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Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP

Departamento de Engenharia de Construção Civil

ISSN 0103-9830

BT/PCC/485

Poluição atmosférica por emissão de materialparticulado: avaliação e controle nos canteiros

de obras de edifícios.

Fernando ResendeFrancisco Ferreira Cardoso

São Paulo - 2008

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Escola Politécnica da Universidade de São PauloDepartamento de Engenharia de Construção CivilBoletim Técnico - Série BT/PCC

Diretor: Praf. Dr. Ivan Gilberto Sandoval FalleirosVice-Diretor: Praf. Dr. José Roberto Cardoso

Chefe do Departamento: Prof. Dr. Orestes Marracini GonçalvesSuplente do Chefe do Departamento: Praf. Dr. Alex Kenya Abiko

Conselho EditorialProf. Dr. Alex AbikoPraf. Dr. Francisco Ferreira CardosoProf. Dr. João da Rocha Lima Jr.Praf. Dr. Orestes Marraccini GonçalvesProf. Dr. Paulo HeleneProf. Dr. Cheng Liang Yee

Coordenador TécnicoProf. Dr. Alex Kenya Abiko

O Boletim Técnico é uma publicação da Escola Politécnica da USPI Departamento de Engenharia deConstrução Civil, fruto de pesquisas realizadas por docentes e pesquisadores desta Universidade.

Este texto faz parte da dissertação de mestrado de título "Poluição atmosférica por emissão dematerial particulado: avaliação e contrale nos canteiros de obras de edifícios iclados", que seencontra à disposição com os autores ou na biblioteca da Engenharia Civil.

FICHA CATALOGRÁFICA

RESENDE, FernandoPoluição atmosférica por emissão de material particulado:

avaliação e controle nos canteiros de obras de edifícios. - São Paulo:EPUSP, 2008.

23 p. - (Boletim Técnico da Escola Politécnica da USP,Departamento de Engenharia de Construção Civil, BT/PCC/485)

1. Poluição atmosférica 2. Emissão de material particulado 3. Controle decanteiro de obras 4. Edifícios

I. CARDOSO, Francisco Ferreira 11. Universidade de São Paulo. EscolaPolitécnica. Departamento de Engenharia de Construção Civil 111. Título IV.Série

ISSN 0103-9830

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POLUiÇÃO ATMOSFÉRICA POR EMISSÃO DE MATERIALPARTICULADO: AVALIAÇÃO E CONTROLE NOS CANTEIROS DE

OBRAS DE EDIFíCIOS

RESUMO

A construção civil é a indústria que mais causa impactos ambientais no planeta.Nos canteiros de obras os maiores impactos ambientais estão relacionados aogrande consumo de recursos e à grande geração de poluições que afetam todasociedade. Dentre estas poluições, está a emissão de material particulado naatmosfera, responsável por uma série de problemas respiratórios e cardíacos,danos à flora e à fauna, incômodos à vizinhança, danos ao solo, à água e àqualidade do ar, entre outros aspectos. Em vários países, os canteiros de obrassão reconhecidos como uma das principais fontes de poluição por partículas.

Este trabalho pretende identificar as principais fontes emissoras de materialparticulado entre as diversas atividades de construção e as principaisferramentas de controle de emissão aplicáveis aos canteiros de obras deedifícios. Ele é realizado com base em compilação de bibliografia nacional einternacional disponível.

Como resultado, pretende-se contribuir para a diminuição da poluição porpartículas na atmosfera a partir dos canteiros de obras de edifícios, emconformidade com padrões de qualidade do ar estabelecidos pelas autoridadeslocais, através da apresentação de ferramentas para identificação, controle,monitoramento e gestão de emissões aplicáveis por empresas construtoras.

Palavras-chave: poluição atmosférica, material particulado, canteiro de obras,edifício.

ABSTRACT

lhe civil construction is the industry that most causes environmental impacts inthe planet. In the construction sites the greatest environmental impacts arerelated to high consumption of resources and high leveis of pollutionsemissions, affecting the whole society. Among these pollutions, it is theparticulate matter emission in the atmosphere, responsible for heart and lungdiseases, damages to animais, plants, soil, water and air quality and nuisancesto neighbors. In several countries, the construction sites are recognized as oneof the main sources of particle pollution.

lhis work intends to identify the main emission sources of particulate matteramong the great variety of construction activities and the main particleemissions control tools available for building construction sites. lhe research isbased on compilation of Brazilian and international bibliographies.

As result, the research intends to contribute to reduce the air particle pollutionfrom construction sites, in compliance with the local authority air quality

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standards, through the presentation of tools for identification, control, monitoringand management of emission applicable by contractors firms.

Keywords: air pollution, particulate matter, construction site, building

1 INTRODUÇÃO

Entender e colocar em prática o desenvolvimento sustentável é o grandedesafio do século XXI. É o início de uma nova era, assim como foi a RevoluçãoIndustrial, não há como reverter isso. Se o ser humano não souber sedesenvolver economicamente, atendendo às necessidades da sociedade e emequilíbrio com o meio ambiente, o futuro das próximas gerações será muitodifícil.

A construção civil tem forte relação com o alcance do desenvolvimentosustentável seja em escala local, regional, nacional ou global. É a indústria quemais causa impactos ambientais (SILVA, 2003). Em todas as suas atividades,seja na fabricação, construção, demolição, reforma, entre outros, sãoconsumidas grandes quantidades de recursos naturais, gerada grandequantidade de resíduos e consumida grande quantidade de energia.

Sua influência social e econômica é também bastante significativa. É umagrande fonte geradora de empregos, além disso, sua atividade está vinculadaao atendimento de necessidades básicas como habitação, saúde, educação,infra-estrutura e interação social. No Brasil e na Europa ela representa 11 % doPIB (SILVA, 2003 e International Council For Research And Innovation InBuilding And Construction -eIB, 1999).

Sem que haja mobilização no setor da construção civil, é praticamenteimpossível que haja desenvolvimento sustentável no mundo. O desafio ébastante grande, dado o universo que a construção civil abrange.

Dentro do pensamento sustentável as ações devem ser pensadas de maneirasistêmica, avaliando todo o ciclo de vida dos produtos gerados. No caso doedifício, por exemplo, o ciclo de vida envolve desde a concepção, passandopela fabricação, construção, operação, demolição e finalmente pela destinaçãofinal dos resíduos, podendo ser gerados impactos ambientais, sociais eeconômicos relevantes. A escolha de um material que provenha de fontes derecursos não-renováveis, que não seja reciclável ou desmontável, queconsuma grande quantidade de energia (seja na fabricação, na construção, naoperação ou na reciclagem), é apenas um exemplo da responsabilidade dasescolhas e decisões a serem tomadas num ambiente sustentável.

Este trabalho se propõe a avaliar, dentro do ciclo de vida do edifício,características da etapa de construção, mais especificamente do canteiro deobras. Embora seja uma etapa de curto prazo se comparada às demais, seusimpactos são significativos, ainda mais se pensarmos num grande volume deobras, o que é uma realidade em muitos países, incluindo o Brasil.

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o canteiro de obras é uma indústria, com a diferença que após a conclusão doproduto, quem sai do local é a indústria, ficando o produto. Como em muitasindústrias convencionais, há grande consumo de recursos e grande geração deresíduos e poluição, além de incômodos à região onde está inserida.e aosprofissionais que nela trabalham.

A poluição e incômodos gerados causam impactos sobre o meio físico (solo, are água) sobre o meio biótico (fauna e flora) e sobre o meio antrópico(trabalhador, a vizinhança ou a sociedade em si) (ARAÚJO; CARDOSO, 2006).

Entre os aspectos ambientais do canteiro de obras que causam esta poluição eincômodos estão as gerações de resíduos perigosos, a emissão de ruídos, aemissão de vibração, lançamento de materiais fragmentados, a emissão dematerial particulado, entre outros (ARAÚJO; CARDOSO, 2006).

A poluição e incômodos gerados nos canteiros de obras são reconhecidos pelasociedade em geral, principalmente a poluição sonora, a vibração e a emissãode material particulado.

O foco deste trabalho é a poluição do ar e os incômodos por deposiçãogerados pela emissão de material particulado a partir dos canteiros de obra.

Segundo a United States Environmental Protection Agency - US EPA (2006) omaterial particulado é caracterizado pela mistura de partículas sólidas oulíquidas encontradas no ar. Algumas destas partículas podem ser vistas a olhonu, como é o caso das poeiras ou resíduos, outras somente com uso demicroscópios eletrônicos, como é o caso do MP2,5 que são partículas comdiâmetro de 2,5 micrômetros ou menos e o MP lO são partículas com diâmetroentre 2,5 e 10 micrômetros. O material particulado pode ser emitidodiretamente na atmosfera ou se formar na atmosfera a partir de emissõesprimárias de gases. As poeiras de construção, por exemplo, são emitidasdiretamente no ar. Já os sulfatos, são formados a partir, por exemplo, daemissão de S02 pelas indústrias. As partículas MP lO ou de maior diâmetrogeralmente são emitidas diretamente no ar, enquanto as partículas MP2,5

geralmente, são formadas por emissões gasosas.

As partículas MP lO ou de diâmetro menor são partículas que representamriscos à saúde humana e que recebem maior atenção de órgãos nacionais einternacionais ligado ao meio ambiente (Companhia de Tecnologia deSaneamento Ambiental - CETESB e US EPA, por exemplo). Tais partículastêm facilidade em penetrar nas vias respiratórias e pulmões e estãorelacionadas a várias doenças nos pulmões e coração, levando muitas vezes àmorte. Muitos problemas de saúde estão relacionados à longa exposição ouainda exposição diária ou de picos (1 hora, por exemplo), são exemplos: asma,bronquites, alergias, arritmia cardíaca e ataques do coração. As crianças eidosos são os mais afetados.

Além de serem um problema de saúde pública, o material particulado tambémcausa outros impactos ao meio ambiente como a redução de visibilidade,

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impactos à vegetação e ecossistemas, danos a edificações, incômodos avizinhos, poluição dos solos e das águas, entre outros.

A emissão de material particulado está relacionada há algumas fontes comoemissão dos escapamentos de veículos, gases emitidos por indústrias,queimas de matas, estradas de terra, canteiros de obras, pulverização depesticidas, ou ainda causas naturais como erupções de vulcões, água do mar,decomposições biológicas, entre outras (ALMEIDA, 1999; US EPA, 2006)

Na Região Metropolitana de São Paulo, em 2005, a emissão por veículos foi amaior fonte de emissão (40%), seguida das partículas formadas na atmosferapelos diversos gases (25%), pelas partículas em ressuspensão (25%) efinalmente pelos processos industriais (10%). Nas partículas em ressuspensãose encontram a maior parte das emissões geradas pelos canteiros de obras,sem contar os veículos e equipamentos de construção e algumas partículasformadas na atmosfera por emissão de gases (CETESB,200S).

Nos Estados Unidos, a US EPA fez uma caracterização genérica das fontes dematerial particulado, conforme o gráfico 1-1.

Erosão por ventos eoutras fontes naturais

Construção

Diversos(agricultura,queimadas emflorestas, entreoutros).

Estradas e ruaspavimentadas

Todas as outras

Estradas e ruas nãopavimentadas

Gráfico 1-1 - Fontes de emissão de material particulado nos Estados Unidos

Fonte: US EPA

Nota-se que a construção civil, sozinha, representa 13% das emissões. NoBrasil, não há dados que representem as emissões específicas da construçãocivil, mas é notável na atmosfera de cidades como São Paulo, a presença departículas emitidas pelos canteiros de obras. , seja pela deposição de poeirasnas propriedades, seja por problemas de saúde que os vizinhos de obrassofrem, entre outros.

Percebe-se que a poluição por material particulado tem grande relevânciaambiental, social e econômica e, sendo a construção civil uma das principais

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fontes de emissão, faz-se necessário o estudo e o controle das mesmas noambiente do canteiro de obras.

Este trabalho pretende estudar a emissão de material particulado nos canteirosde obras de edifícios inseridos no meio urbano, com ênfase a alguns aspectos:a)identificação das principais fontes de emissão de material particulado entreas atividades realizadas no canteiro de obra, b) identificação dos principaismétodos de controle e monitoramento para estas emissões e c) fornecerelementos para elaboração de planos de gestão para controle de emissões dematerial particulado no canteiro de obras de edifícios.

A metodologia de desenvolvimento da pesquisa está baseada em pesquisabibliográfica.

2 EMISSÃO E CONTROLE DE MATERIAL PARTICULADO NOCANTEIRO DE OBRAS DE EDIFíCIOS

As atividades de construção civil são grandes fontes potenciais de emissão dematerial particulado na atmosfera, em todas as fases do ciclo de vida dos seusprodutos.

A fase de construção de um edifício, assim como em outros tipos de obras,apresenta uma grande variedade de atividades, bastante diferenciadas entre si.Isso faz com que, dentro de um mesmo canteiro de obras, ao longo daexecução da obra, sejam criadas fontes de emissão de material particulado decaracterísticas diversificadas, sob vários aspectos (concentração produzida,tamanho de partícula, composição de partícula, tempo de emissão, entreoutros). Esta diversidade, também cria uma variedade de medidas de controle,adaptada a cada uma das situações.

De um edifício para o outro as características de emissão podem ser alteradas,fazendo com que cada caso seja um caso. Embora possam ser previstasregras gerais, cada novo projeto vai necessitar de uma avaliação específica,mesmo porque, as obras mudam sua localização e, conseqüentemente, podemmudar as características do meio ambiente afetado. Além disso, o tempo deexecução é variável, gerando efeitos nocivos por mais ou menos tempo.

A seguir serão identificadas e analisadas as características das principaisfontes emissoras, dentre as diversas atividades da construção de um edifício,além de proposição de recomendações de prevenção e controle destasemissões no ambiente do canteiro de obras de edifícios, localizado em áreasurbanas.

2.1 Identificação e controle das atividades geradoras de materialparticulado

A produção de um edifício envolve uma grande variedade de atividades quesão potenciais fontes de emissão de material particulado. Para facilitar a

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identificação destas atividades, propôs-se separá-Ias em grupos quecompreendem fases distintas do canteiro de obras:

demolições;movimentação de terra e serviços preliminares;serviços de construção.

Dentro destes grupos há conjuntos de atividades que são comuns a todos elese que possuem características particulares de emissão, por isso, além dadivisão acima propõe-se mais dois grupos de classificação:

- transporte, armazenagem e remoção de materiais e resíduosveículos e equipamentos de produção e transporte

A seguir, serão colocadas as principais características destes grupos,identificando as principais atividades geradoras de material particulado que oscompõem, além das principais medidas de prevenção e controle encontradasna bibliografia disponível e no mercado.

2.1.1 Emissão e controle nas atividades de demolição

As atividades de demolição, geralmente, ocorrem em curto período de tempo,se comparado ao tempo de produção de grande parte dos edifícios. Porém, viade regra, a geração de material particulado nestas atividades é bastantesignificativa.

As partículas geradas são em grande parte de fração grossa, mas também sãoencontradas partículas de fração fina, provenientes principalmente dacombustão de motores dos veículos e equipamentos utilizados durante ademolição.

A metodologia a ser utilizada para realizar a demolição deve ser estudadacuidadosamente, principalmente, quando o risco de afetar os vizinhos sejaelevado.

Em muitos casos, demolições manuais ou ainda mecanizadas são preferíveisàs demolições realizadas por explosivos, pois a geração de material particuladona atmosfera tende a ser menor, embora haja maior exposição dos operários.

A metodologia a ser empregada, relacionada aos potenciais impactos ao meioem que a obra está inserida, deve ser estuda ainda na fase de planejamento daobra. Juntamente com a metodologia, devem ser estudadas as principaismedidas de controle que podem ser aplicadas. Para isso, as técnicas dedemolição devem ser suficientemente, detalhadas.

Avaliar a possibilidade de reaproveitamento de materiais ou separação parareciclagem são medidas bastante favoráveis.

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A tabela 2.1 relaciona algumas fontes potenciais de geração de materialparticulado encontradas na etapa de demolição, relacionado-as a algumasmedidas de prevenção e controle possíveis.

Tabela 2.1 - Atividades emissoras e medidas de prevenção e controle duranteatividades de demolição. Fontes: BRE (2003) e GLA (2005)

Fonte potencial Medida de controle

Utilização de • Sempre que possível esta medida deve ser evitada, buscando outras

explosivos metodologias de demolição.

Emissão de • Cercar a obra ou pontos de emissão com telas de poliéster de malha

partículas de fina ou outras barreiras físicas, como chapas de madeira, tecidos, entre

atividades diversas outros, de modo a garantir que as partículas mesmo quandomovimentadas pelos ventos não passem dos limites da obra

(serragem, • Aspergir água com mangueiras de alta vazão, ou dispositivosbritagem, quebra, associados aos equipamentos, antes e durante a atividade deIixamento, entre demolição.outros) • Evitar atividades de demolição quando as velocidades do vento

estiverem elevadas.• Manter a área umedecida após o término da demolição. Em períodosgrandes, utilizar estabilizadores químicos, se houver.

Materiais biológicos • Todo tipo de material biológico presente na edificação, que apresenteriscos ao meio, deve ser removido antes do início da demolição. Deve-se evitar que o material se torne um aerossol, quando removido.

Descarga e • O lançamento de materiais em caçambas estacionárias ou caminhões

transporte de deve ser feito da menor altura possível, evitando maior dispersão na

material atmosfera.• As caçambas e caminhões devem ser umedecidos e cobertos paraevitar dispersão de partículas.

Queima de materiais • Só deve ser empregada em último caso. Caso possível, encaminharos materiais para incineração.

Armazenamento de • Os resíduos de demolição devem ser removidos o quanto antes da

resíduos na obra obra, evitando sua exposição a ventos e chuvas. Quando não forpossível, devem ser cercados, umedecidos e cobertos.

Cortes com • É recomendável a utilização de exaustores localizados, conforme a

maçarico intensidade de utilização.

Trânsito de veículos • As rotas de veículos devem estar sempre umedecidas com água ouestabilizadores químicos biodegradáveis.

2.1.2 Emissão e controle nas atividades de movimentação de terra eserviços preliminares

Assim como no caso das atividades de demolição, as atividades de movimentode terra e serviços preliminares estão entre as maiores fontes de geração dematerial particulado na atmosfera.

Os efeitos da movimentação de terra são potencializados, especialmente, emperíodos de seca e de grande quantidade de ventos. Em campos abertos, osefeitos destas emissões são ainda mais potencializados.

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Na maioria dos casos, a movimentação de terra e serviços de preparação doterreno são realizados por equipamentos mecânicos, com capacidade paramovimentar quantidades de material muito maiores do que com o uso deferramentas manuais, isso faz com que a emissão seja elevada.

As atividades de movimentação de terra estão ligadas a atividades de corte eaterro, mas também a transporte de terra, carga e descarga a partir de veículose equipamentos. Outra fonte de geração de material particulado relacionada àsatividades de movimentação de terra é o transporte de lama aderida a pneusde veículos, que é espalhada pelas vias públicas. Essa lama, depois de seca, éressuspensa pelos ventos, constituindo em uma importante fonte de geraçãode aerossóis.

A tabela 2.2 coloca algumas medidas de prevenção e controle de emissões dematerial particulado nas obras, durante a movimentação de terra e serviçospreliminares.

Tabela 2.2 - Medidas de prevenção e co'ntrole de atividades emissoras dematerial particulado durante atividades de movimentação de terra e serviçospreliminares. Fonte: BRE (2003); GLA (2005) e COUNTES ENVIRONMENTAL(2004).

Fonte potencial Medidas de prevenção e controle

Durante a • A vegetação existente deve ser removida conforme o avanço das

movimentação de atividades de movimentação de terra, evitando exposição do solo.

terra em geral • Serviços de escavação devem ser evitados durante períodos muitosecos e com ventos fortes.• A remoção de terra da obra deve ser feita, preferencialmente, logoapós sua escavação/movimentação.• Sempre que possível, umedecer o solo periodicamente.• Prever barreiras físicas ao redor da obra ou das áreas de trabalhopara diminuir as emissões além do limite da obra.• Caso possível, manter as áreas em escavação umedecidas ecobertas nos períodos de paralisação.• Controlar a altura de lançamento de terra nos trabalhos de carga edescarga. Esvaziar a caçamba lentamente, evitando formação denuvens de poeira.

Término da • Sempre que possível, aplicar vegetação sobre o solo logo que forem

movimentação de finalizados os serviços de movimentação de terra.

terra • Sempre que possível, aplicar pavimentação definitiva ou provisóriasobre o solo para evitar sua exposição.• Quando não for possível nenhuma das opções acima, recomenda-se umedecer o solo periodicamente ou ainda aplicar estabilizadoresquímicos.

Estoques de terra • Devem ser umedecidos periodicamente e cobertos com lona• Outra opção é molhar a superfície dos estoques de terra comestabilizadores químicos.

Transporte de • Os caminhões transportadores devem ser cobertos com lona oumaterial outra barreira física.

• Os pneus de caminhão devem ser lavados sempre que deixarem ocanteiro. A água de lavagem deve ser adequadamente coletada paraimpedir danos ao meio ambiente.

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Cabem algumas observações quanto às medidas de controle:

em alguns casos, a própria umidade do solo, mantém as condições decontrole favoráveis, não necessitando de maiores cuidados.o controle com uso estabilizadores químicos deve ser usado emperíodos de permanência maiores, devido ao seu custo frente àutilização da água.umedecer o solo e não lavar os pneus dos caminhões pode gerarproblemas de emissão de material particulado, muito maiores porressuspensão.

As medidas de controle e prevenção devem ser estudas na fase deplanejamento da obra, de acordo com as metod%gias executivas a seremnela empregadas.

No caso das atividades de movimentação de terra as características deemissão podem ser bastante variadas, pois a emissão vai depender de algunsfatores como o tipo de solo que se está movimentando, o tipo de equipamentoempregado, o tipo de movimentação realizada (corte, aterro, transporte, entreoutros), das condições meteorológicas no ato da medição, do tamanho doterreno e volume de terra movimentado, entre outros fatores.

2.1.3 Emissão e controle nos serviços de construção

Para este trabalho, está sendo entendido como serviço de construção, aquelesreferentes à execução de estrutura, vedações verticais e horizontais eacabamentos em geral. Para o estudo da emissão e controle de materialparticulado, neste trabalho, não se considerou como mais importante o serviçode construção propriamente dito, mas sim as atividades que o compõem e quesão potenciais geradoras de material particulado. Por exemplo, as atividadesde corte com serra manual de disco, são potencialmente importantes quanto êemissão de material particulado e podem ocorrer tanto na alvenaria, como nosrevestimentos cerâmicos, como no embutimentos das instalações, entre outros.

A tabela 2.3 apresenta a relação entre estas potenciais atividades geradoras dematerial particulado e os principais serviços de construção de um edifício.

Vale lembrar que pode haver diferentes maneiras de se executar cada um dosserviços de construção mencionados, de tal modo que a tabela 2.3 torna-se umelemento genérico, que aponta as atividades geradoras de material particuladoque podem vir a ocorrer em cada serviço. A racionalização ou aindustrialização de um serviço, ou mesmo uma alternativa construtiva, podemalterar significativamente o potencial de emissão de um dado serviço, uma vezque a atividade geradora pode ser reduzida ou ainda eliminada. Fatores comocondições de exposição, dimensões dos serviços de construção e condiçõesde controle, também influenciam bastante no potencial de emissão de materialparticulado de cada serviço.

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Tabela 2.3 - Atividades potencialmente geradoras de material particulado ed d d'r'

• Ocorre com maJor tntensldade/frequencraX Ocorre com menor intensidade/freqüência• Atividades com maior potencial de emissão de MP

* As coberturas de madeira com telhas cerâmicas, telhas de concreto ou pétreas sãopotencialmente mais nocivas quanto à emissão de MP que as coberturas metálicas.** Os serviços de impermeabilização são bastante variados. As atividades de queima e uso demaçarico estão presentes em diversos sistemas de impermeabilização flexíveis. O manuseiode material pulverulento e mistura de agregados e aglomerantes ocorre nasimpermeabilizações rígidas e nas proteções mecânicas e regularizações.***Os serviços de pavimentação podem ser compostos por pavimentos flexíveis onde ocorrempraticamente todas as técnicas citadas, ou por pavimentos rígidos, onde, geralmente, nãoocorrem queimas,•••• O corte com serra manual ou mesmo a quebra podem ocorrer com grande freqüência naexecução de sistemas prediais, dependendo da técnica empregada. Exemplo: rasgos paraembutir tubulações,

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Serviço de construçãoFôrma • • x ,.Armação • x ~

Concretagem x x x • 'l> X •Forros e divisórias x • x X X •Alvenarias • x • " x ~

Revestimentos internos X • 'l> X •Revestimentos Externos X • to X •Pisos argamassados + <l> x 'I

Revestimentos cerâmicos & • • • x ~

Esquadrias • • • • +Pintura + • • 4

Cobertura' • • x x x x •Impermeabilização" • x • • xPavimentação••• & X 'I • X • " 4-

Paisagismo • 1>

Sistemas prediais···· x x x • X x x x x x "-.

A identificação das fontes geradoras de material particulado, durante a etapade construção do edifício, torna-se muitas vezes bastante complexa, pois pode,em muitos casos, ser formada por um conjunto variado de atividadessimultâneas de curta, média ou longa duração e individualmente de baixo,médio ou alto potencial de emissão. O acúmulo de material particulado dediversas fontes de baixo e médio potencial de emissão pode se tornar umafonte com emissões superiores aos padrões de qualidade do ar. Há, também,um conjunto de atividades que são mais facilmente identificadas como grandesfontes individuais de geração de material particulado, como pode ocorrer nasatividades de jateamento de areia, cortes contínuos com serras de disco, entre

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outras. Portanto a avaliação de emissões no canteiro, na maioria das vezes,deverá ser feita por avaliação de sobreposição de atividades num dadoinstante, visando prever a quantidade total de emissão. De qualquer forma,como será visto a seguir, o controle de emissões só é possível peloconhecimento das características de cada serviço, obrigando o estudo de cadaum em particular.

Além dos seNiços mencionados na tabela 2.3, há outros seNiços específicos,que podem emitir grande quantidade de material particulado na atmosfera,como por exemplo: jateamento de areia, jateamento de concretos eargamassas, fresagem de pavimentos, lixamento de superfícies diversas, usode fogueiras para queima de materiais, entre outros.

2.1.3.1 Controle e prevenção de emissões de material particulado nasatividades de construção

A seguir, são colocadas, de forma resumida, as principais medidas deprevenção e controle das principais atividades geradoras de materialparticulado na atmosfera entre as atividades

- Cortes e perfurações

Englobam atividades realizadas por serras eperfuratirzes de portes diversos,que são utilizadas no canteiro de obras de edifícios. A tabela 2.4 apresentaalgumas ações de prevenção e controle que podem ser utilizadas nos serviçosde corte e perfuração.

Tabela 2.4. Medidas de controle e prevenção nos serviços de corte efper uraçaoAtividade geradora Medidas de controle

Corte e perfuração em • Preferencialmente realizar o serviço em local isolado da ação debancada ventos

• Utilizar dispositivo de coleta de pó de serragem acoplado aoequipamento.• Em caso de grande quantidade de emissões pode-se realizar aatividade em ambiente fechado com coifa exaustora e filtro.• Fazer corte/perfuração com água (quando o equipamento e omaterial permitirem).

Serras e perfuratrizes • Utilizar coletores de pó acoplados ao equipamento oumanuais aspirar/varrer imediatamente após a atividade ou realizar o

serviço dentro de caixotes coletores ou realizar o serviço comágua, coletando o resíduo gerado. Realizar a atividade em localprotegido da ação dos ventos.

Regras gerais • Utilizar tecnologias construtivas industrializadas sempre quepossível, evitando serviços de corte e perfuração no canteiro.• Em caso de grande volume de corte e perfuração, elaborarplano de corte e perfuração, racionalizando a atividade. Exemplo:

,projeto de produção para fôrmas de concreto.

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- Uso de material pulverulento

Quanto menor o nível de industrialização de uma obra o maior o nível deutilização de materiais pulverulentos. Diversas são as atividades que podemfazer o uso de material pulverulento no canteiro de obras mas, a grandemaioria, concentra-se na mistura de aglomerantes e agregados manualmenteou em betoneiras para produção de argamassas de revestimento de parede episo, concretos estruturais ou não, argamassas de assentamento, lastros eregularizações, argamassas impermeabilizantes, entre outros.

Entre as medidas de controle e prevenção que podem ser utilizadas para ocontrole da emissão de material particulado a partir da utilização de materiaispulverulentos estão:

./ sempre que possível, evitar a produção de concreto e argamassas, emobra. Opções seriam utilizações de elementos industrializados diversos,como painéis de revestimento e vedação, estruturas pré-fabricadas,pisos elevados, entre outros ou ainda minimizar os processos de misturano canteiro utilizando concretos usinados ou argamassasindustrializadas;

./ produzir concretos e argamassas em local protegido da ação de ventose chuvas;

./ de acordo com o volume de emissão, utilizar exaustão com filtros nolocal de preparo;

./ quando o concreto ou argamassa for misturado manualmente,.preferencialmente, fazê-lo dentro de caixotes, garantindo maior controledo material. misturas diretamente sobre o piso não são recomendadas.Os caixotes devem possuir abas laterais capazes de proteger a misturada ação de ventos;

./ quando as misturas forem deixadas de um dia para o outro e estiveremsujeitas à ação de ventos, cobri-Ias com lonas;

./ nos locais de armazenamento e produção, é recomendável aaspiração/varrição umedecida periódica, de modo a evitar o acúmulo departículas e carregamento por ventos e chuvas.

./ planejar a logística de distribuição de materiais no canteiro, visandodiminuir o número de transportes internos dos materiais pulverulentos,evitando dispersões inconvenientes;

- Desgaste superficial

Envolve atividades como lixamento, raspagem, fresagem e outras atividadessimilares. O controle está muito relacionado à tecnologia de desgaste utilizada

A seguir, são colocadas medidas de controle e prevenção de emissão dematerial particulado que podem ser utilizadas nas atividades de desgastesuperficial, lembrando que, como as metodologias são bastante específicas,faz-se necessária a análise caso a caso:

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./ sempre que possível, evitar a realização de atividades que exijamdesgaste superficial, substituindo a tecnologia construtiva;

./ acoplar dispositivos de coleta de pó às ferramentas, quando for possível;

./ lançar água durante o desgaste da superfície, quando for possível (pisosde madeira não possibilitam, mas muitos pisos de pedra, sim),garantindo a coleta dos resíduos gerados;

./ caso não seja possível, utilizar dispositivos de controle direto, realizarvarrição úmida ou aspiração com freqüência, de modo a evitar oacúmulo de partículas suscetíveis à ressuspensão;

./ sempre que possível, cercar a área de trabalho com barreiras físicas,como telas, lonas, tapumes, entre outros, principalmente quando não forpossível utilizar dispositivos de controle direto.

. Lançamento/projeção de argamassa e concretos com queda eressuspensão

o lançamento ou projeção de argamassas e concretos ocorre com bastantefreqüência durante a produção dos edifícios no Brasil, tanto nas suas áreasinternas como nas áreas externas.

Normalmente, as argamassas e concretos, no momento da aplicação, estãosuficientemente úmidos para evitar que suas partículas sejam lançadasdiretamente na atmosfera ou que, pelo menos, permaneçam por muito tempono ar. O problema da emissão de material particulado na atmosfera porlançamento e projeção de argamassas e concretos, normalmente, ocorrequando esses materiais secam, ficando mais suscetíveis à ressuspensão.

Como medidas de controle e prevenção podem ser mencionadas:

./ evitar a utilização de argamassas e concretos, optando por tecnologiasindustrializadas, embora se reconheça que seja bem difícil;

./ racionalizar o processo de produção de forma a diminuir a perda deargamassas e concretos por queda (utilização de bisnagas ou meia­canas para assentamento de alvenaria; mecanizar o processo detransporte e aplicação de concreto; utilizar chapisco rolado; cobrir ospisos de forma a possibilitar o reaproveitamento integral daargamassa/concreto que cai; entre outros);

./ verificar periodicamente a estanqueidade dos equipamentos utilizadospara transporte de concretos e argamassas;

./ realizar a varrição úmida ou aspiração com freqüência de modo a evitaro acúmulo de partículas. É fundamental que esta atividade sejarealizada com grande freqüência nas áreas externas, principalmente,nos andaimes de fachada ou sobre as lajes da estrutura, onde asuscetibilidade à ação de ventos e chuvas é elevada;

./ criar barreiras físicas de modo a evitar que as argamassas e concretossejam lançados fora de um espaço controlável (telas nos andaimesfachadeiros, tapumes, lonas, entre outros);

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./ planejar a atividade de modo que a queda de concreto e argamassasdurante o transporte seja minimizada (mecanização; diminuição decaminhos de circulação; entre outros).

Queima

Os serviços de queima devem ser evitados, sempre que possível noscanteiros de obra, pois lançam material particulado e gases, muitas vezestóxicos, na diretamente na atmosfera. Além disso, sempre há alternativasconstrutivas para os processos de queima.

Escavação manual

Entre as ações de prevenção e controle de emissão de material particuladono ambiente do canteiro de obras de edifícios, devido à escavação manual,podem ser mencionadas (baseado em BRE, 2003):

./ sempre que possível e for o caso, realizar a escavação em partes,procurando manter a camada de proteção vegetal existente pelo maiortempo possível;

./ sempre que possível, evitar que estes serviços sejam realizados emperíodos muito secos el ou de ventos fortes;

./ compactar a superfície ou plantar vegetação, o mais breve possível,após o término dos serviços, sempre que possível;

./ umedecer os solos freqüentemente ou utilizar estabilizadores químicos,se possível;

./ utilizar barreiras físicas (tapumes, telas, lonas, entre outros) no contornodas áreas de serviço, evitando ou diminuindo a ação dos ventos echuvas;

./ desenvolver o planejamento físico da obra, procurando otimizar o tempode duração desta atividade, para que tão breve, as superfícies possamser finalizadas;

./ Caso seja possível, otimizar as soluções de projeto de modo a diminuir anecessidade de escavações. Exemplo: caminhar com tubulações pelalaje ao invés do piso.

- Limpeza com varrição

A atividade de varrição merece ser destacada, justamente por estarintimamente ligada à coleta de material particulado, tornando-se umimportante agente de ressuspensão. Medidas simples são necessárias paraque a atividade de varrição não deixe de ser uma atividade de prevenção econtrole para se tornar um agente de poluição ou incômodo:

./ evitar realizar serviços de varrição a seco, umedecendo a varrição,quando não for possível, optar pela aspiração mecânica;

./ executar lavagem das superfícies ao invés de varrição quando forpossível e não colocar em risco o meio ambiente. Procurar utilizar águasde reuso nesta atividade.

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oi' realizar a limpeza com a maior freqüência possível para evitar o acúmulode partículas.

2.1.4. Transporte, armazenagem e remoção de materiais e resíduos

Durante a construção ou demolição de um edifício, existe uma grandequantidade de movimentações internas de materiais e resíduos gerados noprocesso de produção. São movimentações verticais e horizontais que visam oarmazenamento, o uso ou o descarte destes materiais e resíduos. Durantemuitas destas operações de movimentação, se não tomados os devidoscuidados, há um grande potencial de emissão de material particulado naatmosfera, principalmente quando são transportados materiais secos, finos oupulverulentos, que é o caso de agregados, aglomerantes, diversos tipos deresíduos, blocos e tijolos, entre outros. Estas movimentações podem serrealizadas manualmente, com o uso de ferramentas (pás, enxadas, entreoutros) ou com o uso de veículos e equipamentos de pequeno e grande porte(dutos para entulho, escavadeiras, carrinhos de mão, empilhadeiras, guinchos,gruas, guindastes, elevadores, andaimes balancins, caminhões, entre outros).

Além das operações de movimentação, a armazenagem inadequada de certostipos de materiais e resíduos, principalmente, secos, finos ou pulverulentos,também pode gerar emissão de material particulado na atmosfera. Estasemissões ocorrem principalmente, quando estes materiais são armazenadosdesprotegidos da ação dos ventos e chuvas.

A tabela 2.5 traz algumas medidas de prevenção e controle que podem serutilizadas nos canteiros de obras de edifícios para a emissão de materialparticulado, baseada em BRE (2003), GLA (2005) e EPD Hong Kong (2006).

Tabela 2.5 - Medidas de prevenção e controle de emissão de materialparticulado durante o transporte, armazenagem e remoção de materiais eresíduos

Atividade Medidas de controleaeradora

Operações de • Planejar o canteiro para que haja o mínimo de operações de transporte;transporte • Dispor os veículos e equipamentos de transporte de elementos que evitem a

dispersão de MP. Exemplo: proteger com barreiras físicas como lonas, chapasde madeira e telas, umedecer materiais, entre outros;• Em operações de descarregamento, diminuir as alturas de lançamento,evitar fazê-Ias sob ações de ventos fortes ou usar dutos de transportevedados ou lançar água durante a operação, entre outros;• Realizar limpezas periódicas dos veículos e equipamentos, evitando oacúmulo de poeiras;• Realizar a verificação periódica da estanqueidade dos equipamentos detransportes, como dutos de transporte, tubos de bombeamento, caçambas,entre outros.• Treinar equipes para manusear os materiais adequadamente.• Caso possível, reutilizar resíduos para evitar transportes desnecessários;• Preferir materiais em silos transportados por dutos a materiais ensacados;• Carregamento de caminhões e caçambas deve ser feito até um limite de 15cm abaixo do topo da caçamba.

continua

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continuacão

Atividade Medidas de controlegeradora

Armazenagem • Planejar o canteiro de obras de modo a manter os materiais e resíduosarmazenados pelo menor período possível no canteiro;• Armazenar os materiais e resíduos protegidos da ação dos ventos e chuvas(sacarias, montes de agregados e outros, entulho, alvenarias, entre outros);• Montes de materiais e resíduos devem ser dispostos em ângulos que evitemdesmoronamentos constantes;• Grandes montes de materiais e resíduos podem ser protegidos porestabilizadores químicos ou umedecidos constantemente, quando não forpossível estabelecer barreiras físicas; Limitar a altura dos montes a 2,50metros, sempre que possível.• Realizar limpezas periódicas dos locais de armazenamento;• Quando houver grande geração de mp no local de armazenamento, instalarexaustores com filtros;• Sempre que possível preferir a armazenagem de aglomerantes em silos, emvez de ensacados ou a granel;• Sempre que possível, armazenar os materiais e resíduos longe das divisas eambientes sensíveis ao MP (cursos d'água, hospitais, escolas, residências,locais com aglomerações de pessoas e outros);• Manter equipamentos de aspiração e limpeza nos locais de armazenamentopara o caso de "vazamentos" acidentais;

Quanto maior o grau de industrialização da obra, o menor o grau de emissãopor transporte e armazenagem.

2.1.5. Veículos de produção e transportes

Os veículos de produção e transporte merecem destaque quanto à emissão dematerial particulado. Eles, dentro do canteiro de obra, são os principaisemissores de partículas de fração fina, provenientes das atividades decombustão dos seus motores. Fora tais combustões, praticamente restammuito poucas atividades no canteiro de obras de edifícios que emitem materialparticulado finos.

Os veículos de produção e transporte são responsáveis, também, por emissãode partículas provenientes das suas atividades de movimentação, seja porressuspensão em vias de circulação de terra ou outros materiais pulverulentosou carregamento de materiais aderidos aos pneus e esteiras, principalmentemateriais umedecidos, que acabam sendo espalhados dentro do canteiro e nasvias públicas.

A tabela 2.6 coloca algumas medidas que podem ser adotadas para controle eprevenção das emissões citadas. Baseada em BRE (2003) e GLA (2005).

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Tabela 2.6 - Controle e prevenção de emissões provenientes de veículos deconstrução e transporte nos canteiros de obras de edifícios.Adaptada de: BRE (2003) e GLA (2005).

Atividadegeradora

Combustão demotores

Durante amovimentação

Medidas de controle

• Realizar inspeção visual: veículos não devem emitir fumaça preta durantesuas atividades;• Realizar manutenção periódica dos veículos de modo a manter suasemissões dentro dos padrões de lei;• Veículos não devem permanecer ligados quando não estiveremtrabalhando;• Preferencialmente a saída de exaustão dos veículos deve se localizar omais alto possível e virada para cima para facilitar a dispersão;• Evitar a operação de veículos próximo a áreas sensíveis;• Sempre que possível, dar preferência a motores elétricos ou de baixaemissão de poluentes;• Diminuir ao máximo a necessidade de operações e movimentações dosveículos dentro do canteiro.• Umedecer periodicamente ou utilizar estabilizadores químicos nas vias decirculação de terra ou de outros materiais sujeitos a suspensão;• Realizar limpezas periódicas nas áreas de entrada e saída de veículos nocanteiro de obras, procurando mantê-Ias sempre livres de partículas. Érecomendável que diariamente, ou conforme necessidade, seja feita limpezanas vias próximas ao canteiro. A limpeza pode ser feita por lavagem ouequipamentos especiais de varrição e limpeza, conforme o caso;• Lavar sempre os pneus e esteiras dos veículos antes da sua saída docanteiro. Em alguns casos, pode ser necessária a lavagem do veículo.Quando houver grande movimentação de veículos, planejar uma áreaespecial destinada à lavagem para evitar aglomerações de veículos e perdade produtividade;• Sempre que possível, restringir a movimentação dos veículos a viaspavimentadas dentro do canteiro;• Planejar o canteiro de modo a evitar ao máximo a circulação de veículos noseu interior;• Limitar a velocidade dos veículos para evitar suspensão de partículas.Recomenda-se velocidades abaixo de 30km/h;• Evitar a circulação de veículos próximo a áreas sensíveis.

2.2. Monitoramento da emissão de material particulado nos canteiros deobras de edifícios

As ações de prevenção e controle de emissão de material particulado nocanteiro de obras são fundamentais para a diminuição dos efeitos nocivosdesse poluente na atmosfera. Porém, por mais que as medidas de controle eprevenção sejam previamente planejadas, a eficácia dos resultados destasações só pode ser comprovada a partir de um monitoramento periódico emcampo. Dois tipos de monitoramento devem ser realizados nos canteiros deobras de edifícios: monitoramento de material particulado em suspensão(quantidade de material emitida na atmosfera) e taxa de poeira sedimentáveltotal (quantidade de material que sedimenta sobre as superfícies).

Há diversos métodos de amostragem para os dois casos. Para monitoramentode partículas em suspensão o método mais utilizado mundialmente é o do

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amostrador de grande volume (AGV ou Hí-vo~, cujas amostras devem ser deno mínimo 24 horas em pontos fixos. Para determinação da taxa de poeirasedimentável total, não há um consenso mundial. No Brasil, a "NBR 12065 ­Atmosfera - determinação da taxa de poeira sedimentável total" de 1991estabelece uma metodologia, cuja coleta é de 30 dias em pontos fixos. Hádiversos outros métodos que podem ser utilizados de forma complementar,para coletas pontuais, coletas instantâneas, entre outros, conformenecessidades específicas.

Além da escolha do amostrador, é fundamental o planejamento do processo decoleta, visto que no canteiro de obras, diferentemente de muitas indústrias, asfontes de emissão oscilam bastante, em concentração, localização, período doano, forma de emissão, entre outros.

Conforme o grau de risco envolvido, mais intensas devem ser as ações demonitoramento, garantindo que as emissões permaneçam dentro dos padrõesaceitáveis estabelecidos por lei ou na ausência destas, por parâmetrospreviamente estabelecidos.

3 GESTÃO DA EMISSÃO DE MATERIAL PARTICULADO NOCANTEIRO DE OBRAS DE EDIFíCIOS

A garantia de que os níveis de emissão de material particulado de um canteirode obras de edifício se mantenham dentro dos padrões de qualidade do ar pré­estabelecidos pode ser algo bastante complexo. Quanto maior for asensibilidade das edificações vizinhas, quanto maior for o número de atividadesno canteiro, quanto maiores forem as dimensões da obra, quanto maior for aduração da obra, entre outros aspectos, maior essa complexidade. A garantiade emissões controladas depende de um planejamento adequado, queidentifique os riscos envolvidos, as atividades emissoras e as ferramentas deprevenção, controle e monitoramento disponíveis e aplicáveis. Além disso,depende de uma transferência adequada dessas informações às equipes deprodução, de um controle contínuo da aplicação do que foi planejado e daretro-alimentação para melhoria contínua. Todos esses fatores só se tornampossíveis se existir um conjunto de procedimentos organizados que garantamque todas estas etapas - Planejamento, Execução, Controle e Retroalimentação - sejam corretamente aplicadas.

Para que tais objetivos sejam atingidos, sugere-se a elaboração de um planode gestão, em que as ações iniciem-se na concepção do edifício e mantenham­se em aplicação até a fase de conclusão da obra, quando o canteiro édesmobilizado e a edificação liberada aos usuários, finalizando-se a fase deconstrução e iniciando-se a fase de operação do edifício.

A tabela 3.1 organiza conjuntos de aspectos e diretrizes que são sugeridospara a elaboração de um plano de gestão da emissão de material particuladono canteiro de obras de edifícios.

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Tabela 3.1. - Estruturação do plano de gestão de emissões de materialparticulado

Como cada canteiro de obras é único, faz-se necessana uma avaliaçãoespecífica a cada novo empreendimento. A forma como cada aspecto serátratado é definida pela organização responsável pela elaboração e aplicação doplano de gestão, levando-se em consideração as características da obra e doseu entorno, mas também a sua cultura empresarial.

4 CONSIDERAÇÕES FINAIS

o maior desafio do século XXI para sociedade será com certeza o alcancedesenvolvimento sustentável do planeta. Atualmente, é muito difícil afirmar seeste objetivo será conseguido, a única coisa que se pode fazer agora é "agir".

o papel da empresa construtora é de grande relevância para a diminuição dosimpactos ambientais da construção civil, seja pela a atuação direta nosaspectos ambientais do canteiro de obras, seja pela exigência a seusfornecedores e parceiros.

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o trabalho procurou demonstrar que, apesar de algumas barreiras, o controlede níveis de emissão de material particulado nos canteiros de obras brasileirosé viável de ser aplicado por empresas construtoras. Com um plano de gestãode emissões de material particulado estruturado e melhorado continuamente,integração com as equipes de projeto e planejamento, preparação das equipesde produção, criatividade e efetividade na aplicação das ações de controle emonitoramento é possível manter-se as emissões em níveis aceitáveis.Comprometimento e conscientização ambiental dos envolvidos é fundamental.Empresas que possuam sistemas de gestão ambiental terão maior facilidadeem lidar com o assunto, pois já têm um ambiente favorável, não só com seuscolaboradores, mas, também com todos seus fornecedores e agentesrelacionados.

As leis brasileiras precisam se desenvolver. Embora existam padrões dequalidade do ar nacionais e estaduais, não há fiscalização direta sobre oscanteiros de obras, tampouco leis específicas, como existem no caso dosresíduos de construção, no caso dos ruídos de obras, entre outros. Em muitospaíses o poder público tem se mobilizado para criar leis que regulamentem asemissões de material particulado dos canteiros, pois reconhecem que se tratamde uma importante fonte de emissão com efeitos nocivos diversos sobre apopulação e o meio ambiente em geral.

Sob o aspecto científico, ainda há muito para se trabalhar. Mundialmente, oassunto ainda é pouco explorado no que diz respeito à indústria da construçãocivil, porém notam-se estudos iniciando em vários países, pois a relevância éreconhecida. Ainda há poucos dados quanto às emissões nas diversas etapasda obra, muitos afirmam que as atividades de movimentação de terra edemolição são as mais nocivas, porém o número de dados que comprovem istoé muito limitado. A avaliação da eficácia das atividades de controle é tambémlimitada (há poucos estudos sobre o assunto), porém faz-se fundamental, poispara uma única atividade emissora podem existir diversas ferramentas decontrole, porém, ainda é difícil afirmar quais são as mais eficazes através dedados numéricos. O monitoramento de emissões, também precisa ser evoluídoem âmbito científico.Tudo o que se tem hoje, foi desenvolvido para outrasindústrias, porém o canteiro de obras é uma indústria de característicaspeculiares, que sofre alterações, muitas vezes, significativas ao longo dotempo, que tem emissões ocorrendo de diversas formas, não só através dechaminés, como ocorre em muitas indústrias.

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