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17 de outubro de 2014N.º 493 ano 12 | 0,60 euros | Semanário

DiretorHermanoMartins

Trofense foi �bronze�em Campeonato Europeu

Solidariedade pág. 13

Caminhada solidáriarendeu6mil euros

Jovem trofense relataexperiência na Miss European

Atualidade pág. 3

Beleza pág. 20

Alteração elétrica deixacasas de S. Mamede sem luz

Homempicadoporvespas

Atualidade pág. 2

Atualidade pág. 7

Alteração elétrica deixacasas de S. Mamede sem luz

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 2014

FarmáciasdeServiço

2Atualidade

Ficha TécnicaDiretor: Hermano Martins (T.E.774) Sub-diretora: CátiaVeloso (9699) Editor: O Notícias da Trofa PublicaçõesPeriódicas Lda. Publicidade: Maria dos Anjos AzevedoRedação: Patrícia Pereira (9687), Cátia Veloso (9699) Setordesportivo: Marco Monteiro (C.O. 744), MiguelMascarenhas (C.O. 741) Colaboradores: Atanagildo Lobo,Diana Azevedo, Jaime Toga, José Moreira da Silva (C.O.864), Gualter Costa, João Mendes Fotografia: A.Costa,

Miguel Trofa Pereira (C.O. 865) Composição: MagdaAraújo, Cátia Veloso Impressão: Gráfica do Diário doMinho, Lda, Assinatura anual: Continente: 22,50 euros;Extra europa: 88,50 euros; Europa: 69,50 euros; Assinaturaem formato digital PDF: 15 euros NIB: 0007 06050039952000684 Avulso: 0,60 Euros E-mail:[email protected] Sede e Redação: Rua dasAldeias de Cima, 280 r/c - 4785 - 699 Trofa Telf. e Fax: 252

414 714 Propriedade: O Notícias da Trofa - PublicaçõesPeriódicas, Lda. NIF.: 506 529 002 Registo ICS: 124105| Nº Exemplares: 5000 Depósito legal: 324719/11Detentores de 50 % do capital ou mais: Magda AraújoNota de redação: Os artigos publicados nesta edição dojornal �O Notícias da Trofa� são da inteira responsabilidadedos seus subscritores e não veiculam obrigatoriamente aopinião da direção. O Notícias da Trofa respeita a opinião

dos seus leitores e não pretende de modo algum ferirsuscetibilidades.

Todos os textos e anúncios publicados nestejornal estão escritos ao abrigo do novo AcordoOrtográfico. É totalmente proibida a cópia e reproduçãode fotografias, textos e demais conteúdos, semautorização escrita.

Agenda

Telefonesúteis

Após um dia de trabalho, umhomemregressavaacasa, emS.Mamede do Coronado, no seuciclomotor, envolveu-se numacolisão com um veículo ligeiro,cerca das 19.20 horas de terça-feira, 14 de outubro.Ocondutor da viatura, quecir-

culavanaRuaSantoAntónio, não

Homempicado por vespas

Quempassou pelos semáfo-ros da Lagoa, na Estrada Nacio-nal 104, junto à Igreja Matriz deSantiago deBougado, cerca das16.25 horas de domingo, não fi-cou indiferente à presença deuma égua caída junto ao cruza-mento. Segundo uma testemu-nha ocular, que fazia parte dosparticipantes da caminhada so-lidária da Odlo, que estavam nolocal, �o animal saiu da Rua daCorredoura, entrou na AvenidaDiogoMourato (onde se localizaa Igreja) e assustou as pessoasque estavam aí reunidas�. �Nãoaconteceu uma tragédia maiorpor sorte. Ela continuou a correrem direção à Estrada Nacional ejunto ao cruzamento assustou-se

Éguaassustadaprovocapânico

e bateu comestrondo numpostede iluminação�, contou.Ochoqueprovocou-lhe uma lesão grave,cujo hematoma impressionouquem assistiu. Segundo a mes-ma testemunha, �o pai do donoda égua estava no local e, deimediato, ligou para o filho e paraa veterináriamunicipal que, che-gada ao local verificou que nadahavia a fazer ao animal�.A éguaacabou por ser abatida atravésde uma injeção letal.O dono da égua estava �visi-

velmente abalado� com o suce-dido e �explicou que o animal es-tava num terreno preso a um fer-ro por uma corda e ter-se-á as-sustado com o barulho de pro-paganda�.C.V.

Motociclistafraturapernaemacidente

se terá percebido do ciclomotor,que seguia no sentido oposto, e,ao virar para aRua JaimeCorte-são, colidiram.O condutor da mota, de 49

anos, foi transportadoparaoHos-pital S. João, do Porto, com fra-tura exposta na perna esquerda.

P.P.

Acidente aconteceu em S. Mamede do Coronado

Égua sofreu acidente

Dia 1814.30horas:PedrasSalgadas-Trofense

21.30 horas: Desfolhada, naACRABE23 horas: Concerto Black n�White, no Smed Museu

Dia 1915horas:Bougadense-Sobrei-rense

- Pasteleira-S. Romão

Dia 2216horas:Trofense-Covilhã

Dia 17Farmácia Barreto

Dia 18FarmáciaNova

Dia 19FarmáciaMoreira Padrão

Dia 20Farmácia deRibeirão

Dia 21Farmácia Trofense

Dia 22Farmácia Barreto

Dia 23FarmáciaNova

Dia 24FarmáciaMoreira Padrão

Bombeiros Voluntáriosda Trofa252 400 700

GNR da Trofa252 499 180

Polícia Municipal da Trofa252 428 109/10

Jornal O Notícias da Trofa252 414 714

Centro de Saúde da Trofa252 416 763

Centro de Saúdede S. Romão229 825 429

DR

Vítor Costa estava a derru-bar um tronco velho de umaárvore quando foi picado porvespas, na manhã de sábadonum terreno em Santiago deBougado.

Eramcercadas8.30horasdesábado, 11 de outubro, quandoVítorCostaestavanumterrenonaRua da Ribeira, em Santiago deBougado, a derrubar �um troncovelho�, comoauxílio de umamá-quinae, de repente,apercebeu-sedequeo filho, JoséCosta, estava�aosberros�. Inicialmentepensouque fosse o tronco que ia cair so-breele,masquandoespreitouporfora damáquina viu que o troncoia cair direito no chão. Foi aí queviu �umenxamedevespas�eouveo filhoa �gritarquesãovespasasi-áticas�. �Só tirei o cinto de segu-rança e comecei a correr e a tirarrápido a camisola. Foi aí queelasme ferraram�, contou.A �primeira coisa� que fez, foi

ligar para �os bombeiros e para apolícia�, mas os Bombeiros infor-maram que não poderiam fazernada paraexterminaroninho.OsBombeiros Voluntários da Trofamobilizaram para o local umaambulânciadesocorroparapres-tar assistência a Vítor Costa, en-tretantoque, ligoupara �umapes-soaamiga�que�trabalhanosbom-beiros� que o aconselhou a ir �ra-

pidamente a ummédico ou à far-mácia,� porque o que aconteceu�éperigoso�.

Quando estava na farmácia,Vítor recebeu uma chamada dofilho, queentretantoestevea falarcomo INEMqueoquestionou se�estavamelhor� e se tinha �os lá-bios inchados�. O pai informou-oque já �tinhamedicação� que lhefoi fornecidana farmácia.Paie filhoestavam indignados

por terem que ser eles, com �asprópriasmãos, a tratar do assun-to�, tendo inclusivearranjado �umfato deumapessoaamiga�, parapelo menos poderem desligar amáquina, que esteve a trabalharatécercadas12horas, jáque �naaltura que contactou a ProteçãoCivil, umdoselementos informouque �não tinhanenhumelementodisponivel paraacorreràsituaçãonaquele momento�, o que indig-nouVitorCostaque�lamentouquea Proteção Civil não estivessedisponivel 24horaspor dia�.SegundoVítorCosta, aProte-

çãoCivil esteveno local no sába-do à tarde e prontificou-se a des-truir o ninho, mas o homem fezquestãode, ele próprio, procederà exterminação, na noite de do-mingo. As vespas que picaramVitorCostasãoaschamadasves-paseuropeiasquesão frequente-mente confundidas com as ves-pas asiáticas. P.P.

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Patrícia Pereira

Nestas duas semanas, 36elementos dos Bombeiros Vo-luntários da Trofa tiveram for-mação de revalidação dascompetências como presta-dores de socorro.

Com a duração de “25 horas”,a formação de “recertificação dostripulantes da ambulância detransportes”, no âmbito da “reva-lidação das competências dosbombeiros enquanto prestadoresde socorro pré-hospitalar”, abor-da temas como “Suporte Básicode Vida com a componente dadesfibrilação automática externa,o exame da vítima ao nível dasemergências médicas e aindadas emergências da vítima detrauma e o parto súbito ou partoeminente”. No final da formação,os formandos são sujeitos auma “avaliação de componenteprática e teórica”, em que “têmque ter os requisitos para seremaprovados”.

Bombeiros revalidam competências

Bombeiros em formaçãoA formação, “obrigatória para

revalidar estas competências” acada “três anos”, é ministradapor três formadores, entre eles,João Pedro Goulart, formador in-terno do corpo de bombeiros daAssociação Humanitária dosBombeiros Voluntários da Trofa(AHBVT) e formador da EscolaNacional de Bombeiros.

João Pedro Goulart explicouque os bombeiros têm o primei-ro contacto com estas temáticasnos “cursos base dos tripulantesda ambulância de transporte”,com a duração “50 horas”. Nes-sa primeira formação, os forman-dos “esclarecem dúvidas, inves-tem em matéria de aquisição deconhecimento, há periodicamen-te ou constantemente a presta-ção de provas e de avaliação euma forte e grande componenteprática da aplicação do conheci-mento adquirido a situações prá-ticas, simulações mas próximasdo contexto real”.

O comandante em exercíciodos BVT, Filipe Coutinho, afirmou

que a corporação tem tido “a pre-ocupação de cada vez mais ha-bilitar e capacitar estes voluntá-rios para desempenharem assuas funções ao mais alto nível”.“Temos neste curso homens emulheres voluntários que após oseu horário laboral se dedicamcada vez mais a ter formação paradesempenharem o voluntariado.

Temos um total de 18 em forma-ção e, na semana passada, tive-mos outros 18. Há um mês tive-mos outros 18 em formação emVila do Conde”, enumerou, fri-sando que “a maior preocupação”dos bombeiros é ter “homenscada vez mais habilitados parapoderem desempenhar as fun-ções e prestarem o socorro às

populações”.Além disso, esta necessida-

de está relacionada com a po-pulação que “é mais exigente nosocorro” e, como “exigem cadavez mais aos voluntários”, estes“já sentiram esta necessidade epreocupam-se em saber paramelhor fazer”.

Bombeiros foram avaliados na teoria e na prática

Primeiro grupo teve avaliações na semana passada

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 20144Atualidade

Patrícia Pereira

Uma rulote bar com o no-me de Erika, com “um avan-çado, em lona”, de cor azul,foi furtada de um terreno pri-vado, na Rua Canos da Rua,em Ribeirão, Vila Nova deFamalicão.

Eram cerca das 11 horas dedomingo, 12 de outubro, quandoManuel Dinis chegou ao terrenopara trazer a tijoleira que seriapara colocar na casa de banho,

Patrícia Pereira

Vizinhos chamam GuardaNacional Republicana porcausa do ladrar dos cães.

“Os cães ladram e os vizinhosdevem querer que eles miem”.Esta é a razão apresentada porBruno Santos para o insólito quese está a passar na rua ondemora, na Travessa dos Carvalhi-nhos, em Santiago de Bougado.

Já por duas vezes, BrunoSantos e a esposa Carla Ferreiraforam alvo da visita dos militaresda Guarda Nacional Republica-na (GNR) da Trofa, por os vizi-nhos terem apresentado queixapor causa dos dois cães, Quime Neca, estarem a ladrar. Umadas vezes já passava das 23horas e da outra era cerca das6.45 horas.

Bruno Santos relatou que aGNR “começou-se a rir”, porquereparou que “na rua toda a gentetem cães e todos ladram”. A GNR

Furtaram rulote avaliada em 20 mil eurosquando se deparou com o portãoaberto e a ausência da rulote.Pensou logo que a rulote tinhasido furtada, tendo de imediatocontactado o proprietário HorácioFigueiredo para lhe contar o su-cedido.

Para acederem ao terreno, osamigos do alheio rebentaram ocadeado, e, com o auxílio de umveículo, furtaram a rulote, reben-tando “os fios de eletricidade eos canos de água”, sem ninguémse aperceber de nada. Como oterreno fica situado face à Estra-

Apresentam queixana GNR por cães ladrarem

não registou qualquer ocorrência,pois, segundo o proprietário, estaé a “maneira de os cães falarem”e se “ladram é porque pressen-tem alguém na rua”. “Acho inacre-ditável chamar as autoridadespor causa disto. Sei quem foi eo problema é que os cães la-dram. Essa pessoa tem cão, la-dra, mas não mia”, acrescentou.

O dono dos cães não enten-de o porquê de só agora surgi-rem as queixas por parte dos vi-zinhos, pois já tem a Neca “háquase quatro anos” e o Quim“nasceu no Domingo de Ramos”.Os cães “sempre” ladraram e daí“não” saber o porquê de só ago-ra das queixas. “Acho esquisito,estranho e insólito, porque os vi-zinhos, às vezes, ao fim de se-mana ou durante a semana, setiverem a família com eles e qui-serem estar mais à vontade àconversa, no nosso quarto ouve-se, mas não vamos chamar asautoridades por isso. Porque nãoé sempre, nem todos os dias”,

afirmou.Numa altura em que muito se

manifesta pelos direitos dos ani-

mais e por “os canis estaremcheios”, Bruno não entende oporquê de “as pessoas chama-

rem a GNR para eles não ladra-rem, se calhar, querem ‘calar oscães’” ou que “os tiremos daqui”.

da Nacional 14, os barulhos deautomóveis são constantes e daíos vizinhos não se terem aper-cebido de nada fora do normal.

A única situação suspeitaque os vizinhos presenciaram foipor volta das 3 horas, quando“três carros pretos” estavam es-tacionados junto ao terreno.

Horácio Figueiredo declarouque o veículo furtado é “uma rulotebar totalmente equipada”, queestava prevista abrir ao públiconesta quarta-feira, 15 de outubro,estando apenas “a aguardar pelalicença que estava para despa-

cho na Câmara Municipal deFamalicão”.

A rulote ainda tinha “o nomeda antiga dona – Erika por trás –e um avançado azul, em lona,que foi pendurado na própriarulote”. O proprietário pede aquem viu um veículo com “umarulote a dizer Erika” que comuni-que à Guarda Nacional Republi-cana de Famalicão ou pelo con-tacto 918 137 423.

Quando ligou à GNR para oschamar ao local, o militar infor-mou-o de que tinha de apresen-tar queixa no posto. O proprietá-

rio salientou a importância dosmilitares no local, porque ainda“tinha vestígios e marcas deroda”. Obtendo a mesma respos-ta, Horário Figueiredo afirmouque ia contactar “um colega queconhece da Polícia Judiciária”,uma vez que a GNR nada podiafazer. Foi aí que a GNR “inverteua conversa” e disse que ia ter aolocal.

“Quase duas horas depois” eainda não tinha aparecido no lo-cal. O prejuízo do furto está “pertodos 20 mil euros”.

No terreno ainda eram visíveis as marcas do veículo

Quim e Neca são o motivo das queixas à GNR

Rulote avaliada em 20 mil euros

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Cátia Veloso

O Anuário Financeiro dosMunicípios Portugueses de2013 revela que a Câmara daTrofa apresenta um passivo demais de 42 milhões de eurose um resultado líquido positi-vo de 878 mil euros.

O passivo exigível da Câma-ra Municipal da Trofa, em 2013,foi de 42 milhões 278 mil e 351euros. Os dados revelados pelaDireção Geral das AutarquiasLocais e Ordem dos TécnicosOficiais de Contas mostram queo ano passado, o município – quenos primeiros nove meses do anofoi gerido pelo PS e os restantespela coligação PSD/CDS - teveum aumento da dívida a longoprazo de cerca de um milhão emeio de euros, relativamente a2012 (40.766.181 euros). Esteresultado inverte a tendência dediminuição, já que em 2011, opassivo exigível era de 44.045.223euros.

No Anuário consta que o valordo PAEL (Programa de Apoio àEconomia Local) de 16.557.188euros, solicitado pela CâmaraMunicipal para acorrer a dívidasa fornecedores, tem um peso de42 por cento no passivo regista-do de 2013.

Também nos resultados líqui-dos houve uma inversão, sem sairdos resultados positivos. Em2013, a Câmara Municipal apre-sentou um “lucro” (o que sobroudas receitas desse ano) de878.736 euros, um valor abaixodo registado em 2012, de maisde dois milhões de euros. Oexercício financeiro da autarquiaem 2011 resultou num prejuízode 3.270.803 euros.

O município da Trofa tambémapresentou resultados operacio-nais positivos, de 1.458.840 eu-

Trofa no lote dos superendividadosros, os melhores dos últimos trêsanos (em 2011 foram negativosem 2.671.169 euros e em 2012positivos em 444.271 euros).

Apesar de o endividamento lí-quido ter aumentado 204 mil eu-ros, para 38.052.993 euros, a Câ-mara conseguiu baixar o índicede endividamento líquido pelo ter-ceiro exercício consecutivo, para242,5% (em 2011 era de 252% eem 2012 de 247%).

Em 2013, as despesas compessoal diminuíram 17,1% rela-tivamente ao ano anterior e o pra-zo médio de pagamento aos for-necedores também decresceu,de 585 dias para 363. A este re-sultado imputa-se a entrada daverba do PAEL, que permitiu li-quidar dívidas de médio e longoprazo aos credores.

O mesmo documento põeainda a nu o valor de compromis-sos assumidos pela autarquia até2013: 66.024.864 euros. Na ta-bela dos 308 municípios, a Trofasurge em 34.º lugar neste item.

Empresas municipais:Trofáguas com resultados

muito negativos

Em 2013, Trofáguas era a 20.ªempresa municipal, a nível naci-onal, com o maior passivo exigí-vel: 14.967.534 euros. Relativa-mente ao ano anterior, houve umaumento de mais de um milhãoe 740 mil euros. O endividamentolíquido cifrou-se nos 9.068.131euros, mais 28 por cento que em2012.

Os resultados económicos,segundo o Anuário, colocam aTrofáguas no 11.º lugar das em-presas municipais pelos pioresmotivos: um resultado líquidonegativo de 772 mil euros, quan-do em 2012 se registou um re-sultado positivo de 63.705euros.

Já a TrofaPark apresentou,em 2013, um passivo exigível de4.531.302 euros, um endivida-mento líquido de 1.882.420 eurose um resultado líquido negativode 421.397 euros (em 2012 foipositivo de 60.230 euros).

Anuário mostra “boa gestãofinanceira”, diz PS Trofa

Em comunicado enviado àsredações, o secretariado do PSTrofa regozijou-se com os resul-tados revelados no Anuário e ates-tou que estes “mostram que, en-tre 2010 e 2013, a Câmara da Tro-fa registou uma evolução positivados seus indicadores financeiros”,dando ênfase à que apelidam de“drástica diminuição do prazo depagamento a fornecedores”.

“Existiu uma real diminuiçãodo endividamento líquido do mu-nicípio durante o mandato doPS”, referem os socialistas, semdeixar de referir que “o cenário”de “milhões de dívidas do passa-do” que o executivo de JoanaLima “se viu obrigado a assumir”e numa altura em que “concreti-zaram algumas das mais impor-tantes obras da história do con-celho como as escolas ou o Pla-no de Reabilitação Urbana”.

Para a obtenção destes resul-tados, o PS Trofa aponta a “dimi-nuição da despesa nas “funçõesgerais” da autarquia”, sem preju-ízo do “investimento na Educa-

ção e Ação Social”.Os socialistas defendem que

“é possível fazer uma gestão fi-nanceira rigorosa sem que paraisso seja preciso deixar de in-vestir nas áreas mais fundamen-tais”, acusando o atual executi-vo da coligação PSD/CDS de “vi-ver à custa da boa gestão finan-ceira do Partido Socialista”, deapresentar “desmesurados gas-tos em comunicação, propagan-

da e publicidade”.“Recordamos que o PAEL

representa um financiamento de16 milhões de euros e o PRF(Plano Reequilíbrio Financeiro)de 13 milhões de euros para usodeste executivo municipal, quenão teve a decência de reconhe-cer que foi o trabalho desenvolvi-do pela gestão socialista quepermitiu usufruir dessa verba”,salientaram.

Volume de transferênciascorrentes

2012: 12.043.636 euros2013: 10.660.850 euros

Volume de investimentos2012: 15.908.463 euros 2013: 19.947.678 euros

Transferênciasde capital + investimentos

2012: 16.710.555 2013: 23.267.698 euros

Volume de subsídioscompromissados e respetivos

pagamentos2012

Compromissos: 7.776.567 eurosPagos: 1.235.481 euros

2013Compromissos: 7.986.813 euros

Pagos: 3.002.156 euros

Outros números

A notícia é veiculada pela revista Visão. A Trofa surge no últimolugar da tabela dos municípios superendividados, que vão precisar doFundo de Apoio Municipal (FAM). Já conhecido como “troika dosmunicípios”, o FAM foi subscrito por municípios e pelo Estado e teráà disposição 650 milhões de euros para acorrer às situações deinsustentabilidade financeira das autarquias. António Leitão Amaro,secretário de Estado da Administração Local afirmou que este pro-grama servirá como “uma rede de segurança” para os municípios emesmo para aqueles que não precisem do dinheiro sairão beneficia-dos, porque “os juros dos empréstimos têm tendência a diminuir”.

Este instrumento prevê a negociação com os credores, condiçãonecessária para que os municípios tenham acesso às verbas do Fun-do. “Os credores podem alongar os prazos de pagamento, perdoarjuros de mora, baixar as taxas ou perdoar capital em dívida. Se oscontribuintes fazem este esforço, é natural que os credores tambémo façam e, se calhar, é melhor receber 70% agora do que 100% daquia três anos”, disse.

Após as negociações, os municípios terão de apresentar um pro-grama de saneamento financeiro, que será avaliado trimestralmente,para que sejam desbloqueadas as tranches.

As contrapartidas são a subida de impostos - a Trofa tem-nostodos no máximo – e a criação de um programa para rescisões ami-gáveis com trabalhadores.

FAM com 650 milhõesde euros paramunicípios superendividados

Câmara da Trofa é um dos 20 municípios superendividados

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 20146Política

Patrícia Pereira

No âmbito do primeiro anode mandato da AssembleiaMunicipal, os membros reuni-ram-se na noite de 10 de ou-tubro, no Polo II da Junta deFreguesia de Bougado, emSantiago.

“O que se espera de nós? Oque é que fizemos? O que é quepodemos vir a fazer?” As ques-tões foram lançadas pela presi-dente Isabel Cruz aos membrosque compõem a AssembleiaMunicipal (AM), durante o encon-tro de reflexão promovido apósum ano de mandato. Este encon-tro tinha como “principal objetivo”pensarem no que “podem fazer”para além das “assembleiasmunicipais e dos contributosdados rotinamente”.

Segundo Isabel Cruz, como“os eleitores esperam mais” dosmembros, é preciso, “em conjun-to, refletir e encontrar metodolo-gias de trabalho, para que pos-sam estar mais próximos daspessoas e não defraudar as ex-pectativas daqueles que votarame que esperam” que os membros“os representem nas suas preo-cupações”. “Quero ouvir todos oslíderes e membros, despidos dasquestões políticas e imbuídos noespirito de que podemos dar omáximo pelo concelho”, acres-centou. Durante o encontro, apresidente da Mesa da AM apre-sentou duas propostas. A primei-ra era que “o próximo encontrode reflexão seja aberto à comu-nidade”, com o intuito de “a cha-mar ao encontro” dos membrospara enumerar “as suas preocu-pações”, para que estes possam

No âmbito das colheitas desangue que o Lions Clube daTrofa tem vindo a promover, emparceria com o Instituto Portu-guês do Sangue e da Transplan-tação (IPST), decorreu mais umarecolha, desta vez, em Alvare-lhos, no dia 11 de outubro.

Das 51 pessoas inscritas, re-

Membros da Assembleia Municipalreúnem-se em encontro de reflexão

ter “um papel mais interventivo”.Já a outra proposta era o desen-volvimento de uma “assembleiamunicipal jovem”, ou seja, “pro-mover uma dinâmica com as es-colas, no sentido de trazer umdia os jovens a vivenciar o papeldos membros e da AM”. IsabelCruz pretende que “não haja estedistanciamento que existe entrea política, os membros e a comu-nidade” e, “desde muito cedo,educar para a cidadania e para odever que todos têm de dar o con-tributo para melhorar o conce-lho”.

Para o líder do grupo do CDS,Hélder Reis, este encontro é“uma forma salutar de os gruposparlamentares se encontraremnum espaço mais reservado”,que permita a “troca de ideias,tendo sempre por visão os inte-

resses da Trofa”. Hélder Reis tem“a agradável perceção que se ino-vou muito neste primeiro ano demandato da AM”, com adescentralização das AM”, que“leva os políticos para junto doscidadãos e das suas preocupa-ções” e se “sintam sempre emcasa quando interpelam não sóo executivo camarário como aAM”.

Já Pedro Ortiga, líder da ban-cada do PS, esperava deste en-contro “uma abertura ao diálogoe participação de todos, de for-ma desprovida das camisolaspartidárias pelo bem da Trofa,”um momento de reflexão, ummomento de apontar caminhosde melhoria e pontos de melhoriapara o funcionamento daAssembleia”. O líder socialistaconsidera que este primeiro ano

de mandato foi “positivo”, no quetoca à “defesa das convicçõessocialistas para a Trofa”, conti-nuando “atentos à postura doexecutivo camarário e do funcio-namento da AM”. “Temos opiniãoprópria de pontos que poderiamser melhorados, de muitas situ-ações que a nosso ver facilmen-te poderiam ser colocadas emprática”, completou.

Também Alberto Fonseca, lí-der da bancada do PSD, espe-rava que no encontro se “discu-tisse a essência da AM” de uma“forma aberta, com todos senta-dos à mesma mesa”, para quese “consiga aperfeiçoar e melho-rar o funcionamento daassembleia com novas suges-tões”. Na sessão, o líder social-democrata apresentou uma pro-posta: que “todos os documen-

tos da AM sejam entregues aosmembros em formato digital”. “Jáestivemos a fazer um estudo so-bre isso e só no primeiro ano jáse gastaram mais de 130 res-mas de papel, 67 mil folhas depapel. O que é assustador nãosó pelo custo financeiro, massobretudo pelo custo ambien-tal”, avançou.

Quanto ao encontro de refle-xão, Alberto Fonseca mencionouque “é a primeira vez que se faz”e é “muito importante”, elencandoas “muitas novidades” que a pre-sidente da AM vai introduzindo eque “muito contribuem para o au-mento da democracia na discus-são política do concelho e tam-bém com maior envolvência detodos os membros”. A CDU nãoesteve representada nesta reu-nião.

40 dádivas de sanguegistaram-se 40 colheitas e umatipagem para medúla óssea,sendo que, fica registado maisum dador.

A próxima ação realiza-seesta sexta-feira, dia 17, em Fra-delos, no Centro Paroquial, en-tre as 16 e as 19.30 horas. Já nodia 18, sábado, entre as 9 e as

12.30 horas, haverá uma recolhanas instalações da empresaEurico Ferreira, na Trofa.

O IPST realiza ainda maisuma colheita de sangue na se-gunda-feira, 20 de outubro, no larMundos de Vida, entre as 15.30e as 19.30.

Membros da Assembleia Municipal refletiram sobre trabalho desenvolvido

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www.onoticiasdatrofa.pt17 de outubro de 2014 Atualidade7

“Relembro que fará amanhã duas semanas que roubaram omeu carro”. Em todo o país, são muitos os pedidos que circulampelo Facebook de proprietários de veículos a pedir o auxílio dequem o viu ou sabe de alguma coisa, para que os possa informarou a Guarda Nacional Republicana (GNR).

O caso mais recente é de uma viatura furtada durante a madru-gada desta terça-feira, 14 de outubro, quando estava estacionadana Rua Luís de Camões, em S. Martinho de Bougado. Trata-se deuma carrinha de cor branca, Citroen C3, de dois lugares mas comcinco portas. Os proprietários pedem a “quem vir o carro”, com amatrícula 56-LS-10 de 2011, ou “souber de qualquer informação”que os contacte através do número 916 121 933. O valor do furto éde 7500 euros.

Já na madrugada de 24 de setembro, foi furtada outra viatura,Opel Corsa, com dois lugares e matrícula 28-DR-37. O proprietárioapela a quem “souber de algo” para avisar a GNR da Trofa, ondeapresentou queixa.

Também ao final da tarde do dia 10 de outubro, foi furtado umveículo, Fiat Uno, que estava estacionado na Rua Professor SerafimSantos Tedim, em S. Martinho de Bougado. O valor do furto é demil euros. P.P.

Detidos por condução ilegalUm homem, que seguia num veículo ligeiro de passageiros na

Rua da Portela, em S. Romão do Coronado, foi detido pelos milita-res da GNR, pelas 15.30 horas do dia 10 de outubro.

A detenção está relacionada com a condução sem habilitação.O condutor foi notificado para comparecer em tribunal na manhãde segunda-feira, dia 13 de outubro.

Já no domingo, um homem, de 65 anos, foi detido pelas 5horas, por conduzir um veículo ligeiro de passageiros com umataxa de 1.65 gramas de álcool por litro de sangue. O condutor,detido na Avenida da Trofa Velha, em Santiago de Bougado, foinotificado para comparecer em tribunal na manhã do dia seguinte.

P.P.

Um indivíduo foi apanhado pe-los militares da GNR da Trofa afurtar um sistema de rega, avalia-do em “cerca de 200 euros”, en-

Furtosdeviaturas

Apanhado a furtar metais não preciosostre as 8 e as 11.30 horas do dia11 de outubro. O metal não preci-oso estava na Rua do Bom Pas-tor, em S. Martinho de Bougado.

O homem foi notificado pelaGNR a comparecer em Tribunalna manhã de segunda-feira, dia13. P.P.

Os moradores da Travessado Facho, em S. Mamede doCoronado, não ganharam para osusto ao início da noite destaquinta-feira, cerca das 20.15 ho-ras.

António Sousa, moradornuma das habitações onde ocor-reu uma alteração no abasteci-mento da rede elétrica, explicouque “estava na sala a ver televi-são e, de repente, as luzes co-meçaram a ficar fortes, outras aficar mais fraquinhas, a televisãocomeçou a dar muitos estourose a torre do computador come-çou a arder”.

Em praticamente todas ashabitações há estragos a regis-tar nos aparelhos alimentadospor energia elétrica e a própriailuminação pública ficou desliga-da por completo.

Numa das casas vive umasenhora acamada que foi trans-portada pelos Bombeiros Volun-tários da Trofa para o Centro Hos-pitalar do Médio Ave, unidade de

Alteração elétrica deixa casasde S. Mamede sem luz

Vila Nova de Famalicão, por pre-caução, devido à possível inala-ção de fumo.

O comandante interino dosBombeiros Voluntários da Trofachegaram ao local e depararam-se com “fumo intenso que sai daporta de uma garagem”. “Osbombeiros equiparam-se e entra-ram no edifício, onde se depara-

ram com um curto circuito no por-tão da habitação e acabamos porter de retirar uma senhora aca-mada do primeiro andar”, expli-cou. Filipe Coutinho adiantou ain-da que “as casas contíguas ti-nham sido também atingidas poruma descarga elétrica”. Para olocal foram mobilizados oito ho-mens para esta operação.

Moradores da Travessa do Facho ficaram sem eletricidade

Um incêndio deflagrou, estaquinta-feira, num pavilhão indus-trial, em S. Mamede do Coro-nado.

O alerta para os BombeirosVoluntários da Trofa foi dado àscerca das 18.20 horas e, à che-gada ao local, os soldados da pazencontraram as portas da empre-

Incêndio destrói p avilhão industrialsa “fechadas a cadeado, incluin-do a porta principal”, tendo sidonecessário “arrombar”, afirmouFilipe Coutinho, comandante emregime de substituição da corpo-ração da Trofa. “Existia muitofumo, o incêndio estava centrali-zado no primeiro armazém e aschamas saíam pela porta princi-

pal. No entanto foi fácil de domi-nar”, enumerou. Para o local osBVT deslocaram 18 homensapoiados por seis viaturas parao combate às chamas. Havia in-dícios de o incêndio ter sido ori-ginado pela queima de fios decobre. P.P.

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 20148Entrevista

Os utentes da Santa Casa daMisericórdia da Trofa receberamuma visita dos militares da Sec-ção de Programas Especiais doDestacamento Territorial daGuarda Nacional Republicana deSanto Tirso, que dinamizou umaação de sensibilização sobre anova nota de dez euros, que en-trou em circulação no dia 23 desetembro.

Além de explicar as três for-mas de verificar a autenticidadeda nova nota de dez euros – to-car, observar e inclinar -, os mili-tares informaram os seniores, docentro de dia desta instituição,dos cuidados a ter para não se-rem burlados ou assaltados. Achave está em não dar muita in-formação a estranhos, nem mos-trar que está sozinho. P.P.

A sede da Associação Cultural e Recreativa da Abelheira(ACRABE) vai ser palco de uma defolhada à moda antiga, no pró-ximo sábado, 18 de outubro.

A iniciativa, promovida ACRABE, tem início às 21 horas e contacom a participação de um grupo de cantares tradicionais para “revivervelhos tempos”. Há ainda lugar para desfrutar de “bons petiscos” e“bons vinhos”.

Feliciano Castro está háum ano a gerir os destinos dafreguesia de Covelas. O pre-sidente da Junta, que cumpreo primeiro mandato político,está a canalizar as receitas decapital para o alargamentodo cemitério. Mesmo assim,diz, será necessário o apoioda autarquia.

O Notícias da Trofa (NT):Qual é o balanço que faz des-te 1.º ano de mandato?

Feliciano Castro (FC): Pos-so dizer que é um balanço, parajá, positivo. Depois daqueles pri-meiros meses de adaptação,com todo o movimento da Junta,temos conseguido ultrapassar asvárias situações que vão surgin-do. Como costumo dizer, vamosindo devagar para chegar longe.Estamos em colaboração com aCâmara, com quem temos tidoum bom relacionamento e vamosver o que depois, no futuro, nosreserva.

NT: Quais os projetos quetem para a freguesia?

FC: O prioritário é o arranjodo cemitério e, embora não es-teja dependente de nós, o abas-tecimento de água e o sanea-mento básico são obras essen-

Entrevista ao presidente da Junta de Freguesia de Covelas

“Projeto prioritário em Covelasé alargamento do cemitério”

ciais para a freguesia. Estamosatentos e a contactar com a Câ-mara e com os intervenientespara ver se as coisas avançam omais rápido possível.

NT: Tem encontrado difi-

culdades na gestão autárqui-ca?

FC: Dificuldades não. Há sem-pre alguns casos para resolver,mas com o diálogo com as pes-soas, temos conseguido ultra-passar as situações que têm

surgido.

NT: Que pequenas obras eintervenções pretende fazer?

FC: Neste momento, esta-mos a pavimentar um acessoenvolvente ao cemitério, em pa-ralelo, numa extensão de 60metros, e só não está concluídodevido ao tempo bastante mauque tem estado, com chuva. Hápequenas intervenções, nalgu-mas ruas, mas obras de poucamonta. Em termos de grandesobras não temos para já nadaplaneado para a freguesia.

NT: Relativamente às áre-as da Ação Social, Cultura,Desporto, Educação e Associ-ativismo, o que tem previstofazer?

FC: Em termos de desportotemos o Grupo Desportivo deCovelas que está em atividadecom uma equipa de futsal mas-culino. Está previsto, para bre-ve, uma prova de atletismo emCovelas.

Em termos do associativis-mo temos um grupo de caridadeque tem dado algum apoio a pes-soas carenciadas. Na Junta, te-mos correspondido a alguns pe-didos que nos têm aparecido,pessoas com dificuldades. Te-

mos apoiado em géneros alimen-tares. A cultura é uma área queainda não tem grandes desenvol-vimentos e para já não temosnada agendado.

Relativamente à educaçãotemos estado em colaboraçãocom a Escola Básica 1 deQuerelêdo. Temos dado o apoiocom o material para a escola eoutras solicitações que me têmsido feitas pela diretora, em ter-mos de arranjos exteriores dejardins e pequenas reparações.

NT: Qual o valor do proto-colo de delegação de compe-tências com a Câmara Muni-cipal da Trofa?

FC: Temos um protocolo, emtermos de capital, a rondar os 75mil euros e, essencialmente, omesmo valor para as despesascorrentes.

NT: Em que vai ser utiliza-da essa verba?

FC: Nas despesas de capi-tal, estamos a canalizá-las paraobras de investimento, que é ocaso de obras de ruas e cemité-rio, cujo alargamento vai custaruma verba elevada e, inclusiva-mente, iremos ter que contarcom apoio da Câmara Municipal.

Desfolhada à modaantiga na ACRABE

GNR alerta seniorespara as novas notas de dez euros

GNR alerta seniores para fraudes

Feliciano Castro satisfeito com primeiro ano de mandato

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www.onoticiasdatrofa.pt17 de outubro de 2014 Atualidade9

Caixa de Sorrisos. Este é o projeto que a delegação daTrofa da Cruz Vermelha Portuguesa vai inaugurar na tardede 20 de outubro, na sua sede.

Vencedor da Missão Sorriso 2013, o projeto insere-se no âmbi-to da Luta Contra a Fome e tem como objetivos o combate à po-breza e a melhoria da dieta alimentar dos agregados sinalizados.

Com isto, “mil pessoas do concelho da Trofa” serão contempla-das com um cabaz alimentar, composto por 18 bens alimentarespor pessoa, contendo produtos básicos necessários no dia a diacomo água, azeite, arroz, óleo, salsichas, atum, leite, entre ou-tros. Mas a ideia não acaba aqui. As famílias assinaladas comodetentoras do cabaz alimentar terão que previamente frequentaruma formação onde serão abordados temas como a confeção dereceitas saudáveis e poupança, a cargo da Delegação. “Economi-ze, divirta-se e sorria na cozinha” é o tema do livro de receitascriado especialmente pelo projeto, para os participantes poderemconfecionar nas suas casas, as refeições.

“Salientamos que este projeto visa mudar hábitos e dar novaconsciência aos agregados sinalizados de forma prática, não pas-sando por uma simples entrega de bens alimentares, pelo queconsideramos ser uma mais-valia e inovação”, avança a Delega-ção, em comunicado.

A direção da Delegação considera que “este projeto é uma mais-valia para o concelho”, permitindo “dar mais consciência sobrehábitos alimentares e de poupança às famílias, bem como ajudara suprir as suas necessidades básicas”.

Patrícia Pereira

De forma a prestar uma úl-tima homenagem a José Reis,a família organizou uma ex-posição com os seus traba-lhos, que estão expostos noAquaplace.

“Pressentindo que a saúdelhe estava a faltar e já bastantedebilitado, concordou fazer estamostra do seu trabalho. E assimchegamos a esta homenagem aoartista de alma pura”. A emoçãoe a saudade estiveram presen-tes na inauguração da mostra depintura “José Reis - Retrospetiva2014”, preparada pelos familiarespara homenagear o pintor.

Warwickshire Choristers é onome do coro inglês que os Me-ninos Cantores do Município daTrofa acolhem no dia 25 de outu-bro.

Num concerto conjunto, osdois coros vão poder mostrar al-gum do seu reportório, na IgrejaMatriz de Santiago de Bougado,às 21 horas.

Composto por rapazes, dosoito aos 14 anos, o WarwickshireChoristers tem a direção deGarry Jones e conta já com um“vasto reportório”.

Temas como “Morning HymnThe Sound of Music, In

O SMED Museu, em S. Mamede co Coronado, vai receber nopróximo sábado, 18 de outubro, a banda Black n’ White. Oespetáculo está previsto para as 23 horas.

Meninos Cantoresrecebem coro inglês

memorian, Les Choristes – Bru-no Coulais; Ipsa Te Cogat,Orlando di Lasso; Ave-maria,

Josquin des Prez, fazem partedo programa do coro inglês.

Exposição homenageiaautor José Reis

A irmã, Helena Reis, contouque José Reis “nunca fez ques-tão de divulgar os seus trabalhos”,uma vez que estava “sempre in-satisfeito com os resultados ob-tidos” tendo deixado “muitasobras inacabadas”.

A inauguração, que decorreuno dia 11 de outubro, contou comum momento musical ao som dovioloncelo. A mostra vai estarpatente na Academia Municipalda Trofa – Aquaplace até ao dia25 de outubro.

Para Helena Reis, esta expo-sição “já deveria de ter sido fei-ta”, porque “há muitos anos queele (José Reis) pinta, esculpe efaz ensaios em diversos materi-ais”. Só que, como era “um eter-

no insatisfeito, nunca estava sa-tisfeito com o que fazia e faltavasempre alguma coisa”. Pressen-tindo “a doença”, o autor assen-tiu fazer a mostra e “estava con-vencido que ainda ia assistir àexposição, mas não deu, a do-ença foi muito rápida e levou-omuito rápido”.

“Mas era a homenagem quelhe podíamos fazer. Uma home-nagem merecida pela pessoae artista que era. Não podía-mos passar sem prestar estahomenagem singela, para que,pelo menos os amigos, tomas-sem conhecimento daquilo queo Zé era capaz de fazer”, men-cionou.

Blackn�WhitenoSMEDMuseu

CruzVermelhalançanovoprojeto

Mostra vai estar patente até ao dia 25 de outubro

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 201410Atualidade

Patrícia Pereira

Depois de vencer o Cam-peonato Nacional das Profis-sões, na área da Eletromecâ-nica Industrial, Carlos Fariarepresentou Portugal no Cam-peonato Europeu, que se re-alizou na cidade francesa deLille, de 2 a 4 de outubro.

“Subir ao pódio por Portugalé a melhor sensação que exis-te”. Carlos Faria, de 18 anos,conquistou o 3.º lugar no Cam-peonato Europeu das Profis-sões, na área da EletromecânicaIndustrial.

O jovem, residente emAlvarelhos, referiu que “depois debem interpretada e analisada”, aprova era “bastante simples e

Trofense foi bronze no Campeonato Europeufácil de pôr em prática”. Dividida“em três partes”, a primeira pro-va consistia em “fazer o circuitoelétrico de uma máquina”, a se-gunda na “montagem do equipa-mento, disposição do material,montagem e eletrificação do qua-dro elétrico e a terceira e últimaprova passava pela “programaçãoda máquina”, em que os partici-pantes tinham que “dar vida àmáquina e colocá-la a trabalhar”.Enquanto a primeira prova sóconhecem “no dia”, as restantespartes são fornecidas com “trêsmeses de antecedência”.

Para Carlos Faria o campeo-nato “correu bastante bem, me-lhor do que o esperado”, pois napreparação da prova “andava umpouco em baixo e desmotivado”,porque começou “a trabalhar

com um novo software”. “Foi tudonovo para mim e a dimensão docampeonato assustou-me umpouco. Mas com a ajuda do meuprofessor, Adelino Santos, e daminha família consegui superaraquele medo e receio e felizmen-te conseguimos obter um bomlugar neste que foi o meu primei-ro Campeonato Europeu de Pro-fissões”, declarou.

O jovem trofense sentiu “umaenorme alegria” por ter colocadoPortugal no pódio, pois demons-tra que o seu “esforço e empe-nho foram reconhecidos” e isso“é o melhor que pode acontecer”.“Também estou feliz porque seique não desiludi Portugal nem aspessoas que sempre me apoia-ram e me deram força para se-guir em frente. Subir ao pódio

mostrou-me que, com força ededicação, tudo é possível mes-mo que pensemos que não emostrou-me para nunca desistirdos meus objetivos”, completou.

Carlos garante que “sincera-mente não estava à espera des-te resultado”, uma vez que “tudoaquilo que estava a fazer era ab-solutamente novo” e por ser umcampeonato europeu “a dimen-são era bastante diferente, mui-to maior, mais concorrentes,mais stress e mais receio de fa-lhar”, tendo contado com “oapoio do professor” que esteve“sempre” ao seu lado para o “aju-dar a seguir em frente e a dar oseu melhor”. “Esta experiência foiimportante, porque conheci no-vas culturas, novos costumes,novos amigos e novas formas de

trabalho, pois, como existemmais países em prova, podemosadquirir novas técnicas e formasde trabalho”, referiu, adiantandoque em comparação com “outrospaíses”, a nível de formação Por-tugal tem “um excelente ensino”e “aposta nos jovens para estasiniciativas”.

Neste momento, o jovemestá “apenas focado” no Campe-onato do Mundo das Profissões- Worldskills International, quedecorre em agosto de 2015, emSão Paulo, no Brasil. “Já estoua começar a minha preparaçãopara esse campeonato, depoisirei trabalhar na minha área queé eletromecânica e continuarei aaprofundar os meus conhecidosnesta área”, concluiu.

Cátia Veloso

O empresário José Manu-el Fernandes lançou o livro“Caminhos do Exportador -Estratégias de Internacionali-zação”, na Associação Em-presarial de Portugal.

A experiência de 36 anos deJosé Manuel Fernandes no mun-do empresarial fazem do grupoFrezite um dos mais conceitua-dos na área da metalomecânica,a ponto de, a nível tecnológico,dar lições a potências como aAlemanha. O empresário nãoquis guardar para si o know-howque adquiriu ao longo das déca-das e transferiu-o para um livro,que serve de manual de boaspráticas para quem se quer aven-turar nos mercados externos.“Caminhos do Exportador – Es-tratégias de Internacionalização”é um livro acessível – nada dese parecer com calhamaçoscom termos técnicos quaseindecifráveis – e com um cunhoautobiográfico, no qual José Ma-nuel Fernandes revela a impor-tância da “virtude do erro” paraalcançar o sucesso. Os contra-tempos vividos na experiênciacomo empresário são documen-tados como alerta para que osempreendedores emergentes osconsigam driblar e chegar aosresultados positivos mais rapida-mente.

Sem deixar de lado os mo-delos teóricos, José Manuel

José Manuel Fernandes apresentalivro sobre internacionalização

Fernandes privilegia a prática edá dicas a quem quer instalar umnegócio no estrangeiro ou entãoexportar, referindo-se a proces-sos como licenciamentos,franchising e escolha de parcei-ros.

Este tratamento dado porJosé Manuel Fernandes ao temafoi elogiado pelos oradores dasessão de lançamento do livro,que decorreu no Porto, na Asso-ciação Empresarial de Portugal,em Leça da Palmeira, na quar-ta-feira. No dia anterior, a obrafoi apresentada em Lisboa.

José António Barros, vice-pre-sidente da Confederação da In-dústria Portuguesa, salientou aimportância que o autor dá à vir-tude do erro. “As histórias con-tadas podem estar na base dosucesso ou insucesso”, subli-nhou.

Luís Mira Amaral, autor doprefácio, recuou aos tempos emque foi ministro (de 1985 a 1995)para referir que “na altura, em quese falava da Frezite, MáquinasPinheiro e MIDA, já sabia qualdelas ia vingar”. As duas últimasfaliram e constam no livro comoexemplo da falta de matrizes degestão de risco, comportamen-to que, diz, se vê vulgarmentenas PME (Pequenas e MédiasEmpresas).

O antigo governante conside-ra que a capacidade de a Frezitedar lições de tecnologia no mer-cado alemão “é uma marca dereferência”, que se explica pelo

ADN do Grupo.A ideia de fazer o livro surgiu

quase como um dever cívico queemergiu numa altura de crise.“Percebi que devíamos transferirconhecimento para a sociedadee para as empresas, num mo-mento em que o país tanto ne-cessita de crescimento econó-mico”.

Através da obra, José Manu-el Fernandes defende que asempresas têm de estar à alturados desafios de “uma sociedadecada vez mais economicista”,sendo capazes de traçar “novosperfis organizacionais para obtersustentabilidade em novos mer-cados”.

O empresário chega mesmoa lançar um número para as ex-portações, com vista à recupe-ração económica do país. “Nes-te momento, Portugal tem uma

componente de exportações de40 por cento sobre o PIB (Pro-duto Interno Bruto), mas dentrode uma década tem que estarcom exportações acima dos 60por cento”, afirmou. O livro - quepode fazer parte de uma coleçãode três obras - é o seu contributopara alcançar esse desígnio.

Por outro lado, lança o reptoao Governo: “O Governo tem queter essa perceção, ativar políti-cas económicas, com incentivospara as empresas para, primei-ramente, mudarem o paradigmade mercados, ou seja, tudo o queestava virado para o mercadonacional se têm produto, serviçoe valor para ir para os mercadosexternos, devem-no fazer, rapida-mente. Depois, o aparecimentode novas empresas com carac-terísticas de serem empresascom forte base de conhecimen-

to têm que nascer do convívio doque de melhor se faz lá fora”.

José Manuel Fernandes de-fende também que as empresasexportadoras ou com intenção deentrar nos mercados externosdevem “rejuvenescer a estruturados recursos humanos”, nos de-partamentos de comércio inter-nacional e afins, mesmo que issosignifique sobredimensioná-los.“As empresas têm de ter pesso-as de reserva e essa aposta temque ser nos jovens. As nossasuniversidades estão a formargente com muita qualidade ecom capacidade de fazer maisque os mais velhos em termosde sacrifício, como viagens paraoutros mercados. Esses recur-sos humanos são uma bênçãodentro de uma organização”,concluiu.

Oradores elogiaram abordagem feita por José Manuel Fernandes

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www.onoticiasdatrofa.pt17 de outubro de 2014 Atualidade11

Patrícia Pereira

Velharias, artesanato e bi-juteria foram alguns dos pro-dutos que estiveram à vendano Largo da Feira Nova, emS. Mamede, na primeira edi-ção da Feira de Artesanato eVelharias do Coronado, nodia 12 de outubro.

Panelas, ferro, ferramentas,campaínhas e outras velhariasatraíam a comunidade a visitar ostand de Diamantino Santos, omais concorrido da Feira de Arte-sanato e Velharias do Coronado.

O mamedense decidiu parti-cipar nesta Feira porque “gostadestas coisas de velharias” eaproveitou “a oportunidade devender as peças” que foi adquirin-do quando ia às feiras. “Achavagraça a este material antigo por-que sou descendente de casaagrícola”, completou.

Diamantino Santos explicouque o seu stand é o mais concor-rido, porque “não há muitas coi-sas deste género” expostas ouà venda na feira. Talvez por issoconsidera que a realização des-

Cátia VelosoPatrícia Pereira

Grupo Sons e Cantares doAve apresentou o último tra-balho editado ao público. CDreúne 13 canções populares,que fazem parte do extensorepertório do conjunto musi-cal.

Foi com o lançamento de umCD que o grupo Sons e Canta-res do Ave assinalou uma déca-da de existência. Este é o se-gundo trabalho editado – o pri-meiro foi em 2008 -, no qual po-dem ser ouvidas 13 canções. Asessão decorreu na Casa doFutebol Clube do Porto da Trofa,em S. Martinho de Bougado, nosábado, 11 de outubro, e serviupara comemorar dez anos depromoção da música do Douro eMinho de Portugal.

Dado que o conjunto musicaltem um repertório de “mais de50 músicas”, a escolha dos te-mas foi feita de forma democrá-

Feira para ajudar coronadensesa ganhar dinheiro “extra”

ta iniciativa “é boa”, porque “amalta começa a dar valor a algu-mas coisas antigas que aindaexistem para não ir para a suca-ta”. “Neste caso faz-se umas fei-ras, a gente diverte-se um boca-do, conversa e conhece amigos”,assegura.

Já as cunhadas Rita Dias eFernanda Dias dividem o standcom peças únicas de artesana-to. Enquanto Rita tem à disposi-

ção velas, caixas e sabonetes“pintados à mão”, Fernandaaposta no crochet, com aventais,toalhas, panos da loiça e sacasde pão. Por estarem “desempre-gadas” e considerem a iniciativa“uma boa oportunidade”, as co-ronadenses decidiram participarpara ver se conseguem “ganharalgum dinheiro”. Para as cunha-das, a realização desta feira é“muito importante” para as “aju-

dar”, pois “a vida está muito má”.Para Rita Dias esta é uma es-treia nestas mostras, mas, comoestá “a gostar”, espera “continu-ar mais”.

A Feira de Artesanato e Gas-tronomia é uma organização daJunta de Freguesia do Coronado,que a vai promover ao segundodomingo de cada mês, entre as10 e as 17 horas, no Largo deFeira Nova, em S. Mamede. Se-

gundo o presidente José Ferreira,esta mostra é o “resultado dassucessivas iniciativas que a Jun-ta vai tendo de artesanato”, ten-do o executivo chegado “à con-clusão que há muita gente quefaz artesanato, expõe e vende”.“Juntamente com o Gabinete deInserção Profissional surgiu aideia de criarmos uma feira develharias e artesanato, com oobjetivo social de permitir aosdesempregados terem a possi-bilidade de ganharem algum di-nheiro com a venda do seu arte-sanato e velharias”, explicou.

Apesar da iniciativa estar“sempre condicionada ao tempo”por ser “ao ar livre”, José Ferreiradenotou que a primeira edição“correu bem e a receção foi bem-sucedida”, tendo recebido “mui-tas inscrições”. Estando o espa-ço “lotado”, a “lista de espera jácomeça a aglomerar-se” e servi-rá para colmatar “sempre quehaja uma desistência”. Por essarazão, a Junta de Freguesia con-tinua a aceitar inscrições paraparticipar na Feira de Artesana-to e Velharias. A próxima ediçãoé no dia 9 de novembro.

CD assinala uma década de Sons e Cantares do Ave

tica. Segundo Ercília Araújo, umadas três mulheres do grupo, “to-dos os elementos participaramnuma votação para escolher ostemas favoritos”. O CD pode seradquirido junto de cada um dosmúsicos.

Por sua vez, a concertistaDelfina Oliveira considera que “é

um trabalho muito bem conse-guido” e “representa” tudo o queos Sons e Cantares do Ave fa-zem, tanto na recolha de músi-cas como pelas performancesem cima do palco.

A sessão de lançamento doCD contou com muitos amigose seguidores fiéis do conjunto

trofense. A noite também foiabrilhantada pelos elementos daescola da Banda de Música daTrofa. “Já pude constatar que te-nho aqui muita gente que nos temvindo a acompanhar ao longo dosespetáculos que fazemos, nãosó na Trofa, como noutras zonasdo país. Para nós, é gratificante

ver essas pessoas aqui, é sinalque gostam da nossa música enos acarinham de uma forma quenos fazem sentir privilegiados”,sublinhou Ercília Araújo.

Além da boa disposição quetransmitem em cada espe-táculo, há um aspeto que nãopode deixar de existir, sob penade o sucesso acabar: a amiza-de. “Conseguimos ter um am-biente de proximidade mui-to grande e isso contribui paraque o grupo se possa manterpor muitos mais anos”, afiançouDelfina Oliveira.

Foi em outubro de 2004 queum grupo de oito pessoas, daTrofa e Vila Nova de Famalicão,decidiu juntar-se para promovera cultura do Douro e Minho atra-vés da música. Nascia assim ogrupo Sons e Cantares do Ave.O desejo é, pois, que o caminhocontinue a ser trilhado com su-cesso. Ercília di-lo, em plenospulmões e de coração cheio: “Evenham mais dez”.

Sons e Cantares do Ave assinalam aniversário com lançamento de CD

Velharias atraíam a curiosidade da comunidade

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 201412 Região

Câmara Municipal põe emvigor medidas de incentivo ànatalidade.

“A dispensa para consultapré-natal, a falta para assistên-cia aos filhos e a familiares, aopção de trabalho a tempo par-cial ou com horário flexível paratrabalhadores com filhos meno-res de doze anos”. Estas são asmedidas de incentivo à natalida-de que constam no AcordoColetivo de Empregador Público(ACEP), aprovado pela CâmaraMunicipal de Famalicão, no dia16 de outubro, num novo modelode gestão que acompanha asnecessidades dos cidadãos.

Profissionais mais empenha-dos, mais rigorosos e mais dispo-níveis são as exigências do do-cumento que prevê ainda um con-junto de medidas de apoio à famí-lia, a proteção e valorização pro-fissional e a fixação de um horárionormal de trabalho de 35 horas.

“O município passa a darmais aos seus colaboradores,mas também passa a exigirmais”, afirma o presidente daautarquia famalicense, PauloCunha, acrescentando: “No final,queremos que o saldo desta

“A revolução digital veio paraficar? E o jornalismo de hoje,quem está disposto a pagá-lo?A literatura e a reportagem têmlugar à mesma mesa?” Estassão as questões que vão ser res-pondidas durante dois dias, naprimeira edição do Festival NovoJornalismo, que a Câmara Muni-cipal organiza, nos dias 24 e 25de outubro, na Fábrica de SantoThyrso.

Carlos Magno, Francisco Jo-sé Viegas, Paulo Pena, David Di-nis, Joaquim Vieira, entre outros,são convidados a debater temascomo o “futuro dos media, da es-

Festival Novo Jornalismo em Santo Tirsocrita de não-ficção e de ética edeontologia nos tempos daInternet”.

Acolhido pela Fábrica de San-to Thyrso, este será a estreia deum evento que quer ser “referên-cia a nível nacional” e cujos temasvão marcar, “seguramente”, aatualidade durante “muitos anos”.

Em destaque, nesta primeiraedição da iniciativa, está a ses-são de abertura com JoaquimFurtado, “figura incontornável” dopanorama jornalístico português,profissional de rádio e televisão,tendo sido diretor-coordenadordas áreas de Informação e Pro-

gramação da RTP e autor dasérie documental A Guerra, so-bre a guerra colonial portuguesa.

O público alvo, jovens, desti-natários naturais de um eventocom estas particularidades, teráa oportunidade de contactardiretamente com os profissionaisda área da comunicação, atra-vés de visitas às escolas do con-celho. “O Festival Novo Jornalis-mo está inserido num conjuntode iniciativas que a Câmara Mu-nicipal de Santo Tirso quercolocar no terreno, de âmbitocultural, potenciando a discussãodos mais variados temas”, escla-rece o presidente da autarquia,Joaquim Couto.

O executivo tirsense realçouque “envolver a comunidade es-colar é uma forma de garantir lei-tores mais exigentes, bem comocidadãos informados e com espí-rito crítico”, por isso, o FestivalNovo Jornalismo pretende não sódebater os assuntos relacionadoscom o jornalismo puro mas tam-bém com a literatura, sendo uma“excelente maneira de estimularo setor da arte e das letras”.

Famalicão cria medidas de apoio à natalidadeequação, que resulta da relaçãoequilibrada entre Câmara Muni-cipal e os seus trabalhadores,seja um claro benefício para osfamalicenses, queremos que osmunícipes sintam os seus inte-resses protegidos”.

O presidente da autarquiaconsidera ainda que “a relaçãoque quer manter com os nossoscolaboradores é decisiva para osucesso das atividades que têmde desenvolver no sentido decorresponder às expectativasdos famalicenses”.

O acordo será submetido àaprovação do Secretário de Es-tado da Administração Pública,e surge no seguimento de nego-ciações desenvolvidas entre aCâmara Municipal e os sindica-tos representativos dos trabalha-dores do município.

A implementação do docu-mento prende-se com as “cres-centes competências atribuídasaos municípios, nomeadamenteem matérias que estavam sob aalçada da Administração Centrale pelo crescente grau de exigên-cia no rigor da gestão da coisapública onde é fundamentalotimizar os recursos existentes”.

Esta proposta, distingue-se

de muitas outras através da con-templação de um conjunto dedireitos e regalias aos trabalha-dores para o exercício da paren-talidade, aos trabalhadores comresponsabilidades familiares e naproteção da família, como porexemplo a licença para acompa-nhamento do cônjuge colocadono estrangeiro ou até a fixaçãodo horário de trabalho idêntico,quando existem trabalhadores do

município pertencentes ao mes-mo agregado familiar.

Um dos conceitos do docu-mento será a adaptabilidade doperíodo normal de trabalho, paraque possa ser definido de acor-do com as necessidades dosserviços. No caso de eventos ouatividades municipais, o aumen-to do período normal de trabalhotem como “limite duas horas di-árias”, podendo atingir no limite

“máximo as 45 horas semanais”,a realizar em média num perío-do de dois meses. Salvo algu-mas exceções, como a trabalha-dora grávida, puérpera ou lactan-te, todos os trabalhadores ficam“obrigados” à prestação de tra-balho suplementar.

O ACEP dispõe ainda de “umconjunto de normas que regula,entre outras matérias, a mobili-dade funcional e geográfica, tan-to no interesse do trabalhadorcomo do serviço. Prevê-se a pos-sibilidade de concessão de licen-ças sem remuneração de diver-sa duração que poderão servirpara a valorização profissionaldos trabalhadores”, propondo for-mas de apoio para formação pro-fissional e académica, nomeada-mente através do estabelecimen-to de horários adaptáveis e flexí-veis. Regula também as ques-tões de segurança, higiene esaúde no trabalho.

Pretende-se “regular a rela-ção dos trabalhadores com omunicípio”. “Existe um conjuntode matérias que não eram cla-ras e a partir de agora, as pes-soas sabem quais são as regras,sabem com o que podem con-tar”, destaca Paulo Cunha.

Autarca quer regular a relação dos trabalhadores com município

O primeiro-ministro, Pedro Passos Coelho, vai estar presenteem Famalicão, na inauguração do Espaço Famalicão Made IN,um gabinete de apoio ao empreendedor, na segunda-feira, 20 deoutubro, às 18.30 horas.

Criado pelo município de Vila Nova de Famalicão, o espaçovisa prestar atendimento aos empresários e que tem como objetivosatrair investimento para o concelho, apoiar os investidores e esti-mular o empreendedorismo.

O Espaço Famalicão Made IN “é um projeto ambicioso da Câ-mara Municipal e surge na sequência de outras ações desenvolvi-das pelo município para valorizar e promover a genética empreen-dedora de Famalicão e atrair novos investimentos para o conce-lho”.

INcubar, INvestir e INcentivar são as áreas de intervenção a quese propõe este projeto, apoiando, informando e encaminhando quemdeseja criar o seu próprio negócio.

“É um espaço que irá permitir concretizar a estratégia que ainiciativa Famalicão Made IN pretende cumprir, ou seja, o desen-volvimento económico do concelho e a sua consolidação enquan-to terceiro município mais exportador do país”, lê-se em comuni-cado.

Ainda antes, integrado na jornado do roteiro Famalixão MadeIN, o primeiro ministro vai participar numa visita à empresa Salsa,em Ribeirão, “notável pelo seu espírito de iniciativa, pioneira nodesenvolvimento de soluções inovadoras e produtos diferenciados”.A marca, conhecida especialmente pelos jeans, comemora esteano o seu 20.º aniversário, estando presente em 250 postos devenda, contando ainda com 2000 clientes multimarca em 35 paí-ses diferentes.

Pedro PassosCoelhoemFamalicão

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www.onoticiasdatrofa.pt17 de outubro de 2014 Solidariedade13

Patrícia Pereira

A chuva não demoveu asmais de mil pessoas de com-parecerem junto à Capela deBairros para participarem nasegunda edição da Caminha-da Solidária Odlo, que se re-alizou no domingo, 12 de ou-tubro.

Munidos de guarda-chuvas ede capas, os participantes parti-ciparam nos exercícios de aque-cimento e iniciaram um percur-so de cinco quilómetros, que ti-nha como principais pontos depassagem a Azenha do Portela,Ponte Romana e Igreja Matriz deSantiago de Bougado.

A primeira paragem foi naAzenha do Portela, onde foi feitauma breve explicação sobre a

Angariados “cerca de seis mil euros”para associações de solidariedade

mesma, o que também aconte-ceu com a Igreja Matriz de San-tiago de Bougado.

Além de pertencer à Confe-rência Vicentina, Maria OtíliaFerreira participou na iniciativaporque “gosta” e por ser “umaforma de angariar dinheiro paraa Conferência”. A chuva “não”assustou porque “era pouca” emesmo que “fosse muita não iadesistir, se não o evento tambémnão acontecia”.

Também Bruno Areal partici-pou na caminhada para “contri-buir de uma forma solidária coma causa”. Apesar de estar “umbocado receoso” por causa dachuva, a atividade acabou por“correr bem”.

A 2.ª edição da caminhadasolidária foi promovida pela em-presa Odlo Portugal, que, saben-

do que “havia algumas carênci-as ao nível das instituições desolidariedade”, decidiu fazer estaatividade para “angariar fundospara as várias instituições”. Noato da inscrição, as “cerca de1400 pessoas” podiam escolhera quem dar o donativo, entre “osVicentinos de Alvarelhos, S.Mamede, S. Martinho e Santia-go ou a APPACDM”. Dos “cercade seis mil euros” angariados, aAPPACDM da Trofa foi a que“mais” recebeu, porque está “apassar por bastantes carências”e, por isso, “focaram todo ocontributo para esta instituição”,segundo contou o responsável daempresa Júlio Paiva.

O responsável da empresa,que acompanhou o percurso, afir-mou que recebeu por parte dosparticipantes um “feedback mui-

to positivo”. “As pessoas já es-tão habituadas. É interessantever o espirito de solidariedadecom que estão e a alegria comque participam nesta atividade.Já o ano passado foi igual e écom agrado que vejo que isto jáfaz parte já colocam na agendapara participarem na caminha-da”, referiu.

A Odlo Portugal já está a pre-parar para o dia 14 de dezembroo jantar de Natal, em que as ver-bas angariadas revertem a favordos Vicentinos. Já a próximaedição da caminhada estámarcada para o dia 27 de setem-bro de 2015 e vai decorrer em S.Mamede do Coronado. Veja aFotogaleria em facebook.com/onoticiasdatrofa.

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 201414 Desporto

Cátia Veloso

Casos polémicos que mar-caram vitória do Feirense nocampo do Trofense motiva-ram pedido de reunião dosdirigentes da trofa com Con-selho de Arbitragem.

Os dirigentes do ClubeDesportivo Trofense já reuniramcom o responsável pelas nome-ações dos delegados da Liga deClubes, para expor “situações”que ocorreram no jogo da equi-pa com o Feirense, no domingo,12 de outubro. Mas as diligênci-as não param por aqui. Os res-ponsáveis do emblema tambémvão pedir uma reunião ao Con-selho de Arbitragem da Federa-ção Portuguesa de Futebol nãosó para falar das decisões polé-micas do árbitro Luís Ferreira, noúltimo jogo, como também paraexpor “os erros continuados” nojulgamento dos lances, que con-sideram “uma tendência durantea presente época”.

Recorde-se que, no domingo,após o jogo do Trofense, que foi

CD TrofenseJuniores

2.ª Divisão Nacional – série ATrofense 2-2 Vizela

(6.º lugar, 11 pontos)Próxima jornada18/10 às 15 horas

Fafe-Trofense

Juvenis A1.ª Divisão Distrital – série 2

Paredes 1-0 Trofense(4.º lugar, 9 pontos)Próxima jornada18/10 às 15 horasTrofense-Rio Tinto

Juvenis B2.ª Divisão Distrital – série 4Vilar Pinheiro 1-4 Trofense

(1.º lugar, 6 pontos)Próxima jornada19/10 às 9 horas

Trofense-Águas Santas

Iniciados A1.ª Divisão Distrital – série 2

Trofense 12-0 Marco 09(4.º lugar, 9 pontos)Próxima jornada19/10 às 10 horas

Aliados FC Gandra-Trofense

Iniciados B2.ª Divisão Distrital – série 7

Roriz 1-7 Trofense(8.º lugar, 3 pontos)Próxima jornada19/10 às 11 horas

Trofense-Bougadense

Infantis 111.ª Divisão Distrital – série 1Valadares Gaia 0-0 Trofense

(7.º lugar, 7 pontos)Próxima jornada

18/10 às 13.15 horasTrofense-Colégio Ermesinde

AC BougadenseJuniores

2.ª Divisão Distrital – série 4Carvalhosa 3-0 Bougadense

(12.º lugar, 0 pontos)Próxima jornada19/10 às 9 horas

Bougadense-Leões Seroa

Juvenis B2.ª Divisão Distrital – série 4

Bougadense 4-1 H. Gonçalves B(5.º lugar, 4 pontos)Próxima jornada19/10 às 10 horas

Macieira da Maia-Bougadense

Iniciados B2.ª Divisão Distrital – série 7Bougadense 3-2 Ermesinde

(7.º lugar, 3 pontos)Próxima jornada19/10 às 11 horas

Trofense-Bougadense

FC S. RomãoJuniores

2.ª Divisão Distrital – série 3S. Romão 0-12 Rio Tinto

(14.º lugar, 0 pontos)Próxima jornada18/10 às 15 horas

S. Pedro Fins-S. Romão

Trofense pede reunião comConselho de Arbitragem apósincidências no jogo com o Feirense

derrotado pelo Feirense por 0-3,o gerente da Sociedade Despor-tiva Unipessoal por Quotas(SDUQ) do clube, Nuno Lima,apareceu na conferência de im-prensa para manifestar “descon-tentamento” e “alguma revolta”pelas incidências da partida. “Otrabalho do árbitro foi condicio-nado”, afirmou, remetendo-separa um artigo que saiu num jor-nal desportivo que dava conta dodesagrado do Feirense pela no-meação de Luís Ferreira.

Nuno Lima também não dei-xou de apontar o dedo ao dele-gado da Liga, referindo-se a si-tuações que “não se resumemao que aconteceu dentro dasquatro linhas”.

A vitória do adversário não foicolocada em causa, Nuno Limaenfatizou até que foi “justa”, noentanto, não deixou de frisar aocorrência de “lances capitais emprejuízo do Trofense”, que “nãodignificam o futebol”.

Expulsão e três penáltisA partida, que se realizou na

Trofa, ficou marcada pela expul-

são do ponta de lança do Trofen-se Brayan Riascos, aos 14 minu-tos, e por três grandes penalida-des.

O Feirense começou a cons-truir a vitória aos 38 minutos, nasequência de uma grande penali-dade a sancionar uma supostafalta de Tiago sobre JeffersonSantos. Fabinho converteu o cas-tigo máximo e deu vantagem àequipa liderada por Pedro Miguel.

Nesta altura, já o Trofensejogava com dez unidades, faceà expulsão de Brayan Riascos,aos 14 minutos, por supostaagressão a um adversário.

Aos 71 minutos foi assinalarmais uma grande penalidade porLuís Ferreira. O árbitro conside-rou que Costinha derrubou Cafúe apontou para a marca de pe-nálti. Fabinho teve, novamente,a responsabilidade de convertero castigo máximo e não vacilou.

Quatro minutos depois, novocaso: o árbitro marcou penáltipor suposta mão na bola de PapaAlassante dentro da grande área,mas à terceira Fabinho falhou oalvo e atirou ao lado.

Já em tempo de descontos,Hélder Rodrigues fez o terceiropara o Feirense, num remate emarco e bem colocado, após pas-se de Cafú.

Sem querer falar da equipa dearbitragem, o treinador PedroMiguel considerou que o Feiren-se “foi a melhor equipa, mesmoquando jogou 11 contra 11”. “Apro-veitamos a superioridade numéri-ca, fizemos os golos e gerimosmas podíamos ter sido mais prá-ticos. Vitória justa da melhor equi-pa. O Trofense não nos criou, àparte de uma bola por cima ago-ra, dificuldades”, afiançou.

Com este resultado, a equi-pa da Trofa caiu para o últimolugar, com sete pontos, os mes-mos que o adversário.

Taça de Portugaljoga-se no sábado

O Trofense joga no sábadopara a Taça de Portugal no redu-to do Pedras Salgadas, equipaque milita na série A do Campe-onato Nacional de Seniores. Apartida está marcada para as14.30 horas.

Resultados CamadasJovens

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www.onoticiasdatrofa.pt17 de outubro de 2014 Desporto 15

Diana AzevedoCátia Veloso

A última jornada teve umsabor amargo para a equipado S. Romão, que ao longodo jogo sempre respondeu àsinvestidas do Desportivo dePortugal. Nos últimos minutosde jogo, um deslize do guar-dião da casa ditou a derrota.

As melhorias qualitativas nogrupo romanense são bem evi-dentes jogo após jogo, sendoque a terceira jornada da série 1da 2.ª divisão distrital foi bem dis-putada e com muito empenhodos jogadores de vermelho ebranco.

A equipa comandada por ZéManel começou por ser a maisagressiva ofensivamente, no en-tanto o Desportivo de Portugalconseguiu manter uma estrutu-ra bem organizada e dificultar osavanços da casa.

Os golos só surgiram depoisda meia-hora de jogo, com oDesportivo de Portugal a aprovei-tar a permeabilidade na defensi-va romanense, para Nuninho fa-zer o 0-1.

O S. Romão tentou respon-der de imediato, mas ainda faltaeficácia na finalização e tomada

Um empate a um golo foi oresultado do jogo entre o Atléti-co Clube Bougadense e oPenamaior na série 1 da 2.ª Divi-são da Associação de Futebol doPorto. A partida, realizada no sá-bado, ficou marcada pelo autogo-lo de Dani no último minuto, quefixou o empate. A formação co-mandada por Agostinho Lima es-tava quase a garantir o terceirotriunfo consecutivo, mas uma in-felicidade de Dani, que ao tentarcortar a bola bateu inadvertida-mente com a canela na bola, co-locando-a dentro da baliza.

Caio foi o autor do golo doBougadense, numa jogada emque se destaca a assistência deTó Maia.

“Foi um jogo complicado, por-que era um campo pequeno e a

Derrota amarga em casade decisão mais apropriada noúltimo terço do campo. Aos 44minutos, um contra-ataque trou-xe perigo à baliza defendida peloguardião forasteiro Bruno, masTeixeira falhou o remate final.

O segundo tempo foi maisintenso, com mais golos e maisdinamismo por parte das duasformações. O S.Romão subiumais no terreno e, aos 50 minu-tos, Renato igualou o marcador.

Ferreira cometeu falta sobreuma progressão perigosa deNuninho dentro da área, aos 75minutos, e nesta sequência Vítorconverteu com êxito a grandepenalidade.

A resposta do S.Romão che-gou volvidos cinco minutos, comBerto a ganhar o 1x1 em frente àbaliza do adversário e cabecearpara o golo.

O 3-2 surgiu, aos 80 minutos,numa bola parada. Bocas fezuma excelente execução namarcação do livre direto, envian-do a bola por cima da barreira,até embater no bordo interno datrave, sem hipótese de defesapara o guarda-redes da casa.

A igualdade no marcador foireposta logo depois, tambémnuma bola parada. Desta vez foio romanense Carlos que espe-rou pela marcação do canto no

segundo poste, onde facilmentedeu o toque final.

Em cima dos 90 minutos,Nuninho avançou em direção àbaliza da casa. O guarda-redesBruno complicou uma defesa fá-cil e permitiu assim que Nuninhobisasse.

Os cinco minutos de prolon-gamento decididos pelo trio dearbitragem feminino foram osmais intensos de toda a partida,com o S. Romão a correr embusca de mais um golo, que per-mitisse pontuar nesta jornada.

Para insatisfação da casa o api-to final surgiu a marcar a vitóriado Desportivo de Portugal.

O treinador do Desportivo dePortugal, Pedro Cunha, acreditaque a sua equipa dominou a par-tida do início ao fim. “Trabalha-mos muito para preparar estejogo, sabíamos que neste cam-po esperávamos um jogo muitodireto e assim foi, no entantoadequámo-nos bem e fomos umjusto vencedor”, completou.

Zé Manel, técnico romanen-se, estava orgulhoso na presta-

ção do seu grupo. “Nota-se aevolução na equipa, são duasjornadas consecutivas em queconseguimos recuperar seis ve-zes de estar a perder. Isto só épossível com uma equipa muitounida e concentrada no jogo”,denotou.

A evolução da equipa doS.Romão deixa o treinador con-fiante num bom jogo no encon-tro com o Pasteleira no próximosábado e a acreditar numa vitó-ria. O S. Romão está em 16.ºlugar, com um ponto.

Autogolo no último minutoempata Bougadense

nossa equipa sentiu dificuldade.Teve de optar pelo futebol direto,mas portou-se muito bem, pelaatitude que teve”, afirmou o trei-nador bougadense em declara-ções ao NT.

O técnico considerou o resul-tado “injusto”, uma vez que “nãoespelha o que os jogadores tra-balharam e as oportunidades quetiveram”.

O empate não vai esmorecera motivação dos atletas, consi-dera Agostinho Lima, que acre-dita que estes “vão ter o mesmoempenho e atitude” no próximojogo com o Sobreirense, que serealiza no domingo, no Parquede Jogos da Ribeira, em Santia-go de Bougado, às 15 horas.

C.V.Equipa de Bougado somou um ponto no empate com o Penamaior

S.Romão perdeu ponto nos últimos minutos de jogo.

arquivo

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 201416 Desporto

“Cerca de 1500 pessoas”participaram na Marginal deVila do Conde Banco Bic, quese realizou no domingo, 12 deoutubro, e que tinha dois per-cursos à escolha: cinco e dezquilómetros.

Com a partida e chegada jun-to ao Forte de S. João, na Ave-nida do Brasil, o trofense RuiPedro Silva, do SL Benfica, cor-tou a meta em 1.º lugar, com otempo de 30:42 minutos, segui-do de Paulo Gomes (CUABenaventense), com o tempo de30:43 minutos, e Hugo DanielSantos (Xistarca), com o tem-po de 31:53 minutos.

No setor feminino, FilomenaCosta (ACD Jardim da Serra)

O trofense Diogo Campos fezparte do trio que representou aseleção nacional em Markelo,Holanda, no Quad-Cross Euro-peu das Nações no fim de sema-na de 11 e 12 de outubro. A pres-tação lusa foi recheada de con-

Com um triunfo por 5-4, dian-te do Biquinha, a equipa séniorda Associação Recreativa Juven-tude (ARJ) do Muro entrou como pé direito no campeonato dasérie 1 da 1.ª Divisão distrital. Napróxima jornada, a formaçãomurense recebe o Barranha, às22 horas de sexta-feira (17 deoutubro), no pavilhão da EscolaBásica e Secundária doCoronado e Covelas (EBSCC).

Quem também entrou a ven-cer no campeonato, desta feitana 2.ª Divisão distrital, foi o Gru-po Desportivo de Covelas. A for-mação liderada por Nuno Moreirabateu o Novelense por 4-1 e napróxima ronda desloca-se ao re-duto do Silva Escura.

A equipa sénior feminina doFutebol Clube S. Romão tam-bém soma e segue. Venceu a 5.ªjornada diante do Santana, por0-2, e segue invicta na liderançado campeonato da 1.ª Divisãodistrital, com 15 pontos, acom-

Rui Pedro Silva vence Marginal de Vila do Condeficou em 1.º lugar com o tempode 34:40 minutos. O pódio fi-cou completo com Doroteia Pei-xoto (Maratona Clube Portugal),com o tempo de 30:43 minutos,e Jéssica Matos (SL Benfica)em 38:01 minutos.

O atleta informou, através dasua página do Facebook, quevai participar, este domingo, naMaratona de S. Paulo, no Bra-sil, como “teste para a Marato-na do Porto”, que se realiza nodia 2 de novembro. TambémAntónio Neto, atleta da Trifitrofa,participou na prova de dez qui-lómetros, tendo-se classificadoem 11.º lugar, em veteranos.

P.P.

Diogo Campos azarento na Holandatratempos, entre os quais que-das e avarias, que relegou a equi-pa das quinas para 9.º lugar.

O azar surgiu logo na primei-ra manga, quando Diogo Cam-pos seguia na 9.ª posição e foiabalroado por outro piloto. O tro-

fense saiu maltratado do choque,mas mesmo com muitas doresnas costas prosseguiu a corridaterminando em 19.º. Também naprimeira manga, o colega de equi-pa João Vale sofreu uma queda ecaiu do 7.º para o 15.º lugar.

Na terceira manga, DiogoCampos regressou à pista e so-mou nova contrariedade: o triân-gulo da suspensão de uma dasrodas dianteiras partiu, atrasan-do-o na tabela classificativa (22.ºlugar). Pedro Silva ficou em 20.º

lugar na segunda manga e termi-nou a estreia no Europeu dasNações no 14.º posto. João Valeclassificou-se em 16.º na segun-da manga, onde a meio teve demoderar a velocidade devido aum furo num pneu dianteiro. C.V.

Futsal

Seniores do Muro entrama vencer no campeonato da 1.ª Divisão

panhada pelas Águias de SantaMarta. No sábado, pelas 21 ho-ras, no pavilhão da EBSCC, aequipa romanense recebe aJuventus Triana. Na formação, aequipa júnior da ARJ Muro per-deu na 4.ª jornada e, pela primei-ra vez, do campeonato da série 2

da 2.ª Divisão. O “carrasco” foi oCSRDC Santiago, que triunfou por2-1. Na próxima jornada, o adver-sário é o Gondomar Futsal, numapartida marcada para as 18 ho-ras de sábado.

A equipa júnior feminina doFC S. Romão perdeu por 0-9

com a Escola DC Gondomar, na4.ª ronda do campeonato distritaldo escalão e ainda não pontuouesta época. Os RestauradoresAvintenses, que lideram invictos,são o próximo adversário.

Na 2.ª jornada do campeona-to da série 2 da 2.ª Divisão distri-

tal de juvenis, a Associação Des-portiva e Recreativa do Coronadovenceu o Desportivo das Aves por2-1 e somou os primeiros pon-tos da temporada. Já o CentroRecreativo de Bougado estreou-se com um empate a duas bo-las com a Casa do Futebol doPorto de Rio Tinto. Este fim desemana, a formação do Corona-do desloca-se ao terreno da Or-dem, enquanto o CR Bougadoviaja ao reduto do AD Penafiel.

Na ronda inaugural da 1.ª Di-visão distrital, a equipa infantil doCR Bougado foi goleada peloGDC Cohaemato. No sábado, às18 horas, a formação recebe, nopavilhão em Cidai, Santiago deBougado, a Académica de Leça.

Em benjamins, na série 3 docampeonato distrital, o FC S.Romão triunfou diante doGondomar por 1-3, somandoseis pontos. No domingo, às 11horas, a equipa recebe a Ordem.

C.V.

Murenses estrearam-se no campeonato com vitória diante do Biquinha

Rui Pedro Silva cortou a meta depois de 30 minutos e 42 segundos a correr

Atletismo

Quad-cross

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www.onoticiasdatrofa.pt17 de outubro de 2014 Desporto 17

Mais de 20 atletas de clubes trofenses participaram no Grande Prémio de Atle-tismo do Mozinho, em Oldrões, Penafiel, no dia 12 de outubro (domingo).

Entre as diferentes categorias, destaque para Andreia Rodrigues do Ginásio daTrofa (1.º lugar juniores) e Alice Oliveira do Bougadense (1.º lugar iniciados femini-nos).

Nos infantis, Filipa Sá e José Silva, do Ginásio da Trofa, conquistaram o 3.º e 2.ºlugar, respetivamente. Já Elsa Maia (3.º lugar feminino) e João Ferreira (2.º lugarmasculino), da mesma instituição, completaram o pódio dos juniores. Houve aindalugar de honra para Tiago Silva que representou o Ginásio da Trofa nos juvenis,ficando em 2.º lugar.

A prestação do Bougadense não ficou atrás e Rui Rocha ganhou lugar no pódiona categoria de iniciados masculinos (3.º lugar) enquanto que, em juvenis, AnaSilva e Sofia Maia ficaram em 5.º e 6.º lugar. Da mesma categoria, em masculinos,Fábio Rodrigues alcançou o 5.º lugar. Coletivamente, nos escalões jovens, oBougadense ficou em 4.º lugar, entre as 29 equipas classificadas.

Dos restantes classificados, entre o Ginásio da Trofa e o Bougadense, todos osatletas ficaram entre os 20 primeiros lugares.

Trofanopódio doGrandePrémiodeAtletismodoMozinho

A Sociedade Columbófila de S. Romãoentregou aos vencedores de quatro cate-gorias distintas, os prémios anuais, nodia 27 de setembro.

Asas de Rindo (1.º), Ângelo Araújo(2.º) e José Manuel & Moutinho (3.º) com-pletaram o pódio da geral.

Na velocidade, Asas de Rindo conquis-ta novamente o primeiro lugar, seguindo-se José António Balbeira em segundo e

Sociedade Columbófilade S. Romão entrega prémios

Ângelo Araújo em terceiro.No campeonato de meio-fundo, Asas

de Rindo (1.º), Ângelo Araújo (2.º) e RuiFlor (3.º) receberam os respetivosprémios.

José Manuel & Moutinho (1.º), CarlosMoreira (2.º) e Asas de Rindo (3.º) finali-zaram a entrega de prémios, no campeo-nato de fundo.

Num espaço novo, o Clube Slotcarda Trofa promoveu na quarta-feira (15de outubro) a primeira prova interna.

Foram “cerca de duas dezenas” aspessoas que estiveram presentes na pri-meira prova de slotcar organizada pelo Clu-be Slotcar da Trofa na nova sede. Depoisde algum tempo inativa, a modalidade re-gressou e mostrou a intenção da direçãoda coletividade de recuperar as competi-ções já feitas anteriormente, graças àsnovas instalações.

A disputar um troféu interno do clube,foram quatro as equipas a competir, numtotal de cinco elementos cada uma e cujosnomes representavam marcas de automó-veis.

“As pessoas vêm, divertem-se no clu-be e é para mim um motivo de grandesatisfação perceber que o Slotcar está vivoe tem todas as condições pra voltar”, afir-mou João Pedro Costa, presidente do clu-be, salientando que este tipo de atividadespermitem, semanalmente, “poder ter naprópria sede pessoas a reverem-se namodalidade e, ao mesmo tempo, a fre-quentar a sua colectividade” e não ser sóa prova de 24 horas Slotcar da Trofa umpergaminho internacional.

Clube Slotcar da Trofa promove competiçãoAs competições têm data marcada

para as quartas-feiras à noite. Os inte-ressados, podem não só assistir às pro-vas como também experimentar a moda-lidade.

Apenas com quatro calhas, e não oitocomo o habitual nas grandes competi-ções, a pista do Slotcar não é “propria-mente” uma pista de competição. Numaprova de 24, por exemplo, a pista apre-senta um perímetro de “cerca de 60 me-tros” sendo que esta tem “apenas 30metros”, o básico da modalidade.

Pedro Machado é um dos associadosdo Clube Slotcar da Trofa que participouna competição. A “amizade”, a “boa dis-posição” e o “convívio” são as principaisrazões que o fazem deslocar-se do Portopara a Trofa. “É sempre bom ver novosassociados, ver novos corredores a vir paracá, misturados com aqueles que andammais um bocadinho, concilia-se uma coi-sa com a outra. Isto no fundo é uma festado Slotcar e para cativar nova gente paravir para cá”, contou.

Já Ricardo Lopes, membro permanen-te da equipa Slotcar da Tofa, foi um dosparticipantes da iniciativa. Habituado ajogar futebol, “trabalhar com as mãos”numa modalidade como esta obrigou-o a

uma grande “concentração” e “perícia”,numa experiência de que “não estava àespera”. “Gostei muito e espero com mui-to treino poder subir mais nesta modali-dade”.

Com a presença de alguns campeõesdo mundo, correr ao lado dos profissio-nais foi para Ricardo Lopes “uma pres-são enorme”, mas conseguiu fazer “umbom tempo”.

Destaque para a equipa vencedora,Porshe, com 440 voltas.

“Faço um convite a todos que nos quei-ram visitar. Estamos na disposição depassar um bocadinho do que foi a nossavivência nos últimos dez anos e, ao mes-mo tempo, lançar alicerces para muitosmais anos para a frente, dentro destamodalidade na Trofa”, apelou o presiden-te do clube, João Pedro Costa.

Prova de slotcar foi a primeira realizada na nova sede da coletividade

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 201418 Desporto

Cátia Veloso

Para esta temporada, aequipa de bilhar do ClubeSlotcar da Trofa tem comoprimeiro objetivo a manuten-ção na 1.ª Divisão, mas alme-ja chegar à fase final para dis-putar o título de campeão.

“Estão reunidas todas as con-dições para termos uma exce-lente época”. A afirmação é pro-ferida, de forma convicta, porPedro Forte, diretor técnico daequipa de bilhar do Clube Slotcarda Trofa. Após o período de eu-foria decorrente do título de cam-peã da 2.ª Divisão e subida aoprincipal escalão nacional depool português, a equipa estáfocada na nova temporada, quese antevê um grande desafio.Mesmo assim, a ambição nãodeixa de ser uma das caracte-rísticas do grupo.

Segundo Pedro Forte, queestreia uma nova competênciano clube - servindo de elo de in-termediário entre a direção -, o“primeiro” objetivo é a manuten-ção, mas a vontade dos atletas

Equipa de bilhar com máxima ambição

é destacar-se no “extremamen-te competitivo” distrito do Porto,“chegar aos quatro primeiros lu-gares, que dão acesso à fase fi-nal” e “lutar pelo título de cam-peão nacional”.

O capitão de equipa RogérioOliveira corroborou as elevadasexpectativas. “Somos um gruporesponsável, sabemos quais sãoas nossas limitações, mas tam-bém sabemos quais são as nos-

sas capacidades. Se, por um lado,o desafio é mais elevado do que aépoca transata, por outro tambémtemos experiência dessa tempo-rada que nos garante outro estofoa nível desportivo”, explicou.

O novo projeto da direção doClube, que incluiu mudança deinstalações para a AcademiaMunicipal parece satisfazer aequipa. Rogério Oliveira sente-se“lisonjeado” por jogar “nas con-

dições” que foram proporciona-das e que “dão mais ambiçãopara fazer mais e melhor”.

Por sua vez, Pedro Forte re-conhece o “esforço” da direçãoem proporcionar as melhorescondições logísticas para umbom desempenho desportivo.Quanto à nova sede, é perentório:“Não há dúvidas que fizeram umexcelente trabalho e a prova evi-dente é a presença cada vez

maior de pessoas”.O presidente do Clube, João

Pedro Costa, deposita toda aconfiança numa equipa que “érigorosamente aquela que adireção queria ter”. “Encaramosa próxima época com muita am-bição e estamos muito confian-tes que os nossos atletas vãopassar bons momentos ao ser-viço da nossa coletividade e, poracréscimo, irão aparecer resul-tados desportivos”, afiançou.

O dirigente espera que a po-pulação trofense e a massaassociativa “se revejam nesteprojeto e reconheçam o esforçoda coletividade de dignificar onome da Trofa”.

Primeira jornada vitoriosaO campeonato da 1.ª Divisão

de pool português começou naquarta-feira, 15 de outubro, e aformação trofense entrou a ven-cer, diante do ITUAL Classic –Café Classic. Rogério Oliveira foio melhor atleta, com três jogosvencidos, enquanto Hugo Olivei-ra venceu dois, assim como Fili-pe Cruz e Cláudio Costa. PedroCruz ficou em branco.

Equipa de bilhar apresentou-se com elevadas expectativas

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www.onoticiasdatrofa.pt17 de outubro de 2014 Atualidade19

A Índia e o Paquistão, que disputam o território da Caxemira, já se envolveram emtrês guerras (1947, 1965 e 1999), que originaram muitos milhares de mortos, para alémde a Índia e a China já se terem enfrentado uma vez, em 1962, também pelo controlo deuma parte do território da Caxemira. A intolerância religiosa de hindus e muçulmanos,que existe há muitos anos, desde antes da independência do território da Coroa Britâ-nica, em 1947, tem sido a causa maior, a essência da violência na região.

Com a autonomia política da Índia (um estado laico de maioria hindu) e do Paquistão(estado muçulmano), as rivalidades religiosas passaram a materializar-se na disputapelo controlo da Caxemira, que está situada a norte dos dois países, numa regiãomontanhosa de maioria muçulmana, com 200.000 quilómetros quadrados e com maisde 7 milhões de habitantes, dois terços de muçulmanos. Uma parte significativa daCaxemira ainda permanece sob administração da Índia e um terço pelo Paquistão, queentregou à China uma pequena parcela deste território.

Este conflito, tem servido de justificação a estes dois países, para militarizarem assuas fronteiras e dedicarem imensos recursos financeiros ao desenvolvimento detecnologias bélicas. Só a partir de 1998 é que a comunidade internacional acompanhoucom maior atenção este conflito, quando os dois países construíram as suas própriasbombas atómicas.

Em 2001, a ONU patrocinou um encontro diplomático entre representantes indianose paquistaneses e também uma desmilitarização da Caxemira, em 2004. Em 2006,após 30 anos de boicote, o governo dos Estados Unidos da América reconheceu a Índiacomo potência nuclear e ratificou um acordo de cooperação nuclear para uso civil. Emrelação ao Paquistão, o governo americano reforçou políticas militares para diminuir asinfluências talibãs, vindas do vizinho Afeganistão.

Em 2014, a Academia sueca, que distingue personalidades com o Prémio Nobel daPaz desde 1901, anunciou há poucos dias os distinguidos deste ano. Por coincidência,ou não, os laureados são um indiano, de seu nome Kailash Satyarthi e uma jovempaquistanesa, de seu nome Malala Yousafzay. Este prémio é o primeiro Nobel a seratribuído a uma cidadã paquistanesa e o oitavo para um cidadão indiano. O comitésueco anunciou que os prémios deste ano foram atribuídos pela «luta contra a repres-são de crianças e jovens e pelo direito de todas as crianças à educação».

A jovem paquistanesa Malala tem 17 anos e é mundialmente conhecida pela cora-gem na luta contra a força repressora talibã no Paquistão, tendo sido atingida, em2012, com duas balas, uma no pescoço e outra na cabeça, quando ia para a escola,numa carrinha juntamente com outros colegas e por ter alertado o mundo para o direitoà educação, em particular das raparigas.

O ativista indiano pelos direitos das crianças, Kailash Satyarthi, tem 60 anos ecomeçou, nos anos 80, a sua luta contra o trabalho e exploração infantil e pelo direitode todas as crianças à educação, tendo libertado mais de 80 mil crianças indianasvítimas de exploração laboral e sexual, ao mesmo tempo que tem desenvolvido progra-mas de reintegração, reabilitação e educação.

Ao galardoar Malala Yousafzay e Kailash Satyarthi, com o Prémio Nobel da Paz, aAcademia Sueca fez uma dupla aposta, destacando não só os direitos das crianças,mas distinguindo também dois representantes de países habitualmente divergentes econflituantes, a Índia e o Paquistão. Deseja-se que o Prémio Nobel da Paz deste anofrutifique e leve a paz a uma região tão martirizada pelas guerras.

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Índia e Paquistão unidospelo Prémio Nobel da Paz

S. Martinho de Bougado

Maria Otelinda Guedes da Silva VasconcelosFaleceu no dia 8 de outubro, com 72 anosCasada com Manuel Augusto Osório de Abreu Vasconcelos

José Manuel Dias de OliveiraFaleceu no dia 14 de outubro, com 55 anosCasado com Maria da Conceição Faria de Paços Oliveira

Lousado – VN Famalicão

Manuel da Silva ReisFaleceu no dia 14 de outubro, com 73 anosCasado com Maria Idília Vieira Soares Reis

Funerais realizados por Agência Funerária Trofense, Lda. Gerência de João Silva

Necrologia

Atualizea suaassinatura

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www.onoticiasdatrofa.pt 17 de outubro de 201420Beleza

Patrícia Pereira

Sílvia Reis foi uma das dez eleitaspara representar Portugal na MissEuropean, que decorreu de 6 a 12 deoutubro na Irlanda. Antes, esteve “trêsdias no Hotel Resort Adriana BeachClub”, no Algarve, onde ensaiaram pa-ra a prova do Team Dance.

Constituído por “três provas distintas”,Portugal consagrou-se campeão na Provade Natação, de Dança e de Beleza, tendo“os júris de todos os países sido unâni-mes na sua opinião” e afirmado que “Por-tugal era das equipas mais bonitas”.

Sílvia Reis esteve no lote das dez re-presentantes de Portugal na MissEuropean, depois de ter sido uma das 15finalistas nacionais apuradas na Miss LookGlamour. Para a jovem, de 23 anos e resi-dente na Trofa, o concurso “correu muitobem” e foi “uma boa experiência”. “Entrarem contacto com uma nova cultura, umnovo clima e conhecer pessoas de dezpaíses completamente diferentes foi amaior experiência da minha vida. Nuncafiz nada parecido, aprendi muito e acimade tudo fiz muitas, novas e boas amiza-

Jovem trofense relataexperiência na Miss European

des dentro e fora de Portugal”, acrescen-tou.

Para conseguir manter o título de TeamDance, Sílvia Reis denotou que “trabalha-ram arduamente”, conseguindo esta “pro-eza” com “apenas dois dias de ensaios”,que foram “muito intensos e difíceis”, emque as jovens foram levadas à “exaustão”.“Não somos dançarinas e não tínhamospreparação física para tal, mas mesmoassim ultrapassamos todas as barreirasde cansaço, todas as lesões que foramsurgindo com o esforço físico e chegamosbem preparadas à Irlanda, onde só reali-zamos a prova no penúltimo dia”, comple-tou, adiantando que “alguns” dos dez paí-ses europeus já ensaiavam a coreografia“desde junho”.

Esta experiência foi para Sílvia “incrí-vel”, pois como “nunca” foi bailarina e dan-çou, ter que dançar “proporcionalmentepara uma grande audiência e numa com-petição com cem meninas bonitas avalia-das por dez países foi incrível” e “fez cres-cer” em si “a vontade de para o ano repetira experiência e quem sabe trazer pelo ter-ceiro ano consecutivo a taça do Team Dan-ce para Portugal”.

A jovem trofense adorou estes dias que

passou como “uma equipa”, em que aolongo destes “dias intensos de preparaçãoe competição” nasceu “uma nova família”,em que se “agarravam umas às outras parasuperar as dificuldades juntas”, mostran-do que “nas dificuldades e nas vitórias eramuma equipa unida”. “Isso fez de nós a equipamais forte do concurso, fazendo-nos ven-cer as três provas e trazer as três taçaspara Portugal. Foi uma experiência arrepi-ante, pois estes dez dias foram diferentesem tudo. Pela primeira vez tivemos de dei-xar de pensar em nós mesmas e passar apensar como uma equipa. No final, foi muitodifícil despedirmo-nos e separármo-nos,pois somos uma verdadeira equipa até aofinal”, concluiu.

Sílvia Reis acrescentou ainda que se-ria “muito bom” que as “cidades de cadacandidata as apoiassem mais”, uma vezque estão a “concorrer a títulos internacio-

nais e a participar em concurso de reco-nhecimento mundial”, onde levam “o nomedas suas cidades bem mais longe”.

Sílvia Reis foi uma das dez representantes de Portugal