os ideais da nova geração de escritores e artistas do Romantismo ganharam cres-cente favor junto das elites, situam-se, precisamente, no coração desse período de afirmação e desenvolvimento do bailado romântico. A simplicidade e a novidade do seu argumento, da autoria do libretista Vernoy de Saint Georges e do escritor Théophile Gauthier, baseado em passagens dos poetas românticos Heinrich Heine e Vic-tor Hugo, a vivacidade e a beleza da música de Adolphe Adam e, finalmente, a exemplaridade da coreografia de Jean Coralli e Jules Perrot asseguraram a permanên-cia do bailado no reportório das principais companhias de dança ao longo de mais de século e meio, no que é acompanhado por francamente poucos dos muitos bai-lados criados na mesma era.O bailado foi estreado a 28 de junho de 1841 na Salle Le Pelletier, em Paris, tendo como protagonistas a famosa Carlotta Grisi e Lucien Petipa, irmão de Marius Petipa, e, ainda, Adèle Dumilâtre, no papel de Myrtha, com cená-rios de Pierre Ciceri e figurinos de Paul Lormier. Aqueles dois bailarinos dançaram sempre os dois papéis princi-pais até 1849. O bailado permaneceu no reportório da Ópera de Paris até 1868. Marius Petipa fez uma nova versão em 1884, com retoques em 1903, e foi essa que foi apresentada em 1910, em Paris, pelos Ballets Russes de Sergei Diaghilev, com Nijinsky e Karsavina nos pro-tagonistas e cenários e figurinos de Alexandre Benois.

GISELLEOU A APOTEOSE DOBAILADO ROMÂNTICO¯¯¯ Fernando António Baptista Pereira,

¯¯¯ junho 2014

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Após a sua estreia, coroada de êxito, Giselle tornou-se rapidamente numa perfeita ilustração da quinta-essên-cia do bailado romântico que, por sua vez, desenvolvera, nas décadas anteriores, uma nova técnica da dança em pontas, que então dava os seus primeiros passos, proje-tando uma nova imagem da ballerina, etérea, floral e flu-tuante, figura que passaria a dominar a cena da dança, em contraste com o que acontecera no período anterior. Esse novo papel concedido à mulher, sublinhado pelo famoso tutu romântico, feito de sucessivas camadas de tule que acentuam a dimensão de leveza e o carácter de sobrenatural em que muitas das cenas se desen-rolam, alarga-se igualmente ao corpo de baile, que, envergando tutus idênticos, amplia e faz ecoar essa nova imagem de mulher, que pode ser bela e amorosa mas também cruel e vingativa, tópicos que se tornam, assim, o fulcro de todos os argumentos e o verdadeiro centro da dança. Mas foi sobretudo o desabrochar de um novo continente temático, assente em mitologias nórdicas, célticas ou germânicas, que substituíram o favor quase exclusivo até então concedido à mitologia clássica greco-latina, que estabeleceu a diferença do novo bailado romântico face ao tipo de dança que o antecedera. Nesse renova-do fundo mitológico, quase sempre situado numa Idade Média revisitada, abundam as fadas e os espíritos do ar (silfos e sílfides), os espectros, os cemitérios e os bosques misteriosos, ou seja, um universo em que a História, o Quotidiano e o Sobrenatural se entrelaçam para dar a conhecer a verdade sobre as Paixões Huma-nas que a era romântica proclama.Ao pôr fim à sociedade do Antigo Regime, desigual e baseada no privilégio, a sociedade burguesa romântica, ao mesmo tempo que instalou as bases de um estado de direito, que ainda está longe de abranger toda a Hu-manidade, criou novas utopias da igualdade entre os homens, tendo como pontos de partida o amor incondi-cional e a Paixão que o alimenta, almejando ultrapas-sar as mais diversas barreiras.

Giselle não foge à regra e ilustra a quase (im)possibili-dade do amor interclassista, uma vez que a união dos dois amantes apenas se torna possível numa dimensão sobrenatural, que finalmente se revela algo mais igua-litária e até justiceira do que o mundo em que vivemos. Para terminar, acompanhemos, no desenrolar cénico do argumento, as vicissitudes do par amoroso e o modo como encenam as aproximações, os afastamentos e as reconciliações de dois seres que partem de mundos muito diferentes e neles permanecem também no fim. Logo no 1º Ato, ao abrir-se a cena, surpreendemos um dia de outono na Renânia, durante a Idade Média, em tempo de vindimas. O duque Albrecht da Silésia, um jo-vem nobre, participa numa caçada antes do casamento com a princesa Bathilde e, ao observar uma jovem tími-da e bonita da aldeia, Giselle, disfarça-se de camponês para a poder cortejar, desconhecendo ela a verdadeira identidade do príncipe.Contudo, Hilarion, um guarda-caça que também está apaixonado por Giselle mas não é correspondido, ten-ta convencê-la de que não pode confiar em Albrecht, mas a jovem ignora as suas advertências. A própria mãe de Giselle, Berthe, aludindo ao coração fraco da filha e à sua saúde delicada, no que é uma premonição do que poderá acontecer, tenta desencorajar, em vão, uma relação entre Giselle e Albrecht, lembrando que muitas jovens morreram depois de dançarem na noite de núpcias e se tornaram Wilis, fantasmas brancos que assombram a floresta nas noites de luar.Entretanto, o grupo de nobres que participa na caçada chega à aldeia, o que faz Albrecht correr para longe, para não ser reconhecido pela sua prometida noiva Bathilde. Os aldeões acolhem os nobres em festa e executam várias danças. Bathilde fica encantada com a natureza de Giselle e oferece-lhe um colar de presente. Hilarion, porém, interrompe a festa. Na altercação que antes travara com Albrecht, este denunciara-se num gesto de puxar a espada (sinal da sua condição social), o que leva o guarda-caça a descobri-la e a denunciar o

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embuste do príncipe. Todos estão chocados com a re-velação, mas Giselle fica inconsolável quando descobre o engano em que assentara o seu amor. Consciente da barreira social intransponível entre os dois, Giselle en-tra num rodopio de loucura e dor, que é, sem dúvida, um dos mais sublimes momentos da História da Dança e que tem um brilhante paralelo na cena de loucura do 3º Ato da quase contemporânea ópera Lucia de Lammer-moor (1835). No termo dessa dança, Giselle cai morta nos braços de Albrecht.No 2º Ato encontramos o oposto da atmosfera de ale-gre quotidiano campestre do 1º Ato: uma clareira na densa floresta ao luar, junto à sepultura de Giselle. Define-se, assim, o Ato Branco, em que a protagonista e o corpo de baile se apresentam como seres sobrena-turais, vestidas com o famoso tutu romântico. Hilarion é o primeiro a chegar para lamentar a morte da amada junto ao túmulo, mas é afugentado pela chegada das Wilis, os cruéis espíritos de mulheres rejeitadas pelos seus amantes junto ao altar. Lideradas pela sua rainha implacável, Myrtha, assombram a floresta durante a noite para se vingarem de qualquer homem que encon-trem, forçando as suas vítimas a dançar até morrerem de exaustão.Myrtha e as Wilis fazem sair o espírito de Giselle do seu túmulo para a integrarem no seu clã, antes de de-saparecerem na floresta. Albrecht chega para colocar lírios no túmulo de Giselle e chora amargamente cul-pando-se da sua morte. O espírito de Giselle aparece e Albrecht implora o seu perdão. Giselle, com todo o seu amor, perdoa-o e desaparece para se juntar ao resto das Wilis. Albrecht tenta desesperadamente segui-la.Enquanto isso, as Wilis rodearam Hilarion, o amante não correspondido do mesmo estatuto social de Gisel-le que denunciara o príncipe Albrecht. Usando os seus poderes mágicos para o forçarem a dançar, as Wilis afogam-no, quase morto, num lago próximo. Viram-se então para Albrecht, sentenciando-o à morte. Ele pede clemência a Myrtha, mas ela recusa friamente, assim

como os apelos de Giselle. Albrecht será, assim, for-çado a dançar até ao amanhecer. Contudo, o poder do amor incondicional de Giselle rompe os poderes malé-ficos das Wilis e poupa a vida de Albrecht. Os outros espíritos retornam para as suas sepulturas de madru-gada. Depois de se despedir de Albrecht, Giselle, que rompeu os sentimentos de ódio e vingança que contro-lavam as Wilis e é, portanto, libertada desses poderes, retorna à sua sepultura para descansar em paz. —

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Nasceu em Paris a 24 de julho de 1803. Estudou no Conserva-

tório de Paris, órgão e harmónio, com Benoist e mais tarde com

Boïeldieu. Um amigo de seu pai, Ferdinand Hérold, compositor

do bailado La Fille Mal Gardée, encorajou-o a compor, especial-

mente para o teatro. Aos 22 anos, Adam ajudou Boïeldieu na

orquestração da sua ópera La Dame Blanche e transcreveu-a

para piano o que lhe permitiu vendê-la mais facilmente. Com

o lucro deste negócio, Adam viajou pela Europa onde conhe-

ceu Eugéne Scribe, com quem viria a trabalhar em inúmeras

óperas nos 30 anos que se seguiram. A sua primeira ópera em

3 atos, Danilowa, obteve sucesso no ano de estreia, mas os

últimos espetáculos foram cancelados por causa da Revolução

de Julho. Nesse mesmo ano Adam escreveu, em colaboração

com Casmir Gide, o seu primeiro bailado Chatte Blanche. Fausto

foi a sua primeira composição a solo para bailado, em 1833,

para o coreógrafo André Deshayes, em Londres. Em 1836 cria

para a bailarina Marie Taglioni, e para a Ópera de Paris, La Fille

du Danube. A encomenda do bailado Giselle, pelo professor e

coreógrafo francês Jules Perrot foi o trabalho que mais fama lhe

trouxe. Esta obra tinha como característica notável a introdução

de leitmotifs, motivos musicais associados a diferentes perso-

nagens do bailado, que permitiam assim a sua identificação

no decorrer da ação. Foi após o sucesso de Giselle que Adam

começou a ter problemas com o novo diretor da Ópera de Paris,

o que o levou a demitir-se e a abrir o seu próprio teatro, e em

1847, o Théâtre National em Paris, criado para formar jovens

talentos. Devido à Revolução, este projeto só funcionou durante

um ano, deixando Adam com dívidas enormes e obrigando-o

a retomar a profissão de jornalista, para conseguir ganhar

algum dinheiro. Em 1849 Adam aceita o cargo de professor de

Composição no Conservatório, mantendo-o até ao fim da vida.

Continua a compor, sendo de destaque o bailado O Corsário,

que estreou em 1856. Adolphe Adam faleceu em Paris, a 3 de

maio de 1856, tendo escrito 40 óperas, 14 bailados e um grande

número de operetas e vaudevilles. —

ADOLPHE ADAMMÚSICA—

GEORGES GARCIACOREOGRAFIA—

Natural de Cuba, formou-se sob a orientação de Fernando e

Alicia Alonso, no Ballet Nacional de Cuba. A diversidade do

repertório da companhia de Havana e o contacto com mestres

russos são a base do seu trabalho na área do bailado clássico,

designadamente na preparação pedagógica na linha das esco-

las do Bolchoi e do Kirov. Estudou arte dramática e técnica de

cena. Em 1964 coreografou Majísimo, o seu primeiro bailado

para o Ballet Nacional de Cuba, que se mantém em repertório

nesta e noutras companhias. No ano seguinte criou Amazónia

(Reingold Gliere). Radicado na Europa desde 1966, fez parte do

elenco do Ballet Nacional de Marselha e foi primeiro bailarino

da Ópera de Lyon. Trabalhou, sucessivamente, como bailarino

principal, mestre de bailado e coreógrafo no Ballet de Való-

nia, no qual, para além da Noite de Walpurgias, coreografou

Sinfonia 39 (Mozart) e Tanagras e remontou Les Sylphides e

A Bela Adormecida. Como mestre de bailado e coreógrafo

colaborou com o Ballet Gulbenkian, para o qual coreografou

Três Movimentos, Duo e Variações e Giselle, 1973. Posterior-

mente, remontou Giselle para o Ballet do Teatro Municipal do

Rio de Janeiro, o Ballet de Marselha, sob a direcção de Roland

Petit, e em 1987 para a Companhia Nacional de Bailado, para

a qual criou também a sua versão de La Fille Mal Gardée em

1995. Em 1976 foi convidado pela Fundação de Teatros do Rio

de Janeiro a reorganizar e dirigir o Ballet do Teatro Municipal.

Em 1979 foi mestre de bailado do Ballet Teatro Francês de

Nancy e do Ballet Nacional de Marselha e, posteriormente,

professor e coreógrafo convidado do Ballet Real do Winni-

peg, Balletto do Teatro Alla Scala, Balletto del Teatro di San

Carlo, Ballet Gulbenkian, Companhia Nacional de Bailado e

do Boston Ballet, onde permaneceu duas temporadas. Entre

1991 e 2010 foi professor e coordenador da área de técnica de

dança clássica na Escola de Dança do Conservatório Nacional.

Colabora regularmente com a Companhia Nacional de Baila-

do, o Ballet da Ópera de Lyon e os Ballets de Monte-Carlo. —

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Nasceu em Lisboa. Diretora técnica da CNB desde 2004, estu-

dou Iluminação em Portugal, Espanha e nos EUA. Foi convidada

a lecionar Iluminação a técnicos, coreógrafos e bailarinos em

Portugal, Inglaterra e Finlândia. Desempenhou funções de di-

retora técnica, programadora, operadora, colaboradora técnica

e desenhadora de luz de espetáculos no Royal Festival Hall,

Londres em 1998 e Encontros Coreográficos de Bagnolet, em

1994, festivais de teatro e dança, como Miradas Atlânticas, Ex-

posição ARCO Madrid, Navegar é Preciso em São Paulo e ainda

concertos de Björk e Madonna, apresentados por toda a Europa,

Estados Unidos da América e Austrália. Das criações de luz para

dança e teatro distinguem-se: O Cansaço dos Santos, de Clara

Andermatt; O Sorriso da Gioconda, Leonardo, Puro-Sangue/

Mulheres e Realidade Real, de Lúcia Sigalho; Encaramelado,

de Aldara Bizarro; Um golpe de sorte numa mera crise não é

suficiente, Babilónia, de Teresa Prima/João Galante; Espiões

Agentes Duplos e outros carácteres suspeitos, de João Galante,

Carlota Lagido e Filipa Francisco; Ever Wanting, de Paula Castro;

Terra Plana e Minimally Invasive, de Paulo Henrique; Primeiro

nome, Le (baseado no desenho original de Miran Sustersic), D.

São Sebastião, Gust, More e À Força, de Francisco Camacho; e

em co-criação, Apetite, Pop Corn, de António Feio; Conversas da

treta, de António Feio e José Pedro Gomes; Ao Vivo e Comédia

Off, de Paulo Ribeiro; Jump-up-and-Kiss-me, Confidencial, O

Amor ao canto do bar vestido de negro, Nortada, 7 Silêncios de

Salomé e A Cidade de Olga Roriz. Para além dos já citados, des-

de 1988 até hoje, destacam-se ainda colaborações com coreó-

grafos e encenadores como Vera Mantero, José Laginha, João

Fiadeiro, Sílvia Real, Sofia Neuparth, Rui Nunes, Amélia Bentes,

Madalena Vitorino, Fiona Wright, Howard Sonenklar, Jessica

Levy, Joana Providência, João Fiadeiro, Margarida Bettencourt,

Nigel Chernock ou Miguel Pereira. Para a CNB desenhou as lu-

zes de Pedro e Inês, Noite de Ronda e Orfeu e Eurídice de Olga

Roriz, Giselle, de Georges Garcia, Requiem de Rui Lopes Graça,

Lento para Quarteto de Cordas, de Vasco Wellenkamp, Romeu

e Julieta, de John Cranko e Cinderela, de Michael Corder. —

CRISTINA PIEDADEDESENHO DE LUZ—

FERRUCCIO VILLAGROSSICENÁRIOS—

Criador de cenários e figurinos para espetáculos de ópera

e teatro declamado, destaca-se ainda como um espetacu-

lar desenhador e decorador de interiores. Italiano, nasceu

em Milão, a 14 de maio de 1937, onde fez os seus estudos

no Liceu Artístico Beato Angélico e na Academia Cimabue.

Colabora como assistente do professor Atillio Colonnello.

Estreou-se na ópera Il Trovatore, no Teatro Social de Como.

Como autor de maquetas teatrais, estreou-se no Teatro

Nuovo, em Milão, em 1970, neste mesmo ano foi-lhe atri-

buído o prémio Noce D’Oro, na cidade de Lecco. Poucas

são as cidades de Itália onde não tenha apresentado os

seus magníficos trabalhos de cenarista, destacando-se:

Génova, Parma, Roma e Arena de Verona. A sua fama es-

tende-se até Espanha, Barcelona e Estados Unidos da Amé-

rica. Em Portugal, em 1977, monta a ópera D. Carlo, à qual

se seguiram colaborações assíduas nas temporadas do Teatro

Nacional de São Carlos, recebendo do público e dos críticos

os maiores elogios. —

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Barbora Hruskovae Artistas CNB

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FOTO

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ALC

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A direção artística da Orquestra de Câmara Portuguesa (OCP)

é assegurada por Pedro Carneiro, que lidera a mais recente

e virtuosa geração de instrumentistas. O CCB acolheu a OCP,

primeiro como orquestra associada e, desde 2008, como or-

questra em residência, desafiando-a para o concerto inaugural

das temporadas 2007/08 e 2010/11 e com presença anual nos

Dias da Música de Belém, abrindo espaço a novos solistas e

maestros. A OCP já trabalhou com os compositores Emmanuel

Nunes e Sofia Gubaidulina e tocou com solistas internacionais

como Jorge Moyano, Cristina Ortiz, Sergio Tiempo, Gary Hof-

fman, Filipe-Pinto Ribeiro, Carlos Alves, Heinrich Schiff e An-

tónio Rosado, entre outros. A internacionalização deu-se em

2010 no City Festival of London, com 4 estrelas no The Times.

A OCP tem como visão tornar-se numa das melhores orquestras

do mundo, afirmando-se como um projeto com credibilidade e

pertinência social e cultural, que nasce de uma ação genuína de

cidadania proativa, promovendo diversos projetos sociais inova-

dores: a OCPsolidária, a OCPdois e a OCPzero-Jovem Orquestra

Portuguesa, sendo esta o primeiro representante português na

Federação Europeia das Orquestras Nacionais Juvenis (EFNYO),

com sede em Viena. A OCP conta com a colaboração e apoio de

diversos parceiros, entre os quais a Linklaters Portugal e Reino

Unido, a DGArtes, a Fundação Calouste Gulbenkian, a everis, a

PwC e os Municípios de Lisboa e Oeiras. —

Considerado pela crítica internacional um dos mais importan-

tes percussionistas e dos mais originais músicos da atualida-

de, Pedro Carneiro toca, dirige, compõe e leciona. Em 2013

foi solista com a Los Angeles Philharmonic sob a direção de

Gustavo Dudamel, professor convidado do Zeltzman Festival,

dirigiu no Round Top Festival, no Texas, EUA e colaborou com

o realizador João Viana. Apresenta-se regularmente como

solista convidado de algumas das mais prestigiadas orques-

tras internacionais: Los Angeles Philharmonic, BBC National

Orchestra of Wales, Vienna Chamber Orchestra, sob a direção

de maestros como Gustavo Dudamel, Oliver Knussen, John

Neschling e Christian Lindberg. É cofundador, diretor artís-

tico e maestro titular da Orquestra de Câmara Portuguesa

(OCP), que dirigiu no City of London Festival. Foi bolseiro da

Fundação Gulbenkian na Guildhall School (Londres), em per-

cussão e direção de orquestra. Seguiu os cursos de direção de

Emilio Pomàrico, na Accademia Internazionale della Musica

de Milão. Recebeu vários prémios, destacando-se o Prémio

Gulbenkian Arte 2011. —

PEDRO CARNEIRODIREÇÃO MUSICAL

ORQUESTRA DE CÂMARAPORTUGUESA

— —

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DIREÇÃO ARTÍSTICA Luísa Taveira

BAILARINOS PRINCIPAIS Adeline Charpentier; Ana Lacerda; Barbora Hruskova; Filipa de Castro; Filomena Pinto; Inês Amaral; Peggy

Konik; Solange Melo; Alexandre Fernandes; Carlos Pinillos; Mário Franco; BAILARINOS SOLISTAS Fátima Brito; Isabel Galriça; Mariana

Paz; Paulina Santos; Yurina Miura; Andrea Bena; Brent Williamson; Luis d’Albergaria; Maxim Clefos; BAILARINOS CORIFEUS Andreia

Pinho; Annabel Barnes; Catarina Lourenço; Irina de Oliveira; Maria João Pinto; Marta Sobreira; Seong-Wan Moon; Armando Maciel;

Freek Damen; Miguel Ramalho; Ruben De Monte; Tom Colin; Xavier Carmo CORPO DE BAILE África Sobrino; Alexandra Rolfe; Almudena

Maldonado; Anabel Segura; Andreia Mota; Carla Pereira; Catarina Grilo; Charmaine Du Mont; Elsa Madeira; Filipa Pinhão; Florencia Siciliano;

Henriette Ventura; Inês Moura; Isabel Frederico; Júlia Roca; Margarida Pimenta; Maria Santos; Marina Figueiredo; Melissa Parsons;

Patricia Keleher; Shanti Mouget; Sílvia Santos; Susana Matos; Zoe Roberts; Christian Schwarm; Dominic Whitbrook; Dukin Seo; Filipe

Macedo; Francesco Colombo; Frederico Gameiro; João Carlos Petrucci; José Carlos Oliveira; Kilian Souc; Lourenço Ferreira; Mark Biocca;

Nuno Fernandes; Ricardo Limão; BAILARINOS ESTAGIÁRIOS Inês Ferrer; Leonor de Jesus; Tatiana Grenkova; Calum Collins; Joshua Earl;

Michael Abzalov; Tiago Coelho

MESTRES DE BAILADO Fernando Duarte (coordenador); Maria Palmeirim ENSAIADOR Rui Alexandre ADJUNTO DA DIREÇÃO

ARTÍSTICA João Costa COORDENADORA MUSICAL Ana Paula Ferreira COORDENADORA ARTÍSTICA EXECUTIVA Filipa Rola

COORDENADOR DE PROJETOS ESPECIAIS Rui Lopes Graça INSTRUTOR DE DANÇA NA PREVENÇÃO E RECUPERAÇÃO DE

LESÕES Didier Chazeu PROFESSORA DE DANÇA CONVIDADA Christine Camillo** PIANISTAS CONVIDADOS Humberto Ruaz**;

João Paulo Soares**; Jorge Silva**

OPART E.P.E.

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO Presidente José António Falcão; Vogal Adriano Jordão; Vogal João Pedro Consolado DIREÇÃO

DE ESPETÁCULOS Diretora Margarida Mendes; Carla Almeida (coordenadora); Bruno Silva (digressão e eventos); Natacha Fernandes

(assistente); ATELIER DE COSTURA Paula Marinho (coordenadora); Adelaide Pedro Paulo; Cristina Fernandes; Conceição Santos; Helena

Marques DIREÇÃO TÉCNICA Diretora Cristina Piedade; Sector de Maquinaria Alves Forte (chefe de sector); Miguel Osório; Carlos Reis*

Sector de Som e Audiovisuais Bruno Gonçalves (chefe de sector); Paulo Fernandes Sector de Luz Vítor José (chefe de sector); Pedro

Mendes Sector de Palco Ricardo Alegria; Frederico Godinho; Marco Jardim DIREÇÃO DE CENA Diretor Henrique Andrade; Vanda França

(assistente / contrarregra) Conservação do Guarda Roupa Carla Cruz (coordenadora) DEPARTAMENTO DE COMUNICAÇÃO Cristina de

Jesus (coordenadora); Pedro Mascarenhas Canais Internet José Luís Costa Vídeo e Arquivo Digital Marco Arantes Design João Campos**

Bilheteira Ana Rita Ferreira; Luísa Lourenço; Rita Martins ENSAIOS GERAIS SOLIDÁRIOS Luis Moreira*** (coordenador) PROJETOS

ESPECIAIS Fátima Ramos*** DIREÇÃO FINANCEIRA E ADMINISTRATIVA OPART Diretora Sónia Teixeira; António Pinheiro; Edna

Narciso; Fátima Ramos; Marco Prezado (TOC); Susana Santos Limpeza e Economato Lurdes Mesquita; Maria Conceição Pereira; Maria de

Lurdes Moura; Maria do Céu Cardoso; Maria Isabel Sousa; Maria Teresa Gonçalves DIREÇÃO DE RECURSOS HUMANOS OPART Sofia

Teopisto; Vânia Guerreiro; Zulmira Mendes GABINETE DE GESTÃO DO PATRIMÓNIO Nuno Cassiano (coordenador); António Silva; Armando

Cardoso; Artur Ramos; Carlos Pires; Daniel Lima; João Alegria; Manuel Carvalho; Mário Marques; Miguel Vilhena; Rui Rodrigues e Sandra

Correia GABINETE JURÍDICO OPART Fernanda Rodrigues (coordenadora); Anabela Tavares; Inês Amaral; Juliana Mimoso** Secretária do

Conselho de Administração Regina Sutre OSTEOPATA Vasco Lopes da Silva** SERVIÇOS DE FISIOTERAPIA Fisiogaspar** SERVIÇOS

DE INFORMÁTICA Infocut

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Filipa de Castro,Carlos Pinillose Artistas CNB

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BILHETEIRAS E RESERVASTeatro CamõesQuarta a domingodas 13h às 18h (01 nov – 30 abr)

das 14h às 19h (01 mai – 31 out)

Dias de espetáculo até meia-hora apóso início do espetáculo.Telef. 218 923 477

Teatro Nacional de São CarlosSegunda a sexta das 13h às 19hTelef. 213 253 045/6

Ticketlinewww.ticketline.ptTelef. 707 234 234

Lojas Abreu, Fnac, Worten,El Corte Inglés, C.C. Dolce Vita

CONTACTOSTeatro CamõesPasseio do Neptuno, Parque das Nações,1990 - 193 LisboaTelef. 218 923 470

INFORMAÇÕES AO PÚBLICONão é permitida a entrada na sala enquanto o espetáculo está a decorrer (dec. lei nº315/95 de 28 de Novembro); É expressamente proibido fi lmar, fotografar ou gravar durante os espetáculos; É proibido fumar e comer/beber dentro da sala de espetáculos; Não se esqueça de, antes de entrar no auditório, desligar o seu telemóvel; Os menores de 6 anos não poderão assistir ao espetáculo nos termos do dec. lei nº23/2014 de 14 de abril; O programa pode ser alterado por motivos imprevistos.Espetáculo M/6

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CAPA

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ÁUDI

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CONFERÊNCIAS / CONVERSASTEATRO CAMÕES

STURM UND DRANG11 OUTUBRO – 18HDelfi m Sardo, Rui Vieira Nery, Cristiana Vasconcelos Rodrigues,e os criadores de Tempestades:Rui Lopes Graça e Pedro Carneiro

MODERNISMO EM PORTUGAL01 NOVEMBRO – 18HRaquel Henriques da Silva, Carlos Vargas e os criadores de Lídia: Paulo Ribeiro e Luís Tinoco

O QUEBRA-NOZESE A TRADIÇÃO29 NOVEMBRO – 18HMaria José Fazenda e os criadores de Quebra Nozes Quebra Nozes: André e. Teodósio e Fernando Duarte

PRÓXIMOSESPETÁCULOS

RUI LOPES GRAÇAPEDRO CARNEIRO

TEATRO CAMÕES17 OUT—26 OUT

TEMPESTADES

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