No "Século das Luzes" aprofundam-se as críticas ao Antigo Regime e predominam o capitalismo comercial, o absolutismo, o sistema colonial, a sociedade estamental.

Um emergente mercado consumidor consolida o poder econômico burguês, levando a crises e disputas pelo poder.

A razão era a fonte de todo o conhecimento. Busca de explicação racional para o mundo, luta por melhorias das condições existenciais do homem. Esse conjunto de ideias ficou conhecido como Iluminismo.

O século XVIII apresentou grandes revoluções. A Revolução Industrial foi a mais importante dessas revoluções, responsável por significativas mudanças no sistema de produção dominante.

A descoberta do ouro em fins do século XVII, inicia grandes mudanças na sociedade colonial brasileira. A abundância do ouro gera extraordinária riqueza e os primeiros acampamentos de mineiros transformam-se rapidamente em cidades.

A corte ostenta riqueza. Parte do ouro vai para a Inglaterra, financiando a Revolução Industrial, já que o domínio comercial inglês sobre Portugal era absoluto. No final do século XVII, as minas dão sinais de esgotamento e a produção cai,

Marquês de Pombal inicia suas reformas para salvar Portugal da decadência: Um aumento brutal de impostos e a expulsão dos jesuítas . A Coroa aumenta a pressão sobre a Colônia com a proibição da atividade industrial no Brasil.

O endividamento dos proprietários de minas aumenta a revolta contra Portugal. A independência dos EEUU e o pensamento iluminista infiltrado estimulam as elites e representantes populares ao levante de 1789.

O poder da razão suplanta o irracionalismo barroco: a razão é sinônimo de verdade. É por oposição ao pensamento anterior que surgem a tendência simplificar a arte, a imitação dos clássicos e a aproximação com a natureza.

O "homem natural" "imita" a natureza em sua ordem e equilíbrio; condenando-se, em contrário, toda ousadia, extravagância, exacerbação das emoções. É o conceito Aurea Mediocritas, isto é, o equilíbrio de ouro.

Literatura de caráter pastoril, representando a existência de pastores e pastoras na paz do campo, o locus amenus, um lugar ameno para o encontro amoroso. A poesia campestre é mera convenção, não surge da vivência real com a natureza

A fuga da cidade (fugere urbem) representa um desejo, não uma condição real de vida dos autores da época. O amor, repleto de convenções, reforça a condição pastoril.

O convite ao gozo da vida é cercado de imediatismo, mostrando que o conceito de carpe diem é mantido, mas de maneira positiva: aproveitar a vida por ser breve e o futuro incerto, mas sem o medo e o tormento barrocos.