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Boletim Regional do Banco Central do Brasil

Outubro 2014

Volume 8 | Número 4

Boletim Regional do Banco Central do Brasil Brasília v. 8 n. 4 out. 2014 p. 1-113

CGC 00.038.166/0001-05

Boletim Regional do Banco Central do BrasilPublicação trimestral do Banco Central do Brasil/Departamento Econômico.

Os textos, as tabelas e os gráficos são de responsabilidade dos seguintes componentes do Departamento Econômico (Depec) (e-mail: [email protected]):

Região Norte – Núcleo Regional do Departamento Econômico em Belém (e-mail: [email protected]);

Região Nordeste – Núcleo Regional do Departamento Econômico em Fortaleza (e-mail: [email protected]), Núcleo Regional do Departamento Econômico em Recife (e-mail: [email protected]), Núcleo Regional do Departamento Econômico em Salvador (e-mail: [email protected]);

Região Centro-Oeste – Núcleo Regional do Departamento Econômico em Belo Horizonte (e-mail: [email protected]);

Região Sudeste – Núcleo Regional do Departamento Econômico em Belo Horizonte (e-mail: [email protected]), Núcleo Regional do Departamento Econômico no Rio de Janeiro (e-mail: [email protected]), Gerência Técnica de Estudos Econômicos em São Paulo (e-mail: [email protected]);

Região Sul – Núcleo Regional do Departamento Econômico em Curitiba (e-mail: [email protected]), Núcleo Regional do Departamento Econômico em Porto Alegre (e-mail: [email protected]).

Informações sobre o BoletimTelefone: (61) 3414-1022Fax: (61) 3414-2036

É permitida a reprodução das matérias, desde que mencionada a fonte: Boletim Regional do Banco Central do Brasil, v. 8, n. 4.

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Convenções estatísticas

... dados desconhecidos. - dados nulos ou indicação de que a rubrica assinalada é inexistente. 0 ou 0,0 menor que a metade do último algarismo, à direita, assinalado. * dados preliminares.

O hífen (-) entre anos (2004-2006) indica o total de anos, incluindo o primeiro e o último.A barra (/) utilizada entre anos (2004/2006) indica a média anual dos anos assinalados, incluindo o primeiro e o último, ou, se especificado no texto, ano-safra ou ano-convênio.

Eventuais divergências entre dados e totais ou variações percentuais são provenientes de arredondamentos.

Não são citadas as fontes dos quadros e gráficos de autoria exclusiva do Banco Central do Brasil.

Central de Atendimento ao Cidadão

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Sumário

Apresentação 5

Sumário executivo 7

Região Norte 9

Região Nordeste 15

Bahia __________________________________________________________________21 Ceará __________________________________________________________________25 Pernambuco _____________________________________________________________29

Região Centro-Oeste 35

Região Sudeste 41

Minas Gerais ____________________________________________________________47 Rio de Janeiro ___________________________________________________________53 São Paulo _______________________________________________________________58

Região Sul 63

Paraná __________________________________________________________________70 Rio Grande do Sul ________________________________________________________77

Inferências nacionais a partir dos indicadores regionais 85

Boxes

Evolução Regional da Renda da Pecuária ______________________________________89 Desempenho das Exportações Paulistas: 2008-2013 ______________________________93 Estrutura Produtiva e Evolução da Economia de Santa Catarina ____________________97

Apêndice 107

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Apresentação

O “Boletim Regional do Banco Central do Brasil” é uma publicação trimestral do Banco Central do Brasil que apresenta as condições da economia por regiões e por alguns estados do país. Sob o enfoque regional, enfatiza-se a evolução de indicadores que repercutem as decisões de política monetária – produção, vendas, emprego, preços, comércio exterior, entre outros. Nesse contexto, a publicação contribui para a avaliação do impacto das políticas da Autoridade Monetária sobre os diferentes entes da Federação, à luz das características econômicas locais e das gestões políticas regionais.

As análises e informações do “Boletim Regional” buscam oferecer à sociedade – em particular, a gestores de política econômica nas esferas subnacionais, pesquisadores e integrantes do meio acadêmico, empresários, investidores, e profissionais de imprensa – elementos que contribuam para identificar a forma e, especialmente, a magnitude de repercussão, no âmbito regional, das políticas implementadas. Ao mesmo tempo, a publicação contribui para dar à sociedade conhecimento dos critérios analíticos da Instituição.

O “Boletim Regional” analisa as economias das regiões Norte, Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul e dos estados da Bahia, Ceará, Pernambuco, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. A disponibilidade de estatísticas econômicas, bem como a distribuição geográfica das representações do Banco Central, influenciou a escolha dos estados. Assim, para as regiões que possuem apenas uma representação institucional – Norte e Centro-Oeste –, optou-se pela análise agregada regionalmente. Para as regiões em que existem mais de uma representação, são apresentadas, além da análise regional, as análises para os estados nos quais se encontram as representações.

Homogeneidade, abrangência e regularidade foram os principais critérios de escolha das estatísticas e das fontes. Dessa forma, em sua maior parte, os dados têm como origem

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os órgãos e os institutos de âmbito nacional, destacadamente o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e os entes da administração direta. Em alguns casos, foram utilizadas, complementarmente, informações de entidades regionais. Dados sem tratamento das fontes foram dessazonalizados pelo Departamento Econômico do Banco Central do Brasil (Depec).

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Sumário executivo

A atividade econômica contraiu no trimestre encerrado em agosto. Nesse contexto, o Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil (IBC-Br) recuou 0,7% no período, em relação ao trimestre findo em maio, quando variara 0,1%, na mesma base de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. O resultado do IBC-Br refletiu acomodação dos indicadores regionais do Norte, Nordeste e Sul. Cabe destacar a diminuição da produção industrial no Norte, influenciada pelo desempenho da indústria de transformação no Amazonas. Em sentido oposto, o ritmo da atividade se intensificou no Centro-Oeste e houve expansão no Sudeste. Para os próximos trimestres, as perspectivas indicam expansão, ainda que moderada, das economias regionais.

O ritmo da atividade econômica moderou no Norte, no trimestre encerrado em agosto. Destaque-se o recuo da produção industrial, em especial, da indústria de transformação do Amazonas. Nesse contexto, o Índice de Atividade Econômica Regional (IBCR-N) recuou 1,1% em relação ao trimestre finalizado em maio, quando expandira 0,9% segundo dados dessazonalizados. No mercado de trabalho, observou-se aumento na criação de empregos formais no trimestre encerrado em agosto na comparação com igual período do ano anterior. As perspectivas para os próximos trimestres sinalizam expansão moderada da atividade, estimulada por investimentos no setor mineral e em infraestrutura.

No Nordeste, verificou-se acomodação no ritmo da atividade no trimestre encerrado em agosto, com recuos nos indicadores de produção industrial (especialmente nos setores vestuário e acessórios e produtos alimentícios) e de vendas no varejo. No mercado de crédito, os desembolsos do BNDES para o Nordeste declinaram no trimestre finalizado em junho em relação a igual período de 2013. Nesse cenário, o IBCR-NE recuou 1,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentara 3,5%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados

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dessazonalizados. As perspectivas para os próximos trimestres, entretanto, sugerem expansão moderada da atividade, entre outros aspectos, com recuperação do setor agrícola e com a demanda sustentada pelos programas de transferência de renda do governo federal.

No Centro-Oeste, em oposição ao observado nas demais regiões do país, o ritmo de crescimento da atividade econômica se intensificou no trimestre encerrado em agosto, em relação ao trimestre finalizado em maio, com destaque para o desempenho da indústria de transformação e da agricultura. Nesse cenário, embora as vendas do comércio varejista tenham recuado, o IBCR-CO aumentou 1,3% no período (0,5% no trimestre encerrado em maio). As perspectivas para os próximos trimestres apontam continuidade da expansão da atividade, entre outros fatores, amparada pelo aumento da safra agrícola.

O ritmo modesto da atividade econômica no Sudeste no trimestre encerrado em agosto se alinha ao ambiente de menor dinamismo do comércio varejista, do setor de serviços e do mercado de trabalho. Nesse cenário, o IBCR-SE variou 0,1% em relação ao trimestre finalizado em maio, quando permanecera estável, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. As perspectivas para os próximos trimestres são de expansão moderada no ritmo de atividade, que tende a ser favorecido, entre outros, pela ampliação das exportações.

No Sul, a atividade econômica desacelerou na margem, refletindo principalmente o desempenho da indústria e do comércio, em linha com a acomodação do mercado de trabalho. Nesse cenário, o IBCR-S recuou 0,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, considerados dados dessazonalizados. Para os próximos trimestres, o ritmo de expansão da atividade econômica da região tende a ganhar momento, sustentado pela execução de projetos de investimentos e pela ampliação das exportações.

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1Região Norte

O ritmo da atividade econômica moderou no Norte, no trimestre encerrado em agosto, com desaceleração da produção industrial e das vendas no comércio. Nesse contexto, o IBCR-N recuou 1,1% em relação ao trimestre finalizado em maio, quando expandira 1,6%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o índice cresceu 3,0% em agosto (3,6% em maio).

As vendas do comércio varejista diminuíram 0,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando haviam aumentado 0,5%, na mesma base de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC) do IBGE. Destacaram-se as quedas em Tocantins (4,7%), Amapá (2,3%) e Amazonas (1,3%), e as expansões no Acre (7,0%) e em Roraima (5,5%). As vendas do comércio ampliado decresceram 0,8% (1,6% no trimestre encerrado em maio), com recuos em cinco das sete unidades da federação da região.

Em doze meses até agosto, as vendas no varejo aumentaram 5,0% (5,6% em maio), em relação a igual intervalo do ano anterior, destacando-se as elevações no Acre (11,6%), Rondônia (9,2%) e Tocantins (6,3%). As vendas do comércio ampliado cresceram, na ordem, 2,1% e 1,8%, nas mesmas bases de comparação.

O Índice de Confiança do Empresário do Comércio (Icec) para a região Norte, divulgado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), atingiu 124,3 pontos em setembro (121,3 pontos em junho e 130,1 pontos em setembro de 2013).

A receita nominal do setor de serviços cresceu 2,5% no trimestre finalizado em agosto, em relação a igual período de 2013, de acordo com a Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada pelo IBGE. Houve expansão nos estados Acre (3,5%), Tocantins (3,3%), Pará (3,1%), Amazonas (2,8%), Rondônia (2,2%), e retração no Amapá (4,9%) e

90

100

110

120

130

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Norte Pará Amazonas Brasil

Gráfico 1.2 – Índice de volume de vendas no varejoDados dessazonalizados2011 = 100

Fonte: IBGE

130

135

140

145

150

155

160

165

170

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

IBC-Br IBCR-N

Gráfico 1.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região NorteDados dessazonalizados2002 = 100

Tabela 1.1 – Receita nominal de serviços – Norte

Índice geral

Var. %

UF 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 Meses

Região Norte 9,3 5,3 2,5 6,4

Acre 8,5 13,1 3,5 8,7

Amapá 4,4 0,2 -4,9 0,2

Amazonas 10,5 9,7 2,8 8,9

Pará 8,5 2,1 3,1 5,0

Rondônia 9,2 4,2 2,2 6,3

Roraima 5,0 3,1 -4,2 1,1

Tocantins 13,0 2,8 3,3 5,9

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior

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Roraima (4,2%). Considerados intervalos de doze meses, o indicador variou 6,4% em agosto (8,1% em maio), em relação a igual período de 2013, com as maiores elevações ocorrendo no Amazonas (8,9%), no Acre (8,7%) e em Rondônia (6,3%).

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil contratadas na região somou R$108,0 bilhões em agosto, aumentando 1,7%, no trimestre e 10,8% em doze meses. A carteira de pessoas físicas atingiu R$62,2 bilhões, crescimentos respectivos de 3,9% e 14,9% nas mesmas bases de comparações, com destaque para as modalidades financiamentos imobiliários, crédito pessoal consignado e financiamentos rurais. O estoque de crédito no segmento de pessoas jurídicas totalizou R$45,9 bilhões em agosto, variando -1,1% no trimestre e 5,8% em doze meses, com destaque para as contratações dos segmentos administração pública, metalúrgica e indústrias de informática, eletrônicos e ótica.

A taxa de inadimplência das operações de crédito superiores a R$1 mil, em trajetória declinante desde junho de 2012, atingiu 4,10% em agosto (4,13% em maio). O recuo trimestral repercutiu variações de -0,22 p.p. no segmento de pessoas físicas e de 0,13 p.p. no de pessoas jurídicas, nos quais a inadimplência atingiu 4,97% e 2,98%, respectivamente.

Os desembolsos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) para o Norte totalizaram R$15,8 bilhões em agosto (R$13,8 bilhões em igual período do ano anterior), direcionados principalmente ao Pará (R$4,8 bilhões) e ao Amazonas (R$3,3 bilhões).

O mercado de trabalho no Norte criou 24,0 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (18,3 mil em igual período do ano anterior), de acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados do Ministério do Trabalho e Emprego (Caged/MTE), dos quais 12,5 mil na construção civil e 6,1 mil no setor de serviços. Destaque, no período, para a geração de 17,4 mil postos de trabalho no Pará, concentrados no setor de construção civil hidrelétrico. O nível de emprego formal cresceu 0,3% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando permanecera estável, neste tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados.

O superavit primário dos governos dos estados, capitais e principais municípios do Norte atingiu R$1,2

5

10

15

20

25

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 1.3 – Evolução do saldo das operações de crédito – Norte1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 1.2 – Evolução do emprego formal – Norte

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 18,3 18,9 -24,1 3,2 24,0

Extrativa mineral -0,1 0,0 -0,3 0,1 0,4

Indústria de transformação 4,6 6,6 -3,1 -4,0 2,1

Comércio 1,4 8,7 -4,0 -3,9 1,5

Serviços 4,4 1,7 -4,0 2,6 6,1

Construção civil 7,4 2,6 -11,8 9,1 12,5

Agropecuária 1,0 -0,8 -1,1 -1,1 1,5

Outros2/ -0,4 0,0 0,2 0,4 -0,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui serviços industriais, administração pública e outros.

Tabela 1.3 – Evolução do emprego formal – Norte

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

UF 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Região Norte 18,3 18,9 -24,1 3,2 24,0

Acre 0,3 0,3 -0,5 -0,7 1,0

Amapá 0,3 0,7 -1,5 -1,6 0,4

Amazonas 7,8 9,1 -8,2 -4,7 -0,5

Pará 8,7 11,0 -9,0 7,1 17,4

Rondônia 0,7 -3,0 -4,7 1,6 1,7

Roraima -0,0 0,3 0,1 0,6 0,3

Tocantins 0,6 0,6 -0,3 0,8 3,7

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

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bilhão no primeiro semestre do ano (R$1,3 bilhões em igual período de 2013). Os superavits dos governos dos estados e dos demais municípios recuaram 26,0% e 87,0%, respectivamente, e o resultado dos governos das capitais passou de deficit de R$91 milhões para superavit de R$327 milhões.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$541 milhões e o superavit nominal, R$645 milhões, no primeiro semestre (R$368 milhões e R$976 milhões, respectivamente, em igual período de 2013).

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principais municípios da região totalizou R$6 bilhões em junho (recuo de 12,8% em relação a dezembro de 2013) e representou 1,0% do endividamento de todos os estados, capitais e principais municípios do país (1,2% em dezembro de 2013).

A safra de grãos da região de 2014 está estimada em 5,4 milhões de toneladas, segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA) de setembro do IBGE. A perspectiva de expansão anual de 9,1% reflete, principalmente, projeções de crescimentos para as colheitas de soja (32,2%) e de arroz (4,5%), e de recuo de 29,5% para a de milho. Entre as demais culturas, estimam-se aumentos para as produções de abacaxi (18,5%), mandioca (7,1%), banana (7,0%) e cacau (4,6%).

O Primeiro Levantamento de Intenção de Plantio da Safra 2014/2015, divulgado pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) em outubro, projeta aumento anual entre 7,3% e 10,9% para a produção de grãos do Norte em 2015. Esse resultado incorpora projeções de crescimentos para as colheitas de soja (de 10,8% a 15,0%), arroz (de 6,5% a 15,0%), e milho (de 1,7% a 2,0%).

Os abates de bovinos realizados em estabelecimentos supervisionados pelo Serviço de Inspeção Federal (SIF) recuaram 0,1% nos oito primeiros meses do ano, em relação a igual período de 2013, de acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). Essa atividade diminuiu 8,1% em Rondônia, principal estado abatedor, e aumentou 4,1% no Pará e 1,0% em Tocantins. As exportações de carnes congeladas e desossadas de bovinos aumentaram 10,6% no período, segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).

A produção industrial na região recuou 4,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado

Tabela 1.6 – Produção agrícola – Norte

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2013 2014 2013/2014

Grãos3/ 36,3 4 966 5 419 9,1

Soja 19,8 2 606 3 444 32,2

Milho 7,9 1 356 956 -29,5

Arroz (em casca) 5,6 877 917 4,5

Outras lavouras

Mandioca 25,3 7 379 7 906 7,1

Banana 5,0 911 975 7,0

Abacaxi 4,2 369 437 18,5

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

3/ Produtos: algodão herbáceo, amendoim, arroz, feijão, milho, soja e sorgo.

Tabela 1.4 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Norte1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

Total 6 880 -1 186 541 -645 -237 5 998

Governos estaduais 8 950 -817 581 -236 -213 8 502

Capitais -738 -327 -15 -342 -24 -1 104

Demais municípios -1 333 -43 -25 -68 0 -1 400

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 1.5 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Norte1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2013 Agosto de 2014

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

AC 2 229 258 426 2 149 138 330

AM 1 733 190 379 1 800 606 836

AP -737 -243 -250 -362 400 431

PA 239 -392 -229 392 471 648

RO 2 042 764 940 1 777 -239 -56

RR 499 -207 -114 -306 -1 096 -996

TO 875 168 245 610 -19 64

Total (A) 6 880 538 1 397 6 058 261 1 257

Brasil4/ (B) 578 634 -17 711 41 224 594 567 -5 941 53 919

(A/B) (%) 1,2 -3,0 3,4 1,0 -4,4 2,3

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

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em maio, quando aumentara 0,5%, no mesmo tipo de comparação, considerada a série dessazonalizada da Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física (PIM-PF), do IBGE. A produção da indústria de transformação diminuiu 7,3%. Especificamente no Amazonas, a produção recuou nos segmentos informática, eletrônicos e ópticos (25,5%) e outros equipamentos de transporte (11,0%), em especial motocicletas e suas peças. Por sua vez, a produção da indústria extrativa recuou 1,1%, com destaque para a redução de 1,8% na produção no Pará.

Em doze meses até agosto, a produção industrial da região cresceu 6,4% (7,5% em maio), em relação a igual intervalo de 2013. O crescimento de 4,3% da produção da indústria de transformação refletiu, em parte, o desempenho dos segmentos informática, eletrônicos e ópticos (16,5%), no Amazonas, e produtos alimentícios (7,3%), no Pará. A produção da indústria extrativa aumentou 9,3% no período (no Pará, 10,4%).

O faturamento nominal das vendas da indústria aumentou 1,7% em agosto, em relação a igual período de 2013 (5,4% em maio), de acordo com a Federação das Indústrias do Estado do Amazonas (Fieam). O Nuci da indústria de transformação atingiu 81,3% em agosto (80,9% em maio e 82,9% em agosto de 2013).

O Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) do Norte, divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), atingiu 54,7 pontos em setembro (50 pontos em junho e 57,2 pontos em setembro de 2013), situando-se em patamar superior ao nível de indiferença.

A balança comercial do Norte registrou superavit de US$1,97 bilhão nos nove primeiros meses do ano (US$1,29 bilhão em igual período de 2013), de acordo com o MDIC. As exportações totalizaram US$13,6 bilhões e as importações, US$11,7 bilhões, variando 1,6% e -3,8%, respectivamente, no período.

O desempenho das exportações repercutiu variações de 11,6% no quantum e de -9,0% nos preços. Destacaram-se o aumento de 14,2% nas vendas de produtos manufaturados (alumina calcinada, 32,6%) e a redução de 2,4% nas de produtos básicos (minérios de ferro, de -12,5%). China, Japão, Alemanha, Venezuela e Estados Unidos da América (EUA) adquiriram, em conjunto, 54,6% das exportações da região no período, ressaltando-se os aumentos nas vendas para Venezuela, EUA e China.

90

95

100

105

110

115

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

Brasil NorteFonte: IBGE

Gráfico 1.4 – Produção industrial – NorteDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2002 = 100

0

300

600

900

1 200

1 500

1 800

2 100

2 400

Set2012

Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Exportação Importação

Fonte: MDIC/Aliceweb

Gráfico 1.5 – Balança comercial – NorteUS$ milhões

Tabela 1.7 – Produção industrial – Amazonas

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 -5,7 -6,0 4,4

Indústrias extrativas 7,7 -1,5 0,9 -3,2

Indústrias de transformação 92,3 -3,2 -9,7 4,8

Informát., eletrôn. e ópticos 30,5 -9,5 -25,5 16,5

Bebidas 23,8 5,4 5,8 -3,2

Outros equip. transporte 19,8 -9,5 -11,0 2,1

Produtos de metal 4,6 -6,0 -2,0 2,6

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 1.8 – Produção industrial – Pará

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 2,8 -0,8 8,5

Indústrias extrativas 80,6 7,1 -1,8 10,4

Indústrias de transformação 19,4 -2,7 0,1 2,1

Metalurgia 6,8 -4,0 -6,2 1,1

Produtos alimentícios 5,3 n.d. n.d. 7,3

Prod. miner. não-metálicos 3,0 -3,4 1,1 -3,4

Produtos de madeira 2,7 n.d. n.d. 2,5

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 13

A redução nas importações, decorrente de retração de 5,3% no quantum e aumento de 1,5% nos preços, refletiu, em especial, as reduções nas compras de combustíveis e lubrificantes, 9,4% (óleo diesel, -12,5%) e de bens intermediários, 6,9% (microprocessadores, -15,5%). Já as aquisições de bens de capital cresceram 0,7% no período (outras partes para aparelhos de transmissão, 13,2%). As importações provenientes da China, Coreia do Sul, EUA, Japão e Taiwan representaram, em conjunto, 75,5% das compras externas da região nos nove primeiros meses de 2014, destacando-se o aumento nas originárias da Coreia do Sul.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) da Região Metropolitana de Belém (RMB) variou 1,43% no terceiro trimestre de 2014 (1,53% no anterior). Esse movimento decorreu de desaceleração dos preços livres (de 1,14% para 0,42%) e aceleração dos monitorados (de 3,08% para 5,41%), destacando-se nesse segmento o aumento de 29,46% na tarifa de energia elétrica e as reduções nos itens gasolina (0,55%) e produtos farmacêuticos (0,19%).

A trajetória dos preços livres repercutiu menores variações dos preços dos bens comercializáveis, de 1,34% para 1,17% (óleos e gorduras, -4,46%; bebidas e infusões -2,37%; e açúcares e derivados, -1,43%), bem como dos preços de não comercializáveis, de 0,86% para -0,55% (tubérculos, raízes e legumes,-14,58%; pescados, -11,51%; e hortaliças e verduras, -5,61%). O índice de difusão recuou atingiu 59,06% (60,90% no trimestre anterior).

Em doze meses até setembro, a inflação da região atingiu 6,26% (5,43% em junho), com acelerações nos preços livres, de 4,95% para 5,16%, e nos monitorados, de 7,33% para 10,55%. Ressaltem-se, no período, os aumentos de preços nos grupos habitação (16,47%), despesas pessoais (6,75%) e artigos de residência (6,41%).

O ritmo de atividade econômica moderou no Norte, no trimestre encerrado em agosto, com desaceleração da produção industrial e das vendas no comércio. Nos próximos trimestres, a atividade deverá ser favorecida pela continuidade na execução de projetos de investimentos, em especial, os direcionados ao setor mineral, no Pará, e à infraestrutura, na região como um todo.

Tabela 1.10 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Norte Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 12 141 11 676 -3,8 -2,8

Bens de capital 3 211 3 234 0,7 -6,2

Matérias-primas 5 156 4 800 -6,9 -1,7

Bens de consumo 3 354 3 262 -2,8 -3,2

Duráveis 3 135 3 059 -2,4 -5,2

Não duráveis 220 203 -7,7 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 420 380 -9,4 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

-0,4

-0,2

0,0

0,2

0,4

0,6

0,8

1,0

1,2

1,4

Set2011

Dez Mar2012

Jun Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Brasil RMBE

Fonte: IBGE

Gráfico 1.6 – IPCA – Norte Variação (%)

Tabela 1.9 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Norte Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 13 435 13 650 1,6 -2,2

Básicos 10 530 10 274 -2,4 1,7

Industrializados 2 906 3 376 16,2 -5,8

Semimanufaturados 1 123 1 340 19,4 -4,7

Manufaturados1/ 1 782 2 035 14,2 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

14 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

Tabela 1.11 – IPCA – BelémVariação %

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

Ano II Tri III Tri Ano

IPCA 100,0 5,33 1,53 1,43 4,44

Livres 79,0 6,32 1,14 0,42 3,23

Comercializáveis 44,7 5,58 1,34 1,17 4,11

Não comercializáveis 34,3 7,31 0,86 -0,55 2,12

Monitorados 21,0 1,59 3,08 5,41 9,20

Principais itens

Alimentação 33,6 5,70 1,61 -0,17 3,44

Habitação 12,7 3,49 2,50 9,58 13,52

Artigos de residência 5,4 5,74 1,35 1,07 5,07

Vestuário 8,8 7,34 -0,80 0,64 -0,36

Transportes 12,7 4,03 2,39 0,31 2,22

Saúde 10,4 5,49 1,65 1,04 4,75

Despesas pessoais 8,2 7,17 2,54 0,56 4,60

Educação 4,6 7,61 -0,32 0,44 6,00

Comunicação 3,5 0,25 0,16 0,66 0,16

Fonte: IBGE

1/ Referentes a junho de 2014.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 15

2Região Nordeste

Indicadores das atividades varejista e industrial na região recuaram em meses recentes. Nesse cenário, o IBCR-NE recuou 1,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentara 3,5%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados. Destaque-se que o indicador cresceu 3,3% no período de doze meses encerrado em agosto e 4,0% nos oito primeiros meses do ano, em relação a iguais intervalos de 2013.

As vendas do comércio varejista do Nordeste diminuíram 1,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando haviam aumentado 0,6%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Destacaram-se os recuos nos segmentos equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (13,9%) e móveis e eletrodomésticos (7,9%). As vendas do comércio ampliado decresceram 1,7% no trimestre (veículos, motos, partes e peças, -5%; material de construção, -2,8%).

Considerados períodos de doze meses, o comércio varejista cresceu 5,4% em agosto, ante 6,4% em maio (artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 16,2%; combustíveis e lubrificantes, 7,9%). Já o comércio ampliado, refletindo variações respectivas de 6,6% e -3,1% nas vendas de material de construção e de veículos, motos, partes e peças, cresceu 3,3% no período (3,8% em maio).

A receita nominal do setor de serviços do Nordeste aumentou 4,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2013 (outros serviços, 16,4%; serviços prestados às famílias, 15,2%), segundo a PMS, do IBGE. No período de doze meses até agosto, o incremento alcança 5,7%, em relação a igual intervalo de 2013 (outros serviços, 15,6%; serviços prestados às famílias,12,2%).

137

142

147

152

157

162

167

Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-NE

Gráfico 2.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região NordesteDados dessazonalizados2002 = 100

100

105

110

115

120

125

Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Fonte: IBGEComércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 2.2 – Comércio varejista – NordesteDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 2.1 – Comércio varejista – Nordeste

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2014

Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 0,6 -1,2 5,4

Combustíveis e lubrificantes -1,1 -0,4 7,9

Híper e supermercados -1,1 0,3 2,4

Móveis e eletrodomésticos 6,9 -7,9 7,2

Equip.e mat. para esc.,inf. e comunicação 0,9 -13,9 -10,8

Comércio ampliado 0,4 -1,7 3,3

Automóveis e motocicletas -5,8 -5,0 -3,1

Material de construção 2,3 -2,8 6,6

Fonte: IBGE1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

16 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil atingiu R$364 bilhões em agosto, elevando-se 3,0% no trimestre e 9,7% em doze meses. As operações com recursos livres somaram R$207 bilhões, com aumentos respectivos de 1,9% e 6,9%, e as contratadas com recursos direcionados totalizaram R$157 bilhões, com expansões de 3,0% no trimestre e de 23,8% em doze meses.

A carteira de pessoas jurídicas somou R$162 bilhões em agosto (aumentos de 2,2% no trimestre e de 3,0% em doze meses), com destaque para operações destinadas às atividades transmissão e distribuição de energia elétrica e gás, serviços públicos (exceto educação e saúde), construção e refino de petróleo. Por sua vez, o crédito às pessoas físicas totalizou R$202 bilhões (aumentos respectivos de 3,7% e 15,7%, nas mesmas bases de comparação), com destaque para as modalidades crédito consignado, empréstimos habitacionais e financiamento a veículos.

A inadimplência das operações de crédito superiores a R$1 mil atingiu 4% em agosto, elevando-se 0,17 p.p. no trimestre e 0,06 p.p. em doze meses. A mudança no trimestre refletiu elevações de 0,12 p.p. no segmento de pessoas físicas e de 0,20 p.p. no de pessoas jurídicas, nos quais as taxas atingiram, na ordem, 5,3% e 2,5%.

Os desembolsos do BNDES para o Nordeste totalizaram R$5,5 bilhões no trimestre finalizado em junho, recuando 14,7% em relação a igual período de 2013. Considerados períodos de doze meses, essas operações somaram R$23,5 bilhões em junho, diminuindo 12,7% em relação ao observado em igual intervalo de 2013. No ano até junho, os desembolsos do BNDES recuaram 17,8% (-5,0% no Brasil).

A economia do Nordeste gerou 48,9 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (63,7 mil em igual período de 2013), de acordo com o Caged/MTE. A acomodação refletiu, em parte, o menor dinamismo da indústria de transformação e do comércio, responsáveis, em conjunto, pela criação de 18 mil postos de trabalho no período (22,5 mil no trimestre finalizado em agosto de 2013).

O nível do emprego formal na região manteve-se estável no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, de acordo com dados dessazonalizados. Destacaram-se os recuos de 1,9% do emprego na agropecuária e na indústria de transformação, e os aumentos no setor de serviços (0,6%) e no comércio (0,3%).

0

5

10

15

20

25

Ago2012

Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 2.3 – Evolução do saldo das operações de crédito – Nordeste1/

Variação % em 12 meses

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 2.3 – Evolução do emprego formal – Nordeste

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 63,7 151,0 -24,1 -49,9 48,9

Indústria de transformação 16,1 64,5 -23,7 -53,0 13,5

Serviços industriais de util. pública 0,0 1,5 -0,6 0,3 1,3

Construção civil -2,2 14,4 -2,6 -11,2 0,5

Comércio 6,4 37,8 -6,0 -3,9 4,5

Serviços 24,2 30,9 21,4 21,7 18,7

Agropecuária 18,3 2,0 -14,5 -3,4 17,2

Outros2/ 0,8 -0,1 1,8 -0,4 1,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Tabela 2.2 – Receita nominal de serviços – Nordeste

Serviços empres. não financeiros, exceto saúde e educação

Variação %

Segmentos 2014

Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 4,3 4,3 5,7

Serviços prestados às famílias 11,7 15,2 12,2

Serviços de informação e comunicação -4,3 -5,0 -1,3

Serviços profissionais e administrativos 7,3 8,6 7,5

Transportes e correio 6,5 4,4 7,3

Outros serviços 13,9 16,4 15,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 17

A taxa de desemprego da região Nordeste, segundo dados do IBGE para as Regiões Metropolitanas de Recife (RMR) e de Salvador (RMS), atingiu 8,0% no trimestre terminado em agosto (8,1% em igual período de 2013), reflexo de aumentos de 1,9% na População Economicamente Ativa (PEA) e de 2,1% na população ocupada. O rendimento real médio habitual aumentou 0,6% e a massa salarial real, 2,7%, no trimestre. A análise na margem, a partir de dados dessazonalizados, indica que a taxa média de desemprego no Nordeste se posicionou em 7,9% no trimestre encerrado em agosto (8,0% no finalizado em maio).

O número de horas pagas, o pessoal ocupado e a folha real de pagamentos na indústria do Nordeste recuaram 3,2%, 2,1% e 1,8%, respectivamente, no trimestre finalizado em agosto, em relação mesmo período do ano anterior, segundo a Pesquisa Industrial Mensal de Emprego e Salário (Pimes) do IBGE. Considerados períodos de doze meses, ocorreram, em agosto, reduções nas horas trabalhadas (3,3%), no pessoal ocupado (2,5%) e na folha real de pagamentos (1,1%).

O superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Nordeste somou R$2,8 bilhões no primeiro semestre de 2014 (R$4,9 bilhões em igual período de 2013), reflexo de recuos respectivos de 48,4%, 16,5% e 45,4% nos resultados dessas esferas de governo.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$2 bilhões no semestre (R$1,4 bilhão em igual período de 2013) e o resultado nominal foi superavitário em R$833 milhões (R$3,5 bilhões no primeiro semestre de 2013). Houve reversão, de superavit de R$2,2 bilhões para deficit de R$81 milhões, nos governos estaduais, e reduções respectivas de 19,0% e 44,3% nos superavits dos governos das capitais e dos demais municípios.

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principais municípios do Nordeste totalizou R$35,2 bilhões em junho de 2014 (6,0% da dívida dessas entidades no país), com recuo de 5,0% em relação a dezembro de 2013. As dívidas junto à União representaram 60,7% do total; a dívida bancária, 51,4%; e a externa, 45,1%. A posição credora em disponibilidades líquidas somou 57,3%, no mesmo período.

O deficit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios do Nordeste atingiu R$1,3 bilhão em doze meses até agosto (superavit de R$2,4 bilhões em 2013). Os juros nominais, apropriados por competência,

Tabela 2.5 – Dívida líquida – Nordeste1/

R$ milhões

Discriminação 2012 2013 2014

Dez Dez Jun

Dívida bancária 12 531 16 524 18 090

Renegociação2/ 23 000 20 123 20 315

Dívida externa 8 715 16 150 15 878

Outras dívidas junto à União 269 248 235

Dívida reestruturada 817 893 819

Disponibilidades líquidas -9 456 -16 898 -20 148

Total (A) 35 875 37 040 35 190

Brasil3/ (B) 538 538 578 634 587 835

(A/B) (%) 6,7 6,4 6,0

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP n° 2.185/2000.

3/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Tabela 2.4 – Necessidades de financiamento –

Nordeste1/

R$ milhões

Discriminação Resultado primário Juros nominais

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Total -4 905 -2 793 1 437 1 960

Governos estaduais -3 607 -1 862 1 439 1 944

Capitais -772 -644 16 32

Demais municípios -526 -287 -18 -16

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Tabela 2.6 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Nordeste1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

Total 37 040 -2 793 1 960 -833 -1 017 35 190

Governos estaduais 38 300 -1 862 1 944 81 -981 37 400

Capitais 34 -644 32 -612 -35 -612

Demais municípios -1 294 -287 -16 -303 -1 -1 598

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

18 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

somaram R$3,5 bilhões e o deficit nominal, R$4,8 bilhões, no período (R$3,4 bilhões e R$1 bilhão, na ordem, em 2013). O endividamento líquido dos três segmentos totalizou R$36,5 bilhões em agosto (recuo de 1,4% em relação a dezembro de 2013), representando 6,1% da dívida dos estados, capitais e principais municípios do país (6,4% em dezembro de 2013).

A safra de grãos do Nordeste deverá atingir 16,1 milhões de toneladas em 2014, de acordo com o LSPA de setembro do IBGE, representando 8,3% da produção nacional. O aumento de 34,9%, em relação à safra de 2013, incorpora expansões nas produções de milho (48,4%), feijão (48,0%) e soja (25,0%), culturas que registraram aumentos tanto nas áreas de plantio quanto nos rendimentos médios. Em relação às demais lavouras, estimam-se aumentos de 19,6% na produção de mandioca e de 3,8% na de cana-de-açúcar.

A produção industrial nordestina decresceu 3,9% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando aumentara 0,8%, no mesmo tipo de comparação, considerados dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. Destacaram-se os recuos da produção nas atividades artigos do vestuário e acessórios (16,7%) e produtos alimentícios (6,0%).

A análise em doze meses indica que a produção industrial recuou 0,8% em agosto, com variações de 1,2% na indústria extrativa e de -0,9% na de transformação (veículos automotores, -31,0%; metalurgia, -4,7%).

A balança comercial do Nordeste apresentou, de acordo com o MDIC, deficit de US$9,4 bilhões nos nove primeiros meses do ano (US$8,3 bilhões em igual período de 2013). As exportações somaram US$12,1 bilhões e as importações, US$21,4 bilhões, variando, na ordem, -1,0% e 4,8% no período.

O desempenho das exportações refletiu retração de 3,0% nos preços e elevação de 2,0% no quantum. Destacaram-se o recuo de 9,5% nas vendas de bens semimanufaturados (açúcar de cana em bruto, -37,1%); e o aumento de 6,9% nas de produtos básicos (soja triturada, 7,7%). As vendas direcionadas à China, EUA, Holanda, Argentina e Antilhas Holandesas representaram, em conjunto, 52,5% dos embarques da região nos nove primeiros meses de 2014.

A expansão das importações repercutiu recuo de 0,4% nos preços e aumento de 5,2% quantum. As

Tabela 2.8 – Produção agrícola – Nordeste

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Var. %

(%) 2013 2014 2014/2013

Produção de grãos 11 963 16 143 34,9

Soja 18,2 5 268 6 584 25,0

Caroço de algodão (herbáceo) 11,1 631 741 17,3

Milho 7,0 4 802 7 124 48,4

Feijão 2,5 487 720 48,0

Outras lavouras selecionadas

Cana-de-açúcar 16,2 69 180 71 806 3,8

Mandioca 7,3 4 798 5 739 19,6

Banana 5,4 2 364 2 553 8,0

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

90

95

100

105

110

115

120

Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil Nordeste

Gráfico 2.4 – Produção industrial – NordesteDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 2.7 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Nordeste1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2013 Agosto de 2014

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ PrimárioNominal3/

AL 7 072 -432 382 7 736 0 822

BA 10 761 -1 435 -581 9 266 -863 9

CE 3 357 -359 -48 3 469 140 484

MA 2 509 -927 -638 2 621 -194 42

PB 2 179 141 271 2 097 202 337

PE 6 822 776 1 394 7 451 2 754 3 481

PI 1 820 68 161 1 754 334 446

RN -65 -34 19 -294 -634 -579

SE 2 585 -180 10 2 417 -435 -238

Total (A) 37 040 -2 381 969 36 517 1 306 4 804

Brasil4/ (B) 578 634 -17 711 41 224 594 567 -5 941 53 919

(A/B) (%) 6,4 13,4 2,4 6,1 -22,0 8,9

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 19

aquisições de bens de consumo não duráveis aumentaram 26,9% (medicamentos para medicina humana e veterinária, 450,2%); as de bens de consumo duráveis, 17,4% (automóveis de passageiros, 25,3%); as de combustíveis e lubrificantes, 11,0% (óleos combustíveis, 26,5%); e as de matérias-primas e produtos intermediários, 0,9% (hidrocarbonetos e seus derivados halogenados, 148%). Em sentido inverso, as compras de bens de capital recuaram 8,1% (motores, geradores e transformadores elétricos e suas partes, 39,4%; turbinas a vapor, 66,2%). As importações provenientes dos EUA, China, Argentina, Holanda e Índia corresponderam, em conjunto, a 53,9% das aquisições do Nordeste nos nove primeiros meses de 2014.

A inflação no Nordeste, medida pelo IPCA1, atingiu 0,61% no terceiro trimestre do ano (2,26% no segundo), com desacelerações dos preços livres (de 1,98% para 0,45%) e dos monitorados (de 3,33% para 1,20%), destacando-se, nesse segmento, a redução de 1,09% no preço da energia elétrica residencial e as elevações nos preços de ônibus interestadual, 5,35%; gás de botijão, 4,42%; e taxa de água e esgoto, 2,50%. O desempenho dos preços livres decorreu de reduções de 2,37% para 0,94% na variação dos preços dos bens comercializáveis (óleos e gorduras, -5,74%; automóvel novo, -0,56%) e de 1,58% para -0,04% na dos preços dos bens não comercializáveis (diárias de hotel, -22,92%; tubérculos, raízes e legumes, -19,08%). O índice de difusão atingiu 57,31% no terceiro trimestre de 2014 (63,47% no segundo e 55,82% em igual intervalo de 2013).

Considerados períodos de doze meses, a inflação no Nordeste atingiu 6,71% em setembro (6,36% em junho). Os preços livres aumentaram 6,80%, com elevações de 6,72% nos preços dos bens comercializáveis (etanol, 8,58%; cuidados pessoais, 5,48%; vestuário, 4,89%) e de 6,88% nos preços dos bens não comercializáveis (TV por assinatura com internet, 14%; alimentação fora do domicílio, 10,64%). A variação dos preços monitorados atingiu 6,41% (5,52% no período de doze meses encerrado em junho), destacando-se as elevações respectivas de 17,24% e 11,64% nos itens energia elétrica residencial e ônibus interestadual.

Permanece, no Nordeste, a perspectiva de expansão moderada da atividade, mas superior ao esperado em nível nacional nos próximos trimestres. Embora a atividade varejista e as contratações no mercado de trabalho mostrem acomodação, a demanda na região segue sustentada pelos programas de transferência de renda do governo federal, em especial, no caso de bens com menor valor agregado,

Tabela 2.10 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Nordeste Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 12 181 12 054 -1,0 -2,2

Básicos 2 819 3 015 6,9 1,7

Industrializados 9 361 9 040 -3,4 -5,8

Semimanufaturados 3 493 3 161 -9,5 -4,7

Manufaturados1/ 5 868 5 879 0,2 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.11 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Nordeste Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 20 454 21 433 4,8 -2,8

Bens de capital 3 086 2 836 -8,1 -6,2

Matérias-primas 8 375 8 450 0,9 -1,7

Bens de consumo 1 784 2 146 20,3 -3,2

Duráveis 1 233 1 447 17,4 -5,2

Não duráveis 551 699 26,9 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 7 210 8 001 11,0 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

1/ Calculado com base nas variações e pesos das três regiões metropolitanas abrangidas pelo IPCA: Fortaleza, Recife e Salvador.

Tabela 2.9 – Produção industrial – NordesteGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 0,8 -3,9 -0,8

Indústrias extrativas 9,0 0,9 0,3 1,2

Indústrias de transformação 91,0 0,5 -3,8 -0,9

Produtos alimentícios 16,2 1,7 -6,0 -0,8

Deriv. petróleo e biocomb. 15,8 2,0 3,2 11,2

Outros produtos químicos 9,9 -2,6 3,2 -1,8

Artef. couro e calçados 6,9 4,1 1,9 -2,3

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

20 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

segmento mais relevante da indústria regional. A evolução da economia nordestina nos próximos trimestres deverá ser influenciada, ainda, pelos efeitos da recuperação do setor agrícola; de investimentos públicos associados a programas dos governos federal e estaduais; e da maturação de empreendimentos privados.

Tabela 2.12 – IPCA – NordesteVariação %

Discriminação Pesos1/ 2014

I Tri II Tri III Tri 12 meses

IPCA 100,0 1,70 2,26 0,61 6,71

Livres 79,1 2,05 1,98 0,45 6,80

Comercializáveis 39,9 0,94 2,37 0,94 6,72

Não comercializáveis 39,2 3,22 1,58 -0,04 6,88

Monitorados 20,9 0,36 3,33 1,20 6,41

Principais itens

Alimentação 28,5 2,40 1,95 0,34 7,40

Habitação 13,9 2,35 4,78 1,60 10,19

Artigos de residência 4,9 1,71 1,92 1,59 7,77

Vestuário 7,4 -1,08 2,11 0,44 4,89

Transportes 17,1 0,02 0,79 0,41 3,40

Saúde 10,8 1,51 2,63 1,34 6,30

Despesas pessoais 9,0 2,97 4,06 -0,67 9,58

Educação 4,5 6,59 0,38 0,39 7,64

Comunicação 4,0 -0,07 -0,19 0,11 0,77

Fonte: IBGE

1/ Pesos relativos ao trimestre encerrado no período t-3.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 21

Bahia

O Produto Interno Bruto (PIB) da Bahia cresceu 0,6% no segundo trimestre de 2014, em relação ao anterior, conforme dados dessazonalizados da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI). A evolução mais recente do IBCR-BA sugere moderação da taxa de crescimento da economia do estado. Nesse sentido, o índice aumentou 0,5% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando crescera 1,8%, neste tipo de comparação. No período de doze meses até agosto o IBCR-BA variou 3,1% (3,9% em maio), em relação a igual intervalo de 2013.

As vendas varejistas no estado permaneceram estáveis no trimestre encerrado em agosto, relativamente ao finalizado em maio, quando haviam recuado 0,5%, no mesmo tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Destacaram-se as contrações nos segmentos equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (11,9%) e móveis e eletrodomésticos (7,3%), e as altas em livros, jornais e revistas (4,4%) e combustíveis e lubrificantes (2,1%). As vendas do comércio ampliado, refletindo contrações nas de veículos, motos, partes e peças (6,2%) e de material de construção (1%), decresceu 1,4% no trimestre.

Considerados períodos de doze meses, as vendas varejistas cresceram 5,5% em agosto (5,4% em maio), destacando-se as elevações nas de livros, jornais revistas e papelaria (18,5%) e de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (17,9%). Na mesma base de comparação, o comércio ampliado cresceu 2,3% (2,3% em maio), com recuo de 5,1% nas vendas de veículos e aumento de 3,5% nas de material de construção.

A receita nominal do setor de serviços na Bahia aumentou 5% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2013 (serviços prestados às famílias, 17,9%; serviços profissionais e administrativos, 14,7%), segundo a PMS do IBGE. Considerados intervalos de doze meses, o indicador aumentou 4,7% em agosto (6,3% em maio).

As operações de crédito superiores a R$1 mil realizadas na Bahia totalizaram R$106,9 bilhões em agosto, com expansões de 3,0% no trimestre e de 13,9% em doze meses. As operações com recursos livres totalizaram R$58,7 bilhões, elevando-se 4,0% e 10,0%, respectivamente, e as com recursos direcionados somaram R$48,2 bilhões, aumentos de 1,7% no trimestre e de 19,1% em doze meses.

Atualizado por

data:

135

140

145

150

155

160

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

IBC-Br IBCR-BA

Gráfico 2.5 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e BahiaDados dessazonalizados 2002 = 100

95

100

105

110

115

120

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

Fonte: IBGEComércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 2.6 – Comércio varejista – BahiaDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 2.13 – Comércio varejista – Bahia

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2014

Fev1/ Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 1,3 -0,5 0,1 5,5

Combustíveis e lubrificantes 5,0 -4,4 2,1 7,6

Híper, supermercados 0,5 -1,1 1,4 3,2

Tecidos, vestuário e calçados -0,4 -3,0 -0,4 -0,6

Móveis e eletrodomésticos -5,6 6,1 -7,3 6,2

Comércio ampliado -0,7 -0,4 -1,4 2,3

Automóveis e motocicletas -1,5 -1,3 -6,2 -5,1

Material de construção -7,5 -2,0 -1,0 3,5

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Jan�2012Fev�2012MarAbrMai�2012JunJulAgo�2012Set

100

105

110

115

120

125

130

Ago2012

Out Dez Fev2013

Abr Jun Ago Out Dez Fev2014

Abr Jun Ago

Brasil BahiaFonte: IBGE

Gráfico 2.7 – Receita nominal de serviçosDados observados – Média móvel trimestral

22 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

A carteira de pessoas físicas somou R$54,7 bilhões, com crescimentos de 3,4% no trimestre e de 15,6% em doze meses, destacando-se, nas mesmas bases de comparação, as expansões de 6,9% e 27,8% do crédito imobiliário. Os empréstimos para pessoas jurídicas atingiram R$52,2 bilhões, com elevações respectivas de 2,5% e de 12,2%, sobressaindo as modalidades financiamento às importações e crédito rural.

A inadimplência das operações de crédito no estado atingiu 3,69% em agosto, variando 0,08 p.p. no trimestre e -0,44 p.p. em doze meses. A evolução trimestral refletiu aumentos respectivos de 0,04 p.p. e 0,11 p.p. nos segmentos de pessoas físicas e de pessoas jurídicas, nos quais a inadimplência situou-se, na ordem, em 5,17% e 2,27%.

A economia baiana gerou, de acordo com o Caged/MTE, 1,4 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (8,7 mil em igual período de 2013), dos quais 2,1 mil no setor de serviços e 1,0 mil na agropecuária. Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal do estado manteve-se estável no trimestre finalizado em agosto (aumento de 0,3% no encerrado em maio).

De acordo com a Pesquisa Mensal de Emprego (PME), do IBGE, a taxa de desemprego na RMS atingiu 9,1% no trimestre finalizado em agosto (9,2% em igual período de 2013), resultado de aumentos de 2,9% na população ocupada e de 2,8% na PEA. O rendimento médio real habitual recuou 2,2% no período. Na margem, considerados dados dessazonalizados, o desemprego recuou 0,3 p.p. em relação ao trimestre finalizado em maio.

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios da Bahia somou R$1,6 bilhão no primeiro semestre de 2014 (aumento de 28,9% em relação a igual período do ano anterior). Os superavits dos governos do estado e da capital cresceram, na ordem, 47,6% e 20,6%, e o dos principais municípios recuou 60,8%.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$498,1 milhões e o superavit nominal, R$319,9 milhões (aumentos respectivos de 34,8% e 26,5% em relação ao primeiro semestre de 2013). A dívida líquida do estado, da capital e dos principais municípios baianos totalizou R$9,3 bilhões em junho, diminuindo 13,5% em relação a dezembro de 2013. Ocorreram reduções do endividamento nas três esferas de governo consideradas.

A safra de grãos do estado deverá totalizar 7,9 milhões de toneladas em 2014, de acordo com o LSPA de

5

10

15

20

25

30

35

40

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Gráfico 2.8 – Evolução do saldo das operações de crédito – Bahia1/

Variação em 12 meses – %

06

07

08

09

10

11

12

13

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

Fonte: IBGE2011 2012 2013 2014

Gráfico 2.9 – Taxa de desemprego aberto – Bahia%

Tabela 2.14 – Receita nominal de serviços – Bahia

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educaçãoVariação % no período

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 9,2 3,1 5,0 4,7

Serviços prestados às famílias 8,0 8,6 17,9 9,8

Serviços de informação e comunicação 3,8 -9,0 -9,4 -5,3

Serviços profissionais e administrativos 15,4 9,7 14,7 9,9

Transportes e correio 11,2 7,5 6,9 7,6

Outros serviços 7,5 8,0 11,6 13,3

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

Tabela 2.15 – Evolução do emprego formal – Bahia

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 8,7 11,7 1,2 9,7 1,4

Indústria de transformação 1,4 0,1 -0,4 2,1 -0,3

Comércio 1,1 9,1 0,7 -1,3 -0,7

Serviços 1,3 4,3 5,9 5,8 2,1

Construção civil 2,5 2,2 -2,2 -3,7 -0,4

Agropecuária 1,9 -4,2 -3,3 7,0 1,0

Serviços industriais de utilidade pública -0,0 0,8 -0,3 -0,3 -0,1

Outros2/ 0,5 -0,6 0,8 0,2 -0,3

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 23

setembro, do IBGE. A elevação anual de 28,6% reflete, principalmente, os prognósticos de expansão para as colheitas de milho (49,3%), algodão (18,4%) e soja (16,4%). Entre as demais culturas com importância econômica no estado, estão estimados aumentos para as produções de mandioca (12,7%), café (10,4%), cacau (2,8%) e banana (2,1%).

A produção industrial da Bahia recuou 4,8% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando crescera 0,6%, nesse tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. A indústria extrativa mineral cresceu 0,2% e a de transformação recuou 4,8%, ressaltando-se a retração de 58,5% na produção de veículos automotores e as expansões nas de derivados de petróleo e biocombustíveis (6,9%) e de celulose e produtos de papel (2,1%).

Considerados intervalos de doze meses, a produção industrial do estado contraiu 3,1% em agosto (alta de 2,0% em maio). A produção da indústria extrativa cresceu 3,2% e a da indústria de transformação recuou 3,5% (veículos automotores, -31,0%).

O Indicador de Confiança do Empresariado Baiano (Iceb), calculado pela SEI, atingiu -244 pontos em setembro (-234 pontos em julho e -45,7 pontos em setembro de 2013), situando-se na área de pessimismo moderado. A evolução trimestral refletiu aumento de 56 pontos no componente que avalia a confiança dos empresários da indústria e recuos respectivos de 150 pontos e 21 pontos naqueles que retratam expectativas do empresariado da agropecuária e do setor de serviços e comércio.

A balança comercial da Bahia registrou superavit de US$488 milhões nos nove primeiros meses do ano (recuo de 69% em relação a igual período de 2013), reflexo de redução de 8,1% nas exportações e de aumento de 7,3% nas importações, que totalizaram, na ordem, US$7,2 bilhões e US$6,7 bilhões.

A trajetória das exportações, repercutindo recuos de 2,7% nos preços e de 5,5% no quantum, decorreu de redução de 11,8% nas vendas de produtos industrializados (automóveis de passageiros, -42,8%, catodos de cobre -41,3%) e de aumento de 5,3% nas de produtos básicos (algodão em bruto, 15,1%). China, EUA e Argentina adquiriram, em conjunto, 39,5% das exportações do estado, no período.

Tabela 2.18 – Produção agrícola – BahiaItens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção Variação %

2013 20142/ 2014/2013

Grãos

Soja 21,2 2 766 3 219 16,4

Algodão herbáceo 21,8 925 1 095 18,4

Milho 6,7 2 115 3 156 49,3

Feijão 1,9 248 307 23,6

Outros grãos3/ 0,4 78 110 40,2

Outras lavouras

Cacau 6,4 158 163 2,8

Banana 5,8 1 113 1 137 2,1

Café 5,5 162 179 10,4

Mandioca 4,4 1 852 2 088 12,7

Cana-de-açúcar 3,4 6 754 6 690 -0,9

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Segundo o LSPA de setembro de 2014.

3/ Amendoim, arroz, mamona e sorgo.

Tabela 2.16 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Bahia1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros3/ 2014

Dez Primário Juros Total4/ Jun

Estado da Bahia 10 761 -1 630 498 -1 132 -320 9 309

Governo estadual 9 638 -1 152 443 -709 -321 8 608

Capital 671 -427 38 -389 2 285

Demais municípios 452 -51 17 -34 -1 417

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 2.17 – Necessidades de financiamento – Bahia1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Estado da Bahia -1 265 -1 630 370 498

Governo estadual -781 -1 152 330 443

Capital -354 -427 29 38

Demais municípios -130 -51 10 17

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

110,0392,50

90

95

100

105

110

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

Brasil Bahia

Fonte: IBGE

Gráfico 2.10 – Produção industrial – Bahia Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

24 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

O aumento das importações refletiu elevações de 7,1% no quantum e 0,2% nos preços. As compras de matérias-primas e produtos intermediários (59,1% da pauta) cresceram 2,2% em relação aos nove primeiros meses de 2013 (minérios de cobre e seus concentrados, 19,0%); as de bens de consumo aumentaram 18,4% (automóveis de passageiros, 26,9%); e as de combustíveis e lubrificantes cresceram 80,7%. Em sentido inverso, as aquisições de bens de capital retraíram 2,1% (instrumentos e aparelhos de medida, -35,4%). As importações provenientes da Argentina, Argélia e EUA representaram, em conjunto, 37,1% do total no período.

O IPCA da RMS variou 0,73% no terceiro trimestre de 2014 (1,86% no segundo), de acordo com o IBGE. Os preços livres desaceleraram de 1,53% para 0,63%, reflexo de reduções nas variações dos preços dos bens comercializáveis (de 2,25% para 1,40%) e dos não comercializáveis (de 0,89% para -0,07%), destacando-se os recuos nos preços dos itens hotel (23,44%) e alimentos in natura (11,27%). Os preços monitorados desaceleraram de 3,11% para 1,07%, com destaque para a redução de 3,87% no item energia elétrica residencial. O índice de difusão atingiu 61,8% no terceiro trimestre (72,4% no segundo e 61,0% em igual período de 2013).

Considerados períodos de doze meses, o IPCA da RMS variou 6,54% em setembro (5,74% em junho), repercutindo acelerações dos preços livres (de 5,84% para 6,51%) e dos monitorados (de 5,42% para 6,62%), estes influenciados pelos aumentos nos itens energia elétrica residencial (16,93%), plano de saúde (9,27%), gasolina (7,75%) e taxa de água e esgoto (7,74%). A trajetória dos preços livres refletiu acelerações dos preços dos bens comercializáveis (de 6,80% para 7,15%) e dos não comercializáveis (de 4,97% para 5,93%), destacando-se as variações nos itens carne-seca e de sol (33,38%), empregado doméstico (16,35%) e pão francês (13,75%).

A atividade econômica do estado deverá seguir, nos próximos trimestres, em trajetória de crescimento moderado, expectativa sustentada pelo desempenho favorável do setor agrícola, após dois anos de severa estiagem; e pelo impacto de obras de infraestrutura e habitacionais sobre a construção civil, atividade determinante para a geração de empregos na região.

Tabela 2.20 – Exportação por fator agregado – FOBJaneiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Bahia Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 7 813 7 179 -8,1 -2,2

Básicos 1 704 1 794 5,3 1,7

Industrializados 6 108 5 385 -11,8 -5,8

Semimanufaturados 2 055 1 842 -10,4 -4,7

Manufaturados1/ 4 053 3 543 -12,6 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.21 – Importação por categoria de uso – FOBJaneiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Bahia Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 6 237 6 691 7,3 -2,8

Bens de capital 1 174 1 149 -2,1 -6,2

Matérias-primas 3 873 3 956 2,2 -1,7

Bens de consumo 907 1 074 18,4 -3,2

Duráveis 830 1 009 21,6 -5,2

Não duráveis 77 65 -16,1 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 283 512 80,7 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.22 – IPCA – SalvadorVariação %

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

Ano I Tri II Tri III Tri 12 meses

IPCA 100,00 5,02 1,91 1,86 0,73 6,54 Livres 78,16 6,66 2,30 1,53 0,63 6,51 Comercializáveis 37,28 5,52 1,10 2,25 1,40 7,15 Não comercializáveis 40,88 7,73 3,39 0,89 -0,07 5,93 Monitorados 21,84 -0,47 0,53 3,11 1,07 6,62

Principais itens Alimentação 27,42 8,69 2,73 0,60 0,70 6,89 Habitação 13,84 -0,03 2,90 4,77 0,90 9,13 Artigos de residência 4,72 4,97 2,15 1,57 3,28 9,51 Vestuário 7,28 6,06 -1,49 2,60 1,27 4,80 Transportes 19,90 2,23 0,10 0,52 0,05 3,19 Saúde 10,09 5,50 1,51 3,01 1,59 6,80 Despesas pessoais 8,10 6,27 3,47 4,54 -0,26 10,79 Educação 4,23 9,92 7,84 0,18 0,13 8,37 Comunicação 4,42 2,90 -0,30 -0,11 0,14 0,66

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2014.

Tabela 2.19 – Produção industrial – BahiaGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2014 Acumulado

Mai2/ Ago2/ em 12 meses

Indústria geral 100,0 0,6 -4,8 -3,1

Indústrias extrativas 5,9 0,3 0,2 3,2

Indústrias de transformação 94,1 0,1 -4,8 -3,5

Deriv. petróleo e biocomb. 28,5 -5,5 6,9 5,6

Outros produtos químicos 16,1 -0,3 0,6 -0,3

Veículos, reb. e carrocerias 10,7 21,8 -58,5 -31,0

Metalurgia 8,2 -3,2 0,2 -2,8

Produtos alimentícios 8,1 3,8 -3,4 0,3

Celulose e prod. papel 7,4 2,4 2,1 -2,1

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 25

Ceará

O PIB do estado aumentou 0,7% no segundo trimestre do ano, em relação ao anterior, quando se elevara 1,5%, na mesma base de comparação, de acordo com Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do Ceará (Ipece). O menor dinamismo da atividade econômica cearense se manteve em meses mais recentes, conforme evidenciado pelo recuo de 1,5% do IBCR-CE no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando crescera 1%, nesse tipo de análise, dados dessazonalizados. O IBCR-CE cresceu 3,3% no intervalo de doze meses até agosto e 3,4% nos oito primeiros meses do ano, em relação a iguais períodos de 2013.

As vendas do comércio varejista cearense recuaram 2,6% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando cresceram 1,7%, nessa base de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Destacaram-se as retrações nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (34,8%) e de móveis e eletrodomésticos (12,5%). Incorporadas as variações nas vendas de veículos, motos, partes e peças (-5,9%) e de material de construção (2,2%), o comércio ampliado recuou 3,0% no trimestre.

Considerados períodos de doze meses, as vendas no varejo aumentaram 5,9% em agosto (combustíveis e lubrificantes, 10,0%; tecidos, vestuário e calçados, 7,6%). O comércio ampliado, agregadas as variações respectivas de -3% e 9,6% nas vendas de veículos, motos, partes e peças e de material de construção, cresceu 3,5% no período.

A receita nominal do setor de serviços cearense cresceu 3,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2013 (outros serviços, 29,2%; serviços prestados às famílias, 18,5%), segundo a PMS do IBGE. Considerados períodos de doze meses, a receita nominal aumentou 7,4% em agosto, em relação em relação a igual intervalo de 2013 (outros serviços, 24,2%; serviços prestados às famílias, 19,2%).

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil realizadas no estado somaram R$53 bilhões em agosto, com expansão de 2,6% no trimestre e de 13,2% em doze meses. As operações com recursos livres totalizaram R$31 bilhões (aumentos respectivos de 0,3% e 4,6%) e as contratadas com recursos direcionados somaram R$22 bilhões (expansões respectivas de 6,1% e 8,0%, nos períodos considerados).

139

144

149

154

Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-CE

Gráfico 2.11 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e CearáDados dessazonalizados2002 = 100

100

105

110

115

120

125

Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Comércio varejista Comércio ampliadoFonte: IBGE

Gráfico 2.12 – Comércio varejista – CearáDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 2.23 – Comércio varejista – Ceará

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2014

Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 1,7 -2,6 5,9

Combustíveis e lubrificantes 5,4 -4,2 10,0

Hiper e supermercados -0,1 0,5 2,6

Móveis e eletrodomésticos 8,0 -12,5 7,5

Equipamento e materiais p/escritório,

informática e comunicação 15,7 -34,8 19,3

Comércio ampliado 1,6 -3,0 3,5

Automóveis e motocicletas -2,1 -5,9 -3,0

Material de construção 3,0 2,2 9,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

26 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

A carteira do segmento pessoas jurídicas totalizou R$25 bilhões em agosto, com variações de 1,5% no trimestre e de 10,3% em doze meses, destacando-se as operações com os setores geração e transmissão de energia elétrica, serviços públicos (exceto educação e saúde), e construção civil. As contratações realizadas no segmento de pessoas físicas somaram R$28 bilhões (aumentos respectivos de 3,7% e 15,9%) e concentraram-se nas modalidades crédito consignado, aquisição de automóveis, e financiamentos habitacionais.

A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 2,7% em agosto, variando 0,01 p.p. no trimestre e -0,13p.p. em doze meses. A evolução trimestral refletiu elevação de 0,16 p.p. no segmento de pessoas físicas e recuo de 0,17 p.p. no de pessoas jurídicas, nos quais a taxa atingiu, na ordem, 5,3% e 2,7%.

O mercado de trabalho cearense criou 12,1 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto de 2013 (20,8 mil em igual período de 2013), de acordo com Caged/MTE. Os setores indústria de transformação, serviços e construção civil criaram, em conjunto, 8,6 mil vagas (15,3 mil no trimestre finalizado em agosto de 2013).

Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal no Ceará cresceu 0,6% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, com aumentos em cinco das oito atividades pesquisadas (serviços, 0,8%).

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios do Ceará somou R$32 milhões no primeiro semestre de 2014 (R$714 milhões em igual período de 2013). Os superavits dos governos do estado, da capital e dos demais municípios recuaram, na ordem, 99,3%, 90,6% e 85,3%, no período.

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$185 milhões no semestre (R$140 milhões em igual período de 2013) e o resultado nominal passou de superavit de R$574 milhões para deficit de R$153 milhões.

A dívida líquida do estado, da capital e de seus principais municípios atingiu R$3,3 bilhões em junho de 2014, recuando 0,9% em relação a dezembro de 2013. A participação do Ceará no endividamento regional atingiu 9,5% em junho de 2014 (9,1% em dezembro de 2013).

Tabela 2.24 – Receita nominal de serviços – Ceará

Serviços empres. não financeiros, exceto saúde e educação

Variação %

Segmentos 2014

Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 6,7 3,1 7,4

Serviços prestados às famílias 22,8 18,5 19,2

Serviços de informática e comunicação -2,5 -5,5 0,7

Serviços profissionais e administrativos 4,6 0,3 6,2

Transportes e correio 6,6 1,8 6,5

Outros serviços 30,3 29,2 24,2

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

Tabela 2.25 – Evolução do emprego formal – Ceará

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 20,8 23,8 1,3 5,6 12,1

Indústria de transformação 4,1 2,9 -5,1 0,6 0,4

Serviços industriais de utilidade pública 0,1 0,1 0,2 0,3 0,7

Construção civil 0,5 2,6 2,9 1,0 3,3

Comércio 2,5 8,5 -0,8 -0,6 2,3

Serviços 10,7 8,7 5,6 4,7 4,9

Agropecuária 2,8 1,0 -2,0 -0,4 3,3

Outros2/ 0,1 0,1 0,6 0,0 0,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

0

5

10

15

20

25

Ago2012

Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 2.13 – Evolução do saldo das operações de crédito – Ceará1/

Variação % em 12 meses

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 2.26 – Necessidades de financiamento – Ceará1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Total -714 -32 140 185

Governo estadual -458 -3 150 194

Capital -180 -17 1 4

Demais municípios -76 -11 -10 -13

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 27

A safra de grãos do Ceará deverá atingir 640 mil de toneladas em 2014 (expansão anual de 188,4%), de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE. Estão projetadas expansões de 272,2% para a produção de milho e de 171,6% para a de feijão, responsáveis, em conjunto, por 89,0% da produção de grãos do estado, e de 25,2% para a safra de arroz. Em relação às demais culturas, destaque para os aumentos previstos para as produções de castanha-de-caju (184,9%) e de mandioca (79,9%).

A produção industrial do Ceará recuou 0,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando crescera 0,7%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. Destaque para os recuos nas atividades produtos de metal, exceto máquinas e equipamentos (17,1%), de artigos do vestuário e acessórios (9,4%) e produtos têxteis (9,1%).

A análise em doze meses indica que a produção industrial do estado cresceu 2,2% em agosto, destacando-se os aumentos nos segmentos de fabricação de coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (13,5%), e produtos alimentícios (8,4%).

O faturamento real da indústria de transformação cearense cresceu 4,4% no período de doze meses encerrado em agosto, em relação a igual intervalo de 2013, de acordo com o Instituto de Desenvolvimento Industrial do Ceará (Indi) da Federação das Indústrias do Estado do Ceará (Fiec). Na mesma base de comparação, houve aumentos de 1% na remuneração real e de 0,6% no pessoal empregado e redução de 9,1% nas horas trabalhadas. O Nível de Utilização da Capacidade Instalada (Nuci) médio atingiu 80,7% no período de doze meses finalizado em agosto (82% no terminado em maio e 86,1% em igual período de 2013).

O deficit da balança comercial cearense atingiu US$1,3 bilhão nos nove primeiros meses do ano (deficit de US$1,6 bilhão em igual período de 2013), de acordo com o MDIC. As exportações aumentaram 26,9% e as importações recuaram 1,0%, totalizando US$1,2 bilhão e US$2,5 bilhões, respectivamente.

A elevação das exportações refletiu aumentos de 3,6% nos preços e de 22,5% no quantum. Ocorreram elevações nas vendas em todas as categorias de fator agregado, destacando-se a de 41,7% nos embarques de manufaturados, item com maior representatividade na pauta do Ceará, com destaque para o aumento de 551,4% nas vendas de óleos combustíveis. As exportações de

Tabela 2.28 – Produção agrícola – Ceará

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Var. %

(%) 2013 2014 2014/2013

Produção de grãos 222 640 188,4

Feijão 12,4 56 151 171,6

Milho 4,4 113 420 272,2

Arroz (em casca) 2,2 49 62 25,2

Outras lavouras selecionadas

Banana 13,0 376 462 23,0

Mandioca 8,0 300 540 79,9

Castanha-de-caju 3,4 53 151 184,9

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

95

100

105

110

115

120

Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil Ceará

Gráfico 2.14 – Produção industrial – CearáDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 2.27 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Ceará1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

Total 3 357 -32 185 153 -183 3 328

Governo estadual 3 882 -3 194 190 -161 3 912

Capital 114 -17 4 -13 -22 79

Demais municípios -639 -11 -13 -24 0 -663

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 2.29 – Produção industrial – Ceará

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 0,7 -0,3 2,2

Artefatos de couro e calçados 26,7 6,6 3,0 1,1

Produtos alimentícios 16,9 6,9 6,2 8,4

Artigos de vestuário e acessórios 11,8 -6,1 -9,4 8,1

Bebidas 11,0 3,2 -5,4 4,2

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

28 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

semimanufaturados cresceram 12,7% (couros e peles, depilados, exceto em bruto, 15,5%) e as de produtos básicos, 0,9% (minérios de ferro e seus concentrados, sem correspondência nos nove primeiros nove meses de 2013; e mel natural, 110,0%). Holanda, EUA, Antilhas Holandesas, Cingapura e Argentina adquiriram, em conjunto, 50,9% das vendas externas do estado.

A redução das importações repercutiu variações de 2,0% no quantum e de -3,0% nos preços. Houve aumentos de 7,8% nas aquisições de combustíveis (hulhas, 361,0%) e de 38,8% nas de bens de consumo não-duráveis (medicamentos para medicina humana e veterinária, 61,2%); e reduções de 9,4% nas compras de bens de capital (turbinas a vapor e suas partes, -99,7%); de 1,1% nas de bens de consumo duráveis (aparelhos eletro-mecânicos ou térmicos, de uso doméstico, -43,4%); e de 3,3% nas de matérias-primas (trigo em grãos, -37,0%, com destaque para a redução de 84,6% nas provenientes da Argentina). As importações originárias da China, EUA, Trinidad e Tobago, Colômbia e Coreia do Sul representaram, em conjunto, 55,7% das compras do estado nos nove primeiros meses de 2014.

A variação do IPCA na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF) atingiu 0,35% no terceiro trimestre (2,40% no segundo), de acordo com o IBGE. Ocorreram desacelerações nos preços livres, de 2,15% para 0,22%, e nos monitorados, de 3,39% para 0,86% (energia elétrica residencial, -2,32%). A evolução dos preços livres refletiu reduções nas variações dos preços dos bens comercializáveis, de 2,54% para 0,03% (empregado doméstico, 2,41%), e dos não comercializáveis, de 1,70% para 0,46% (tubérculos, raízes e legumes, -24,7%). O índice de difusão atingiu 50,83% no trimestre finalizado em setembro (59,86% no encerrado em junho e 53,53% em igual intervalo de 2013). Considerados períodos de doze meses, o IPCA da RMF variou 6,41% em setembro (6,57% em junho), com os preços livres desacelerando, de 6,85% para 6,48%, e os monitorados acelerando, de 5,48% para 6,14%.

Os principais indicadores econômicos do estado mostram que, embora o nível da atividade tenha moderado no decorrer de 2014, a economia cearense apresenta dinamismo superior ao do Nordeste e do país. Essa evolução reflete, em boa parte, o impacto dos programas sociais do governo federal, da expansão moderada do crédito e da consolidação de importantes investimentos, de caráter público e privado, sobre o mercado de trabalho e a massa salarial.

Tabela 2.30 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Ceará Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 902 1 145 26,9 -2,2

Básicos 189 190 0,9 1,7

Industrializados 713 955 33,8 -5,8

Semimanufaturados 194 219 12,7 -4,7

Manufaturados1/ 519 736 41,7 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 2.31 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Ceará Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 2 501 2 475 -1,0 -2,8

Bens de capital 534 484 -9,4 -6,2

Matérias-primas 1 306 1 263 -3,3 -1,7

Bens de consumo 122 147 20,4 -3,2

Duráveis 56 56 -1,1 -5,2

Não duráveis 66 91 38,8 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 539 581 7,8 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.32 – IPCA – FortalezaVariação %

Discriminação Pesos1/ 2014

I Tri II Tri III Tri 12 meses

IPCA 100,0 1,35 2,40 0,35 6,41

Livres 80,3 1,57 2,15 0,22 6,48

Comercializáveis 43,3 0,59 2,54 0,03 5,84

Não comercializáveis 37,0 2,74 1,70 0,46 7,28

Monitorados 19,7 0,45 3,39 0,86 6,14

Principais itens

Alimentação 32,4 1,83 3,43 -0,40 7,25

Habitação 13,6 2,12 3,91 1,86 10,07

Artigos de residência 4,7 1,00 3,67 -1,34 5,46

Vestuário 7,4 -1,76 0,66 -1,23 1,76

Transportes 15,4 -0,17 0,30 0,95 3,43

Saúde 9,6 1,59 2,00 0,96 5,91

Despesas pessoais 9,0 2,10 2,86 1,03 9,52

Educação 4,4 6,59 1,48 0,70 9,11

Comunicação 3,5 -0,67 -0,28 0,38 0,48

Fonte: IBGE

1/ Pesos relativos ao trimestre encerrado no período t-3.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 29

Pernambuco

O PIB pernambucano recuou 1,4% no segundo trimestre de 2014, em relação ao primeiro, quando crescera 4,0%, nesse tipo de comparação, de acordo com a Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de Pernambuco (Condepe/Fidem). A trajetória recente do IBCR-PE ratifica o desempenho negativo, no curto prazo, da economia do estado. Nesse sentido, o indicador decresceu 1,8% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando havia aumentado 0,1%, na mesma base de comparação, dados dessazonalizados. O IBCR-PE variou 1,3% no período de doze meses encerrado em agosto e 1,3% nos oito primeiros meses do ano, em relação a iguais intervalos de 2013.

As vendas varejistas decresceram 1,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando haviam aumentado 0,4%, na mesma base de comparação, segundo dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Destacaram-se as reduções de móveis e eletrodomésticos (3,3%) e hipermercados e supermercados (2,6%). As vendas do comércio ampliado, refletindo recuos respectivos de 6,3% e 6,1% nas de materiais de construção e de veículos, decresceram 3,3% no trimestre.

O comércio varejista de Pernambuco cresceu 5,0% no período de doze meses encerrado em agosto (móveis e eletrodomésticos, 9%; combustível e lubrificantes, 6,8%). As vendas do comércio ampliado aumentaram 3,7% no período, destacando-se que o desempenho inferior ao do comércio varejista refletiu, em especial, a queda de 0,9% na comercialização de veículos.

A receita nominal do setor de serviços de Pernambuco cresceu 4,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2013 (outros serviços, 14,3%; serviços prestados às famílias, 8,3%), segundo a PMS do IBGE. Considerados períodos de doze meses, a receita nominal aumentou 5,7% em agosto, em relação em relação a igual intervalo de 2013 (outros serviços, 12,9%; transportes e correios, 7,5%; e serviços prestados às famílias, 9,5%).

As operações de crédito superiores a R$1 mil, contratadas em Pernambuco, somaram R$68,4 bilhões em agosto, variando 2,5% no trimestre e -6,6% em doze meses. As operações com recursos livres totalizaram R$38,4 bilhões, com aumentos de 0,3% e 6,0% nas mesmas bases de comparação, e aquelas com recursos direcionados somaram

30 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

R$30,0 bilhões, variando 5,5% no trimestre e -19,0% em doze meses.

A carteira de pessoas físicas atingiu R$33,0 bilhões, com acréscimos de 3,4% no trimestre, com destaque para financiamento imobiliário, e 13,2% em doze meses. O saldo do crédito concedido às pessoas jurídicas totalizou R$35,4 bilhões, com aumento de 1,8% no trimestre, destacando-se as contratações de indústrias de máquinas e equipamentos e fabricação de veículos automotores, e contração de 19,7% em doze meses2.

A taxa de inadimplência dessas operações de crédito atingiu 3,85% em agosto. O aumento de 0,29 p.p. em relação a maio refletiu elevações de 0,42 p.p., para 2,13%, no segmento de pessoas jurídicas, e de 0,08 p.p., para 5,93%, no de pessoas físicas.

A economia pernambucana gerou 6,2 mil empregos formais no trimestre finalizado em agosto (8,9 mil em igual período de 2013), de acordo com o Caged/MTE, dos quais 4,5 mil na agropecuária e 4,3 mil na indústria de transformação. Em oposição, foram eliminados 5,9 mil postos na construção civil, em parte devido à proximidade da conclusão das obras de importante refinaria de petróleo. Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal recuou 0,9% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando havia aumentado 0,3%, no mesmo tipo de comparação.

A taxa de desemprego na RMR, divulgada pela PME/IBGE, atingiu 6,6% no trimestre finalizado em agosto (6,8% em igual período de 2013). Considerados dados dessazonalizados, a taxa de desemprego atingiu 6,7% no trimestre finalizado em agosto (6,1% no encerrado em maio), resultado de expansões de 1,2% na população ocupada e de 1,8% na população economicamente ativa. O rendimento médio real habitual recuou 0,7% no trimestre (-1,0% no país).

O deficit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de Pernambuco atingiu R$137 milhões no primeiro semestre de 2014 (superavit de R$524 milhões no mesmo período de 2013). Ocorreram deficit de R$437 milhões no governo do estado e superavits nos governos da capital (R$152 milhões) e dos demais municípios (R$148 milhões).

100

106

112

118

124

130

136

1

Brasil

Sul

Fonte: IBGE1/ Dados dessazonalizados

Comércio Varejista –

95

100

105

110

115

120

125

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

Comércio varejista Comércio ampliadoFonte: IBGE

Gráfico 2.16 – Comércio varejista – PernambucoDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 2.33 – Comércio varejista – Pernambuco

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2014

Fev1/ Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista -0,4 0,4 -1,2 5,0

Combustíveis e lubrificantes -1,0 1,7 -1,8 6,8

Hiper e supermercados 0,1 -1,2 -2,6 1,5

Tecidos, vestuário e calçados 3,1 -0,7 -1,7 2,4

Móveis e eletrodomésticos -2,3 4,5 -3,3 9,0

Comércio ampliado 1,5 -0,1 -3,3 3,7

Automóveis e motocicletas 2,5 -2,1 -6,1 -0,9

Material de construção -0,9 5,4 -6,3 9,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

2/ O recuo em doze meses refletiu o impacto de alteração no estatuto jurídico de uma refinaria, que provocou o deslocamento do saldo de suas operações junto ao BNDES para a matriz no estado do Rio de Janeiro.

100

106

112

118

124

130

136

1

Brasil

Sul

Fonte: IBGE1/ Dados dessazonalizados

Comércio Varejista –

135

140

145

150

155

160

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

IBC-Br IBCR-PE

Gráfico 2.15 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e PernambucoDados dessazonalizados2002 = 100

100

105

110

115

120

125

130

Fev2013

Abr Jun Ago Out Dez Fev2014

Abr Jun Ago

Brasil PernambucoFonte: IBGE

Gráfico 2.17 – Receita nominal de serviçosDados observados – Média móvel trimestral2011 = 100

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 31

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$403 milhões no primeiro semestre de 2014 (R$261 milhões em igual período de 2013) e o deficit nominal atingiu R$540 milhões (superavit nominal de R$263 milhões no primeiro semestre de 2013).

A dívida líquida dos governos dos estados, da capital e dos principais municípios pernambucanos somou R$7,1 bilhões em junho, elevando-se 4,4% no ano. A participação do estado no endividamento regional atingiu 20,2% em junho de 2014 (18,4% em dezembro de 2013).

A safra de grãos de Pernambuco está estimada em 166,1 mil de toneladas, em 2014 (expansão anual de 117,3%), de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE, destacando-se as projeções de aumentos para as culturas de milho (267,6%) e feijão (90,6%). Em relação às demais culturas, estão previstos crescimentos para as produções de mandioca (15,3%) e banana (9,6%), e recuo de 42,5% para a de cebola, reflexo de redução de 40,1% na área plantada.

A produção da indústria pernambucana decresceu 4,7% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao anterior, quando havia expandido 0,4%, neste tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF/IBGE. Destacaram-se os recuos nas atividades alimentos (7,6%), minerais não metálicos (5,0%) e bebidas (1,7%). Considerado intervalos de doze meses, a produção industrial do estado cresceu 1,2% em agosto, em relação a igual período de 2013 (2,8% em maio), com destaque para o aumento de 15,6% na fabricação de outros equipamentos de transporte, impulsionada pela construção de navios e plataformas de petróleo; e para a redução de 5,5% no segmento minerais não metálicos.

Indicadores industriais divulgados pela Federação das Indústrias do Estado de Pernambuco (Fiepe) também sinalizam retração da atividade industrial no trimestre encerrado em agosto. Considerados dados dessazonalizados, o número de horas trabalhadas na indústria diminuiu 3,6% em relação ao trimestre finalizado em maio, e o Nuci recuou 1,7 p.p., para 64,7%. O índice de confiança do empresário industrial atingiu 49,3 pontos em setembro, menor nível da série, iniciada em janeiro de 2010.

A balança comercial pernambucana apresentou deficit de US$5,0 bilhões nos nove primeiros meses do ano (deficit de US$4,6 bilhões em igual período de 2013), de acordo com dados do MDIC. As exportações somaram

-20

-15

-10

-5

0

5

10

15

20

Set2013

Out Nov Dez Jan2014

Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago

PF PJ Total

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Gráfico 2.18 – Evolução do saldo das operações de crédito – Pernambuco1/

Variação em 12 meses – %

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

4

5

6

7

8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2011 2012 2013 2014Fonte: IBGE

Gráfico 2.19 – Taxa de desemprego aberto – Recife%

Tabela 2.35 – Evolução do emprego formal – Pernambuco

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 8,9 40,6 -11,7 -28,8 6,2

Indústria de transformação 5,3 24,4 -8,0 -18,5 4,3

Comércio -1,1 7,7 -3,0 -0,9 0,6

Serviços 1,0 6,4 3,0 0,7 2,7

Construção civil -2,0 2,3 -0,7 -7,5 -5,9

Agropecuária 5,9 -0,7 -2,9 -2,7 4,5

Serviços ind. de utilidade pública -0,1 0,4 0,1 0,2 0,2

Outros2/ -0,1 0,1 0,0 -0,1 0,0

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outras.

Tabela 2.34 – Receita nominal de serviços – Pernambuco

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 5,7 4,2 4,3 5,7

Serviços prestados às famílias 6,3 6,9 8,3 9,5

Serviços de informação e comunicação 5,1 1,0 1,7 2,9

Serviços profissionais e administrativos -0,5 5,7 5,7 4,6

Transportes e correio 13,2 4,5 3,0 7,5

Outros serviços 5,8 11,2 14,3 12,9

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

32 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

US$692 milhões e as importações, US$5,7 bilhões, com aumentos respectivos de 21,0% e 10,0%.

O crescimento das exportações refletiu variações de 32,9% no quantum e -8,9% nos preços, destacando-se o recuo de 43,3% nos embarques de bens semimanufaturados (açúcar em bruto, -47,8%) e o aumento de 44,1% nos de produtos manufaturados (ácido tereftálico, 47,8%). Argentina, Holanda, EUA, Venezuela e Síria adquiriram, em conjunto, 62,9% das vendas do estado no período.

O desempenho das importações pernambucanas resultou de recuo de 13,5% no quantum e aumento de 27,2% nos preços. Destacaram-se, no período, as elevações de 41,1% nas aquisições de bens não duráveis, ressaltando-se que as compras de produtos farmacêuticos representaram 27,0% do total da categoria; de 9,4% nas de matérias-primas e produtos intermediários (insumos para ácido tereftálico, usado na produção de resina politereftalato de etileno (PET), 219,8%, face o início de produção de uma planta petroquímica); e de 7,2% nas de combustíveis e lubrificantes (óleo diesel, 32,3%). As importações provenientes dos EUA, China, Holanda, Argentina e México representaram, em conjunto, 68,7% do total, nos nove primeiros meses de 2014.

O IPCA da RMR cresceu 0,60% no terceiro trimestre de 2014 (2,70% no segundo), com desacelerações dos preços livres, de 2,46% para 0,33%, e dos monitorados, de 3,63% para 1,63% (tarifa de ônibus intermunicipais, -0,33%).

A trajetória dos preços livres refletiu as reduções nas variações dos preços dos bens comercializáveis, de 2,28% para 0,94% (aparelhos telefônicos, -4,87%; óleos e gorduras, -4,72%; e móveis e utensílios, -0,47%), e dos não comercializáveis, de 2,65% para -0,29% (diárias de hotel, -21,76%; farinha de mandioca, -20,51%; e tubérculo, raízes e legumes, -16,06%). O índice de difusão atingiu 64,57% no terceiro trimestre (71,26% no segundo).

Considerados intervalos de doze meses, o IPCA da RMR aumentou 7,15% em setembro (variação igual à de junho e 0,4 p.p. superior à média nacional). Os preços livres elevaram-se 7,38% (alimentação fora do domicílio, 11,18%; vestuário, 7,07%: e aluguel residencial, 15,61%) e os monitorados, 6,28% (energia residencial, 18,83%; planos de saúde, 9,37%; e dos produtos farmacêuticos, 3,55%).

Os principais indicadores econômicos de Pernambuco apresentaram resultados negativos nos meses recentes. Deve

Tabela 2.36 – Necessidades de financiamento –

Pernambuco1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

PE -524 137 261 403

Governo estadual -84 437 272 416

Capital -236 -152 -0 2

Demais municípios -204 -148 -10 -15

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 2.38 – Produção agrícola – Pernambuco

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção Variação %

2013 20142/ 2014/2013

Grãos

Feijão 1,8 41 78 90,6

Milho 0,5 23 84 267,6

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 34,0 15 164 15 315 1,0

Uva 19,1 229 237 3,5

Mandioca 11,8 292 337 15,3

Banana 6,3 369 404 9,6

Cebola 5,1 96 55 -42,5

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Tabela 2.37 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Pernambuco1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

PE 6 822 137 403 540 -238 7 124

Governo estadual 7 467 437 416 853 -231 8 089

Capital -26 -152 2 -150 -7 -183

Demais municípios -620 -148 -15 -163 0 -782

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 2.39 – Produção industrial – Pernambuco

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ Acum.

12 meses

Indústria geral 100,0 0,4 -4,7 1,2

Produtos alimentícios 31,2 7,5 -7,6 0,6

Bebidas 10,9 -0,9 -1,7 3,7

Prod. miner. não-metálicos 9,4 -2,0 -5,0 -5,5

Produtos de metal 4,9 -0,8 3,2 1,5

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 33

ser considerado, no entanto, que apesar da expectativa de desmobilização na construção civil, em cenário de conclusão de obras de projetos importantes no estado, o início de operação de setores de maior valor agregado deverá alterar a estrutura industrial de Pernambuco, com desdobramentos importantes sobre a trajetória do mercado de trabalho e da atividade econômica nos próximos trimestres.

Tabela 2.41 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Pernambuco Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 5 143 5 659 10,0 -2,8

Bens de capital 574 644 12,1 -6,2

Matérias-primas 1 636 1 789 9,4 -1,7

Bens de consumo 497 615 23,7 -3,2

Duráveis 271 297 9,3 -5,2

Não duráveis 225 318 41,1 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 2436 2611 7,2 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 2.42 – IPCA – RecifeVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

IV Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,0 2,02 1,65 2,70 0,60

Livres 79,1 2,33 2,08 2,46 0,33

Comercializáveis 40,3 2,29 0,98 2,28 0,94

Não comercializáveis 38,8 2,39 3,24 2,65 -0,29

Monitorados 20,9 0,88 0,04 3,63 1,63

Principais itens

Alimentação 26,9 2,56 2,34 2,73 0,42

Habitação 13,9 1,80 1,69 5,38 2,47

Artigos de residência 5,2 2,67 1,55 1,30 1,16

Vestuário 7,9 4,20 -0,11 2,41 0,44

Transportes 14,8 1,34 -0,01 1,68 0,70

Saúde 12,6 0,58 1,45 2,55 1,23

Despesas pessoais 10,1 3,10 2,89 4,22 -2,19

Educação 4,6 0,26 4,90 -0,06 0,55

Comunicação 3,9 0,82 0,68 -0,24 -0,10

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2014.

Tabela 2.40 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Pernambuco Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 572 692 21,0 -2,2

Básicos 63 64 0,9 1,7

Industrializados 508 628 23,5 -5,8

Semimanufaturados 120 68 -43,3 -4,7

Manufaturados1/ 389 560 44,1 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 35

3Região Centro-Oeste

O ritmo de crescimento da atividade econômica no Centro-Oeste se intensificou, na margem, no trimestre encerrado em agosto, com destaque para o desempenho da indústria de transformação e da agricultura. Nesse cenário, o IBCR-CO expandiu 1,3% no período, em relação ao trimestre finalizado em maio, quando crescera 0,5%, na mesma base de comparação. Considerados períodos de doze meses, o indicador cresceu 2,0% em agosto (1,7% em maio).

As vendas do comércio varejista no Centro-Oeste recuaram 2,3% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando haviam crescido 0,2%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE (Goiás, -4,2%; Distrito Federal, -1,3%; Mato Grosso, -1,2%; Mato Grosso do Sul, -0,6%). Incorporados os segmentos veículos e materiais de construção, as vendas do comércio ampliado contraíram 3,6% no trimestre (Goiás, -4,1%; Mato Grosso do Sul, -3,7%; Distrito Federal, -3,2%; Mato Grosso, -2,6%).

Em doze meses até agosto, as vendas do varejo cresceram 3,9% (5,6% em maio), com aumentos de 6,3% no Mato Grosso do Sul, 4,0% no Mato Grosso, 3,8% em Goiás, e 2,5% no Distrito Federal. As vendas do comércio ampliado aumentaram 0,7% no período (1,9% em maio), com variações de 1,4% no Mato Grosso, 1,2% no Distrito Federal, 1,1% no Mato Grosso do Sul, e -0,2% em Goiás.

Dados agregados do Distrito Federal e de Goiás, únicas unidades da federação na região para as quais há estatísticas por ramo de atividade, indicam que, no trimestre encerrado agosto, ocorreram reduções de 5,4% das vendas nos segmentos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, e veículos, motos, partes e peças. Ao mesmo tempo, houve crescimento de 8,8% no segmento outros artigos de uso pessoal e doméstico. Em doze meses até agosto, destaque para os aumentos de 16,7% nas vendas de artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos e de 15,3% nas de outros artigos de uso pessoal e doméstico.

137

140

143

146

149

152

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-CO

Gráfico 3.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região Centro-OesteDados dessazonalizados2002 = 100

155

170

185

200

215

230

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Comércio varejista Comércio ampliado

Fonte: IBGE

Gráfico 3.2 – Comércio varejista – Centro-OesteDados dessazonalizados2004 = 100

Tabela 3.1 – Índice de vendas no varejo – Agregação

para GO e DF1/

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2013 2014

Ano Mai2/

Ago2/ 12 meses

Comércio varejista 4,0 0,0 -3,0 3,3

Combustíveis e lubrificantes 6,6 0,4 -1,5 3,3

Hiper e supermercados -1,9 -1,7 -5,4 -0,8

Tecidos, vestuário e calçados 8,3 -0,2 -1,3 4,7

Móveis e eletrodomésticos 7,7 2,5 -7,4 3,7

Outros art. de uso pessoal/dom. 10,1 1,7 8,8 15,3

Comércio varejista ampliado 4,1 -0,1 -3,9 0,3

Veículos e motos, partes e peças 0,7 -0,6 -5,4 -3,6

Material de construção 5,6 -3,0 -0,7 1,2

Fonte: IBGE

1/ GO e DF são os únicos entes federados da região estratificados pelo IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

36 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

A receita nominal do setor de serviços do Centro-Oeste aumentou 10,0% no trimestre finalizado em agosto, comparativamente ao mesmo período do ano anterior, segundo a PMS, do IBGE. Houve expansões de 17,3% no Distrito Federal, 7,2% em Goiás, 3,5% no Mato Grosso, e de 1,1% no Mato Grosso do Sul. Destacaram-se, em Goiás e no Distrito Federal, unidades da federação com estatísticas estratificadas por segmentos, os aumentos de 19,7% em outros serviços; 15,0% em transportes, serviços auxiliares dos transportes e correio; e 11,5% nos serviços profissionais, administrativos e complementares.

As operações de crédito superiores a R$1 mil contratadas no Centro-Oeste somaram R$284,7 bilhões em agosto, aumentando 2,7% no trimestre e 17,2% em doze meses. O saldo dos empréstimos com recursos direcionados variaram 5,1% e 29,3% e dos com recursos livres, -0,3% e 4,7%, respectivamente, nos mesmos períodos de comparação.

A carteira de crédito a pessoas físicas atingiu R$161,0 bilhões, com aumentos de 3,6% no trimestre e de 17,5% em doze meses, com destaque para as modalidades financiamentos imobiliários, crédito rural e crédito consignado. O estoque de crédito no segmento de pessoas jurídicas totalizou R$123,7 bilhões (aumentos respectivos de 1,4% 16,9%), destacando-se as operações com o setor público, o setor elétrico, e o setor de transporte.

A taxa de inadimplência das operações de crédito superiores a R$1 mil atingiu 2,80% em agosto, elevando-se 0,17 p.p. no trimestre e 0,08 p.p. em doze meses. A variação trimestral decorreu de aumentos respectivos de 0,29 p.p. e 0,07 p.p. nos segmentos de pessoas jurídicas e de pessoas físicas, nos quais a taxa atingiu 2,24% e 3,25%, respectivamente. Ressalte-se que a inadimplência recuou apenas no segmento de pessoas físicas do Distrito Federal, e, no Mato Grosso do Sul, aumentou 0,75 p.p. no segmento de pessoas jurídicas.

Os desembolsos do BNDES para o Centro-Oeste totalizaram R$5,2 bilhões no trimestre encerrado em junho, aumento de 15,9% em relação a igual período de 2013. Os desembolsos atingiram R$21,0 bilhões nos doze meses encerrados em junho, com recuo de 13,7% em relação a igual período de 2013.

A economia do Centro-Oeste criou 21,9 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (32 mil em igual período de 2013), de acordo como Caged/MTE, dos

Tabela 3.2 – Receita nominal de serviços – Agregação

para GO e DF1/

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educaçãoVar. %

Segmentos 2013 2014

Ano Mai2/ Ago2/12 meses

Total 13,5 15,8 13,3 16,2

Serviços prestados às famílias 8,8 12,3 9,3 8,5

Serviços de informação e comunicação 11,0 16,8 10,8 15,1

Serviços profissionais e administrativos 12,5 8,2 11,5 12,9

Transportes e correio 12,1 16,3 15,0 16,4

Outros serviços 38,1 23,4 19,7 30,4

Fonte: IBGE

1/ Goiás e DF são as unidades da região com dados estratificados pelo IBGE.

2/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

10

15

20

25

30

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Gráfico 3.3 – Evolução do saldo das operações de crédito – Centro-Oeste1/

Variação em 12 meses – %

Tabela 3.3 – Evolução do emprego formal – Centro-Oeste

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 32,0 -0,7 -6,6 22,8 21,9

Indústria de transformação 5,3 -9,3 -7,1 10,0 1,1

Comércio 4,5 12,5 -0,6 -3,1 2,2

Serviços 13,0 6,0 4,9 12,7 13,5

Construção civil 4,4 -2,3 -5,4 4,0 -2,4

Agropecuária 4,5 -7,5 2,3 -1,4 7,2

Indústria extrativa mineral 0,0 -0,5 -0,6 0,5 0,1

Outros2/ 0,3 0,3 -0,0 0,1 0,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui serviços industriais de utilidade pública, administração pública e outras.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 37

quais 13,5 mil no setor de serviços e 7,2 mil na agropecuária. O nível do emprego formal aumentou 0,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando se mantivera estável, dados dessazonalizados.

O superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Centro-Oeste somou R$2,0 bilhões no primeiro semestre de 2014. O recuo de 5,6% em relação a igual período do ano anterior repercutiu aumento de 0,2% no superavit dos governos estaduais e reduções respectivas de 29,2% e 7,3% nos das capitais e dos principais municípios da região. A arrecadação do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aumentou 8,4%, no período.

Os juros nominais, apropriados por competência, atingiram R$1,4 bilhão e o resultado nominal foi superavitário em R$553 milhões (R$1,3 bilhão no primeiro semestre de 2013).

A dívida líquida dos governos estaduais, das capitais e dos principais municípios do Centro-Oeste totalizou R$25,8 bilhões em junho (4,4% da dívida total das regiões), recuando 2,8% em relação a dezembro de 2013. As dívidas renegociadas/reestruturadas pela União representaram 79% do endividamento líquido ao final do semestre e as dívidas bancária e externa, 38,4% e 9,8% respectivamente. A posição credora em disponibilidades líquidas correspondia, no período, a 27,3% da dívida líquida da região.

A safra de grãos do Centro-Oeste deverá somar 81,8 milhões de toneladas em 2014, de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE. O aumento anual de 4,3% reflete projeções de expansões para as safras de soja (9,1%), com aumento de 8,1% na área plantada; algodão (26,8%), arroz (10,5%) e de feijão (9,6%). A produção de grãos de Mato Grosso, com participação de 57,7% no total da região, deverá crescer 2,6%, e as de Goiás (22,9% do total) e do Mato Grosso do Sul (18,0% do total), 3,5% e 7,8%, respectivamente. Em relação às demais culturas, destaque para a estimativa de elevação anual de 3,6% para a produção de cana-de-açúcar, concentrada no Mato Grosso do Sul e em Goiás.

A produção de grãos do Centro-Oeste deverá aumentar entre 2,6% e 5,2% em 2015, de acordo com o primeiro levantamento de intenção de plantio da Conab, divulgado em outubro. Destaque para as projeções de crescimentos para as colheitas de soja, de 5,1% a 8,5%, e de milho, de 0,4% a 1,2%.

Tabela 3.4 – Necessidades de financiamento –

Centro-Oeste1/

R$ milhões

Discriminação Resultado primário Juros nominais

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Total -2 116 -1 998 797 1 445

Governos estaduais -1 574 -1 577 1 150 1 454

Capitais -367 -260 -271 9

Demais municípios -174 -161 -82 -17

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Tabela 3.5 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Centro-Oeste1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros3/ 2014

Dez Primário Juros Total4/ Jun

Total 26 565 -1 998 1 445 -553 -194 25 819

Governos estaduais 28 019 -1 577 1 454 -123 -186 27 711

Capitais -264 -260 9 -251 -6 -521

Demais municípios -1 190 -161 -17 -178 -2 -1 370

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 3.6 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Centro-Oeste1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2013 Agosto de 2014

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

DF 1 438 -685 -539 963 -634 -503

GO 15 377 -201 1 137 15 547 -639 801

MS 6 184 -850 -139 5 900 -393 351

MT 3 567 146 520 3 528 102 756

Total (A) 26 565 -1 590 979 25 938 -1 565 1 406

Brasil4/ (B) 578 634 -17 711 41 224 594 567 -5 941 53 919

(A/B) (%) 4,6 9,0 2,4 4,4 26,3 2,6

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

38 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

Os abates de bovinos em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF (cerca de 95% do total na região) recuaram 3,1% nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual período de 2013, destacando-se a redução de 9,3% no Mato Grosso e o aumento de 4,9% em Goiás. Esse movimento refletiu essencialmente o impacto da estiagem sobre a oferta, haja vista que a cotação média da arroba do boi gordo aumentou 21,6% no período. Os abates de aves e de suínos recuaram 4,9% e 7,0%, respectivamente, na mesma base de comparação. As exportações de carne de bovinos cresceram 21,7% no período, em especial para a Rússia, Irã e Venezuela, e as de carnes de aves e de suínos recuaram 14,5% e 21,6%, respectivamente, com redução nos embarques de aves para Emirados Árabes Unidos e Hong Kong, e de suínos para a Rússia.

A produção industrial do Centro-Oeste, considerados dados dessazonalizados de Goiás e Mato Grosso, únicos estados da região incluídos na PIM-PF do IBGE, aumentou 1,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando havia crescido 4,3%, nesse tipo de comparação. A indústria de transformação aumentou 0,8% (produtos alimentícios, 0,8%; metalurgia, -3,6%; produtos de minerais não metálicos, -0,1%).

Em doze meses até agosto, a produção industrial da região cresceu 3,6% (4,4% em maio). A produção da indústria extrativa recuou 0,4% e a da indústria de transformação aumentou 3,8% (outros produtos químicos, 14,2%; derivados de petróleo e biocombustíveis, 11,5%; minerais não metálicos, 4,8%; alimentos, 3,1%).

O Icei/GO, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Goiás (Fieg), atingiu 46 pontos em setembro (50,4 pontos em junho e 58,1 pontos em setembro de 2013), situando-se abaixo da linha de indiferença. O recuo no trimestre refletiu reduções de 1,6 ponto no Índice de Condições Atuais e de 5,9 pontos no Indicador de Expectativas. O Icei/MT, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado de Mato Grosso (Fiemt), atingiu 48,1 pontos em setembro (49,1 pontos em junho e 54,7 pontos em setembro de 2013). O recuo no trimestre refletiu variações de -1,1 ponto no Indicador de Expectativas e de 0,1 ponto no Índice de Condições Atuais.

O superavit da balança comercial do Centro-Oeste atingiu US$12,5 bilhões nos nove primeiros meses de 2014 (aumento de 1,9% em relação a igual período de 2013), de acordo com o MDIC. As exportações somaram US$22,3 bilhões e as importações, US$9,8 bilhões, com recuos respectivos de 1,8% e 6,1%.

Jan 2005

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

80

110

140

170

200

230

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 3.4 – Abates de animais – Centro-OesteMédia móvel trimestral2005 = 100

Fonte: Mapa

90

95

100

105

110

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil Centro-OesteFonte: IBGE

Gráfico 3.5 – Produção industrial – Centro-OesteDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Tabela 3.7 – Produção agrícola – Centro-Oeste

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2013 2014 2014/2013

Grãos 81,2 78 479 81 828 4,3

Algodão (caroço) 9,6 1 371 1 739 26,8

Arroz (em casca) 0,8 742 820 10,5

Feijão 2,7 623 682 9,6

Milho 19,6 35 931 35 471 -1,3

Soja 48,4 38 252 41 726 9,1

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 12,4 131 389 136 143 3,6

Mandioca 1,1 1 245 1 354 8,7

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 39

O desempenho das exportações repercutiu variações de 1,6% no quantum e de -3,4% nos preços. Houve recuo nas vendas em todas as categorias de fator agregado: produtos básicos, -1,3% (milho, -49,9%; carne de frango, -15,1%); semimanufaturados, -2,3% (açúcar de cana em bruto, -31,2%; ouro não-monetário, -38,9%; óleo de soja em bruto, -30,3%); e manufaturados, -17,8% (álcool etílico, -98,7%; carne de peru em preparações e conservas, -44,0%; óleo de soja refinado, -29,0%). As exportações do Centro-Oeste destinadas à China, Holanda, Rússia, e Hong Kong representaram, em conjunto, 52,0% do total, no período. Destaque para a redução nos embarques de soja triturada e de farelo de soja para China e Holanda, e para o aumento das de carne bovina para Rússia e Hong Kong.

A redução das importações, reflexo de variações de -6,9% nos preços e de 0,9% no quantum, evidenciou recuos nas compras em todas as categorias de uso, excetuada a expansão de 1,2% em combustíveis e lubrificantes (gás natural, 0,9%; energia elétrica, 14,1%). Ocorreram reduções nas aquisições de bens de capital, 2,9% (máquinas e ferramentas, -76,9%; acessórios de maquinaria industrial, -57,4%; equipamento móvel de transporte, 166,5%); matérias-primas, 9,0% (outras matérias-primas para agricultura, -20,9%; produtos agropecuários não alimentícios, -12,3%); bens de consumo duráveis, 16,2% (automóveis, -25,9%); e de bens de consumo não-duráveis, 9,3% (produtos farmacêuticos, -10,9%; produtos alimentícios, -10,0%). As importações provenientes da Bolívia, EUA, China, Alemanha, e Coreia do Sul representaram, em conjunto, 59,0% das compras da região no período. Destacaram-se as reduções nas aquisições de automóveis da Coreia do Sul, produtos farmacêuticos dos EUA, e outras matérias-primas da Alemanha.

Agregando indicadores de Brasília, Goiânia e Campo Grande, a variação do IPCA no Centro-Oeste atingiu 0,82% no terceiro trimestre de 2014 (1,39% no anterior), com desacelerações dos preços livres, de 1,38% para 0,80%, e dos monitorados, de 1,44% para 0,90%. Destacaram-se variações de preços nos grupos habitação, 2,75%; artigos de residência, 1,79%; saúde e cuidados pessoais, 1,40%; transportes, -0,29%; e alimentação e bebidas, -0,04%.

A evolução dos preços livres refletiu desacelerações dos preços dos bens e serviços não comercializáveis, de 1,27% para 0,41% (tubérculos raízes e legumes -31,62%; hotel, -6,06%; automóvel usado, -1,43%); e dos comercializáveis, de 1,51% para 1,28% (leite longa vida, 5,52%; carnes, 5,37%). No âmbito dos preços monitorados, destacaram-se mudanças de ritmo nas variações dos preços da gasolina (de

Tabela 3.8 – Produção industrial – Agregação para

GO e MT1/

Geral e setores selecionados

Variação % trimestral

Setores Pesos2/ 2014

Mai2/ Ago2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 4,3 1,1 3,6

Indústrias de transformação 94,6 2,9 0,8 3,8

Produtos alimentícios 56,4 1,2 0,8 3,1

Prod. miner. não-metálicos 4,1 -1,3 -0,1 -4,8

Metalurgia 2,7 -3,1 -3,6 -2,7

Fonte: IBGE

1/ GO e MT são os únicos entes federados da região estratificados pelo IBGE.

2/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

3/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 3.9 – Exportação por fator agregado

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Centro-Oeste Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 22 685 22 282 -1,8 -2,2

Básicos 19 302 19 060 -1,3 1,7

Industrializados 3 383 3 222 -4,8 -5,8

Semimanufaturados 2 839 2 775 -2,3 -4,7

Manufaturados1/ 544 447 -17,8 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 3.10 – Importação por categoria de uso

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Centro-Oeste Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 10 419 9 789 -6,1 -2,8

Bens de capital 1 038 1 008 -2,9 -6,2

Matérias-primas 3 945 3 589 -9,0 -1,7

Bens de consumo 2 504 2 224 -11,2 -3,2

Duráveis 684 574 -16,2 -5,2

Não duráveis 1 820 1 650 -9,3 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 2 932 2 968 1,2 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

40 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

-0,95% para -2,93%) e produtos farmacêuticos (de 3,75% para 0,79%). O índice de difusão atingiu 57,5% no terceiro trimestre (64,6% no anterior).

Em doze meses até setembro, o IPCA do Centro-Oeste variou 6,36% (6,27% em junho), com recuo na taxa de variação dos preços livres, de 6,85% para 6,73%, e aumento na dos monitorados, de 4,37% para 5,11%. A evolução dos preços livres refletiu desacelerações dos preços dos produtos comercializáveis (de 6,09% para 5,93%) e dos não comercializáveis (de 7,47% para 7,37%).

A evolução da atividade econômica do Centro-Oeste repercutiu, em especial, os desempenhos da indústria – impulsionada pelos segmentos produtos químicos e biocombustíveis –, da agricultura e do setor exportador de carne bovina. As perspectivas para os próximos trimestres devem considerar a trajetória da renda agrícola, em cenário de aumento para a safra agrícola da região e de acomodação das cotações de importantes commodities agrícolas nos mercados internacionais.

Tabela 3.11 – IPCA – Centro-OesteVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

IV Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,00 2,14 1,86 1,39 0,82

Livres 77,01 2,28 2,11 1,38 0,80

Comercializáveis 34,68 1,78 1,24 1,51 1,28

Não comercializáveis 42,33 2,68 2,83 1,27 0,41

Monitorados 22,99 1,67 1,01 1,44 0,90

Principais itens

Alimentos e bebidas 22,82 2,23 2,76 1,66 -0,04

Habitação 15,12 1,01 1,86 1,76 2,75

Artigos de residência 4,69 0,64 2,42 1,05 1,79

Vestuário 6,24 2,14 0,30 1,71 0,30

Transportes 19,94 3,85 0,34 -0,03 -0,29

Saúde 10,59 0,86 1,93 2,79 1,40

Despesas pessoais 11,31 3,26 2,42 2,59 1,29

Educação 4,65 0,24 7,86 0,36 1,17

Comunicação 4,65 1,52 -1,34 0,11 0,63

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2014.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 41

4Região Sudeste

O ritmo da atividade econômica no Sudeste, refletindo menor dinamismo do comércio varejista, do setor de serviços e do mercado de trabalho, seguiu moderado no trimestre encerrado em agosto. Nesse cenário, o IBCR-SE cresceu 0,1% em relação ao trimestre finalizado em maio, quando permanecera estável, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o IBCR-SE recuou 0,1% em agosto (aumento de 0,3% em maio).

As vendas do comércio varejista diminuíram 1,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando haviam decrescido 0,3%, no mesmo tipo de análise, segundo dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Esse resultado refletiu, em especial, retrações nas vendas de móveis e eletrodomésticos (6,4%), livros, jornais, revistas e papelaria (5,0%), equipamentos e materiais para escritório, informática, e comunicação (2,3%), e combustíveis e lubrificantes (2,0%). As vendas do comércio ampliado, incorporados recuos nas vendas de veículos, motos, partes e peças (6,5%) e de material de construção (6,4%), diminuíram 2,5% no período analisado, repetindo o desempenho verificado no trimestre encerrado em maio.

Em doze meses até agosto, as vendas no varejo aumentaram 3,1% (4,3% em maio), e as do comércio ampliado, evidenciando retrações de 9,5% nas vendas de veículos e de 0,8% nas de material de construção, recuaram 1,0% (aumento de 0,8% em maio).

A receita nominal do setor de serviços da região cresceu 4,9% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2013 (serviços profissionais, administrativos e complementares, 7,4%; serviços prestados às famílias, 7,3%), de acordo com a PMS, do IBGE. Considerados períodos de doze meses, o setor expandiu 7,2% em agosto (7,9% em maio).

135

140

145

150

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-SE

Gráfico 4.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região Sudeste

Fonte: IBGE

Tabela 4.1 – Comércio varejista – Sudeste

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 3,7 -0,3 -1,2 3,1

Combustíveis e lubrificantes 6,7 -1,5 -2,0 1,9

Hiper e supermercados 2,2 -1,0 -0,8 2,9

Tecidos, vestuário e calçados 2,2 -2,7 0,9 -1,4

Móveis e eletrodomésticos 1,5 2,9 -6,4 -1,1

Comércio ampliado 2,6 -2,5 -2,5 -1,0

Automóveis e motocicletas 0,2 -5,9 -6,5 -9,5

Material de construção 4,1 -4,3 -6,4 -0,8

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

90

95

100

105

110

115

120

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Fonte: IBGE

Comércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 4.2 – Comércio varejista – SudesteDados dessazonalizados2011 = 100

42 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

As operações de crédito superiores a R$1 mil contratadas na região totalizaram R$1.525,9 bilhões em agosto, com aumentos de 2,4% no trimestre e 13,1% em doze meses. A carteira das pessoas físicas somou R$629,6 bilhões, elevando-se 3,1% e 12,7%, respectivamente, com destaque para a modalidade crédito imobiliário. O estoque das contratações no segmento de pessoas jurídicas totalizou R$896,3 bilhões, com aumentos de 2,0% no trimestre e 13,4% em doze meses, sobressaindo os empréstimos com recursos do BNDES.

A inadimplência das operações de crédito superiores a R$1 mil atingiu 2,9% em agosto, mantendo-se estável no trimestre e recuando 0,1 p.p. em doze meses. A inadimplência nas carteiras de crédito a pessoas físicas e a pessoas jurídicas permaneceu estável em 4,4% e 1,8%, respectivamente, em relação ao trimestre anterior.

Os desembolsos do BNDES para o Sudeste totalizaram R$18,9 bilhões no trimestre encerrado em junho e R$88,7 bilhões em doze meses, com variações respectivas de -21% e 2,7% em relação a iguais períodos de 2013. Assinale-se que 37,1% dos desembolsos realizados na região no primeiro semestre destinaram-se às micro, pequenas e médias empresas.

A economia do Sudeste gerou 48 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (137,4 mil em igual período de 2013), de acordo com o Caged/MTE, dos quais 58,8 mil no setor de serviços e 29,3 mil no comércio. Foram eliminados 43,6 mil postos de trabalho na indústria de transformação, no trimestre. O nível de emprego formal da região recuou 0,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentara 0,1%, nesse tipo de comparação, dados dessazonalizados.

A taxa média de desemprego do Sudeste, consideradas as Regiões Metropolitanas de São Paulo (RMSP), Rio de Janeiro (RMRJ) e Belo Horizonte (RMBH), atingiu 4,3% no trimestre encerrado em agosto. A redução de 1 p.p. em relação a igual período de 2013 refletiu retrações de 0,7% na população ocupada e de 1,7% na PEA. O rendimento real médio habitual e a massa salarial real cresceram 3,1% e 2,4%, respectivamente, no período. Considerados dados dessazonalizados, a taxa média de desemprego atingiu 4,3% no trimestre encerrado em agosto (4,0% no finalizado em maio).

O superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste totalizou

Tabela 4.2 – Receita nominal de serviços – Sudeste

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Variação % no período

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 8,2 6,1 4,9 7,2

Serviços prestados às famílias 10,7 9,7 7,3 10,5

Serviços de informação e comunicação 6,9 3,5 3,6 5,5

Serviços profissionais e administrativos 8,9 7,7 7,4 8,4

Transportes e correio 9,7 7,5 4,3 8,4

Outros serviços 3,7 4,0 3,7 4,3

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

0

5

10

15

20

25

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.3 – Evolução do saldo das operações de crédito1/ – Sudeste Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Discriminação

2011 2012 2013 20141/ R$ milhões Part.( %)

Sudeste -30,0 6,2 20,2 2,7 88 713 48

Brasil -18,0 12,3 22,1 -2,6 185 951 100

Fonte: BNDES

1/ Valores acumulados em doze meses até junho.

20141/Var. % acum. 12 meses

Tabela 4.3 – Desembolsos do BNDES – Sudeste

Tabela 4.4 – Evolução do emprego formal – Sudeste

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 137,4 91,4 -118,8 144,8 48,0

Indústria de transformação 0,3 -1,6 -37,7 1,8 -43,6

Comércio 37,0 102,2 -44,8 -5,4 29,3

Serviços 51,2 75,1 18,8 74,3 58,8

Construção civil 6,6 -17,2 -2,5 -5,3 -14,3

Agropecuária 40,8 -69,1 -52,8 71,2 15,0

Serviços ind. de utilidade pública -1,8 0,4 1,5 1,6 -0,1

Outros2/ 3,4 1,5 -1,3 6,6 2,9

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 43

R$12,5 bilhões no primeiro semestre de 2014 (R$12,9 bilhões no primeiro semestre de 2013). O superavit das capitais aumentou 32,1% e os dos governos estaduais e dos principais municípios recuaram 6,6% e 32,9%, respectivamente.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$26,3 bilhões (R$18,2 bilhões no primeiro semestre de 2013), com expansões respectivas de 44,9%, 41,5% e 37,4% nas esferas governamentais consideradas. O deficit nominal atingiu R$13,8 bilhões no primeiro semestre de 2014 (R$5,3 bilhões em igual período de 2013).

A dívida líquida dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste totalizou R$443,1 bilhões em junho (75,4% da dívida de todos os estados, capitais e principais municípios do país), elevando-se 2,8% em relação a dezembro de 2013.

O superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sudeste atingiu R$3,4 bilhões no período de doze meses finalizado em agosto de 2014. Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$41,3 bilhões e o deficit nominal, R$37,9 bilhões (R$24,6 bilhões em igual período de 2013). O endividamento líquido dos três segmentos totalizou R$447,6 bilhões em agosto (aumento de 3,9% em relação a dezembro de 2013), com participação de 75,3% no total da dívida dos estados, capitais e principais municípios do país.

A safra de grãos do Sudeste deverá atingir 17,3 milhões de toneladas em 2014 (8,9% da produção nacional), de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE. A projeção de recuo anual de 12,5% reflete, principalmente, reduções estimadas para as colheitas de arroz (38,7%), milho (16,9%) e soja (7,4%). Em relação às demais culturas, destaque para as variações projetadas para as produções de laranja (0,7%), cana-de-açúcar (0,2%) e café (-6,8%).

A produção de grãos no Sudeste deverá crescer de 2,3% a 7,0%, em 2015, de acordo com prognóstico divulgado pela Conab, em outubro. Destaque para as estimativas de expansão, de 20,2% a 26%, para a safra de soja, e de redução, de 9,6% a 7,2%, para a de feijão.

Os abates de bovinos, aves e suínos, realizados em estabelecimentos inspecionados pelo SIF, variaram, na ordem, 4,9%, -3,4% e -3,2% nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual período de 2013, de acordo com o Mapa. O crescimento dos abates de bovinos, sobretudo em

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

Jan 2005

Fev

3

4

5

6

7

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2011 2012 2013 2014

Gráfico 4.4 – Taxa de desemprego aberto – Sudeste%

Fonte: IBGE

Tabela 4.5 – Necessidades de financiamento – Sudeste1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Total -12 913 -12 480 18 246 26 310

Governos estaduais -6 242 -5 829 14 499 21 011

Capitais -3 347 -4 420 3 678 5 204

Demais municípios -3 324 -2 230 69 95

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 4.6 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sudeste1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros3/ 2014

Dez Primário Juros Total4/ Jun

Total 431 014 -12 480 26 310 13 830 -1699 443 145

Gov. estaduais 347 701 -5 829 21 011 15 182 -1473 361 411

Capitais 80 566 -4 420 5 204 784 -210 81 140

Demais municípios 2 747 -2 230 95 -2 136 -16 595

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 4.7 – Dívida líquida – Sudeste1/

Composição

R$ milhões

Região Sudeste 2012 2013 2014

Dez Dez Jun

Dívida bancária 16 223 28 686 35 968

Renegociação2/ 360 005 380 342 393 094

Dívida externa 20 730 29 436 28 515

Outras dívidas junto à União 16 635 15 863 15 003

Dívida reestruturada 845 896 820

Disponibilidades líquidas -15 710 -24 208 -30 255

Total (A) 398 728 431 014 443 145

Brasil3/ (B) 538 538 578 634 587 835

(A/B) (%) 74,0 74,5 75,4

1/ Inclui inform. dos estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP n° 2.185/2000.

3/ Refere-se à soma de todas as regiões.

44 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

Minas Gerais, foi estimulado pela demanda interna e pelas exportações, e o desempenho da avicultura e da suinocultura repercutiu, principalmente, a oferta reduzida de animais para abate, devido aos efeitos prolongados da estiagem desde o final de 2013.

A produção industrial da região cresceu 0,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentara 2,4%, no mesmo tipo de comparação, dados dessazonalizados da PIM-PF Regional, do IBGE. A produção da indústria extrativa aumentou 3,3% e a da transformação recuou 0,1%. Destacaram-se os recuos nos segmentos máquinas e equipamentos (5,8%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (4,9%), e as elevações nas produções de coque, produtos derivados do petróleo e biocombustíveis (4,6%) e de produtos alimentícios (3,8%).

Em doze meses até agosto, a produção industrial da região recuou 3,0% em relação a igual período de 2013 (-1,1% em maio), com destaque para a redução de 12,9% na produção de veículos automotores, reboques e carrocerias.

O Icei do Sudeste, calculado pela CNI, atingiu 42,8 pontos em setembro (43,5 pontos em junho e 52,2 pontos em setembro de 2013) e se manteve, pelo oitavo mês consecutivo, abaixo da linha de indiferença. A evolução trimestral refletiu recuos nos componentes que avaliam as condições atuais (1,7 ponto) e as expectativas (0,2 ponto).

O indicador de expectativas da Sondagem Industrial da CNI atingiu 46,0 pontos em agosto (46,9 pontos em maio e 51,4 pontos em agosto de 2013) e o indicador de estoques, 52,0 pontos (51,4 pontos em maio e 51,7 pontos em agosto de 2013). Dessa forma, o indicador apontou manutenção de estoques em patamar superior ao considerado adequado.

O deficit da balança comercial da região atingiu US$6,7 bilhões nos nove primeiros meses de 2014 (US$9,5 bilhões em igual período de 2013), com retrações de 0,7% nas exportações e de 3,5% nas importações, que atingiram US$88,1 bilhões e US$94,8 bilhões, respectivamente.

O comportamento das exportações refletiu variações de -3,0% nos preços e de 2,4% no quantum. As vendas de produtos semimanufaturados recuaram 7,2% (açúcar de cana em bruto, -20,3%; ouro para uso não monetário, -27,1%) e as de manufaturados, 5,5% (automóveis de passageiros, -30,2%; álcool etílico, -50,8%; açúcar refinado, -30,4%). Os embarques de produtos básicos aumentaram 8,0%, no

Tabela 4.9 – Produção agrícola – Sudeste

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Var. %

2013 2014 2014/2013

Grãos 19 765 17 290 -12,5

Arroz (em casca) 0,2 141 87 -38,7

Feijão 3,2 817 807 -1,2

Milho 7,3 12 283 10 210 -16,9

Soja 5,8 5 309 4 918 -7,4

Outras lavouras

Café 22,1 2 552 2 379 -6,8

Banana 2,6 2 327 2 282 -1,9

Cana-de-açúcar 39,7 484 864 485 940 0,2

Laranja 5,0 12 800 12 891 0,7

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Jan 2005

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

70

100

130

160

190

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 4.5 – Abates de animais – SudesteMédia móvel trimestral2005 = 100

Fonte: Mapa

Tabela 4.8 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sudeste1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2013 Agosto de 2014

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

ES 782 335 462 817 832 1 004

MG 81 269 -267 8 690 82 922 -2 910 6 295

RJ 81 965 -1 594 6 232 88 874 3 567 11 545

SP 266 997 -8 325 19 103 275 029 -4 885 22 407

Total (A) 431 014 -9 850 34 487 447 641 -3 397 41 251

Brasil4/ (B) 578 634 -17 711 41 224 594 567 -5 941 53 919

(A/B) (%) 74,5 55,6 83,7 75,3 57,2 76,5

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 45

período (óleos brutos de petróleo, 42,5%; café cru em grão, 30,4%). As exportações da região para os EUA, China, Argentina, Holanda e Chile representaram, em conjunto, 46,6% do total no período.

A trajetória das importações refletiu reduções de 0,1% nos preços e de 3,4% no quantum, com retrações nas compras em todas as categorias de uso. Desatacaram-se os recuos de 9,9% nas aquisições de bens de consumo duráveis (partes de aparelhos transmissores ou receptores, -12,8%; lâmpadas, tubos elétricos e faróis, -14,7%) e de 5,9% nas de bens de capital (máquinas e aparelhos de terraplanagem, perfuração, -24,2%; helicópteros, -48,1%). As importações provenientes dos EUA, China, Alemanha, Nigéria e Argentina representaram, em conjunto, 49,1% do total adquirido pelo Sudeste nos nove primeiros meses de 2014.

A inflação no Sudeste, considerada a média ponderada das variações do IPCA nas RMSP, RMRJ, RMBH e na Região Metropolitana de Vitória, atingiu 0,86% no terceiro trimestre do ano (1,24% no trimestre anterior), com desaceleração dos preços livres (de 1,29% para 0,87%) e dos monitorados (de 1,07% para 0,82%). Nesse segmento, destacaram-se as reduções na tarifa de telefonia fixa (4,60%), na taxa de água e esgoto (3,14%), e na gasolina (0,67%), e as elevações na energia elétrica residencial (7,66%) e nos planos de saúde (2,41%).

A evolução dos preços livres refletiu reduções, de 1,12% para 0,57%, na taxa de variação dos preços dos bens não comercializáveis (tubérculos, -27,82%; hortaliças e verduras, -12,26%); e de 1,56% para 1,24%, na dos preços dos bens comercializáveis (vestuário, de 1,65% para 0,12%; cuidados pessoais, de 2,02% para 0,94%; e panificados, 2,30% para 1,10%). O índice de difusão médio atingiu 53,9% no terceiro trimestre do ano (59,0% no anterior).

Em doze meses, a taxa de variação do IPCA no Sudeste passou de 6,51%, em junho, para 6,83%, em setembro (preços monitorados, de 2,90% para 4,34%; preços livres, de 7,70% para 7,64%).

A atividade econômica do Sudeste segue moderada na margem, refletindo, principalmente, o arrefecimento das vendas varejistas e do mercado de trabalho. O desempenho da economia da região poderá ser favorecido, nos próximos trimestres, pela recuperação do setor exportador. Nesse sentido milita a perspectiva de atividade global mais intensa, bem como a depreciação do Real.

Tabela 4.10 – Produção industrial – Sudeste

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 2,4 0,2 -3,0

Indústrias extrativas 13,6 1,5 3,3 0,6

Indústrias de transformação 86,4 2,8 -0,1 -3,4

Veículos, reb. e carrocerias 12,8 -2,7 -4,9 -12,9

Produtos alimentícios 12,7 4,2 3,8 0,9

Deriv. petróleo e biocomb. 12,0 1,1 4,6 -0,9

Metalurgia 7,1 -0,2 -4,7 -4,6

Outros produtos químicos 5,8 -1,0 1,2 -3,4

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Tabela 4.11 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 88 688 88 078 -0,7 -2,2

Básicos 33 139 35 790 8,0 1,7

Industrializados 55 549 52 288 -5,9 -5,8

Semimanufaturados 12 471 11 570 -7,2 -4,7

Manufaturados1/ 43 077 40 718 -5,5 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 4.12 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Sudeste Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 98 233 94 785 -3,5 -2,8

Bens de capital 23 365 21 985 -5,9 -6,2

Matérias-primas 42 936 42 413 -1,2 -1,7

Bens de consumo 15 979 15 137 -5,3 -3,2

Duráveis 7 608 6 851 -9,9 -5,2

Não duráveis 8 371 8 286 -1,0 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 15 954 15 249 -4,4 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

46 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

Tabela 4.13 – IPCA – SudesteVariação % no período

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

Ano II Tri III Tri 12 meses

IPCA 100,0 6,04 1,24 0,86 6,83

Livres 76,3 7,61 1,29 0,87 7,64

Comercializáveis 33,5 6,25 1,56 1,24 7,55

Não comercializáveis 42,8 8,75 1,12 0,57 7,68

Monitorados 23,7 1,36 1,07 0,82 4,34

Principais itens

Alimentação 23,3 8,88 1,50 0,75 9,05

Habitação 14,9 3,81 1,13 2,65 7,37

Artigos de residência 4,3 7,52 1,77 2,07 8,27

Vestuário 5,9 5,19 1,73 0,14 5,40

Transportes 19 2,85 -0,06 -0,11 3,95

Saúde 11,7 7,37 2,50 1,22 7,10

Despesas pessoais 11,5 8,92 2,17 0,99 9,19

Educação 4,9 7,93 0,14 0,53 8,43

Comunicação 4,5 1,38 0,16 -1,31 -0,99,

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2014.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 47

Minas Gerais

O PIB de Minas Gerais, influenciado principalmente pela retração na indústria, recuou 2,5% no segundo trimestre de 2014, em relação ao anterior, quando decrescera 0,1%, na mesma base de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da Fundação João Pinheiro (FJP). Considerados períodos de doze meses, o PIB do estado cresceu 0,5% em junho (1,1% em março).

Estatísticas mais recentes confirmam o menor dinamismo da atividade econômica no estado. Nesse sentido, o IBCR-MG – com destaque para o impacto negativo da indústria e do comércio – recuou 0,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando permanecera estável, na mesma base de comparação, dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o IBCR-MG cresceu 1,0% em agosto (0,4% em maio).

As vendas do comércio varejista retraíram 1,0% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentaram 0,1%, segundo dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Destacaram-se as reduções nos segmentos móveis e eletrodomésticos (3,6%), tecidos, vestuários e calçados (1,6%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,5%). As vendas do comércio ampliado, refletindo variações respectivas de 6,6% e -4,9% nas atividades veículos e material de construção, aumentaram 0,1% no trimestre (1,6% no trimestre terminado em maio).

Considerados intervalos de doze meses, as vendas do varejo cresceram 2,4% em agosto, mesma expansão observada em maio (outros artigos de uso pessoal e doméstico, 9,9%; artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, 5,0%; combustíveis e lubrificantes, 4,1%). As vendas do comércio ampliado, incluídas as variações de -9,1% nas de veículos e de 1,9% nas de material de construção, recaram 1,5% no período (-2,0% em maio).

A receita nominal dos serviços em Minas Gerais aumentou 0,8% no trimestre finalizado em agosto, em relação a igual período de 2013, segundo a PMS do IBGE (serviços prestados às famílias, 7,1%; serviços de informação e comunicação, -5,7%). A receita de serviços cresceu 3,7% no intervalo de doze meses até agosto.

As operações de crédito superiores a R$1 mil realizadas em Minas Gerais atingiram R$254,4 bilhões em agosto, com aumentos de 1,8% no trimestre e 11,5% em

Tabela 4.15 – Receita nominal de serviços – Minas Gerais

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/12 meses

Total 5,9 2,0 0,8 3,7

Serviços prestados às famílias 6,5 7,9 7,1 7,9

Serviços de informação e comunicação 3,3 -2,8 -5,7 -1,2

Serviços profissionais e administrativos 7,5 2,7 3,6 3,9

Transportes e correio 7,1 4,9 3,2 7,0

Outros serviços 5,1 -1,3 0,6 4,8

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

Tabela 4.14 – Índice de vendas no varejo – Minas Gerais

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2013 2014

Ano Mai1/

Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 0,9 0,1 -1,0 2,4

Combustíveis e lubrificantes 4,4 -0,2 -0,8 4,1

Hiper e supermercados -2,6 -0,8 -0,5 2,0

Tecidos, vestuário e calçados 0,5 -1,7 -1,6 -0,4

Móveis e eletrodomésticos 6,0 1,6 -3,6 0,9

Comércio ampliado -0,4 1,6 0,1 -1,5

Veículos e motos, partes e peças -3,4 3,8 6,6 -9,1

Material de construção 2,5 1,6 -4,9 1,9

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

136

140

144

148

152

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-MG

Gráfico 4.6 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Minas GeraisDados desazonalizados2002 = 100

48 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

doze meses. A carteira das pessoas físicas somou R$130 bilhões, elevando-se 3,2% no trimestre, com destaque para as modalidades financiamentos imobiliários, crédito rural e crédito consignado, e 14,3% em doze meses. O crédito às empresas totalizou R$124,4 bilhões, com acréscimos de 0,4% no trimestre, impulsionado principalmente pelos financiamentos à indústria de transformação (setor automobilístico, refino de petróleo e álcool, e indústria de alimentos e bebidas), ao setor elétrico, e à administração pública, e de 8,7% em doze meses.

A taxa de inadimplência atingiu 3,24% em agosto, com elevações de 0,10 p.p. no trimestre e 0,12 p.p. em doze meses. A evolução trimestral refletiu variações de 0,18 p.p. no segmento de pessoas jurídicas e de -0,02 p.p. no de pessoas físicas, que registraram taxas de 2,64% e 3,85%, respectivamente.

O Índice de Confiança do Consumidor de Belo Horizonte (ICCBH), divulgado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), atingiu 46 pontos em setembro (44,2 pontos em junho), ainda na zona de pessimismo. Os componentes Avaliação Econômica e Expectativa Financeira variaram 3,4 pontos e -0,1 ponto, respectivamente, no trimestre.

O mercado de trabalho de Minas Gerais gerou 913 empregos formais no trimestre finalizado em agosto (38 mil no mesmo período em 2013). Destacaram-se as contratações líquidas no setor de serviços (8,2 mil) e no comércio (3,1 mil) e os cortes na indústria de transformação (5,4 mil) e na agropecuária (3,7 mil). O nível do emprego formal recuou 0,5% no trimestre encerrado em agosto (estável no terminado em maio), de acordo com dados dessazonalizados.

As horas trabalhadas na indústria mineira retraíram 1,7% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando haviam recuado 2,6%, segundo dados dessazonalizados da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg). A massa salarial real e o emprego decresceram 0,3% e 0,6%, na ordem, no mesmo período.

A taxa média de desemprego na RMBH atingiu 4,1% no trimestre finalizado em agosto (4,2% em igual período de 2013), segundo a PME do IBGE, com recuos de 1,2% no número de ocupados e de 1,4% na PEA. A massa de rendimentos real média diminuiu 1,4%, no mesmo tipo de comparação, reflexo de reduções de 0,8% no rendimento

0

5

10

15

20

25

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.7 – Evolução do saldo das operações de crédito – Minas Gerais1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Jan 2006

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

30

35

40

45

50

55

60

Jun2012

Set Dez Mar Jun2013

Set Dez Mar Jun2014

Set

ICC geral Expectativa econômicaExpectativa financeira

Gráfico 4.8 – Índice de Confiança do Consumidor de Belo HorizontePontos

Fonte: Ipead/UFMG

3,0

3,5

4,0

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2011 2012 2013 2014

Gráfico 4.9 – Taxa de desemprego aberto – RMBH%

Fonte: IBGE

Tabela 4.16 – Evolução do emprego formal – Minas Gerais

Novos postos de trabalhoAcumulado no trimestre (em mil)

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 38,0 -11,3 -20,8 41,8 0,9

Indústria de transformação 1,9 1,7 -4,5 3,9 -5,4

Comércio 5,8 25,0 -4,5 0,9 3,1

Serviços 11,5 10,7 2,6 6,9 8,2

Construção civil 1,2 -6,1 -7,3 -2,3 -2,1

Agropecuária 17,0 -43,6 -7,5 31,0 -3,7

Indústria extrativa mineral 0,3 0,4 -0,0 0,4 0,2

Outros1/ 0,3 0,8 0,3 1,0 0,5

Fonte: MTE

1/ Inclui serviços industriais de utilidade pública, administração pública e outros.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 49

médio real e de 0,6% na população ocupada remunerada. Considerados dados dessazonalizados, a taxa de desemprego média aumentou 0,4 p.p. no trimestre.

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de Minas Gerais atingiu R$3,1 bilhões no primeiro semestre de 2014 (aumento de 212% em relação a igual período de 2013). O superavit do governo estadual aumentou de R$399 milhões para R$2,7 bilhões, contrastando com os recuos nos resultados da capital (de R$110 milhões para R$3 milhões) e o dos demais municípios (R$482 milhões para R434 milhões).

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$5,3 bilhões no semestre (acréscimo de 43,1% no período). Esse aumento refletiu, em parte, o aumento de 12,5% da dívida em 2103. O deficit nominal totalizou R$2,2 bilhões no semestre (R$2,7 bilhões no mesmo período de 2013).

A dívida líquida do estado, da capital e dos principais municípios mineiros atingiu R$82,9 bilhões em junho, elevando-se 2,0% em relação a dezembro de 2013. Ocorreram aumentos de 2,5% na dívida do governo estadual, de 1,4% na do governo da capital e de R$426 milhões para 826 milhões no saldo credor líquido dos governos dos principais municípios.

A safra de grãos do estado deverá atingir 11,7 milhões de toneladas em 2014, de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE. A retração anual de 3,2% reflete estimativas de recuos nas produções de milho (6,5%), principal cultura do estado, e de soja (1,4%), ambas impactadas por condições climáticas adversas. A produção de feijão deverá expandir 4,7%. No âmbito das demais culturas, destacam-se as estimativas de recuo de 14,7% para a safra de café e aumento de 1,1% para a de cana-de-açúcar.

A produção de grãos do estado deverá crescer entre 0,4% e 3,3% em 2015, de acordo com prognóstico da Conab de outubro. Essa projeção considera redução, de 2,5% a 6,0%, na produção de milho primeira safra, com parcela dos produtores direcionando, assim como em 2014, parte da área de plantio para a soja, cuja produção deverá aumentar entre 11,3% e 14,6%.

Os abates de bovinos em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF (75% do total) cresceram 8,1% nos oito primeiros meses do ano, em relação a igual intervalo de 2013, ressaltando-se que a cotação média da arroba do

Tabela 4.17 – Necessidades de financiamento –

Minas Gerais1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Estado de Minas Gerais -991 -3 091 3 724 5 329

Governo estadual -399 -2 654 3 643 5 217

Capital -110 -3 45 74

Demais municípios -482 -434 35 38

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 4.18 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Minas Gerais1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros3/ 2014

Dez Primário Juros Total4/ Jun

Estado de Minas Gerais 81 269 -3 091 5 329 2 239 -627 82 882

Governo estadual 79 824 -2 654 5 217 2 563 -577 81 810

Capital 1 871 -3 74 72 -46 1 897

Demais municípios -426 -434 38 -396 -4 -826

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Jan 2005

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

110

130

150

170

190

210

230

250

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 4.10 – Abates de animais – Minas GeraisMédia móvel trimestral2005 = 100

Fonte: Mapa

Tabela 4.19 – Produção agrícola – Minas Gerais

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2013 2014 2014/2013

Grãos 29,7 12 054 11 668 -3,2

Feijão 6,4 564 591 4,7

Milho 11,9 7 437 6 954 -6,5

Soja 9,9 3 376 3 328 -1,4

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 15,5 71 259 72 073 1,1

Café 39,1 1 602 1 367 -14,7

Fonte: IBGE1/ Por valor da produção – PAM 2012.2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

50 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

boi gordo aumentou 21,6% no período. Os abates de aves e suínos retraíram 7,0% e 6,8%, na ordem. As exportações de carnes de bovinos e de suínos aumentaram 5,4% e 13,4%, respectivamente, no período, destacando-se a expansão nas vendas do primeiro item para Hong Kong e Egito, e de carnes de suínos para a Rússia. Os embarques de carnes de aves, refletindo reduções nas exportações para Arábia Saudita, Egito e Iraque, decresceram 11,7%.

A produção industrial de Minas Gerais contraiu 1,7% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando havia expandido 0,4%, nesse tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. A indústria extrativa decresceu 0,4% e a de transformação, 2,0% (veículos automotores, -15,5%; metalurgia, -6,7%; coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, 5,6%; outros produtos químicos, 3,3%).

Considerados períodos de doze meses, a produção industrial mineira recuou 2,1% em agosto, em relação a igual período de 2013 (-0,7% em maio). A indústria extrativa cresceu 1,2%, estimulada pela maior extração de minério de ferro em bruto ou beneficiados, e a de transformação recuou 3,2%, com destaque para a retração de 20,7% na indústria automobilística e para as expansões de 5,1% nas indústrias alimentícia e de coque, derivados de petróleo e biocombustíveis.

Indicadores da Fiemg também sugerem moderação na atividade industrial. Nesse sentido, considerando dados dessazonalizados, o faturamento real retraiu 5,7% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, e o Nuci variou 0,1 p.p. no período, atingindo 85,0%.

O Icei/MG, divulgado pela Fiemg, atingiu 42 pontos em setembro (41,9 pontos em junho e 51,6 pontos em setembro de 2013), mantendo-se pelo sexto mês consecutivo na zona de pessimismo. A evolução trimestral refletiu variações de 0,7 ponto no Índice de Expectativas para os próximos seis meses e de -1,8 ponto no Índice de Condições Atuais.

O superavit da balança comercial do estado atingiu US$14,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano, de acordo com o MDIC. A retração de 5,4% em relação a igual período de 2013 repercutiu recuos de 8,0% nas exportações e de 12,4% nas importações, que somaram US$22,6 bilhões e US$8,1 bilhões, respectivamente.

Tabela 4.20 – Produção industrial – Minas Gerais

Geral e setores selecionados

Variação % trimestral

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 0,4 -1,7 -2,1

Indústrias extrativas 24,6 1,1 -0,4 1,2

Indústrias de transformação 75,4 -0,6 -2,0 -3,2

Metalurgia 16,5 2,6 -6,7 -1,0

Veículos, reb. e carrocerias 13,9 -9,7 -15,5 -20,7

Deriv. petróleo e biocomb. 6,7 -1,7 5,6 5,1

Prod. miner. não-metálicos 4,5 -1,3 -3,0 0,8

Outros produtos químicos 3,3 2,1 3,3 -0,3

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

90

95

100

105

110

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil Minas Gerais

Gráfico 4.11 – Produção industrial – Minas GeraisDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 4.22 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Minas Gerais Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 9 222 8 076 -12,4 -2,8

Bens de capital 2 663 2 419 -9,2 -6,2

Matérias-primas 4 097 3 677 -10,2 -1,7

Bens de consumo 1 820 1 484 -18,5 -3,2

Duráveis 1 424 1 021 -28,3 -5,2

Não duráveis 395 463 17,1 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 641 496 -22,7 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 4.21 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação Minas Gerais Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 24 577 22 609 -8,0 -2,2

Básicos 15 832 14 547 -8,1 1,7

Industrializados 8 744 8 062 -7,8 -5,8

Semimanufaturados 4 503 4 070 -9,6 -4,7

Manufaturados1/ 4 241 3 991 -5,9 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 51

O desempenho das exportações, reflexo de variações de -9,7% nos preços e de 1,9% no quantum, decorreu de reduções nas vendas em todas as categorias de fator agregado: produtos básicos, -7,6% (minério de ferro, -15,0%, soja mesmo triturada, -12,7%, café cru em grão, 26,7%); produtos semimanufaturados, -9,6% (ouro não-monetário, -33,8%, produtos semimanufaturados de ferro ou aço, -27,1%); e produtos manufaturados, -5,9% (automóveis, -40,5%, motores de automóveis, -47,2%, partes e peças de automóveis, -20,5%). As vendas para China, EUA, Japão, Holanda, e Argentina representaram, em conjunto, 57% das exportações do estado no período. Destacaram-se as reduções nos embarques de minérios de ferro para China, Japão, e Holanda, e de automóveis e partes e peças para Argentina; e o aumento das exportações de café e produtos de ferro e aço para os EUA.

A redução das importações, decorrente de recuos de 10,9% no quantum e de 1,7% nos preços, refletiu, em especial, as reduções nas compras de bens de consumo duráveis, -28,3% (automóveis, -38,9%); combustíveis e lubrificantes, -12,4% (hulha betuminosa, -22,5%); matérias-primas, -10,2% (acessórios de equipamentos de transporte, -26,5%); e de bens de capital, -9,2% (maquinaria industrial, -14,1%). As aquisições de bens de consumo não-duráveis aumentaram 17,1% nos nove primeiros meses de 2014 (produtos alimentícios, 37,3%). As importações provenientes da China, EUA, Argentina, e Itália representaram, em conjunto, 56% das compras do estado no período. Destacaram-se os recuos nas compras de automóveis da Argentina e de maquinaria industrial dos EUA e China.

O IPCA da RMBH variou 0,47% no terceiro trimestre (1,85% no anterior), com desacelerações dos preços livres (de 1,27% para 0,57%) e dos monitorados (de 3,89% para 0,10%). Destacaram-se as variações de preços nos grupos artigos de residência (2,06%), saúde e cuidados pessoais (1,26%) e transportes (-0,50%).

A evolução dos preços livres refletiu o aumento, de 1,17% para 1,42%, na variação dos preços dos itens comercializáveis (leite longa vida, 8,52%; utensílios e enfeites 6,88%; carnes, 3,84%) e o recuo, de 1,35% para -0,17%, na dos preços dos itens não comercializáveis (tubérculos, raízes e legumes, -24,61%; hotel, -22,49%; e automóvel usado, -3,97%). A redução na variação dos preços dos itens monitorados refletiu, em especial, a queda de 1,19% na tarifa de energia elétrica, após elevação de 15,67% no trimestre anterior, assim como a redução de 1,10% no preço da gasolina, e o fim dos efeitos dos aumentos de ônibus

Tabela 4.23 – IPCA – Belo HorizonteVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

IV Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,0 1,76 2,18 1,85 0,47

Livres 77,3 1,93 2,62 1,27 0,57

Comercializáveis 36,3 2,05 2,08 1,17 1,42

Não comercializáveis 41,1 1,83 3,09 1,35 -0,17

Monitorados 22,7 1,19 0,68 3,89 0,10

Principais itens

Alimentos e bebidas 22,0 2,58 3,58 0,98 0,56

Habitação 15,5 1,51 1,34 4,42 0,93

Artigos de residência 5,3 2,74 2,26 0,92 2,06

Vestuário 6,9 2,60 1,09 2,31 0,10

Transportes 18,2 1,06 0,69 0,85 -0,50

Saúde 11,0 1,33 1,91 1,62 1,26

Despesas pessoais 12,1 2,03 2,81 3,33 0,06

Educação 4,7 0,14 8,06 0,17 0,33

Comunicação 4,4 1,33 -0,81 0,23 0,36

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2014

52 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

urbano, 7,55%, e taxa de água e esgoto, 6,17%, apurados no trimestre anterior. Nesse trimestre, se destacaram, ainda, os aumentos nos itens plano e saúde, 2,41%; emplacamento e licença, 0,93%; e produtos farmacêuticos, 0,73%. O índice de difusão atingiu 56,4% no trimestre encerrado em setembro (61,5% no finalizado em junho).

Considerados períodos de doze meses, o IPCA da RMBH variou 6,40% em setembro (6,27% em junho), reflexo de desaceleração, de 6,64% para 6,53% dos preços livres, e de aceleração, de 5,06% para 5,96%, dos monitorados. Destacaram-se os aumentos nos grupos educação, 8,76%; despesas pessoais, 8,46%; habitação, 8,41% e artigos de residência, 8,22%.

A reversão no crescimento da atividade econômica do estado reflete, em parte, o impacto do menor dinamismo da demanda interna sobre a produção da indústria, em especial nos segmentos automobilístico e metalúrgico. No mesmo sentido, a redução na demanda externa por minério de ferro contribuiu para a interrupção da tendência de recuperação da indústria extrativa no estado.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 53

Rio de Janeiro

A economia do estado, em ambiente de recuperação da produção da indústria, em especial nos segmentos relacionados ao petróleo e seus derivados, apresentou recuperação moderada no trimestre encerrado em agosto. Nesse período, o IBCR-RJ cresceu 0,5% em relação ao trimestre encerrado em maio, quando se mantivera estável, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicador cresceu 0,5% em agosto (0,7% em maio).

As vendas do comércio varejista cresceram 1,0% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentaram 0,9%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Destacaram-se os aumentos nos segmentos outros artigos de uso pessoal e doméstico (4,2%) e hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (2,0%). Incluídos os recuos nas vendas de veículos, motos, partes e peças (11,4%) e de material de construção (4,4%), segmentos com maior dependência do mercado de crédito, o comércio ampliado contraiu 1,3% no trimestre.

Considerados períodos de doze meses, as vendas do comércio varejista e do comércio ampliado do estado cresceram, respectivamente, 3,8% e 3,0% em agosto (4,5% em maio).

Os emplacamentos de automóveis e comerciais leves totalizaram 62,4 mil unidades no trimestre terminado em setembro, recuando 3,5% em relação ao trimestre anterior, de acordo com dados dessazonalizados da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave). Em doze meses, os emplacamentos diminuíram 4,7% em setembro e 8,6% em junho.

A receita nominal do setor de serviços do Rio de Janeiro aumentou 8,9% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2013, de acordo com a PMS do IBGE (serviços de informação e comunicação, 9,5%; transportes e correio, 9,0%). Considerados intervalos de doze meses, a receita do setor aumentou 8,8% em agosto (8,2% em maio).

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil contratadas no estado totalizou R$364,1 bilhões em agosto, aumentando 4,1% no trimestre e 16,2% em doze meses. A carteira de pessoas físicas somou R$110,9 bilhões, elevando-se 2,8% e 11,5%, respectivamente, nas mesmas

Tabela 4.24 – Índice de vendas no varejo – Rio de Janeiro

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 5,0 0,9 1,0 3,8

Combustíveis e lubrificantes 5,9 0,5 -2,3 4,0

Hiper e supermercados 2,7 0,4 2,0 4,2

Tecidos, vestuário e calçados 0,3 -0,9 1,9 0,0

Móveis e eletrodomésticos -0,8 5,0 -4,9 -2,1

Comércio ampliado 6,1 1,8 -1,3 3,0

Veículos e motos, partes e peças 7,9 5,3 -11,4 2,0

Material de construção 7,7 -0,7 -4,4 0,7

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

125

130

135

140

145

150

Ago2011

Dez Abr 2012

Ago Dez Abr 2013

Ago Dez Abr2014

Ago

IBC-BR IBCR-RJ

Gráfico 4.12 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Rio de JaneiroDados dessazonalizados2002 = 100

Tabela 4.25 – Receita nominal de serviços –

Rio de Janeiro

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 6,6 9,0 8,9 8,8

Serviços prestados às famílias 8,3 9,9 9,4 9,7

Serviços de informação e comunicação 8,0 7,7 9,5 9,2

Serviços profissionais e administrativos 6,9 7,1 10,7 7,5

Transportes e correio 7,8 10,3 9,0 10,8

Outros serviços -4,9 13,6 1,0 2,6

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

54 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

bases de comparação. Os empréstimos contratados no segmento de pessoas jurídicas somaram R$253,2 bilhões, com acréscimos de 4,6% no trimestre e 18,4% em doze meses, e foram destinados, em especial, às atividades geração, transmissão e distribuição de eletricidade e gás e administração pública.

A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 2,40% em agosto, com estabilidade em relação ao trimestre anterior e aumento de 0,07 p.p. em doze meses. A evolução trimestral resultou de manutenção da inadimplência tanto no segmento de pessoas físicas quanto no de pessoas jurídicas, cujas taxas atingiram, na ordem, 5,72% e 1,11%.

O mercado de trabalho na economia fluminense criou, de acordo com o Caged/MTE, 9,3 mil postos formais no trimestre encerrado em agosto (17,2 mil em igual período de 2013), dos quais 9,5 mil no setor de serviços e 4,3 mil no comércio. O emprego formal cresceu 0,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando havia aumentado 0,4%, na mesma base de comparação, dados dessazonalizados.

O pessoal ocupado, o número de horas pagas e a folha real de pagamentos da indústria do estado recuaram 1,3%, 2,4% e 3,5%, respectivamente, no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, de acordo com dados dessazonalizados da Pimes, do IBGE. Considerado o período de doze meses até agosto, ocorreram recuos de 0,2% na folha real de pagamentos, de 1,8% no pessoal ocupado (indústria de transformação, -2,0%) e de 0,5% no número de horas pagas.

De acordo com a PME do IBGE, a taxa média de desemprego da RMRJ atingiu 3,3% no trimestre encerrado em agosto, ante 4,8% em igual período de 2013, reflexo de recuos de 0,4% da população ocupada e de 2,1% da PEA. O rendimento médio real habitualmente recebido pelas pessoas ocupadas e a massa salarial real elevaram-se 8,0% e 7,5%, respectivamente, no período. Considerados dados dessazonalizados, a taxa média de desemprego diminuiu 0,1 p.p. no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio.

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios do Rio de Janeiro atingiu R$2,7 bilhões no primeiro semestre de 2014 (R$2,3 bilhões em igual período de 2013). Ocorreram, no período, aumento de 123,3% no superavit do governo estadual e recuos respectivos de 0,8% e 44,5% nos resultados da capital e dos demais municípios.

0

10

20

30

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.13 – Evolução do saldo das operações de crédito – Rio de Janeiro1/

Variação em 12 meses (%)

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 4.26 – Evolução do emprego formal –

Rio de Janeiro

Novos postos

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 17,2 39,3 -7,5 15,5 9,3

Indústria de transformação 2,2 1,9 -1,1 2,2 -2,8

Comércio 2,9 25,2 -14,9 -2,8 4,3

Serviços 8,1 17,3 5,1 13,8 9,5

Construção civil 3,8 -2,6 4,6 0,6 -3,3

Agropecuária 1,8 -1,5 -1,6 1,6 1,5

Serviços ind. utilidade pública -2,0 -0,5 0,3 0,2 0,2

Outros2/ 0,4 -0,4 0,0 -0,0 -0,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outras.

2

3

4

5

6

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2011 2012 2013 2014

Gráfico 4.14 – Taxa de desemprego aberto –Rio de Janeiro%

Fonte: IBGE

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 55

Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$4,5 bilhões (aumento de 42,9% no período) e o deficit nominal somou R$1,8 bilhão (R$0,8 bilhão no primeiro semestre de 2013).

A dívida líquida dos entes governamentais considerados atingiu R$83,2 bilhões em junho de 2014, elevando-se 1,5% em relação a dezembro de 2013. A dívida do governo estadual cresceu 3,1% no período.

A arrecadação de ICMS no Rio de Janeiro somou R$21,1 bilhões nos oito primeiros meses de 2014, de acordo com o Ministério da Fazenda/Comissão Técnica Permanente do ICMS (MF/Cotepe), com redução real de 1,5% em relação a igual período de 2013, considerado o IGP-DI como deflator. As transferências constitucionais da União (exceto Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da Educação – Fundeb) atingiram R$3 bilhões nos oito primeiros meses do ano, variação real de 4,2% no período, segundo a STN.

A safra de cana-de-açúcar, cultura relevante do estado, deverá crescer 3,1% em 2014, de acordo com o LSPA de setembro do IBGE, reflexo de recuo de 9,2% na área colhida e crescimento de 13,6% na produtividade. Dentre as demais culturas, estão projetados aumentos para as produções de tomate (13,9%) e café (4,0%) e reduções para as de mandioca (1,9%), abacaxi (8,4%) e banana (12,6%). A redução anual de 20,4% estimada para a safra de grãos do estado reflete recuos de 19,0% na área colhida e de 1,7% na produtividade.

A produção industrial fluminense cresceu 3,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuara 3,7%, no mesmo tipo de comparação, dados dessazonalizados da PIM-PF do IBGE. A produção da indústria extrativa, favorecida pela operação de novas unidades de extração de petróleo, cresceu 3,6%, e a da indústria de transformação aumentou 3,7% (coque, derivados de petróleo e biocombustíveis, 17,5%; produtos farmoquímicos e farmacêuticos, 10,9%). Entre as atividades com desempenho negativo, destaque para a retração de 21,1% na produção da indústria automobilística, que, refletindo a menor demanda, adotou programas de férias coletivas e suspensão temporária de contratos de trabalho.

Considerados períodos de doze meses, a produção industrial do estado contraiu 2,4% em agosto (-2,2% em maio), com retrações de 3,0% na indústria de transformação e de 0,7% na extrativa.

Tabela 4.27 – Necessidades de financiamento –

Rio de Janeiro1/

R$ milhões

UF Resultado primário Juros nominais

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Estado do Rio de Janeiro -2 345 -2 721 3 190 4 557

Governo estadual -601 -1 342 2 895 4 131

Capital -942 -934 327 465

Demais municípios -802 -445 -32 -39

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Tabela 4.29 – Produção agrícola – Rio de Janeiro

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção Variação %

2013 20142/ 2014/2013

Grãos

Milho 0,7 13,3 10,2 -23,6

Feijão 0,6 3,0 2,5 -16,5

Outras lavouras

Tomate 24,2 182,1 207,4 13,9

Cana-de-açúcar 22,7 4 955,7 5 110,2 3,1

Abacaxi (mil frutos) 12,0 120,7 110,5 -8,4

Mandioca 10,9 195,3 191,6 -1,9

Banana 7,3 150,6 131,6 -12,6

Café 6,4 16,9 17,5 4,0

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Tabela 4.28 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Rio de Janeiro1/

R$ milhões

UF Dívida Fluxos acumulados no ano Dívida2/

2013 Nominal Outros3/ 2014

Dez Primário Juros Total4/ Jun

Estado do Rio de Janeiro 81 965 -2 721 4 557 1 836 -620 83 180

Governo estadual 75 359 -1 342 4 131 2 789 -440 77 708

Capital 7 842 -934 465 -469 -178 7 196

Demais municípios -1 237 -445 -39 -484 -2 -1 723

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

56 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

O Icei, divulgado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), atingiu 45,7 pontos em outubro (47,4 pontos em julho e 52,2 pontos em igual período de 2013), menor patamar desde o quarto trimestre de 2008. A trajetória trimestral refletiu recuos nos componentes que avaliam as condições atuais (1,4 pontos) e as expectativas (1,7 ponto).

Os desembolsos do BNDES no estado, direcionados principalmente para os setores de serviços de eletricidade e gás, petróleo e telefonia fixa, totalizaram R$12,7 bilhões no primeiro semestre do ano (R$8,7 bilhões em igual período de 2013).

A balança comercial do estado acumulou superavit de US$1,4 bilhão nos nove primeiros meses do ano (deficit de US$1,9 bilhão em igual intervalo de 2013), de acordo com o MDIC. As exportações somaram US$17,7 bilhões e as importações, US$16,3 bilhões, variando 21,6% e -0,7%, no período. As vendas e as compras externas de óleos brutos de petróleo (55,4% e 17,1% dos respectivos totais) cresceram, na ordem, 25,2% e 10,6% no período.

O aumento das exportações, refletindo variações de -1,6% nos preços e de 23,6% no quantum, decorreu de elevações nas vendas em todas as categorias de fator agregado. Destacaram-se os crescimentos nos embarques de produtos básicos, 26,3% (óleos brutos de petróleo, 25,2%, e minérios de níquel e seus concentrados, sem correspondência em 2013) e de produtos manufaturados, 14,1% (barcos-faróis, guindastes, docas, diques flutuantes e plataformas de perfuração/ exploração flutuantes, 147,1%; outros tubos flexíveis de ferro ou aço, 86,8%). As exportações para os EUA, China, Chile e Índia representaram, em conjunto, 49,7% das vendas externas do estado nos nove primeiros meses do ano.

A retração das importações decorreu de recuo de 0,8% nos preços e aumento de 0,1% no quantum. Destacaram-se os declínios nas aquisições de bens de consumo, 13,8% (automóveis com motor explosão, -29,6%; dentifrícios, -54,6%) e de bens de capital, 4,6% (helicópteros, -95,1%). As importações provenientes dos EUA, Arábia Saudita, China e Alemanha representaram, em conjunto, 47,3% das compras do estado no período.

A inflação na RMRJ, medida pelo IPCA, atingiu 0,70% no terceiro trimestre de 2014 (1,38% no anterior), com desacelerações nos preços dos itens monitorados, de 1,25% para 0,63%, e dos livres, de 1,42% para 0,73%. A

Tabela 4.30 – Produção industrial – Rio de Janeiro

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ Ac. 12 meses

Indústria geral 100,0 -3,7 3,3 -2,4

Indústrias extrativas 28,1 1,1 3,6 -0,7

Indústrias de transformação 71,9 -4,7 3,7 -3,0

Deriv. petróleo e biocomb. 25,9 -6,8 17,5 -1,7

Metalurgia 10,4 1,9 -5,8 -5,7

Veículos, reb. e carrocerias 5,8 -16,9 -21,1 -13,3

Bebidas 3,9 -1,4 -9,1 -2,7,

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

90

95

100

105

110

115

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Indústria geral Indústria extrativa

Indústria de transformação

Gráfico 4.15 – Produção industrial – Rio de JaneiroDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2002 = 100

Fonte: IBGE

30

35

40

45

50

55

60

65

70

Jul2011

Out Jan2012

Abr Jul Out Jan2013

Abr Jul Out Jan2014

Abr Jul Out

Geral Expectativas Condições atuais

Fonte: Firjan

Gráfico 4.16 – Índice de Confiança do Empresário Industrial – Rio de JaneiroPontos

Tabela 4.31 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Rio de Janeiro Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 14 582 17 730 21,6 -2,2

Básicos 7 886 9 963 26,3 1,7

Industrializados 6 696 7 767 16,0 -5,8

Semimanufaturados 1 295 1 605 24,0 -4,7

Manufaturados1/ 5 401 6 162 14,1 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 57

evolução dos preços monitorados refletiu, em especial, o esgotamento do impacto dos reajustes nos itens jogos de azar, medicamentos e tarifas de metrô e trem e a redução das despesas com energia elétrica associada à revisão nos tributos.

A trajetória dos preços l ivres repercutiu desacelerações nos preços dos bens comercializáveis, de 2,43% para 1,16%, e dos não comercializáveis, de 0,81% para 0,46% (produtos in natura, -13,42%; passagens aéreas, -24,24%; hotéis, -15,51%). Ressalte-se que 68% dos itens comercializáveis registraram menor variação de preços, no trimestre. Os itens que mais pressionaram a inflação, no período, foram leite e derivados (3,82%), carnes (2,77%) e mobiliário (4,34%), entre os comercializáveis; e alimentação fora do domicílio (2,54%), empregado doméstico (4,66%) e condomínio (4,15%), entre os não comercializáveis. O índice de difusão médio trimestral atingiu 53,0% (60,0% no trimestre anterior).

Considerados intervalos de doze meses, o IPCA-RMRJ variou 7,63% em setembro (7,33% em junho), com aceleração dos preços monitorados, de 4,25% para 5,61%, e desaceleração dos livres, de 8,51% para 8,39%. A inflação na RMRJ permanece a mais elevada entre as regiões pesquisadas, destacando-se o impacto dos aumentos de preços nos grupos despesas pessoais (10,14%), alimentação e bebidas (9,86%) e transportes (5,67%).

A evolução recente da atividade econômica no Rio de Janeiro vem sendo sustentada pela indústria, em especial pelas atividades relacionadas ao petróleo, com repercussões favoráveis sobre a balança comercial do estado. O mercado de trabalho registrou arrefecimento das contratações na margem, mas foram preservados ganhos reais de renda e níveis reduzidos da taxa de desemprego. As perspectivas para os próximos trimestres estão condicionadas, em parte, pela trajetória do grau de confiança dos agentes e pelos impactos dos investimentos previstos e em curso.

Tabela 4.32 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Rio de Janeiro Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 16 484 16 363 -0,7 -2,8

Bens de capital 3 107 2 965 -4,6 -6,2

Matérias-primas 5 311 5 704 7,4 -1,7

Bens de consumo 2 587 2 231 -13,8 -3,2

Duráveis 1 312 1 150 -12,4 -5,2

Não duráveis 1 275 1 081 -15,2 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 5 479 5 463 -0,3 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 4.33 – IPCA – Rio de JaneiroVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

IV Trim I Trim II Trim III Trim

IPCA 100,0 2,47 2,88 1,38 0,70

Livres 73,2 2,82 3,19 1,42 0,73

Comercializáveis 28,0 2,43 1,23 2,43 1,16

Não comercializáveis 45,2 3,06 4,42 0,81 0,46

Monitorados 26,8 1,59 2,03 1,25 0,63

Principais itens

Alimentação 23,8 2,70 3,94 2,33 0,58

Habitação 16,4 2,95 1,55 1,15 1,50

Artigos de residência 3,8 2,44 0,31 3,18 2,56

Vestuário 5,0 3,12 -0,24 2,58 0,26

Transportes 17,4 2,25 3,57 0,70 -0,91

Saúde 11,9 1,34 1,52 2,45 1,44

Despesas pessoais 11,5 3,98 5,04 -0,58 1,43

Educação 5,0 0,62 8,28 0,30 0,25

Comunicação 5,1 1,39 -1,60 0,57 0,54

Fonte: IBGE

1/ Referente a setembro de 2014.

58 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

São Paulo

O PIB de São Paulo, estimado pela Fundação Sistema Estadual de Análise de Dados (Seade), recuou 2,3% no segundo trimestre de 2014, em relação ao anterior, quando havia decrescido 0,5%, no mesmo tipo de análise, de acordo com dados dessazonalizados. O PIB recuou 3,3% em relação a igual trimestre de 2013, com destaque para a retração de 8,4% na indústria. Estatísticas mais recentes indicam continuidade da retração da atividade no estado, em ambiente de recuos da produção industrial, das vendas do varejo e das contratações no mercado de trabalho. Nesse contexto, o IBCR-SP recuou 0,2% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando diminuíra 0,6%, na mesma base de comparação, dados dessazonalizados. Considerados intervalos de doze meses, o indicador decresceu 0,6% em agosto (aumento de 0,1% em maio).

As vendas do comércio varejista contraíram 1,7% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando haviam declinado 1,2%, no mesmo tipo de análise, de acordo com dados dessazonalizados da PMC, do IBGE. Destacaram-se as retrações nos segmentos móveis e eletrodomésticos (9,2%), livros, jornais e revistas (4,3%), outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,0%), e combustíveis e lubrificantes (1,9%). As vendas do comércio ampliado, incluídos os recuos nas de veículos (11,9%) e de material de construção (6,8%), decresceram 5,2% no trimestre.

Considerados períodos de doze meses, as vendas varejistas do estado cresceram 3,3% em agosto (5,0% em maio), destacando-se os aumentos nos segmentos artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (13,4%), equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (9,5%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (9,2%), e a retração de 7,5% nas vendas de livros, jornais, revistas e papelaria. As vendas do comércio ampliado, incorporando recuos de 12,3% nas de veículos e de 2,2% nas de material de construção, diminuíram 1,8% no período (aumento de 1,0% em maio).

A receita nominal do setor de serviços de São Paulo cresceu 4,6% no trimestre encerrado em agosto, em relação a igual período de 2013, de acordo com a PMS do IBGE (serviços profissionais, administrativos e complementares, 7,4%; serviços prestados às famílias 6,4%). A receita do setor aumentou 7,5% no período de doze meses até agosto (8,4% em maio).

135

140

145

150

155

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-SP

Gráfico 4.17 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e São PauloDados dessazonalizados

Fonte: IBGE

90

95

100

105

110

115

120

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Fonte: IBGE

Comérico varejista Comércio ampliado

Gráfico 4.18 – Comércio varejista – São PauloDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 4.34 – Comércio varejista – São Paulo

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Setores 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 4,2 -1,2 -1,7 3,3

Combustíveis e lubrificantes 8,6 -2,8 -1,9 0,6

Hiper e supermercados 4,1 -1,6 -1,3 3,5

Tecidos, vestuário e calçados 3,0 -3,1 0,4 -2,9

Móveis e eletrodomésticos -0,2 4,5 -9,2 -2,4

Comércio ampliado 3,0 -5,5 -5,2 -1,8

Automóveis e motocicletas 0,5 -12,4 -11,9 -12,3

Material de construção 3,0 -5,1 -6,8 -2,2

Fonte: IBGE1/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 4.35 – Receita nominal de serviços – São Paulo

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educaçãoVariação % no período

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 9,2 6,0 4,6 7,5

Serviços prestados às famílias 12,6 9,5 6,4 11,2

Serv. de informação e comunicação 7,2 3,1 3,3 5,5

Serv. profissionais e administrativos 9,7 9,0 7,4 9,7

Transportes e correio 11,3 7,5 3,5 8,3

Outros serviços 6,3 1,9 4,6 4,6

Fonte: IBGE1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período do ano anterior.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 59

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil contratadas em São Paulo atingiu R$859,8 bilhões em agosto, aumentando 1,9% no trimestre e 12,4% em doze meses. A carteira das pessoas físicas, impulsionada pela modalidade financiamentos imobiliários, somou R$364,3 bilhões, elevando-se 3,1% e 12,3%, respectivamente, nas bases de comparação consideradas. O estoque de empréstimos às pessoas jurídicas, influenciado pelas modalidades financiamento à exportação e crédito imobiliário, totalizou R$495,5 bilhões, com crescimento de 1,1% no trimestre e de 12,4% em doze meses.

A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 2,9% em agosto, mantendo-se estável no trimestre e recuando 0,2 p.p. em doze meses. A evolução trimestral refletiu estabilidade nas taxas nos segmentos de pessoas físicas e de pessoas jurídica, que atingiram 4,2% e 2%, respectivamente.

O Índice de Confiança do Consumidor (ICC), divulgado pela Federação do Comércio do Estado de São Paulo (Fecomercio SP), atingiu 109,2 pontos em agosto (118,5 pontos em maio e 138,3 pontos em igual período de 2013), mantendo-se acima da linha de indiferença. A evolução trimestral decorreu de reduções respectivas de 13,6 pontos e de 6,5 pontos nos componentes que avaliam as condições econômicas atuais e as expectativas.

A economia paulista criou 40,8 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (81,9 mil em igual período de 2013), de acordo com o Caged/MTE, dos quais 38,9 mil no setor de serviços, 24,4 mil na agropecuária e 20,6 mil no comércio. Foram eliminadas 36,7 mil vagas na indústria de transformação, no trimestre. Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal recuou 0,1% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando havia apresentado estabilidade, no mesmo tipo de análise.

A taxa de desemprego da RMSP, divulgada pela PME do IBGE, atingiu 5,0% no trimestre encerrado em agosto (5,9% em igual período de 2013), refletindo reduções de 0,7% na população ocupada e de 1,6% na PEA. O rendimento real médio habitual e a massa salarial real cresceram 1,2% e 0,5%, respectivamente, no período considerado. Na margem, a partir de dados dessazonalizados, a taxa de desemprego atingiu 5,0% no trimestre finalizado em agosto (4,6% no encerrado em maio).

Tabela 4.36 – Evolução do emprego formal – São Paulo

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 81,9 54,4 -87,9 76,8 40,8

Indústria de transformação -5,4 -6,6 -31,6 -4,8 -36,7

Comércio 27,2 45,2 -23,5 -4,0 20,6

Serviços 30,6 45,6 10,9 50,8 38,9

Construção civil 0,2 -8,1 0,6 -2,4 -8,4

Agropecuária 28,1 -23,2 -43,8 30,9 24,4

Serviços industr. de utilidade pública -0,2 0,7 0,9 1,0 -0,3

Outros2/ 1,5 0,9 -1,4 5,2 2,3

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

0

5

10

15

20

25

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 4.19 – Evolução do saldo das operações de crédito – São Paulo1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Jan

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

4

5

6

7

8

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2011 2012 2013 2014

Gráfico 4.20 – Taxa de desemprego aberto – São Paulo%

Fonte: IBGE

60 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

As horas trabalhadas na indústria paulista diminuíram 3,6% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando haviam declinado 1,5%, nesse tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). O indicador recuou 4,1% no período de doze meses até agosto.

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de São Paulo somou R$6,6 bilhões no primeiro semestre de 2014. A redução de 29,4% em relação a igual período 2013 refletiu variações de -63,8% no resultado do estado, de 54,5% no da capital e de -34,9% no dos principais municípios.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$16,3 bilhões. O aumento de 44,6% em relação ao primeiro semestre de 2013 repercutiu crescimentos de 46,0% no estado, de 41,2% na capital e de 43,5% nos demais municípios. O deficit nominal totalizou R$9,7 bilhões (R$2 bilhões no primeiro semestre de 2013).

A dívida líquida do estado, da capital e dos demais principais municípios atingiu R$276,3 bilhões em junho (62,4% da dívida do Sudeste), elevando-se 3,5% em relação a dezembro de 2013.

A produção de grãos do estado deverá somar 5,5 milhões de toneladas em 2014, segundo o LSPA/IBGE de setembro. A redução anual de 27,4% repercute retrações estimadas para as safras de milho (33,2%) e soja (17,7%), impactadas pela forte estiagem do primeiro semestre do ano. Em relação às demais lavouras, destacam-se as projeções de estabilidade para as culturas de cana-de-açúcar e laranja e de retração de 3,7% para a de café.

A safra de grãos de São Paulo deverá aumentar de 6,0% a 14,4% em 2015, situando-se entre 6,5 e 7 milhões de toneladas, de acordo com levantamento realizado pela Conab em outubro, destacando-se a projeção de crescimento, entre 37,7% e 48,5%, para a cultura da soja.

Os abates de bovinos, aves e suínos, em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF, variaram 0,1%, -1,2% e 7,7%, respectivamente, nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual período de 2013, de acordo com o Mapa. Diferentemente do ocorrido no Sudeste, os abates de suínos no estado aumentaram, refletindo custos de produção mais vantajosos relativamente aos observados em Minas Gerais.

Jan 2005

Fev

Mar

Abr

Mai

Jun

Jul

Ago

Set

50

70

90

110

130

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 4.21 – Abates de animais – São PauloMédia móvel trimestral2005 = 100

Fonte: Mapa

Tabela 4.38 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – São Paulo1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

Est. de São Paulo 266 997 -6 588 16 322 9 734 -421 276 310

Gov. estadual 191 320 -1 869 11 555 9 685 -428 200 577

Capital 70 857 -3 456 4 659 1 203 18 72 079

Demais municípios 4 820 -1 263 107 -1 155 -11 3 654

1/ Inclui inform. do Estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 4.39 – Produção agrícola – São Paulo

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Var. %

2013 2014 2014/2013

Produção de grãos 7 615 5 531 -27,4

Arroz (em casca) 0,2 93 44 -53,2

Feijão 1,3 237 200 -15,3

Milho 4,8 4 772 3 186 -33,2

Soja 3,7 1 933 1 590 -17,7

Outras lavouras selecionadas

Café 4,4 231 222 -3,7

Cana-de-açúcar 58,9 404 680 404 680 0,0

Laranja 7,8 11 830 11 830 0,0

Fonte: IBGE1/ Por valor da produção – PAM 2012.2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Tabela 4.37 – Necessidades de financiamento –

São Paulo1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Estado de São Paulo -9 334 -6 588 11 290 16 322

Governo estadual -5 159 -1 869 7 915 11 555

Capital -2 237 -3 456 3 299 4 659

Demais municípios -1 938 -1 263 75 107

1/ Inclui inform. do Estados e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 61

A produção da indústria paulista decresceu 0,4% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando crescera 3,5%, nesse tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF Regional do IBGE. Destacaram-se as reduções nas atividades máquinas e equipamentos (5,8%) e veículos automotores, reboques e carrocerias (2,6%), e o aumento de 9,0% no segmento de produtos alimentícios.

Considerados intervalos de doze meses, a produção industrial do estado recuou 3,6% em agosto (-0,7% em maio), com destaque para as retrações nas atividades veículos automotores, reboques e carrocerias (10,8%) e farmoquímicos e farmacêuticos (10,0%), e para os aumentos nos segmentos outros equipamentos de transporte (4,6%) e equipamentos de informática, produtos eletrônicos e ópticos (4,4%).

As vendas reais da indústria paulista diminuíram 6,7% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando cresceram 1,8%, no mesmo tipo de análise, de acordo com a Fiesp. O Nuci recuou 0,2 p.p. no trimestre, para 79,5%.

O Icei de São Paulo, calculado pela CNI, atingiu 39,9 pontos em setembro (41,6 pontos em junho e 51,1 pontos em setembro de 2013). A evolução no trimestre refletiu recuos nos componentes que avaliam as condições atuais (2,2 pontos) e as expectativas (1,4 ponto).

O deficit da balança comercial de São Paulo totalizou US$26,5 bilhões nos nove primeiros meses do ano, elevando-se 3,9% em relação a igual período de 2013. As exportações recuaram 7,7% e as importações, 3,3%, somando, na ordem, US$38,5 bilhões e US$65 bilhões.

O comportamento das exportações, decorrente de retrações de 1,2% nos preços e de 6,6% no quantum, refletiu, em especial, recuos de 16,7% nas vendas de produtos semimanufaturados (açúcar de cana em bruto, -20,6%; pastas químicas de madeira, -16%) e de 10,4% nas de produtos manufaturados (álcool etílico, -52,4%; açúcar refinado, -30,5%; automóveis de passageiros, -28,8%). EUA, Argentina, Holanda, China e México adquiriram, em conjunto, 42,2% das exportações do estado no período.

A redução das importações, repercutindo recuos de 0,3% nos preços e de 3,0% no quantum, foi influenciada, em especial, pelos decréscimos de 6,7% nas compras de bens de capital (máquinas automáticas para processamento

Tabela 4.40 – Produção industrial – São Paulo

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 3,5 -0,4 -3,6

Veículos, reb. e carrocerias 16,2 1,1 -2,6 -10,8

Produtos alimentícios 14,8 8,2 9,0 0,2

Deriv. petróleo e biocomb. 10,9 8,6 -0,3 -1,6

Máquinas e equipamentos 7,9 -5,1 -5,8 -0,7

Outros produtos químicos 7,2 -0,2 0,3 -3,2

Prod. borracha e plástico 5,4 -0,7 -7,1 -3,5

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados em t e t-3. Dados dessazonalizados.

Tabela 4.41 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação São Paulo Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 41 704 38 505 -7,7 -2,2

Básicos 4 076 5 138 26,1 1,7

Industrializados 37 628 33 366 -11,3 -5,8

Semimanufaturados 5 598 4 661 -16,7 -4,7

Manufaturados1/ 32 030 28 705 -10,4 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Tabela 4.42 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembroUS$ milhões

Discriminação São Paulo Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 67 190 64 996 -3,3 -2,8

Bens de capital 15 950 14 886 -6,7 -6,2

Matérias-primas 31 934 31 505 -1,3 -1,7

Bens de consumo 9 970 9 857 -1,1 -3,2

Duráveis 3 888 3 668 -5,7 -5,2

Não duráveis 6 082 6 189 1,8 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 9 336 8 749 -6,3 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

90

95

100

105

110

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil São PauloFonte: IBGE

Gráfico 4.22 – Produção industrial – São Paulo Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

62 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

de dados e suas unidades, -8,6%; máquinas e aparelhos de elevação de carga, descarga, -16,5%) e de 6,3% nas de combustíveis e lubrificantes. As aquisições provenientes dos EUA, China, Alemanha, Nigéria e Coreia do Sul representaram, em conjunto, 51,2% do total importado pelo estado no período.

O IPCA da RMSP variou 1,01% no terceiro trimestre do ano (0,96% no segundo), resultado de redução na variação dos preços livres, de 1,25% para 1,01%, e aumento na dos preços monitorados, de -0,03% para 0,99%. A trajetória dos preços monitorados foi influenciada, principalmente, pelos aumentos nos itens tarifa de energia elétrica residencial (14,82%) e planos de saúde (2,41%), e pela diminuição, de 21,98% para 8,53%, nos descontos na taxa de água e esgoto concedidos aos consumidores da RMSP.

A evolução dos preços livres refletiu desacelerações dos preços dos bens não comercializáveis, de 1,19% para 0,85% (hortaliças e verduras, -16,06%, e tubérculos, -25,62%), e dos comercializáveis, de 1,33% para 1,21% (vestuário, 0,02%; óleos e gorduras, -6,46%). O índice de difusão médio atingiu 53,3% no terceiro trimestre do ano (58,3% no anterior).

Considerados intervalos de doze meses, a variação do IPCA da RMSP atingiu 6,67% em setembro (6,32% até junho), resultado de desaceleração dos preços livres, de 7,81% para 7,78%, e aceleração dos monitorados, de 1,52% para 3,01%.

A atividade econômica do estado, em cenário de recuos nos indicadores de confiança, nas vendas do comércio varejista e na produção industrial, vem apresentando desempenho modesto na margem. Essa trajetória poderá ser revertida, nos próximos trimestres, pela recuperação de segmentos industriais que destinam parcela representativa da produção ao setor externo, em ambiente de ganhos de competitividade decorrentes da recente depreciação cambial e de retomada da atividade nas principais economias mundiais.

Tabela 4.43 – IPCA – São PauloVariação % no período

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

Ano II Tri III Tri 12 meses

IPCA 100,0 6,09 0,96 1,01 6,67

Livres 77,2 7,69 1,25 1,01 7,78

Comercializáveis 34,4 6,19 1,33 1,21 7,84

Não comercializáveis 42,8 8,92 1,19 0,85 7,74

Monitorados 22,8 1,16 -0,03 0,99 3,01

Principais itens

Alimentação 23,6 9,07 1,39 0,91 9,18

Habitação 14,1 3,29 -0,14 3,63 6,76

Artigos de residência 4,1 7,27 1,49 1,95 8,15

Vestuário 5,8 5,30 1,15 0,00 4,88

Transportes 20,0 3,15 -0,70 0,28 3,91

Saúde 11,8 7,34 2,90 1,06 7,53

Despesas pessoais 11,4 9,54 2,90 1,07 9,11

Educação 5,0 7,76 0,08 0,71 7,89

Comunicação 4,2 0,99 -0,03 -2,72 -2,54

Fonte: IBGE

1/ Referente a setembro de 2014.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 63

A atividade econômica da região desacelerou, na margem, refletindo principalmente o desempenho da indústria e do comércio, em ambiente de menor robustez do mercado de trabalho. Nesse cenário, o IBCR-S recuou 0,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, considerados dados dessazonalizados. Em doze meses, o indicador cresceu 1,9% em agosto (2,7% em maio e 4,1% em agosto de 2013).

As vendas no comércio varejista diminuíram 0,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao findo em maio, quando haviam diminuído 1,6%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados da PMC do IBGE. A menor intensidade no recuo trimestral deveu-se, em especial, à recuperação do segmento de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumos, cujas vendas, após recuarem 3,2% no período anterior, permaneceram estáveis, favorecidas pela redução de 2,3% nos preços de alimentação no domicílio na região de junho a agosto. O comércio ampliado, incorporadas variações de -9,8% nas vendas automotivas e de 1,0% nas de material de construção, recuou 3,5% no período.

Em doze meses, as vendas do varejo aumentaram 3,4% em agosto, em relação a igual intervalo de 2013 (5,1% em maio), destacando-se a expansão de 8,9% em outros artigos de uso pessoal e doméstico, e de 7,7% em artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos. O comércio ampliado reduziu o ritmo de crescimento de 4,8%, em maio, para 2,5%, em agosto, refletindo o recuo de 0,4% nas vendas automotivas e a expansão de 7,7% em material de construção.

As vendas de automóveis e comerciais leves novos totalizaram 161,6 mil unidades no terceiro trimestre, 3,0% superiores às do trimestre anterior, de acordo com a Fenabrave. Apesar do aumento na margem, houve recuo de 6% nas vendas dos nove primeiros meses do ano (476,6 mil), em comparação a igual intervalo de 2013.

5Região Sul

120

130

140

150

160

130

135

140

145

150

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-S (eixo da direita)

Gráfico 5.1 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Região Sul Dados dessazonalizados2002 = 100

Tabela 5.1 – Comércio varejista – SulGeral e setores selecionados

Variação % no período

Discriminação 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 4,5 -1,6 -0,3 3,4

Combustíveis e lubrificantes 8,0 -2,3 0,1 6,0

Hiper e supermercados 2,4 -3,2 0,0 1,9

Tecidos, vestuário e calçados 4,1 -1,7 -2,2 2,2

Móveis e eletrodomésticos 5,4 -3,0 -2,0 4,2

Comércio varejista ampliado 6,0 -6,2 -3,5 2,5

Automóveis e motocicletas 6,7 -5,0 -9,8 -0,4

Material de construção 12,6 -4,4 1,0 7,7

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

95

105

115

125

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Restrito AmpliadoFonte: IBGE

Gráfico 5.2 – Comércio varejista – SulDados dessazonalizados2011 = 100

64 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

A receita nominal do setor de serviços aumentou 4,5% no trimestre finalizado em agosto, em relação a igual período de 2013 (6,7% em maio), segundo a PMS do IBGE. Destaquem-se os desempenhos nos segmentos outros serviços (18%) e serviços profissionais, administrativos e complementares prestados às famílias (10%). Considerados intervalos de doze meses, o indicador aumentou 7,0% em agosto, em comparação a igual período de 2013.

O saldo das operações de crédito superiores a R$1mil contratadas no Sul atingiu R$512 bilhões em agosto, crescendo 2,5% no trimestre e 12,6% em doze meses. A carteira de pessoas físicas somou R$263,5 bilhões, com elevações respectivas de 2,9% e 16,4%, nessas bases de comparação, destacando-se a expansão das modalidades financiamentos imobiliários, e crédito pessoal consignado. O saldo das operações contratadas com pessoas jurídicas totalizou R$248,5 bilhões, com aumentos de 2,1% no trimestre e 8,8% em doze meses, com destaque para operações com a indústria de transformação, a administração pública e a construção.

A inadimplência das operações de crédito superiores a R$1mil atingiu 2,6% em agosto (2,5% em maio), refletindo elevação discreta no segmento de pessoas físicas (de 2,9% para 3%) e estabilidade no de pessoas jurídicas (2,1%).

Ressaltem-se, no segmento de crédito direcionado, os desembolsos do Sistema BNDES, que totalizaram R$20,6 bilhões até junho de 2014, ante R$22,1 bilhões em igual período de 2013, dos quais 54,6% destinados às micro, pequenas e médias empresas. Em doze meses encerrados em junho, os desembolsos somaram R$38,2 bilhões (R$40,2 bilhões em doze meses até junho de 2013).

O indicador de Intenção de Consumo das Famílias (ICF), elaborado pela Confederação Nacional do Comércio (CNC), totalizou 130,3 pontos em setembro (121,4 pontos em junho e 133,1 pontos em setembro de 2013). Na margem, a melhora refletiu, especialmente, a reversão das expectativas quanto ao nível de consumo e às perspectivas profissionais que, em junho, se encontravam na zona de pessimismo.

Por sua vez, o Icec, elaborado pela CNC, atingiu 105,5 pontos em setembro (106,8 pontos em junho e 117,8 pontos em setembro de 2013). Considerando seus componentes, enquanto a percepção das condições atuais permaneceu na área de pessimismo, os empresários avaliaram positivamente as perspectivas para a economia, o setor e a empresa.

Tabela 5.2 – Receita nominal de serviços – SulServ. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 7,4 6,7 4,5 7,0

Serviços prestados às famílias 8,5 12,9 7,9 10,0

Serviços de informação e comunicação 6,8 8,9 6,3 8,5

Serviços profissionais e administrativos -0,2 6,2 10,0 5,6

Transportes e correios 11,5 4,4 -0,0 6,0

Outros serviços 8,8 11,3 18,0 12,7

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

100

110

120

130

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil Sul

Gráfico 5.3 – Receita nominal de serviçosDados observados – Média móvel trimestral 2011 = 100

Fonte: IBGE

0

5

10

15

20

25

30

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 5.4 – Evolução do saldo das operações de crédito – Sul1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$ 1 mil.

Tabela 5.3 – Evolução do emprego formal – Sul

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 41,5 92,9 14,6 56,5 -2,9

Indústria de transformação 0,3 2,3 -2,3 18,7 -19,9

Comércio 10,7 48,0 -6,5 5,9 -1,6

Serviços 26,7 33,7 14,3 33,8 18,6

Construção civil 1,9 -1,7 6,6 8,1 -2,2

Agropecuária 0,5 9,3 3,9 -12,5 1,4

Serviços ind. de utilidade pública 0,5 0,1 0,0 0,1 0,3

Outros2/ 1,0 1,2 -1,4 2,4 0,4

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 65

O mercado de trabalho do Sul eliminou liquidamente 2,9 mil vagas formais no trimestre encerrado em agosto, ante geração de 41,5 mil no mesmo período de 2013, de acordo com o Caged/MTE. O resultado refletiu, principalmente, a redução de 19,9 mil vagas na indústria de transformação e a criação de 18,6 mil no setor de serviços. Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal cresceu 0,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando se expandira 0,7% na mesma base de comparação.

O pessoal ocupado, as horas trabalhadas e a folha real de pagamentos na indústria recuaram 1,5%, 1,3% e 1,6%, respectivamente, no trimestre finalizado em agosto, em relação ao findo em maio, com base em dados dessazonalizados da Pimes do IBGE. Considerado o período de doze meses, os indicadores variaram, na ordem, -2,3%, -2,9% e 0,2%.

No âmbito fiscal, o superavit primário dos governos dos estados, das capitais e dos principais municípios do Sul atingiu R$2,9 bilhões no primeiro semestre (recuo de 28,3% em relação a igual período de 2013). Essa mudança refletiu, em especial, a retração, de R$2,1 bilhões para R$971 milhões, no superavit primário da esfera estadual.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$4,5 bilhões no período (R$3,2 bilhões nos seis primeiros meses de 2013), e o resultado nominal no primeiro semestre, que assinalara superavit de R$851 milhões em 2013, mostrou-se deficitário em R$1,6 bilhão.

Dados mais recentes para o consolidado dos três segmentos – governos do estado, da capital e dos principais municípios – registram superavit primário de R$2,5 bilhões em doze meses até agosto (R$4,4 bilhões em doze meses até dezembro). O deficit nominal aumentou 53,4% nessa base de comparação, atingindo R$5,2 bilhões em agosto.

A dívida líquida, ainda considerados os três segmentos, totalizou R$78,4 bilhões em agosto, com elevação de 1,7% em comparação à posição de dezembro. A participação do Sul no total da dívida nacional caiu 0,1 p.p. no período, para 13,2%.

A receita de ICMS somou R$40,4 bilhões no ano até agosto, segundo a Comissão Técnica Permanente do ICMS (Cotepe) do Ministério da Fazenda e as secretarias estaduais da fazenda, aumento real de 1,7% em relação a igual intervalo de 2013. As transferências da União, incluídos

Tabela 5.4 – Necessidades de financiamento –

Região Sul1/

R$ milhões

Discriminação

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Total -4 077 -2 925 3 226 4 498

Governos estaduais -3 385 -2 010 3 108 4 413

Capitais -202 134 19 26

Demais municípios -490 -1 049 99 59

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

-4

-2

0

2

4

6

8

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Pessoal ocupado Folha real de pagamento

Número de horas pagas

Gráfico 5.5 – Mercado de trabalho da indústria – SulVariação % em 12 meses

Fonte: IBGE

Tabela 5.5 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sul1/

R$ milhões

Discriminação Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

Total 77 135 -2 925 4 498 1 574 -1 026 77 683

Governos estaduais 77 465 -2 010 4 413 2 403 -395 79 473

Capitais 479 134 26 160 -31 608

Demais municípios -809 -1 049 59 -989 -600 -2 399

1/ Inclui inform. dos governos estaduais e de seus principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 5.6 – Dívida líquida – Sul1/

R$ milhões

Discriminação 2012 2013 2014

Dez Dez Jun

Dívida bancária 5 760 6 660 7 309

Renegociação2/ 62 030 64 542 65 773

Dívida externa 6 446 7 599 7 589

Outras dívidas junto à União 3 626 3 776 3 886

Dívida reestruturada 274 298 274

Disponibilidades líquidas -4 823 -5 742 -7 148

Total (A) 73 313 77 135 77 683

Brasil3/ (B) 538 538 578 634 587 835

(A/B) (%) 13,6 13,3 13,2

1/ Inclui informações dos governos estaduais e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

2/ Lei nº 8.727/1993, Lei nº 9.496/1997 e MP n° 2.185/2000.

3/ Refere-se à soma de todas as regiões.

66 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

os recursos do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), totalizaram R$13,9 bilhões no período, conforme a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), com aumento real de 8,2%, na mesma base de comparação3.

A safra de grãos do Sul deverá situar-se em 72,8 milhões de toneladas em 2014 (37,3% da produção nacional), de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE, portanto, com redução de 0,3% em comparação a 2013. De um lado, estimam-se recuos de 7,3% e de 2,4% nas colheitas de milho e soja, respectivamente; de outro, aumentos nas de feijão (18%), arroz (2%) e trigo (37,3%). Dentre as demais culturas, destacam-se as estimativas de elevações das produções de maçã (12,2%) e mandioca (3,9%).

Assinale-se que a diminuição projetada para a produção de milho reflete a redução em 13,1% na área plantada, deslocada majoritariamente para a soja, em virtude de melhores preços, e da elevada base de comparação (produção recorde da segunda safra de 2013). Ainda assim, o rendimento médio do grão deverá aumentar 13,4%.

As cotações médias de soja, trigo, arroz, milho e feijão variaram 4,3%, -3%, 5,8%, -2,4% e -45,1%, respectivamente, nos primeiros nove meses de 2014, em relação a igual período de 2013, de acordo com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater/RS), Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola (Cepa) de Santa Catarina e Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado do Paraná (Seab).

O Valor Bruto da Produção (VBP) real (deflacionado pelo Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna – IGP-DI) dos principais produtos agrícolas deverá recuar 12,6% em 2014 (milho, -23,6%, soja, -7,2%, arroz, 16,5%, trigo, 22%), conforme estimativa realizada pelo Mapa em agosto.

Os abates de bovinos e suínos, em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF variaram, na ordem, 1,7% e -0,9% nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual intervalo de 2013, de acordo com o Mapa, permanecendo estável o abate de aves. As cotações médias desses produtos no período oscilaram 19,6%, 21,5% e 1,1%, respectivamente, conforme a Emater/RS, o Centro de Estudos e Pesquisas da

Tabela 5.8 – Produção agrícola – Sul

Itens selecionadosEm mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2013 2014 2014/2013

Grãos 67,8 73 035 72 800 -0,3

Soja 30,6 30 264 29 533 -2,4

Milho 18,8 26 165 24 266 -7,3

Arroz (em casca) 9,7 9 295 9 477 2,0

Trigo 4,4 5 471 7 510 37,3

Feijão 3,5 921 1 087 18,0

Outras lavouras

Fumo 9,2 836 842 0,7

Cana-de-açúcar 5,3 50 755 51 125 0,7

Mandioca 4,1 5 580 5 799 3,9

Maçã 1,9 1 223 1 372 12,2

Uva 1,7 945 959 1,5

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Tabela 5.9 – Preços médios pagos ao produtor – SulVariação % no período

Produtos 2014

Mês1/ Trimestre2/ Acumulado

(Set) (Jul-set) no ano3/

Soja -5,8 -9,7 4,3

Arroz (em casca) 0,3 1,6 5,8

Feijão -1,1 -28,1 -45,1

Milho -2,2 -13,3 -2,4

Trigo -8,1 -20,1 -3,0

Fontes: Emater/RS, Cepa/SC e Seab/PR

1/ Em relação ao mês anterior.

2/ Em relação ao trimestre anterior.

3/ Até setembro.

3/ Dados corrigidos pelo IGP-DI.

Tabela 5.7 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Sul1/

R$ milhões

UF Dezembro de 2013 Agosto de 2014

Dívida Fluxos 12 meses Dívida2/ Fluxos 12 meses

Primário Nominal3/ Primário Nominal3/

PR 15 527 -273 1 178 15 573 329 1 682

RS 52 948 -2 317 2 967 54 161 -2 292 3 031

SC 8 660 -1 840 -753 8 678 -584 490

Total (A) 77 135 -4 429 3 392 78 412 -2 546 5 202

Brasil4/ (B) 578 634 -17 711 41 224 594 567 -5 941 53 919

(A/B) (%) 13,3 25,0 8,2 13,2 42,9 9,6

1/ Por UF, totalizando gov. estadual, capital e principais municípios. Dados

preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado

nominal e o resultado de outros fluxos.

3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

4/ Refere-se à soma de todas as regiões.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 67

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Iepe/UFRGS), a Cepa/SC e a Seab/PR. Na mesma base de comparação, as quantidades exportadas pelo Sul de bovinos, suínos e aves variaram 18,7%, -0,1% e 4,5%, respectivamente, segundo o MDIC. De acordo com estimativa do Mapa, de agosto, o VBP da pecuária deverá variar -6,3% em 2014: suínos, -14,1%; frango, -9,7%; ovos, -4,4%; bovinos, -2,6%; e leite com expansão de 6,8%.

A produção industrial do Sul contraiu 2,3% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuara 0,8%, na mesma base de comparação. Houve redução em onze das dezoito atividades pesquisadas, com destaque para veículos automotores, reboques e carrocerias (19,6%), e metalurgia (12,6%).

Em doze meses até agosto, a produção fabril da região contraiu 1,4% (aumento de 2,6% até maio), ressaltando-se os recuos em veículos automotores (5,6%) e em máquinas, aparelhos e material elétrico (4,1%).

O Icei do Sul, divulgado pela CNI, alcançou 43,8 pontos em setembro (52,7 pontos em igual mês de 2013), situando-se abaixo da zona de indiferença pelo quinto mês consecutivo4. Os componentes relativos à situação atual e às expectativas para os próximos seis meses assinalaram 36,9 pontos e 47,3 pontos, respectivamente.

O indicador de estoques de produtos finais da indústria de transformação do Sul alcançou 51,8 pontos em agosto (51,4 pontos em maio e 51,6 pontos em agosto de 2013), sinalizando estoques acima do desejado, segundo Sondagem Industrial da CNI.

O nível de utilização da capacidade instalada da indústria do Sul5 diminuiu 0,2 p.p. na margem, para 79,4% no trimestre finalizado em agosto, de acordo com dados dessazonalizados. Em doze meses encerrados em agosto, o indicador situou-se em 80,4%, 0,6 p.p. abaixo do patamar verificado em maio na mesma base de comparação.

A produtividade da mão de obra da indústria do Sul, considerada a relação entre a produção física e o número de horas pagas, divulgados pelo IBGE, diminuiu 1,4% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio (aumento de 0,3%), de acordo com a série isenta de

40

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Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 5.6 – Abates de animais – SulMédia móvel trimestral2005 = 100

Fonte: Mapa

4/ Situando-se acima de 50 pontos, o indicador encontra-se na área que denota confiança.5/ Calculado a partir de ponderação dos indicadores de cada estado, divulgados pela Fiergs, Fiesc e Fiep, pela participação das indústrias dos estados respectivos

na produção do Sul, considerada média da Pesquisa Industrial Anual (PIA) do IBGE para os anos de 1998 a 2000.

Tabela 5.10 – Indicadores da pecuária – Sul

Agosto de 2014Variação % no ano

Discriminação Abates Exportações Preços

(nº de animais) (kg) (R$)

Bovinos 1,7 18,7 19,6

Suínos -0,9 -0,1 21,5

Aves 0,0 4,5 1,1

Fonte: Mapa, Emater/RS, Iepe, Seab/PR, Cepa/SC e MDIC

Tabela 5.11 – Produção industrial – Sul

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Discriminação Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -0,8 -2,3 -1,4

Produtos alimentícios 18,2 -1,0 -3,0 -1,7

Veículos, reb. e carrocerias 12,5 -3,2 -19,6 -5,6

Máquinas e equipamentos 8,2 -4,0 -1,7 0,8

Deriv. petróleo e biocomb. 7,6 14,6 0,4 -0,1

Outros produtos químicos 5,8 -12,0 11,9 -2,6

Produtos de metal 5,3 -1,2 -4,2 -0,7

Art. vestuário e acessórios 4,9 1,8 4,5 -0,6

Máq., apar. e mat. elétricos 4,7 5,4 -7,1 -4,1

Fonte: IBGE

1 /Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

95

100

105

110

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil SulFonte: IBGE

Gráfico 5.7 – Produção industrial Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

68 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

influências sazonais. Em doze meses, o indicador cresceu 1,7% (4,2% até maio).

Em relação ao comércio externo do Sul, assinale-se o deficit de US$1,9 bilhão na balança comercial nos primeiros nove meses deste ano, (superavit de US$76 milhões no mesmo período de 2013), de acordo com o MDIC. As exportações totalizaram US$34,6 bilhões, recuando 8,9% em relação a igual período de 2013, com decréscimos de 6,6% no quantum e de 2,5% nos preços. As importações somaram US$36,5 bilhões, retração de 3,6% no período, com recuos de 2% na quantidade e de 1,6% nos preços.

As exportações de produtos básicos (53,5% do total) diminuíram 3,9%, com destaque para as quedas em fumo (25,6%) e milho (31,5%). As vendas de manufaturados (39,1% do total) recuaram 16,3%, reflexo da base de comparação elevada6 e de reduções nos embarques de automóveis (60,4%), partes e peças para veículos (16,5%) e bombas e compressores (10,1%). As exportações de semimanufaturados (7,4% do total) variaram 1% no período, com aumento de 19,5% nas de couros e peles. China, EUA e Argentina adquiriram, em conjunto, 37,4% das vendas externas do Sul, com variações respectivas de 2,6%, -2,9% e -33,1% no período.

As importações de matérias-primas e de produtos intermediários (52,4% do total) caíram 1,1% nos primeiros nove meses deste ano, com destaque para as variações nas de partes e peças para veículos (-15,4%), adubos e fertilizantes (-8,6%) e polímeros de etileno (26,9%). As compras de bens de capital (18,8% do total) decresceram 9,8% (veículos de carga, -9,4%) e as de bens de consumo (18,1% do total) diminuíram 2%, destacando-se a queda nos desembarques de automóveis (7,5%). As aquisições de combustíveis (10,7% do total) recuaram 6,7%. As importações provenientes da China, Argentina e EUA responderam, em conjunto, por 38,6% das compras da região no período, com variações, em relação ao mesmo intervalo de 2013, de 5,2%, -16,4% e -5,9%.

O IPCA no Sul7 variou 0,84% no terceiro trimestre do ano (1,93% no trimestre anterior), refletindo de um lado arrefecimento da inflação de preços livres, que passou de 1,98% para 0,42%, e de outro, aumento da inflação de

Tabela 5.13 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Sul Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 37 888 36 513 -3,6 -2,8

Bens de capital 7 610 6 860 -9,8 -6,2

Matérias-primas 19 331 19 121 -1,1 -1,7

Bens de consumo 6 748 6 614 -2,0 -3,2

Duráveis 3 653 3 531 -3,3 -5,2

Não duráveis 3 095 3 083 -0,4 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 4 199 3 918 -6,7 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

6/ Em junho de 2013 foi registrada a venda de uma plataforma de perfuração/exploração à subsidiária da Petrobrás no Panamá, no valor de US$ 1,6 bilhão.

7/ Calculado com base nos pesos e variações dos subitens que compõem o IPCA das regiões metropolitanas de Porto Alegre e de Curitiba, ponderados pelos pesos destas regiões na composição do IPCA nacional.

80

100

120

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40

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Jun2012

Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Índice de Confiança do Empresário IndustrialÍndice de Confiança do Empresário do Comércio (eixo da dir.)

Fontes: CNI e CNC

Gráfico 5.8 – Confiança do empresariado – SulEm pontos

Linha de confiança

Tabela 5.12 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Sul Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 37 964 34 592 -8,9 -2,2

Básicos 19 267 18 508 -3,9 1,7

Industrializados 18 697 16 084 -14,0 -5,8

Semimanufaturados 2 543 2 568 1,0 -4,7

Manufaturados1/ 16 154 13 516 -16,3 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 69

preços monitorados, que se deslocou de 1,77% para 2,33%, com destaque para o reajuste da tarifa de energia elétrica residencial (12,82%), em parte mitigado pela retração no preço da gasolina (0,35%).

A trajetória dos preços livres derivou da menor variação dos bens comercializáveis, de 2,20% para 0,42%, ressaltando os recuos de preços de vestuário e itens de alimentação; e dos bens não comercializáveis, de 1,77% para 0,42%, com destaque para as retrações nos preços de hotel, após o evento da Copa.

O índice de difusão situou-se em 53,8% no trimestre encerrado em setembro, ante 61,6% no finalizado em junho e 58,4% em setembro de 2013.

Considerados períodos de doze meses, a inflação do Sul acumulou 6,91% em setembro (7,22% em junho). Os preços monitorados aceleraram, de 5,30% para 6,76%, enquanto os preços livres arrefeceram, de 7,77% para 6,95%, evidenciando variações menos intensas tanto nos preços de bens comercializáveis, de 6,78% para 5,84%, como nos de não comercializáveis, de 8,72% para 8,02%.

Os indicadores da atividade econômica no Sul apontaram moderação no trimestre encerrado em agosto, evolução antecipada pela trajetória dos índices de confiança de empresários e consumidores. Para os próximos trimestres, os investimentos anunciados pela Rede Nacional de Informações sobre Investimento (Renai) do MDIC, destacando-se US$2,7 bilhões da TransGas para implantação de fábrica de fertilizantes em Santa Catarina e US$1,5 bilhão da Eletrosul em parques eólicos no Rio Grande do Sul, dentre outros, tendem a dar sustentação à atividade econômica na região.

Tabela 5.14 – IPCA – SulVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

IV Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,0 1,92 2,04 1,93 0,84

Livres 77,7 1,75 2,63 1,98 0,42

Comercializáveis 37,9 1,36 1,75 2,20 0,42

Não comercializáveis 39,8 2,14 3,48 1,77 0,42

Monitorados 22,3 2,51 0,00 1,77 2,33

Principais itens

Alimentação 24,7 1,97 4,05 1,85 0,25

Habitação 14,8 2,13 1,65 2,60 3,86

Artigos de residência 4,8 1,52 2,54 1,39 0,83

Vestuário 7,0 1,43 -1,52 2,76 -0,25

Transportes 18,9 3,10 0,67 0,63 -0,11

Saúde 11,4 1,10 1,37 3,10 1,26

Despesas pessoais 10,4 1,54 3,39 3,64 -0,12

Educação 4,0 0,12 6,68 0,31 1,15

Comunicação 4,0 1,40 -2,01 0,12 0,42

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2014.

50

55

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65

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Set2011

Dez Mar2012

Jun Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Gráfico 5.9 – IPCA – Índice de difusão – SulMédia móvel trimestral%

Fonte: IBGE

70 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

Paraná

A trajetória recente da economia paranaense refletiu, principalmente, a evolução favorável na produção agrícola de inverno e no setor de serviços, com impactos positivos sobre o mercado de trabalho. Nesse ambiente, o IBCR-PR avançou 1,1% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando recuara 0,7%, no mesmo tipo de comparação, de acordo com dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicador aumentou 1,5% em agosto (2,6% em maio).

As vendas do comércio varejista no estado decresceram 0,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando diminuíram 2,3%, no mesmo tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da PMC do IBGE. Destacaram-se as expansões nos segmentos equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, 14,2%, e hipermercados e supermercados 0,1%. As vendas do comércio ampliado, que incluem as variações relativas a material de construção, 2,1%, e veículos, motos, partes e peças, -11,2%, recuaram 2,7% no trimestre (-3,3% em maio).

Considerados intervalos de doze meses, as vendas do comércio varejista paranaense aumentaram 4,8% em agosto (6,9% em maio), em relação a igual período de 2013, ênfase para o desempenho dos segmentos combustíveis e lubrificantes, e artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos, ambos com crescimento de 8,5%. Incorporadas as variações respectivas de -6,4% e 3,7% das vendas de veículos, motos, partes e peças, e de material de construção, o comércio ampliado expandiu 0,6% no período (3,5% até maio).

As vendas de automóveis e veículos comerciais no trimestre encerrado em setembro aumentaram 8,3% em relação ao trimestre finalizado em junho. Em comparação ao mesmo trimestre de 2013, porém, houve contração de 5,9%, segundo a Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores do Estado do Paraná (Fenabrave-PR) e o Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do Paraná (Sincodiv PR).

A receita nominal do setor de serviços do Paraná cresceu 4,5% no trimestre finalizado em agosto (7,7% em maio), em relação ao mesmo período do ano anterior, de acordo com a PMS, do IBGE. Ressaltem-se as expansões nos

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Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-PR (eixo à direita)

Gráfico 5.10 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e ParanáDados dessazonalizados2002 = 100

85

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105

115

125

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Fonte: IBGEComércio varejista Comércio ampliado

Gráfico 5.11 – Comércio varejista – ParanáDados dessazonalizados2011 = 100

Tabela 5.15 – Índice de vendas no varejo – ParanáGeral e setores selecionados

Variação % no período

Setores 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 6,4 -2,3 -0,2 4,8

Combustíveis e lubrificantes 11,9 -0,2 -0,8 8,5

Hiper e supermercados 5,8 -2,1 0,1 5,0

Tecidos, vestuário e calçados 0,1 -1,0 -2,8 1,6

Móveis e eletrodomésticos 4,3 -3,1 -0,6 1,8

Comércio ampliado 7,0 -3,3 -2,7 0,6

Automóveis e motocicletas 7,2 -4,4 -11,2 -6,4

Material de construção 9,5 -9,2 2,1 3,7

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 71

segmentos outros serviços8, 22,3%, e serviços profissionais, administrativos e complementares, 14,9%. Considerados períodos de doze meses, as receitas do setor de serviços aumentaram 7,1% em agosto (7,5% em maio).

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil, realizadas no Paraná, totalizou R$194,3 bilhões em agosto, elevando-se 3% no trimestre e 13,6% em doze meses. Os empréstimos contratados no segmento de pessoas físicas somaram R$100 bilhões, aumentando 3,5% e 17,8%, respectivamente, com ênfase nas modalidades crédito pessoal consignado, no segmento de recursos livres, e financiamentos imobiliários, no segmento de recursos direcionados. A carteira relativa a pessoas jurídicas atingiu R$94,3 bilhões, crescendo 2,5% no trimestre e 9,5% em doze meses, ressaltando-se o recuo nas contratações nas modalidades financiamento de importações, com recursos livres, e o aumento no financiamento rural, com recursos direcionados.

A taxa de inadimplência dessas operações atingiu 2,53% em agosto, aumentando 0,07 p.p. no trimestre, mas recuando 0,21 p.p. em relação a agosto de 2013. A evolução trimestral resultou em aumentos de 0,09 p.p. no segmento de pessoas físicas e de 0,05 p.p. no relativo a pessoas jurídicas, cujas taxas situaram-se, na ordem, em 3% e 2,1%.

O mercado de trabalho do Paraná gerou 5,1 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (19,3 mil em igual período de 2013). Os setores de serviços e de agropecuária registraram, na ordem, 7,7 e 1,5 mil admissões enquanto a indústria de transformação 4,6 mil demissões, de acordo com o Caged/MTE. Na Região Metropolitana de Curitiba (RMC) foram eliminados 3,1 mil empregos formais no trimestre, com destaques para 4,8 mil desligamentos na indústria de transformação e 2,2 mil admissões no setor de serviços.

O número de horas pagas, o pessoal ocupado e a folha de pagamento real na indústria do Paraná recuaram 6,2%, 5,4% e 1,6%, na ordem, no trimestre finalizado em agosto, em relação a igual período do ano anterior, conforme dados da Pimes/IBGE. Considerados intervalos de doze meses, os indicadores variaram, na ordem, -4,1%, -3,1% e -0,3%, em agosto, em relação a igual intervalo do ano anterior.

Jan 2012Fev2012Mar

AbrMai2012Jun

Jul

Ago

Set

Out

Nov

Dez

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Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil Paraná

Gráfico 5.12 – Receita nominal de serviços Dados observados – Média móvel trimestral2011 = 100

Fonte: IBGE

0

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20

30

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 5.13 – Evolução do saldo das operações de crédito – Paraná1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 5.16 – Receita nominal de serviços – Paraná

Serv. empresariais não financeiros, exceto saúde e educaçãoVariação % no período

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 7,3 7,7 4,5 7,1

Serviços prestados às famílias 12,1 11,4 5,6 10,1

Serviços de informação e comunicação 6,4 8,7 5,9 7,4

Serviços profissionais e administrativos 3,7 10,6 14,9 10,3

Transportes e correio 8,6 5,4 -0,5 5,2

Outros serviços 4,1 9,4 22,3 12,3

Fonte: IBGE1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês em referência e o mesmo período do ano anterior.

8/ Inclui os serviços: atividades imobiliárias (intermediação, gestão e administração de imóveis próprios e de terceiros); serviços de manutenção e reparação; serviços auxiliares financeiros; serviços auxiliares da agricultura; serviços de esgoto e serviços de coleta, tratamento e disposição de resíduos e recuperação de materiais. IBGE, PMS.

72 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

Em referência à situação fiscal, o superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios do Paraná totalizou R$564 milhões no primeiro semestre do ano, superando em 11,6% o registrado para igual período de 2013. O resultado refletiu a redução de 17,2% no superavit do governo estadual; o aumento de 71,8% no superavit dos principais municípios; e a reversão do superavit da capital, de R$57 milhões, para deficit de R$84 milhões.

Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$750 milhões no período (R$602 milhões no primeiro semestre de 2013), e o resultado nominal foi deficitário em R$186 milhões (R$97 milhões em igual período de 2013). A dívida líquida atingiu R$15,1 bilhões em junho de 2014, recuo de 3,0% em relação a dezembro de 2013.

Em relação à produção agropecuária, ressalte-se que a safra de grãos do Paraná deverá recuar 1,5% em 2014, para 35,9 milhões de toneladas (18,6% da produção do país), de acordo com o LSPA de setembro do IBGE. Esse resultado reflete, principalmente, o desempenho da soja, cuja produção (14,8 milhões de toneladas) recuou 7,0% no ano, em decorrência da queda na produtividade, afetada pela estiagem e pelas elevadas temperaturas no início do ano. A menor produção de grãos repercute também a safra de milho (15,7 milhões de toneladas) 10,1% menor que a do ano anterior, respondendo à redução de 15,3% na área cultivada. As produções de feijão e de trigo, por outro lado, deverão aumentar 20,2% e 113,0% no ano, alcançando 830 mil e 4,0 milhões de toneladas, na ordem, reflexo de ampliações de 6,9% e 37,2% nas áreas cultivadas e de 13,9% e 55,2% nos rendimentos médios, respectivamente.

O primeiro levantamento da intenção de plantio para a safra 2014/2015, da Conab, divulgado em outubro, estima variação na produção de grãos do Paraná entre -4,6% a -0,7%, decorrente de variações entre -1,5% a 4,0% para a colheita de soja, -8,6% a -5,3% para a de milho e -10,6% a -8,2% para a de feijão.

Especificamente para a safra de verão 2014/2015, projeção da Seab/PR e do Departamento de Economia Rural do Estado do Paraná (Deral), divulgada em setembro, aponta estabilidade da área cultivada (5,8 milhões de hectares), mas expansão de 9% na produção, refletindo principalmente a recuperação esperada na produtividade da soja.

De acordo com informações da Pesquisa de Estoques (IBGE) a capacidade de armazenagem disponível no Paraná

Tabela 5.18 – Necessidades de financiamento –

Paraná1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Estado do Paraná -505 -564 602 750

Governo estadual -137 -114 502 697

Capital -57 84 8 8

Demais municípios -311 -534 92 44

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 5.19 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Paraná1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros3/ 2014

Dez Primário Juros Total4/ Jun

Estado do Paraná 15 527 -564 750 186 -644 15 068

Governo estadual 15 481 -114 697 584 -43 16 022

Capital 91 84 8 92 -21 163

Demais municípios -45 -534 44 -491 -581 -1117

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.4/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 5.17 – Evolução do emprego formal – Paraná

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 19,3 29,1 -5,4 25,2 5,1

Indústria de transformação 2,3 3,4 -6,5 3,8 -4,6

Comércio 5,7 16,2 -3,3 3,6 0,4

Serviços 10,1 11,6 4,6 12,3 7,7

Construção civil -0,6 -2,1 2,9 3,4 -0,3

Agropecuária 1,0 -0,7 -3,3 1,8 1,5

Serviços ind. de utilidade pública 0,4 0,0 0,0 -0,2 0,0

Outros2/ 0,4 0,7 0,2 0,4 0,3

Fonte: MTE1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.2/ Inclui extrativa mineral e administração pública.

-8

-4

0

4

8

12

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Pessoal ocupado Folha de pagamento real

Número de horas pagas

Gráfico 5.14 – Mercado de trabalho da indústria – ParanáVariação % em 12 meses

Fonte: IBGE

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 73

ao final de 2013 alcançava 30,2 milhões de tonelada – 83% da produção colhida em 2013 -, estando distribuída na forma de silos (48%), armazéns graneleiros (32%) e armazéns convencionais (20%).

As perspectivas para a agricultura paranaense, sob condições climáticas favoráveis no decorrer da safra 2014/2015 (atualmente em período de semeadura) e investimentos em tecnologia e tratos culturais, contemplam a possibilidade de elevação na quantidade produzida pelas lavouras, indicando pressões sobre a capacidade de armazenagem, com impactos sobre as estratégias de comercialização por parte dos produtores e, consequentemente, sobre a renda agrícola, em cenário de preços menos favoráveis às commodities.

Os abates de aves, suínos e bovinos, em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF, variaram 1,2%, -5,5% e -0,9%, respectivamente, no período de janeiro a agosto de 2014 em relação a igual intervalo do ano anterior, representando, na ordem, 32,1%, 20,0% e 3,8% dos abates realizados no país. De acordo com a Seab/PR, os preços médios recebidos pelos produtores no estado aumentaram, respectivamente, 2,9%, 15,7% e 21,0% no período de janeiro a setembro de 2014 comparativamente ao mesmo período em 2013.

Quanto à situação do setor industrial paranaense, a percepção dos empresários permanece desfavorável, segundo o Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação9 que atingiu 39,7 pontos em outubro (42,7 pontos em setembro), mantendo-se na área de pessimismo. Esse resultado agrega as reduções nos componentes que avaliam as expectativas para a atividade futura e as condições econômicas atuais. O Índice de Confiança do Empresário da Construção situou-se em 44,4 pontos em outubro, 2,5 p.p. acima do registrado no mês anterior, porém ainda na área de pessimismo. Assinale-se que houve melhorias nos dois componentes do índice: expectativas para a atividade futura e condições econômicas atuais.

A produção da indústria paranaense recuou 3,0% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando diminuiu 1,8%, de acordo com dados dessazonalizados da PIM-PF Regional do IBGE. A produção contraiu em sete das treze atividades pesquisadas, destacando-se as reduções nos segmentos

50

80

110

140

170

10

30

50

70

90

Set2010

Jan2011

Mai Set Jan2012

Mai Set Jan2013

Mai Set Jan2014

Mai Set

Soja Milho Trigo Feijão

Soja, milho e trigo Feijão

Gráfico 5.15 – Preços médios mensais pagos ao produtor – Paraná (R$/saca)

Fonte: Seab/Deral

9/ O Índice de Confiança do Empresário da Indústria de Transformação – Paraná (Icet-PR), e o Índice de Confiança do Empresário da Construção – Paraná (Icec-PR), elaborados pela Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep), são compostos pelo Índice de Condições Atuais (peso 1) e pelo Índice de Expectativas (peso 2). Os dois indicadores variam no intervalo de 0 a 100. Valores acima de 50 pontos indicam empresários confiantes, melhores condições ou expectativas positivas.

Tabela 5.20 – Produção agrícola – Paraná

Itens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Peso1/ Produção2/ Variação %

2013 2014 2014/2013

Grãos3/ 73,1 36 473 35 920 -1,5

Soja 35,3 15 921 14 806 -7,0

Milho 26,7 17 489 15 726 -10,1

Feijão 5,4 691 830 20,2

Trigo 4,7 1 875 3 996 113,0

Outras lavouras

Cana-de-açúcar 9,7 49 629 50 044 0,8

Mandioca 3,9 3 866 4 074 5,4

Fumo 3,3 161 172 6,7

Fonte: IBGE1/ Por valor da produção – PAM 2012.2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.3/ Cereais, leguminosas e oleaginosas.

200720082009201020112012

2013*2014*

20

25

30

35

40

45

2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013* 2014*

Produção Armazenagem Ideal (1,2 safra)

Gráfico 5.16 – Produção e armazenagem de grãos –ParanáEm milhões de toneladas

Fonte: IBGE - PAM, *LSPA Setembro/14 e Bacen/Depec

74 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

veículos automotores, reboques e carrocerias (20,1%) e móveis (9,0%).

Considerados períodos de doze meses, a produção industrial do estado recuou 2,3% em agosto, ressaltando-se os decréscimos nos segmentos veículos automotores, reboques e carrocerias (10,5%), móveis (6,9%) e produtos alimentícios (3,1%), e os crescimentos em produtos de madeira (9,5%), fabricação de produtos de minerais não metálicos (8,5%), e máquinas e equipamentos (1,8%).

As vendas reais da indústria paranaense contraíram 2,7% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando diminuíram 3,6%, nesse tipo de comparação, segundo dados dessazonalizados da Federação das Indústrias do Estado do Paraná (Fiep). Dentre os segmentos com maior representatividade na composição do indicador, destacaram-se os decréscimos nas vendas de artigos de borracha e plástico (12,9%) e veículos automotores (3,2%); e os aumentos em produtos de metal, exclusive máquinas e equipamentos (4,4%) e máquinas e equipamentos (1,5%). Ainda de acordo com a Fiep, o número de horas trabalhadas e o de pessoas empregadas na indústria recuaram 2,3% e 0,9%, respectivamente, no trimestre, enquanto o Nuci atingiu 75,0% (76,5% no finalizado em maio).

A análise em doze meses aponta redução de 3,8% nas vendas reais da indústria em agosto, relativamente a igual período do ano anterior (0,5% em maio), com destaque para veículos automotores (-10,3%) e produtos de metal, exclusive máquinas e equipamento (-7,7%).

As vendas de caminhões e ônibus no estado aumentaram 3,8% no trimestre encerrado em setembro, em relação ao finalizado em junho, e contraíram 22,6% ante igual período de 2013, de acordo com a Fenabrave-PR e o Sincodiv-PR.

No âmbito da indústria da construção civil, a Prefeitura Municipal de Curitiba emitiu 15,7 mil certificados de conclusão de unidades imobiliárias, residenciais e não residenciais, no terceiro trimestre de 2014 (aumentos de 54,1% e de 33,9% em relação ao trimestre anterior e a igual período de 2013, na ordem); e concedeu 8,6 mil alvarás de construção imobiliária (variações respectivas de -0,1% e 23,7%, nas mesmas bases de comparação). Nesse cenário, de acordo com o Índice FipeZap de Preços de Imóveis Anunciados, os preços dos imóveis em Curitiba apresentaram quadro de acomodação, com variação de 1%

40

70

100

130

160

190

220

250

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

2005 = 100

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 5.17 – Abates de animais – ParanáMédia móvel trimestral

Fonte: Mapa

90

95

100

105

110

115

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil Paraná

Gráfico 5.19 – Produção industrial – ParanáDados dessazonalizados – Média móvel trimestral2012 = 100

Fonte: IBGE

35

40

45

50

55

60

65

Abr2012

Jul Out Jan2013

Abr Jul Out Jan2014

Abr Jul Out

Índice de Confiança da Indústria de TransformaçãoÍndice de Confiança do Empresário da Construção

Fonte: Fiep

Linha de confiança

Gráfico 5.18 – Confiança do empresariado – ParanáEm pontos

Tabela 5.21 – Produção industrial – Paraná

Geral e setores selecionados

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -1,8 -3,0 -2,3

Produtos alimentícios 22,7 -5,4 -2,4 -3,1

Deriv. petróleo e biocomb. 19,1 19,3 -1,5 -1,6

Veículos, reb. e carrocerias 18,4 -9,2 -20,1 -10,5

Máquinas e equipamentos 6,7 -11,7 4,2 1,8

Celulose e prod. papel 5,5 -0,6 1,6 -0,4

Outros produtos químicos 4,7 4,5 -1,4 -2,2

Fonte: IBGE1/ Ponderação de atividades no VTI conforme a PIA 2010/IBGE.2/ Variação relativa aos trimestres. encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 75

no acumulado do ano até setembro, a segunda menor dentre as cidades pesquisadas.

O comércio exterior do estado registrou deficit de US$379 milhões nos nove primeiros meses de 2014 (deficit de US$662 milhões no mesmo período de 2013), resultado de reduções de 7,3% nas exportações e de 8,9% nas importações, que somaram, na ordem, US$12,9 bilhões e US$13,3 bilhões.

O desempenho das exportações, refletindo variações de 15,4% no quantum e de -19,7% nos preços, foi determinado, em especial, pela redução de 3,2% nos embarques de produtos básicos, com destaque para aumentos nos itens farelo e resíduos da extração de óleo de soja, 17,4%, e carne de frango congelada, 4,1%. As exportações de manufaturados diminuíram 14,6% (automóveis de passageiros, -61,1%) e as de semimanufaturados, 1,4% (açúcar de cana em bruto, -3,1%). As exportações para a China, Argentina e EUA representaram, em conjunto, 35,7% das vendas do estado nos nove primeiros meses de 2014, destacando-se a elevação de 25,8% nos embarques de carne de frango para a China e a redução de 66,0% nas vendas de automóveis para a Argentina.

A trajetória das importações refletiu reduções de 7,9% nos preços e de 15,6% no quantum. Destacaram-se, no período, os recuos de 5,0% nas aquisições de matérias-primas (partes e peças para veículos, -19,0%); e de 14,4% nas de bens de capital (veículos de carga, -30,3%). As compras de bens duráveis decresceram 17,2% (automóveis de passageiros, -21,4%) e as de combustíveis e lubrificantes, 4,5% (petróleo em bruto, -18,8%). As importações provenientes da China, Argentina e Alemanha representaram, em conjunto, 33,9% das compras externas do estado no período, destacando-se o aumento de 50,3% nas importações de adubos ou fertilizantes da China, o recuo de 29,6% nas compras de veículos de carga da Argentina e o aumento de 25,0% nas importações de automóveis de passageiros da Alemanha.

O IPCA da RMC elevou 1,07% no terceiro trimestre de 2014 (1,72% no segundo), resultado de desaceleração nos preços livres, de 1,93% para 0,34%, e de aceleração nos monitorados, de 0,96% para 3,84%. Nesse grupo, destacaram-se os aumentos nos itens energia elétrica residencial (23,83%), gás de botijão (6,55%) e plano de saúde (2,41%), com contribuição conjunta de 0,74 p.p. para o resultado trimestral.

Tabela 5.23 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Paraná Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 14 561 13 263 -8,9 -2,8

Bens de capital 3 123 2 673 -14,4 -6,2

Matérias-primas 7 832 7 444 -5,0 -1,7

Bens de consumo 2 354 1 951 -17,1 -3,2

Duráveis 1 589 1 316 -17,2 -5,2

Não duráveis 765 635 -17,0 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 1 252 1 195 -4,5 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 5.22 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Paraná Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 13 900 12 884 -7,3 -2,2

Básicos 7 237 7 003 -3,2 1,7

Industrializados 6 663 5 881 -11,7 -5,8

Semimanufaturados 1 449 1 429 -1,4 -4,7

Manufaturados1/ 5 213 4 452 -14,6 -6,2

Fonte: MDIC/Secex 1/ Inclui operações especiais.

76 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

A trajetória dos preços l ivres reflet iu a desaceleração, de 2,08% para 0,12%, dos preços dos bens não comercializáveis, com destaque para os recuos nos itens batata-inglesa (-41,59%), tomate (-30,18%) e hotel (-20,13%); e de 1,76% para 0,57%, dos preços dos bens comercializáveis, ênfase para óleo de soja (-10,88%), e automóvel novo (-0,56%). O índice de difusão atingiu média de 50,8% no trimestre encerrado em setembro (58,9% no finalizado em junho).

O IPCA da RMC variou 5,02% nos nove primeiros meses do ano, reflexo de aumentos de 5,06% nos preços livres e de 4,93% nos monitorados. Considerados períodos de doze meses, o IPCA da RMC variou 7,13% em setembro (7,19% em junho), com os preços livres aumentando 6,92% e os monitorados 7,91%.

As perspectivas para a atividade econômica paranaense nos próximos trimestres seguem favoráveis, mantidas a expansão moderada do crédito e a recuperação no comércio varejista com desdobramentos sobre o mercado de trabalho. Pelo lado da oferta, o crescimento projetado para a produção agrícola, reflexo das decisões de plantio para a próxima safra de verão, e a realização de investimentos (anunciados e em curso) tendem a contribuir para a evolução da atividade industrial.

45

50

55

60

65

70

Jun2011

Set Dez Mar2012

Jun Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Índice mensal Média móvel trimestral

Gráfico 5.20 – Índice de difusão IPCA – RMC %

Fonte: IBGE

Tabela 5.24 – IPCA – RMCVariação %

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

VI Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,0 2,00 2,16 1,72 1,07

Livres 78,3 1,77 2,72 1,93 0,34

Comercializáveis 37,6 1,87 1,76 1,76 0,57

Não comercializáveis 40,7 1,68 3,63 2,08 0,12

Monitorados 21,7 2,85 0,09 0,96 3,84

Principais itens

Alimentação 23,5 1,45 4,27 2,19 0,07

Habitação 16,0 1,32 2,20 1,82 5,71

Artigos de residência 4,6 2,56 2,83 0,36 0,97

Vestuário 7,3 1,72 -0,92 1,06 0,66

Transportes 19,8 4,59 0,99 -0,06 -0,43

Saúde 11,4 0,72 1,36 3,23 1,72

Despesas pessoais 10,1 1,55 2,74 4,52 -0,76

Educação 3,4 0,24 6,74 0,67 0,86

Comunicação 3,8 1,13 -1,87 0,14 0,45

Fonte: IBGE1/ Referentes a setembro de 2014.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 77

Rio Grande do Sul

O PIB do Rio Grande do Sul recuou, na margem, 0,4% no segundo trimestre de 2014, segundo estimativas dessazonalizadas da Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel Heuser (FEE). O resultado refletiu declínios de 1,7% na agropecuária, 3,2% na indústria e 0,6% nos serviços. Em doze meses, o PIB estadual cresceu 1,9%, com redução de 2,2% na agropecuária e expansões de 1,9% na indústria e de 2,6% nos serviços.

Dados mais recentes ratificam a perda de dinamismo da economia gaúcha. O IBCR-RS retraiu 0,1% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao terminado em maio, quando decrescera 1,4%, na mesma base de comparação, segundo dados dessazonalizados. Considerados períodos de doze meses, o indicador elevou-se 1,4% em agosto (1,9% em maio).

O volume de vendas do comércio varejista cresceu 0,2% no trimestre encerrado em agosto, na comparação com o finalizado em maio, quando diminuíra 0,8%, na mesma base de comparação, de acordo com a PMC do IBGE. Ressalte-se a queda de 8,4% das vendas no segmento de tecidos, vestuário e calçados e a recuperação parcial do comércio de hipermercados e supermercados, que variou 1,1% nesse trimestre, após recuo de 2,2% no anterior. As vendas do comércio ampliado contraíram 2,1% (-7,5% em maio), influenciadas pela retração de 11,6% do comércio automotivo, enquanto as vendas de material de construção variaram 0,6%.

Em doze meses, o comércio varejista expandiu 3,4% em agosto (4,2% em maio), com resultados positivos em sete das nove atividades, destacando-se o crescimento nas vendas de outros artigos de uso pessoal e doméstico, 8,9%. Incorporados os crescimentos de 8,1% em material de construção e de 4,8% em automóveis, o comércio ampliado expandiu 4,7% no período (6,4% em maio).

As vendas de automóveis e veículos comerciais leves no estado totalizaram 54,2 mil unidades no terceiro trimestre, segundo a Fenabrave, aumentando 2,4% em comparação às do segundo trimestre. No ano, houve recuo de 10,2% no número de unidades comercializadas, relativamente a igual período de 2013.

A receita nominal do setor de serviços do estado cresceu 2,4% no trimestre finalizado em agosto, frente a igual período de 2013 (4,3% no trimestre até maio),

Tabela 5.25 – PIB e VAB – Rio Grande do Sul

Junho de 2014Var. %

Discriminação II trim. 2014 /I trim. 20141/ Acum. 4 trim.

PIB -0,4 1,9

Impostos -0,9 2,2

VAB -0,3 1,8

Agropecuária -1,7 -2,2

Indústria -3,2 1,9

Serviços -0,6 2,6

Fonte: FEE

1/ Dados dessazonalizados.

110

125

140

155

170

130

135

140

145

150

Ago2011

Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

IBC-Br IBCR-RS (eixo da direita)

Gráfico 5.21 – Índice de Atividade Econômica do Banco Central – Brasil e Rio Grande do SulDados dessazonalizados2002 = 100

90

100

110

120

130

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Restrito Ampliado

Gráfico 5.22 – Comércio varejista – Rio Grande do SulDados dessazonalizados2011 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 5.26 – Comércio varejista – Rio Grande do SulGeral e setores selecionados

Variação % no período

Discriminação 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 3,8 -0,8 0,2 3,4

Combustíveis e lubrificantes 9,1 -2,2 0,0 6,2

Hiper e supermercados 0,3 -2,2 1,1 2,1

Tecidos, vestuário e calçados 8,8 -0,2 -8,4 3,2

Móveis e eletrodomésticos 6,9 -2,7 -3,1 5,9

Comércio varejista ampliado 6,4 -7,5 -2,1 4,7

Automóveis e motocicletas 7,9 -8,8 -11,6 4,8

Material de construção 14,5 -2,5 0,6 8,1

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

78 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

segundo a PMS do IBGE. Destacaram-se as elevações nos segmentos outros serviços (12%) e serviços prestados às famílias (6,9%). No período de doze meses até agosto, a receita nominal aumentou 4,7% (5,1% até maio), reflexo de crescimento em todos os segmentos pesquisados, exceto serviços profissionais, administrativos e complementares.

O saldo das operações de crédito superiores a R$1mil contratadas no estado alcançou R$185,3 bilhões em agosto, com aumentos de 1,8% no trimestre e 11,9% em doze meses. As operações com pessoas físicas somaram R$103,1 bilhões, crescendo 2,1% e 15,6%, respectivamente, nas mesmas bases de comparação, destacando-se a expansão trimestral nas modalidades de financiamentos imobiliários, financiamentos com recursos direcionados do BNDES e crédito pessoal consignado. A carteira de pessoas jurídicas totalizou R$82,2 bilhões, elevando-se 1,5% no trimestre e 7,7% em doze meses, ressaltando-se as contratações da indústria de transformação, administração pública e construção.

A inadimplência dessas operações de crédito atingiu 2,6% em agosto, mantendo-se estável em relação a maio, refletindo taxas inalteradas no período tanto para o segmento de pessoas físicas (2,8%), como de pessoas jurídicas (2,4%).

O Icec, divulgado pela Fecomércio-RS, alcançou 107 pontos em setembro (110,4 pontos em junho e 115,5 pontos em setembro de 2013). O desempenho no trimestre refletiu queda na confiança, sobretudo quanto à trajetória da empresa e as perspectivas de contratação de funcionários. Na comparação interanual, destaque-se, adicionalmente, a deterioração das expectativas sobre a economia brasileira.

O mercado de trabalho do estado registrou a redução de 12,6 mil empregos formais no trimestre encerrado em agosto (geração de 6,6 mil postos em igual período de 2013), de acordo com o Caged/MTE. A indústria de transformação eliminou vagas em nove de seus doze subsetores, destacando-se as retrações na indústria da borracha, fumo e couro (-4,9 mil) e na de calçados (-2,5 mil). Considerados dados dessazonalizados, o nível de emprego formal cresceu 0,2% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao finalizado em maio, quando aumentara 0,5% na mesma base de comparação, ressaltando-se a elevação de 0,9% no setor de serviços e a retração de 1,8% na construção civil.

A taxa de desemprego da Região Metropolitana de Porto Alegre (RMPA) atingiu 4,3% no trimestre encerrado

100

110

120

130

Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil RS

Gráfico 5.23 – Receita nominal de serviçosDados observados – Média móvel trimestral 2011 = 100

Fonte: IBGE

0

5

10

15

20

25

30

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

PF PJ Total

Gráfico 5.24 – Evolução do saldo das operações de crédito – Rio Grande do Sul1/

Variação em 12 meses – %

1/ Operações com saldo superior a R$ 1 mil.

Tabela 5.27 – Receita nominal de serviços –

Rio Grande do SulServ. empresariais não financeiros, exceto saúde e educação

Var. %

Segmentos 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Total 5,1 4,3 2,4 4,7

Serviços prestados às famílias 5,8 13,4 6,9 9,6

Serviços de informação e comunicação 5,3 7,3 4,9 7,2

Serviços profissionais e administrativos -6,2 -1,7 -0,2 -3,0

Transportes e correios 12,2 3,1 -0,4 5,3

Outros serviços 11,2 9,9 12,0 11,2

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa ao trimestre encerrado no mês assinalado e o mesmo período

do ano anterior.

Tabela 5.28 – Evolução do emprego formal –

Rio Grande do Sul

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 6,6 30,8 8,1 18,2 -12,6

Indústria de transformação -4,4 -3,3 0,4 7,5 -12,4

Comércio 2,7 18,1 -1,9 2,6 -2,6

Serviços 7,6 9,6 3,6 13,4 6,0

Construção civil 0,8 0,8 2,5 1,2 -3,4

Agropecuária -0,6 5,6 3,7 -7,3 0,0

Serviços ind. de utilidade pública 0,2 -0,1 -0,1 0,2 -0,1

Outros2/ 0,2 0,2 0,0 0,6 -0,1

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 79

em agosto (3,7% em igual período de 2013), de acordo com a PME do IBGE. A elevação na taxa refletiu a queda de 1,2% na população ocupada e o crescimento de 0,2% na PEA. Considerados dados dessazonalizados, a taxa de desemprego situou-se em 4,1% no trimestre finalizado em agosto (2,9% no findo em maio). O rendimento médio real habitual e a massa salarial real recuaram 1,2% e 0,2%, na ordem, no mesmo período.

No âmbito fiscal, o superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios do Rio Grande do Sul atingiu R$1,4 bilhão no primeiro semestre de 2014, inferior em 6,1% ao resultado de igual período de 2013. Esse desempenho refletiu principalmente a queda de 8,1% no superavit do governo estadual e a reversão de superavit para deficit na esfera da capital. Os juros nominais, apropriados por competência, somaram R$3,1 bilhões, levando o deficit nominal a R$1,7 bilhão (R$688 milhões em igual período de 2013).

A dívida líquida do estado acumulou R$54,5 bilhões em junho, aumento de 2,8% em relação ao estoque de dezembro de 2013.

A arrecadação do ICMS atingiu R$16,4 bilhões no acumulado do ano até agosto, segundo a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul, com acréscimo real de 0,1% em relação a igual período de 2013. As transferências da União ao estado somaram R$5,4 bilhões, de acordo com a STN, valor 9,5% superior ao do mesmo intervalo de 2013, em termos reais10.

A safra de grãos do Rio Grande do Sul deverá crescer 0,9% em 2014, atingindo o recorde de 30,5 milhões de toneladas (15,6% da produção nacional), de acordo com o LSPA de setembro, do IBGE, assinalando-se as variações projetadas para as colheitas de feijão (17,6%), arroz (1,8%), soja (2,2%) e trigo (-4,2%)11. Dentre as demais culturas, destacam-se as estimativas para as produções de maçã (7,4%) e fumo (-4,2%).

As cotações médias de soja, feijão, arroz, trigo e milho variaram, na ordem, 3,2%, -2,3%, 5,7%, -3,5% e -6% nos primeiros nove meses do ano, em relação a igual período de 2013, segundo a Emater/RS. No trimestre encerrado em setembro, comparando com o findo em junho, essas cotações oscilaram -9,5% para a soja, -16,2% para o feijão, 1,8% para o arroz, -18,6% para o trigo e -8,8% para o milho.

1 100

1 200

1 300

1 400

1 500

1 700

1 900

2 100

Mai2012

Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Total Com carteiraConta própria Sem carteira (eixo dir.)

R$ R$

Fonte: IBGE1/ Média móvel trimestral, a preços de agosto de 2014, corrigidos pelo INPC.

Gráfico 5.26 – Rendimento médio real habitual1/ –Porto Alegre

10/ Dados corrigidos pelo IGP-DI.11/ Ressalte-se o recorde previsto na produção das lavouras de verão, que deverão atingir 26,8 milhões de toneladas (amendoim, arroz, feijão, girassol, milho,

soja e sorgo).

Tabela 5.30 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Rio Grande do Sul1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

RS 52 948 -1 390 3 124 1 734 -230 54 453

Governo estadual 52 912 -1 265 3 107 1 842 -209 54 545

Capital 225 60 18 78 -9 294

Demais municípios -189 -184 -1 -185 -12 -386

1/ Inclui inform. do estado e de seus principais municípios. Dados preliminares.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resultado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes decorrentes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Tabela 5.29 – Necessidades de financiamento –

Rio Grande do Sul1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

RS -1 480 -1 390 2 168 3 124

Governo estadual -1 376 -1 265 2 169 3 107

Capital -73 60 11 18

Demais municípios -31 -184 -11 -1

1/ Inclui informações do estado e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

2

3

4

5

6

Jan Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez

2011 2012 2013 2014

%

Fonte: IBGE

Gráfico 5.25 – Taxa de desocupação – Porto Alegre

80 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

O VBP dos principais produtos agrícolas do estado deverá diminuir 10,7% em 2014, assinalando-se as quedas relativas às culturas de trigo (-19,7%), feijão (-17,9%) e soja (-3%), e, por outro lado, a elevação para a cultura de arroz (18,9%), de acordo com estimativa de agosto do Mapa.

Os abates de bovinos, suínos e aves, realizados em estabelecimentos fiscalizados pelo SIF, variaram 7,2%, -1,4% e -3,3%, respectivamente, nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual período de 2013, equivalentes, na ordem, a 2,6%, a 23% e a 14,4% dos abates realizados no país, de acordo com o Mapa.

Na mesma base de comparação, os preços médios recebidos pelos produtores de bovinos, suínos e aves aumentaram, na ordem, 23,8%, 23,3% e 2,2%, conforme a Emater/RS e o Iepe/UFRGS. A quantidade exportada de carne bovina expandiu 15,7%, enquanto as de carne suína e de aves contraíram -22,8% e -1,6%, no período, de acordo com o MDIC.

A produção gaúcha de leite (13,6% do total nacional) expandiu 3,9% no primeiro semestre de 2014, em relação ao mesmo intervalo de 2013, conforme o IBGE. Segundo a Emater/RS, o preço do produto aumentou 12,9% nos primeiros oito meses de 2014, em relação a igual intervalo de 2013.

O VBP real da pecuária do estado, considerado o IGP-DI como deflator, deverá reduzir 5,6% em 2014, reflexo de variações nos VBPs de frango (-11,4%), suínos (-5,9%), bovinos (-3,4%) e leite (4,7%), segundo estimativa realizada pelo Mapa em agosto.

A atividade fabril no estado seguiu em desaceleração no trimestre encerrado em agosto. A produção industrial gaúcha declinou 1,9% no período, comparativamente ao trimestre finalizado em maio, na série isenta de sazonalidade da PIM-PF Regional do IBGE. Houve recuo em sete das treze atividades pesquisadas, com destaque para as indústrias de veículos automotores (-20,7%) e metalurgia (-15,6%).

Considerados períodos de doze meses, a indústria do estado retraiu 1% em agosto (aumento de 4,5% em maio), salientando-se a contração em metalurgia (-10,9%) e preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos para viagem e calçados (-4,3%).

O Índice de Desempenho Industrial (IDI) declinou 2,6% no trimestre encerrado em agosto, em relação ao terminado em maio, conforme dados dessazonalizados

55

85

115

145

10

30

50

70

90

Set2011

Jan2012

Mai Set Jan2013

Mai Set Jan2014

Mai Set

Arroz Soja TrigoMilho Feijão

Arroz, soja, trigo e milho Feijão

Gráfico 5.27 – Preços médios mensais pagos ao produtor – Rio Grande do Sul (R$/saca)

Fonte: Emater

40

60

80

100

120

140

160

Ago2011

Dez Abr2012

Ago Dez Abr2013

Ago Dez Abr2014

Ago

Bovinos Aves Suínos

Gráfico 5.28 – Abates de animais – Rio Grande do SulMédia móvel trimestral

Fonte: Mapa

2005 = 100

Tabela 5.31 – Produção agrícola – Rio Grande do SulItens selecionados

Em mil toneladas

Discriminação Pesos1/ Produção2/ Variação %

2013 2014 2014/2013

Grãos 67,0 30 239 30 510 0,9

Soja 29,6 12 757 13 041 2,2

Arroz 22,9 8 098 8 241 1,8

Milho 7,7 5 350 5 390 0,7

Trigo 5,1 3 352 3 212 -4,2

Feijão 0,8 94 111 17,6

Outras lavouras

Fumo 12,8 431 413 -4,2

Mandioca 4,9 1 166 1 193 2,3

Uva 3,4 808 812 0,5

Maçã 2,6 643 690 7,4

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM 2012.

2/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Tabela 5.32 – Indicadores da pecuária – Rio Grande do SulAgosto de 2014

Variação % no ano

Discriminação Produção Exportações Preços

(kg) (R$)

Abates1/

Bovinos 7,2 15,7 23,8

Suínos -1,4 -22,8 23,3

Aves2/ -3,3 -1,6 2,2

Leite3/ 3,9 - 12,94/

Fonte: Emater/RS, IBGE, Iepe, Mapa e MDIC

1/ Número de animais.

2/ Os preços correspondem aos praticados no varejo.

3/ Litros. Produção até junho.

4/ Até agosto.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 81

da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs), resultado dos recuos no faturamento (-6,8%), no emprego (-1,1%), nas horas trabalhadas (-1,0%) e nas compras industriais (-4%). Considerados intervalos de doze meses, o IDI recuou 1,5% em agosto, destacando-se as quedas de 4,8% nas compras industriais e de 1,9% no faturamento.

A produtividade da mão de obra da indústria gaúcha, razão entre a produção física e o número de horas pagas, divulgados pelo IBGE, recuou 0,8% no trimestre encerrado em agosto (-1,5% no finalizado em maio), na série com dados dessazonalizados. Em doze meses, o indicador cresceu 3,5% até agosto (8,0% em maio).

A percepção do empresário industrial seguiu desfavorável nos últimos meses, conforme apontado pelo Icei, que atingiu 43,2 pontos em setembro (45,7 pontos em junho e 53,4 pontos em igual mês de 2013). O componente que mede as condições atuais situou-se em 36,3 pontos e o que avalia as expectativas para os próximos seis meses, 46,7 pontos.

A taxa de velocidade das vendas de imóveis novos em Porto Alegre, razão entre as vendas e as ofertas de imóveis novos, atingiu 4,7% em julho (5,1% em junho e 5,5% em julho de 2013), segundo a Pesquisa do Mercado Imobiliário de Porto Alegre do Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do Sul (Sinduscon-RS). No trimestre encerrado em julho, foram comercializados 504 imóveis (recuo de 65,3% em relação ao trimestre terminado em abril).

As vendas de ônibus e caminhões totalizaram 2,8 mil unidades no terceiro trimestre, segundo a Fenabrave, elevação de 0,6%, relativamente ao trimestre anterior. O total de ônibus e caminhões comercializados no estado recuou 21,3% no ano e 14,7% em doze meses, ante variações nacionais de -1,2% e 1,4%, na ordem.

O comércio exterior mantém-se como fonte relevante para a atividade econômica do estado. A balança comercial foi superavitária em US$3,4 bilhões nos primeiros nove meses do ano (US$4,8 bilhões em igual período de 2013), de acordo com o MDIC. As exportações totalizaram US$14,7 bilhões e as importações, US$11,3 bilhões, contraindo 16,1% e 10,7%, respectivamente, no período.

A trajetória das exportações, refletindo reduções de 1% nos preços e de 15,3% no quantum, evidenciou recuos de 9,3% nos embarques de produtos básicos (55% da pauta),

Tabela 5.34 – Indicadores da produção industrial –

Rio Grande do Sul

Variação %

Discriminação 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

IDI -1,2 -2,6 -1,5

Compras industriais -1,4 -4,0 -4,8

Faturamento -2,1 -6,8 -1,9

Emprego industrial -0,9 -1,1 -0,1

Horas trabalhadas -0,5 -1,0 -0,4

Nuci1/ 80,9 80,6 81,1

Fonte: Fiergs

1/ Percentual médio de utilização.2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados dessazonalizados pelo BCB.

95

100

105

110

115

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil RS

Gráfico 5.29 – Produção industrial – Rio Grande do SulDados dessazonalizados – Média móvel trimestral 2012 = 100

Fonte: IBGE

90

95

100

105

110

115

Mai2011

Ago Nov Fev2012

Mai Ago Nov Fev2013

Mai Ago Nov Fev2014

Mai Ago

Brasil RS

Gráfico 5.30 – Produtividade da indústria Dados dessazonalizados – Média móvel trimestral 2012 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 5.33 – Produção industrial – Rio Grande do Sul

Geral e atividades selecionadas

Variação % no período

Setores Pesos1/ 2014

Mai2/ Ago2/ 12 meses

Indústria geral 100,0 -2,2 -1,9 -1,0

Produtos alimentícios 16,4 -0,7 -2,8 -2,0

Veículos automotores 13,8 5,9 -20,7 -0,2

Máquinas e equipamentos 12,0 -0,6 -4,1 1,4

Outros produtos químicos 10,3 -16,7 20,7 -2,9

Artef. couro e calçados 8,9 1,0 -2,1 -4,3

Produtos de metal 8,5 -0,8 -6,2 0,2

Prod. borracha e plástico 5,0 3,9 -4,7 0,3

Fonte: IBGE

1/ Ponderação de atividades no VTI, conforme a PIA 2010/IBGE.

2/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

82 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

com destaque para as contrações em fumo (20,3%), carne de frango (6,5%) e carne suína (20,6%); e queda de 26,4% nas vendas de produtos manufaturados (38,5% do total), com ênfase nas reduções das exportações de hidrocarbonetos (32,1%), tratores (18,2%), e partes e peças para veículos (14,1%). Ressalte-se a alta base de comparação em 2013, decorrente da venda de uma plataforma de perfuração/exploração à subsidiária da Petrobrás no Panamá em junho daquele ano, no valor de US$1,6 bilhão. As exportações de semimanufaturados (6,5% da pauta) aumentaram 3%, destacando-se o crescimento das vendas de couros e peles, 25,2%.

As exportações direcionadas à China, EUA e Argentina representaram, em conjunto, 42,3% das vendas externas do estado no período, com variações respectivas de 4,5%, -15,6% e -27,1% em relação a igual período de 2013. Destacaram-se as reduções de 65,7% nas vendas de automóveis à Argentina e de 42,9% nos embarques de fumo para os EUA.

A trajetória das importações refletiu recuos de 8,5% no quantum e de 2,4% nos preços. Houve retrações em todas as categorias, destacando-se a queda de 8,7% nas compras de produtos intermediários (44,1% do total das aquisições), em especial de naftas. As compras de combustíveis (23,9% do total) diminuíram 7,6%, as de bens de capital (20,4% do total) reduziram 13,8%, em especial de bombas e compressores e máquinas para uso agrícola; e as de bens de consumo diminuíram 17,8% (11,6% do total), com destaque para a redução em automóveis.

As importações provenientes da Argentina, Nigéria e China representaram, em conjunto, 40,5% das compras do estado no intervalo, com variações respectivas de -21,9%, -6,5% e 1,6%, em relação a igual período de 2013.

A inflação da RMPA arrefeceu no terceiro trimestre de 2014. O IPCA variou 0,61% no período, ante 2,13% no segundo trimestre do ano, reflexo das elevações menos intensas nos preços livres, de 2,03% para 0,51%, e nos monitorados, de 2,47% para 0,96%, destacando-se a retração nos preços da gasolina (-1,08%) e o menor impacto dos reajustes em energia elétrica residencial e produtos farmacêuticos.

O desempenho dos preços livres derivou da desaceleração nos bens comercializáveis, de 2,49% para 0,32%, refletindo, principalmente, as quedas em artigos de vestuário (-1,10%) e alimentos, como óleos e gorduras

Tabela 5.36 – Exportações por principais setores

do Rio Grande do Sul: Janeiro-setembro

Discriminação Valor (US$milhões)

2013 2014 Var. %

Agricultura e pecuária 4 708 4 289 -8,9

Indústria de transformação1/ 12 285 9 898 -19,4

Alimentos e bebidas 3 020 2 979 -1,4

Produtos químicos 1 642 1 514 -7,8

Fumo 1 693 1 370 -19,1

Máquinas e equipamentos 1 158 982 -15,2

Calçados e couros 723 816 12,9

Veículos 790 543 -31,3

Coque, refino de petróleo,

combustíveis nucleares e álcool 173 308 78,0

Borracha e plástico 267 269 0,7

Móveis e indústrias diversas 233 240 3,0

Produtos de metal 210 201 -4,3

Celulose, papel e produtos de papel 137 125 -8,8

Máquinas de escritório e informática 100 115 15,0

Madeira 89 88 -1,1

Metalurgia 142 86 -39,4

Máquinas, aparelhos e mat. elétricos 97 74 -23,7

Outros equipamentos de transporte2/ 1 632 0 -100,0

Fonte: MDIC/Secex

1/ Itens selecionados.

2/ Plataforma de perfuração/exploração.

80

100

120

140

40

50

60

70

Mar2012

Jun Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Índice de Confiança do Empresário IndustrialÍndice de Confiança do Empresário do Comércio (eixo da dir.)

Fontes: Fiergs e Fecomércio

Linha de confiança

Gráfico 5.31 – Confiança do empresariado – Rio Grande do SulEm pontos

Tabela 5.35 – Exportação por fator agregado – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Rio Grande do Sul Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 17 505 14 682 -16,1 -2,2

Básicos 8 902 8 077 -9,3 1,7

Industrializados 8 603 6 605 -23,2 -5,8

Semimanufaturados 926 954 3,0 -4,7

Manufaturados1/ 7 677 5 651 -26,4 -6,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Inclui operações especiais.

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 83

(-5,27%) e frango em pedaços (-1,52%); e nos bens não comercializáveis, de 1,59% para 0,69%, com destaque para as reduções em tubérculos (-24,68%) e hotel (-24,50%).

O índice de difusão atingiu média de 53,6% no trimestre encerrado em setembro (média de 59,5% no finalizado em junho e de 53,7% no findo em setembro de 2013).

A variação do IPCA da RMPA acumulou 6,67% no período de doze meses encerrado em setembro (7,22% em junho), em linha com a desaceleração verificada nos preços livres, de 7,72% para 7,02%, e nos monitorados, de 5,59% para 5,52%.

O ritmo da atividade econômica do Rio Grande do Sul moderou em 2014, refletindo, principalmente, os desempenhos da produção industrial e do comércio em contexto de redução gradativa dos indicadores de confiança.

Para os próximos trimestres, a perspectiva de inversões de US$2,2 bilhões, segundo a Renai do MDIC, destacando-se o investimento de US$1,5 bilhão da Eletrosul para instalação do complexo eólico Campos Neutrais, entre Santa Vitória do Palmar e Chuí, e a ampliação do complexo Cerro Chato, em Santana do Livramento, deverão contribuir para expansão da atividade econômica regional.

Tabela 5.37 – Importação por categoria de uso – FOB

Janeiro-setembro

US$ milhões

Discriminação Rio Grande do Sul Brasil

2013 2014 Var. % Var. %

Total 12 661 11 312 -10,7 -2,8

Bens de capital 2 673 2 304 -13,8 -6,2

Matérias-primas 5 468 4 992 -8,7 -1,7

Bens de consumo 1 594 1 311 -17,8 -3,2

Duráveis 1 215 964 -20,7 -5,2

Não duráveis 379 347 -8,4 -0,9

Combustíveis e lubrificantes 2 926 2 705 -7,6 -0,6

Fonte: MDIC/Secex

Tabela 5.38 – IPCA – RMPAVariação % trimestral

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

IV Tri I Tri II Tri III Tri

IPCA 100,0 1,84 1,93 2,13 0,61

Livres 77,1 1,79 2,52 2,03 0,51

Comercializáveis 38,1 0,93 1,72 2,49 0,32

Não comercializáveis 39,0 2,65 3,30 1,59 0,69

Monitorados 22,9 2,01 -0,01 2,47 0,96

Principais itens

Alimentação 25,8 2,45 3,86 1,55 0,39

Habitação 13,6 2,90 1,12 3,33 2,15

Artigos de residência 4,9 0,57 2,28 2,37 0,68

Vestuário 6,7 1,18 -2,09 4,35 -1,10

Transportes 18,1 1,72 0,37 1,27 0,17

Saúde 11,4 1,47 1,36 2,96 0,83

Despesas pessoais 10,8 1,51 3,98 2,84 0,47

Educação 4,5 0,01 6,56 -0,02 1,43

Comunicação 4,2 1,65 -2,12 0,10 0,38

Fonte: IBGE

1/ Referentes a setembro de 2014.

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6Inferências nacionais a partir dos indicadores regionais

O ritmo da atividade econômica arrefeceu no trimestre encerrado em agosto, como ilustra, por exemplo, a redução de 0,7% do IBC-Br em relação ao trimestre finalizado em maio, quando havia aumentado 0,1% em relação aos três meses anteriores, de acordo com dados dessazonalizados (Tabela 6.1). No trimestre encerrado em agosto, houve redução nos indicadores regionais do Norte, com destaque para a retração da produção da indústria de transformação do Amazonas; e do Nordeste, em parte explicado pela elevada base de comparação. Por sua vez, o indicador do Centro-Oeste, impulsionado pelo dinamismo da agricultura e da indústria de transformação, cresceu 1,3% no trimestre.

As vendas do comércio varejista decresceram 1% no trimestre finalizado em agosto, em relação ao encerrado em maio, quando haviam recuado 0,7%, segundo dados dessazonalizados (Tabela 6.2). Houve reduções em todas as regiões, destacando-se as observadas no Centro-Oeste (2,3%), Nordeste (1,2%) e no Sudeste (1,2%). O resultado negativo no Centro-Oeste repercutiu reduções nas vendas em todas as unidades da federação na região, com destaque para Mato Grosso do Sul e Mato Grosso. Os recuos no Nordeste e Sudeste foram influenciados, em grande parte, pelas reduções nas vendas de equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação, e de móveis e eletrodomésticos.

As vendas do comércio ampliado, incluídos os segmentos veículos, motos, partes e peças, e material de construção, diminuíram 3,5% no país (-2,1% no trimestre encerrado em maio), com recuos em todas as regiões. Destacou-se, no Sul, a redução de 9,8% nas vendas de automóveis.

O saldo das operações de crédito acima de R$1 mil somou R$2.794 bilhões em agosto, aumento de 2,5% no trimestre, com as maiores variações regionais no Nordeste (3%) e Centro-Oeste (2,7%), conforme a Tabela 6.3. O

Tabela 6.1 – Índice de Atividade Banco Central – IBC

Brasil e regiões1/

%

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Brasil 0,3 0,2 -0,7 0,1 -0,7

Norte 3,2 0,3 1,0 0,9 -1,1

Nordeste 0,3 0,4 1,0 3,5 -1,1

Centro-Oeste -0,1 1,1 -0,4 0,5 1,3

Sudeste 0,0 0,5 -1,1 0,0 0,1

Sul -2,0 0,6 0,5 -0,4 -0,1

1/ Variação do trimestre em relação ao anterior; séries com ajuste sazonal.

O resultado nacional não representa necessariamente a média dos resultados

regionais.

Tabela 6.2 – Índice de volume de vendas

Brasil e regiões1/

Variação percentual

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Comércio varejista

Brasil 2,7 1,8 0,2 -0,7 -1,0

Norte 1,2 2,0 0,8 0,2 -0,1

Nordeste 3,2 2,1 0,6 0,6 -1,2

Centro-Oeste 3,8 1,5 -0,3 0,2 -2,3

Sudeste 2,9 1,5 -0,2 -0,3 -1,2

Sul 2,6 1,5 0,6 -1,6 -0,3

Comércio ampliado

Brasil 1,6 0,7 -0,1 -2,1 -3,5

Norte -1,3 1,2 0,5 1,0 -0,8

Nordeste 3,2 0,5 0,0 0,4 -1,7

Centro-Oeste 0,5 0,8 -0,9 0,4 -3,6

Sudeste 1,9 0,5 -2,0 -2,5 -2,5

Sul 2,4 2,3 1,8 -6,2 -3,5

Fonte: IBGE e BCB

1/ Variação do trimestre em relação ao anterior; séries com ajuste sazonal.

86 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

estoque das contratações aumentou mais acentuadamente no segmento de pessoas físicas, em especial no Norte, Nordeste e Centro-Oeste, com destaque para financiamentos imobiliários, crédito consignado e financiamentos rurais. No segmento de pessoas jurídicas, destaque de um lado para crescimento no Nordeste, Sudeste e Sul – impulsionado pelas operações para financiamento de exportações, bem como com os setores transmissão e distribuição de energia elétrica e gás, serviços públicos (exceto educação e saúde), construção e refino de petróleo – e de outro para recuo de 1,1% no Norte, onde a indústria apresentou o pior desempenho regional, nessa base de comparação.

A inadimplência das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional aumentou 0,1 p.p. no trimestre encerrado em agosto (Tabela 6.4), com expansão da mesma magnitude no segmento de pessoas jurídicas (no caso do Centro-Oeste, 0.3 p.p.) e estabilidade no de pessoas físicas (no caso do Norte, -0,2 p.p.). Em doze meses, o recuo de 0,1 p.p. repercutiu retração de 0,3 p.p. no segmento de pessoas físicas (no caso do Norte, 0,6 p.p.) e aumento de 0,1 p.p. no de pessoas jurídicas (no caso do Centro-Oeste, 0,4 p.p.).

A atividade industrial no país diminuiu 1,5%, na margem, no trimestre terminado em agosto (após recuar 0,3% no finalizado em maio), com destaque para os resultados negativos observados no Norte, Nordeste e Sul (Tabela 6.5).

A diminuição da produção da indústria do Norte refletiu, fundamentalmente, o recuo de 7,3% na produção da indústria de transformação do Amazonas, sendo 25,5% no segmento de informática, eletrônicos e ópticos e 11% no segmento de outros equipamentos de transporte. No Nordeste, destaca-se recuo na produção nas atividades artigos do vestuário e acessórios (16,7%) e produtos alimentícios (6%). No Sul, em onze das dezoito atividades pesquisadas a produção industrial diminuiu: 19,6% no caso da produção de veículos automotores, reboques e carrocerias; 12,6%, de metalurgia; e 7,1%, de aparelhos e materiais elétricos.

A safra de grãos do país está estimada em 193,4 milhões de toneladas, em 2014 (crescimento anual de 2,8%), conforme o LSPA do IBGE de setembro (Tabela 6.6). A colheita do Centro-Oeste, principal região produtora de grãos, deverá aumentar 4,3%, destacando-se a expansão esperada de 9,1% na colheita de soja, em área plantada 8,1% superior à de 2013. A safra do Sudeste deverá diminuir 12,5% no ano, destacando-se reduções respectivas de 38,7%, 16,9%

Tabela 6.3 – Operações de crédito do SFN1/

Agosto de 2014

R$ bilhões

Discriminação Saldo Variação percentual (%)

PJ PF Total Trimestre 12 meses

PJ PF Total PJ PF Total

Brasil 1 477 1 318 2 794 1,9 3,2 2,5 11,4 14,5 12,9

Norte 46 62 108 -1,1 3,9 1,7 5,8 14,9 10,8

Nordeste 162 201 364 2,2 3,7 3,0 3,0 15,7 9,7

Centro-Oeste 124 161 285 1,4 3,6 2,7 16,9 17,5 17,2

Sudeste 896 630 1 526 2,0 3,1 2,4 13,4 12,7 13,1

Sul 249 263 512 2,1 2,9 2,5 8,8 16,4 12,6

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil.

Tabela 6.4 – Inadimplência do crédito do SFN1/

Agosto de 2014

Discriminação Inadimplência Variação em p.p.

PJ PF Total Trimestre 12 meses

PJ PF Total PJ PF Total

Brasil 2,0 4,1 3,0 0,1 0,0 0,1 0,1 -0,3 -0,1

Norte 3,0 5,0 4,1 0,1 -0,2 -0,0 0,0 -0,6 -0,3

Nordeste 2,5 5,2 4,0 0,2 0,0 0,1 0,2 -0,3 0,0

Centro-Oeste 2,2 3,3 2,8 0,3 0,1 0,2 0,4 -0,2 0,1

Sudeste 1,9 4,4 2,8 0,0 -0,0 0,0 0,0 -0,3 -0,1

Sul 2,1 2,9 2,5 0,0 0,0 0,0 0,0 -0,3 -0,1

1/ Operações com saldo superior a R$1 mil com pelo menos uma parcela em

atraso superior a 90 dias.

Tabela 6.5 – Produção física da indústria

Brasil e regiões1/

%

Discriminação Peso2/ 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Brasil 100,0 1,3 -0,5 -2,4 -0,3 -1,5

Norte 5,9 8,7 2,2 3,4 -1,2 -4,2

Nordeste 9,5 2,0 -3,7 2,8 0,8 -3,9

Centro-Oeste 3,5 2,9 -0,9 -4,2 4,3 1,1

Sudeste 62,7 0,5 0,0 -7,0 2,4 0,2

Sul 18,5 1,3 1,1 -6,2 -0,8 -2,3

Fontes: IBGE e BCB1/ Variação do trimestre em relação ao anterior; séries com ajuste sazonal.2/ Participação no Valor da Transformação Industrial (VTI), segundo a PIA 2010.

Tabela 6.6 – Estimativa da produção anual de grãos1/

Brasil e regiões

Em milhões de toneladas

Discriminação Peso2/ Variação %

2013 2014 2014/2013

Brasil 100,0 188,2 193,4 2,8

Norte 3,0 5,0 5,4 9,2

Nordeste 7,6 12,0 16,1 34,9

Centro-Oeste 44,0 78,5 81,8 4,3

Sudeste 11,7 19,8 17,3 -12,5

Sul 33,8 73,0 72,8 -0,3

Fonte: IBGE

1/ Cereais, leguminosas e oleaginosas.

2/ Participação no valor da produção nacional de cereais, leguminosas e

oleaginosas – PAM 2012.

3/ Estimativa segundo o LSPA de setembro de 2014.

Produção3/

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 87

e 7,4% nas colheitas de arroz, milho e soja, impactadas pelos efeitos da estiagem, desde o final de 2013.

A taxa média de desemprego das seis regiões metropolitanas consideradas na PME atingiu 4,9% no trimestre encerrado em agosto, ante 5,6% em igual período de 2013 (Tabela 6.7). Essa redução não foi homogênea, por exemplo, a taxa de desemprego diminuiu 1 p.p. no Sudeste e 0,1 p.p. no Nordeste, mas aumentou 0,5 p.p. no Sul, na mesma base de comparação.

O mercado formal de trabalho do país gerou 138,6 mil postos no trimestre finalizado em agosto (292,9 mil em igual período de 2013), conforme a Tabela 6.8. Apenas no Norte não se observou arrefecimento na geração de empregos, com destaque para a criação de 17,4 mil vagas no Pará, em especial nos setores de construção civil, hidrelétrico e mineral. O menor dinamismo na criação de empregos formais no país refletiu, em grande parte, o desempenho verificado no Sudeste, onde se destacou a eliminação de 43,6 mil vagas pela indústria de transformação.

No âmbito fiscal, o superavit primário de governos estaduais, capitais e principais municípios do país somou R$21,4 bilhões no primeiro semestre. O recuo de R$4 bilhões em relação a igual período de 2013 repercutiu diminuição nos resultados de todas as regiões (Tabela 6.9). Destacaram-se as reduções nos superavits do Nordeste (R$2,1 bilhões) e do Sul (R$1,2 bilhão), com recuos de 48,4% e 40,6% dos respectivos governos estaduais.

A balança comercial acumulou deficit de US$0,7 bilhão nos nove primeiros meses do ano (US$1,8 bilhão em igual intervalo de 2013). Destacaram-se as melhoras nos resultados do Norte, onde o aumento no superavit repercutiu variações de 1,6% nas exportações e de -3,8% nas importações; e do Sudeste, onde o recuo no deficit refletiu, em grande parte, a retração de 9,9% nas aquisições de bens de consumo duráveis. Em sentido inverso, houve ampliação no deficit do Nordeste, com destaque para aumento nas importações de bens de consumo. O Sul passou a registrar deficit, reflexo, em especial, de retração de 16,3% nas vendas de manufaturados12.

A variação do IPCA atingiu 0,83%, no Brasil, no terceiro trimestre de 2014 (1,54% no trimestre anterior), com a maior variação no Norte (1,43%) e a menor, no Nordeste (0,61%). Os preços livres desaceleraram em todas as regiões,

Tabela 6.7 – Taxa de desemprego%

Discriminação1/ 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Brasil 5,6 5,1 4,7 4,9 4,9

Nordeste 8,1 7,6 7,5 7,9 8,0

Sudeste 5,3 4,8 4,4 4,5 4,3

Sul 3,7 3,0 2,9 3,1 4,2

Fonte: IBGE

1/ Média do trimestre encerrado no mês.

Tabela 6.8 – Geração de postos de trabalho1/

Mil

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Brasil 292,9 353,4 -159,0 177,3 138,6

Norte 18,3 18,9 -24,1 3,2 24,0

Nordeste 63,7 151,0 -24,1 -49,9 47,5

Centro-Oeste 32,0 -0,7 -6,6 22,8 21,9

Sudeste 137,4 91,4 -118,8 144,8 48,0

Sul 41,5 92,9 14,6 56,5 -2,9

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês indicado.

Tabela 6.9 – Necessidades de financiamento

de estados e municípios1/

R$ milhões

Região

2013 2014

Jan-jun Jan-jun

Norte -1 344 -1 186

Nordeste -4 905 -2 793

Centro-Oeste -2 116 -1 998

Sudeste -12 913 -12 480

Sul -4 077 -2 925

Total -25 355 -21 382

1/ Inclui informações dos estados e de seus principais municípios.

(-) superavit (+) deficit

Resultado primário

Tabela 6.10 – Balança comercial regional – FOB

Janeiro-SetembroUS$ bilhões

Região

2013 2014 2013 2014 2013 2014

Total 177,5 173,6 179,3 174,3 -1,8 -0,7

Norte 13,4 13,6 12,1 11,7 1,3 2,0

Nordeste 12,2 12,1 20,5 21,4 -8,3 -9,4

Centro-Oeste 22,7 22,3 10,4 9,8 12,3 12,5

Sudeste 88,7 88,1 98,2 94,8 -9,5 -6,7

Sul 38,0 34,6 37,9 36,5 0,1 -1,9

Outros1/ 2,6 3,0 0,1 0,1 2,4 2,8

Fonte: MDIC/Secex1/ Referem-se a operações não classificadas regionalmente.

Exportações Importações Saldo

12/ Evolução decorrente, em parte, da base de comparação elevada , tendo em vista que em junho de 2013 foi registrada a venda de uma plataforma de perfuração/exploração à subsidiária da Petrobrás no Panamá, no valor de US$ 1,6 bilhão, sem correspondência em 2014.

88 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

com destaque para a intensidade do movimento no Nordeste e no Sul. Os preços monitorados arrefeceram em âmbito nacional, com destaque para a desaceleração no Nordeste.

Em síntese, persiste a moderação no ritmo da atividade no início do segundo semestre do ano, exceto no Centro-Oeste, onde a atividade tem sido sustentada pelo desempenho da indústria e da agropecuária. Embora o ritmo de expansão da atividade doméstica tenda a ser menos intenso este ano, em comparação com o de 2013, a atividade tende a entrar em trajetória de recuperação no próximo ano.

Tabela 6.11 – IPCA

Variação trimestral1/

%

Discriminação Peso 2013 2014

Set Dez Mar Jun Set

IPCA

Brasil 100,0 0,62 2,04 2,18 1,54 0,83

Norte 4,2 0,64 1,74 1,42 1,53 1,43

Nordeste 14,8 0,28 1,99 1,70 2,26 0,61

Centro-Oeste 7,1 0,74 2,14 1,86 1,39 0,82

Sudeste 57,6 0,56 2,11 2,47 1,24 0,86

Sul 16,3 1,13 1,92 2,04 1,93 0,84

Livres

Brasil 0,82 2,20 2,60 1,51 0,69

Norte 0,22 1,87 1,65 1,14 0,42

Nordeste 0,26 2,15 2,05 1,98 0,45

Centro-Oeste 0,92 2,28 2,11 1,38 0,80

Sudeste 0,92 2,37 2,92 1,29 0,87

Sul 1,19 1,75 2,63 1,98 0,43

Monitorados

Brasil -0,02 1,54 0,76 1,62 1,27

Norte 2,34 1,24 0,50 3,08 5,41

Nordeste 0,36 1,39 0,36 3,33 1,20

Centro-Oeste 0,19 1,67 1,01 1,44 0,90

Sudeste -0,57 1,34 1,05 1,07 0,82

Sul 0,93 2,51 0,00 1,77 2,33

Fonte: IBGE e BCB

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês indicado.

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 89

A evolução da renda real gerada pela pecuária, no período de 2005 a 20141, é analisada com base na trajetória do Valor Bruto da Produção (VBP) estimada pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa)2. Nesse sentido, inicialmente foca-se na representatividade do setor na renda da agropecuária, em âmbito nacional e regional; e, em etapa posterior, na composição da renda da pecuária, também em âmbito nacional e regional.

A discussão a respeito da trajetória do VBP da pecuária ganha relevância na medida em que esse segmento tem se mostrado dos mais dinâmicos. De fato, enquanto o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) atingiu 3,3% a.a., em média, de 2005 a 20143, o do VBP da pecuária situou-se em 6,1% a.a. Considerando apenas o período

Evolução Regional da Renda da Pecuária

1/ Para 2014 foram utilizadas estimativas para o ano divulgadas em agosto.2/ OcálculodoVBPconsideraaspesquisastrimestraisdeabates,leiteeovos,doInstitutoBrasileirodeGeografiaeEstatística(IBGE),eospreços

pagos ao produtor, mensurados pela Fundação Getulio Vargas (FGV) e pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab). Os valores foram deflacionadospeloÍndiceGeraldePreços–DisponibilidadeInterna(IGP-DI),daFGV.

3/ Para2014foiconsideradaaestimativadecrescimentorealde0,7%paraoPIB,divulgadanoRelatóriodeInflaçãodesetembrode2014.

Tabela 1 – Valor Bruto da Produção (VBP) da agropecuária1/

%

Discriminação VBP (R$ bilhões)2/ Razão VBP da pecuária/

VBP da agropecuária

Lavouras Pecuária Agropecuária 2005 2104 (E)-(D) Média

(A) (B) (C) (D) (E) em p.p. 2005-2014

Brasil 207,6 101,5 309,2 34,0 31,3 -2,7 32,8

Norte 8,0 9,0 17,0 42,8 62,7 20,0 53,1

Nordeste 24,1 7,8 32,0 20,9 21,2 0,4 24,5

Sudeste 65,7 27,2 92,9 30,6 29,3 -1,3 29,3

Sul 55,8 32,7 88,5 43,0 36,8 -6,2 36,9

Centro-Oeste 54,0 24,8 78,8 32,5 26,8 -5,7 31,4

Fonte: Mapa

1/ Dados corrigidos pelo IGP-DI.

2/ Média de 2005 a 2014.

90 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

2011/2014, os aumentos médios reais do PIB e do VBP se posicionam em 1,7% a.a. e 9,6% a.a., respectivamente.

O VBP da pecuária nacional representou, em média, 32,8% do VBP da agropecuária de 2005 a 2014 (Tabela 1), com a maior participação regional no Norte (53,1%) e a menor, no Nordeste (24,5%). Destacaram-se no período o aumento na participação da pecuária no VBP da agropecuária do Norte (20 p.p.) e a diminuição no do Sul (6,2 p.p.) e no do Centro-Oeste (5,7 p.p.).

A análise regional indica, ainda, que as participações médias no período 2005/2014 dos VBPs da pecuária do Sul e do Sudeste, no total nacional, foram as mais elevadas (32,7% e 26,1%, respectivamente), embora recuassem, na ordem, 0,9 p.p. e 2,5 p.p., no período (Tabela 2). Emcontrapartida, aumentaram em 1,8 p.p. e 1,1 p.p., respectivamente, as participações dos VBPs do Norte e do Centro-Oeste.

A decomposição do VBP da pecuária nacional (Tabela 3) evidencia a importância do VBP de bovinos, com participação média de 41,4% e crescimento médio anual de 5,8% no período amostral. Seguem-se as participações dos VBPs de frangos (27,7%) e leite (16,6%), que aumentaram, em média, 7,9% e 6,6% a.a. Nesse contexto, de 2005 a 2014, houve aumento de 2,9 p.p. e recuo de 2,5 p.p. nas participações dos VBPs de bovinos e ovos, respectivamente, no total da produção pecuária nacional.

A análise do VBP da pecuária no âmbito regional mostra importância da produção de bovinos em todas as regiões, exceto no Sul, onde predomina a representatividade da produção de frangos.

No Norte4, o VBP da pecuária cresceu 7,5% a.a., em média, de 2005 a 2014, com a participação média do VBP de bovinos atingindo 84,6% no período (Tabela 4), não obstante os aumentos médios anuais respectivos de 12,0% e 8,9% nos VBPs de frangos e de leite.

4/ Não há, na região, levantamento da produção de ovos, e o referente a suínos é realizado a partir de 2010.

Tabela 2 – VBP pecuária – Participação regional%

Regiões 2005 2014 Variação Média Variação anual

(p.p.) 2005-2014 média1/

Brasil 100 100 - 100 4,8

Norte 7,4 9,2 1,8 8,8 7,5

Nordeste 6,9 7,3 0,5 7,7 5,6

Sudeste 28,6 26,1 -2,5 26,9 3,8

Sul 33,6 32,7 -0,9 32,2 4,6

Centro-Oeste 23,5 24,6 1,1 24,3 5,4

Fonte: Mapa

1/ Variação anual média de 2005 a 2014.

Tabela 3 – VBP pecuária – Participação dos componentes

Brasil

Componentes 2005 2014 Variação Média Variação anual

(p.p.) 2005-2014 média1/

Bovinos 41,3 44,2 2,9 41,4 5,8

Suínos 9,9 8,6 -1,3 8,9 2,5

Frangos 27,1 27,0 -0,2 27,7 7,9

Leite 15,5 16,5 1,0 16,6 6,6

Ovos 6,2 3,7 -2,5 5,4 3,2

Total 100,0 100,0 - 100,0 6,1

Fonte: Mapa

1/ Variação anual média de 2005 a 2014.

Tabela 4 – VBP pecuária – Participação dos componentes

Norte

%

Componentes 2005 2014 Variação Média Variação anual

(p.p.) 2005-2014 média2/

Bovinos 86,6 84,2 -2,4 84,6 7,1

Suínos1/ 0,0 0,0 - - -11,1

Frangos 2,2 3,2 1,0 3,4 12,0

Leite 11,1 12,5 1,4 11,9 8,9

Ovos - - - - -

Total 100,0 100,0 - 100,0 7,5

Fonte: Mapa

1/ Considera dados de 2010 a 2014.

2/ Variação anual média de 2005 a 2014, para suínos, de 2010 a 2014.

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 91

No Nordeste, o VBP da pecuária cresceu, em média, 5,6% a.a. de 2005 a 2014, expansão semelhante à do componente bovinos (Tabela 5), que registrou participação média de 58,5% no VBP da pecuária nordestina no período. Cabe destacar, ainda, o aumento de 7,2 p.p. na participação no VBP de frangos no total da produção pecuária da região, no período.

No período amostral, a variação média anual do VBP da pecuária do Sudeste foi a menor entre as cinco regiões (3,8%), em parte, devido à expansão modesta da renda da bovinocultura e de recuos na renda da suinocultura e de ovos (Tabela 6). Considerando o total da produção pecuária, houve, no período, aumento de 5,1 p.p. na participação do VBP de suínos e diminuição de 4,5 p.p. no VBP de bovinos.

O Sul é a única região onde o VBP de bovinos não prepondera, conforme a Tabela 7, que ainda indica participações médias dos VBPs de frangos (47,4%), suínos (17,3%) e leite (16,8%). Destacaram-se, no período 2005/2014, o aumento de 8,2 p.p. na participação do VBP de leite e o recuo de 7,4 p.p. na participação do VBP de suínos, no total da produção pecuária da região.

No Centro-Oeste5, a participação média do VBP de bovinos atingiu 67,6% no período amostral, inferior apenas à do Norte. Ressalte-se que, embora o VBP desse componente aumentasse, em média, 4,7%a.a.de2005a2014–amenortaxadeexpansãoentre as atividades consideradas (Tabela 8) –, apecuária da região segue fortemente concentrada na produção de bovinos, com participação de 67,1% em 2014.

Emresumo,oVBPdapecuárianacionalrepresentou, em média, 32,8% do VBP da agropecuária de 2005 a 2014, com a maior participação no Norte e a menor, no Nordeste. A análise regional indica que as participações médias da produção pecuária do Sul e do Sudeste, nototalnacional,sãoasmaiselevadas.Emoutraperspectiva, destaca-se em nível nacional e em nível regional (exceto no Sul) a preponderância

5/ Na região não é realizado acompanhamento da produção de ovos.

Tabela 5 – VBP pecuária – Participação dos componentes

Nordeste

%

Componentes 2005 2014 Variação Média Variação anual

(p.p.) 2005-2014 média2/

Bovinos 58,2 56,7 -1,6 58,5 5,3

Suínos1/ - 0,9 0,9 1,0 -4,7

Frangos 10,6 17,8 7,2 14,8 11,8

Leite 16,9 12,7 -4,2 14,5 2,3

Ovos 14,2 12,0 -2,3 11,7 3,6

Total 100 100 - 100 5,6

Fonte: Mapa

1/ Considera dados de 2010 a 2014.

2/ Variação anual média de 2005 a 2014, para suínos, de 2010 a 2014.

Tabela 7 – VBP pecuária – Participação dos componentes

Sul

%

Componentes 2005 2014 Variação Média Variação anual

(p.p.) 2005-2014 média1/

Bovinos 17,6 14,5 -3,1 16,5 2,3

Suínos 21,0 13,7 -7,4 17,3 -0,4

Frangos 45,8 49,6 3,8 47,4 5,5

Leite 12,4 20,6 8,2 16,8 10,6

Ovos 3,1 1,6 -1,5 2,0 -2,8

Total 100 100 - 100 4,6

Fonte: Mapa

1/Variação anual média de 2005 a 2014.

Tabela 6 – VBP pecuária – Participação dos componentes

Sudeste

%

Componentes 2005 2014 Variação Média Variação anual

(p.p.) 2005-2014 média1/

Bovinos 40,6 36,1 -4,5 38,5 2,4

Suínos - 5,1 5,1 6,1 -7,5

Frangos 24,3 23,4 -0,9 24,6 3,4

Leite 29,4 32,7 3,3 29,2 5,0

Ovos 5,7 2,7 -3,0 4,6 -4,3

Total 100 100 - 100 3,8

Fonte: Mapa

1/ Variação anual média de 2005 a 2014.

92 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

da produção de bovinos, seguida pela de frangos e leite.

Tabela 8 – VBP pecuária – Participação dos componentes

Centro-Oeste

%

Componentes 2005 2014 Variação Média Variação anual

(p.p.) 2005-2014 média1/

Bovinos 71,0 67,1 -3,9 67,6 4,7

Suínos 3,1 4,5 1,3 4,9 9,6

Frangos 14,7 17,9 3,2 17,1 7,7

Leite 11,1 10,5 -0,6 10,3 4,8

Ovos - - -

Total 100 100 - 100 5,4

Fonte: Mapa

1/ Variação anual média de 2005 a 2014.

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 93

A evolução semelhante registrada pelas exportações paulistas e brasileiras no quinquênio 2004-2008 não se repetiu no quinquênio 2009-2013, quando as vendas externas de São Paulo recuaram, em média, 0,5% a.a., enquanto as do país aumentaram 4,1% a.a. (Tabela 1)1.Esteboxeanalisa essa trajetória, com ênfase no impacto de mudanças nos principais destinos e na composição das exportações.

A moderação das exportações brasileiras no período2009-2013refletiu,emgrandeparte,orecuode 22,7% ocorrido em 2009, quando a atividade econômica global estava fortemente impactada pelacrisefinanceirainternacionaliniciadanoanoanterior. O aumento de 67,4% nas vendas externas do país no biênio 2010-2011 deveu-se, sobretudo, à elevação de preços e do quantum das principais commodities exportadas pelo país2. Cabe notar ainda que a redução de 5,5% ocorrida no biênio 2012-2013refletiu,sobretudo,adesaceleraçãodaatividadenaZonadoEuroenaChina.

Por sua vez, o recuo das exportações de São Paulo no quinquênio 2009-2013 foi determinado, em grande parte, pela concentração da pauta em produtos manufaturados, que tendem a apresentar maior elasticidade-renda e, portanto, maior sensibilidade ao ciclo econômico dos países importadores,aexemplodoverificadonaArgentinaeEstadosUnidosdaAmérica (EUA)noperíodoanalisado. De fato, enquanto as exportações de produtos básicos realizadas pelo país e pelo estado

Desempenho das Exportações Paulistas: 2008-2013

1/ O comércio global, em ambiente de desaceleração da expansão da renda mundial, aumentou 3,2% a.a. no quinquênio encerrado em 2013 (16,2%a.a.noterminadoem2008),deacordocomoWEOIMF(April,2014).

2/ Temaabordadoem“ODesempenhodasExportaçõesBrasileirasdeCommodities: uma perspectiva regional” no Boletim Regional do Banco Central de janeiro de 2012.

Tabela 1 – Exportações: variação anual média

%

2004-2008 2009-2013

Mundo1/ 16,2% 3,2%

Brasil2/ 22,0% 4,1%

São Paulo2/ 20,0% -0,5%

1/ Fonte: WEO-IMF April 2014 (Bens e serviços).

2/ Fonte: Secex-MDIC (Somente bens).

94 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

cresceram, na ordem, 54,5% e 13,8%, de 2008 a 2013, as de manufaturados variaram 0,8% e -10,7%, respectivamente (Tabela 2).

A participação das exportações paulistas no total dos embarques se deslocou de 29,2%, em 2008, para 23,2%, em 2013. Destaca-se a retração de 1,7 p.p., para 4,6%, na participação de produtos básicos, que sustentaram o crescimento das exportações no quinquênio e têm origem predominantemente em outros estados. De fato, de acordo com a Tabela 3, a participação das vendas externas de básicos realizadas por São Paulo cresceu 1,4 p.p. de 2008 a 2013 (aumento de 9,7 p.p. no país).

A análise das exportações para os dez principais destinos, para o período 2008-2013, indica aumento de concentração das vendas externas do país e estabilidade no âmbito de São Paulo (Tabela 4). O aumento na concentração das exportações brasileiras refletiu, em especial,o crescimento de 10,7 p.p. na participação das vendas para a China, onde preponderam produtos

Tabela 2 – Exportações: Brasil e São Paulo

Categorias de fator agregado

US bilhões

Fator agregado

2008 2013 Var. % 2008 2013 Var. % 2008 2013

Básicos 73,2 113,0 54,5 4,6 5,2 13,8 6,3 4,6

Semimanufaturados 27,1 30,5 12,8 4,4 7,4 69,6 16,2 24,4

Manufaturados1/ 97,7 98,5 0,8 48,7 43,5 -10,7 49,9 44,2

Total 197,9 242,0 22,8 57,7 56,2 -2,7 29,2 23,2

Fonte: Secex-MDIC

1/ Inclui consumo de bordo e transações especiais.

Brasil São Paulo São Paulo/Brasil (%)

Tabela 4 – Exportações: dez principais destinos

%

EUA 13,9 China 19,0 EUA 16,0 Argentina 14,7

Argentina 8,9 EUA 10,2 Argentina 14,6 EUA 13,1

China 8,3 Argentina 8,1 México 3,6 China 5,8

Holanda 5,3 Holanda 7,2 Chile 3,5 Holanda 4,9

Alemanha 4,5 Japão 3,3 Venezuela 3,5 Venezuela 3,3

Japão 3,1 Alemanha 2,7 Holanda 3,0 México 3,3

Venezuela 2,6 Venezuela 2,0 Alemanha 2,9 Chile 2,9

Chile 2,4 Coreia do Sul 2,0 Bélgica 2,9 Bélgica 2,7

Itália 2,4 Chile 1,9 Rússia 2,6 Alemanha 2,2

Rússia 2,4 Panamá 1,8 China 2,3 Colômbia 1,8

Total 53,8 58,2 54,9 54,7

Fonte: SECEX-MDIC

Brasil São Paulo

2008 2013 2008 2013

Tabela 3 – Exportações Brasil e São Paulo

Participação por categorias de fator agregado

%

Fator agregado

2008 2013 2008 2013

Básicos 37,0 46,7 7,9 9,3

Semimanufaturados 13,7 12,6 7,6 13,2

Manufaturados1/ 49,3 40,7 84,5 77,5

Fonte: Secex-MDIC

1/ Inclui consumo de bordo e transações especiais.

Brasil São Paulo

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 95

básicos. Em sentido inverso, as participaçõesdasexportaçõesparaosEUAeparaaArgentina,com peso relevante de manufaturados, recuaram 3,7p.p.e0,8p.p.,respectivamente,noperíodo.Emrelação ao destino das exportações de São Paulo, destacaram-se os aumentos nas participações de China (3,5 p.p.) e Holanda (1,9 p.p.), e o recuo de 2,9p.p.nadosEUA.

A abertura das exportações de São Paulo por categorias de fator agregado permite a melhor compreensão das alterações nos principais destinos no período de 2008 a 2013. Nesse sentido, conforme aTabela 5, a redução na participação dosEUArefletiu a retração de 20,2% nos embarques brasileiros para aquele país, destacando-se as reduções de 51,2% nas exportações de produtos básicos (óleos brutos de petróleo, -73,5%) e de 17,4% nas de manufaturados (aviões e partes e peças de aviões, helicópteros e outros, -36,2%). Em relação à composição das vendas aosEUA,destaque para o aumento de 2,9 p.p. na participação de produtos manufaturados e para o recuo de 2,2 p.p. na de básicos (Tabela 6).

Note-se ainda que no período 2008-2013, a Argentina tornou-se o principal destino das exportações paulistas, apesar do recuo de 1,7% em suas compras.Assim como o verificado nocasodosEUA,nãohouve alteração significativana composição das exportações paulistas para a Argentina, com predomínio de manufaturados (98,8% da pauta), destacando-se o aumento de 22,2% nas exportações do setor automotivo, responsáveis por 69,3% das vendas dessa categoria (55,8% em 2008).

Tabela 6 – Exportações de São Paulo: principais destinos por categorias de fator agregado

Destino Manufaturados Semimanufaturados Básicos Destino Manufaturados Semimanufaturados Básicos

1° EUA 89,9 4,3 5,8 2º EUA 92,8 3,6 3,6

2° Argentina 98,7 1,0 0,2 1° Argentina 98,8 0,9 0,3

3° México 96,1 3,4 0,4 6° México 96,2 3,3 0,5

4° Chile 84,6 1,3 14,1 7° Chile 90,7 1,4 7,9

5° Venezuela 85,0 3,4 11,5 5° Venezuela 80,0 8,7 11,3

6° Holanda 79,6 5,4 15,0 4° Holanda 73,0 12,9 14,1

7° Alemanha 87,6 5,8 6,6 9° Alemanha 85,5 4,0 10,5

8° Bélgica 86,0 9,8 4,2 8° Bélgica 89,6 6,6 3,8

9° Rússia 27,5 33,5 38,9 20º Rússia 18,0 21,5 60,4

10° China 52,6 19,2 28,1 3º China 25,7 43,0 31,2

Fonte: Secex-MDIC

2008 2013

Tabela 5 – Exportações de São Paulo

Variação 2008/2013

%

Destino Manufaturados Semimanufaturados Básicos Total

1° Argentina -1,5 -14,9 6,8 -1,7

2° EUA -17,4 -35,2 -51,2 -20,2

3° China 20,4 450,9 173,5 146,3

4° Holanda 47,8 289,3 51,7 61,3

5° Venezuela -13,5 132,0 -9,9 -8,1

6° México -12,2 -15,4 -7,2 -12,3

7° Chile -15,0 -16,3 -55,7 -20,7

8° Bélgica -4,7 -39,1 -16,6 -8,5

9° Alemanha -27,3 -47,8 17,8 -25,5

10° Colômbia -19,5 18,5 26,2 -18,5

Principais destinos por categorias de fator agregado

Fonte: Secex-MDIC

96 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

O aumento de 146,3% nas exportações de São Paulo para a China foi sustentado pelas vendas de semimanufaturados (aumento de 450,9%) e de básicos (aumento de 173,5%), que passaram a representar, na ordem, 43,0% e 31,2% do total em 2013 (19,2% e 28,1%, respectivamente, em 2008). O desempenho das exportações de semimanufaturados refletiu, principalmente, o crescimento dos embarques de açúcar de cana em bruto, que passaram a representar 73,2% das exportações da categoria em 2013 (0,34% em 2008).

As exportações para a Holanda elevaram-se 61,3% no período 2008-2013, com destaque para os aumentos de 289,3% nas de semimanufaturados, concentradas em pastas químicas de madeira (83,7% do total da categoria), e de 47,8% nas de manufaturados (óleos combustíveis, 1.370%).

Emresumo,asexportaçõesdeSãoPaulorecuaram, em média, 0,5% a.a. no quinquênio encerrado em 2013, enquanto as exportações do país aumentaram 4,1% a.a. Essa distinção foideterminada, em grande parte, pela estrutura da pauta do estado, concentrada em produtos manufaturados, que, por apresentarem maior elasticidade-renda, são mais sensíveis ao ciclo econômico dos países importadores. Nesse contexto, a participação das exportações paulistas no total dos embarques do país se deslocou de 29,2%, em 2008, para 23,2%, em2013.Emparte,issosedeveuaocrescimentodasexportações de produtos básicos em nível nacional maiordoqueoverificadoemnívelestadual.Noperíodo 2008-2013, destacaram-se os aumentos nas participações de China (3,3 p.p.) e Holanda (2,0p.p.),eorecuode2,9p.p.nadosEUA,nasexportações paulistas.

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 97

Esteboxe avalia a evolução recente e asperspectivas da economia de Santa Catarina para os próximos anos.

O Produto Interno Bruto (PIB) do estado atingiu R$169,1 bilhões em 2011, de acordo com o InstitutoBrasileiro deGeografia eEstatística(IBGE).O indicador correspondeu, emmédia, a4,0% do PIB nacional e a 23,8% do PIB do Sul, no período 2002/2011. Em termos reais, o PIBcatarinense cresceu, em média, 3,3% a.a. de 2002 a 20101, ante aumentos de 3,3% a.a. no Sul e de 4,0% a.a.nopaís(Gráfico1).Odesempenhodaeconomiacatarinense refletiu aumentosmédios anuais de4,1% na produção agropecuária; de 3,8% no setor de serviços(intermediaçãofinanceira,6,1%;comércio,5,4%); e de 1,9% na indústria, com destaque para extrativa, 4,7%, e construção, 4,3% (Tabela 1).

Ainda de acordo com a Tabela 1, a participação da agropecuária no PIB de Santa Catarina recuou 3 p.p. de 2002 a 2011. Emcontrapartida, as participações da indústria e do setor de serviços aumentaram 1,7 p.p. e 1,3 p.p., respectivamente. Na margem, em 2011, as participações da agropecuária, da indústria, e dos serviços no PIB do estado atingiram 6,0%, 35,1% e 59,0%, respectivamente (5,5%, 27,5% e 67,0%, na mesma ordem, no país).

OÍndicedeAtividadeEconômicaRegionalde Santa Catarina (IBCR-SC) variou 1,4% em 2011,1,2%em2012e4,3%em2013(Gráfico2),com variação no triênio, de 7,0% semelhante à do indicador nacional (7,5%). O IBCR-SC cresceu 2,7% nos oito primeiros meses de 2014, ante

Estrutura Produtiva e Evolução da Economia de Santa Catarina

1/ Os dados publicados para 2011 não permitem o cálculo da variação real.

90

100

110

120

130

140

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010

Br Sul SC

Gráfico 1 – Evolução do PIB real2002 = 100

Fonte: IBGE

Tabela 1 – PIB – Santa Catarina

Total, setores e subsetores

Discriminação Part % Variação

2002 e 2010* em (p.p.)

Acumulada Média anual 2011 2011/2002

Total 30,1 3,3 100,0 -

Agropecuária 37,5 4,1 6,0 -3,0

Indústria 16,5 1,9 35,1 1,7

Extrativa mineral 44,5 4,7 0,6 0,2

Transformação 7,6 0,9 22,9 -1,7

Construção 39,6 4,3 5,7 1,2

Siup1/ 41,0 4,4 5,9 2,1

Serviços 34,6 3,8 59,0 1,3

Comércio 52,8 5,4 15,5 4,9

Transportes,

armazenagem e correio 31,5 3,5 4,5 -0,6

Serviço de

informação 18,9 2,2 2,1 -0,8

Intermediação

financeira 60,9 6,1 4,9 -0,1

Atividades imobiliárias

aluguéis 31,3 3,5 8,6 -1,8

APU2/ 19,2 2,2 11,9 0,9

Outros serviços 28,0 3,1 11,4 -1,2

Fonte: IBGE

1/ Serviços Industriais de Utilidade Pública.2/Administração, saúde e educação públicas e seguridade social.* Informações não divulgadas para 2011.

Variação % entre

98 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

variações de 0,6% no indicador do Sul e de -0,1% no do Brasil.

O comércio catarinense possui estrutura similar à do nacional, de acordo com a Pesquisa Anual doComércio (PAC)do IBGE, para 2012,com predomínio de estabelecimentos varejistas tanto em termos de quantidade, quanto de pessoal ocupado e remunerações. A receita bruta de revenda de mercadorias é preponderante no segmento atacadista (Tabela 2)2.

O comércio varejista do estado cresceu, em média, 6,2% a.a. de 2004 a 2013 (5,6% a.a. no Sul e 7,3% a.a. no país) de acordo com a PesquisaMensal doComércio (PMC), do IBGE(Gráfico 3).Destacaram-se os aumentosmédiosanuais das vendas nos segmentos hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo(6,0%),combustíveiselubrificantes(3,7%)emóveis e eletrodomésticos (6,1%), segmentos que, em conjunto, representaram 82,9% da atividade varejista estadual. No conceito ampliado, o comércio cresceu 7,2% a.a. no período (6,9% a.a. no Sul e 8,1% a.a. no Brasil), com elevações médias anuais de 9,0% nas vendas de automóveis, motocicletas, partes e peças, e de 7,1% nas de materiais de construção, que detém pesos respectivos de 40,0% e 9,7% no indicador.

A evolução do comércio na margem evidencia recuo de 2,2% das vendas do varejo no trimestre terminado em agosto, em relação ao finalizadoemmaio(hipermercados,supermercados,produtos alimentícios, bebidas e fumo, -4,5%), quando haviam caído 2,7%, no mesmo tipo de comparação. No que se refere ao comércio ampliado, incluídos os decréscimos respectivos de 11,5% e de 0,7% nas vendas de automóveis, motocicletas, partes e peças, e de materiais de construção, as vendas em Santa Catarina recuaram 6,9% no período (-3,5% no Sul e no país).

A atividade industrial do estado se concentra na produção de produtos alimentícios (participação de 17,5%), artigos do vestuário e acessórios (10,7%) e produtos têxteis (7,0%), conforme a Pesquisa

2/ O comércio de veículos automotores, peças e motocicletas é tratado isoladamente, pois as empresas que o compõem podem exercer simultaneamente atividades de atacado e varejo, podendo, ainda, ofertar serviços.

80

100

120

140

160

180

200

Ago2004

Ago2005

Ago2006

Ago2007

Ago2008

Ago2009

Ago2010

Ago2011

Ago2012

Ago2013

Ago2014

Br Sul SC

Gráfico 3 – Evolução do comércio varejista1/

2004=100

Fonte: IBGE1/ Média móvel trimestral dos dados dessazonalizados.

-0,5

1,0

2,5

4,0

5,5

7,0

2011 2012 2013 2014

Br Sul SC

Gráfico 2 – Índice de Atividade Econômicado Banco CentralVar. %

1/ Acumulado no ano até agosto.

1/

Tabela 2 – Participação dos segmentos no

comércio em 2012 – Santa Catarina

%

Discriminação Automotivo Atacado Varejo

Estabelecimentos 9,3 17,2 73,5

Pessoal ocupado 9,7 19,0 71,3

Salários e remunerações 12,1 23,5 64,4

Margem de comercialização 9,9 37,3 52,8

Receita bruta de revenda 14,8 43,8 41,4

Fonte: IBGE

Tabela 3 – Comércio varejista – Santa Catarina

Geral e setores selecionadosVariação % no período

Discriminação 2013 2014

Ano Mai1/ Ago1/ 12 meses

Comércio varejista 2,6 -2,7 -2,2 1,3

Comb. e lubrificantes 0,3 -0,9 0,0 0,5

Hiper e supermercados 0,9 -5,6 -5,0 -0,6

Tecidos, vest. e calçados 2,7 0,1 -2,9 4,3

Móveis e eletrodomésticos 4,9 -2,7 0,5 8,6

Comércio varejista ampliado 3,7 -1,6 -6,9 3,5

Automóveis e motocicletas 3,4 0,8 -11,5 3,5

Material de construção 14,3 1,6 -0,7 10,5

Fonte: IBGE

1/ Variação relativa aos trimestres encerrados nos períodos t e t-3. Dados

dessazonalizados.

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 99

Industrial Anual (PIA) de 2012 (Tabela 4). A produção industrial cresceu, em média, 0,3% a.a. de 2003 a 2014 (3,0% no acumulado, ante 10,1% no Sul e 23,3% no Brasil), destacando-se o aumento médio de 2,5% a.a. na atividade celulose, papel e produtos de papel, e recuos nos setores têxtil (2,3% a.a.) e vestuário e acessórios (2,8% a.a.). Ressalte-se que as importações de bens têxteis, e de vestuário e acessórios aumentaram 40,1% e 67,9%, respectivamente, de 2003 a 2013, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC).A produção daindústria de vestuário e acessórios voltou a recuar nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual intervalo de 2013, ao tempo em que as importações nesse segmento aumentaram 10,8%.

Na margem, a produção da indústria catarinensediminuiu2,6%notrimestrefinalizadoem agosto, em relação ao terminado em maio, quando expandira 2,5%, no mesmo tipo de comparação, dados dessazonalizados. Destacaram-se recuos da produção nas atividades metalurgia (12,7%), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (7,4%) e borracha e plástico (5,4%).

O Índice de Confiança do EmpresárioIndustrial (Icei), medido pela Federação das Indústrias doEstado de SantaCatarina (Fiesc),atingiu 45,7 pontos em setembro (45,9 pontos em agosto), com os componentes que avaliam expectativas e condições atuais situando-se em 49,5 pontos e 38,1 pontos, respectivamente. O Icei encontra-senaáreaque indicafaltadeconfiança(abaixo de 50 pontos) desde abril de 2014.

Sondagem realizada pela Fiesc em agosto de 2014, junto a 150 industriais catarinenses, mostrou que as expectativas em relação à demanda por produtos para os próximos seis meses mantêm-se positivas. Por seu turno, as expectativas relativas às exportações passaram para o campo positivo, após três meses consecutivos indicando recuo. Os estoques não planejados persistem com tendência de alta.

De acordo com o IBGE, oValorBrutoda Produção (VBP) da agricultura catarinense cresceu, em termos médios reais, 1,6% a.a., de

Tabela 4 – Produção industrial – Santa Catarina

Geral e atividades selecionadas – Variação percentual%

Discriminação Pesos1/ 2012 2013 20142/ Variação 2014/2003

Média Acumulada

Indústria geral 100,0 -2,5 1,7 -0,8 0,3 3,0

Alimentos 17,5 -4,9 1,6 1,5 -0,4 -4,4

Vestuário e

acessórios 10,7 -8,7 5,2 -0,6 -2,8 -27,2

Produtos têxteis 7,0 0,9 -5,0 -1,9 -2,3 -22,9

Borracha e plástico 5,7 -9,7 -1,7 -0,4 -1,4 -14,8

Celulose, papel e

produtos de papel 5,5 4,7 4,7 0,8 2,5 31,2

Fonte: IBGE

1/ Pesos conforme PIA de 2012.

2/ Considera variações até agosto de 2014.

35

40

45

50

55

60

65

Mar2012

Jun Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Índice de Confiança Condições atuais

Expectativa

Gráfico 4 – Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI)Pontos

Fonte: Fiesc

100 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

2002 a 2012, e representou, em média, 3,7% do VBP do país, no período. Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o VBP aumentou 16,6% em 2013, em termos reais, e deverá recuar 22,4% em 2014, destacando-se as perdas na produção de feijão (26,2%), mandioca (29,0%) e milho (19,5%).

A produção de grãos do estado deverá aumentar 0,9% em 2014 (Tabela 5), segundo o Levantamento Sistemático da Produção Agrícola (LSPA)desetembrodoIBGE,comdestaqueparaas projeções de aumento nas safras de arroz (6,6%), feijão (5,1%) e soja (4,5%). Dentre as demais culturas, destacaram-se as projeções de aumento na produção de maçã (18,5%) e de banana (6,2%).

A pecuária detém participação relevante na economia catarinense. De acordo com o Mapa, as produçõesdesuínosedeaves–queaumentaram3,9% e 1,4%, respectivamente, nos oito primeiros meses de 2014, em relação a igual período de 2013–representaram,naordem,24,6%e15,6%do total nacional. Na mesma base de comparação, destacaram-se o aumento de 19,4% nas exportações de suínos e o recuo de 16,4% nas de bovinos (Tabela 6)

A balança comercial do estado apresenta deficit em doze meses desde julho de 2009, em cenário de relativa estabilidade das exportações e aumentodasimportações(Gráfico5).Destacaram-se, no triênio encerrado em 2010, o aumento do quantum de importação e o recuo no de exportação, e,apartirde2010,oimpactodebenefíciosfiscais3 concedidos à importação de mercadorias pelos portos de Santa Catarina4.

Emmédia,asimportaçõescresceram28,6%a.a. e as exportações, 9,6% a.a., de 2002 a 2013. No âmbito das importações, destacaram-se as elevações médias de 26,9% nas compras de matérias-primas e produtos intermediários (produtos de ferro e aço, 57,4%; polímeros de etileno, 20,7%) e de 42,9% nas de bens de consumo (automóveis, 171,1%;

3/ OsbenefíciosfiscaissurgiramcomoProgramaPró-emprego,Leiestadualnº13.992,defevereirode2007,regulamentadapeloDecretonº105,de março de 2007, visando gerar emprego e renda no território catarinense por meio de tratamento tributário diferenciado do ICMS. Houve redução da alíquota de ICMS de 17% para 3% para alguns produtos importados, bem como diferimento e compensação do tributo.

4/ As importações ingressadas pelo porto de Itajaí cresceram 120,0% em 2010 e 25,6% em 2011.

Tabela 6 – Indicadores da pecuária

Santa Catarina – Agosto de 2014

Variação % no ano

Discriminação Produção Exportações

(kg)

Abates1/

Bovinos 10,8 -16,4

Suínos 3,9 19,4

Aves 1,4 1,8

Leite2/ 5,5

Fonte: Mapa e MDIC

1/ Número de animais.

2/ Litros. Produção até junho.

Tabela 5 – Produção agrícola – Santa Catarina

Itens selecionados

Discriminação Pesos1/ Produção (mil toneladas) Variação %

2012 2013 20142/ 2014/2013

Grãos 47,9 6 323 6 380 0,9

Milho 18,9 3 326 3 193 -4,0

Soja 14,4 1 586 1 658 4,5

Arroz 9,4 1 021 1 088 6,6

Feijão 3,7 136 143 5,1

Outras lavouras

Fumo 23,2 244 258 5,7

Maçã 7,1 531 629 18,5

Banana 4,5 665 706 6,2

Fonte: IBGE

1/ Por valor da produção – PAM de 2012.

2/ Estimativa conforme LSPA de agosto de 2014.

-8

-4

0

4

8

12

16

Set2003

Set2004

Set2005

Set2006

Set2007

Set2008

Set2009

Set2010

Set2011

Set2012

Set2013

Set2014

Saldo Importações Exportações

Gráfico 5 – Balança comercial – SCAcumulado em 12 meses

Fonte: MDIC

US$ bilhões

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 101

produtos hortícolas, 39,0%). As importações dessas categorias de uso representaram, na ordem, 60,0% e 20,0% do total no período (Tabela 7).

Relativamente às exportações, destaque para a participação média de 55,2% das vendas de manufaturados, com elevação média anual de 7,5% no período (carne de frango em preparações e conserva, 22,7%; motores, geradores e transformadores elétricos, 17,5%). As vendas de produtos básicos (41,6% do total) aumentaram, em média, 13,6% a.a. (fumo, 23,3%; carne de frango congelada, 11,3%), conforme a Tabela 8.

O deficit da balança comercial do estado atingiuUS$4,9bilhõesnosnoveprimeirosmesesde2014(US$4,1bilhõesemigualperíodode2013),comasexportaçõesaumentando7,1%,paraUS$7bilhões,easimportações,11,9%,paraUS$11,9bilhões.Entreoutros,aevoluçãodasimportaçõesrefletiuaumentosde 10,8% nas compras de produtos intermediários (56% do total), em especial, de polímeros de etileno (36,6%) e produtos de ferro e aço (48,1%), e de 19,8% nas de bens de consumo (28,1% do total, destacando-se a elevação de 1185% nas compras de automóveis de passageiros). O desempenho das exportações foi sustentando, em grande parte, pelo aumento de 9,6% nas de produtos básicos (49% do total, concentradas em soja e carne suína).

De acordo com o Caged/MTE, havia,no estado, 2,3 milhões de empregos formais em agosto de 2014, dos quais 31,0% na indústria de transformação, concentrados nas atividades indústria têxtil e alimentos e bebidas. Ressalte-se, de agosto de 2004 a agosto de 2014, os recuos nas participações, no total de empregos formais, da administração pública (5 p.p.) e da indústria de transformação (2 p.p.), segundo a Tabela 9.

No trimestre encerrado em agosto, foram criados 4,7 mil empregos formais no estado (15,5 mil em igual período de 2013), destacando-se a geração de 5 mil postos no setor de serviços (2,1 mil na atividade alojamento e alimentação) e a eliminação de 2,9 mil (1,4 mil na indústria da borracha, fumo e couro) na indústria de transformação (Tabela 10).

Tabela 7 – Importações por categoria de uso

e principais produtos

Santa CatarinaDiscriminação US$ milhões Var. méd. %

2002 2013 20141/ 2002-2013

Total 931 14 781 11 939 28,6

Bens de capital 241 2 431 1 883 23,4

Instrumentos médicos 5 179 156 38,4

Motores, geradores 14 148 106 23,9

Máquinas e ferramentas 10 31 16 10,8

Matérias-primas 607 8 317 6 686 26,9

Polímeros de etileno 109 860 833 20,7

Produtos de ferro e aço 3 442 466 57,4

Bens de consumo 79 4 006 3 352 42,9

Duráveis 24 1 360 1 251 44,3

Automóveis 0 226 351 171,1

Ap. eletro-mec. ou térmicos 2 203 149 52,2

Não duráveis 55 2 646 2 101 42,2

Demais produtos manufat. 37 716 635 30,9

Produtos hortícolas 4 150 147 39,0

Combustíveis e lubrificantes 4 26 18 18,5

Fonte: MDIC/Secex

1/ Até setembro.

Tabela 8 – Exportações por fator agregado

e principais produtos

Santa CatarinaDiscriminação US$ milhões Var. méd. %

2002 2013 20141/ 2002-2013

Total 3 161 8 689 7 027 9,6

Básicos 970 3 957 3 429 13,6

Carne de frango 508 1 643 1 231 11,3

Soja 0 482 832 -

Carne de suíno 247 400 491 4,5

Fumo 88 883 441 23,3

Industrializados 2 190 4 732 3 598 7,3

Semimanufaturados 156 222 185 3,3

Madeira 95 68 73 -3,0

Couros e peles 17 80 62 15,1

Óleo se soja 37 47 32 2,2

Manufaturados2/ 2 034 4 509 3 412 7,5

Motores, gerad.e tr. elétricos 122 720 546 17,5

Bombas e compressores 283 504 366 5,4

Partes de motores p/ veículos 95 418 337 14,4

Carne de frango em conserva 28 265 206 22,7

Móveis e suas partes 284 177 142 -4,2

Fonte: MDIC/Secex

1/ Até setembro.

2/ Inclui operações especiais.

102 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

A taxa acumulada de crescimento do emprego formal em Santa Catarina atingiu 71,2% de 2003 a 2013 (60,1% no Sul e 65,7% no país) de acordo com a Relação Anual de Informações Sociais(Rais)doMinistériodoTrabalhoeEmprego(MTE)(Gráfico6).Namargem,oníveldeempregoformal aumentou 0,5% no trimestre encerrado em agosto,emrelaçãoaofinalizadoemmaio,quandocrescera 1,1%, neste tipo de comparação, dados dessazonalizados.

Ainda em relação ao mercado de trabalho, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) indica que a taxa de desemprego do estado atingiu 3,2% em 2013 (4,1% no Sul e 6,6% no Brasil),conformeGráfico7.

As operações de crédito superiores a R$1 mil contratadas no estado cresceram, em média, 22,5% a.a. de 2004 a 2013 (22,0% a.a. no país), de acordo com o Sistema de Informações de Crédito (SCR). O aumento médio anual atingiu 20,3% na carteira de pessoas jurídicas e 25,8% na de pessoas físicas, responsáveis, na ordem, por 55,6% e 44,4% doestoquedecréditoaofinalde2013(Gráfico8).

O saldo das operações de crédito superiores a R$1 mil realizadas em Santa Catarina totalizou R$132,4 bilhões em agosto de 2014. A carteira de pessoas físicas somou R$60,4 bilhões, com destaqueparafinanciamentosimobiliários,créditopessoal com e sem consignação em folha de pagamento, e financiamento de veículos, que, em conjunto, responderam por cerca de 69,5% do total. As operações contratadas com pessoas jurídicas totalizaram R$72 bilhões, destacando-se as direcionadas à indústria de transformação (33,3%), ao comércio (21,6%) e ao Serviços industriais de utilidade pública (SIUP) (12,8%), conforme oGráfico9.Ainadimplênciadasoperaçõesdecréditosuperiores a R$1 mil atingiu 2,4% em agosto de 2014 (3,1% no segmento de pessoas físicas e 1,9% no de pessoas jurídicas).

Emtermosreais5, a arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) aumentou de 63,3%, de 2003 a 2013, destacando-se que os aumentos respectivos de 15,2% e 11,3%

90

105

120

135

150

165

180

Santa Catarina SUL BRASIL

Fonte: MTE

Gráfico 6 – Evolução do estoque de emprego formal2003=100

5/ Deflatorutilizado:ÍndiceGeraldePreços–DisponibilidadeInterna(IGP-DI).

Tabela 10 – Evolução do emprego formal – SC

Novos postos de trabalho

Acumulado no trimestre (em mil)1/

Discriminação 2013 2014

Ago Nov Fev Mai Ago

Total 15,5 32,9 11,9 13,2 4,7

Indústria de transformação 2,3 2,2 3,8 7,3 -2,9

Comércio 2,3 13,7 -1,3 -0,3 0,6

Serviços 9,0 12,6 6,1 8,1 5,0

Construção civil 1,7 -0,4 1,2 3,6 1,5

Agropecuária 0,0 4,3 3,5 -7,0 -0,1

Serviços ind. de utilidade púb. -0,1 0,3 0,2 0,1 0,4

Outros2/ 0,4 0,3 -1,6 1,5 0,2

Fonte: MTE

1/ Refere-se ao trimestre encerrado no mês assinalado.

2/ Inclui extrativa mineral, administração pública e outros.

Tabela 9 – Mercado de trabalho formal em SC

Posição em agosto de 2014

Discriminação Estoque Particip. Variação na partic.

(em mil) % ago-2004/ago-2014

(em p.p.)

Total 2 275,0 100,0 0,0

Extrativa 8,9 0,4 0,0

Indústria de transformação 705,2 31,0 -2,0

SIUP 19,7 0,9 -0,1

Construção civil 113,9 5,0 1,1

Comércio 443,4 19,5 3,2

Serviços 682,2 30,0 3,6

Administração pública 259,9 11,4 -5,0

Agropecuária 41,7 1,8 -0,9

Fonte: MTE

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 103

observadosem2010e2011refletiramoimpactoda ampliação da substituição tributária do ICMS, que repassou à indústria a responsabilidade pelo recolhimento do tributo; e que o recuo de 4% em 2012 resultou, em especial, da redução de 8,6% na arrecadação de ICMS incidente sobre serviços decomunicação(Gráfico10).AreceitadeICMStotalizou R$14 bilhões em 2013 (aumento anual real de 3,8%) e R$15,1 bilhões no intervalo de doze meses até agosto de 2014 (expansão de 6,1% em relação a igual período do ano anterior).

As transferências constitucionais do Tesouro Nacional para Santa Catarina6 totalizaram R$4,1 bilhões em 2013 (aumento anual real de 0,6%) e R$4,5 bilhões no período de doze meses até julho de 2014 (acréscimo real de 7,6% em relação a igual período do ano anterior)7. As principais transferências foram para o Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da EducaçãoBásica e de Valorização dos Profissionais da Educação(Fundeb)8 e para o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

O superavit primário dos governos do estado, da capital e dos principais municípios de Santa Catarina atingiu R$971 milhões no primeiro semestre de 2014 (R$2,1 bilhões em igual semestre de 2013). Os juros nominais, apropriados por competência, totalizaram R$625 milhões (R$456 milhões em igual período de ano anterior) e o superavit nominal somou R$346 milhões (R$1,6 bilhão no primeiro semestre de 2013). Essedesempenho refletiu, emespecial,o resultadodobalanço do governo do estado (Tabela 11).

A dívida líquida dos governos do estado, da capital e dos principais municípios catarinenses (Tabela 12) passou de R$8,7 bilhões, em 2013, para R$8,2 bilhões, em junho de 2014 (10,5% do endividamento do Sul e 1,4% dos endividamentos regionais brasileiros).

6/ Refere-seaoFundodeParticipaçãodosEstadoseMunicípios,ImpostosobreOperaçõesFinanceiras,ImpostosobreProdutosIndustrializados–Exportações,FundodeManutençãoeDesenvolvimentodaEducaçãoBásicaedeValorizaçãodosProfissionaisdaEducação,LeiComplementarnº87/1996,ContribuiçãodeIntervençãonoDomínioEconômico(Cide),FundodeApoioàsExportações(FEX),eImpostosobreaPropriedadeTerritorial Rural (ITR).

7/ Deflatorutilizado:IGP-DI.8/ OFundodeManutençãoeDesenvolvimentodoEnsinoFundamentaledeValorizaçãodoMagistério(Fundef)foitransformadonoFundeb,em

2007, sendo seus recursos aplicados exclusivamente na educação básica.

2

4

6

8

10

12

2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009 2011 2012 2013

Br Sul SC

Gráfico 7 – Taxa de desemprego1/

%

Fonte: PNAD/IBGE1/ Em 2010 a PNAD não foi realizada, devido ao Censo 2010.

0

100

200

300

400

500

600

700

800

900

2004 2005 2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013Total PF PJ

Gráfico 8 – Evolução das operações de créditode Santa Catarina

Nota: Operações do SCR.

Dez 2004=100

0

10

20

30

40

Indú

stria

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orm

ação

Com

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P

Imob

iliár

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Cré

dito

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culo

s

Gráfico 9 – Composição do crédito PJ (por atividade) e PF (por modalidade) em SCAgosto de 2014

%

Nota: Operações do SCR.

PJ PF

104 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

OÍndicedePreçosaoConsumidor(IPC)de Florianópolis9, divulgado pelo Centro de CiênciasdaAdministraçãoeSócioEconômicasdaUniversidadedoEstadodeSantaCatarina(Esag/Udesc),variou0,74%noterceirotrimestrede2014,ante 1,46%no segundo. Isso refletiu, emgrandeparte, desaceleração de preços de alimentos, com destaque para o recuo de 4,63% nos preços dos produtos in natura (Tabela 13).

O IPC variou 6,19% no período de doze meses encerrado em setembro, destacando-se o aumento de 6,67% no grupo alimentação, resultado de elevações de 8,42% nos produtos industrializados e retração de 1,03% nos in natura(Gráfico11).

O desempenho da economia catarinense deverá ser favorecido, nos próximos trimestres, pela execução de projetos de investimentos programados no estado. Nesse sentido, de acordo com a Rede Nacional de Informações sobre o Investimento (Renai), foram anunciadas inversões da ordem de US$4,03bilhões, noprimeiro semestre de 2014,destacando-seadestinaçãodeUS$2,7bilhões,pelaTransGas Development Systems, para implantação deumaunidadedegaseificaçãodecarvãomineralpara a produção de fertilizantes10. Destacam-se, ainda, em São Francisco do Sul, investimentos deUS$276,6milhões pelaArcelorMittal (maiorprodutora mundial de aço), para aumento da capacidade de produção de chapas de alumínio, e deUS$257,5milhõespelaConstruçãoeMontagemOffshore (CMO), para instalação de estaleiro de plataformas de petróleo; e, em Vargem Bonita, investimentosdeUS$269,1milhõespelaCeluloseIrani, para aumento da capacidade produtiva de papel para embalagens.

O Programa de Aceleração do Crescimento, em sua segunda fase (PAC2), contempla investimentos de R$29,4 bilhões no estado, 73,5% dos quais previstos para o período de 2011-2014. As inversões em transporte, energia e no programa Minha Casa, Minha Vida deverão receber, na ordem, 32,7%, 17,2% e 34,3% dos recursos, consoante o nono balanço do PAC2, de setembro a dezembro de 2013. Do total de 3.326 empreendimentos no

9/ Esteíndicerefleteavariaçãodepreçosparafamíliascomrendimentodeumavintesaláriosmínimos,combaseempreçosde319itens.10/ A unidade terá capacidade de produção de 3,5 mil toneladas/dia de ureia, 2,5 mil de nitrato de amônia e 28 de enxofre.

80

100

120

140

160

180

-5

0

5

10

15

2003

2004

2005

2006

2007

2008

2009

2010

2011

2012

2013

2014

Variação no ano MM12M

Gráfico 10 – Evolução da arrecadação real de ICMS%a.a. 2003=100

Fonte: ConfazObs: Dados até agosto de 2014.

Tabela 11 – Necessidades de financiamento -

Santa Catarina1/

R$ milhões

UF

2013 2014 2013 2014

Jan-jun Jan-jun Jan-jun Jan-jun

Estado -2 092 -971 456 625

Governo estadual -1 872 -631 438 608

Capital -73 -9 0 -0

Demais municípios -148 -330 18 17

1/ Inclui informações do Estados e de seus principais municípios.

Dados preliminares.

Resultado primário Juros nominais

Tabela 12 – Dívida líquida e necessidades de

financiamento – Santa Catarina1/

R$ milhões

UF Dívida Dívida2/

2013 Nominal Outros4/ 2014

Dez Primário Juros Total3/ Jun

Estado 8 660 -971 625 -346 -152 8 162

Gov. estadual 9 072 -631 608 -23 -143 8 906

Capital 163 -9 -0 -10 -2 151

Demais munic. -575 -330 17 -313 -7 -896

1/ Inclui inform. do Estado e de seus principais municípios. Dados prelimin.

2/ A dívida líquida no momento t+1 é a dívida no momento t, mais o resulyado nominal e o resultado de outros fluxos.3/ O resultado nominal é a soma dos juros com o resultado primário. 4/ Inclui ajustes de variação cambial, reconhec. de dívidas e privatiz.

Fluxos acumulados no ano

Outubro 2014| Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 105

estado, 626 já foram concluídos (18,8%) e 1.024 estão em obras (30,8%).

Por fim, os investimentos programados pela indústria catarinense em 2014 devem somar R$2,5 bilhões (27% a mais do que em 2013), de acordo com a Fiesc. Os investimentos, destinados à ampliação, capacitação ou compra de equipamentos, devem serfinanciados, emespecial por recursospróprios (49% dos aportes) e provenientes de bancos de fomento (34,0%) e de bancos privados nacionais (8,0%).

Tabela 13 – IPC – FlorianópolisVar. % acumulada

Discriminação Pesos1/ 2013 2014

IV Tri I Tri II Tri III Tri

IPC 100,0 1,66 2,20 1,46 0,74

Alimentação 71,9 2,15 1,79 2,05 0,53

No domicílio 69,8 2,05 1,83 2,02 0,51

Produtos industrializados 41,5 3,12 1,04 2,75 1,26

Produtos elabor. primária 18,9 0,41 2,32 2,26 1,64

Produtos in natura 9,5 0,80 4,24 -1,24 -4,63

Fora do domicílio 2,1 5,15 0,05 3,03 1,12

Produtos não alimentares 12,9 0,92 4,92 0,63 0,58

Serviços públicos 4,8 0,00 0,05 -3,17 5,53

Outros serviços 10,4 0,08 2,69 0,45 0,35

Fonte: ESAG/UDESC

1/ Referentes a setemrbo de 2014.

4,5

5,0

5,5

6,0

6,5

7,0

Mar2012

Jun Set Dez Mar2013

Jun Set Dez Mar2014

Jun Set

Gráfico 11 – IPC – FlorianópolisVar. % 12 meses

Fonte: Esag/UdescC

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 107

Banco Central do Brasil

Representações Regionais do Departamento Econômico do Banco Central do Brasil

Apêndice

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 109

Banco Central do Brasil

PresidenteAlexandre Antonio Tombini

Diretor de Política EconômicaCarlos Hamilton Vasconcelos Araújo

Chefe do Departamento EconômicoTulio José Lenti Maciel

Representações Regionais do Departamento Econômico

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belém

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Belo Horizonte

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Curitiba

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Fortaleza

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Porto Alegre

Gerência Técnica de Estudos Econômicos no Recife

Gerência Técnica de Estudos Econômicos no Rio de Janeiro

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em Salvador

Gerência Técnica de Estudos Econômicos em São Paulo

110 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

Representações Regionais do Departamento Econômico do Banco Central do Brasil

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em Belém Boulevard Castilhos França, 708 – CentroChefe de Equipe: Edilson Rodrigues de Sousa Caixa Postal 651 66010-020 – Belém (PA) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em Belo Horizonte Av. Álvares Cabral, 1.605 – Santo AgostinhoChefe de Equipe: Rodrigo Lage de Araújo Caixa Postal 887 30170-001 – Belo Horizonte (MG) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em Curitiba Av. Cândido de Abreu, 344 – Centro CívicoChefe de Equipe: Vanderléia Centenaro Caixa Postal 1.408 80530-914 – Curitiba (PR) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em Fortaleza Av. Heráclito Graça, 273 – CentroChefe de Equipe: Afonso Eduardo de Oliveira Jucá Caixa Postal 891 60140-061 – Fortaleza (CE) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em Porto Alegre Rua 7 de setembro, 586 – CentroChefe de Equipe: Vera Maria Schneider Caixa Postal 919 90010-190 – Porto Alegre (RS) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em Recife Rua da Aurora, 1259 – Santo AmaroChefe de Equipe: Fernando de Aquino Fonseca Neto Caixa Postal 1.445 50040-090 – Recife (PE) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos no Rio de Janeiro Av. Presidente Vargas, 730 – CentroChefe de Equipe: Lilian Carla dos Reis Arquete Caixa Postal 495 20071-900 – Rio de Janeiro (RJ) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em Salvador Av. Anita Garibaldi, 1.211 – OndinaChefe de Equipe: Itamar Marins da Silva Caixa Postal 44 40210-901 – Salvador (BA) E-mail: [email protected]

Gerência-Técnica de Estudos Econômicos em São Paulo Av. Paulista, 1804 – Bela VistaChefe: Mauricio Barreto Campos Caixa Postal 8.984 01310-922 – São Paulo (SP) E-mail: [email protected]

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 111

a.a. Ao anoBNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e SocialCaged Cadastro Geral de Empregados e DesempregadosCepa Centro de Socioeconomia e Planejamento AgrícolaCide Contribuição de Intervenção no Domínio EconômicoCMO Construção e Montagem OffshoreCNC Confederação Nacional do ComércioCNI Confederação Nacional da IndústriaConab Companhia Nacional de AbastecimentoCondepe/Fidem Agência Estadual de Planejamento e Pesquisas de PernambucoCotepe Comissão Técnica Permanente do ICMSDepec Departamento EconômicoDeral Departamento de Economia RuralEmater/RS Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão RuralEsag Centro de Ciências da Administração e Sócio EconômicasEUA Estados Unidos da AméricaFecomercio SP Federação do Comércio do Estado de São PauloFEE Fundação de Economia e Estatística Siegfried Emanuel HeuserFenabrave Federação Nacional da Distribuição de Veículos AutomotoresFenabrave-PR Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores do Estado do ParanáFEX Fundo de Apoio às ExportaçõesFGV Fundação Getulio VargasFieam Federação das Indústrias do Estado do AmazonasFiec Federação das Indústrias do Estado do CearáFieg Federação das Indústrias do Estado de GoiásFiemg Federação das Indústrias do Estado de Minas GeraisFIEMT Federação das Indústrias do Estado de Mato GrossoFiep Federação das Indústrias do Estado do ParanáFiepe Federação das Indústrias do Estado de PernambucoFiergs Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do SulFiesc Federação das Indústrias do Estado de Santa CatarinaFiesp Federação das Indústrias do Estado de São PauloFirjan Federação das Indústrias do Estado do Rio de JaneiroFJP Fundação João PinheiroFPE Fundo de Participação dos EstadosFPM Fundo de Participação dos MunicípiosFundeb Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica e de Valorização dos Profissionais da

EducaçãoFundef Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de Valorização do Magistério

Siglas

112 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | Outubro 2014

IBC-Br Índice de Atividade Econômica do Banco Central – BrasilIBCR Índice de Atividade Econômica RegionalIBGE Instituto Brasileiro de Geografia e EstatísticaICC Índice de Confiança do ConsumidorICCBH Índice de Confiança do Consumidor de Belo HorizonteIceb Indicador de Confiança do Empresariado BaianoIcec Índice de Confiança do Empresário do ComércioIcei Índice de Confiança do Empresário IndustrialICF Intenção de Consumo das FamíliasICMS Imposto sobre Circulação de Mercadorias e ServiçosIDI Índice de Desempenho IndustrialIepe Centro de Estudos e Pesquisas EconômicasIGP-DI Índice Geral de Preços – Disponibilidade InternaIndi Instituto de Desenvolvimento Industrial do CearáIPC Índice de Preços ao ConsumidorIPCA Índice Nacional de Preços ao Consumidor AmploIpead Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas GeraisIpece Instituto de Pesquisa e Estratégia Econômica do CearáITR Imposto sobre a Propriedade Territorial RuralLSPA Levantamento Sistemático da Produção AgrícolaMapa Ministério da Agricultura, Pecuária e AbastecimentoMDIC Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio ExteriorMF Ministério da FazendaMTE Ministério do Trabalho e EmpregoNuci Nível de Utilização da Capacidade Instaladap.p. Pontos percentuaisPAC Pesquisa Anual de ComércioPAC2 Segunda fase do Programa de Aceleração do CrescimentoPEA População Economicamente AtivaPET Politereftalato de etilenoPIA Pesquisa Industrial AnualPIA População em Idade AtivaPIB Produto Interno BrutoPimes Pesquisa Industrial Mensal – Emprego e SalárioPIM-PF Pesquisa Industrial Mensal – Produção FísicaPMC Pesquisa Mensal do ComércioPME Pesquisa Mensal de EmpregoPMS Pesquisa Mensal de ServiçosPNAD Pesquisa Nacional por Amostra de DomicíliosRais Relação Anual de Informações SociaisRenai Rede Nacional de Informações sobre o InvestimentoRMB Região Metropolitana de BelémRMBH Região Metropolitana de Belo HorizonteRMC Região Metropolitana de CuritibaRMF Região Metropolitana de FortalezaRMPA Região Metropolitana de Porto AlegreRMR Região Metropolitana do RecifeRMRJ Região Metropolitana do Rio de JaneiroRMS Região Metropolitana de SalvadorRMSP Região Metropolitana de São Paulo

Outubro 2014 | Boletim Regional do Banco Central do Brasil | 113

SCR Sistema de Informações de CréditoSeab Secretaria da Agricultura e do Abastecimento do Estado do ParanáSeade Fundação Sistema Estadual de Análise de DadosSEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da BahiaSIF Serviço de Inspeção FederalSincodiv PR Sindicato dos Concessionários e Distribuidores de Veículos no Estado do ParanáSinduscon-RS Sindicato das Indústrias da Construção Civil do Rio Grande do SulSIUP Serviços industriais de utilidade públicaSTN Secretaria do Tesouro NacionalUdesc Universidade do Estado de Santa CatarinaUFRGS Universidade Federal do Rio Grande do SulVBP Valor bruto da produção


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