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UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ

DEPARTAMENTO DE BIOLOGIA

Anatomia das Espermatófitas – CH0901 Prof. João Luiz Pinheiro Bastos

Anatomia da Raiz

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Anatomia da Raiz • Considerações Gerais

• Órgão cilíndrico, aclorofilado, não segmentado e áfilo.

• Órgão especializado em fixação, absorção, reserva e

condução.

• Adaptações: raízes grampiformes, estranguladoras, respiratórias (pneumatóforos), escoras, haustórios, contráteis etc.

• Associações: micorrizas e Rhizobium sp.

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Esquema Histológico do Desenvolvimento Radicular

Região meristemática (centro quiescente)

protoderme

procâmbio

meristema fundamental

epiderme

córtex e medula

xilema e floema primários

periciclo

câmbio vascular

felogênio periderme

xilema e floema secundários

raízes laterais

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radícula raiz primária

raízes secundárias ou laterais

Origem Radícula do embrião – é única raiz de origem exógena. Origina a raiz primária (que degenera nas monocotiledôneas).

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CLASSIFICAÇÃO DAS RAIZES QUANTO A ORIGEM

ORIGEM

RAÍZES PRIMÁRIAS

RAÍZES SECUNDÁRIAS

RAÍZES ADVENTÍCIAS

RADÍCULA

RAIZ PRIMÁRIA

ORIGEM DIVERSA

Zea mays Raízes adventícias Coleus sp. (estaca de caule)

Kalanchoe beharensis (corama)

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pelos absorventes

Raiz lateral

coifa

zona de ramificação

(suberosa)

zona pilífera

zona meristemática

zona de alongamento

Organização

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Estrutura interna da raiz

???

estatólitos

Plc= parte lateral da coifa C= columela

... detalhe da coifa

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Tipos principais de organização do promeristema

Pt= protoderme, Mf= meristema fundamental, Ex= exoderme em desenvolvimento, Pc= procâmbio, Cf= coifa. Setas= iniciais meristemáticas

DICOTILEDÔNEA (tipo fechado) MONOCOTILEDÔNEA (tipo aberto)

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ORGANIZAÇÃO HISTOLÓGICA DA RAIZ EM CRESCIMENTO PRIMÁRIO

epiderme

córtex

cilindro vascular (estelo)

periciclo floema câmbio vascular xilema

exoderme parênquima cortical endoderme

epiderme

córtex

cilindro vascular (estelo)

periciclo floema xilema medula

exoderme parênquima cortical endoderme

DICOTILEDÔNEAS MONOCOTILEDÔNEAS

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Estrutura Primária - Dicotiledônea

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Maturação do xilema primário em raiz de amora (Morus alba)

Maturação centrípeta

Xilema exarco

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Xp= xilema primário, Fp= floema primário, P= periciclo, Ex= exoderme, En= endoderme, Pc= parênquima cortical, Ep= epiderme, Pr= pelo radicular.

Epiderme Córtex (exoderme +parênquima cortical +endoderme) Cilindro Vascular (periciclo +sistema vascular)

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Camadas Especializadas da Zona Cortical Radicular

endoderme

exoderme

cilindro vascular

epiderme

A exoderme e endoderme: camadas parenquimáticas que delimitam o córtex radicular. Apresentam células suberificadas (evidenciada na foto da raiz de Fraxinus sp. pela fluorescência verde com berberina sob UV. As células com fluorescência azul são lignificadas )

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pelo absorvente epiderme

endoderme

periciclo

xilema primário floema primário

câmbio vascular

exoderme

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absorção de água

(simplasto)

absorção de água

(apoplasto)

epiderme

córtex periciclo

xilema

floema

endoderme estrias

de Caspary

Absorção de água e minerais pela raiz

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Cilindro Vascular PERICICLO: Reservatório de Potencial Meristemático

Raiz de Ranunculus sp. em corte transversal (endoderme e cilindro central). Fl= floema, X= xilema, C= estrias de Caspary (endoderme), P=periciclo, E= endoderme

Fl

X

P

E

O PERICICLO participa

FAIXA CAMBIAL

FORMAÇÃO DE RAÍZES LATERAIS

X Fl C

P

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Classificação do cilindro central quanto ao número de Pólos Xilemáticos

raiz diarca raízes tetrarcas

raiz triarca raízes poliarcas

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Raiz de Ricinus communis

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Raiz de Ricinus communis

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Cilindro Vascular

Dicotiledônea Monocotiledônea

O xilema nas dicotiledôneas forma um maciço provido de projeções (arcos) voltados para o periciclo. Os cordões floemáticos se alternam com os arcos do xilema. O desenvolvimento dos elementos traqueais é centrípeto (xilema exarco), o protoxilema é externo e o metaxilema é interno. Nas monocotiledôneas não há formação de xilema internamente ao cilindro vascular que é preenchido por parênquima (medula).

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Raiz de Monocotiledônea – raiz adventícia (Zea mays)

X F MEDULA

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Raiz de milho evidenciando endoderme com espessamento em “U”

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Raízes Aéreas

Smilax sp.

Células epidérmicas com paredes periclinais espessadas, presença de hipoderme com paredes espessadas, endoderme com espessamento em “U”, chegando a haver lignificação.

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Raízes de Epífitas (Orchidaceae)

velame

Velame: Especialização da epiderme observada em raízes de plantas epífitas. É uma epiderme multiestratificada e higroscópica que atua na absorção de água diretamente da atmosfera.

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Epiderme Radicular Múltipla: Velame

Cattleya sp. (Orchidaceae): raiz em corte transversal

velame exoderme

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Raízes de Plantas Aquáticas

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Raiz de Iridaceae

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Raiz de Iridaceae

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Ontogenia das Raízes Laterais (secundárias) em Salix sp.

Desenvolvimento de Raízes Laterais

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Raiz lateral de milho (Zea mays) evidenciando a organização da coifa e do meristema apical.

Origem no periciclo!!! Conexão vascular com a raiz de origem

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Estrutura Secundária Câmbio (floema e xilema secundários) Felogênio (periderme = súber + feloderme)

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procâmbio

xilema primário

floema primário

epiderme

cortex

endoderme

periciclo

câmbio vascular (pericíclico)

câmbio vascular (procambial)

floema secundário

xilema secundário

Estabelecimento do Crescimento Secundário em Raízes

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Raiz em Crescimento Secundário

remanecentes do córtex e epiderme

floema primário

câmbio vascular derivadas do periciclo

raios vasculares

feloderme

periderme

câmbio vascular

xilema secundário

floema secundário

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Raiz em Crescimento Secundário

Estrutura secundaria mostrando a epiderme e parte do córtex sendo eliminados (seta

maior). As setas menores indicam os raios vasculares.

Fe = felogênio; Rp = raios parenquimáticos mais largos; C = câmbio

Phaseolus vulgaris

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Estrutura Secundária em Raízes de Reserva

câmbios supranumerários, formados em camadas concêntricas - Beta vulgaris

Seta= camadas cambiais adicionais em batata doce (Ipomoea batatas)

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RAÍZES TUBEROSAS OU ARMAZENADORAS

FASCICULADAS

Manihot esculenta Raphanus sativus

AXIAIS

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Raízes grampiformes de Caladium

bicolor L. (tajá; coração-de-jesus etc)

Adaptações

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RAÍZES ESTRANGULANTES

Ficus sp. (Mata-Pau)

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Taxodium sp. Avicenia sp.

RAÍZES RESPIRATÓRIAS OU PNEUMATÓFOROS

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RAÍZES SUPORTE E ESCORA

Ficus sp. Pandanus sp.

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Erva de passarinho (Loranthaceae) Hemiparasita

RAÍZES HAUSTORIAIS OU SUGADORAS

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Caule tuberoso

Raiz contrátil

RAIZ CONTRÁTIL

São raízes adventícias comuns em plantas do cerrado, que têm a propriedade de contrair-se. Tal contração promove o auto-enterramento da planta. A contração está evidenciada por uma formação de enrugamentos epidérmicos, começando na base e avançando para a ponta da raiz.

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Desenvolvimento de um extenso micélio em raízes de Pinus sp. associadas à micorrizas.

Associações

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Nódulos radiculares (Rhizobium sp.)

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Formação do nódulo