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    INTRODUO

    Os remdios homeopticos, fitoterpicos, a acupunctura, a auriculopunctura, e outrasterapias em geral, tentam equilibrar a energia vital prpria do ser humano, ocumprimento das leis da vida saudvel, permite a maioria das vezes conservar a

    sade e recuperar em caso de doena. Estas leis, que so regras de higienecaractersticas da nossa espcie, so poucas e fceis de seguir. Dirigem-seessencialmente alimentao, respirao, ao exerccio fsico e ao equilbrio cido-base.

    A alimentao

    A anatomia comparada e a observao clnica mostram que o homem claramenteomnvoro. A sua dentadura idntica dos macacos, que se alimentamespecialmente de frutos, larvas de insectos e de ovos de pequenos pssaros. O tubodigestivo pela sua estrutura e desenvolvimento, intermdio entre o dos carnvoros

    e o dos herbvoros. Se verdade que o homem pode viver sem consumir carne, no menos verdade que os vegetarianos podem ter uma tonicidade enfraquecida,podem fazer alcalose e acabarem por se tornar disppticos, com o estmago dilatadodevido grande quantidade de alimentos que devem ingerir, onde se conclui que ovegetarianismo estrito no deve ser aplicado, excepto em alguns casos patolgicosou por alternncia.

    A respirao

    Os fenmenos mecnicos e fsico-qumicos respiratrios tm uma grandeimportncia, no somente porque asseguram a oxigenao dos tecidos, mas tambm

    porque regularizam a actividade cardaca e estimulam os rgos de digesto; porisso, o homem deve tentar aumentar a sua capacidade torcica e respirar um ar topuro quanto possvel, isto , praticando regularmente exerccios de respiraoprofunda e evitar o ar poludo das grandes cidades.

    O exerccio fsico

    O exerccio fsico bem realizado e perfeitamente doseado um dos melhores meiosque o homem dispe para assegurar o equilbrio vital. Estimula a nutrio, purifica osangue, regulariza a funo respiratria, digestiva e excretora, assegura odesenvolvimento muscular e tonifica o sistema nervoso.

    No entanto, em caso algum, dever ser competitivo e exagerado, uma vez que essesexcessos provocam uma sobrecarga e conduzem, inevitavelmente degradao doorganismo e reduo do tempo de vida. Muitos atletas so to frgeis como osdoentes e a maior parte dos grandes desportistas morrem muito cedo.O exerccio fsico dever consistir essencialmente em jogos para as crianas e para osadultos, movimentos de ginstica e certos desportos como a marcha, o ciclismo e anatao.

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    O equilbrio cido-base do sangue

    O pH sanguneo e urinrio

    O sangue humano tem um pH igual a 7,35 e a fisiologia diz-nos que uma alteraosignificativa deste valor incompatvel com a vida. Se o pH for inferior a 7, o

    indivduo entra em coma; se ultrapassa 8 registam-se crises convulsivas. O regimealimentar base de carne tende a acidificar, e inversamente uma alimentaovegetal acarreta sais orgnicos alcalinos (malatos, tartratos ou citratos de potssioou sdio) cujo cido oxidado e eliminado sob a forma de cido carbnico pelospulmes, desde que a base fique no sangue.O cido clordrico gstrico forma-se a partir do cloreto de sdio sanguneo:imediatamente aps a refeio produz-se no estmago uma secreo cida; emcontrapartida, o sangue apresenta uma acentuada reaco alcalina. O trabalhomuscular, produz cido carbnico e tambm cido lctico que pode passar aosangue.

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    Os dez seguimentos do Naturlogo/Naturopata/Homeopata Clssico

    1. A sade o estado de normalidade funcional do corpo humano, em todas as suasfunes e nos nveis fsico, mental e psquico. A misso do Naturlogo/Naturopata ajudar a conservar e recuperar esta normalidade funcional.

    2. A sade deteriora-se e perde-se pela transgresso das leis da natureza. ONaturlogo/Naturopata conhecer, praticar e divulgar as leis.

    3. A natureza cura. O Naturlogo/Naturopata s ajuda a encontrar os caminhos quefacilitam natureza o restabelecimento da normalidade funcional do organismo.

    4. O corpo humano a mais perfeita criao de Deus. Por tal motivo merece o maiorrespeito, e o Naturlogo/Naturopata dever conhec-lo perfeitamente e fugir derealizar em toda a classe de ensaios, abusos ou mutilaes.

    5. No h doenas mas sim pessoas doentes. O Naturlogo/Naturopata no luta

    contra as doenas, mas ajuda o doente a encontrar o seu caminho para arecuperao da normalidade funcional.

    6. Que o alimento seja a tua medicina e a medicina seja o teu alimento. ONaturlogo/Naturopata deve conhecer as indicaes e propriedades de todos osalimentos que a natureza oferece e estabelecer as plantas individualizadas para cadacaso particular.

    7. A recuperao da normalidade funcional do corpo humano, requer a eliminao domesmo de todas as substncias que so txicas e repelir as que actuam produzindofebre e dor. O Naturlogo/Naturopata aplicar com prudncia e conhecimento de

    causa os diferentes procedimentos que a natureza lhe oferece.

    8. Existe no corpo humano uma fora vital que tende recuperao da sade. indispensvel desejar que esta fora vital possa actuar sem entraves evitando oserros que possam constrang-la ou paralis-la.

    9. Leva uma vida s e natural e no perders o dom precioso de sade. ONaturlogo/Naturopata com a sua vida e conduta dever dar o exemplo com o seuprprio corpo dos seus ideais e dos seus ensinamentos.

    10. A febre, a dor, a inadaptao e a abulia, so sintomas de que existe alguma

    irregularidade funcional. Melhor que aliviar ou combater o sintoma, oNaturlogo/Naturopata deve investigar os erros e transgresses que se cometem epropor a correco dos mesmos e o regresso vida s e natural.

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    Guia de plantas teraputicas de A a Z

    NOME COMUM: Abeto branco.NOME BOTNICO: Abies alba Miller.FAMLIA: Pinceas.GEOGRAFIA: Regies montanhosas da Europa Central e Meridional. Na Amrica

    existem espcies similares.PARTES EMPREGADAS: As gemas e a resina (terebintina).COMPOSIO QUMICA: Toda a planta contm tanino, leo essencial, terebintina eprovitamina A.PROPRIEDADES: Balsmica, anti-sptica e expectorante (indicada nas afeces dasvias respiratrias: sinusite, traquete, bronquite, pneumonia e asma), facilita aexpulso das mucosas e regenera a mucosa que reveste as vias respiratrias.Revulsiva (atrai o sangue para a pele e descongestiona os rgos e os tecidosinternos anti-reumtica e vulnerria (sara as feridas e as contuses). Alivia asdores reumticas, a citica, o lumbago e o torcicolo. Desinflama as articulaes quetenham sofrido um entorse, assim como as contuses e dores musculares em geral.

    Limpa as feridas infectadas e as lceras da pele.Ingerida por via oral, a terebintina do abeto, ou a sua essncia actuam de formaigualmente benfica sobre os rgos respiratrios. Alm disso diurtica, anti-sptica urinria, e usa-se como preventivo da formao de clculos e areias nas viasurinrias.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: infuso de 30 a 40 g de gemas por litro degua, de que se ingerem 3 a 4 chvenas (xcaras) dirias. As gemas do abeto sopegajosas por conterem muita terebintina, especialmente durante a Primavera.Terebintina ou a sua essncia, 3 a 5 gotas, trs vezes ao dia.Uso externo: Terebintina ou a sua essncia: aplica-se em forma de banhos (degrande alvio para reumticos e asmticos), frices, banhos de vapor ou inalaes.

    ATENO: A inalao ou ingesto de terebintina em doses excessivas, ou da suaessncia, pode produzir irritao do sistema nervoso central, especialmente nascrianas.OUTROS ABETOS: Abies balsamea Miller = Abies canadensis (abeto do Canad que criado na Amrica do Norte).

    NOME COMUM: Abacate.NOME BOTNICO: Persea gratissima L.FAMLIA: Laurneas.GEOGRAFIA: Prsia e Amrica Meridional. Cultivado no Brasil. Tambm existe,aclimatado em Portugal, na ilha da madeira e em vrias regies de frica.

    COMPOSIO QUMICA: Possu vitamina A, B e C, taninos, numerosos sais eaucares.PROPRIEDADES: Diurticas, colagogas (para a vescula), estimulante heptico,antidiarreico.MANEIRA DE PREPARAR: 30 gramas por litro de gua. Infuso, depois de ligeirafervura, 30 a 60 minutos. Coar. Para tomar no intervalo das refeies e em jejum(trs vezes ao dia). Tambm usado em forma de extracto fludo e em tintura.

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    NOME COMUM: Abelmosco, Hibisco de flor vermelha.NOME BOTNICO: Hibiscus abelmoschus L.FAMLIA: Malvceas.GEOGRAFIA: Originrio da ndia, encontra-se com bastante frequncia nas regiestropicais da Amrica Central. Cultiva-se nas Antilhas e na Guiana.PARTES EMPREGADAS: As sementes.

    COMPOSIO QUMICA: As sementes contm um leo essencial.PROPRIEDADES: Efeito antiespasmdico, ou seja, capaz de relaxar os msculos dasvsceras ocas espasmadas. Emprega-se com xito para acalmar as clicas intestinais,biliares ou renais, assim como os espasmos uterinos que acompanham amenstruao dolorosa (dismenorreia). Tambm tem um efeito sedativo sobre osistema nervoso.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: infuso de 50 g de sementes por litro degua. Tomar 2 ou e chvenas (xcaras) dirias.HISTRIA: As sementes so muito apreciadas pelos perfumistas hindus e rabes,que as utilizam, alm disso, como afrodisaco. Pela aco do calor ou da frico,soltam um intenso aroma a almscar a mbar. Em alguns lugares da Amrica Central,

    juntam-nas ao caf, para que este fique mais aromtico.

    NOME COMUM: Abbora.NOME BOTNICO: Curcubita pepo L.FAMLIA: Cucurbitceas.GEOGRAFIA: Amrica central.COMPOSIO QUMICA: As sementes contm mucilagem, aleurona, leo fixo, umprincpio activo, a peporresina, que se encontra na pelcula verde que envolve asemente. Vitaminas A, B e C.PROPRIEDADES: Muito til nas doenas de estmago e intestinos. Tempropriedades laxativas e emolientes, e tambm usada em forma de cataplasma nas

    queimaduras. As sementes te aco eficaz tenfuga, para expulsar a tnia.MANEIRA DE PREPARAR: 120 gramas (no tirar a pelcula verde que envolve apevide); acar, 40 gramas. Pisar tudo num almofariz, de forma que fique reduzido auma pasta. Pode juntar algum caf ou cacau. Cinco horas depois da ingesto doremdio, tomar um purgante. Para crianas somente a metade das dosesreferenciadas.

    NOME COMUM: Abrtano fmea.NOME BOTNICO: Santolina chamaecyparissus L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Faz parte da flora portuguesa e encontra-se especialmente nos lugares

    pedregosos e argilosos, sendo espontnea desde as proximidades do mar at aointerior, verificando-se a sua existncia mesmo em altitudes de 2000 metros.COMPOSIO QUMICA: rico em essncia. Contm cetona, santolinona, lcool,em parte livre, em parte em forma de ster, cido actico.PROPRIEDADES: Tnicas e estimulantes, antiespasmdicas e digestivas, febrfugas,vermfugas. Anti-sptico e estimulante externo de lceras.MANEIRA DE PREPARAR: 10 a 20 gramas por litro de gua, em forma de infuso,a tomar como tnico, estimulante e antiespasmdico. Como febrfuga, os antigoservanrios misturavam esta planta ao fel-da-terra (Centaurea maior) e casca dosalgueiro (Salix Alba).Tambm empregada como vermfuga, em forma de p. Das folhas, 3 a 4 gramas

    em leite quente, para tomar em jejum.

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    NOME COMUM: Abrtano macho, erva-lombrigueira.NOME BOTNICO: Artemsia variabilis L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Europa meridional.PARTES EMPREGADAS: As folhas e sumidades floridas.PROPRIEDADES: Tnico e vermfugo. Estimulante e febrfugo, anti-helmntico (para

    expulsar os vermes intestinais).MANEIRA DE PREPARAR: 15 gramas da planta seca (ou 20 gramas da plantaverde) para 1 litro de gua. Infuso: 30 minutos. Coar. Para tomar duas a trschvenas (xcaras) por dia.Dentro dos armrios esta planta afasta os insectos das roupas.

    NOME COMUM: Arruda.NOME BOTNICO: Ruta graveolens L.FAMLIA: Rutceas.GEOGRAFIA: Originria dos pases mediterrneos e da sia Menor, onde prefere osterrenos secos e pedregosos. Cultivou-se noutras regies temperadas da Europa, e

    tambm na Amrica.PARTES EMPREGADAS: As sumidades floridas.COMPOSIO QUMICA: Essncia rica em metilnonilcetona; rutina ou rutsido(vitamina P).PROPRIEDADES: Antiespasmdicas e anti-spticas: a essncia da arruda administrada para acalmar as clicas abdominais.Anti-hemorrgica: aumenta a resistncia dos vasos capilares e pode deter algumashemorragias internas.Anti-reumtica: externamente revulsiva e usa-se em compressas para acalmar asdores reumticas.Afeces dermatolgicas: pela sua aco revulsiva torna-se til em certas doenas da

    pele: sarna, psorase, eczemas, etc.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: infuso com 2-5 g de plantas por litro degua, de que se ingerem duas chvenas (xcaras) por dia. Para os transtornosmenstruais, toma-se unicamente na semana que precede a menstruao.Essncia: recomenda-se ingerir 2-3 gotas diariamente.Uso externo: compressas empapadas numa infuso concentrada (10-20 g por litro degua), que se aplicam sobre a pele da zona afectada.ATENO: Em doses elevadas abortiva e txica, pelo que contra-indicadadurante a gravidez. O contacto da planta com a pele pode provocar reacesalrgicas.

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    NOME COMUM: Abrunheiro bravo.NOME BOTNICO: Prunus spinosa L.FAMLIA: Rosceas.GEOGRAFIA: Encontra-se vulgarmente nas encostas exposta ao sol e nas bermasdos caminhos das regies montanhosas de toda a Europa. Naturalizada no continenteamericano.

    PARTES EMPREGADAS: As flores e os frutos (abrunhos).COMPOSIO QUMICA: Contm amigdalina (gicsido cianogentico), derivadosda cumarina e flavonoglicsidos.Os frutos (abrunhos) contm tanino, flavonides, cido mlico, pectina, goma evitamina C.PROPRIEDADES: Laxantes, diurticas e depurativas; o seu efeito laxante suave,mas eficaz, e faz-se acompanhar de uma aco antiespasmdica (relaxante) damusculatura que cobre o intestino grosso. Indicadas na priso de ventre espsticaque se produz no chamado clon irritvel.Os frutos tm propriedades adstringentes, pelo que se tornam mais teis em casosde diarreia vulgar e de desarranjo intestinal. So euppticos (estimulam os processos

    digestivos), aperitivos e tonificantes do organismo em geral.O lquido resultante da decoco dos abrunhos utiliza-se para fazer parar asepistaxes (hemorragias nasais), aplicadas com um tampo nasal embebido nomesmo. Serve ainda para fazer gargarejos nos casos de gengivite e faringite.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: infuso: prepara-se com 60 g de flores porlitro de gua. Toma-se uma chvena (xcara) por dia de manh.Frutos: podem comer-se frescos ou ento fervidos em gua (s dois minutos), paralhes tirar o gosto spero.Xarope: prepara-se com meio quilo de frutos, meio quilo de acar e um copo degua. Ferve-se esta mistura durante 15 minutos. O xarope resultante, de corvermelha, e sabor agradvel, filtra-se com um filtro de caf (de papel) e tomam-se

    vrias colheres de sopa por dia. Usado para combater as diarreias e para abrir oapetite.Decoco: pem-se a ferver 100 g de frutos num litro de gua, durante 10 minutos,em lume brando. Filtrar o lquido resultante e tomar algumas colheres de sopadurante o dia.Uso externo: tampes nasais com gaze ou algodo empapados na mesma decocoque se recomenda para uso interno.Bochechos e gargarejos: com a mesma decoco.ATENO: As amndoas que esto dentro dos caroos dos abrunhos, como as demuitos frutos da famlia das rosceas, libertam cido ciandrico, que um poderosotxico, pelo que no se devem comer nem mastigar.

    A casca dos ramos e da raiz contm cido prssico, que tambm txico.

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    NOME COMUM: Adnis de Itlia.NOME BOTNICO: Adonis vernalis L.FAMLIA: Ranunculceas.GEOGRAFIA: Europa central e meridional.PARTES EMPREGADAS: As sumidades floridas.COMPOSIO QUMICA: todas as partes da planta contm dois tipos de glicsidos

    cardiotnicos, semelhantes aos da dedaleira o adonidsido e o adoniversdio.PROPRIEDADES: Possui propriedades cardiotnicas (aumenta a fora dascontraces cardacas), dilatadoras das artrias coronrias (combate a angina depeito), diurticas e ligeiramente sedativas.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: com 8 g de sumidades floridas em 200 mlde gua a ferver, em que se deixam at arrefecer. A dose habitual de 4 a 6colheres de sopa por dia.NOTA: empregue em homeopatia sem nenhuma contra-indicao.

    NOME COMUM: Acelga, beterraba.NOME BOTNICO: Beta vulgaris L cv. Vulgaris.

    FAMLIA: Quenopodiceas.GEOGRAFIA: Europa Central e Meridional, e Amrica do Norte, so as principaiszonas produtoras.COMPOSIO QUMICA: Provitamina A e ferro.PARTES EMPREGADAS: As folhas e os talos.PROPRIEDADES: Obesidade (reduz o apetite). Depurativa e alcalinizante dosangue. Digestiva e laxante (usada em casos de gastrite, priso de ventre ehemorridas). Anemia.MANEIRA DE PREPARAR: Folhas cozidas, tenras.

    NOME COMUM: Aafro.

    NOME BOTNICO: Crocus sativus L.FAMLIA: Irdeas.GEOGRAFIA: Originrio do Oriente e cultivado em vrios pases da Europa,particularmente no sul da Frana e em Espanha, e aclimatado em Portugal. Encontra-se nos jardins do Rio de janeiro.COMPOSIO QUMICA: Contm gua, goma, acar, matria corante(pricrococina), uma essncia base de terpeno: o safranol, sais de potssio, de cal emagnsio.PARTES EMPREGADAS: Os estigmas.PROPRIEDADES: antiespasmdico, sedante e emenagogo e digestivo.MANEIRA DE PREPARAR: empregado em infuso, na dose de 10 a 15

    centigramas para 200 ml de gua. Dose superior tem efeito abortivo perigoso. Comoa planta apresenta certa toxicidade e tem contra-indicaes (hipertenso, excitaonervosa, erectismo cardaco), deve consultar um profissional de sade da reanatural, evitar a automedicao.

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    NOME COMUM: Acerola.NOME BOTNICO: Malpighia glabra L.FAMLIA: Malpigiceas.GEOGRAFIA: A acerola originria da regio das Carabas, e acha-se espalhada portoda a Amrica Central, desde o Mxico at Venezuela.PARTES EMPREGADAS: Os frutos e as folhas.

    COMPOSIO QUMICA: Vitamina C (at 2520mg/100g), cerca de 50 vezes maisdo que no limo.PROPRIEDADES: Todo o tipo de infeces, especialmente nas de origem vrica(gripes, constipaes, etc.), e como complemento na preveno e tratamento docancro.MANEIRA DE PREPARAR: Crua, suco, doces.

    NOME COMUM: Aofeifa.NOME BOTNICO: Ziziphus jujuba Mill.FAMLIA: Ramnceas.GEOGRAFIA: Originria do Extremo Oriente, posivelmente do Norte da China, de

    onde foi trazida para os pases mediterrneos.PARTES EMPREGADAS: Os frutos.COMPOSIO QUMICA: Vitamina C (69 mg/100g). Mucilagens e cidos orgnicos.Taninos.PROPRIEDADES: Afeces brnquicas (aco emoliente e balsmica sobre asmucosas respiratrias. Facilitam a expectorao). Usado na tosse bronquite ou asma.Priso de ventre (devido s mucilagens).MANEIRA DE PREPARAR: Frescas: Os frutos colhem-se no Outono e comem-secruas, ao natural.Secas: Assim conservam-se durante vrios meses. Secam-se ao ar, como as uvas ouas tmaras. Doces: preparam-se com os frutos frescos, triturando a polpa e

    acrescentando acar mascavo. Decoco: Prepara-se com um punhado de frutospor litro de gua. Ferver at que a gua fique reduzida a metade. Tomar meio copodepois de cada refeio. No precisa levar acar.

    NOME COMUM: Aucena.NOME BOTNICO: Lilium candidum L.FAMLIA: Liliceas.GEOGRAFIA: Originria do Oriente, muito cultivada em jardins.PARTES EMPREGADAS: As flores e o bolbo.COMPOSIO QUMICA: O bolbo e as flores contm diversas substnciasaromticas.

    PROPRIEDADES: hoje pouco usada em medicina. Os antigos usavam-na (osbolbos) fervidos em leite, fazendo cataplasma, muito empregada nos furnculos,abcessos, nas queimaduras.Aplicadas localmente, possuem uma importante aco emoliente (calmante da pele edas mucosas inflamadas), cicatrizante e anti-sptica.O leo um bom remdio para queimaduras, gretas dos mamilos e eczemas.Tambm d bons resultados em caso de otite ou dores dos ouvidos, aplicando umasgotas no canal auditivo.MANEIRA DE PREPARAR: s aplicada externamente.Uso externo: leo de aucena: obtm-se macerando as ptalas de 10-12 flores numlitro de azeite (de oliveira), durante 9 dias. De trs em trs dias, filtra-se o azeite e

    acrescentam-se novas ptalas.Cataplasmas: cozem-se 100-200 g de bolbos durante 10-15 minutos. Depois deesmagados, colocam-se sobre um pano de algodo e aplicam-se quentes, sobre azona afectada, durante 15-30 minutos.

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    Esta cataplasma pode aplicar-se 2 ou 3 vezes por dia, at se conseguir oamadurecimento do abcesso ou furnculo.ATENO: Pelo seu perfume penetrante, no se deve ter esta planta nos quartos dedormir.

    NOME COMUM: Agripalma.

    NOME BOTNICO: Leonorus cardiaca L.FAMLIA: Labiadas.GEOGRAFIA: Pouco frequente na Europa e na Amrica do Norte. Em Espanha s seencontra nos Pirinus. rara em Portugal.PARTES EMPREGADAS: As sumidades floridas e as folhas frescas.COMPOSIO QUMICA: Toda a planta contm um leo essencial, um princpioamargo (a leonurina), um alcalide (leunurinina), glicsidos e taninos.PROPRIEDADES: Cardiotnica e sedativa tonifica o msculo cardaco. Acalma ataquicardia de origem nervosa e as palpitaes. Recomenda-se aos hipertensos e aosque sofrem de angina de peito.Emenagoga estimula as contraces uterinas e favorece o fluxo menstrual. Usa-se

    nas dismenorreias.Adstringente pelo seu contedo em tanino, e carminativa (elimina os gasesintestinais).Cicatrizante a infuso utiliza-se para limpar e curar as feridas.MANEIRA DE PREPARAR: uso interno: infuso com 30 a 50 g de sumidadesfloridas e folhas por litro de gua, da qual se ingerem 3 ou 4 chvenas (xcaras)dirias.Extracto fludo: 10 gotas, trs vezes ao dia.Uso externo: lavagem das feridas com a mesma infuso que se usa internamente.ATENO: No exceder as doses indicadas, pois a sua aco sobre o coraopoderia tornar-se demasiado intensa, devido aos glicsidos que esta planta possui.

    NOME COMUM: Agrio.NOME BOTNICO: Sisymbrium nasturium L.FAMLIA: Crucferas.GEOGRAFIA: Cresce espontaneamente nos lugares hmidos. Tambm cultivado.COMPOSIO QUMICA: Possui diversas vitaminas, entre as quais algumas docomplexo B, C e E. Tambm possu vitaminas A e D. Contm ferro, iodo, enxofre,fosfatos e outros sais alcalinos. A sua essncia pode ser considerada umacombinao de enxofre e sulfocionognio. O agrio possu segundo as ltimaspesquisas em fitoqumica, princpios antibiticos sobre os rins e pulmes.PARTES EMPREGADAS: Toda a planta.

    PROPRIEDADES: Combate a atonia dos rgos digestivos, como estimulante noescorbuto, na escrofulose e raquitismo, como expectorante e peitoral, catarropulmonar e dos brnquios (nas formas crnicas). Alguns Naturopatas consideram oagrio depurativo do sangue, com particular importncia nas doenas da pele, istotalvez pelo enxofre que contm. Os doentes dos pulmes devem usar a salada exarope de agries. Para secar o agrio e no perder as suas propriedades, devesecar-se sombra.MANEIRA DE PREPARAR: 50 gramas da planta para 1 litro de gua. Infuso: 1 a 2horas. Antes da infuso, 2 a ou 3 minutos de fervura em lume brando. O agrio contra-indicado em pacientes que tenham afeces da prstata.

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    NOME COMUM: Agrimnia.NOME BOTNICO: Agrimonia eupatoria L.GEOGRAFIA: A agrimnia existe na flora portuguesa e em outras floras da Europa.Encontra-se nos lugares herbosos. Prximo das culturas, nos caminhos, entre osbosques, e junto de rvores.COMPOSIO QUMICA: Contm tanino associado a um leo essencial, substncia

    amarga, cido saliclico, cido nicotdico, cido escrbico, vitamina H, quercitina,cidos plmico, olico e ardico e fitosterina. Contm outros elementos vitamnicos.PROPRIEDADES: Estimulante do apetite, tnica, em particular sobre o sistemanervoso, activadora da funo renal, heptica e vesicular. adstringente, muito tilna inflamao da garganta. Aco digestiva, antidiarreica.MANEIRA DE PREPARAR: 20 a 30 gramas da planta por litro de gua fervente. 20a 30 minutos de infuso. Coar. Gargarejar, lavagens boca e garganta; Para usoexterno, lceras e feridas: 30 gramas por litro, com fervura de 1 a 3 minutos.

    NOME COMUM: Aipo.NOME BOTNICO: Apium graveolens L.

    FAMLIA: Umbelferas.GEOGRAFIA: Existe em quase toda a Europa. Muito parecido com a salsa nas folhas.PARTES EMPREGADAS: Especialmente a raiz e as sementes, mas h quemempregue o caule e as folhas na culinria, e como remdio.COMPOSIO QUMICA: Contm um glucsido, a apilina, essncia, vitaminas A, Be C. As razes e tuberosidade do Aipo contm alguma essncia, e no suco, 7% demanita tirosina, esparagina, colina. Os frutos, alm da essncia, contmhidrocarbonos, salineno.PROPRIEDADES: O aipo estimulante do metabolismo; melhora as afeces dosrins (nefrite); combate a astenia (debilidade nervosa); estimula a funo heptica;melhora a digesto gstrica e intestinal. til nas doenas da pele, anti-reumtico.

    Melhora o estado das feridas e lceras, aplicado em lavagens e compressas.MANEIRA DE PREPARAR: Razes: 20 a 30 gramas por litro de gua, em forma decozimento (3 a 4 minutos). Infuso: 1 a 2 horas. Coar e tomar 5 chvenas (xcaras)por dia antes das refeies. Frutos (sementes): colher de caf ou de ch por chvena(xcara) em forma de infuso.

    NOME COMUM: Alcachofra.NOME BOTNICO: Cynra scolymus L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: cultiva-se nas regies temperadas do mediterrneo.COMPOSIO QUMICA: Hidratos de carbono (5,11%), protenas (3,27%).

    Cinarina (trata-se do cido 1,5-di-cafeilqunico, que tanto actua sobre os hepatcitos clulas do fgado fazendo que estes aumentem a produo da blis, como sobreas clulas do rim, provocando uma mior excreo de urina). Cinarsido.Cinaropicrina, cidos orgnicos (mlico, ctrico, gliclico e glicrico). Esteris (beta-sitosterol e estigmasterol).PARTES EMPREGADAS: O captulo floral.PROPRIEDADES: Anti-inflamatrias. Afeces do fgado em geral. Tem um efeitohepatoprotector. Afeces biliares (colagoga), em caso de dispepsia biliar,disquinsia biliar ou litase biliar. Afeces renais (elimina a ureia). Edemas eoligria.MANEIRA DE PREPARAR: Crua: os coraes fundos da alcachofra tenra podem ser

    usados, temperados com azeite e limo. Assada no forno. Cozidas. Ou ento emcpsulas.

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    NOME COMUM: Alcarvia.NOME BOTNICO: Carum carvi L.FAMLIA: Umbelfera.GEOGRAFIA: Europa, crescendo nos prados hmidos, nas montanhas; florescedepois de maio.COMPOSIO QUMICA: (as sementes): contm uma essncia, composta de

    carvene e carval, acar, cera, matrias tnicas, produtos resinosos. O aroma dassementes ou frutos deve-se ao carval da essncia.PROPRIEDADES: Tem propriedades estomquicas e carminativas e, por isso,prprias para expulsar os gases do aparelho digestivo (estmago e intestinos).Combatem as fermentaes. Por estimularem os intestinos, promovem no somentea descarga dos gases, como favorecem a evacuao das fezes.MANEIRA DE PREPARAR: uma colher de caf por chvena (xcara) de guafervente. 20 minutos de infuso. Coar e adoar, querendo. Para tomar aps refeiesou foras delas. Esta planta acalma as dores dos intestinos, motivadas pelos gases.H quem faa licor digestivo com as sementes.

    NOME COMUM: Alecrim.NOME BOTNICO: Rosmarinus officinalis L.FAMLIA: Labiadas.GEOGRAFIA: planta vivaz indgena de Portugal, dos Aores e de Cabo Verde.COMPOSIO QUMICA: Matria amarga e resinosa, leo essencial (nas folhas esumidades floridas), tem grande quantidade de tanino, um glucsido. A essncia estformada especialmente por pineno, canfeno, cineol, cnfora. Conforme a poca doano e os terrenos onde se encontra, assim a sua maior ou menor quantidade deessncia.PROPRIEDADES: Planta estimulante, antiespasmdica, ligeiramente diurtica,ptimo estimulante vesicular (talvez igual ou superior ao Boldo, que poder substituir

    na falta deste). tambm utilizado nos casos patolgicos ligados ao engrossamentodo sangue. Pode agir como colagogo (na vescula) e por isso empregado comgrande proveito nos casos de disquinsia vesicular (deficiente funo da vescula). igualmente, estimulante da clula heptica.Em uso externo, serve para melhorar as feridas e lceras de mau carcter. Nestescasos, lavam-se as partes afectadas e aplicam-se compressas embebidas na infusoda planta.MANEIRA DE PREPARAR: 20 gramas da planta para 1 litro de gua. Infuso:20 a30 minutos. Coar e adoar. Emprega-se em dispepsia, clorose, na bronquite. Parauso externo: 20 a 30 gramas, com o mesmo tempo de infuso e fervura prvia deum minuto. Para frices: 60 gramas da planta para litro de lcool. 6 a 8 dias de

    macerao. Filtrar e juntar 5 gramas de cnfora.

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    NOME COMUM: Alface comum.NOME BOTNICO: Lactuca sativa L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Prpria da sia menor.COMPOSIO QUMICA: Muito rica em gua (94,9%). Provitamina A: 100 g dealface contm 260ug ER (microgramas equivalentes de retinol.

    Vitaminas B1,B2 e C. minerais (Zinco, cobre e mangans)PARTES EMPREGADAS: As folhas e talos.PROPRIEDADES: Usada em: transtornos funcionais do sistema nervoso, insnia,transtornos digestivos, priso de ventre, obesidade, diabetes.MANEIRA DE PREPARAR: Crua: a melhor maneira de disfrutar da sua frescura edo seu agradvel sabor. Tempera-se com um pouco de azeite e umas gotas de limo.As folhas verdes so muito mais nutritivas que as brancas do interior.Cozinhada: As folhas mais duras podem ser cozinhadas como qualquer outraverdura.NOTA: A alface-romana cultivada ao ar livre, muito mais rica em provitamina A,folatos e ferro que as outras variedades. As alfaces de estufa so mais brancas mas

    menos nutritivas, e alm disso contm mais nitratos devido ao uso de qumicos.

    NOME COMUM: Alface da terra, Cannegos.NOME BOTNICO: Valerianella locusta BetckeFAMLIA: Valerianceas.GEOGRAFIA: Procede das ilhas mediterrnicas Crsega e Scilia. Os principais pasesprodutores so a Frana, a Itlia e a Alemanha.COMPOSIO QUMICA: Protenas (2%): quase o mesmo que as batatas (2,07%).Provitamina A (709 ug ER/100g): mais do que os espinafres (672 ug ER). VitaminaB6 (0,273 mg/100 g): mais do que o ovo (0,139 mg). Vitamina C. cobre.PARTES EMPREGADAS: As folhas e talos.

    PROPRIEDADES: Antianmica.MANEIRA DE PREPARAR: Crua: saladas temperadas com azeite e limo.Cozinhada: em sopas e omeletas.

    NOME COMUM: Alface-brava maior.NOME BOTNICO: Lactuca virosa L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Disseminada pelos terrenos secos e encostas pedregosas da EuropaCentral e Meridional.PARTES EMPREGADAS: As folhas e o ltex.

    COMPOSIO QUMICA: As folhas contm clorofila, sais minerais, vitaminas e umprincpio amargo.PROPRIEDADES: Sedativas: semelhantes s do pio, embora, ao contrrio deste, aalface seja isenta de efeitos nocivos, de modo que se pode usar inclusivamente paraas crianas pequenas, a quem acalma o sono e ajuda a conciliar o sono.Anti-afrodisacas: ajuda a controlar a excitao sexual. Dioscrides dizia que atalhaos sonhos venreos e reprime o desordenado apetite de fornicar.Antitssicas: a alface especialmente indicada nas tosses irritantes e na tosseconvulsa.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: decoco durante 10 minutos, com 100 gde alface por litro de gua, da qual se ingerem trs chvenas (xcaras) adoadas com

    mel durante o dia, e outra antes de deitar.

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    NOME COMUM: Alfafa, luzerna.NOME BOTNICO: Medicago sativa L.GEOGRAFIA: China, Amrica, frica do Norte, Rssia. Esta planta cultivada emtoda a Europa, incluindo Portugal.COMPOSIO QUMICA: Protenas completas (com aminocidos essenciais);hidratos de carbono; fermentos; numerosos sais minerais, gordura, vitaminas A, C e

    D. rica tambm em vitamina K, de alta importncia na alimentao e teraputica.PROPRIEDADES: Anemia por deficincias vitamnicas ou minerais. Raquitismo edesnutrio. lcera gastroduodenal. Dispepsia e fermentaes intestinais, pela suariqueza em enzimas. Priso de ventre, pelo seu contedo em fibra vegetal.MANEIRA DE PREPARAR: Como alimento associado, em forma de farinha, farinha de cereais. A planta tenra substitui os espinafres. Usa-se o suco da plantadiariamente (clorofila), 30 a 50 gramas. Emprega-se na debilidade geral, raquitismo,tuberculose, escorbuto. A planta fresca tem mais valor. A planta seca pode fazerparte das tisanas reconstituintes e de preparaes vegetais hemostticas (pela suariqueza em vitamina K).ATENO: Contra-indicada ao grupo sanguneo 0.

    NOME COMUM: Alfarrobeira.NOME BOTNICO: Ceratonia siliqua L.FAMLIA: Leguminosas.GEOGRAFIA: Prpria dos pases mediterrnicos. Conhecem-se algumas variedadesna Amrica.PARTES EMPREGADAS: Os frutos (alfarrobas) e as sementes.COMPOSIO QUMICA: A polpa dos frutos, contm acares abundantes(sobretudo sacarose) e pectina, assim como amido (3,8%), protenas (4%), gorduras(0,5%), celulose e sais minerais. As sementes contm mucilagem.PROPRIEDADES: As alfarrobas frescas so laxantes. Em contrapartida, a sua

    farinha seca antidiarreica, e alm disso possui a propriedade especial de absorveras toxinas do tubo digestivo. D um excelente resultado nas diarreias infantis, aoponto de ser um dos tratamentos mais utilizados nas gastroenterites dos lactentes.Pode obter-se das sementes a goma da alfaroba, a qual forma no estmago um gelviscoso que, devido ao seu grande aumento de volume de absoro de lquidos noestmago, proporciona uma sensao de saciedade e tira o apetite, pelo quecostuma ser usada nas curas de emagrecimento. No intestino, a goma de alfarrobatem um efeito emoliente (suavizante) e laxante.MANEIRA DE PREPARAR: uso interno: Farinha: vende-se em casas de produtosnaturais, e com ela prepara-se uma papa de sabor agradvel que, ao mesmo tempoque corta a diarreia, alimenta.

    Goma: tambm se vende nas farmcias em cpsulas. A dose normal (salvo indicaode preparados farmacuticos) para tirar o apetite de 0,5 a 1,5 g de goma dealfarroba, meia hora antes de cada refeio, tomada juntamente com um copo degua.OUTRAS ALFARROBAS: Na Argentina cria-se a Alfarrobeira negra (Prosopis NigraL.) e na Amrica Central e do Sul a chamada Alfarrobeira das Antilhas (Hymenaeacourbaril L.).

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    NOME COMUM: Alfavaca-de-cobra.NOME BOTNICO: Parietaria officinalis L.FAMLIA: Urticceas.GEOGRAFIA: Cresce entre as gretas das rochas e dos muros. Difundida por toda aEuropa e regies secas da Amrica do Sul.PARTES EMPREGADAS: Os caules e as folhas.

    COMPOSIO QUMICA: Os seus princpios activos so o nitrato potssico e osflavonides e as mucilagens.PROPRIEDADES: Diurtica, antiinflamatria e emoliente. Afeces das viasurinrias, clicas renais (ajuda a eliminar os clculos), cistites e oligria (urinaescassa). Ao mesmo tempo em que provoca um aumento na produo de urina,descontrai, suaviza e desinflama os rgos urinrios. Externamente usa-se paracurar feridas, queimaduras, gretas dos lbios, da pele e do mamilo, e fissuras anais.MANEIRA DE PREPARAR: Infuso: 40 a 60 gramas de planta (melhor se for fresca)por cada litro de gua, tomar 4 chvenas (xcaras) por dia. Uso externo: cataplasmasda planta fresca esmagada, que se aplicam sobre a zona afectada.

    NOME COMUM: Alfazema.NOME BOTNICO: Lavandula officinalis, Lavandula stoechas L.FAMLIA: Labiadas.GEOGRAFIA: Regies meridionais da Europa e frica. Floresce na primavera e noVero.COMPOSIO QUMICA: As sumidades floridas contm: resina, tanino, princpioamargo, leo essencial canforado, um glucsido e uma saponina, lcool terpnico(linanol), steres, carbonato, valerianato.PARTES EMPREGADAS: As sumidades floridas e, tambm, as folhas e os talos.PROPRIEDADES: digestiva, estimulante, antiespasmdica (contra as clicas dosintestinos), combate a putrefao dos intestinos, antimicrobiana, tnica dos nervos

    e do corao (corao nervoso), combate a tendncia aos vmitos. Tambm empregada exteriormente no reumatismo (leo de alfazema, tintura, etc.).MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: com 30 a 40 gramas de sumidades floridase folhas, por cada litro de gua. Tomar trs chvenas (xcaras) por dia, adoadascom mel, depois das refeies.Extracto fludo: ingerem-se 30 gotas, 3 vezes ao dia; Essncia: a dose habitual de3 a 5 gotas, duas ou trs vezes por dia.Uso externo: essncia de alfazema: algumas gotas espalhadas e esfregadas sobre apele; lavagens e compressas: emprega-se a mesma infuso utilizada para usointerno, embora se possa preparar mais concentrada. Lavar directamente com ela aslceras e feridas, e embeber depois uma compressa que se coloca sobre a zona

    afectada, durante 15 a 30 minutos.HISTRIA: Desde tempos muito antigos, a alfazema utilizada como produto debeleza e de higiene. Durante o Imprio Romano, os patrcios e os cidados distintosacrescentavam alfazema gua dos seus banhos.LEO DE ALFAZEMA: Dissolvem-se 10 gramas de essncia em 100 gramas deazeite de Oliveira e aplica-se como loo sobre a zona dorida. Tambm se podepreparar deixando 250 gramas de planta seca em macerao durante duas semanasnum litro de azeite, filtrando-o depois.GUA DE ALFAZEMA: Dissolvem-se 30 gramas de essncia num litro de lcool a90. Depois de deixar repousar a mistura por 24 horas, passa-se por um filtro depapel e guarda-se em frascos bem vedados. Pode-se diluir com gua, se se achar

    que est demasiado concentrada.

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    NOME COMUM: Alforva, Feno-grego.NOME BOTNICO: Trigonella foenum graecum L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Existe em Portugal, Espanha e outros pases, parecendo ser oriunda dasia, onde se cultiva em grande escala. Tambm existe no Norte de frica.COMPOSIO QUMICA: As sementes da Alforva contm hexona, elemento dos

    glcidos (amidos, acares), dando mais de 5% de manosa, um alcalide incuochamado trigonelina (existindo nas sementes, flores e razes); colina (aminocido),uma substncia resinosa muito amarga; leo graxo; saponina; 27% de protenas,mucilagem.PROPRIEDADES: altamente reconstituinte. O uso deste admirvel vegetal fazaumentar o apetite, o peso, a energia fsica e mental. O cozimento concentrado embanhos de semicpio, combate o hemorroidal, as fissuras do anus e alteraes dasmucosas.MANEIRA DE PREPARAR: Fazer uma mistura em partes iguais, de sementes deAlforva, associada com mel e azeite virgem, ou se se tolerar o gosto, leo de fgadode bacalhau. Para tomar uma colher de ch da mistura, em meio copo com gua

    morna, podendo ser adoado com mel.

    NOME COMUM: Aljfar.NOME BOTNICO: Lithospermum officinalis L., Lithospermum erythorryzon Sieb -Zucc.FAMLIA: Borraginceas.GEOGRAFIA: Frequente em terrenos calcrios de toda a Europa. Em Portugal surgeespontneo nos arredores de Bragana e Vimioso. Pouco conhecido na Amrica.COMPOSIO QUMICA: Toda a planta rica em clcio, alm de mucilagens epigmentos.PARTES EMPREGADAS: As sementes e as folhas.

    PROPRIEDADES: Utilizada para dissolver os clculos urinrios. um potentediurtico uricosrico (facilita a eliminao de cido rico). Dissolve as areias da urinae pode chegar a dissolver um clculo renal, especialmente se for composto poruratos. Muito recomendada em caso de clica renal e de gota.Propriedades digestivas, pelo seu sabor amargo, um tnico de todos os rgosdigestivos: abre o apetite e facilita a digesto.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: infuso com 50-100 g por litro de gua, daqual se tomam 3 ou 4 chvenas (xcaras) dirias. Antigamente ingeriam-se assementes trituradas.

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    NOME COMUM: Alperce, damasco.NOME BOTNICO: Prunus armeniaca L.FAMLIA: Rosceas.GEOGRAFIA: A sua origem do Norte da China, ainda se encontra em estadoselvagem.

    COMPOSIO QUMICA: Rica em sais minerais alcalinos, sendo de salientar a suapobreza em sdio e a sua riqueza em potssio. Contm vrios oligoelementos, comoo mangans, o flor, o cobalto e o boro. rico em acares (levulose e glucose).Nos alperces secos (em passas), as protenas atingem um valor importante (at5%); o mesmo acontecendo com o ferro, que um dos seus principais minerais. Noentanto, o componente mais notvel dos alperces, tanto frescos como secos, obeta-caroteno ou provitamina A.PROPRIEDADES: Usado na secura da conjuntiva, prurido ou irritao crnica daconjuntiva, perda da acuidade visual devido atrofia da retina e cegueira nocturna.Anemia ferropnica. Afeces da pele e mucosas. Aumenta a resistncia s infeces.Recomenda-se em caso de faringite crnica, sinusite e eczemas.

    Afeces nervosas (astenia, depresso, nervosismo e inapetncia. Afecesdigestivas: frutos secos (em passas) so laxantes, os frutos maduros soadstringentes.MANEIRA DE PREPARAR: Fresco e bem maduro. Seco (em passas). Conserva(compotas e doces). Cura de damascos (faz-se comendo, durante 15 dias, meio quilode alperces bem maduros por dia, de preferncia ao jantar como prato nico. Podemser acompanhados com torradas).HISTRIA: Foi trazida da Grcia por Alexandre, o Grande, no regresso das suasconquistas na ndia. Da Grcia passou a Roma, de onde o seu cultivo se estendeupara toda a zona mediterrnica.

    NOME COMUM: Alga perlada.NOME BOTNICO: Chondrus crispus Lyngb.FAMLIA: Gigartinceas.GEOGRAFIA: Vive nas rochas submarinas do Atlntico Europeu, desde a Irlanda atao Sul da Pennsula Ibrica.PARTES EMPREGADAS: Os talos (toda a alga).COMPOSIO QUMICA: Alm de 80% de mucilagem, o talo contm iodo,provitamina D e sais minerais. O seu princpio activo mais importante a mucilagem.PROPRIEDADES: Emolientes, expectorantes e laxantes. O seu uso tambm indicado nos casos de bronquite e catarros, pois facilita a expectorao, alivia a tossee desinflama as vias respiratrias. Indicado tambm em caso de gastrite, inflamao

    intestinal por colite ou priso de ventre crnica. Indicado para combater as lcerasprovocadas pela Helico bacter pylori (cura as lceras no grupo sanguneo O e B,pois so os grupos com mais pr-disposio mrbida a lceras).MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: decoco de 10 g de alga por litro de gua.Faz-se ferver durante 5 minutos. Bebem-se dois ou trs copos por dia.HISTORIA: Esta alga comeou a ser usada na Irlanda em meados do sculo passadoe, desde essa altura, tm aumentado as suas aplicaes medicinais.

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    NOME COMUM: Aliria.NOME BOTNICO: Alliaria officinalis Andrz.FAMLIA: Crucferas.GEOGRAFIA: Frequente em regies montanhosas e frias da Europa. Tambm seencontra no continente americano.PARTES EMPREGADAS: A planta inteira fresca, sem a raiz.

    COMPOSIO QUMICA: Toda a planta contm glicsidos sulfurados semelhantesao alho, alm de sinigrina (glicsido tambm presente na mostarda) e leosessenciais.PROPRIEDADES: Propriedades diurticas, estimulantes e anti-spticas. til em:astenia e fadiga primaveris. Muito apropirada para fazer uma cura depurativa.Recomendada especialmente aos obesos, gotosos, artrticos e hipertensos.Feridas renitentes e lceras da pele. Depois de lavadas com suco fresco de aliria,cicatrizam mais rapidamente, graas aco revitalizante e desinfectante da planta.Depois de se lavar a ferida, para reforar o efeito cicatrizante, pode-se colocar sobreela uma compressa no mesmo lquido (gua com suco fresco de aliria).MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: suco fresco: a melhor forma de aproveitar

    ao mximo as suas virtudes utilizar o suco fresco da planta. Para isso tritura-senum almofariz e espreme-se num pano de algodo ou, de maneira mais rpida,usando um aparelho de fazer sucos. Tomar duas colheres de suco depois de cadarefeio.Uso externo: lavagens: as feridas e lceras da pele lavam-se com gua fervida, aque se acrescentam duas colheres de suco fresco por cada copo.Compressas: depois de lavada a ferida, coloca-se-lhe em cima um pano de algodoembebido nessa mesma gua com suco fresco.

    NOME COMUM: Alho.NOME BOTNICO: Allium sativum L.

    FAMLIA: Liliceas.GEOGRAFIA: O alho oriundo da sia e chegou ao Oriente h 4000 anos,aproximadamente. Presentemente o alho cultivado em todas as partes do mundooriental e ocidental.COMPOSIO QUMICA: Possui vitamina A e C. Contm uma essncia, formadapor trs essncias: uma oxigenada e as outras duas sulfurosas. O sulfureto oprincipal elemento qumico do alho e muito activo. Por aco de um fermento contidonos dentes, a alinase converte-se em alicina e, depois, em dissulfureto de alilo, jcom o odor caracterstico do alho. A substncia chamada alicina no tem odor;porm, possui propriedades antimicrobianas (aco bacteriosttica), paralisando avirulncia de certos tipos de micrbios patognicos. Pode mesmo matar estes.

    PROPRIEDADES: Tem aco sobre as artrias, combatendo a esclerose. diurtico,combate a putrefao intestinal, estimula a funo dos intestinos, microbicida, semafectar a flora normal dos intestinos nem os elementos qumicos defensivos dasclulas (interferons, etc); vermicida, vasodilatador, dissolve o cido rico, combatendo o reumatismoartrtico e, mesmo, o reumatismo infeccioso; , como a cebola (Allium cepa),fluidificante do sangue; til em todas as doenas de origem microbiana, icluindo otifo, a tuberculose, a clera, o coli, a pneumonia, tosse e bronquite.MANEIRA DE PREPARAR: O alho cru o que rene todas as suas virtudes. Cozido,perde muito dos seus valores teraputicos e condimentares. A parte empregada soos chamados dentes de alho; raras vezes as folhas. Cozimento: 25 gramas de

    cabeas por litro de gua, para tomar adoado com mel vrias vezes ao dia, fora dasrefeies. Usado cru, tomam-se dois, quatro ou seis dentes por dia. Ningum toleramaior quantidade. Na bronquite purulenta ou ftida, ou na tuberculose, reumatismo,tenso arterial, na verminose, etc. prefervel usar o alho cru ou em tintura. As

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    Plantas Teraputicas de A a Z Dr.Joo Novaes Lisboa - Portugal 21pessoas que tm gastrites, lceras e dispepsias devem evitar o alho cru etrocar por cpsulas ou alho homeopatizado na dose 5 CH, cinco vezes ao dia antesdas refeies.A tintura de alho usa-se na dose de 15 a 20 gotas, duas vezes por dia (reumatismo,tenso arterial).NOTA: O alho envelhecido e tomado em cpsulas tem mais propriedadesteraputicas do que o alho comum.

    NOME COMUM: Alho-porro, alho francs.NOME BOTNICO: Allium porrum L.FAMLIA: Liliceas.GEOGRAFIA: Prprio das regies do sul da Europa e do Oriente, onde continua acrescer de modo espontneo.PARTES EMPREGADAS: Caules.COMPOSIO QUMICA: Hidratos de carbono (12,3%), mais cido flico (64,1mg/100g). Clcio (59 mg/100g), o magnsio (28mg/100g) e o ferro (2,1 mg/100g).PROPRIEDADES: Artrite rica: o nosso organismo produz diariamente cido ricocomo resduo do metabolismo das protenas, que se elimina com a urina. Quando se

    produz em excesso, o cido rico tende a depositar-se nas articulaes, causandoinflamao e dor (arrtrie). um bom alcalinizante e diurtico. Bronquite e sinusite,pela sua aco mucoltica (fluidifica a mucosidade) e anti-sptica da sua essncia.Priso de ventre, pela aco laxante da sua fibra. Pode produzir flatulncia intestinal.MANEIRA DE PREPARAR: Cru em salada. Cozido ao vapor. Cozinhado: usado emsopas.NOTA: Contra-indicada ao grupo de sangue 0.

    NOME COMUM: Almeiro.NOME BOTNICO: Chicorium intybus.FAMLIA: Compostas.

    GEOGRAFIA: Existe em quase toda a Europa e em certas outras partes do mundode clima temperado, mediterrnico.COMPOSIO QUMICA: Possui certo teor vitamnico. As razes contm inulina(no confundir com insulina), acares, particularmente levulosa, e um princpioamargo. As folhas contm inulina e levulosa, alm de muitos sais, entre eles os depotassa. As flores possuem cicoridina, em forma de glucsido, de gosto muitoamargo. A planta deve conservar-se seca, em lugar seco e frasco ou caixa tapada. que ela atrai fortemente a humidade, atravs do ar atmosfrico, que prejudicagrandemente as suas propriedades e, consequentemente, a conservao da planta.PROPRIEDADES: a raiz e as folhas so usadas nas doenas de fgado, reumatismo,na falta de apetite, nas doenas das vias urinrias, na gota (artritismo), clculos, na

    priso de ventre (laxante suave). neutralizante dos cidos do estmago e dosangue.MANEIRA DE PREPARAR: em infuso e decoco: 20 a 30 gramas das razes oufolhas, para 1 litro de gua. Para tomar no intervalo das refeies, duas a trs vezesao dia.

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    NOME COMUM: Alteia (malvaisco).NOME BOTNICO: Althaeia officinalis.FAMLIA: Malvceas.GEOGRAFIA: Encontra-se, em especial, perto dos lugares hmidos, dos lagos e deoutros locais.PARTES EMPREGADAS: Sobretudo a raiz, devendo ser colhida quando a planta

    tenha atingido suficiente plenitude. As razes devem ser raspadas, at que fiquembrancas. As folhas tambm so usadas medicinalmente, assim como as flores.COMPOSIO QUMICA: Mucilagem, pectina, amido, sacarose, galactose, leo,asparagina, cido mlico, matria corante, albumina, sais diversos.PROPRIEDADES: Emoliente, laxante mucilaginoso, peitoral, anti-hemorroidal (nashemorridas inflamadas), na lcera gstrica e intestinal, misturada com Alcauz.Misturada ainda com verbasco, tussilagem e alcauz, proporciona uma bela tisana nainflamao dos brnquios, na tosse, etc.MANEIRA DE PREPARAR: Raiz: 25 a 30 gramas por 1 litro de gua, em forma decozimento, seguido de infuso durante 1 a 2 horas. Para tomar com mel ou acar,durante o dia, fora das refeies, 4 a 5 chvenas (xcaras) por dia. Folhas e flores:

    20 gramas por litro. Infuso: 1 hora.

    NOME COMUM: Alquemila, P de leo.NOME BOTNICO: Alchemilla vulgaris L.FAMLIA: Rosseas.GEOGRAFIA: Prados e pastagens hmidas de regies montanhosas da Europa,Amrica do Norte e parte sul da Amrica do Sul.PARTES EMPREGADAS: Toda a planta, incluindo a raiz.COMPOSIO QUMICA: Toda a planta contm abundante tanino, assim comocido saliclico e diversos cidos gordos.PROPRIEDADES: Transtornos ginecolgicos: a sua principal aplicao so as dores

    menstruais (dismenorreia) e o corrimento vaginal (leucorreia). Neste ltimo casoaplica-se em irrigaes vaginais.Problemas do aparelho digestivo: diarreia, colite crnica, gastrite, e tambm quandoexiste inapetncia.Irritao da garganta: aplica-se por meio de gargarejos, alm de ingerir a decoco.Feridas e lceras cutneas: em forma de compressas e lavagens.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: colocar toda a planta e ferver em meio litrode gua. Tomar 4 chvenas (xcaras) ao dia.HISTRIA: A Alquemila j foi estudada por Dioscrides no sculo I d.c. Andrs deLaguna (sc. XVI), seu tradutor e comentarista, recomendava os banhos nocozimento desta planta para apertar e cerrar as partes baixas, garantindo que

    assim se restitua a virgindade perdida. O famoso mdico espanhol prescreviatambm a decoco para as mulheres porque torna as tetas como mazinhas.

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    NOME COMUM: Amieiro negro.NOME BOTNICO: Rhamnus frangula L.FAMLIA: Ramnceas.GEOGRAFIA: Europa.COMPOSIO QUMICA: A casca, quando seca, contm glucofrangulina efrangulina, emodina e outros derivados glucsido. Constituintes activos

    condicionadores dos seus efeitos teraputicos. A casca fresca ou recentementecortada de dbil valor teraputico, em relao casca envelhecida, com mais deum ano, porque os elementos qumicos da casca recente, considerados princpiosactivos, antroglucsidos e outros derivados, no apresentam o valor qumico dacasca seca, que, com a oxidao produzida custa de um fermento chamadoramnus-distese, forma os j mencionados glucsidos antraquinnicos. A oxidaonatural transforma o glucsido glucofrangulina em franguloemodina. A dita oxidaod origem a modificaes que permitem que a casca (quando recente), em vez devomitiva, se transforme em laxante-colagogo, de apreciado valor teraputico. Atransformao feita pelo fermento muito lenta, levando quase um ano. Portanto acasca do Amieiro, quando verde, vomitiva; quando seca, laxativa e colagoga. As

    folhas do Amieiro possuem, alm de outros elementos qumicos, viatmina C.PROPRIEDADES: A casca seca muito parecida com a Cascara sagrada (Rhamnuspurshiana) da Amrica do Norte. O seu principal emprego na priso de ventrecrnica e na deficincia vesicular.MANEIRA DE PREPARAR: O cozimento da casca velha a preparao mais activa:2 a 4 gramas para 2 decilitros de gua, fervendo 2 minutos, estando 1 a 2 horas deinfuso, at arrefecer. Coar. Para tomar por duas vezes, metade em jejum e arestante metade ao deitar.

    NOME COMUM: Amor de Hortelo.NOME BOTNICO: Gallium aparine L.

    FAMLIA: Rubiceas.GEOGRAFIA: Margens dos rios e noutros locais. Encontramos esta planta nosarredores de Lisboa, incluindo Sintra e outros lugares.COMPOSIO QUMICA: Contm um glucsido, chamado asperulsido,substncias sapnicas, vitamina C, sais.PROPRIEDADES: Antiescorbtica e diurtica. Alguns Homeopatas empregam-na nasformaes nodulares da lngua, considerando-a como anticancerosa.MANEIRA DE PREPARAR: 30 gramas por litro de gua. Depois de ferver 2 minutos,dever estar uma hora de infuso. Para tomar trs chvenas (xcaras) por dia.Em Homeopatia, empregada a tintura feita com a planta verde em lcool a 70graus.

    recomendada a infuso em lavagens boca, no cancro (cncer) da lngua e lcerasde mau carcter.

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    NOME COMUM: Anona, graviola.NOME BOTNICO: Annona cherimola L.FAMLIA: Anonceas.GEOGRAFIA: Cria-se espontaneamente nos planaltos dos andinos do Equador e doPeru, entre 1000 e 2000 metros de altitude. Cultiva-se actualmente em toda aAmrica Central, no Sudeste Asitico e nos pases mediterrneos.

    PARTES EMPREGADAS: O fruto.COMPOSIO QUMICA: Rica em acares (mais de 21,6%). Entre elespredominam os acares frutose e sacarose. Baixo contedo em protenas e emgorduras. Vitaminas B1 e B2. Minerais (clcio, fsforo, ferro e potssio). O seucontedo energtico de 94Kcal/100g.PROPRIEDADES: Usado para a insuficincia cardca. Diurtica. Afeces doestmago (gastrite e lcera gstroduodenal). Obesidade (cria saciadade).MANEIRA DE PREPARAR: Fruto fresco: a forma habitual de comer a anona.Assim se disfruta plenamente o seu sabor delicado e aproveitam-se todas as suaspropriedades dieto-teraputicas.OUTRAS ANONAS: Guanabano (annona muricata L adstringente, colagogo e

    digestivo. Usado em priso de ventre, obesidade, hipertenso, doenas cardacas ediabetes). Ata (Annona squamosa L). Fruta-do-conde (Annona reticulata).

    NOME COMUM: Anis verde ou Erva-doce.NOME BOTNICO: Pimpinela anisum L.FAMLIA: Umbelferas.GEOGRAFIA: Existe aclimatada em Portugal e em outros pases da Europa,crescendo espontaneamente.COMPOSIO QUMICA: Os frutos contm resina, clorofila, leo essencial fixo. Ocheiro do anis deve-se, especialmente, ao anetol e ao metil. Tambm contmprodutos de oxidao, aldedo e pequenas quantidades de cetona, ansico (fenona).

    PROPRIEDADES: expectorante, tnica e estomacal; activa a formao do leite ssenhoras que amamentam; estimula a funo menstrual e favorece a eliminao dosgases (s crianas e adultos).MANEIRA DE PREPARAR: Colher de ch com sementes por chvena (xcara) comgua fervente, estando 20 minutos de infuso, com o recipiente bem tapado, parano perder o aroma. A infuso pode ser enriquecida com outras sementesaromticas.

    NOME COMUM: Anis estrelado.NOME BOTNICO: Ilicium anisatum L.FAMLIA: Magnoliceas.

    COMPOSIO QUMICA: A mesma do anis verde.PARTES EMPREGADAS: frutos (estrelas).PROPRIEDADES: Emprega-se nos mesmos casos do Anis verde.MANEIRA DE PREPARAR: a mesma indicada para o Anis verde.ATENO: Contra-indicada em diabticos.

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    NOME COMUM: Antenria.NOME BOTNICO: Antennaria dioica Gaerth.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Difundida pelos prados das montanhas de toda a Europa. Tambm seencontra na costa ocidental da Amrica do Norte.PARTES EMPREGADAS: Os captulos florais fmeas (rosados) secos.

    COMPOSIO QUMICA: Toda a planta, mas especialmente os captulos floraisfmeas, contm mucilagem a que se deve a sua aco bquica (alivia a irritao dagarganta), expectorante e anti-inflamatria sobre as vias respiratrias. Na suacomposio tambm se encontram flavonides.PROPRIEDADES: A sua principal aplicao: as afeces respiratrias: faringite elaringite (alivia o ardor e a irritao na garganta), tosse seca e catarros brnquicos(abranda a mucosidade e facilita a expectorao).Tambm se pode usar em disquinsias (vescula preguiosa ou atnica), emcombinao com outras plantas sobre as vias biliares.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: infuso com 30 a 40 g de captulos floraisfmeas, secos por litro de gua, da qual se tomam 3 ou 4 chvenas (xcaras) dirias,

    adoadas com mel.Uso externo: gargarejos de 5 a 10 minutos, 3 vezes por dia, com a mesma infusoque se usa internamente, procurando no engolir o lquido.HISTRIA: Tambm conhecida como p de gato, toda esta planta evoca asuavidade desse animal. As suas flores fazem lembrar a almofada que encobre asgarras do felino. usada desde o sculo XVIII. Durante algum tempo, atribuiram-lhe propriedadesanticancerosas e curativas da tuberculose, que no puderam ser demonstradas.

    NOME COMUM: Alquequenje.NOME BOTNICO: Physalis akekengi L.

    FAMLIA: Solanceas.GEOGRAFIA: Cresce na Europa Central e Meridional, assim como em regiestemperadas da Amrica Central e do Sul. Cresce perto das vinhas e dos bosques.PARTES EMPREGADAS: Os frutos (bagas).COMPOSIO QUMICA: As bagas so muito ricas em vitamina C (mais do que olimo), assim como em cidos orgnicos (ctrico e mlico), caroteno (provitamina A),fisalieno (corante vermelho), e apresentam indcios de alcalides.PROPRIEDADES: Litase urinria: favorece a dissoluo dos clculos de sais ricos ea eliminao de areias. Impedem que os sedimentos urinrios se precipitem paraformar novos clculos.Gota e artrite rica: facilitam a eliminao do cido rico (aco uricosrica).

    MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: bagas frescas ou secas, razo de 10 a 20pela manh, outras tantas ao meio-dia.Decoco: de 50 a 100 g de bagas por litro de gua, de que se tomam 3 ou 4chvenas por dia.

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    NOME COMUM: Arando ou uva-do-monte, mirtilos.NOME BOTNICO: Vacinium myrtillus L.FAMLIA: Ericceas.GEOGRAFIA: Habita em Portugal. abundante na serra do Gerez e na serra deSintra. Existe me vrios pases da Europa. Na Grcia e na Itlia, somente nasmontanhas elevadas.

    COMPOSIO QUMICA: cido tnico, quercelina, arbulina, cido qunico, ericolina(substncia amarga, de natureza glucsida), vitamina C, acares, cidos orgnicos eoutros valiosos elementos qumicos, permitindo efeitos teraputicos valiosos emnumerosas doenas.PROPRIEDADES: A arbustina, que rica, permite que o Arando seja um bomdesinfectante das vias urinrias, da bexiga e na colite em que haja putrefaes,gases, etc. Tambm favorece a expulso de pequenos vermes (oxiros). empregada h muitos anos nas diabetes, dando ptimo proveito nesta doena,especialmente nos casos menos graves. Os elementos qumicos que contm so deefeito estimulante sobre a secreo mistilina pancretica. As folhas e tambm asbagas, possuem uma substncia activa, que alguns autores classificam de insulina

    vegetal. A mistilina no somente estimulante pancretica, como tambm actua semelhana da insulina.Parece que a hidroquinona livre das folhas do Arando desempenha um grande papelna diminuio da taxa de glicose do sangue, o Arando tem tambm acohemosttica, servindo nos casos de hemorroidal com sangue, nas colites mucosas esanguneas, nas lceras dos intestinos e estmago, diarreia, etc. Deve-se esse efeito aco adstringente das folhas e bagas.MANEIRA DE PREPARAR: Podem ser usadas as folhas e as bagas conjuntamentena mesma preparao (cozimento). Dose: 1 colher de sopa cheia com folhas ealgumas bagas, por chvena (xcara). Ferver 2 ou mais minutos. Infuso: 30 minutosa 1 hora. Coar. Trs chvenas (xcaras) por dia, para tomar perto das refeies.

    Tambm usada a tintura (20, 40 ou 50 gotas por dia) ou a alcoolatura: 30 gotas,duas vezes ao dia. tambm utilizado nas flebites e outras doenas das veias.

    NOME COMUM: Arenria.NOME BOTNICO: Arenaria rubra ou Arenaria sperguliaria.FAMLIA: Cariofilceas.GEOGRAFIA: Faz parte da flora Europeia e existe em diversas regies do mundo.COMPOSIO QUMICA: Contm princpios aromticos, diurticos e anti-spticos.PROPRIEDADES: Emprega-se na cistite catarral, areias nos rins e bexiga, clicasrenais, clculos.MANEIRA DE PREPARAR: 30 a 40 gramas por litro de gua. Cozimento de 2

    minutos. Infuso: 1 a 2 horas. Coar. A planta seca tem mais propriedades. Tambmpode ser tomada em forma de xarope, tintura e extracto fluido.

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    NOME COMUM: Argentina.NOME BOTNICO: Potentilla anserina L.FAMLIA: Rosceas.GEOGRAFIA: Europa, salvo a costa mediterrnea. Comum em todo o continenteamericano. Encontra-se nos solos ricos e hmidos.PARTES EMPREGADAS: As folhas e as flores.

    COMPOSIO QUMICA: Toda a planta contm tanino, flavonides, cidosorgnicos, colina, princpios amargos e glcidos.PROPRIEDADES: antiespasmdicas: acalma as clicas, especialmente as intestinais,mas tambm as biliares e nefrticas. Emprega-se no caso de dismenorreia eespasmos uterinos.Antidiarreica: mostra-se muito eficiente nos casos de gastrenterite e diarreiasinfecciosas.Aperitiva e digestiva: abre o apetite e facilita a digesto.Externamente aplica-se em compressas sobre as hemorridas, para desinflam-las ereduzir-lhes o tamanho.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: decoco com 30 a 50 g de planta por litro

    de gua. Tomar de 3 a 5 chvenas (xcaras) dirias.Uso externo: compressas: aplicar a mesma decoco que se usa internamente, paraempap-las. Colocam-se sobre as hemorridas durante 5 a 10 minutos, 2 ou 3 vezesao dia.

    NOME COMUM: Arnica.NOME BOTNICO: Arnica montana L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Faz parte da flora portuguesa, sendo espontnea nas diferentesregies das nossas provncias. Existe na Amrica central, Meridional e do Norte, Nasia.

    COMPOSIO QUMICA: Contm matria resinosa unida ao princpio aromtico daplanta; cido glico, goma, leo corante azul, saponina e sais diversos. Substnciasheterosdicas flavnicas.PARTES EMPREGADAS: Captulos e rizomas.PROPRIEDADES: Febres intermitentes, paralisia de origem cerebral (favorece areabsoro dos derrames), debilidade geral, desinteria, tosse convulsa, etc.Exteriormente utilizada para edemas em pomadas, gel ou compressas (ateno, sena regio afectada tiver feridas ou escoriaes da pele, no utilizar Arnica, mas sim aCalndula officinalis, pois esta para edemas com feridas).MANEIRA DE PREPARAR: Nos derrames cerebrais, sempre seguidos de paralisia, atintura, usada internamente, 5, 10 a 20 gotas por dia, por vezes um efeito

    prodigioso. Infuso das flores: 4 gramas por litro de gua.NOTA: A tintura de Arnica, associada tintura de Crataegus, tem um efeitoteraputico sobre o corao e artrias.

    NOME COMUM: Arroz.NOME BOTNICO: Oryza sativa L.FAMLIA: Gramneas.GEOGRAFIA: o cereal mais disseminado em todo o mundo.PARTES EMPREGADAS: Os gros.COMPOSIO QUMICA: O arroz integral tem mais Protenas, gorduras, hidratosde carbono, vitamina B1, B2, B6 e niacina.

    PROPRIEDADES: Diarreias em geral. Hipertenso arterial. Afeces cardacas.Colesterol.MANEIRA DE PREPARAR: Cozinhado. Flocos de arroz (galetes), gua de arroz paraas diarreias. Bebida de arroz.

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    NOME COMUM: Assa-ftida.NOME BOTNICO: Ferula assafoetida L.FAMLIA: Umbelferas.GEOGRAFIA: Planta originria do continente asitico. Cresce especialmente no Iro(Ir), na Turquia e no Afeganisto, mas conhecida em todo o mundo.PARTES EMPREGADAS: A goma ou resina que escorre do tronco e da raiz da

    planta.COMPOSIO QUMICA: leo essencial sulfuroso, que lhe d a sua fetidez.PROPRIEDADES: Antiespasmdico e sedativo. Alivia de forma imediata as clicas,as flatulncias e contores intestinais. tambm muito eficaz em caso de asma,tosse convulsa, espasmo da laringe com sensao de asfixia (o chamado crupe ougarrotilho) e palpitaes nervosas.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: lgrimas: a assa-ftida apresenta-se emforma de gros de goma, chamados lgrimas, de que se tomam at 8 por dia. Paraatenuar o seu insuportvel fedor, amassam-se com miolo de po e engolem-se comouma plula.Uso externo: enemas: contra os espasmos digestivos, prefervel aplic-la em forma

    de enema (clister), que se prepara com uma infuso com 4 a 5 g de assa-ftida em 2litros de gua a ferver.

    NOME COMUM: Artemsia (Artemsia verdadeira).NOME BOTNICO: Artemsia vulgaris L.FAMLIA: Compostas.GEOGRAFIA: Faz parte da flora Portuguesa e estrangeira.COMPOSIO QUMICA: Contm leo voltil e princpio amargo. A essnciacontm cineol, alm de outros elementos qumicos. Encontram-se tambm pequenasquantidades de ademina e colina.PROPRIEDADES: Estimulante geral, estomquica, febrfuga, anti-helmntica,

    antiespasmdica e emenagoga, muito empregada nos acidentes nervosos.Externamente empregada em lavagens e irrigaes, lceras e inflamaes davagina.MANEIRA DE PREPARAR: Infuso: 10 a 15 gramas por litro de gua. Coar. Paratomar duas a trs chvenas (xcaras) por dia. No deve ser tomada havendosuspeita de gravidez.

    NOME COMUM: saro.NOME BOTNICO: Asarum europaeum L.FAMLIA: Aristoloquiceas.GEOGRAFIA: Ocorre nos bosques de rvores frondosas do continente europeu.

    COMPOSIO QUMICA: Toda a planta contm asarina, que um poderosoirritante das mucosas digestivas; leo essencial, taninos, resinas e flavonides.PARTES EMPREGADAS: As folhas e a raiz.PROPRIEDADES: Emtico: pode-se usar para provocar o vmito em caso deintoxicao oral, d bons resultados na intoxicao por lcool etlico.

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    NOME COMUM: Aveia.NOME BOTNICO: Avena sativa L.FAMLIA: Gramneas.GEOGRAFIA: Originria do Sul da Europa. A sua cultura estendeu-se aos cincocontinentes.PARTES EMPREGADAS: A palha e os gros.

    COMPOSIO QUMICA: Os gros contm 60 a 70% de amido e outros glcidos(hidratos de carbono); 14% de protenas; 7% de lpidos (gorduras), entre os quais seencontra uma proporo significativa de lecitina; vitaminas do grupo B; cidopantotnico; enzimas, minerais, sobretudo clcio e fsforo; oligoelementos diversos;e um alcalide (avenina).O farelo de aveia rico em silcio e em vitaminas A e B.PROPRIEDADES: Os gros tm efeitos tonificantes e equilibradores sobre o sistemanervoso; por isso que indicada nos casos de depresso, nervosismo, insnia eesgotamento fsico ou mental. Os que sofrem de stress ou impotncia sexual.Problemas de gastrite, de colite e de outras afeces digestivas.O farelo de aveia tem efeito sedativo sobre o sistema nervoso, tanto ingerido por via

    oral em forma de infuso, como aplicado externamente na gua do banho. Temefeito redutor sobre o nvel de colesterol no sangue. Esta diminuio afecta ocolesterol chamado nocivo (LDL), enquanto que no influi sobre o colesterol protectorou bom (HDL), que, como recentemente se descobriu, actua evitando aarteriosclerose.MANEIRA DE PREPARAR: uso interno: os flocos (sementes prensadas) cozinhadoscom leite de soja ou caldo de hortalia.Infuso: prepara-se com uma colher de sobremesa por chvena (xcara). Tomam-seduas a trs chvenas (xcaras) por dia.Uso externo: banho relaxante a infuso serve tambm para acrescentar gua dobanho na proporo de um litro por banheira de tamanho mdio, com o que se

    obtm um efeito relaxante.

    NOME COMUM: Asclpia.NOME BOTNICO: Asclepias tuberosa L.FAMLIA: Asclepiadceas.GEOGRAFIA: Planta originria da Amrica do Norte, onde se cria em solos secosarenosos. Na Europa, cultivam-se algumas espcies similares como plantasornamentais.PARTES EMPREGADAS: A raiz seca.COMPOSIO QUMICA: O princpio activo mais importante desta planta aasclepiadina, um glicsido semelhante ao da dedaleira. Tambm contm leo

    essencial, resina, amido, mucilagens e tanino.PROPRIEDADES: A raiz da planta possui um acentuado efeito expectorante esudorfico. Associando-se a outros tratamentos, obtm-se com esta planta bonsresultados nos casos de catarro brnquico, bronquite aguda e crnica, e peneumonia.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: decoco de uma colherada de raiz seca etriturada por cada chvena (xcara) de gua. Tomar 1 ou 2 chvenas (xcaras)dirias.ATENO: As folhas e o caule podem produzir intoxicaes se forem ingeridosfrescos, devido a conterem um glicsido txico que desaparece com a secagem.Outras espcies:Asclepias curassavica L.

    Asclepias incarnata L.Asclepias speciosa Torr., Asclepias syriaca L.

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    NOME COMUM: Aveleira.NOME BOTNICO: Corylis avelano L.FAMLIA: Betulceas.GEOGRAFIA: Nas regies montanhosas da Europa e da Amrica do Norte. Cultiva-senos pases mediterrnicos.COMPOSIO QUMICA: A avel contm leo, com glicerdeos de cido olico,

    esterico e palmtico. Possui tambm fitosterina, uma protena (corilina), sacarose. Acasca dos ramos contm igualmente, entre outros elementos qumicos, matriastnicas, um hidrocarboneto, etc. O plen contm gordura, acar invertido e enzimasou fermentos, amidose, etc. A avel (fruto ou noz da avel) contm, alm do jreferido leo, vitaminas A, B e C. As folhas so ricas em tanino e outros elementosqumicos.PROPRIEDADES: A avel um alimento de grande valor (gordura, azoto, protenas,etc.). Em lavagens nas hemorridas, hemorragias, corrimento vaginal, nacicatrizao das feridas, em forma de loo e compressas. Parece que a avel contmuma substncia qumica que faz aumentar a tenso arterial, pelo que os hipertensos,na opinio de Naturopatas e especialistas, no deveriam usar este fruto, ao contrrio

    dos que sofrem de tenso baixa (hipotensos). Quem tem priso de ventre no deveusar a casca e as folhas da Aveleira, pois com o seu emprego aumentariam aobstipao.A avel possui radioactividade, sendo til nos pacientes que tenham cancro (cncer).MANEIRA DE PREPARAR: As folhas e as cascas usam-se em cozimento - 30 a 40gramas por litro de gua, em lavagens nas hemorridas, hemorragias, corrimentovaginal, na cicatrizao das feridas, em forma de loo e compressas.

    NOME COMUM: Avenca (capilria).NOME BOTNICO: Adiantum capilus-veneris L.FAMLIA: Polipodceas.

    GEOGRAFIA: Faz parte da flora portuguesa (continente), existindo tambm nosAores e em Cabo Verde. Encontra-se em lugares hmidos, nas fontes e poos.COMPOSIO QUMICA: Possui quantidade impondervel de essncia, matriatnica (tanino), mucilagem, um princpio amargo, etc.PROPRIEDADES: usada para combater os catarros brnquicos e pulmonares,estando, por isso, indicada como peitoral (tosses, bronquites, etc).MANEIRA DE PREPARAR: Infuso da planta: 20 gramas por litro de gua, adoarcom mel. Para tomar quente, s chvenas (xcaras), durante o dia.Uma mistura de Avenca com Pulmonria, Tussilagem e Verbasco constitui uma boatisana, muito til nas doenas do aparelho respiratrio.Xarope de avenca: 200 gramas por 1 litro de gua. Deixar ferver por algum tempo.

    Coar. Juntar quantidade de acar mascavado ou escuro em peso igual ao doconjunto obtido. Voltar a levar ao lume, fervendo alguns minutos. Juntar algumascolheradas de mel. Para tomar s colheres de sopa durante o dia.

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    NOME COMUM: Azedas.NOME BOTNICO: Rumex acetosa L.FAMLIA: Poligonceas.GEOGRAFIA: Comum nos prados montanhosos de toda a Europa. Tambm seencontra nas regies temperadas e frias do continente americano.PARTES EMPREGADAS: As folhas e a raiz.

    COMPOSIO QUMICA: Toda a planta contm 1,3% de oxalato de potssio, assimcomo cido oxlico, glicsidos antraquinnicos em pequena quantidade, vitamina C esais de ferro.PROPRIEDADES: Aperitiva, antiescorbtica, refrescante e tonificante. Facilita adigesto. Recomendvel aos debilitados por doenas infecciosas e aos anmicos.Emoliente e cicatrizante em aplicao externa: alivia a acne e as erupes cutneas.O seu sumo (suco) fresco limpa as lceras e as feridas infectadas.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: infuso: 30 g de folhas por litro de gua, razo de 2 a 3 chvenas (xcaras) dirias.Uso externo: loo de sumo (suco) fresco sobre a zona da pele afectada.Cataplasmas de folhas cozidas.

    ATENO: No exceder as doses indicadas. Se se comerem fervidas, aconselha-se adeitar fora o caldo, pela grande quantidade de cido oxlico que contm. Evitar usarem caso de gota, artrismo ou litase renal.

    NOME COMUM: Alface.NOME BOTNICO: Lactuca sativa.FAMLIA: Compositae.GEOGRAFIA: Originria da sia.COMPOSIO QUMICA: O suco contm vitaminas A, B e C, sais minerais,albumina, asparagina, lactucina.PARTES EMPREGADAS: As folhas.

    PROPRIEDADES: Sedativas, digestivas, acalma as palpitaes e alivia osreumticos.

    NOME COMUM: Amendoim.NOME BOTNICO: Arachis hipogaea.FAMLIA: Leguminosas.GEOGRAFIA: Medra no Brasil e trpicos.COMPOSIO QUMICA: A semente de amendoim tem aproximadamente 44% deleo, 20% de carbonatos, tanino, cido araqudico, minerais.PARTES EMPREGADAS: A semente.PROPRIEDADES: Indicado como afrodisaco, digestivo, combate anemia, e estados

    de desnutrio.ATENO: Contra-indicado ao grupo 0.

    NOME COMUM: Abacaxi.NOME BOTNICO: Ananas sativus L.FAMLIA: Bromeliceas.COMPOSIO QUMICA: Ferro, tanino, clcio, glicose, vitaminas A, B, C, E epotssio.PARTES EMPREGADAS: O fruto.PROPRIEDADES: Diurtico, vermfugo e digestivo.

    MANEIRA DE PREPARAR: usado nas refeies para facilitar as digestes.ATENO: Em excesso provoca pruridos, urticria e eczema.

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    NOME COMUM: Abio, Caimito do peru, Abiu, abi-iba.NOME BOTNICO: Lacuma caimitoFAMLIA: Sapotaceae.COMPOSIO QUMICA: Tanino, sais, leo, glucose.PARTES EMPREGADAS: fruto, folhas.PROPRIEDADES: Tnico, antidiarreico, cicatrizante, til nas afeces biliares.

    MANEIRA DE PREPARAR: infuso das folhas ou o suco do fruto.

    NOME COMUM: Abric do Par.NOME BOTNICO: Mammea americanaFAMLIA: Gutiferaceae.PARTES EMPREGADAS: frutos, brotos, resina, casca, raiz.PROPRIEDADES: Insecticidas, digestivos, cicatrizantes, antielmticos e febrfugos.MANEIRA DE PREPARAR: A polpa dos frutos consumida crua, em compota ou emmarmelada. Com os brotos fermentados preparada a bebida vinhosa Toddy ouMomin.

    NOME COMUM: Alcaparra.NOME BOTNICO: Capparis spinosaFAMLIA: Capparidaceae.COMPOSIO QUMICA: princpios amargosPARTES EMPREGADAS: Flores, fruto.PROPRIEDADES: Aperitivas, diurticas, age nas cloroses e nas caquexias.MANEIRA DE PREPARAR: Infuso da casca. Usada como condimento conservadoem vinagre.

    NOME COMUM: Amndoa.NOME BOTNICO: Prunus amygdalus L.

    FAMLIA: Rosceas.COMPOSIO QUMICA: Protena vegetal (13,3%), tendo em conta de que setrata de um produto vegetal (a carne e o peixe tm entre 15 e 20 g de protenas porcada 100 g) e aminocidos essenciais. Gordura (cidos gordos monoinsaturados epoliinsaturados 11%, linoleico). Vitaminas B1, B6 e E. minerais (clcio, fsforo,magnsio, potssio e ferro). O contedo de clcio na amndoa (247 mg/100 g)ultrapassa muito o do leite (119 mg/100 g)PARTES EMPREGADAS: A semente do fruto.PROPRIEDADES: Afeces do sistema nervoso, stress, depresso, fadiga intelectuale fsica. Usado para baixar o colesterol elevado. Antioxidante. Afeces cardacas earteriosclerose. Afeces sseas (osteoporose e desmineralizao ssea). Diabetes

    (pelo seu baixo contedo em hidratos de carbono). Gravidez e lactao. Galactagogo(aumenta a secreo do leite).MANEIRA DE PREPARAR: Frescas: as amndoas, recm colhidas da rvore.Comem-se cruas, depois de partido o caroo ou casca. So de mais fcil digesto doque as secas.Secas: algum tempo depois de colhidas, as amndoas reduzem a sua percentagemde gua e endurecem. Podem comer-se cruas.Leite de amndoas: obtm-se habitualmente acrescentando gua ao creme deamndoas, uma pasta de cor castanha clara elaborada industrialmente comamndoas e acar (frutose). Tambm se pode preparar artesanalmente em casa.NOTA: As amndoas secas mastigam-se e digerem-se melhor se forem postas demolho durante uma noite. Na manh seguinte tero amolecido e, depois de se lhestirar a pele que as envolve, tem-se a sensao de terem sido acabadas de colher darvore. Tambm se podem pelar facilmente as amndoas secas, vertendo guaquente sobre elas (escaldando-as). As amndoas peladas digerem-se melhor.

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    Plantas Teraputicas de A a Z Dr.Joo Novaes Lisboa - Portugal 34O leite de amndoa uma bebida nutritiva e refrescante muito recomendadapara as crianas em poca de crescimento.

    NOME COMUM: Amndoa da ndia.NOME BOTNICO: Terminalia catappaFAMLIA: Combretaceae.COMPOSIO QUMICA: Tanino, leo denominado sebo de Catappa.

    PARTES EMPREGADAS: As amndoas.PROPRIEDADES: Antidesintrica, antifebril, heptica e diurtica.ATENO: O excesso de consumo das amndoas cruas provoca diarreiasanguinolenta.

    NOME COMUM: And-au.NOME BOTNICO: Joannesia princeps.FAMLIA: Euphorbiaceae.GEOGRAFIA: Nativa nas guianas, Par, Bahia, So Paulo e Minas Gerais.COMPOSIO QUMICA: As sementes contm Johanesina, considerada venenosa.Contm substncia amarga, tanino.

    PROPRIEDADES: usada com cautela em doses mnimas como diurtico,cicatrizante e antidiarreico.

    NOME COMUM: Ara.NOME BOTNICO: Psidium grandifolium L.FAMLIA: Myrtaceae.GEOGRAFIA: Arbusto nativo de Angola, encontrado aclimatado nos Estados do Riode Janeiro, So Paulo e Minas Gerais.COMPOSIO QUMICA: cidos, glucose, tanino, sais minerais, vitamina C.PARTES EMPREGADAS: frutos e folhasPROPRIEDADES: Antiescorbtico, diurtico e antidiarreico.

    NOME COMUM: Abutua grande.NOME BOTNICO: Chondodendron platyphyllum.FAMLIA: Menispermaceae.COMPOSIO QUMICA: Alcalides (beberina, buxina, chondodendrina,condrofolina, curina, isobeberina, isochondodendrina, isococlaurina, pelosina, d-tubocurarina) e mucilagens.PARTES EMPREGADAS: Razes e a casca do caule.PROPRIEDADES: Usada no tratamento das clicas renais resultantes de processoslitisicos (afeces das vias biiares) e menstruao, dispepsia, Priso de ventre,dores de origem reumtica, anemia carencial, quadros febris.

    O seu uso externo indicado no tratamento de varizes. Tem uma aco diurticapotente.ATENO: Pode provocar aborto. O seu uso indiscriminado pode levar morte, porisso no deve ser usado sem a consulta de um especialista.

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    NOME COMUM: Azevinho.NOME BOTNICO: Ilex aquifolium L.FAMLIA: Aquifoliceas.GEOGRAFIA: Comum nos bosques frondosos (soutos, faiais) da Europa. Tambm seencontra nas regies montanhosas e frias da Amrica do Norte e do Sul. Cultiva-separa fins ornamentais.

    PARTES EMPREGADAS: As folhas.COMPOSIO QUMICA: As folhas contm ilicina, teobromina (substnciasemelhante cafena, que tambm se encontra no cacaueiro), dextrose, cidosurslico e ilxico, rutina, resina e sais minerais (especialmente de potssio emagnsio).PROPRIEDADES: Anti-reumticas: pelo seu efeito depurativo, recomenda-se oazevinho aos artrticos e reumticos, para limpar o sangue dos produtos cidos dosresduos do metabolismo.Febrfugas e sudorficas: por isso se emprega para baixar a febre, especialmente emcaso de gripe, catarro ou bronquite.Diurticas e laxantes: tem em conjunto uma aco depurativa sobre o organismo,

    pois estimulam todas as funes de eliminao.Tonificantes do corao e estimulantes, devido ao seu contedo em obromina, cujosefeitos so semelhantes aos da cafena.A casca tem sido usada para evitar os ataques epilpticos, ainda sem fundamentocientfico. Em geral, o azevinho pouco usado como planta medicinal, pois requerum doseamento muito preciso e, mesmo assim, pode provocar nuseas e intolernciagstrica.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: decoco ou infuso com 40-60 g de folhaspor litros de gua, do qual se tomam, com um pouco de mel, at trs chvenas(xcaras) por dia.ATENO: As bagas vermelhas so muito venenosas. Provocam nuseas fortes,

    vmitos e diarreia; em grandes doses, provocam convulses e inclusive a morte.As crianas so particularmente susceptveis de intoxicar-se com estas bagasatraentes que, no entanto, servem de alimento aos animais do bosque.

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    NOME COMUM: Alo, Babosa.NOME BOTNICO: Aloe vera (L.) Webb.; Aloe barbadensis MillerFAMLIA: Liliceas.GEOGRAFIA: Originrio do Sul de frica, mas expandido pelas regies quentes edesrticas da Amrica (Antilhas e Amrica Central) e sia. Em Portugal foramintroduzidas cerca de 5 espcies, algumas das quais bem representadas nos

    arredores de Lisboa, principalmente na margem direita do rio Tejo.PARTES EMPREGADAS: O suco das folhas.COMPOSIO QUMICA: Das folhas suculentas obtm-se dois produtos principais:o azebre e o gel de alo.O azebre: ao cortar a superfcie das folhas das diversas espcies de alos, obtm-seum suco viscoso de cor amarela e sabor amargo, que se concentra ao calor do sol, oupor ebulio. Transforma-se assim numa massa amorfa de cor escura e sabor muitoamargo, que o azebre.O azebre contm de 40 a 80% de resina, e at 20% de alona, glicsidoantraquinnico que o seu princpio activo.O gel ou suco de alo: obtm-se da polpa das suas folhas carnudas, que deitam um

    suco pegajoso, quase transparente e de sabor inspido. A ela se deve a fama que ogel de alo tem adquirido nos ltimos anos, especialmente pela sua aco curativasobre a pele. formada por uma mistura complexa de mais de 20 substncias, comopolissacridos, glicsidos, enzimas e minerais. Contm acemanan, uma substnciaimunoestimulante (que aumenta as defesas).PROPRIEDADES: O azebre tem as seguintes aplicaes:At 0,1 g aperitivo, estomacal e colagogo, facilitando a digesto; a partir de 0,1 g,actua como laxante e como emenagogo (aumenta o fluxo menstrual);Doses de 0,5 g (mximo dirio), actua como purgante energtico e tambm ocitcico(provoca contraces uterinas).Aplicado ocalmente, so muitas as afeces sobre as quais o alo pode exercer

    efeitos benficos. As mais inportantes so as seguintes:Feridas, quer sejam limpas quer infectadas. O suco aplica-se em compressas,embora tambm se possa colocar directamente a polpa da folha sobre a ferida.Facilita a limpeza da ferida e acelera a sua cicatrizao, reduzindo, alm disso, acicatriz.Queimaduras: o gel ou suco aplica-se em compressas durante os dias seguintes queimadura. Em queimaduras de primeiro grau, bastam dois ou trs dias deaplicao. Em casos mais graves, convm consultar um especialista. O alo consegueacelerar a regenerao da pele danificada e reduzir ao mnimo a cicatriz.Tm-se obtido bons resultados nas queimaduras cutneas causadas por radiaesionizantes, assim como na radiodermite (afeco da pele causada pelas radiaes).

    Afeces da pele: o suco de alo aplicado em loo tem uma aco favorvel emcasos de psorase e eczemas da pele, assim como na acne, p de atleta (infeco porfungos) e herpes, entre outras. Para reforar o efeito, recomenda-se tom-lotambm por via oral.Nas crianas, a loo do suco de alo emprega-se no tratamento do eczema causadopelas fraldas, e para alliviar a comicho (coceira) e facilitar a cicatrizao da pele nasdoenas exantemticas como o sarampo, a rubola e a varicela.Beleza da pele: o alo revitaliza a pele, conferindo-lhe uma maior pureza, resistnciae beleza. Aplicado sobre a pele, melhora o aspecto das cicatrizes inestticas e dasestrias. Tambm se emprega no cuidado do cabelo e unhas.Ingerido por via oral, o suco de alo depurativo e tonificante. Emprega-se como

    digestivo e tambm no tratamento da lcera gastroduodenal.NOTA: Verificou-se experimentalmente que o acenaman contido no suco de alo tema faculdade de estimular as defesas do organismo. O seu uso por via interna activaos linfcitos, clulas que, entre outras funes, tm a de destruir as clulas

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    Plantas Teraputicas de A a Z Dr.Joo Novaes Lisboa - Portugal 37cancerosas, assim como aquelas que tenham sido infectadas pelo vrus daSIDA (HIV). Por isso est a ser investigado o seu emprego nestas duas pragas donosso tempo, sem que, at ao momento, se tenham podido obter resultadosconcludentes.MANEIRA DE PREPARAR: Uso interno: azebre: utiliza-se em forma de cpsulaspreparadas farmaceuticamente. Como laxante ou purgante, o azebre do alo actualentamente, pelo que se administra noite para obter o efeito no dia seguinte.

    Gel ou suco de alo: tomam-se 1 a 2 colheres de sopa, 3 ou 4 vezes ao dia,dissolvidas em gua., suco de frutas. Normalmente, toma-se com as refeies. Emcaso de lcera gastroduodenal, recomenda-se tom-la meia hora antes de cadarefeio, e antes de se deitar para dormir.Uso externo: compressas com o suco: devem-se manter durante todo o dia,humedecendo-as com suco cada vez que sequem. noite pode aplicar-se um cremehidratante, pois o suco de alo resseca a pele.Loo com suco de alo: aplica-se 2 ou 3 vezes por dia sobre a pele afectada.Convm combinar o seu uso com o de algum emoliente (suavizante).Cremes, unguentos e outros preparados farmacuticos base de alo.Em queimaduras solares pode aplicar-se pulvizando diluido em gua.

    PRECAUES: O suco de alo contra-indicado ao grupo sanguneo 0 e B (a suaingesto).O gel ou o suco de alo pode provocar reaces alrgicas, quando se aplica sobre apele. Uma de cada 200 pessoas, aproximadamente, alrgica ao alo. Se, poucosminutos depois de espalhar umas gotas de suco de alo sobre a pele das costas,aparecer um ligeiro rubor e comicho (coceira), sinal de alergia ao cacto: ter-se-de recorrer a outro remdio.O azebre no deve ser utilizado como purgante pelas mulheres durante amenstruao, nem pelas grvidas, pois provoca congesto dos rgos plvicos econtraces uterinas. Tambm no recomendvel para quem sofra de hemorridas(pode faz-las sangrar). No se deve administrar s crianas. No exceder a dose de

    0,5 g por dia.

    NOME COMUM: Acnito.NOME BOTNICO: Aconitum napellus L.FAMLIA: Ranunculaceae.GEOGRAFIA: originria da Europa e encontrada com maior frequncia naPennsula Ibrica, bem como nas montanhas da Europa Central, Sucia e Noruega.COMPOSIO QUMICA: Alcalides (aconina, aconitina, napelina, picroaconitina),glicsidos flavnicos (luteolina, apigenina), inositol, cido acontico, manitol, amido eresinas.PARTES EMPREGADAS: As razes e as folhas.

    PROPRIEDADES: usada somente em Homeopatia sem ter problema detoxicidade.ATENO: Se for ingerida em grande quantidade, principalmente quando verde,poder causar efeitos extremamente txicos.NOTA: Usada em Homeopatia (ver Matria Mdica Homeoptica).

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    NOME COMUM: Actea.NOME BOTNICO: Actaea spicata L.FAMLIA: Ranunculaceae.GEOGRAFIA: Originria da Europa Central e Meridional.COMPOSIO QUMICA: Contm cimicifugina, protoanemonina (sementes) eresinas.

    PARTES EMPREGADAS: As razes e a planta seca so utilizadas.PROPRIEDADES: Pode ser usada como auxiliar no tratamento das asma brnquica ede infeces das vias areas superiores. Tambm tem aco cardiotnica.ATENO: O seu uso emprico contra-indicado, pois h possibilidade de ocorrerenvenenamento grave. Os frutos so venenosos.

    NOME COMUM: Agoniada, Jasmim manga, quina mole.NOME BOTNICO: Plumeria lancifolia.FAMLIA: Apocynaceae.COMPOSIO QUMICA: Glicsidos (agoniadina), plumerina e cido plumeritnico.PARTES EMPREGADAS: A casca.

    PROPRIEDADES: Usada nas clicas menstruais, quadros febris, priso de ventre,asma brnquica, bronquite crnica, bem como em estados de ansiedade. Outro stiode aco o sistema linftico (nos casos de linfadenopatias).

    NOME COMUM: Amor do campo.NOME BOTNICO: Desmodium diureticum.FAMLIA: Leguminosae papillionaceae.PARTES EMPREGADAS: As folhas.PROPRIEDADES: Usado na priso de ventre, bronquite crnica e asma brnquica.Externamente usada no herpes simples e outras molstias da pele. conhecido oseu efeito diurtico, anti-inflamatrio e regulador das funes intestinais.

    NOME COMUM: Angelic.NOME BOTNICO: Aristolochia brasiliensis.FAMLIA: Aristolochiaceae.COMPOSIO QUMICA: cido aristolquico, cido aristidnico, cido aristnico,cido cimbfero, aristoloquina, cimbiferina, cassauna, terpenos, esterides, lignanas,alcalides, taninos, mucilagens e resinas.PARTES EMPREGADAS: As razes, o caule e as folhas.PROPRIEDADES: usada em quadros de ansiedade, anorexia, febris (raiz), doresreumticas, distrbios gastrointestinais (folhas e raiz) e parasitoses intestinais.ATENO: Pode provocar o aborto.

    NOME COMUM: Assa peixe.NOME BOTNICO: Bohemeria caudata.FA


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